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Bikes World Portugal - Nº 5 Fevereiro (2015)

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  • SUper GUA de biciS 2014MS de 1.480 MOdeLOS en

    detALLe

    LApierre rAid FX dUpLA, ecOnMicA

    e cOnFOrtveL

    teste

    SHAUn pALMer UM MitO dO dH

    eNtReVIstA

    SUper GUiA de bikeS AtUALizAdO

    2015N.

    5 II

    Fev

    erei

    ro 2

    015

    t95'

    repOrtAGeM: rOdAS i O cUbO e O eiXO, pOr dentrO

    wAGU eGMOnd-pier-eGMOnd btt, AreiA e teMpeStAdeS...

    competIo

    teste

    bMc SpeedFOX SF02 29 Xt

    preciSO SUA

    kOnA Hei Hei SUpreMe SUrpreendente e divertidA

    teste

    treinO nO FeMininOiGUAiS MAS diFerenteS

    em foRmA

    OLyMpiA irOn rAce X1

    FOrjAdA pArA cOMpetir

    5607727118695

    00005

    objeto de desejo

  • APoSTA XC Com 27,5 BH ULTIMATE RC 27,5 8.9

    A BH encarregou-se de traduzir e segmentar os seus modelos para

    estes serem os melhores em cada modalidade. A gama Ultimate a

    escolha para as rgidas de XC, e esta RC demonstra-o com um quadro rgido,

    compacto e leve. O acabamento 8.9 dispe-nos uma montagem equilibrada

    ao alcance de todos os bolsos.

    30Su

    mArio

    DevorA kmS LAPIERRE

    RAID FXA famlia Raid da Lapierre

    incorpora um novo membro que foi recebido de braos

    abertos. Trata-se da Raid FX, uma suspenso dupla de 120 mm em ambos os

    eixos, capaz de oferecer diverso sem limites a um preo bastante em conta.

    Uma mquina dedicada ao conforto e distante do

    rendimento de competio, concebida para estradas

    de longa quilometragem e para melhorar a tcnica dos

    principiantes no BTT.

    50

    DeSCASCAnDo A roDA i Os sEgREDOs DO CUBO E DO EIXOApesar de atualmente nos focarmos mais no tamanho das rodas, existem componentes que evoluem todos os anos e que so objeto de muita investigao por parte das marcas especializadas em rodas. Neste nmero vamos tratar de descobrir os segredos do cubo, o grande desconhecido da roda e, por sua vez, o mais importante para um correto funcionamento.

    24

    vamos andar de bicicleta...

    Paulo Quintans

    Editorial

    A bicicleta est cada vez mais inserida no nosso quotidiano. Todos os dias vemos pessoas na estrada ou nos trilhos, com frio, com chuva, com a luz do sol ou durante a noite com luzes LED que mais parecem faris de automveis. Alguns utilizam-na como meio de transporte outros apenas por lazer, e outros ainda fazem dela o seu instrumento de trabalho. Nas redes sociais abundam os posts de passeios, viagens, provas, conquistas pessoais, bikes novas, equipamentos, novas tecnologias. Por todo o pas tm sido inauguradas ciclovias, como por exemplo a 1 pista pedociclvel de Algs Cruz-Quebrada, que permitir ligar a zona da estao da Cruz Quebrada e do Parque Desportivo do Jamor zona ribeirinha de Algs, num traado paralelo e a sul da linha de caminho-de-ferro, uma via com trs metros de largura (e amplivel para uma largura superior, caso o seu uso assim o justifique), numa extenso aproximada de 950 metros.A Cmara Municipal de Lisboa decidiu, pela primeira vez, inserir a modalidade de ciclismo, nos regressados

    Jogos Desportivos da Cidade de Lisboa. Por seu lado e na competio seleo nacional de BTT, no preciso momento em que escrevo este editorial, est muito bem representada na Costa Blanca Bike Race, prova que permitir aos nossos atletas somar pontos para as prximas Olimpadas, e preparar-se tambm para outras provas por equipas.Vrios foram os atletas de estrada a deixar o peloto nacional ingressando em equipas internacionais, e que, com toda a certeza, iro honrar a nossa bandeira com o seu profissionalismo.Cada vez mais, vemos portugueses em provas internacionais de BTT, seja por competio ou simplesmente por vontade de participar, muitos dos quais juntam todas as suas poupanas e abdicam de outro tipo de frias para poder participar nesses eventos internacionais.Em resumo, a bicicleta no s faz bem sade como est de tima sade, por isso mesmo, vamos l andar de bicicleta...

    n. 5 ii Fevereiro 2015 4. Foto Finish 6. objEto dE dEsEjo

    Olympia irOn race X1 16. bW nEWs 18. CompEtio

    agu egmOnd 20. opinio 22. inqurito 24. inFormE

    Os segredOs dO cubO e dO eiXO

    30. tEstEbmc speedfOX sf02 WHiTe

    36. EntrEvista ComsHaun paulmer

    40. rEportagEmsnia lOpes: minHa maneira!

    44. tEstEbH ulTimaTe rc 27,5 8.9

    50. rEportagEmlapierre raid fX

    56. rotaaTravessar O XisTral galegO

    60. tEstEKOna Hei Hei supreme

    66. Zona tEstEselim sele iTalia

    67. Zona tEstEcasacO e manguiTOs ms Tina

    68. Em FormaTreinO para mulHeres

    72. muito tilO que devemOs fazer em casO de acidenTe?

    74. briCo bWreparar um raiO parTidO

    76. tCniCabicicleTa: ferramenTa de TreinO e diversO

    80. nutriobOns HbiTOs nuTriciOnais para as biKers

    82. tECh bikEgadgeTs e apps para vOlTar aO riTmO

    84. montra bW 86. Zona dE ClubEs

    ces de caa bTT 88. agEnda 92. guia dE prEos 98. Zona WEb

    Segue-nos no Facebook

    Bikes World Portugal

  • foto finish

  • O rider alemo Florian Flo Berghammer mostra-nos as belas paisagens da Islndia, um lugar para desfrutar o Mountain Bike

    e o ar puro do Atlntico Norte (quase junto Gronelndia). A foto tem truque, de uma sesso do ms de junho durante

    a rodagem do filme Into the Dirt. Se ento havia neve, imaginem como deve estar agora.

    Foto Toby Cowley / Red bull ConTenT Pool

    FRiO?

  • objeto de desejo

    A Olympia procurou sempre um nvel artesanal nos seus produtos que no est ao alcance das outras marcas, e a nova Iron a ltima criao

    da fbrica italiana. Se a um quadro Superlight acrescentarmos uma cuidada seleo de componentes, temos uma bicicleta gil, reativa e

    divertida, face a qualquer tipo de obstculo que se lhe depare. texto J. DANIEL HERNNDEZ II Fotos estdio e ao DAVID ANTN

    FORJADA PARA A

    cOmPetiOOLYmPiA iRON RAce X1

    t rata-se do segundo fabricante de bici-cletas com mais tradio do mundo. Nasceu em 1893 em Milo (em 1960 os novos proprietrios mudaram-na para a regio de Vneto), e sempre com a bandei-ra italiana como certificado de identidade, recorrendo sempre, como j vamos poder confirmar mais frente, a componentes do pas da bota.

    Mais de 120 anos de trajetria no setor conferem uma bagagem importante, espe-cialmente se seguir um sistema de fabrico artesanal dos quadros. Fruto desta experi-ncia conseguida ao longo do tempo nasce o quadro iron, integrado na gama superli-ght da marca e com clara vocao para xC mais racing.

    Para a sua conceo recorreu-se a um sistema de monocasco com uma combina-o de fibras de carbono t1000, t800s e

    M40J, procurando o compromisso perfeito entre a leveza e a rigidez. todos os tubos, exceto as escoras, apresentam uma estru-tura nervuda (ou seja, com nervos em vez de uma tubulao plana) para aprovei-tar melhor a resistncia utilizando o mni-mo material possvel.

    este quadro declara um peso de 1 kg no tamanho s (1.050 g) e foi concebido para ser usado com transmisses monoprato, apesar de contar com sadas de guiado interno no caso de ser necessrio um des-viador e compatvel com o novo xtR ele-trnico. a montagem que testmos, qual ainda se podiam subtrair alguns gramas, registou 9,63 kg na balana, um nmero bastante atrativo.

    Para a decorao recorreu-se a trs aca-bamentos: com o preto sempre como cor predominante, os detalhes vm em cinza,

    verde ou num chamativo vermelho como o exemplar que testmos.

    cOmPONeNteSa olympia coloca disposio do cliente uma variada capacidade de personaliza-o, de tal modo que possvel desenhar a nossa bicicleta no site da marca de acordo com as nossas preferncias e necessida-des, desde um PVP de 2.483. No entan-to, o seu catlogo inclui modelos predefi-nidos entre os quais o acabamento Race x1 deste modelo ilustrado no artigo.

    Como o seu prprio nome indica, recor-reu-se a uma transmisso sRaM x1 com um prato de 32 dentes e uma relao 1x11. traves e suspenso tambm as-sinados pelos americanos, adotaram uns dB5 para travar a iron x1 e uma suspen-so Rock shox sid RLt de 100 mm.

  • O peso declarado

    do quadro de 1.050 g

    no tamanho S

    PERSONALIZAONo site da Olympia podemos

    personalizar a nossa Iron com 9 combinaes possveis de transmisses (duplo ou monoprato), 6 suspenses

    distintas (incluindo uma rgida) e 8 jogos de rodas. Desta forma podemos adaptar

    o quadro to exclusivo s nossas necessidades, gostos, preo ou o

    uso que lhe vamos dar.

  • 8bikes

    A transmisso, sem ser a topo de gama da marca, funciona perfeita-mente e assume, com mudanas r-pidas e diretas, a sua vocao mais desportiva. Este grupo uma das novidades da SRAM e vem colocar-se como a verso monoprato do X9. O prato de 32 move-se na perfeio

    com uma relao de carretos (10-42), permitindo que nos movamos com soltura em praticamente todos os terrenos, mantendo uma cadncia de pedalada muito ritmada.

    A Ritchey encarrega-se do avano, espigo e guiador, utilizando o alum-nio para a direo e carbono para o espigo. Este ltimo corresponde, precisamente, a um dos pontos con-flituosos desta bicicleta. A eleio de um comprimento de 450 mm um pouco excessiva para uma bike de tamanho M, uma vez que os bi-kers com menor comprimento de perna precisaro de o substituir, isto porque apenas se pode descer at a zona das fixaes para os parafusos do segundo porta-bidon). Na posio que se v nas fotografias (aproxima-damente 75 cm do selim ao centro do pedaleiro) sobrava pouca margem de manobra.

    O QUADRO IRON DA OLYMPIA

    EST INSERIDO NO SEGMENTO

    SUPERLIGHT DA MARCA

    Essa a denominao da Oympia para o seu particular desenho dos tubos. Apesar de ter uma diferenciao esttica importante, graas a esta estrutura e utilizao de diferentes fibras de carbono (T1000, T800S e M40J) consegue obter-se uma melhor rigidez nos trs planos, nos quais incidem as foras: longitudinal, transversal e sagital. A marca afirma que a unio de fibras T800S e M40J (que compe a direo) oferece um alto mdulo com cerca de 65% mais rigidez que a fibra T700 (a mais comumente usada).

    RIGIDEZ 3DApenas nos pede

    para colocar de p com grandes desnveis

    rivais

    Superior Team iSSue 29 II 4.180 Berria BRAvO XO1 II 3.649 Quadro carbono usado na Taa do Mundo pela equipa oficial

    Superior/Bart Brentjens, full XTR 1X11 2015. O quadro testado na BW 1, com componentes de gama mais baixa.

    OLYMPIA irON raCE X1

  • Nunca foi to fcil ir ao...

    ...TITAN DESERT...Algarve Bike Challeng

    e

    ...Ultramaratona da Bairrada

    Queres ir ao Titan?Participar no Algarve Bike Challenge 2015?

    Ou na Ultramaratona da Bairrada?

    Sero consideradas as participaes recebidas at ao dia 10 DE FEVEREIRO DE 2015.Destas, a Editorial GrupoV Portugal, ir escolher as 10 PARTICIPAES MAIS CRIATIVAS

    que sero publicadas na pgina do FACEBOOK DA BIKES WORLD para votao.Os 5 PRMIOS so atribudos s participaes com mais likes de 11 A 16 DE FEVEREIRO DE 2015.

    Os premiados sero publicados na edio de fevereiro da Bikes World.O regulamento pode ser consultado em www.grupov.pt

    Tira uma foto criativa com TRS EDIES da revista BIKES WORLD! Envia para [email protected], completando a frase

    PELA BIKES WORLD SOU CAPAZ DE... e habilita-te a ganhar:

    Notas A Bikes World oferece a inscrio no Titan, todos os outros custos inerentes participao do atleta, so por conta do mesmo. A inscrio ABC PREMIUM PACKAGE no Algarve Bike Challenge 2015 inclui: Alojamento e Pequeno almoo no Hotel Vila Gal Albacora ou Vila Gal Tavira e jantar exclusivo ABC no dia 07/03/2015 no Hotel Vila Gal Albacora ou Vila Gal Tavira.

    Inscrio no 10 Titan Desert 2015 27 de abril a 2 de maio

    Inscrio ABC PREMIUM PACKAGE no Algarve Bike Challenge 2015 6, 7 e 8 de maro

    Inscrio ABC LIGHT PACKAGE no Algarve Bike Challenge 2015 6, 7 e 8 de maro

    Inscrio na Ultra Maratona Bairrada XCM Oliveira do Bairro com estadia para 1 atleta 30 de maio

    1

    2

    3

    4 5e

  • Fiquei surpreendido com a Iron X1 uma vez que as suas reaes Racing no diminuram a comodidade da postura. Com ela sentes-te capaz de enfrentar qualquer circuito ou trajeto longo.

    riderOPINIO

    O guiador de 720 mm, com uma

    ligeira elevao, favorece uma

    posio de controlo

    O prato X1 de 32 dentes composto por um corpo de alu. 6000 e dentes de alu. 7075 mecanizado CNC. Com os cranks de 175 mm declara um peso de 800 g.

    As Miche 988 RR so Tubeless Ready em alumnio com uma largura de jante de 25 mm. O corpo livre do cubo de titnio e os raios de ao inoxidvel.

    O desenho particular da barra vertical recua a posio do selim ao nascer com maior ngulo, mas a partir de uma posio ligeiramente adiantada e superior ao habitual.

    Na procura contnua de um quadro leve e muito rgido, encontramos um pedaleiro PressFit 41x92 mm e um eixo passante traseiro de 12 mm, ambos os elementos pensados para obter um maior nvel de rigidez na zona. Para conseguir uma maior acelerao, as escoras tm um perfil quadrado, enquanto, para uma melhor distribuio das vibraes pela barra superior no local da vertical e do espigo do selim, as escoras mantm o desenho com um nervo central na parte inferior.

    TRINGULO TRASEIRO

    No caso do selim e das rodas recorreu-se a marcas italianas, com um Selle Italia X Feel com rails de alumnio e rodas Miche 988 RR com pneus tubeless Vittoria Barzo TNT de 2.1.

    EM ANDAMENTORelativamente ao andamento esta-mos perante uma bicicleta que nos surpreende pela sua comodidade. A vocao desta bicicleta assumida-mente racing, acelera a um bom ritmo (apesar das escoras de 440 mm) e oferece uma grande vontade para rodar rpido, tanto a subir como a descer. No entanto, a posio que adotamos permitiu-nos pedalar du-rante horas sem sentir os desconfor-tos caractersticos das bicicletas de XC. De fato, a prpria marca afirma que se trata de uma bicicleta apta para Maratona.

    Parte dessa sensao e das boas reaes de acelerao que tem a Iron, vem pelo particular desenho da bar-

    O quadro conta com cablagem interna guiada com entrada e sada para desviador.

  • Os Vittoria Barzo garantem

    uma boa trao nos terrenos irregulares

    O travo traseiro de 160 mm pode ser insuficiente para os amantes das travagens bruscas. As 29 deveriam equipar de srie com um de 180 mm.

    O avano Ritchey WCS apresenta uma angulao de +/- 17 para que, com a direo colocada no ngulo de 71,5, ficar perpendicular ao cho.

    O eixo passante de 12x135 mm, e a localizao da pina do travo mediante um sistema Post Mount, contribuem para melhorar a rigidez do tringulo traseiro.

    A Olympia est a fazer uma aposta muito forte por se posicionar no mercado. Argumentos no lhe faltam, os seus produtos so fiveis, bonitos e com uma elaborao artesanal. Para alm disso, disponibiliza a possibilidade de montagem praticamente a la carte. Em Portugal podes personalizar a tua bicicleta bastando para isso visitar o site do importador (www.spbk.pt) A aposta de 2015 pelo quadro Iron est orientada para o segmento Superlight da marca, e com este quadro obteve-se uma bicicleta leve, reativa e muito competitiva.

    Em suma

    A PESAR DO ESPRITO RACING, MOSTROU-SE BASTANTE CMODA

    PARA RODAR DURANTE HORAS

    com que permaneamos sentados a maior parte do tempo, movendo-nos apenas sobre a ponta do selim. Somente quando a inclinao mui-to acentuada, ou o terreno muito acidentado, nos vemos obrigados a colocar de p. Nesse momento ve-mos que a eleio dos Barzo muito apropriada, j que oferece uma gran-de trao, mesmo quando liberamos o peso da roda traseira.

    ra vertical, que surge numa posio mais adiantada e elevada relativa-mente caixa do pedaleiro, atrasan-do o centro de gravidade e fazendo com que a distncia efetiva das es-coras seja inferior aos 440 mm que realmente medem. Apesar de apre-sentar um ngulo de direo mais fechado (71,5) a largura do guiador permite-nos manusear com liberdade nas descidas. Nas zonas mais inst-

    veis, possvel que tenhamos de re-cuar um pouco a postura e confiar no bom trabalho da Rock Shox SID (uma das melhores opes atualmente, se no a melhor, em 100 mm).

    Em subida, mantemos um ritmo vivo de pedalada graas grande ca-pacidade de escolher um desenvolvi-mento adaptado a qualquer desnvel. O prato de 32 dentes permite-nos ter uma cadncia elevada, o que faz

  • 12bikes

    A TRANSMISSO DE 1X11 COM PRATO DE 32 E CASSETE

    DE 10-42 EXIGE RODAR COM BOA CADNCIA

    PreoPeso

    Quadro

    SuspensoDireoGuiadorAvano

    ManpulosPedaleiroDesviadorMudanas

    TravesCorrenteCassete

    RodasPneus

    EspigoSelim

    PedaisTamanhos

    CoresImportao e

    distribuio

    3.771 9,63 kg (tam. M sem pedais)Fibra de carbono T1000, T800S e M40JRock Shox SID RLT 29FSA Tapered 15 mmRitchey WCS 2X 720 mmRitchey WCS 4 Axis 90 mm +/- 17SRAM X1 TriggerSRAM X1 32TN.D.SRAM X1 11vSRAM DB5 160/160 mmSRAM PCX1SRAM XG 1180 10-42Miche 988 RRVittoria Barzo TNT 2.1Ritchey Carbon 27.2x450 mmSella Italia SLR XC FlowShimano M520S/M/L3Superbikeswww.spbk.pt

    ficha tcnica

    OLYMPIA iROn RacE X1 preo peso modalidade

    3.771,75 euros 9,63 kg XC

    aB

    C

    dFe

    Potncia de travagem. O espigo excessivamente comprido para bikers com pouco comprimento de perna.

    Um quadro exclusivamente preparado que nos confere

    uma posio cmoda, apesar de Racing.

    fAvOr cOntrAa

    A montagem standard Iron Race X1 inclui pedais

    Shimano M520

    A Rock Shox SID RLT de 100 mm

    pesa 1,5 kg

    GEOmEtRia a dB eC F

    1.063 mm 590 mm

    440 mm 74,3

    470 mm 71,5

    DesenhoQuadro

    SuspensoTransmisso

    TravesPreo/Qualidade

    OLYMPIA iROn RacE X1 aVaLiaO

    As rodas Miche 988 RR declaram um peso de 1.546 g

    *Tamanho M.

  • 14bikes

    objeto de desejo

    Para os profissionais as alteraes ao modelo base so no s importantes como fundamentais para o seu melhor desempenho em prova. Assim sendo e dando seguimento ao teste efetuado a Olympia Iron vamos nesta edio mostrar-vos as alteraes que Jos Silva e a Vanessa Fernandes fizeram

    nas suas mquinas para esta poca.texto redao II Fotos Joo Fonseca

    A OLYMPIA IRON de JOs sILvA e vANessA FeRNANdes

    Logo aps o primeiro contacto com a Iron da marca Italina olym-pia a impresso no podia ser melhor, de uma beleza extrema alia-da a uma geometria invejvel. Na primeira sada senti-me bastante vontade, bicicleta super confortvel e gil. toda equipada com o grupo shimano xt, as alteraes feitas na Loja Racing Bikes, foram o avano de 90 mm, o selim para um selle Italia sLR, o espigo de selim da PRo tambm em carbono, e ir ser tambm alterado o guiador para um da mesma marca em carbono.

    espigo syncros Factory. Punhos ritchey.Pedaleiro XT 38X24. selim selle Italia sLr FLoW s1.

    Aproveitando o fato de termos a bicicleta de Vanessa Fernandes ainda sem as modificaes, quisemos tambm test-la, j que este um dos exemplos da escolha a la carte que a Olympia nos proporciona, aqui se confirma a facilidade com que cada utilizador pode escolher a bike que melhor se adapta s suas necessidades, bastando para isso visitar o site da Olympia ou do importador em Portugal e escolher o quadro com a montagem de componentes desejada. Uma montagem diferente do teste principal com dois pratos e equipada totalmente pelo grupo XT da Shimano. Em relao ao grupo XT da Shimano no h nada a dizer, j que a qualidade e fiabilidade sem mantm como nos seus irmos de topo, aumentando apenas no peso e quanto a ns na menor suavidade dos manpulos de travo.Estivemos em Montejunto com a bike da Vanessa ainda sem as suas modificaes e embora no tivssemos realizado um teste pormenorizado como fizemos Iron X1, gostmos imenso do seu comportamento. Uma bike extremamente nervosa e capaz de ultrapassar as subidas de declive mais acentuado com grande facilidade e agilidade, enquanto a descer se sente um conforto que, por vezes, nos leva a olhar para o tubo anterior do quadro procura do amortecedor.Apenas um seno a apontar que j foi referenciado no teste principal, o excessivo comprimento do espigo com 450 mm, que neste caso, e por se tratar de um quadro tamanho S, se evidencia ainda mais.

    OLYMPIA IRON FuLL xt

    vanessa fernandes

  • 15bikes

    jos silva

    Quando recebi a Olympia Iron, e em conjunto com o importador da marca e loja que represen-to Racingbikes tratmos logo de a colocar muito mais competitiva, leve, fivel e tambm ao meu gosto. Embora ainda faltem alguns compo-nentes j est pronta a correr.

    Este ano optei por correr s com um prato e, at ao momento, estou a gostar da experincia. Escolhi o grupo XTR por toda a sua fiabilidade exceto a pedaleira, pois j uso a Ro-tor h trs anos e o rendimento tem sido bastante positivo. Os traves tambm so XTR pois so sem d-vida a escolha acertada para quem pretende um enorme poder de tra-vagem.

    A suspenso a Marzocchi LCR 320 Offset 44, marca pioneira em fazer o que de melhor h em amor-

    tecimento e leitura em todos os tipos de terreno. Irei trocar pela Marzocchi LCR 320 Offset 51 que oferece uma maior distncia entre eixos e tambm um pouco mais leve. As rodas so as Mavic SL, ro-das bastante rgidas. Os pneus so os Maxxis Ikon 2.2 que so bas-tante rolantes e que oferecem uma tima trao e robustez nos mais variados terrenos.

    O guiador o MCFK mas este ser trocado pelo Pro XC Tharsis Flat que aps o Fit que realizei o mais indicado pois tem um recuo de 9 graus. Os pedais so os BBB FORCEMOUNT, utilizados apenas em treinos pois irei usar os seus irmos FORCEMOUNT TI que so ex-tremamente leves e fiveis. O espi-go o Prototype mas este tambm ser trocado pelo MCFK.

    Pedais BBB Fourcement e Fourcement TI para competio.

    Guiador Mcfk em carbono que ser substituido pelo Pro XC Tharsis Flat.

    Desviador Traseiro XTR, bem como o restante grupo de transmisso e traves.

    Pedaleira Rotor com monoprato oval.

    Espigo de selim Prototype que ser substituido por um de carbono da Mcfk, j o selim ficar a cargo da Pro.

    Suspenso Marzocchi LCR 320 Offset 44 e rodas Mavic SL com pneus MAxxis Ikon 2.2.

  • bw news

    16bikes

    Fullwear e Fullsport, Fornecedoras oFiciais da acM

    A Fullwear e a Fullsport foram designadas fornecedoras oficiais da Associao de Ciclismo do Minho para a poca de 2015. Os filiados da ACM, individuais ou coletivos, beneficiam de condies vantajosas na prestao de servios por aquelas empresas (equipamentos desportivos e logstica para eventos). Atravs do acordo celebrado entre a Associao de Ciclismo do Minho e a Fullwear e a Fullsport, os filiados da ACM, individuais ou coletivos, passam a beneficiar de condies vantajosas na prestao de servios por aquelas empresas, entre os quais, descontos significativos em equipamentos de ciclismo personalizados. A Fullwear uma empresa vocacionada unicamente para o design e confeo de roupa desportiva personalizada. Correspondendo aos mais exigentes padres em termos de conforto e durabilidade, a confeo 100% nacional, com recurso aos mais avanados tecidos e matrias-primas, entre os quais, Dryclim, Coolmax, Wind, Tex, Outlast, Microfresh ou Ykk. A Fullsport, por sua vez, presta servios no mbito da logstica de eventos desportivos, incluindo a venda e aluguer de estruturas, solues de cronometragem e telecomunicaes.

    Bairrada ultra Marathon 150 Quando ainda faltam mais

    de 4 meses para o evento (a realizar-se 23/05/2015 com partida s 7:00 do Estdio do Oliveira do Bairro), j as inscries seguem de vento em popa, contando j com mais de 260 inscritos quer na vertente individual quer em estafeta. A Bairrada Ultra Marathon 150 apresenta-se em 2015 com um conceito inovador, com o intuito de democratizar as ultras maratonas. Os atletas que ainda no se sentem capazes de fazer os 150 km a solo, tm lugar na prova, uma vez que a organizao abriu a possibilidade de dividir o percurso em estafetas (duplas ou triplas), onde cada um dos elementos da equipa realiza uma parte do percurso. No caso das duplas, cada elemento ir ter sua responsabilidade 75 km enquanto nas triplas caber a cada um 50 km do percurso. Apostando na beleza da paisagem da Bairrada, passando pela Pateira de Fermentelos e is da Ribeira que a maior lagoa natural da Pennsula Ibrica e de uma beleza paisagstica internacionalmente reconhecida, com a subida mtica serra do Caramulo, que do alto dos seus 1.100 m, abraa com imponncia a regio da Bairrada, atravessando a majestosa Mata do Bussaco com todos os seus encantos naturais, para terminar a percorrer as plancies de vinha de onde saem alguns dos melhores vinhos nacionais e internacionais. Claro que vir Bairrada pedalar e no provar o nosso leito, no faria qualquer sentido. Assim, a organizao da Bairrada Ultra Marathon 150 oferece a possibilidade, no ato da inscrio, dos atletas adquirirem a refeio de Leito Bairrada.Com a convico de que esta prova ser uma referncia futura no calendrio das ultra maratonas nacionais, pedimos a colaborao dos agentes locais que se podem constatar na pgina www.bairrada150.pt, colaborao essa que chegou de muitas formas, quer com apoio logstico, quer com ofertas da zona da Bairrada que sero sorteadas aos participantes sua chegada. Esta prova ser o carto-de-visita de toda uma regio com forte tradio no mundo das duas rodas, que est empenhada em receber bem todos quantos decidirem aderir ao nosso desafio.

    saloios Btt Ter lugar no dia 12 de abril de 2015 mais um Saloios BTT em Arneiros,

    Torres Vedras. Esta 8 edio de um dos maiores e mais bonitos passeios de BTT do Oeste de Portugal trar novidades para os participantes.O evento tem contado com uma participao de cerca de 500 BTTistas,desde o mais profissional que faz o percurso dos 60 km, ao desportista domingueiro que faz o percurso dos 35 km.Inscries a partir de fevereiro no site oficial saloiosbtt.com

    portugal conquista de pontos na costa Blanca

    A Seleo Nacional/Liberty Seguros participa, entre 22 e 25 de janeiro, na Costa Blanca Bike Race, prova de BTT por etapas que se realiza em Espanha. Portugal vai alinhar com quatro corredores, que partem conquista de pontos para o ranking de apuramento olmpico. A competio tem quatro etapas e disputa-se em equipas de dois elementos. David Rosa vai fazer dupla com Tiago Ferreira, enquanto Mrio Costa ter como parceiro Rben Almeida. Participamos com o objetivo de somar pontos com vista ao apuramento olmpico. Alm disso, pretendemos testar as duplas para futuras provas de nvel superior que tambm se so disputadas por equipas de dois elementos, explica o selecionador nacional de BTT, Pedro Vigrio. Neste momento, Portugal ocupa a 15. posio no ranking de qualificao olmpica atravs do qual os primeiros 23 pases garantem a presena nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. O apuramento faz-se pela soma dos pontos em dois perodos. O primeiro termina no final de maio de 2015, enquanto o segundo decorre de junho de 2015 a maio de 2016. Os pontos que conseguimos at final de dezembro, em meio ano, superam aqueles que alcanmos em cada perodo de um ano no apuramento para os Jogos Olmpicos de Londres, afirma Pedro Vigrio. O selecionador que conduziu o BTT luso estreia olmpica pretende cimentar a evoluo. O 13. classificado do ranking apura dois corredores. Estamos a trabalhar para nos aproximarmos desse patamar, garante.

  • AlvAlAde Porto Covo

    AlvAlAde Abrem dia 1 de fevereiro as inscries para a 17

    Edio de uns dos melhores Raids nacionais. No dia 17 de maio os trilhos e paisagens alentejanos

    voltaro a estar coloridos pelas milhares de

    participantes deste mitico Raid. A organizao a cargo

    do BTT Alvaladense, promete novos trilhos e a mesma

    qualidade, onde no iro faltar as j famosas sandes

    de carne assada no mega abastecimento da barragem.

    A Bikes World vai l estar, e tu?

    olisiPAdAs j Com insCries AbertAs Esto abertas as inscries para as Olisipadas Jogos Desportivos da Cidade de Lisboa

    das inmeras modalidades que as crianas podem praticar, entre as quais o ciclismo. Nesta podem participar jovens dos 9 aos 14 anos, residentes ou frequentadores de uma escola ou que pratiquem desporto num clube da cidade de Lisboa. Podem ainda inscrever-se aqueles cujos pais trabalhem na capital. A primeira fase disputa-se ao nvel de cada freguesia, em abril, apurando-se os melhores para a final. As Olisipadas so uma organizao da Cmara Municipal de Lisboa e das 24 Juntas de Freguesia da cidade, sendo a Federao Portuguesa de Ciclismo um dos parceiros institucionais. Os eventos de ciclismo das Olisipadas fazem parte do Programa Nacional de Ciclismo para Todos. As inscries esto abertas em http://www.cm-lisboa.pt/olisipiadas/inscricao at dia 1 de fevereiro.

    mdA100mArAthon Com bikes World Como PArtner ofiCiAl

    j nos dias 2 e 3 de maio que se far histria, trazendo, pela primeira vez, a Portugal, uma prova integrante do calendrio das World Marathon Series, campeonato equivalente Taa do Mundo e promovido pela UCI, com a realizao da edio 2015 da Mda100Marathon. O desafio est entregue, conjuntamente, ao MOZINHO MTB e ao Municpio de Mda, em colaborao com a Federao Portuguesa de Ciclismo e realizar-se- no concelho de Mda, na regio do Douro Interior e da Beira Alta, inserido numa zona com paisagens naturais, com interesse histrico e turstico, considerado patrimnio mundial, onde os atletas e seus acompanhantes podero usufruir de magnficos recursos naturais e culturais, tais como, os dois valiosssimos castelos medievais Marialva e Longroiva, por onde passa o percurso da prova. A MDA100Marathon WMS uma prova UCI C3 Race, onde os atletas Elite (M/F) podem pontuar para o ranking UCI e disputaro um prize money interessante que ronda os 4 mil euros. A prova estar ainda aberta aos atletas federados dos escales Master e aos no federados que competiro na Categoria OPEN. O Sbado, 2 de maio, reservado aos procedimentos de secretariado e a parte competitiva da prova est integralmente reservada para uma nica etapa, disputada no domingo, 3 de maio. A prova masculina ter uma extenso de 101,7 km e a feminina de 87,6 km. Para os inscritos da Categoria OPEN existem duas alternativas: 87,6 km ou 40,7 km. A prova medense tem j um histrico de grande nvel, tendo recebido, por duas vezes, a Taa de Portugal de XCM, em 2012 e 2013, bem como o Campeonato nacional de XCM, em 2011. No seu palmars, inscreveram j o nome como vencedores Lus Leo Pinto, Ruben Almeida e Tiago Ferreira e, no sector feminino, Maaris Meier, por duas vezes, e Ana Antunes. www.meda100marathon.com

  • competio

    BTT, AreiA e TempesTAdes...Na Holanda, as provas de BTT na praia so como que um desporto nacional. Podem encontrar-se ciclistas de World Tour como o caso de Sebastian Langeveld da equipa Garmin-Cannondale, velhas glrias do BTT

    como o caso de Bart Brentjens, actual director da equipa de BTT professional Superior Bikes-Brentjens MTB Racing Team e milhares de ciclistas que vo

    desde o amador/pro ao guerreiro de fim de semana. Em suma, uma festa de BTT.

    POR Joo Serralheiro ii FOtOs organizao

    Agu egmond-pier-egmond

    no passado dia 10 de Janeiro teve lugar uma das provas de Beach Racing mais conceitu-ada da Holanda, Agu Egmond-Pier-Egmond Campeonato Nacional de Beach Racing num percurso com cerca de 36 km feitos pela areia da praia.

    Em condies climatricas extre-mamente exigentes, frio, chuva e ventos que chegaram aos 70 km/h, os milhares de participantes pre-sentes enfrentaram as areias da praia de Egmond para uma jornada pica de ciclismo. Para complicar, a reduzida areia compacta obrigava os ciclistas a uma constante luta pelo posicionamento, procurando abrigo do vento sem sair da zona mais rpi-da da praia. A vitria nos homens foi

    para Richard Jansen e nas mulheres para Pauliena Rooijakkers. A ttulo de curiosidade, sebastian Langeveld foi o terceiro classificado.

    A prova no tem subidas, no tem single tracks, no tem desci-das alucinantes, mas no pensem por isso que a dificuldade tcnica no existe. Pedalar na areia tem os seus truques, um deles a busca constante de zonas mais duras, para isso tentamos chegar-nos o mais possvel a zona de gua. Mas No o podemos fazer exces-sivamente pois corremos o risco de entrar na zona molhada e ficamos literalmente enterrados. Por outro lado, momentos h em que temos mesmo de pedalar na zona mais fofa da areia, a h que escolher

    o melhor percurso, o que para os que partem de trs se torna mais difcil, pois com a passagem dos milhares de atletas vrios trilhos se desenham na areia, obrigando-nos assim a ter que algumas vezes ape-ar e correr com bike a nosso lado. Uma dica importante para pedalar na zona de areia mais fofa, aliviar o peso exercido no guiador, para soltar a roda da frente e assim per-mitir que a mesma no se atole sistematicamente, torna-se um pou-co incmodo pedalar com o peso balanceado para trs, mas esta a nica forma de conseguir ultrapas-sar as zonas de areia mais fofa.

    Voltando as dificuldades desta pro-va, alm de toda a areia disponvel, fomos tambm presenteados com

    um frio de fazer tremer o queixo e como atrs referi ventos que chega-ram a atingir os 70 km/h. Mas mes-mo assim uma prova altamente re-comendvel e a repetir com certeza.

    A minha participao no Agu Eg-mond-Pier-Egmond surgiu do convite para integrar a equipa da FFWD-Fast Forward Wheels e acabou por ser uma experincia incrvel de ciclis-mo, competio e estilo de vida. Num dia em que, pelas condies climatricas, a maioria dos ciclistas no nosso pas (eu includo) nem nos atreveramos a pegar na bicicle-ta, milhares e milhares de pessoas marcaram presena num grande evento de Btt.

    *Este artigo no foi redigido

    ao abrigo do novo Acordo Ortogrfico.

    Em ao!

    Schi

    pper

    s /

    Shut

    ters

    tock

    .com

  • 20bikes

    de volta estrada!Por marco chagas II ex-ciclista Profissiona l e comentador desPortivo

    est a mais uma poca de ciclismo de estrada, como todos os anos, as expectativas so grandes, tambm como tem acontecido num passado recente, muitas dvidas, sobretudo em relao ao calendrio nacional, no que concretizao dos eventos diz respeito.

    A Volta ao Algarve ser, de novo, a grande oportunidade para se ver ao vivo alguns dos melhores do mundo e, bom lembrar, alguns so portugueses num peloto internacional com a maior representao lusa de todos os tempos, onde se incluem, naturalmente, tcnicos, diretores, mecnicos, massagistas, comissrios e outras atividades no meio velocipdico, que so a demonstrao da qualidade dos nossos compatriotas.

    Se no plano internacional as atenes estaro viradas para as grandes corridas por etapas, por c, a nossa Volta continuar a ser o ponto alto da temporada, com as nossas equipas a tentar manter a superioridade dos ltimos anos, mesmo que o vencedor individual venha do outro lado da fronteira.

    Para ns, os que seguimos a modalidade, h outros motivos de interesse, desde logo a evoluo dos mais jovens, com os juniores,

    categoria em grande destaque na temporada passada, a terem uma responsabilidade acrescida, bem como os sub-23, com a ingrata tarefa de fazerem grande parte da temporada no peloto elite, onde dificilmente conseguiro ter protagonismo.

    E porque estarei muitas vezes no palco dos acontecimentos, por mim, um at j, nas pginas da Bikes World, um at sempre, nos trilhos do nosso pas, do mundo, e das nossas vidas!

  • cole aquico

    le a

    qui cole aqui

    Nome: ................................................................................................................................ Profisso: ........................................................................

    Morada: ...........................................................................................................................................................................................................................

    Localidade: ....................................................................... Cdigo Postal: ................................................................................................................

    E-Mail: ............................................................................................................................................................. Telefone: ............................................

    Envie-nos as suas respostas por correio, utilizando o envelope no verso e segundo as instrues nele indicadas para Inqurito, revista Bikes World, Campo Grande, 56 - 7. A | 1700-093 Lisboa at ao dia 15 de abril de 2015. No precisa de selo. A divulgao do vencedor ser feita na edio de maio de 2015 da revista Bikes World. No perca! Caso tenha alguma dvida, no hesite em contactar-nos atravs do nmero 218 310 931 ou pelo e-mail: [email protected] no desejar que os seus dados sejam fornecidos a terceiros, por favor assinale Se no desejar conhecer as nossas aces de Marketing, por favor assinale Nos termos da lei n. 67/98, de 26 de outubro, garantido o acesso aos seus dados podendo solicitar por escrito junto da Editorial Grupo V, a sua atualizao, correco ou eliminao.

    Frase:

    Sexo?

    Masculino .....................................................................Feminino .......................................................................

    Faixa etria?

    At 25 anos .................................................................26 a 45 anos ...............................................................Mais de 46 anos ........................................................

    Compras outras revistas de bicicletas?

    Sim .................................................................................No .................................................................................

    Se sim qual(ais)? ..........................................................

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    O MUNDO DAS BIKESQuais as marcas preferidas? Indique-nos 3.

    Berg ...............................Berria.............................BH ..................................BMC ...............................BTWIN .........................Canyon .........................Coluer ...........................Conor ............................Cube ..............................Felt .................................Focus ............................Fuji .................................Ghost ............................Giant .............................GT ...................................Jorbi ...............................KTM ...............................

    Lapierre ........................Massi .............................Mondraker ...................MSC ...............................Olympia .......................Orbea ............................Orbita ............................Pinarello.......................Rockrider .....................Rotwild .........................Santa Cruz ..................Scott .............................Specialized .................Superior .......................Stevens ........................Trek ................................

    Habilitaes Literrias?

    Ensino obrigatrio .....................................................Ensino secundrio ....................................................Ensino superior ..........................................................Outros ............................................................................

    Tens bicicleta?

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    Se sim, de que tipo?BTT .................................................................................Estrada ..........................................................................BMX ................................................................................

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    Editorial Grupo V

  • Apesar de atualmente nos focarmos mais no tamanho das rodas, existem componentes que evoluem todos os anos e que so objeto de muita investigao por parte das marcas especializadas em rodas. Neste nmero vamos tratar de descobrir os segredos do cubo, o grande desconhecido da roda e, por sua vez, o mais importante para um correto funcionamento.POR JOS M. ESCOTTO FOtOs BIKES WORLD, MAVIC, DT SWISS, RACING COMPONENTS

    Os segredOs dO cubO e dO eixOdescascandO a rOda i

    reportagem

    A Mavic aposta nos sistemas

    de inmeros trincos

    e rolamentos selados

  • 26bikes

    Existem dois tipos de fixao

    para os discos

    A roda um elemento bsico na nossa bicicleta. Hoje em dia, com a guerra aberta entre as diferentes medidas, est mais na moda que nunca. Mas no nos pode-mos esquecer que nela se encontram muitos componentes (que por vezes desconhecemos na sua totalidade) que preciso manter em bom estado para evitar o seu mal funcionamento.

    Quando falamos da roda completa referimo-nos: ao cubo, ao eixo com os seus rolamentos correspondentes, ao ncleo (na roda traseira), aos raios e, por ltimo, ao aro ou jante.

    Outros componentes que encontra-mos na roda so os discos de travo (correspondentes ao conjunto dos traves) e a cassete (pertencente ao grupo de transmisso), mas que entendemos que pertencem a outro grupo de componentes que no s rodas. Vamos concentrar-nos inicial-mente no cubo, em todos os elemen-tos que o compe (com rolamentos e ncleo) e no eixo, para conhecer a fundo as diferentes tecnologias apli-cadas e os sistemas utilizados.

    cuboO cubo o corpo da roda e podemos encontrar em vrios materiais. Os mais usuais so o ferro e o alumnio, utilizando duas tecnologias: o forjado e o mecanizado. Em rodas de alta gama, a fibra de carbono tambm aparece como elemento de constru-o, geralmente tranada. Entre as suas funes destacamos: Suporte dos raios: uma vez que os

    raios se fixam neste. Geralmente o tensor do raio encontra-se na extre-midade que fixa na jante, mas h ocasies em que o tensor se en-contra tambm no cubo.

    Suporte do eixo: o eixo encontra-se inserido no cubo, que faz com que a roda gire e se apoie, ou ento sobre a suspenso (roda dianteira) ou so-bre o quadro (roda traseira). O eixo no est apoiado diretamente sobre o cubo, mas sobre os rolamentos.

    Suporte dos rolamentos: estes en-contram-se alojados precisa-

    oS RolAMENToSOs rolamentos apresentam-se sob duas opes, com os seus correspondentes cones e sistema de fixao porca-contraporca, onde o cone faz a funo da porca e a parte onde apoiam os rolamento ou rolamentos selados. Rolamentos soltos ou em jaulas com cones: Muitos

    podem pensar que apenas os encontramos em rodas antigas ou muito econmicas; nada mais longe da verdade. A Shimano uma fiel defensora deste sistema. Entre os seus argumentos, destaca-se a facilidade de substituio e manuteno, para alm do seu preo reduzido. Por outro lado, entende que este sistema admite melhor as foras que chegam ao eixo, que nem sempre atuam na direo vertical, como tambm na oblqua, razo pela qual os cones, pelo seu desenho, as

    admitem melhor. E para no aumentar o peso, nas rodas de alta gama so compostas em alumnio com inseres de ao, apenas na zona de contacto do cone com os rolamentos. Em contrapartida, os eixos com este sistema exigem uma manuteno constante, bem como um ajuste e um olear de forma peridica.

    Rolamentos selados: o sistema mais adotado nos dias de hoje. Os rolamentos esto escondidos dentro de uns revestimentos metlicos. De grande funcionamento e de manuteno inexistente, apenas nos devemos preocupar com eles quando temos que os substituir por deteriorao. A desvantagem a de ter um maior custo e necessitar de mais especializao na sua substituio.

    Diagrama de um cubo ITS4

    de Mavic com 4 trincos.

    Corte transversal de um cubo ITS4 de Mavic com 4 trincos.

    Cubo FTSX com 2 trincos.

  • mente no cubo. Existem dois tipos de suporte: os rolamentos de bolas que se encontram presos graas a uns cones e as suas contraporcas ou os selados que se encontram albergados nas suas prprias car-caas.

    Suporte do ncleo de roda livre: Sobre o cubo da roda traseira en-contra-se o ncleo da roda livre, ao qual se encaixa a cassete com os carretos. Em rodas antigas ou de carcter mais econmico, em vez de um ncleo, o que encontramos uma rosca onde se encontra inse-rido um grupo de carretos (so de 5, 6 ou 7).

    Suporte do disco do travo: numa lateral do cubo encontramos o lugar do travo de disco, que pode ir pre-so mediante a fixao universal (e a mais habitual) de seis parafusos ou o popularizado pela Shimano e conhecido como Center Lock, que no mais do que uma fixao por rosca (muito semelhante das cas-setes).

    NCLEOO ncleo (ou corpo de cubo livre), o responsvel por liberar o movimento da roda quando deixamos de pedalar. Trata-se de um cilindro que se encon-tra no cubo da roda, no seu interior est um mecanismo formado por trin-cos que, graas ao efeito de uma pe-quena mola, engrenam em dentes ta-lhados no interior do ncleo, de forma que o movimento da roda e do ncleo estejam em consonncia e, assim, ao pedalar conseguimos mover a roda.

    Ao girar no sentido contrrio (quan-do deixamos de pedalar), estes trin-cos so pressionados para o interior, libertando-se dos dentes e, por con-

    seguinte, da prpria roda, permitindo que gire mesmo quando o ncleo no o faz. Isto provoca o clssico rudo clack que soa ao girar a roda no sentido contrrio ou sem o efeito dos pedais. Como vs, o seu correto fun-cionamento imprescindvel, j que teramos srios problemas na hora de pedalar (se os trincos no engan-chassem, no seriamos capazes de mover a roda) ou na hora de deixar de pedalar (se no desbloque-assem, a roda no giraria livremente).

    Na hora do fabrico, existem vrias alter-nativas que vo va-riar de acordo com o

    seu custo. Evidentemente, quantos mais elementos (e melhores) tiver-mos para aperfeioar o seu funcio-namento, mais elevado ser o seu custo. Existem ncleos que incorpo-ram dois, trs e at quatro trincos. importante uma correta sincroniza-o j que de nada serve ter quatro trincos e que apenas um enganche nos dentes.

    O mesmo se passa com o nme-ro de dentes, teoricamente quantos mais tivermos, mas facilidade vamos ter em enganchar, o que se traduz numa maior rapidez (menos atraso na pedalada). Esta caracterstica muito importante quando, numa subi-da por exemplo, queremos dar uma pedalada mais forte. Um segundo de diferena entre estes diferentes ncleos pode representar a perda de inrcia e ficarmos parados.

    Existem marcas que vo mais alm, como o caso da DT Swiss que, com o seu sistema DT Swiss Ratchet System, substitui os trincos por duas rodas dentadas, que engan-cham entre si quando giram no senti-do da marcha e se desencaixam ao girar ao contrrio.

    COmO sE mONtam?Para conhecer o processo visitmos as instalaes da Racing Components, onde so montadas as conhecidas rodas 1HPR. O gerente, Juan Carlos Cambronero, explicou-nos o processo que se resume aos seguintes passos:

    1) Examina-se e limpa-se o cubo para proceder introduo dos raios. Introduzimos o aro na mquina tensionadora de raios, que reconhecer cada buraco onde sero introduzidas as cabeas e as inserir com os parmetros predefinidos. Cada raio ter, no mnimo, cerca de 80% da tenso total.

    2) Mquina estabilizadora: com uns rolos comprimem a roda vertical e axialmente para que a montagem assente e os raios torcidos ao girar as cabeas recuperem a posio normal. F-la girar entre 12 e 20 voltas para cada lado com uma presso de 90 a 120 quilos, simulando uma rodagem inicial.

    3) Centrador final com controlo de qualidade: com sensores informatizados que indicam em cada ponto do processo o desvio real da jante. realizado um esticar manual de todos os raios e os desvios de inclinao e salto nunca podero ser superiores a 0,02 mm.

    4) Centrador bsico: para fixar as cabeas. utilizada uma cola especial que, com uma gota aplicada na cabea, deixa-a semi-bloqueada e protege-a da oxidao galvnica. Para cada roda imprime-se uma etiqueta nica com o controlo e nmero de produo, posto de montagem, tenso mdia de cada lado, mxima, mnima

    Para os cubos, existem sistemas

    de 2, 3 ou 4 trincos, ou de

    rodas dentadas

    28bikes

    Corpo do cubo (esquerda) com o eixo e o ncleo (direita).

    Cubo XTR dianteiro, fixao de disco

    Center-Lock para eixo passante de 15 mm.

    Cubo DT Swiss 350 para raios de tiro reto.

    Cubo DT Swiss para eixo passante com rolamentos

    selados e fixao de raios retos.

    Cubo XTR traseiro para eixo passante, fixao disco Center-Lock, rolamentos + cones.

  • GLOssRIOAXIAL FIXING SYSTEM: Fixao do disco sem parafusos (Fulcrum).CENTER LOCK: Fixao do disco sem parafusos (Shimano).DOUBLE BUTTED: Duplo conificado nos raios. Mais grossos nas extremidades que no centroEUROPEAN TYRE AND RIM TECHNICAL ORGANIZATION (ETRTO): Organizao Europeia que define um sistema para designar o tamanho de medio para os diferentes tipos de pneus e jantes (norma internacional ISO 5775).FREEWHEEL: Ncleo ou corpo de cubo livre da roda.HUB: Cubo da roda.INSTANT TRANSFER SYSTEM (ITS-4): Sistema de transmisso da fora mediante 4 trincos no ncleo (Mavic).

    INTERNATIONAL MOUNTING SYSTEM (IS): Sistema standard de montagem dos discos mediante 6 parafusosMOMAG: Mounting Magnete. Guiado das cabeas dentro do aro mediante um man (Fulcrum).QUICK RELEASE (QR): Eixos de desmontagem rpida.PAWL: Trinco do ncleo.RATCHET SYSTEM: Sistema de roda livre que elimina os trincos por duas cremalheiras (DTSwiss).RIM: Aro da roda.SPOKE: Raio da roda.THRU AXLE: Eixo passante.TITANIUM REINFORCEMENT (T.I.F.): Estrutura interna dos aros realizada em titnio para outorgar maior rigidez (Progress).UNIVERSAL STANDART FOR TUBELESS (UST): Rodas preparadas para utilizar pneus tubeless.

    Normalmente os ncleos so fa-bricados em alumnio, sendo alguns tambm compostos por titnio na par-te de contacto com a cassete, para os dotar de maior rigidez. Nas rodas de gama baixa, o ncleo no existe como tal, sendo a prpria cassete (que vai diretamente roscado ao cubo) a que tem a funo de soltar o movimento.

    EIXOCom a entrada em cena dos dime-tros grandes de roda, os eixos come-aram a evoluir em todas as modali-dades de BTT para as dotar de maior rigidez, comeando a popularizar-se nos eixos passantes. De qualquer for-ma, atualmente podemos continuar a distinguir dois tipos de eixo: Eixos Quick Release (QR): o de

    fecho rpido. So eixos ocos (de

    9 mm na roda dianteira e de 10 mm na traseira) que esto incorporados na roda (apenas se des-montam para manuten-o). Atravs deles introduzido uma varinha de 5 mm de dimetro, da serem denominados QR5. Os eixos podem ir sobre rolamentos soltos (ou em jaulas) com cones e contraporca, ou sobre rolamentos selados. Os dianteiros normalmen-te so de uma nica medida, mais concretamente de 100 mm, e os traseiros, por norma, so de 135 mm de comprimento.

    Eixos passantes: No esto fixa-dos roda, estes saem comple-tamente ao desmontar. E esto apoiados sobre rolamentos sela-dos. Podem estar fixados tanto

    na suspenso como no quadro mediante vrios sistemas: semelhantes ao Quick Release, com porcas ou

    parafusos. Tambm os podemos encontrar em diferentes dimetros e comprimentos. Atual-mente v-se cada vez

    mais a utilizao do eixo dianteiro de 15 mm de di-

    metro e 100 mm de comprimento (exceto em algumas marcas ou em disciplinas tipo Freeride ou DH em que so utilizados de 20 ou at mesmo de 25 mm e comprimentos que chegam aos 110 mm). Exis-tem tambm eixos passantes de 9 mm e inclusive adaptadores para converter o sistema da nossa mon-tagem. No eixo traseiro podemos ver eixos passantes de 12 mm de dimetro e comprimentos de 135, 142 (muito utilizada na atualidade) ou 150 mm para Enduro, Freeride ou DH. Existem eixos passantes de 10 mm de dimetro, apesar de serem utilizados cada vez menos e, tal como acontece com o eixo dianteiro, encontramos adaptado-

    Eixo passante traseiro de 12x142 mm.

    Eixo de fecho rpido (Quick Release) QR5.

    Diferentes adaptadores para eixos.

    res para poder utilizar eixos de me-nor dimetro em rodas preparadas para medidas maiores.

    Eixos de Fatbike: Podemos criar uma nova categoria, uma vez que as Fatbike chegaram ao nosso mercado para ficar. Existem eixos macios com porcas, QR ou eixos passantes, mas sempre sobredi-mensionados. Para os dianteiros pode estabelecer-se como 100 mm a medida estandardizada, mas na roda traseira, os eixos partem dos 135 mm at eixos de 195 mm.

  • Falar em BMC pensar na Sua, na sua tradio relojoeira e essa filosofia de fazer as coisas com qualidade sem abandonar a esttica. A Speedfox

    uma mquina helvtica de devorar trilhos. O seu tringulo dianteiro de carbono e a sua geometria equilibrada entre o XC e o All Mountain,

    pretendem fazer-te subir a montanha mais alta e descer com a segurana e o aprumo que so j tradio de desenho de anos.

    texto e Fotos ao TRACK MTB ii Fotos estDIo DAVID ANTN ii aGRaDeCIMeNto SANFERBIKE

    teste

    A primeira palavra que vem mente ao ver a speedfox sobriedade. Numa gama onde a tendncia est nas bicicletas de cores garridas, a BMC aposta por uma linha delicada e funcional. o gosto dos suos pelo desenho funcional e sbrio visvel na linha e cores da bicicleta. as for-mas do quadro so austeras e cada detalhe responde a uma soluo fun-cional pensada ao nfimo pormenor.

    sobre o preto do carbono apenas se destaca o cinzento e algum de-

    talhe da cor. Para alm disso, num segmento onde a maioria das marcas voltou a mudar a medida de roda, os suos continuam a apostar pelas ro-das grandes.

    ao ver as 29 polegadas pensas em sadas longas com mdias de veloci-dade de dois dgitos, mas os seus 130 mm de curso revelam outras inten-es. o basculante de alumnio per-mite conter o preo. Um detalhe que desperta a ateno a montagem do desviador dianteiro no tringulo trasei-

    ro, pelo que rene um espao valioso na escora e, ao se articular, mantem a distncia adequada da corrente.

    COMPONENTESa joia da montagem da speedfox so as rodas Dt swiss M1700 spline 2. No por acaso que comeam a apa-recer com frequncia em montagens deste segmento, j que apresentam uma relao quase incrvel entre leveza e rigidez e os cubos desta marca permitem facilidade de

    BMC Speedfox SF02 29 XT

    rivais

    BH Lynx 4.8 29 9.7 ii 4.299,90scott GEniUS 910 ii 4.499,99

    A jia da coroa, com quadro de carbono e suspenso Split Pivot.Quadro carbono, suspenso Fox float 130mm, amortecer Fox nude / scott 130 mm e sistema Twin Lock.

    BMC sPEEDFOX sF02 29 XT

    PRECISO SUA

  • O quadro declara um peso de 2.790 g e o conjunto registou

    12,34 kg

  • 32bikes

    , sem dvida, um dos melhores quadros do segmento que experimentei. rgido e cmodo, oferecendo uma grande polivalncia em praticamente todos os terrenos.

    RIDEROPINIO dO

    O avano de 70 mm e o guiador de 720 mm

    permitem equilibrar o peso do corpo sem esforo

    O avano e o guiador so de alumnio e foram assinados pela BMC. As suas medidas so de 70 mm +/- 6 e 720 mm respetivamente.

    O espigo Rock Shox Stealth permite-nos descer o selim at 150 mm, a cablagem para o comando interno.

    As DT Swiss Spline 2 M1700 so uma boa aposta. O jogo declara um peso de 1.785 g e utilizam cubos com o sistema de dupla roda dentada.

  • 33bikes

    rodagem e grande qualidade do conjunto. especialmente eviden-te quando se levanta o guiador para saltar com a bicicleta, pelo que reage de forma gil e levanta do cho com facilidade.

    A transmisso inteira corre por conta da Shimano com o conhecido XT 2x10 que garante bom funcio-namento em todas as ocasies. A

    embraiagem do desviador traseiro revela-se fundamental nesta bicicle-ta quando decidimos rodar a uma velocidade considervel pelo terre-no abrupto, o bloqueio do rebound da cassete evita que a corrente bata nas escoras e provoque rudo.

    Alm disso a BMC tem o detalhe de dotar a Speedfox com um tensor de corrente que a ajuda a manter no stio, por forma a evitar ao mximo o rudo e as sadas de corrente que fazem parar a diverso para voltar a coloca-la no seu stio.

    Os mais que testados traves XT so um dos sistemas que mais gos-tamos, tm uma grande potncia de travagem e muita confiana em des-cidas longas e tcnicas com discos de 180 mm. Traves que te do a confiana de travar no ltimo mo-mento em vez de dosear constante-mente, permitindo ir mais rpido. Os XT permitem longas descidas sem o tpico problema de sobreaque-cimento e mudana de tato dos traves.

    O sistema CTD de Fox parece inventado para esta bicicleta, pareceu-nos que funcionava melhor neste quadro do que em outros testados anteriormente. O amortecedor Fox Float CTD ES oferece um funcionamento bas-tante eficiente mas a forquilha Fox Float 32, apesar dos 130 mm de curso, tem um tato um pouco seco nas zonas tcnicas e com obs-tculos. Uma suspenso com bar-ras de 34 ou 35 mm ter-se-ia feito mais merecedora deste conjunto.

    O guiador de 720 mm e o avano de 70 mm, ambos da BMC, renem bom equilbrio na direo, sem ser um guiador extremamente largo nem o avano muito curto, oferecen-do o melhor de dois mundos, uma posio cmoda e controlo para as zonas mais difceis sem levar o tron-co muito frente, permitindo-

    Uma das maiores vantagens que inclui a Speedfox 02 a montagem do desviador dianteiro localizado no tringulo traseiro em vez de o fazer no principal. Desta forma o seu movimento mais solidrio com a oscilao da corrente. O seu curso paralelo ao prato e, em vez de optar por uma montagem monoprato, fica tudo mais limpo. Por outro lado, inclui tambm uma guia de corrente, um detalhe tipicamente de enduro que evitar as pancadas da corrente e que impede que saia quando estivermos em terrenos mais abruptos.

    DesviaDor + Guia De corrente

    Mexe-se bastante bem

    em zonas de tcnicas e instveis.

    O DimetrO De rODa ajUDa a qUe

    Se DeSenvOlva baStante bem em

    zOnaS DeSnivelaDaS

    Calcular o SAG necessrio para a suspenso traseira simples graas a este indicador situado num pivot da bieleta principal.

    Para alm do guia da corrente, o desviador traseiro Shimano XT com bloqueio de caixa evitar os choques da corrente com as escoras em terrenos abruptos.

    Toda a cablagem interna, introduzindo-se no quadro atravs de um sistema limpo e acessvel para a sua manuteno graas a esta tampa.

  • 34bikes

    nos equilibrar o nosso peso sobre a bicicleta ou coloc-lo mais atrs em zonas mais ngremes, ajudados pelo espigo telescpico.

    A presso dos fabricantes para manter o peso final do conjunto fez-se com que montassem pneus leves, mas o que na verdade se re-velam pouco adequadas para rodar a altas velocidades pelas zonas n-gremes e tcnicas. Os pneus so uns Schwalbe Racing Ralph, mesmo sendo Tubeless Ready, no esto altura da Speedfox, nem para os tri-lhos do tipo BTT que foi desenhada, j que nas curvas rpidas perdem trao e perdem segurana.

    Em aoA leveza e postura da bicicleta leva-nos a comear com uma longa subi-da por trilhos largos, aqui o bloqueio das suspenses ressalta do grande desenho e ligeireza da Speedfox, per-mitindo-nos aproveitar toda a rigidez para imprimir a nossa fora e fazer a subida com mais balano. A isto tam-bm ajuda o ngulo do selim de 74.

    No apenas sobe bem em trilhos largos como tambm desenvolve muito bem em zonas tcnicas, a combinao de avano e guiador permite-nos controlar o traado e ba-lanar o peso do corpo sem esforo adicional.

    Uma vez l em cima, tommos como objetivo levar a Speedfox a des-cer at ao limite. Levmos a bicicle-ta por longas descidas de diferentes tipos de terreno. Desce realmente bem, graas tambm ao seu ngulo de 68,5, que para uma bicicleta de 29 bastante agressivo. Por trilhos menos tcnicos e pedregosos, onde se encontra no seu habitat natural, revela-se rapidssima e precisa. O dimetro da roda tambm ajuda a que, nas zonas que transpiram mais enduro e desafio, desenvolvam bas-tante bem.

    Destaca-se especialmente a sen-sao de robustez e qualidade que nos transmite em descida. O fato de ter todos os cabos no interior do qua-dro e a corrente tensa pelo tensor na escora e a embraiagem da mudana XT faz com que no produza qual-quer rudo e notemos mais a rigidez, o que resulta muito aprazvel.

    O ngulO dO selim a 74 facilita-nOs na pOsiO de pedalar em planO e subidas

    trata-se de uma bicicleta polivalente e equilibrada. sem ser uma bicicleta de Xc, ao bloquear as suspenses, sobe muito bem, enquanto ao descer, sem se tratar de uma enduro, comporta-se com uma preciso notvel enquanto traa com segurana e velocidade, o que se traduz em diverso garantida. a sua robustez e reao transmitem uma sensao geral de qualidade graas rigidez do carbono muito bem rematado, acentuada pela falta de rudos, pela cablagem interna e o tensor de corrente, convertendo-a numa companheira muito agradvel na hora de enfrentar qualquer tipo de sada.

    Em SUma

    a bmc recorre a um sistema de suspenso aps (advanced pivot system), que procura otimizar a cinemtica e a colocao do pivot com as trajetrias de eixo e amortecimento. baseia-se num monopivot articulado que chegar a oferecer 130 mm de curso atrs e que une o tringulo traseiro com o dianteiro mediante duas bieletas curtas. um dos seus principais contras o facto de o amortecedor no se comprimir ao pedalar, oferecendo uma grande eficincia na pedalada e aumentando o rendimento em terreno plano e em subidas.

    aDVaNCED PIVoT SYSTEm

    O ngulo de direo a 68,50 bastante

    agressivo para uma 29

  • 35bikes

    DesenhoQuadro

    SuspensoAmortecedorTransmisso

    TravesPreo/Qualidade

    BMC SPEEDFOX SF02 29 XT avaliaO

    PreoPeso

    QuadroSuspenso

    AmortecedorDireoGuiadorAvano

    ManpulosPedaleiroDesviadorMudanas

    TravesCorrenteCassete

    RodasPneus

    EspigoSelim

    PedaisTamanhos

    Cores

    3.92612,34 kg (tam. M sem pedais)Fibra de carbono e alumnioFox 32 Float CTD ES 130mmFox Float CTD ES 130mmBMCBMC 720 mm MFB02BMC 70 mm MST02Shimano XT SL-M780Shimano XT FCM785 38/24Shimano XT FD-M786Shimano XT RD-M786Shimano XT 180/180 mmShimano XT CN HG95Shimano XT CS771 10v 10-36DT Swiss M1700 Spline 29Schwalbe Racing Ralph TRRock Shox Reverb Stealth 150mmFizik TundraNoXS/S/M/L/XL1

    Ficha Tcnica

    BMC SPEEDFOX SF02 29 XT

    O quadrO (cOm amOrtecedOr, guia de cOrrente, parafusOs,

    fechO dO espigO e O eixO passante traseirO) declara

    um pesO de 2.790 g.

    O quadro conta com

    6 entradas para

    cablagem interna

    As escoras de 435 mm garantem

    a agilidade da roda traseira

    A suspenso Fox 32 Float CTD

    melhoraria com barras de 34 mm

    preo peso modalidade3.926 euros 12,34 kg AM

    aB

    C

    dFe

    GEOmETria a dB eC F

    1.149 mm 609 mm

    435 mm 74

    460 mm 68,5

    *Tamanho M.

    melhoraria com uma suspenso de 34 ou 35 mm.

    qualidade geral e acabamentos dignos de nota.

    fAVOr CONTrAa

  • ENTREVISTA com

    Campeo multidisciplinar,

    voltou ao BTT

    Trabalhar com os midos uma forma

    de voltar a ganhar

    SHAUN PALMER

    Se existe um biker que revolucionou o Mountain Bike nos 90, e no pelo seu palmars, foi

    Shaun Palmer. Um autntico atleta polivalente e multifacetado que sempre deixou marca por onde passou. Recebeu o Prmio Laureus de

    desportos alternativos em 2000, foi nomeado Melhor Atleta de desportos radicais em 2001 e Melhor Atleta do Mundo em 2002. Agora continua o seu legado na escola de talentos,

    juntamente com a Intense.FOTOS BIKES WORLD, ROB TRNKA, INTENSE

    MiTo do dH doS ANoS 90

  • 37bikes

    Aproveitando a visita de Shaun Palmer a Espanha, com o motivo da abertura da primeira Intense Store do mundo, estivemos em conversa com ele sobre de tudo um pouco, dos seus xitos anteriores, da sua situao atual, de que forma tem evoludo o DH desde meados dos anos noventa at os dias de hoje.

    Para perceber tudo o que nos disse, e pelo que chegou a representar, preciso conhecer Shaun Palmer. Um rider que, sem nunca ter conseguido uma Taa do Mundo ou um Mundial (apesar de contar com vice-campeonatos a nvel internacional e uma vitria numa prova da World Cup), alcanou a categoria de mito.

    Estvamos em 1995 quando um pro do snowboard, que tinha acabado de criar a sua prpria marca de tbuas (a j extinta Palmer Snowboards, que esteve no mercado at 2008) decidiu que na temporada que se seguiria iria competir em DH. O sucesso foi de tal ordem que na segunda prova da Taa do Mundo terminou em 7 e, mais tarde, no Mundial que ocorreu em Cairns (Austrlia) finalizou em 2 lugar, a 15 centsimas de segundo (0.015 s) de Nicols Vouilloz, o biker mais conceituado da histria do DH.

    Imediatamente depois da prova, assinou com uma marca

    Um mito apesar de no ter

    ganho nenhUm mUndial oU WC

    americana que seria, at data, o maior contrato para um ciclista de montanha, 1 milho de dlares por trs anos. de ressalvar que alternava o MTB com o snowboard, tendo feito a temporada completa de inverno e de vero. O seu estilo descontrado e radical, dentro e fora do circuito, com um look mais relaxado que o habitual, tendncia natural para a festa e para uma certa valentia (qui loucura) para dizer as coisas sem papas na lngua, fez com que fosse j capa de todas as revistas.

    Durante a sua vida ativa tambm se iniciou nas corridas de carros (conseguindo uma vitria nas disciplinas americanas), participou nos Winter X-Games (onde conseguiu vitrias em inmeras modalidades entre os anos 1997 e 2001), proclamou-se campeo da Amrica do Norte de Dual Slalom, competiu em campeonatos americanos de Motocross e

    Supercross, deu nome a um videojogo (o Shaun Palmers Pro Snowboarder que a Activision lanou para a Playstation em 2001) e lesionou-se com gravidade no tendo de Aquiles (precisamente antes dos Jogos Olmpicos de Inverno de 2006, em Turim, onde ia representar os Estados Unidos em Snowboard.

    A sua figura sempre foi rodeada de polmica e excessos, montou uma banda de rock (Fungus), tem o corpo completamente tatuado, amante de carros e colecionador de Cadillacs (chegou a ter 8), gravou um vdeo autobiogrfico que intitulou de The Miserable Champion porque dizia que a glria do pdio durava 20 minutos, o resto, os treinos, e as leses, os segundos lugares... eram uma vida miservel. Na verdade, a sua trajetria no MTB, a nvel internacional, foi sol de pouca dura, em 1999 decidiu retirar-se das bicicletas para se dedicar ao skicross, mas a sua passagem deixou uma marca.

    Em 2009, com 40 anos, decidiu voltar s bicicletas para competir nas duas eliminatrias da Taa do Mundo que se celebraram na Amrica do Norte (Mont Sainte Anne Canad e Bromont Estados Unidos). Pouco depois decidiu voltar-se para o seu trabalho com os midos e sua colaborao com a Intense no Shaun Palmers Gravity Circus, um programa de busca de talento e entretenimento para jovens riders, tutelados pela marca.

    A mtica M1 de 1996,com que comenou a lenda,

    pesa mais de 17 kg.

  • 38bikes

    A tua estreia no MTB foi por mo da IntenseQuando quis dar o salto para as bicicletas, trabalhei lado a lado com o Jeff (Steber, fundador da marca). Agora estou de volta com eles e gosto da forma de trabalhar, do ponto de vista familiar. Para alm disso, queria passar toda a minha experincia do snowboard e regressar s origens triunfais.

    Como se vivia o MTB na altura relativamente aos dias de hoje?Em 1996 era muito mais divertido, a WC (World Cup) era um acontecimento e uma grande reunio. Agora tudo muito mais rpido, agora tudo feito com mais profissionalismo e mais tcnico do que na altura. Os pilotos tm que treinar muito mais, trabalhar de forma mais consciente para ganhar destaque.

    Que diferenas encontras entre a tua mtica M1 de 96 e as bicicletas de hoje?(Risos) Todas, qualquer bicicleta de hoje melhor do que a que tinha na altura. Na verdade, no existe

    Numa palavra Uma alcunha: Palmer o Napalm Uma cidade para viver: Temecula, Califrnia (eu e a minha mulher, Heather, acabmos de nos mudar para l, uma canseira) Uma corrida: Quando um dos meus juniores ganhar uma Taa do Mundo Um sonho: Paz e calma Bicicleta favorita: Qualquer uma da Steebs Comida favorita: Sushi ou bacon. Bebida (no alcolica) favorita: gua Cerveja favorita: Stella Shaun Palmer: Um tipo confuso

    assim muita diferena no curso das suspenses, mas o seu disso, aquela M1 tinha traves de calo hidrulicos. Qualquer travo de disco de hoje mais eficaz.

    E tu, o que fazes agora?Dedico-me a viver a vida.

    E a academia?Bem, eu queria passar os meus conhecimentos e experincia aos mais novos, j que sempre uma forma de voltar a ganhar. Trabalhamos na motivao dos rapazes, onde eles colocam o trabalho e eu a mente. Procuramos focar os seus objetivos e ambies para os levar at WC e retomar o caminho at o pdio.

    Como mentor de promessas, como os podes ajudar com

    a tua experincia em outros desportos?Saber que podes ganhar apenas metade da batalha. Agora h muitos rapazes muito rpidos, mas s alguns tm a mentalidade de vencedor e viso para chegar ao topo do pdio.

    Que conselho darias a quem comea no DH?As corridas so muito diferentes agora, duvido que haja algum que te consiga ensinar alguma coisa e de repente ganhes. O que preciso fazer treinar duro e estar mentalmente preparado.

    No teu projeto com a Intense, pensas desenvolver mais disciplinas ou esto apenas concentrados no DH?A Intense uma marca de DH e eu sou um downhiller, e o nosso objetivo criar o prximo grande programa de DH. O plano captar os rapazes, quando ainda jovens, e orient-los para a Taa do Mundo.

    Qual a tua opinio da exploso das 27,5 no DH? E das 29er?

    As 27,5 so a evoluo lgica do DH. No segmento das bicicletas trail bvio que os benefcios de um maior tamanho de roda so reais e quando os rapazes esto a competir em dcimas de segundo, qualquer melhoria do rendimento pode fazer a diferena. Creio que as 27,5 so muito vantajosas.Seria interessante ver se algum era capaz de integrar rodas de 29 numa bicicleta de DH, porque se no se adequar porque talvez seja uma bicicleta demasiado grande.

    AS 27,5 So A evolUo

    lgiCA do dH

    Apaixonado dos Cadillacs, tem quatro na sua coleo (chegou a ter oito).

    Data de nascimentoLocal de residncia

    AlturaPeso

    14/11/1968South Lake Tahoe (Califrnia)1,80 m77 kg

    ficha pessoal

    SHauN palMeR

  • 39bikes

    PALMARS INTERNACIONALApesar de ser considerado um dos grandes, o palmars de Shaun Palmer em Mountain Bike no excecional. Os seus principais resultados foram a medalha de prata de Cains 1996, o campeonato norte-americano.de Dual-Slalom em 1999 e a prova da Taa do Mundo celebrada em Big Beat (EUA) nesse mesmo ano. Essa vitria foi celebrada com a sua subida ao pdio com uma coroa e um traje dourado e brilhante.No entanto, em desportos de inverno conta com um excelso catlogo de triunfos nos Winter X-Games, como as medalhas de ouro em Boardercross (1997, 98 e 1999), em Skiercross (2000) e nos Gravity Games de 2002, as pratas na Taa do Mundo de Boardescross em 2006 e 2008 ou a medalha de ouro no Mundial de Halfpipe (1990).

    De que forma se insere o carbono no DH? (quadros, rodas, etc.)?A leveza sempre bem-vinda, mas complicado quando se torna muito cara, algo que uma pessoa normal no tem capacidade para adquirir. As bicicletas de alumnio, feitas na Amrica, continuam espetaculares. Eu continuarei a usar uma de alumnio, porque sinto-me bem com ela. Nem sempre se trata de fabricar uma bicicleta de DH de 13 kg, porque a flexo do quadro (contrao e retrocesso) uma desvantagem nos circuitos duros e tcnicos. Entre 15 e 17 kg parece o mais apropriado para os circuitos atuais.

    Qual a tua opinio sobre o Freeride e o Enduro? Atraem-te? Gosto de tudo o que seja divertido e o Freeride outra forma de curtir e passar um bom bocado. O Enduro tambm parece divertido, apesar de nunca ter experimentado. H algumas provas muito boas, prximas de onde vivo e conto ir experimentar neste inverno. Well see....

    acredito que no tinha assinado este acordo com a Intense e com os meus outros sponsors. Sou feliz assim, quem sabe onde estaria agora se aquilo no tivesse acontecido.

    Vais voltar a correr?No acredito que volte a tentar uma Taa do Mundo, mas enquanto me sentir bem e me divertir, certamente que me alistarei para alguns eventos locais.

    Que feito do Shaun Palmer extrovertido?Its called age Chama-se amadurecimento, No final inevitvel que ocorram mudanas com o passar dos anos. Por isso procuro passar aquela motivao que tinha para os midos.

    Que te parece a nova poltica da Intense? A abertura da primeira Intense Store em Madrid?A loja de Madrid est brutal, espetacular ter conseguido estar na abertura e estou muito feliz por ter feito parto dela.

    Snowboard, Moutain Bike, Motocross, Supercross, Skicross Em todas estas categorias, e muitas mais, participaste e ganhaste. Qual a tua preferida e porqu? O que te cativa em cada uma delas? uma questo que j me coloquei muitas vezes e a verdade que no tenho preferncias, gosto realmente de todas elas. Comecei com o snowboard e suponho que a que tem mais significado para mim, mas a minha famlia o Mountain Bike. Jeff (Steber) e a Intense foram sempre como uma famlia para mim, por isso sempre bom voltar a casa.

    Tendo em conta a leso que tiveste antes dos Jogos Olmpicos de Turim 2008, o que achas que ainda ficou por fazer?Eu no gosto de falar sobre as coisas negativas do passado, aquela leso lixou tudo (that injury sucked), mas permitiu-me direcionar-me para outras coisas. Se no tivesse tido aquela leso,

    Estivmos conversa com Shaun na inaugurao

    da primeira Intense Store do mundo, em Madrid.

  • Pedem-me que vos faa um relato das experincias que mais me marcaram nos ltimos anos desta minha passagem

    pelo mundo dos pedais. Aqui fica ento, a pedido da famlia Bikes World, um resumo minha maneira.

    por snia lopes

    minha maneira!

    snia lopes

    Treinada para esperar pelo inesperado, cedo aprendi que a qualquer hora, tudo pode acabar, tudo pode estoirar. por isso aproveito cada dia como se do ltimo se tratasse. At ao dia em que a competio me deixe de aquecer a alma, assim sero as minhas pocas desportivas. Bem sei que mais tarde ou mais cedo vou arder numa fogueira para a qual recolhi eu toda a lenha, mas pelo menos ser sempre minha maneira.

    No conseguir erguer os braos ao cortar o risco de meta na pri-

    meira vitria em provas de 24 ho-ras fora de portugal, foi algo que ainda hoje recordo mais do que o prprio resultado. Em Madrid, um ano depois de ter liderado o open de Espanha alinhei com o nmero um, mas de alvo a abater, rapida-mente passei a lanterna vermelha, mesmo antes de concluir a primei-ra volta! Foram 1.440 minutos de uma sdica conversa com a dor que me empurraram para uma vi-tria que fui incapaz de celebrar como bem mereciam os muitos espanhis e um portugus ape-nas, que nunca deixaram de acre-

    ditar. Mais do que a degradante incapacidade fsica de levantar os braos, mais do que a vitria, de Madrid guardo a amizade de dois elementos da organizao. para ti Maria e para ti Josechu, sim-plesmente obrigada!

    de mapa em mapariscar mapas sempre foi tarefa que me fez sonhar e, por mais do que uma vez, tombar. Diz quem me fez, que fui feita para de que-da em queda me levantar e sem-pre com isso aprender. para mim, aprender no evitar, mas

    reportagem

  • 42bikes

    sim teimar at alcanar. A ligao Covilh - Sintra um risco com 500 km e 66 horas de tempo limite que fazem do PBR 500 a prova non-stop mais dura do mundo. Em cau-sa no est a coragem ou a forma, mas sim a teimosia de cada um, em especial, a de cada membro da organizao. Facto , ter sido eu o primeiro ser humano de sexo femi-nino a concluir tal tarefa. Orgulho , ter voltado sem tombar, para perto de um filho que por mim esperava de braos abertos depois de 500 km de trabalho. Obrigada Tim, por fazeres sempre tudo tua maneira!

    Cruzar o Atlntico para descobrir o calor do Brasil, j Pedro lvares Cabral o tinha feito, meio sculo an-tes de mim. Por isso mesmo foi con-tagiada com a inesperada concreti-zao de um sonho que atravessei

    para o outro lago da poa de gua apenas para me banhar no oceano de emoo que a Brasil Ride. Com um parceiro de ltima hora mas pro-tegida por quem sempre acreditou desde o primeiro minuto mas que agora nos v l do alto, a subida ao pdio em uma das etapas e o facto de ter feito parte da terceira dupla a perder o primeiro lugar, fo-ram apenas amendoins no meio de tudo o que ganhei, mas acima de tudo o que perdi. Ganhei amigos para sempre! Juntei-me pela fora dos pedais a muito mais que uma corrida ou etapa, juntei-me ento batalha desigual por uma vida. Perdi meses mais tarde, perdi mas

    voltarei sempre que possa at um dia nos encontramos. Obrigada por tudo D. Norma!

    MTB hiMalayaPara os guerreiros do Strava, a MTB Himalaya uma prova de seis eta-pas por muitos classificada como a terceira mais dura a nvel mundial. Para mim, mais do que a vitria fi-nal que conquistei, foi a responsa-bilidade de ser embaixadora oficial do evento que mais me marcou.

    Se motivar foi a misso, a conversa com a montanha sagrada foi o prmio. Cresci mais em sete dias do que em sete anos. Perto do cu, vi o mundo l de cima e percebi o quanto somos pequenos. Na ndia, deixei mais do que amigos, l encontrei a fam-lia que nunca tinha conheci-do mas que sabia existir, l aprendi o tamanho de um pdio, para l voltarei. Obri-gada himalaicos!

    No final, quando o sumo acaba e a casca arde na fogueira, o que realmente conta, so as pessoas e as suas maneiras. Por tudo isto e muito mais, aqui es-tou para que a minha ma-neira vos possa inspirar a conquistarem os muros de cada dia sem que neles se esmurrem, de preferncia vossa maneira.

    De alvo a abater, rapidamente

    passei a lanterna vermelha

    Perto do cu, vi o mundo l de cima e Percebi

    o quanto somos Pequenos

  • teste

    Com 1.080 mm de distncia entre eixos, o seu desenho

    compacto e explosivo

  • A BH encarregou-se de traduzir e segmentar os seus modelos para estes serem os melhores em cada modalidade. A gama Ultimate a escolha para as rgidas de XC, e esta RC demonstra-o com um quadro rgido, compacto e leve. O acabamento 8.9 dispe-nos uma

    montagem equilibrada ao alcance de todos os bolsos. POR J. DANIEL HERNNDEZ ii FOtOs AO TRACK MTB ii FOtOs EstDIO DAVID ANTN

    Nos ltimos anos a BH fez uma remodelao da sua imagem, apresentando produtos exclusivos que mantm, em alguns casos, preos mpares. Prova disso a colaborao com um guru como Dave Weagle para o desenvolvimento da suspenso traseira da Lynx, ou o facto de ter uma das equi-pas internacionais mais fortes em XC (a equipa de base francesa e sagrou-se recentemente campe da Alemanha).

    Exemplo claro so as gamas Ultimate e Ultimate RC, uma coleo de rgidas orientadas para XC puro, com quadros de fibra de carbono de alto mdulo, geometrias de competio baseadas

    no mesmo modelo com o qual a equi-pa francesa da taa do Mundo BH sR suntour KMC obteve os triunfos inter-nacionais.

    As Ultimate so o topo de gama, com cablagem interna e uma traseira com eixo passante, enquanto as Ultimate RC, um pouco mais econmicas, conce-dem algum conforto apesar de partilha-rem da geometria e reaes de uma XC. O quadro monocasco 100% compos-to por fibra de carbono entre as quais se destacam as toray t24 e 30. A sua disposio foi estudada para absorver as vibraes ao mximo, mantendo um nvel de rigidez altssimo.

    A chave de todos os quadros , pre-cisamente, os nveis de rigidez que oferecem. De tal forma que, apesar de considerarmos que o uso dos eixos passantes seria vantajoso, no demos pela falta durante os testes. de desta-car o pedaleiro Pres-Fit BB92 com dese-nho sobredimensionado e as escoras de perfil plano, ideais para absorver as vibraes verticais e transmitir a fora horizontal da pedalada roda.

    COMPONENTESO acabamento 8.9 o topo das Ultima-te RC, com uma seleo de componen-tes que nos permitiria exceder

    BH Ultimate RC 27,5 8.9

    rivais

    scott SCALE 730 ii 2.399,99 KtM MRYOON 27 ELiTE ii 2.399 Quadro carbono com a mesma geometria do de Nino Schurter. O quadro mais racing dos austracos.

    BH ULTiMaTE rC 27,5 8.9

    ACIMA DE TUDO, RIGDEZ

  • 46bikes

    os nossos limites em competio com todas as garantias. A trans-misso, por exemplo, fica nas mos da Shimano, com shifters e jogo de cranks Shimano Deore de duplo prato 38/24. importante recordar que os japoneses elevaram o nvel deste grupo ao introduzi-lo na cate-goria Dyna-Sys de 10 velocidades e duplo prato (apesar de tambm existir a possibilidade do triplo). O desviador j corresponde ao grupo SLX (com fixao Direct-Mount ao quadro) e a mudana traseira uma XT com bloqueio de caixa, um

    detalhe que se agradece uma vez que protege a escora direita dos choques da corrente.

    A Magura ficou encarregue pelos traves, com os MT4 e discos de 180 e 160 mm ( frente e atrs, respetivamente). No so comuns nos nossos caminhos, no entanto, deram mostras de eficcia e de alguma leveza. Ateno que, para podermos regular a posio do ma-npulo relativamente ao guiador, va-mos precisar de uma chave Torx.

    A suspenso, uma Fox 32 Float Evo-lution O/C CTD, funciona perfeitamen-

    Com o comando remoto no guiador controlamos de uma forma simples e segura as trs posies do CTD da suspenso.

    Os pratos Deore 38/24 so uma eleio polivalente e suficiente para a maioria dos bikers. A fixao do desviador Direct Mount.

    Detalhe da direo que serve para aligeirar a zona e ajuda a que as barras, horizontal e diagonal, adquiram forma quadrada.

    Apesar de inicialmente as 29 terem chegado para complementar o segmento das XC, aos poucos as marcas comearam a apostar nas 27,5 para esta modalidade. A BH uma delas, apesar de no catlogo encontrarmos as Ultimate e as Ultimate RC em ambas as medidas de rodas. Os motivos so variados: atualmente os circuitos XC internacionais incluem subidas curtas mas explosivas com um traado em ziguezague e zonas de descida com os denominados rock garden. Nestas zonas as rodas de 27,5 oferecem uma melhor relao entre peso, superfcie de apoio, capacidade de acelerao e ngulo de ataque. Permitem que as bicicletas tenham menos distncia entre eixos e, por isso, sejam mais manuseveis.

    27,5 PARA XC

    O desenho e as rodas de 27,5 permitem escoras de 425 mm

    O ngulo do tubo do selim a 72,5 coloca a posio de conduo bastante centrada para favorecer o pedalar em subidas.

    GAMAS ULTIMATE

    A BH aposta firme pelo XC com as

    gamas Ultimate e Ultimate RC, ambas

    disponveis por completo em 27,5 e 29

    .

    A primeira delas, com cablagem interna

    e espigo integrado para as 27,5, tm

    uma janela de preos entre 2.700 e

    7.000 . Os preos da segunda,

    mais econmica, esto entre

    1.500 e 2.300 .

  • 47bikes

    Os Michelin Wild RaceR de generoso pneu (27,5x2,25) ofereceram um bom equilbrio entre capacidade rodadora e de traco.

    As BH prestam uma homenagem sua pluricampe Julie Bresset com este selo que se encontra na barra diagonal, junto ao pedaleiro.

    A fixao do travo traseiro (denominado Evo Mount) na escora evita a transmisso de vibraes, apesar de ser difcil de manipular.

    Apesar de registar um peso de 11,7 kg muito manusevel e gil

    te, muito em consonncia com o qua-dro. Incorpora tambm um comando de controlo no guiador e bastante simples de controlar as trs posies (Climb, Trail e Descent).

    O nico seno que podemos apon-tar a esta suspenso (apesar de ser para 27,5 e de no ter notado uma falta de rigidez palpvel) a ausncia de um eixo passante. Para uso XC da Ultimate RC mais do que suficiente o eixo rpido de 9 mm, mas as vanta-gens de um passante esto provadas

    e teriam sido uma juno perfeita, apesar do peso declarado na verso 15QR seja 100 g superior.

    Em andamEntoA Ultimate RC uma bicicleta de-senhada para tirar o mximo parti-do em competies XC. O primeiro aspeto que nos surpreende a sua capacidade de acelerao, que permite escalar zonas abrutas sem problemas. Os Michelin Wild RaceR ajudam a uma boa trao.

    Talvez a rolar em plano no seja a bicicleta mais rpida do mundo, es-pecialmente se a compararmos com uma 29. No entanto, a sua geome-tria com