Benditos sejam os que amam

Construir é amar. Amar é, por isso, gerar a energia que move as coisas.

Pode-se afirmar que, sem amor, não haveria nem o bem nem o mal, nem iluminados nem pecadores,

pois as pessoas se definem na vida pela forma com que exercitam a sua capacidade de amar,a

sexualidade, seu jeito de semear e colher no canteiro do outro a flor celestial do amor.

Benditos sejam aqueles que têm a quem perdoar e, ao mesmo tempo, pedir perdão, por que esses

conheceram o amor. Aos que amam, Deus destinou os tropeços e os acertos.No dicionário dos que

amam,levantar e sacudir a poeira mais que destino é missão.E nesse quadro sentimental,todos são

femininos, debulham-se em lágrimas diante da dor e, muitas vezes, as deixam molhar o riso de

contentamento.

“Pelas partes femininas” somos obrigados a reconhecer que os espelhos, mais que faces, esperam pelo refletir da maquiagem,sinônimo de festa e de encontros.

Nada mais feminino que o aprontar-se, perfumar-se e ficar indeciso sobre a roupa a ser usada com o objetivo de”encantar” alguém.E como é gostoso quando essa predisposição é alcançada e duas pessoas caem no embevecimento do amor.

Nada é eterno, mas tudo é infinito na memória.Os amores, quando verdadeiros, não têm espaço nem tempo. São intemporais, transformam-se em luzes, brilham para sempre, ainda que distantes. Dor de amor perdido só dói se chorarmos pelo não houve, pelo que não foi bastante;ou quando vislumbramos a indiferença e nos sentimos abandonados no meio

do caminho como se fôssemos uma canção inacabada.

“Pelas partes femininas” aprendemos que a liberdade sexual somente serve ao crescimento espiritual da

humanidade se exercitada sob o vôo do amor (talvez o melhor preservativo contra a Aids) e que devemos

dar à luz a energia de nossos corpos, deixar penetrar-nos e colher, nas manhãs que Deus nos faz

amanhecer de seu ventre, todo pingo de luz, para manter sempre acessa a lareira de nosso coração.

No mercado do amor a moeda que fala alto é a empatia, imagem de alguém repleta de energia que nossa” parabólica” corporal consegue captar, por intermédio da sensualidade de nossa retina visual, em meio ao turbilhão de paixões e possibilidades

que as ruas nos insinuam.

Na procura do amor precisamos tomarmo-nos de cuidados para não sermos meio índios e trocarmos o ouro pelo espelho, a estrela verdadeira pela falsa constelação. Aliás, basta que você tenha nas mãos a sua estrela, para que você sinta o gozo de todas as galáxias.Erra todo aquele que almeja dominar a constelação sem antes conhecer a intimidade de

uma estrela.

• Autor: Carlos Lúcio Gontijo • www.carlosluciogontijo.jor.br • rosania_barbosa@yahoo.com.br • www.mensagensvirtuais.com.br • Imagens da Internet