bem-estar de suínosmanejo pré-abate jun 2010.pdf · os animais devem ter livre acesso à água...
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B e m - e s t a r d e s u í n o sManejo pré-abate
Etapas a serem observadas
1. Jejum e dieta hídrica ........................................................... 04
2. Carregamento ........................................................... 05
3. Transporte ........................................................... 06
4. Espera no frigorífico ........................................................... 06
5. Banho de aspersão ........................................................... 06
6. Condução dos animais........................................................... 07
7. Condução até o insensibilizador......................................... 08
8. Insensibilização ........................................................... 09
9. Lesões nas carcaças ............................................................10
10. Alterações na qualidade da carne......................................11
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Coordenadores: Ana Maria Bridi e Caio Abércio da SilvaPós-graduandas: Camila Constantino, Marina Avena Tarsitano e Roberta Abrami Monteiro SilvaGraduandos: Evelyn Lopes de Andrade, Luiene Moura Rocha e Louise Manha Peres
MANEJO PRÉ-ABATE ADEQUADO EVITA
Desencadeamento do estresse
Perda de peso da carcaça
Lesões de carcaças
Alterações na qualidade da carne (PSE e DFD)
Morte dos animais
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Coordenadores: Ana Maria Bridi e Caio Abércio da SilvaPós-graduandas: Camila Constantino, Marina Avena Tarsitano e Roberta Abrami Monteiro SilvaGraduandos: Evelyn Lopes de Andrade, Luiene Moura Rocha e Louise Manha Peres
• Contribuiparaobem-estar;
• Diminuiataxademortalidade;
• Reduzonúmerodeanimaisquevomitamnotransporte;
• Melhoraasegurançadosalimentos;
(diminui o potencial de contaminação das carcaças)
• Aumentaavelocidadedeevisceraçãodascarcaças;
• Diminuiovolumededejetosnofrigorífico(ambiental);
• Uniformizaçãodaqualidadedecarnedascarcaças.
Os animais devem ter livre acesso à água até o momento do abate para evitar a desidratação.
Quando o período de jejum exceder as 24 horas, os animais deverão ser realimentados e, novo período de jejum aplicado antes do abate.
Jejum
Retirar a ração no mínimo 6 horas antes do carregamento
IDEAL
Jejum superior a 24 horas
NUNCA
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Tempo de jejum prolongado poderá triplicar o tamanho da visícula biliar
Aumentando o risco de rompimento da mesma durante a evisceração da carcaça
Carregamento
Retirar a ração no mínimo 6 horas antes do carregamento
IDEAL
Jejum superior a 24 horas
NUNCA
•Conduzirossuínosdeformatranquila,semgritoebarulho;
•Podeserrealizadapormeiodeplataforma,rampaouelevador(maisindicado).
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•Arampanãopodeterinclinaçãosuperior a 20° (ideal menor de 9°);
•Pisodarampaantiderrapante;
•Corredorcomlargurasuficientepara 2 a 3 suínos lado a lado.
•Usartábuademanejo;
•Omanejadordeveseposicionaratrásdossuínos;
•Evitarousodobastãoelétrico;
•Carregaromaisrápidopossível.
•Quandoatemperaturaambienteforsuperior a 10°C, molhar os animais apóso carregamento, antes do transporte.
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Transporte
Banho de aspersão
•Aesperanofrigoríficotemcomofunção:
•Nãomisturargruposnãofamiliaresnasbaiasdeespera.
oRecuperardoestressedotransporteedodesembarque;oRetornaraosníveisfisiológicosnormais; o Hidratar os suínos.
Espera no frigorífico
•Reduzatemperaturacorporaleataxarespiratória;•Limitaoriscodehipertermia;•Facilitaomanejo;•Diminuiataxademortalidade;•Minimizaosriscosdecontaminaçãomicrobiana;•Aumentaaeficiênciadoeletrochoque;•ReduzaincidênciadePSE;•Aumentaacapacidadederetençãodeáguadacarne.
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•Sepossível,transportarnashorasmaisfrescasdodiacomonoiníciodamanhãouànoite;•Evitarfreadasbruscasevelocidadesexcessivas;•Osuínoadultodeveterespaçosuficienteparasedeitar;•Ideal:0,42m²/100kgdepesovivo;•Adensidadeanimalpodesermaiornoinverno(+10%)emenornoverão(-10%).
Recomendam-se dois banhos de aspersão
nas baias de espera:
-10minutosnachegada;
-20minutosantesdeseremconduzidospara
o abate.
-Repousode3horasfavoreceaqualidadedacarne;
-Densidadenasbaiasde2suínos/m²;
-Acapacidadeidealéde15a20suínos/baia,
equivalente a um compartimento do caminhão
(nunca maior que 40 suínos/baia).
Condução dos animais
•Usaroconceitodopontodeequilíbriodoanimalesuazonadefugaparafazercomqueoanimalsemovimentesemestresse;•Fazerusodoinstintodesejuntaremgruposecuriosidadedossuínos,nuncatentandomanejarum animal solitário.
•Paraconduzirossuínos,nuncaperma-neceràfrentedalinhadoPONTODEEQUILÍBRIO;•Oponto I indica a posição do manejadorparaINICIARomovimento;•OpontoP indica a posição do manejador para PARAR o movimento.
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Zona de fuga: é a distância mínima que os ani-maispermitemaproximação.
Ponto de equilíbrio: ponto localizado um pou-co atrás (sentido do lombo) da paleta do ani-mal, onde a percepção se define para que a mo-vimentação se realize. Ao avançar esse ponto, o animal tende a ir para trás e, ao recuar desse ponto, o animal se movimenta para a frente.
Figura1:DeterminaçãodaZonadeFugaedoPontodeEquilíbrio.
ZonadeFuga90º
45º
0º
60º
Ponto Cego
Ponto de Equilíbrio
I
P
Figura2:Conduçãodossuínosutilizandoosconceitosdezonadefugaepontode equilíbrio.
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2
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1–Ofuncionáriosegueparatrásdosanimais avançando sua zona de fuga e passando o ponto de equilíbrio, assim os animais caminham para a frente.
3 – O funcionário retorna ao pontoinicial e repete o processo para manejar os animais seguintes.
2-Ofuncionárioseafastada zona de fuga dos ani-mais para voltar ao corre-dor, sem fazer com que os animais se movimentem para o lado oposto.
ZonadefugaAnimais andam para frente
Ponto de Equilíbrio
Condução dos animais das baias de espera até o insensibilizador
ESCORE DE ESCORREGÕES E QUEDAS ESCORE DE VOCALIZAÇÕES
• Nãoestressarossuínos.Animaiscalmossãomaisfáceisdemanejar;
• Usartábuademanejoparaconduzirosanimais;
• Retirardoscorredoresobjetosquepossamcausardistraçãonossuínos
(como pedaços de plásticos, metais, mudanças de textura no chão, etc);
• Utilizarpisosnãoescorregadiosparaevitarquedaseinjúrias;
• Mudançasdeiluminaçãoeprojeçãodesombrasnocorredorcausamrecusanos
animaisparasemoverem;
• Osanimaissemovemcommaiorfacilidadenosentidoescuroparaoclaro;
• Aslateraisdoscorredoresnãodevemservazadasparanãocausardistraçãonos
animais;
• Ossuínossemovemmelhoremgrupospequenos(média15animais).Parafacilitar
o deslocamento, o corredor deve ser largo o suficiente para passar de quatro a cinco
indivíduos por linha.
Excelente: sem vocalizaçãoAceitável:menosde1%durantea
contenção e nenhum durante a insensibilizaçãoNão aceitável:maisde2%
Problema sério:5%oumais
Excelente: sem escorregões e quedasAceitável:menosde3%deescorregões
Não aceitável:1%dequedasProblema sério:5%dequedase15%
de escorregões
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Insensibilização
• Ainsensibilizaçãoevitaqueoanimalsintadorduranteoprocessodeabate;
• Oidealéqueentreainsensibilizaçãoeasangrianãodecorramaisde15segundos.
A insensibilização provoca aumento da pressão
sanguínea que pode causar hemorragias
musculares. A sangria deve ser realizada o mais
rápido possível para diminuir esta pressão.
COMO VERIFICAR SE O SUÍNO ESTÁ INSENSÍVEL-Reaçõestônicasexageradasseguidasderelaxamentoepedaleiosinvoluntários
-Ausênciadereflexopalpebral;
-Expressãodosolhosfixaevidrada;
-Ausênciadevocalização;
-Ausênciaderespiraçãorítmica;
-Mandíbulasrelaxadas;
-Línguaparafora;
-Ausênciaderespostaaoestímulodoloroso.
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Lesões nas carcaças e possíveis causas
Região posterior: Problema de alta lotação na baia de espera, no corredor, no redondel e no contentor, provocado pela monta dos animais
Região do meio para o posterior: uso de bastão elétrico
Próximo à cabeça e membros anteriores (escápula): causado por brigas entre suínos, provocado pela mistura de lotes não familiares e/ou superpopulação
ESCORE DE USO DO BASTÃO ELÉTRICO
Critério
Aceitável
Problema sério(necessita correção)
Baia de espera e corredor
não
- -
--
Contentor
Menos de 10%
Total de suínos
Menos de 10%
Menos de 25%
Mais de 80%
10
Excelente
Alterações na qualidade da carne e possíveiscausas (PSE e o DFD)
Classificação da carne suína em PSE e DFD
Provocado por estresse crônico- Tempo longo de jejum
- Tempo longo de transporte - Mistura de grupos não familiares
Depleção das reservas de glicogênio antes do abate resultando em
pouca produção de ácido lático
PSECarne de cor clara, de textura
mole e com baixa capacidade deretenção de água
Carne com pH inicial baixo(abaixo de 5,8)
Metabolismo acelerado pela liberação de cortisol, adrenalina e noradrenalina,
resultando em elevada produçãode ácido lático
Provocado por estresse agudo- Tempo curto de jejum
- Tempo curto de transporte
- Mistura de grupos não familiares- Uso de bastão elétrico
-Abaterosanimaislogoapósodescarregamento
-Períodoextenso de espera no
pH inicial
Menor que 5,8
-
PSE
DFD
-
Maior que 6,0
pH final
Maior que 50
Menor que 42
L* (luminosidade)
Maiorque5%
Menorque5%
Perda de água