benevolÊncia para com todos-29.01.07

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PALESTRA NO CENOL DIA – 29.01.07. Dirigente – Jovair Tema do ano – O Evangelho Segundo o Espiritismo – O Livro da Esperança Objetivo geral – Apresentar o Evangelho Segundo o Espiritismo, como o Livro da Esperança, convidando-nos ao estudo das sempre novas palavras de Cristo. Benevolência para com todos – Acesso ao Reino dos Céus. Objetivos: a) Apresentar a benevolência para com todos como condição para o acesso ao Reino dos Céus. b) Narrar a situação em que chegam ao Plano Espiritual, Espíritos que tiveram apego ao poder e destaques terrenos. c) Enumerar os bens reais e duradouros, únicos que nos facultam o acesso ao Reino dos Céus. Queridos irmãos, uma boa noite a todos. Que a Paz do Querido Mestre esteja em nossos corações. Benevolência para com todos – Acesso ao Reino dos Céus. Este é o tema dos nossos estudos nesta noite. Mas antes de conversarmos sobre a benevolência, que tal se conversamos um pouco sobre felicidade? A felicidade é, na verdade, o grande objetivo da vida humana. 1

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PALESTRA NO CENOLDIA – 29.01.07.Dirigente – Jovair

Tema do ano – O Evangelho Segundo o Espiritismo – O Livro da Esperança

Objetivo geral – Apresentar o Evangelho Segundo o Espiritismo, como o Livro da Esperança, convidando-nos ao estudo das sempre novas palavras de Cristo.

Benevolência para com todos – Acesso ao Reino dos Céus.

Objetivos:

a) Apresentar a benevolência para com todos como condição para o acesso ao Reino dos Céus.b) Narrar a situação em que chegam ao Plano Espiritual, Espíritos que tiveram apego ao poder e

destaques terrenos.c) Enumerar os bens reais e duradouros, únicos que nos facultam o acesso ao Reino dos Céus.

Queridos irmãos, uma boa noite a todos. Que a Paz do Querido Mestre esteja em nossos corações.

Benevolência para com todos – Acesso ao Reino dos Céus.

Este é o tema dos nossos estudos nesta noite.Mas antes de conversarmos sobre a benevolência,

que tal se conversamos um pouco sobre felicidade?A felicidade é, na verdade, o grande objetivo da

vida humana.Todas as nossas ações, todos os nossos desejos e

desafios buscam encontrar a felicidade.Desde o momento em que o homem tomou

consciência de sua existência aqui na Terra, que ser feliz é o que importa.

O bebê busca a mãe, procurando o colo quentinho, o sono reparador ou a troca da fralda molhada por uma sequinha.

Aí está a sua felicidade.

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Depois, os primeiros passos, a busca pelos primeiros brinquedos.

Segue crescendo.Começam os estudos, as primeiras aprovações –

sucesso – felicidade.Vem a fase do namoro.O primeiro emprego. – O primeiro salário. Que

felicidade!E essa busca, constante, pela felicidade, continua.Casamos, vem o primeiro filho.Mas sempre chegamos à conclusão de que a nossa

felicidade ainda não chegou.Continuamos correndo em busca dela e quando

chegamos aos nossos objetivos, descobrimos que ela, a felicidade, não está lá.

E sofremos.Porque sofremos? Sofremos porque não

encontramos a nossa felicidade.E então nos perguntamos: Afinal de contas, o que

é felicidade? E onde ela está?E o que fazer para encontra-la. Existe alguma

receita para se chegar à felicidade?A felicidade existe mesmo ou será uma utopia?Fazemos estas perguntas inúmeras vezes.Mesmos as pessoas que dizem saber o que é

felicidade, sentem certa dificuldade em defini-la, pois para cada um a felicidade significa algo diferente.

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Para uns é ter dinheiro e tudo o que ele pode comprar, para outros, é muito mais profundo e que dinheiro algum pode comprar.

E para nós, espíritas, o que é ser feliz?Às vezes passamos muito tempo de nossas vidas

pensando que a felicidade viria depois de conseguirmos comprar aquela casa, aquela carro, e então, conseguimos e percebemos que a sensação de vazio continua exatamente a quando não tínhamos aqueles bens que temos agora.

Muitos acreditam mesmo que a felicidade é a soma de valores, a soma de bens que alguém pode possuir.

Outros pensam que a fama, o sucesso, o glamour, o poder, tragam felicidade.

Mas vemos diariamente pessoas que têm saúde, dinheiro, fama, sucesso muito mais e ainda assim se queixam de serem infelizes.

E isso nos leva a pensar que felicidade deve ser algo bem diferente.

Por outro lado vemos pessoas que possuem pouco ou quase nada se dizerem felizes.

Então, ficamos mesmo com a impressão de que felicidade é mesmo outra coisa.

Felicidade deve ser bem mais que o acúmulo de bens, sejam eles materiais, ou intelectuais ou morais.

Temos, assim, uma questão que precisa ser resolvida, questão essa que encontra-se sem resposta:

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Existe mesmo a felicidade?E se ela existe, nós somos felizes?Ora, queridos irmãos, se a felicidade não existe

porque a procuramos tanto?Se procuramos por algo, este algo deve existir, é

simples questão de lógica.Quanto à segunda pergunta, bem, esta podemos

deixar para depois.Por enquanto, em tudo o que eu falei não há

nenhuma novidade, pois tudo isso: dúvidas, interrogações, questionamento e falta de respostas para o tema felicidade, sempre foi motivo das conversações dos homens.

Desde que o homem caminha pela Terra que ele se faz essas perguntas.

Mas não conseguia respostas convincentes:Até que em abril de 1857, com o lançamento de O

Livro dos Espíritos, surgiu a Doutrina Espírita, ou Doutrina dos Espíritos ou Espiritismo.

E claro, mesmo depois de cento e cinqüenta anos de surgimento aqui na Terra, ainda existem muitas dúvidas, muitos enganos a respeito do que realmente venha a ser a Doutrina Espírita. Dúvidas e enganos que precisam ser desfeitos. Precisamos entender bem o que é a Doutrina Espírita, para sabermos falar sobre ela, compreende-la e perceber todos os benefícios que ela oferece às nossas vidas.

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Muitas pessoas, por exemplo, pensam que num determinado dia, o Sr. Allan Kardec, sentado numa confortável poltrona em sua varanda, em Lion, linda cidade francesa, pensou: vou criar uma Doutrina, uma religião que explique tudo, enfim.

Claro, que não foi dessa maneira.E aqueles que já tiveram a curiosidade de estudar

um pouco sobre esta Doutrina maravilhosa, sabem que, um pouco antes da sua codificação, na França e em vários lugares do mundo, principalmente na Europa, fenômenos considerados estranhos e anormais, começaram a acontecer com bastante freqüência e ninguém sabia por quais motivos eles aconteciam.

Cadeiras e mesas giravam e dançavam no ar.Respondiam a perguntas por meio de códigos

previamente estabelecidos.Era uma verdadeira festa para os curiosos da

época.Menos para Allan Kardec.

Ou melhor, menos para o Sr.Hipollyte Leon Denizard Rivail, que era o nome verdadeiro de Allan Kardec, brilhante e conhecido professor francês.

Homem dado às ciências e profundo observador e estudioso do comportamento humano.

Após passar a assinar Allan Kardec, por orientação de seus guias espirituais, e juntando os fatos observados e sempre contando com a orientação

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segura dos Espíritos responsáveis pelo surgimento da Doutrina Espírita, Allan Kardec foi encarregado de organiza-la, torna-la pública, conhecida. E explicar tudo aquilo que acontecia naquele em muitos outros momentos.

A primeira observação o levou a concluir que os fenômenos só podiam ser causados por uma força inteligente e que os mesmos tinham objetivo sério.

Uma outra curiosidade e que muitos não sabem é que a palavra – espírito, que tão bem conhecemos e que designa o ser imortal da criação, não foi criada por Kardec. Foram os próprios envolvidos na realização dos fenômenos, já desencarnados, que vieram dizer ao mundo: - estamos vivos! Somos Espíritos!

E esse era o grande objetivo daquelas manifestações.

Assim, após organizados com exaustivo trabalho de Allan Kardec e toda a equipe de colaboradores, todos aqueles princípios e leis estavam prontos para serem entregues ao mundo.E hoje podemos afirmar:

A Doutrina Espírita é:

O conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O

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Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese.

Observação – Antes de desencarnar, Allan Kardec estava terminando uma outra obra mas veio a óbito. Esta obra foi lançada pelos seus amigos e auxiliares e foi nomeada de Obras Póstumas, ou seja – lançada após a morte. O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza,

origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. (Allan Kardec – o que é o Espiritismo – Preâmbulo.)

O que revela: Revela conceitos novos e mais aprofundados a

respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das leis que regem a vida.

Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

O homem é um Espírito encarnado em um corpo material, o Perispiríto é o corpo semi-material que une o Espírito ao corpo material.

E o mais importante: A Doutrina Espírita, além do esclarecimento sobre os assuntos mais diversos e importantes para a nossa melhor vivência, nos traz o tão necessário consolo, a fim de que enfrentemos bem as dificuldades que podem aparecem em nossas vidas. Esclarecimento e

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Consolo – os dois grandes objetivos da sua existência.

Assim:O Espiritismo realiza o que Jesus disse do

Consolador Prometido por Ele: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde vai e porque está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da Lei de Deus e consola pela fé e pela esperança. (Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo VI- item 04.)

Alguns dos princípios básicos da Doutrina dos Espíritos:

Deus é a inteligência suprema – causa primária de todas as coisas. È Pai de amor infinito, misericordioso, justo, bom, eterno, imaterial e todo poderoso.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até chegarem à perfeição, onde usufruem de inalterável felicidade.

Para chegarem à perfeição, os Espíritos reencarnam em mundos materiais, tantas

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quantas vezes forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas, podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual ou moral depende dos esforços que fazem para chegar à perfeição.

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

E é exatamente em o Evangelho Segundo o Espiritismo, a nós apresentado como o Livro da esperança, que somos convidados ao estudo das sempre novas palavras do Cristo.

Ah! O Cristo!Essa personagem ímpar da nossa história. De

tão importante que dividiu o calendário em duas grandes partes: Antes e Depois de Cristo.

Não há dúvidas, queridos irmão, Jesus é real, um ser luminoso, de luz própria, lindo, forte, irradiando amor de uma forma ampla e total, como um verdadeiro sol, cujos raio se direcionam para todos os lados e atingem a todas as pessoas

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do universo, abraçando a todos, acariciando a cada um de nós, iluminando o nosso caminho.

É o que podemos perceber nestas lindas palavras ditas pelo Meigo Nazareno:“Eu vim para que tenham vida e a tenham em

abundância”.De acordo com o Livro dos Espíritos, em sua

questão de número 625, o Espírito mais perfeito que já esteve encarnado na Terra, exatamente para nos servir de modelo e guia, porque foi um dos que mais assimilou a Lei de Deus e o que Ele dizia, representava o amor de Deus para conosco.

E o próprio Jesus nos explicou essa situação, quando nos falou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.”

E somente aí, começamos a entender o que Ele representa em nossas vidas: Jesus é o caminho.

E o que significa ter Jesus como o caminho?Fomos criados simples e ignorantes. Deus nos deu

o livre-arbítrio para que pudéssemos agir por nós mesmo e através de nossas próprias experiências, de nossas ações, calcados em nossos próprios erros, irmos caminhando para frente, nos aperfeiçoando, até atingirmos a perfeição, a plenitude, a felicidade – meta de todos nós. O Pai Celestial nos concedeu inúmeros recursos que auxiliam a nossa caminhada, desde a criação de um ser inteligente, dotado de imensa capacidade de progresso, que tem dentro de si uma

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consciência capaz de nos mostrar claramente o caminho a seguir.

Bem como colocou à nossa disposição um Espírito amigo, um anjo da guarda, um mentor individual para cada um de nós, sempre pronto a nos amparar, a nos aconselhar, a nos proteger.

E muito mais do que isso: nos enviou um de seus filhos, nosso irmão mais velho, mais experiente, Jesus – o Diretor Espiritual de nosso planeta, para nos mostrar o caminho mais curto para alcançarmos essa plenitude e essa felicidade a que todos estamos destinados.

O que é mais importante aqui é o fato de Jesus abrir nossos horizontes, iluminar nossos caminhos, mostrar-nos o grande segredo da felicidade, o grande segredo da salvação.

Falamos da salvação, por que, depois de muito procurar e se preocupar com a felicidade aqui na Terra e percebemos a existência de um algo mais, o ser humano passou a se preocupar também com a felicidade depois daqui ou a salvação. A busca do Paraíso – a entrada no Reino dos Céus, onde lhe disseram, a felicidade poderia está. A preocupação agora era também – o que fazer para entrar neste Reino?

Jesus resumiu todos os milhares de volumes dos mais variados livros sagrados em uma única frase.

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Essa frase, essas palavras mágicas, que abrangem toda a sabedoria da vida e toda a cultura de milhões de anos, é a seguinte: Para alcançar o Reino dos Céus, os homens precisam unicamente – amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Jesus não apenas disse-nos as palavras mágicas. Ele nos ensinou como fazer isso. Ele nos mostrou o que é necessário para fazer para nos amarmos uns aos outros. E Ele amou. Amou como ninguém. Distribuiu amor indistintamente.

O seu papel foi o de um imenso farol, iluminando nossos caminhos e mostrando a todos como poderemos alcançar a felicidade. Foi um educador por excelência, tanto que foi o único adjetivo que teve o seu apoio, o adjetivo de Mestre.

Ele é, portanto, o caminho. Ele é também a verdade e a vida. E a verdade porque todos os seus ensinamentos representam a verdade, e todos eles estão embasados na mais perfeita lógica e no amor mais profundo. E o Mestre não apenas ensinou. Ele exemplificou, Ele mostrou em sua vida terrena como devemos fazer para galgarmos os degraus, até chegarmos à perfeição.

Falamos, ainda pouco, sobre o grande segredo da felicidade que Jesus trouxera, e aqui, mais uma vez, se

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fazem necessários os esclarecimentos seguros e o auxílio benéfico da doutrina Espírita.

Em João – capítulo XVIII – versículos de 33 a 37, vamos encontrar as seguintes palavras:“Tornou, pois, a entrar Pilatos no pretório, e chamou a Jesus, e disse-lhe: tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: - O meu Reino não é deste mundo.”

Por estas palavras, Jesus se refere claramente à vida futura, que Ele apresenta, em todas as circunstâncias, como o fm a que se destina a Humanidade, e como devendo ser o objeto das maiores preocupações do homem na Terra.

O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o, quando os homens já se mostram maduros bastante para apreender a verdade.

Em João – capítulo 8 – versículo 32, Jesus disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.Com o Espiritismo, a vida futura deixa de ser

simples artigo de fé, mera hipótese: torna-se uma realidade material, que os fatos demonstram, pois que são testemunhas oculares os que a descrevem nas suas fases e em todas as suas possibilidades, e de tal maneira que, além de impossibilitarem qualquer dúvida a esse propósito, facilitam a todos imagina-la sob o seu verdadeiro aspecto.

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Falam da vida futura, da vida após a morte, com tantos detalhes, com tanta precisão, de tudo o que existe por lá. Falam das condições de suas felicidades ou de suas infelicidades, que cada um aqui se reconhece e declaram que não pode ser de outra maneira, pois que isso representa, de maneira possível, a verdadeira justiça de Deus e mais fácil de compreendermos.

Somos informados, pelos estudos das obras básicas, que o homem é formado de três partes essenciais:

O corpo material – a alma ou espírito encarnado, que tem no corpo a sua habitação temporária e o princípio intermediário ou perispiríto, substância que serve de ligação entre o corpo e o espírito.

Sendo que destas três, o espírito é o principal, o que realmente importa e o qu sobrevive à morte do corpo físico.

Então, aqui, podemos retornar aos nossos questionamentos a respeito da felicidade, nos lembrando de uma outra frase muita conhecida:

A felicidade não é deste mundo.Alguns autores preferem dizer – a felicidade ainda

não deste mundo.Considerando-se tudo o que foi dito até agora e

considerando-se que, a Terra é um mundo de provas e expiações, onde ainda estamos sujeitos as mais variadas situações de dificuldades, devido às

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condições de imperfeição de nós, espíritos que habitamos a Terra, podemos afirmar:

A felicidade existe sim. Pode e deve ser usufruída por nós.

O engano está em querermos satisfazer apenas a parte material que existe em nós, esquecendo-nos de que, em nós, o principal, o essencial é o Espírito – ser imortal da criação – dotado de potencialidades para chegar à perfeição, onde aí, sim, poderá usufruir da felicidade completa, plena, total.

Quando se afirmam que a felicidade não é deste mundo, referem-se à felicidade sem mescla, à felicidade plena. Todavia, podemos viver com alegria, valorizando as coisas que temos e as conquistas morais que já conseguimos, sem nos tornarmos infelizes com aquilo que não possuímos ainda ou que não está ao nosso alcance.

Kardec perguntou aos Espíritos Superiores – Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?

E os Benfeitores responderam: Não! Por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.

Como dissemos – sendo a Terra, ainda, um mundo de provas e expiações, a felicidade aqui é relativa. Ou seja, depende de fatores exteriores.

Mas existem mundos onde os espíritos gozam de felicidade inalterável, porque nestes mundos, todos os

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espíritos que ali habitam são espíritos bons, perfeitos, que praticam a lei de amor em toda a sua plenitude, por isso, são felizes.

Claro que podemos fazer algumas reflexões sobre o tema:

Nós lemos nos noticiários, vemos as notícias diárias em nossos televisores, discutimos com os amigos:

No Rio de Janeiro, pessoas inocentes estão morrendo, todos os dias, em uma violência que parece não ter fim.

Em Minas Gerais, nossos irmãos tiveram suas casas invadidas pela lama, perdendo todos os seus bens.

Em São Paulo, de repente, uma cratera se abre em plena avenida, destruindo vidas e bens.

No Iraque, uma guerra que não tem fim, acaba com milhares de vida de nossos semelhantes.

Em países da África, a fome, a miséria, a infância sendo perdida.

Vemos todos os dias, a corrupção, a violência, a guerra, a prostituição, o desrespeito.

Crianças mendigando.Idosos sendo atirados aos asilos e serem

abandonados por suas famílias.Aqui perto de nós, a fome se faz presente.A necessidade, tanto física como moral é uma

realidade.

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E nos perguntamos:Nós podemos ser felizes com tal realidade?A felicidade só Pode existir, queridos irmãos, na

consciência tranqüila pelo dever cumprido e residirá no íntimo de cada pessoa, à medida que a pessoa procura fazer a felicidade dos outros, sem pedir a felicidade para si mesma.

Observe a importância do inesquecível mandamento do Mestre – Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.

Quando este preceito for praticado, certamente usufruiremos a felicidade em um mundo melhor.

Porque felicidade é o resultado do bem que alguém pode proporcionar ao seu próximo.

Em uma sociedade onde o homem fosse consciente da vontade de Deus, isto é, da prática o bem, não haveria violência, drogas, seqüestros, traição, inveja, racismo, inimizades, tristeza, fome, ganância, guerras... E, mais ainda, o mais forte cuidaria do mais fraco. O mais rico distribuiria com o mais pobre, uns amparariam aos outros e isso seria o fim do egoísmo.

Essa chaga que destrói a humanidade.Porque, de acordo com o Evangelho, fora da

Caridade não há salvação.E a benevolência, ou seja – o ato de sermos bons

para com os outros, mas sermos bons, em sua essência, é o caminho que nos permitirá chegarmos mais rápido

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à tão sonhada felicidade, seja neste e principalmente, no outro mundo.

Mas o grande problema é que somos egoístas.Era uma vez, um homem que estava a procura de

emprego. Durante o dia todo andou pela cidade, procurando por trabalho. Muito cansado, parou em frente a um supermercado. Percebeu que um homem olhava para ele, parecia ser o dono. Aproximou-se e disse: - Amigo, estou andando o dia inteiro, não tenho nenhum dinheiro, mas estou com muita fome, o senhor poderia me dar algo para comer? O homem com um olhar de desprezo o mediu dos pés a cabeça e disse: -

Eu não posso matar a fome de todos que batem a minha porta e também não tenho culpa pela situação do povo. O homem, muito triste abaixou a cabeça e foi andando, sem forças e sem destino algum, até que chegou a uma praça. Num dos bancos, uma pessoa estava ouvindo rádio e comendo um apetitoso lanche. Ele se aproximou, sentou, e sem que pedisse, essa pessoa simplesmente lhe ofereceu um pedaço dizendo:

- Sente ao meu lado, descanse e ouça um pouco de música. Por longo tempo, ficaram assim, em silêncio. Já anoitecia, quando de repente a música foi cortada e entrou uma mensagem urgente, dizendo que tinha ocorrido um grave acidente e a vítima estava correndo perigo de vida por precisar de um sangue raro que estava em falta no hospital da cidade. Ao ouvir o tipo de sangue não pensou duas vezes, saiu

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correndo para o hospital. Ao chegar, muito cansado, disse ao médico: - Só espere que eu recupere as minhas forças e pode tirar o necessário para que a pessoa que esta precisando não morra. Enquanto ele estava sendo preparado para a doação, notou que conhecia a pessoa que iria receber seu sangue, e por ironia do destino era simplesmente, o dono do supermercado!

Não sejamos egoístas, guardando tudo para nós mesmos, talvez, não tenhamos tempo para usar!

Nós vamos encontrar, nas páginas de O Evangelho Segundo o Espiritismo, muitos depoimentos, de Espíritos que vieram nos contar de suas situações após a chegada do outro lado.Por isso que dissemos a pouco: São palavras de testemunhas que vivenciaram, e por isso, podem afirmar de sua felicidade ou de sua infelicidade no outro mundo.

Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: O meu Reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu não o compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o

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túmulo.Rainha eu fui entre os homens e como rainha julguei que penetraria o reino cós céus. Que desilusão.

Que humilhação, quando, m vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre. Oh!

Como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se valorizam na Terra!

Para se grangear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se pergunta o que fomos, nem que posição ocupamos, mas sim o tanto de bem que fizemos, quantas lágrimas enxugamos.

Oh! Jesus, dissestes que teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer ara chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproxima. Os tronos da vida terrena só conduzem às veredas mais penosas da vida.Quem assina este texto é um espírito que foi Rainha na França em tempos atrás.Igual a este depoimento, encontramos muitos e muitos outros nas páginas da Codificação e nos livros complementares.

São espíritos nos informando como foram recebidos no Plano Espiritual e todos eles são absolutamente claros: Não importa o que se foi,

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importa-se o que se fez. Este o caminho de acesso ao Reino dos Céus tão anunciados por Jesus.

Somente a boa conduta, a prática do bem e do amor ao próximo poderá nos facilitar a caminhada, evitando que tenhamos que passar pelo cadinho purificador da dor. Sabemos que a menor distância entre dois pontos é a linha reta. Jesus nos ensinou o caminho reto. Sigamos por ele e seremos felizes.

A felicidade está muito mais ligada a um sentimento interno, de satisfação com o próprio jeito de viver de cada um e o modo de encarar as diversas situações que a vida coloco em nossos percursos.

A felicidade é uma sensação de bem-estar, de equilíbrio, paz, harmonia, que não é possível ganhar, comprar, ou condicionar, é uma conquista diária de esperança, que podemos começar a senti-la.

         Durante muito tempo, o homem acreditou que a simples doação de recursos financeiros, peças de vestuário e gêneros alimentícios aos irmãos menos afortunados, poderia fazer dele um indivíduo cumpridor da Lei de Caridade.

No entanto, com o fenômeno de globalização se estendendo até aos meios de comunicação, o homem de hoje já pode constatar que a Caridade Material praticada por muitos, embora válida e necessária, não

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tem sido eficiente o bastante para amenizar todas as formas de privações e sofrimentos que advêm da imensa desigualdade social que ainda predomina em nosso mundo.          É necessário compreendermos que a “benevolência para com todos” precisa ser iluminada pela orientação do Mestre: “Amai o próximo como a ti mesmo”, para que a prática da Caridade, em qualquer situação que a Vida nos apresente, seja pautada na seguinte atitude: “Devemos fazer ao outro todo o bem que já pudermos e que gostaríamos que ele nos fizesse”.          Com esse entendimento, passamos a não mais desperdiçar nenhuma oportunidade de fazer o bem, começando por praticá-lo em nosso lar, junto aos familiares queridos, para, em seguida, estendê-lo aos colegas de trabalho e a todos aqueles que encontrarmos em nossa caminhada evolutiva.          Caridade se aprende com o exercício diário e ininterrupto do bem! Por isso, não esperemos que uma determinada situação ou alguém em especial, possam fazer germinar e florescer essa virtude divina que habita adormecida em nós e que aguarda o seu despertamento pelo uso de nossa vontade e determinação.          Jesus nos ensinou que os nossos “talentos” precisam ser multiplicados pelo seu emprego junto ao semelhante, pois, caso contrário, precisaríamos crer

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que o Pai nos concede esses “talentos” somente para que os contemplemos e os utilizemos em benefício próprio, o que seria contrário às Suas próprias leis.                 Sendo assim, não mais justifiquemos nossa omissão diante da dor e da necessidade alheias, alegando falta de potencial adequado. Todos somos herdeiros das potencialidades divinas do Pai e algumas delas já estão suficientemente desenvolvidas para que possamos utilizá-las em benefício de outros, bem como os outros certamente possuem os seus próprios “talentos” para nos amparar.         Dessa maneira, somando esforços e trocando experiências, estaremos vivenciando a verdadeira Caridade, que nos leva a “amarmo-nos uns aos outros, como irmãos”!

  O princípio que resume os ensinamentos de Jesus, segundo Kardec é um só: Caridade. Por essa razão, a porta de nossa 'religação' com Deus é a Caridade, o que faz com que o lema "Fora da Caridade não há Salvação" se torne a síntese da Religião Espírita.

Perguntando aos Espíritos Superiores (Livro dos Espíritos, n°923) qual o sentido da palavra Caridade, como a entendia Jesus, eles responderam: benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas.

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Por essa razão, a base fundamental da Religião Espírita não é nenhuma obra exterior, que os outros possam admirar, mas uma obra interior que devemos implementar, para que sejamos 'salvos' do orgulho, do egoísmo, da avareza, da incredulidade, do desespero e da revolta, que são os verdadeiros fantasmas que devemos temer em nosso mundo íntimo.

Transformando-nos para melhor, perceberemos que estaremos mais felizes, podendo, com maior segurança, auxiliar o nosso próximo a também encontrar o Caminho, a Verdade e a Vida abundante que Jesus nos prometeu.

A felicidade pode ser encontrada em qualquer lugar, principalmente dentro de nós e até mesmo nas maiores dificuldades que podemos estar passando. O "como" encarar uma dificuldade faz muita diferença no nosso dia a dia, trazendo como resultado esta palavrinha que todos almejamos: felicidade.

A verdadeira felicidade consiste em fazer o bem, "não é ter ou não ter".

Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que seguiam cantando até a arena onde seriam devorados pelas feras.

Lembremo-nos da felicidade de Francisco de Assis, conquistada na humildade, na pobreza e no

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serviço ao próximo. O santo da humildade era moço rico, mas vivia amargurado na riqueza que possuía. Só encontrou a paz depois que se entregou à riqueza do espírito.

Não nos esqueçamos de que Paulo de Tarso, que na condição do poderoso Saulo era infeliz, mas voltou a viver após o célebre encontro com Jesus na Estrada de Damasco. Paulo perdeu o poder temporal, mas encontrou a felicidade pessoal.

Gandhi encontrou a sua felicidade na luta pela paz.

Madre Tereza e Irmã Dulce, apesar dos inúmeros padecimentos que sofreram, conseguiram encontrar a felicidade na felicidade que podiam proporcionar ao desvalidos do caminho. Albert Schweitzer, médico, laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1952, encontrou a felicidade vivendo 52 anos de sua vida entre os povos primitivos da África.

E como esquecer a permanente alegria de Chico Xavier? E olhem que problemas na vida não lhe faltaram. Várias vezes perguntaram-no se ele estaria disposto a passar por todas as provas que a vida lhe marcou. E a resposta, já conhecida de todos, é que faria tudo de novo e que pretendia no mundo

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espiritual, continuar a sua tarefa de trabalhador do Cristo.

Então, amigos, a alegria de viver deve ser uma norma de conduta natural em todos os seres pensantes, mesmo quando não se exteriorizam conforme desejaríamos. Isto porque, as ocorrências do dia-a-dia alteram-se a cada instante, transformando tristezas em júbilos como felicidades em infortúnio.

Vicente de Carvalho considerou que a felicidade existe, mas é difícil de ser alcançada, porque está sempre onde a pomos e nunca a pomos onde estamos.

As estradas que levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo, cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.

Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que as circunstâncias felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.

Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino, somos herdeiros de nossos atos. Assim sendo,

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fracassos ou sucessos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.

Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos, mas sim, a noção de que podemos nos satisfazer, com nossas reais possibilidades. A felicidade nós a encontraremos na harmonização, no amor verdadeiro, na renúncia e no desprendimento. Nós a encontraremos ainda, dedicando-nos aos que sofrem, procurando amenizar-lhe as dores.

Na verdade, sintetizado o que foi falado, a felicidade é a certeza da imortalidade.

Em face de todas essas conjunturas que se fizeram objeto de nossas reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é simplesmente meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da eternidade, nas muitas moradas na Casa do Pai.

Por quê?

Neste mundo transitório, tudo passa. Passa a alegria, a tristeza, o júbilo e a dor. Aqui, a felicidade também é rápida; é como a labareda que se mantém acesa enquanto tem combustível, depois se apaga.

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Disse-nos Jesus: "O meu reino não é deste mundo", equivalendo dizer que a verdadeira felicidade é um estado de permanência, e que a verdadeira plenitude será um dia alcançada em alguma das muitas moradas do Pai. A felicidade não pode ser algo tão transitório.

A felicidade não é deste mundo, nos diz o Evangelho, mas começa aqui, ela se realiza nos seus alicerces, para quando viajarmos deste mundo sejamos plenos e felizes.

Por isso o Espiritismo preconiza a crença da imortalidade da alma, comprovada cientificamente em pesquisas realizadas nos laboratórios. O Espiritismo é uma ciência de observação, nos dá (mostra) uma filosofia de comportamento; explica de onde viemos, quem somos, para onde vamos e porque estamos aqui, aquelas perguntas iniciais, lembram.

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade, ao bem que fizemos aos outros. Portanto, a caridade essencial é aquela que transforma o indivíduo, que erradica as causas da miséria e não aquela que mantém o miserável; mas a que muda a estrutura moral do indivíduo. É a caridade do perdão, do esquecimento das ofensas. É uma atitude de sublimação, pois nos diz o Evangelho: "Fora da caridade não há salvação". Não importa no que

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cremos, importa o que somos, é claro que o ideal é caminharmos junto aos ensinamentos do Mestre.

A religião Espírita ajuda-nos a sermos corretos, porque nos explica e mostra que somos responsáveis pela nossa vida, nós é quem a escrevemos. Deus não nos castiga, não nos premia, nós é que construímos através do livre-arbítrio. É aí que entra a felicidade de servir.

A arte de viver é a arte de servir. Feliz é quem ama, não aquele que se faz amado. Felicidade é a arte de exalar alegria, a proposta da felicidade é esta auto-superação, da dominação das nossas más inclinações.

Somos filhos de Deus. A felicidade é possível e já, não precisamos transferi-la. Quando buscamos e achamos Deus, não reclamamo-no mais, podemos dizer a este Pai que amamos a vida, amamos o amor.

Encaremos a vida com os olhos do bem, com a visão do amor e com o concreto desejo de olharmos à nossa volta e verificarmos que o Pai tudo nos legou para que a nossa felicidade se efetive já. Abençoemos o trabalho em que a vida nos situou; santifiquemos a família terrena do jeito que os familiares são; enfrentemos com dinamismo e alegria os obstáculos da vida e assim, amando e servindo, haveremos de

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encontrar a felicidade que há muito tempo espera por nós.

Depois de tudo o que foi dito, podemos responder aquela segunda pergunta que tínhamos feito.

Nós estamos ou nós somos felizes?

A resposta, diante do que foi exposto, será de cada um.

Mas se não soubermos a diferença, talvez não estejamos colocando em prática os ensinamentos daquele que teve apenas um objetivo em sua missão: Nos dar a vida e vida em abundância.

Que Ele nos abençoe hoje e sempre.

Uma boa noite a todos e muito obrigado.

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