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Fase pura de Beta - Tricálcio Fosfato ß - TCP www.classymed.com.br

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Fase pura de Beta - Tricálcio Fosfato ß - TCP

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Sistema EsqueléticoO OSSOOsso é a principal calcificação de tecidos presentes no corpo humano. Tem função mecânica (estrutural) para sustentação corpórea, e é o principal reservatório de íons cálcio e fosfato necessários para uma ampla variedade de funções metabólicas. Do ponto de vista químico, o osso é um material compósito de fosfato de cálcio e colágeno. Normalmente sua camada exterior é densa e compacta chamada de osso cortical. A seguir em sua porção interior apresenta uma calcificação menos densa, um tecido poroso chamado de osso esponjoso que em seu interior é preenchida pela medula óssea (Figura 1).

Em geral, uma seqüência de eventos temporais pode ser reconhecidos durante a formação óssea. A primeira fase envolve a síntese extracelular e montagem de matriz de colágeno, seguido de sua mineralização.

Ao contrário de outros tecidos mineralizados, o osso sofre continuamente um processo chamado remodelamento em que é reabsorvido por células especializadas chamadas de osteoclastos e é formado por outro tipo de células chamadas osteoblastos em um delicado equilíbrio. [Biological and Medical Significance of Calcium Phosphates Sergey V. Dorozhkin and Matt hias Epple].

O PROCESSO DE OSSIFICAÇÃOO tecido ósseo pode se formar a partir de um tecido conjuntivo denso ou a parti r de um “molde” de cartilagem hialina. No primeiro caso, a ossificação é chamada de intramembranosa ou conjuntiva e ocorre nos ossos chatos da caixa craniana. No segundo caso, o “molde” cartilaginoso é substituído pelo tecido ósseo, que é denominada ossificação endocondral ou intracartilaginosa. Esse tipo de ossificação é o mais freqüente no organismo, ocorrendo em ossos como o fêmur, tíbia, úmero e outros.

Nos dois tipos de ossificação mencionados, a formação do tecido ósseo depende da atividade dos osteoblastos que são células que resultam da diferenciação de células mesenquimais. Os osteoblastos são células que sintetizam grandes quantidades de colágeno, organizando uma matriz descalcificada chamada osteóide. Em seguida, promove na matriz uma forte deposição de sais de cálcio, originando a matriz óssea.

Os osteoblastos são dotados de inúmeros prolongamentos; isso permite que haja interligação entre eles, apesar de se encontrarem dispersos na matriz óssea. Após a formação da matriz óssea calcifi cada, os prolongamentos citoplasmáticos retraem-se. Os osteoblastos, então, tornam-se relativamente inertes, passando a ser chamado de osteócito. Os locais anteriormente ocupados pelos prolongamentos citoplasmáticos dos osteoblastos promovem a formação de pequenos canais que promovem a comunicação entre os osteócitos que são chamados de canais de Harvers.

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A ESTRUTURA ÓSSEAAnalisando a estrutura de um osso longo como o fêmur, verifica-se a presença de uma bainha de tecido conjuntivo fibroso denominado periósteo. No interior do osso, existem inúmeros canalículos, chamados canais de Havers, que comunicam-se através de outros canalículos dispostos paralelamente denominados canais de Volkmann. Os canais de Havers e de Volkmann contêm vasos sanguíneos e fi bras nervosas. Ao redor de cada canal de Havers existem lamelas ósseas concêntricase, entre elas, constata-se a presença de inúmeros osteócitos. Ao conjunto formado por um canal de Havers e às lamelas que os circundam denomina-se sistema de Havers.

ATUAÇÃO DOS OSTEOCLASTOS E OSTEOBLASTOSOsteoclastos e osteoblastos atuam, respectivamente, degradando e formando partes ósseas em sítios específicos de remodelação, denominados unidades básicas multi celulares de remodelação óssea,os quais estão espalhados por todo o esqueleto. A remodelação óssea ocorre em uma seqüência na qual há uma fase rápida de reabsorção (duas a três semanas) e uma fase mais lenta de formação (dois a três meses).

A reabsorção se inicia quando os osteoclastos ligam-se a uma superfície do osso e secretam substâncias que degradam partes estruturais, como proteínas colágenas, liberando o íons cálcio. Essa atividade forma entalhes e fissuras no osso e, então, os osteoclastos desaparecem, provavelmente em conseqüência da apoptose celular.

A fase de formação óssea começa quando os osteoblastos, atraídos por fatores de crescimento liberados durante a absorção óssea, convergem para a fissura de reabsorção, preenchendo-a ao sintetizar e secretar colágeno e outras proteínas ósseas. Cálcio, fósforo e outros minerais, então, cristalizam-se em torno da matriz de colágeno para formarem hidroxiapati ta, a parte mais rígida e mineralizada do osso responsável por 90% da massa óssea.

REGENERAÇÃO ÓSSEAEm casos de fratura e perda óssea há geralmente necrose de fragmentos ósseos por ruptura de vasos. Imediatamente o sistema imunológico da início a uma seqüência de eventos distintos caracterizados por 5 fases para reparo do tecido local: hemostasia, Inflamação, calo ósseo, mineralização e remodelamento.

HEMOSTASIA - Constitui a fase inicial da reparação e tecidual. É caracterizada pelo hematoma causado no sítio da lesão o ocasionado pela adesão de plaquetas e formação do coágulo.

INFLAMAÇÃO - Horas após o trauma há uma expressiva vasodilatação dos vasos e uma hiperemia nos tecidos moles em volta da fratura. Subseqüentemente, um exsudato inflamatório composto por células e plasma adiciona-se aos coágulos sangüíneos iniciais. Os macrófagos remoem o tecido morto e outros debrisnecróticos. Os osteoclastos começam a mobilizar e remover o osso morto na superfí cie da fratura através de mecanismos lisossomais. Este processo de remoção do tecido morto continua por dias a semanas, dependendo da quanti dade de tecido envolvido.

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CALO ÓSSEO - Na linha da fratura, originalmente preenchida por sangue e fibrina, forma-se após poucas semanas o tecido de granulação, constituído por capilares neoformados, fi broblastos e células mesenquimais imaturas e multi potenciais. Estas têm capacidade para diferenciar-se em condroblastos, que, depositando matriz cartilaginosa, originarão o calo cartilaginoso, ou em osteoblastos, que depositam matriz óssea, originando diretamente osso neoformado. O conjunto dos dois tecidos formam o calo provisório da fratura.

MINERALIZAÇÃO - Quando maduro, o calo fibrocartilaginoso consiste de uma massa translúcida de um tecido fibroso denso, fibrocartilagem e cartilagem.

A partir daí começa a deposição de cristalitos principalmente de cálcio e fósforo preenchendo a matriz cartilaginosa formando uma matriz rígida. Remodelamento - A fase final e mais duradoura da regeneração de um osso fraturado é a de remodelagem, na qual o osso fibroso recém formado é gradualmente converti do a osso lamelar. O formato do osso é remodelado de forma a permiti r a funcionalidade e restaurar a resistência normal. Os osteoclastos são ativos em remodelar a superfície externa do osso para diminuir o tamanho do calo. O canal medular é similarmente reconstituído. Durante este período, deformidades angulares podem lentamente diminuir ou desaparecer à medida que o osso deposita-se sobre a superfície côncava e é removido da superfície convexa restaurando assim a estrutura óssea original.

A IMPORTÂNCIA DO USO DE ENXERTOSA uti lização de enxertos nos casos em que a reposição óssea é desejada, constitui um fator importante para aceleração e restauração do tecido ósseo original.

O BETApro® é um osteoestimulador que, quando implantado, promove um ambiente bioinspirado (enxerto tem estrutura, tamanho e orientação de poros semelhantes ao tecido ósseo) no qual as células encontram um ambiente propicio para adesão, diferenciação e proliferação de osteoblastos promovendo a osteogênese no sítio do defeito ósseo. O BETApro® funciona como hemostático estabilizando o coágulo e, quando hidratado apresenta excelente propriedade de adesão no sítio cirúrgico.

A estrutura cristalina e a morfologia dos grãos garantem uma maior molhabilidade na superfície do enxerto possibilitando o carreamento constante de nutrientes para a estrutura do enxerto, garantindo assim a nutrição das células aderidas na estrutura. A matriz do enxerto é totalmente absorvível servindo de suporte mecânico criando um ambiente propício para a ação das células regenerativas nas primeiras fases de reparo da lesão e, durante a absorção fornecem íons cálcio e fósforo para a formação da nova matriz óssea.

REQUESITOS PARA BIOMATERIAIS DE PREENCHIMENTO ÓSSEO

O tratamento de lesões ou doenças que demandam o uso de biomateriais têm sido aplicadas para melhorar os procedimentos cirúrgicos ou para restaurar a perdida funções corporais. Um biomaterial para uso clínico deve apresentar as seguintes propriedades: Biocompatibilidade: Para que a coexistência biomaterial-hospedeiro não desencadeie reações adversas ou incontroláveis nos sistemas biológicos, o material estranho ao corpo humano deve ser biocompatível.A biocompatibilidade pode ser definida como a compati bilidade de qualquer material (estranho) com um tecido vivo, de modo que não ocorra interação adversa entre ambos (BRANEMARK, 1989). Atualmente não mais se supõem que materiais biocompatíveis devam ser absolutamente inertes e inócuos, mas que as respostas induzidas ao organismo sejam controláveis (WILLIANS, 1987).

BIOFUNCIONALIDADE: Pode ser definido como sendo uma capacidade de um dispositivo funcionar com uma resposta apropriada do hospedeiro em uma reação ou aplicação específica. Conseqüentemente um determinado material pode ser biofuncional para uma determinada aplicação e não ter utilidade para outras. Por exemplo, para implantes ortopédicos uma adequada resistência à tração é pertinente, já em lentes de contato, transparência é uma propriedade desejada (BENTO, 2000).

BIOADESÃO: A adesão é uma propriedade macroscópica que depende da natureza da ligação físico-química em torno da região interfacial entre os materiais. A bioadesão é obtida com o uso de um material bioativo, o qual produz a união entre o implante e o tecido. O implante precisa ter uma estrutura química e superficial micromorfológica adequada ao tipo de aplicação ao qual será designado. Para preenchimento de cavidades ósseas os requisitos.

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OS REQUISITOS DE UM SUBSTI TUTO IDEAL SÃO:• uma porosidade com um diâmetro dos poros de cerca de 100 a 400μm para permiti r a entrada das de células ósseas (fi guras 2);

• biodegradação em uma taxa comparável à formação do tecido osséo

• (ou seja, entre poucos meses e cerca de dois anos), e

• uma suficiente estabilidade mecânica para modelagem e aplicação no síti o cirúrgico.

É considerado “padrão ouro” para enxertia óssea, enxertos autólogos de osso esponjoso reti rados da própria cristailíaca do indivíduo. Porém esse tipo de enxerto geralmente não está disponível em quantidade suficiente e, por ser um material de origem biológico são questionados pela possível causa de infecções, patologias e reações imunes.

Fosfatos de cálcio geralmente têm uma excelente biocompatibilidade, isto é, eles são bem aceitos pelo organismo e se integram muito bem ao tecido ósseo. Hoje, diversos tipos de cerâmicas fosfato de cálcio estão disponíveis no mercado para o tratamento de defeitos ósseos. A estrutura desses materiais sintéticos utilizados como substituto ósseo são normalmente baseados em cerâmicas de Hidroxiapatita-HA, Beta-Tricálcio Fosfato (β-TCP), ou cerâmicas bifásicas compostas de HA/β-TCP. A HA é mais estável do que o β-TCP sob fisiológicas condições, já que tem uma baixa solubilidade e lenta reabsorção cinética. Enxertos de HA cristalina ficam presentes em uma cavidade de forma prati camenteinalterada após anos de implantação. O substituto ideal devem ser absorvido no interior do defeito simultâneamente com a neoformação óssea.

PUREZAO BETApro® é um material sintético de altíssimo grau de pureza (99%), para aplicação como substituto ósseo em operações de implante ou reposição de perda óssea. A fase pura que compõe o BETApro® é o Beta-Tricálcio Fosfato (β-TCP) pertencentes à família das apatitas conhecida por sua semelhança com as diversas formas de matrizes minerais ósseas humanas.

ESTABILIDADENo início da regeneração, no processo inflamatório, o material deve permanecer estável. Não deve quebrar, dissolver-se e perder estabilidade devido à ação de fluídos e células locais. A microestrutura do BETApro® provinda de sua alta cristalinidade foi projetado para resistir a essa ação sistema local nos primeiros dias, evitando assim desintegração prematura em micropartículas o que provocaria a ati vidade dos macrófagos e células polimófi cas multi nucleadas intensificando reações de defesa imunológica prejudicando e retardando a regeneração óssea.

A Figura 4 ilustra a microestrutura dos grãos sinterizados o que confere maior estabilidade ao enxerto.

POROSIDADENo BETApro® a estrutura cristalina e química dos grãos, bem como sua porosidade (20 a 600μm) foi projetada para se assemelhar aos componentes de fosfato de cálcio que compõe a matriz mineral do osso humano. Essa faixa de porosidade garante que os grãos não tenham uma absorção prematura pela ação dos macrófagos e cria um ambiente favorável para a ancoragem e proliferação de osteoblastos. O perfil topográfico mostra uma superfície rugosa com uma alta área superficial e um aumento na molhabilidade da superfície (Figura 5), o que garante a chegada e permeação dos fluidos biológicos em toda superfície do enxerto.

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SOLUBILIDADECom a ação degradativa e oxidativa dada ao longo do enxerto pelos fluidos biológicos e células progenitoras ósseas, os métodos de síntese garantem uma solubilidade homogênea ao longo de todo o enxerto criando um gradiente constante de íons cálcio e fósforo utilizados no anabolismos das células ósseas formando a matriz extra celular mineralizada (osso neoformado).

FORMAS DE UTILIZAÇÃOAntes de aplicar o produto prepare a área debridando-a de tecido fibroso, necrótico ou fibroso e, no caso de contato direto com osso realizar a decorticação de modo a proporcionar contato direto do enxertocom tecido ósseo viável.

Fazer toda a manipulação do sítio antes da colocação do BETApro®, bem como a irrigação do sítio cirúrgico.

O BETApro® deve ser hidratada imediatamente antes de sua aplicação. A seguir a relação de possíveis soluções de hidratação:

• Plasma rico em plaquetas (PRP): melhora o ambiente para crescimento celular através de fatores de crescimento autólogos;

• Selante de fibrina autólogo: Plasma concentrado totalmente autólogo, que, combinado com trombina humana (também autóloga) formam um selante rico em fibrinogênio, promovendo homeostasia, além de prevenir escoamento de fluído da incisão cirúrgica;

• Aspirado de medula óssea: contém células progenitoras que auxiliam na formação óssea;

• Sangue autólogo: por se tratar de sangue do próprio paciente não oferece risco além de melhorar a propriedade de aplicabilidade;

• Soro Fisiológico (solução salina): opção segura de hidratação;

O fechamento do síti o cirúrgico deve ser completo e hermético ao ar e feito de tal modo que alivie toda e qualquer tensão na área do implante.

ESTUDOS CLÍNICOS

INTRODUÇÃOO β-TCP é conhecido por ser altamente biocompatível, reabsorvível e osseocodutivo. Devido a estas propriedades, o β-TCP é utilizado em muitas aplicações cirúrgicas na medicina e odontologia, para o preenchimento de cavidades ósseas que aos poucos vão sendo substituídas pelo osso neoformado. In situ, o β-TCP apresenta uma reabsorção dentro de 6 a 24 meses no pós-operatório.

Segue alguns estudos clínicos onde β-TCP foi aplicado como substituto ósseo em diferentes formas de apresentação (grãos e monolitos) mostrando a eficácia de aplicação destes produtos.

Metodologia: a pesquisa bibliográfica foi realizada na base de dados Medline Silverplatter considerada uma das mais completas e que dispõe em seu acervo os periódicos mais respeitados na área de medicina e odontologia.

Avaliação de estudos clínicos sobre β-TCP em cirurgia ortopédica, a seguir:

β-TCP na ortopedia em geral

Cavidades criadas no momento da remoção de tumores ósseos benignos em 18 pacientes foram preenchidas com β-TCP granulado e documentado por Nicholas (Nicholas e Lange, 1994). 16 casos foram acompanhados até a completa reabsorção do enxerto e remodelação óssea. Em 12 casos, o processo até a neoformação óssea foi concluído no prazo de 24 meses e, em 4 casos no prazo de 48 meses. Nenhum efeito adverso foi relacionado a implantação do enxerto.

Verificou-se que grandes lesões cicatrizaram mais lentamente do que as pequenas. Segundo os autores deste estudo, o β-TCP pode ser utilizado com segurança e com êxito para o enxerto de cavidades óssea provindas de tumores ósseos benignos.

Fig. 4 - Micrografia da estruturasinterizada do BETApro®.

Fig. 5 - Micrografi a da porosidadeda área superfí ciel do BETApro®.

Fig. 6 - Enxerto GranuladoBETApro®.

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Tratamentos de não consolidação de partes ósseas, retardo na união de úmero, tumores benignos ou lesões causadas por tumor, osteonecrose, osteocondrite, artrodese no pé e tornozelo pós trauma, foram documentadas para 110 pacientes por Galois (Galois, Mainard et al. 2002). Todos os pacientes foram revistos após um mínimo de 6 meses. A osseointegração do β-TCP foi observada em todos os casos. Não foram observados fragmentação e migração do enxerto, nem encapsulamento fi broso. Em um caso, foi realizada uma biópsia onde foi constatado a crescimento de osso lamelar. A osseointegração foi mais efetiva em defeitos pequenos. Em grandes defeitos, a falta de células osteogênicas em regiões centrais do enxerto explica o retardo da cicatrização óssea nessa região. Os autores também relataram 3 infecções em casos de trauma. Os autores não obtiveram conclusões sobre as causas das infecções.

Cistos ósseos foram tratados por Altermatt (Altermatt, Schwobel et al. 1992) em pacientes jovens (5 a15 anos). Os resultados clínicos e radiológicos resultantes de um acompanhamento a longo prazo (1 a 7 anos) demonstraram a incorporação do β-TCP, sem qualquer reação adversa ao material sintético.

Roesgen (Roesgen 1991) relataram o tratamento de defeitos ósseos criados na cristailíaca com β-TCP (grãos ou blocos) e outros biomateriais. 30 pacientes receberam implantes β-TCP e foram acompanhados por 12 meses no pós-operatório. Um tecido ósseo entre o β-TCP foi observado. Poros foram preenchidos com osso lamelar com novos osteons. Grãos foram bem osseointegrados, enquanto que os blocos só foram fixados nas extremidades e na superfí cie por osso trabecular. Os autores concluíram que os grãos de β-TCP podem ser usados como incremento de material em combinação com osso autólogo. A regeneração do osso pela uti lização de β-TCP foi possível. Em certos casos, a crista ilíaca também foi regenerada espontaneamente.

Maus (Maus et al. 2003) implantou grãos de β-TCP na bacia de 12 pacientes que se submeteram a uma osteotomia. Após avançada reabsorção do enxerto, integração entre o enxerto e o osso se mostrou bem consolidada nas radiografi as. O crescimento de osso na estrutura do enxerto foi demonstrado por corte histológico (n = 1), não aparecendo qualquer camada intermediária de fi brose.

Doursounian et al. uti lizou enxerto de β-TCP em cunhas para defeitos causados por fraturas do platô tibial em 15 pacientes provenientes de acidentes de carro ou quedas cotidianas. Um estudo radiográfico foi realizado imediatamente após a cirurgia e no último acompanhamento, para estudar a gravidade das lesões. As cunhas de β-TCP não apresentram migração em nenhum dos casos; não houve reabsorção das cunhas após 2 anos e, na maioria dos casos a absorção foi incompleta, em 38 meses. O autor concluiu que o β-TCP oferece as qualidades biológicas que o tornam o substi tuto ósseo escolhido para o preenchimento de defeitos após fratura proximal da tí bia.

Β-TCP CASOS DE TRAUMAMcAndrew (MCANDREW, Gorman et al. 1988) relataram o tratamento de 30 fraturas e 13 casos de não-união óssea (43 pacientes) com grãos de β-TCP. A maior parte das extremidades inferiores fraturadas (fêmur, tíbia e calcâneo) cicatrizou em uma média de 3 meses. Todas as fraturas das extremidades superiores (úmero, ulna, radio) foram unidas em uma média de 6 semanas. 11 dos 13 casos de não-união cicatrizaram em 5 meses. A completa reabsorção do β-TCP ocorreu dentro de 6 a 24 meses. No entanto, os autores encontraram alguma limitação na efi cácia do β-TCP para tratar defeitos em contato com tecidos moles.

24 casos de trauma com defeitos localizados no osso esponjoso, no corti cal e nas duas regiões ósseas em extremidades superiores e inferiores foram tratados por Galois (Galois, Mainard et al. 2000). Com uma média de seguimento de 20 meses, a osseointergração de β-TCP (grãos ou blocos) foi considerada excelente em 41,2% dos casos, boa em 29,2% e moderado em 17,4%. Não houve encapsulamento fibrosoem nenhum dos casos. A completa reabsorção de β-TCP ocorreu em 22 meses. Osso lamelar foi encontrado na estrutura do β-tcp após ensaio histológico. Os autores sugerem a implantação dos enxertos de β-TCP onde apenas estão disponíveis condições assépticas, a fi m de evitar complicações infecciosas. Assim, de acordo com Galois enxertos cerâmicos não devem ser utilizados para tratamento de fraturas expostas. Concluiu-se que o β-TCP foi um bom substituto ósseo para o preenchimento de pequenos e médios defeitos em casos de trauma.

Β-TCP EM CASOS DE COLUNAEscoliose idiopática pode ser tratada pela fusão das vértebras. Essa fusão pode ser alcançada através da utilização de enxertos de β-TCP como substitutos ósseos.

Muschik (Muschik, Ludwig et al. 2001) relataram o tratamento de escoliose idiopáti ca em 9 paciente adolescente com uma mistura de osso autólogo e grãos de β-TCP. Os pacientes foram acompanhados com pelo menos 24 meses de pós-operatório. A fusão foi observado após 6 ± 1 meses. Correção significativa da coluna vertebral foi atingida em todos os pacientes. A reabsorção do β-TCP foi completas após 8 ± 2 meses (estudo feito com base em radiografias). A densidade do osso foi maior no grupo β-TCP enquanto no grupo controle, que receberam uma mistura de auto e aloenxerto. Não foram observados pseudoartrodeses. Complicações foram observadas em quatro pacientes, mas não foram relacionados com a utilização do enxerto ósseo. Os autores concluíram que o β-TCP foi um bom substituto ósseo para fusão da espinha dorsal em adolescentes com escoliose idiopática. De acordo com os resultados clínicos e radiológicos, juntamente com a densidade mineral óssea obtida, a taxa de fusão óssea de β-TCP granulado foi semelhante as taxas de fusão óssea para utilização do enxerto autólogo.

Le HUEC (Le HUEC, Lesprit et al. 1997) realizaram fus縊 da espinha em pacientes que sofriam de escoliose idiopáti ca. 24 casos foram tratados com uma mistura de partes iguais de β-TCP e osso autólogo. Reabsorção de β-TCP tornou evidente aos 12 meses e foi concluída depois de 2 anos. O β-TCP foi totalmente substi tuído por tecido ósseo normal 2 após as cirurgias (análise feita por estudos radiográfi cos). Estes resultados foram comparáveis aos obti dos com aloenxertos, embora com o β-TCP houve uma rápida estabilização nas regiões torácica e toracolombar. O β-TCP não apresentou quaisquer sinais de rejeição. Nenhum sinal de dor profunda ou infecção foram observados, em qualquer tempo de seguimento (4 anos). Os autores concluíram que o β-TCP associado com osso autólogo foi uma valiosa alternati va para aloenxertos em artrodese posterolateral. Outros resultados positi vos para a fusão da espinha com β-TCP pode ser encontrado em outros estudos (Husson, Le HUEC et al. 1998; Marchesi 2000).

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AVALIAÇÃO DE ESTUDOS CLÍNICOS SOBRE Β-TCP EM APLICAÇÕES BUCOMAXILOFACIAL, A SEGUIR:

LEVAMENTAMENTO DO SEIO MAXILAR Zerbo (Zerbo, Bronckers et al. 2001) relataram o desempenho de grãos de β-TCP no tratamento da atrofia maxilar em um paciente desdentado. Oito meses de pós-operatório, grande parte dos grãos de β-TCP foi reabsorvida. Osso e osteóides foram encontrados em contato com os grãos ainda não absorvidos. Nos ensaios histológicos não foram detectados sinais de infl amação. De acordo com este estudo, grãos de β-TCP podem ser usados como material para enxerto ósseo para levantamento do seio maxilar.

Resultados semelhantes foram encontrados por Szabó (Szabó, Suba et al. 2001). A elevação do seio foi realizada em 4 casos graves de atrofi a anterior e posterior do maxilar. Este estudo revela que a neoformação óssea foi independente do material uti lizado como enxerto (osso autólogo e β-TCP), mas também depende bastante da capacidade de regeneração óssea do paciente. Ensaios histológicos mostraram que após 6 meses ainda havia pouca quantidade de grãos de β-TCP. Não ocorreram complicações pós-operatórias em nenhum dos pacientes.

Reinhard (Reinhard e Kreusser 2000) também relataram um caso sucesso no levantamento do seio maxilar. Ele encontrou um número reduzido de casos de complicações que foram facilmente tratados com o uso de anti bióti cos. O β-TCP foi, em muitos casos, substituído por osso lamelar dentro de 6 a 9 meses de pós-operatório. Após a formação do novo tecido ósseo, implantes já puderam ser ancorados na região do novo tecido ósseo formado.

Trisi (Trisi et al. 2003) demonstraram em seres humanos que defeitos arti fi ciais causados no queixo, após enxerto com β-TCP, foi reabsorvido simultâneamente com a neoformação óssea, através da medição da densidade do osso e histologia. O estudo concluiu também que a absorção do enxerto ocorre sem interferência nenhuma com a formação de matriz óssea.

Zerbo (Zerbo et al. 2005), confirmou no presente estudo o potencial osteogênico do β-TCP parti culado. A causa predominante da degradação é atribuída à dissolução química por fluidos corpóreos, considerando que reabsorção do enxerto pelos osteoclastos desempenha um papel menor. As áreas com pouca matriz óssea mineralizada são susceptíveis a formação, preenchimento e total substi tuição por tecido ósseo.

DEFEITOS ÓSSEOS PERIODONTAISTratamentos de defeitos ósseos periodontais também são relatados na literatura. A eficiência dos grãos de β - TCP inseridos em bolsas periodontais como substituto ósseo é, o entanto, ambígua.

Stahl (Stahl e Froum 1986) trataram oito síti os periodontais com grãos de β-TCP. As lesões foram curadas sem qualquer resposta inflamatória para os grãos de β-TCP. Os grãos foram encapsulados nas paredes de colágeno em oito meses de pós-operatório. Embora a implantação de β-TCP permiti u um ganho clínico com o preenchimento do defeito, não houve qualquer evidência de osteogênese. Froum (Froum e Stahl 1987) encontraram resultados semelhantes em outro caso em 18 meses. O paciente, no entanto demonstrou alguns sinais de inflamação.

Baldock (Baldock, Hutchens et al. 1985) encontraram promissores resultados clínicos e radiográficos em dois pacientes que não houve complicação alguma, mas os ensaios histológicos não revelaram qualquer sinal de neoformação óssea e osseointegração.

Palti (Palti e Hoch 2002) relatou alta taxa de sucesso do tratamento de periodontites com grãos de β - TCP em 54 casos. O uso de β-TCP permitiu reduzir significativamente a profundidade da bolsa periodontal em 18 meses de pós-operatório. Após esse tempo os grãos de β-TCP foram totalmente substi tuídos por tecido ósseo.

Tais resultados positivos no tratamento da periodonti te foram confirmados em grande escala clínica em estudos de Foitzik Foitzik (Stamm Foitzik e 1997; Foitzik e Staus 1999; Foitzik e Staus1999), independente da utilização de membranas.

OUTRAS APLICAÇÕES DE Β-TCP EM ODONTOLOGIAGrãos de β-TCP foram usados no tratamento de abcessos periapicais crônicos (Barkhordar e Meyer 1986). No entanto, no caso apresentado, a infecção não pode ser eliminada e foi observada a reabsorção óssea. Os autores concluíram que o implante de quaisquer materiais cerâmicos não deve ser colocado em áreas onde infecção bacteriana crônica esteja presente.

O PREENCHIMENTO COM GRÃOS DE Β-TCP EM GRANDESdefeitos ósseos na mandíbula posterior após a remoção de um cisto foi relatado por Zerbo (Zerbo, Bronckers et al. 2001). Em 9,5 meses, resquícios de β-TCP foram encontrados em contato com o osso neoformado. Sinais de inflamação não foram encontrados. A partir deste estudo, concluiu-se que os grãos de β-TCP foram efi cazes no tratamento de grandes defeitos ósseos na odontologia.

Palti (Palti e Hoch 2002) relataram o tratamento de lesões após apicectomia, cistectomia e tratamento de defeitos alveolares com grãos β-TCP. Completa absorção do β-TCP e neoformação óssea foi observada no período de 6 a 12 meses de pós- operatório.

CASOS DESFAVORÁVEIS SOBRE O USO DO Β-TCPMueller et al. (Mueller et al. 2004) relataram um comportamento desfavorável do β-TCP implantado em um modelo de defeito de fêmur em ratos. O β-TCP induziu a neoformação óssea e conduziu, não só para o aumento da ati vidade dos osteoclastos e osteoblastos, mas também para a alta taxa de conversão de β-TCP para osso causando um alargamento da medula óssea. Este efeito desfavorável do aumento da taxa de formação óssea, leva ao deslocamento da medula óssea causando uma instabilidade e, conseqüentemente, uma pseudoartrose.

Handschel et al. (Handschel et al. 2002) relataram o comportamento desfavorável dos grãos de β-TCP na calota craniana de 21 ratos. O estudo histológico não revelou absorção do β-TCP após 6 meses de implantação. Em todos os tempos estudados o β-TCP foi encapsulado por uma fina camada de fibrose, sem a presença de osteoblastos e as características regulares de mineralização.

Conteúdo extraído do catálogo da PROCELL:BETA PRO - Fase pura de Beta - Tricálcio Fosfato ß - TCP

Page 12: Beta-Pro

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