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BEM - VINDOS

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BEM - VINDOS

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REUNIÃO de AUTARQUIAS IBÉRICAS

Pela erradicação do despovoamento e desertificação dos seus territórios

* Por um futuro melhor para as populações que

representam

Montalvão – 11 novembro 2018

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SUMÁRIO

Temas para reflexão e decisão

– O flagelo do despovoamento e da desertificação do interior.

– Soluções endógenas.

– Importância das acessibilidades.

– “Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial”.

– Sugestões.

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O flagelo do despovoamento e da desertificação do interior

1. O fenómeno é sobejamente conhecido de todos, por tão antigo,tendo início no final da década de 40 do séc. passado, comcrescimento exponencial nas décadas de 60 e início de 70 domesmo século, tendo-se registado movimento contrário, a partirdo final da mesma década de 70 e 80, em resultado dadescolonização dos antigos territórios ultramarinos.

2. Em consequência dos movimentos migratórios, deu-se osucessivo abandono dos campos, conduzindo a que metade dopaís, de norte a sul, fosse ficando crescentemente despovoado edesertificado e vive-versa.

Despovoamento Desertificação territorial

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10,24410,889

12,269

13,255

14,58015,251

16,697

18,963

19,920

17,976

13,815

10,734

9,864

8,585

7,4507,091

6,111

1,373 1,413 1,591 1,819 2,046 2,170 2,3052,672 2,649

2,264

1,4651,044 832 597 442 380 329

0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2013 2017

Evolução da população do Concelho de Nisa e da Freguesia de Montalvão

- 1864 a 2017 -

Concelho Montalvão

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1920-25 1926-30 1931-35 1936-40 1941-45 1946-50 1951-55 1956-60 1961-65 1966-70 1971-75 1976-80 1981-85 1986-90 1991-95 1996-99 2000-05 2006-10 2011-15 2016-17

Freguesia de Montalvão - global

(setembro 2017)

Montalvão Salavessa Total 2017 2 per. Mov. Avg. (Montalvão) 2 per. Mov. Avg. (Salavessa) 3 per. Mov. Avg. (Total 2017)

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O flagelo do despovoamento e da desertificação do interior

3. Conhecem-se as causas e todos os diagnósticos estão feitos, pelo

que importa já há muito, sobretudo agora, AGIR, se não queremosrepetir os erros e a incúria do passado.

Caso contrário, imaginemo-nos daqui a 20, 30 ou mais anos einterroguemo-nos:

- que futuro queremos deixar aos vindouros ?

- que responsabilidade social, cultural e histórica temos e que nosobriga a atuar?

“Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho de ser o que for. Oêxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio temqualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?” (Fernando Pessoa)

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Soluções endógenas

1. Criação de cadeias de valor : aproveitamento dos recursos existentes emcada localidade (olivicultura; pastorícia; pecuária) e da consequentecomercialização de produtos delas derivados, valorizando a Qualidade jáhoje patenteada em muitos deles, através da respetiva certificação emarketing;

2. Criação de oferta turística abrangente e integrada: envolvendo todosos territórios circunvizinhos, nos domínios: do património histórico;culturais, lúdicos, natureza e paisagística;

Para tal é fundamental a criação de nova acessibilidade viária, cf. segue:

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Importância das acessibilidades

O mais importante e crucial

Criação de acesso viário ligando simultaneamente as 3 regiões:Alentejo – Beira Baixa – Extremadura

Mapa a cores in “A Porta e a Janela, 26nov2015

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Importância das acessibilidades

As duas alternativas a considerar:

1ª Circulação irrestrita sobre o muro da barragem, completada por acessosmaioritariamente do lado da Beira Baixa, em especial, já que a ligação entreMontalvão e Cedillo está assegurada, embora precariamente, tal como em relação àsegunda alternativa.

Implica negociações com a concessionária da barragem, a IBERDROLA.

2ª Construção de ponte de raíz, a jusante da baragem, sobre o Tejo, ligando oAlentejo à Beira Baixa.

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Ilustração das alternativas

Alternativa mais económica e de mais rápida execução – a mais importante:

Circulação irrestrita sobre o muro da barragem, completada por acessos do lado daBeira Baixa

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Ilustração das alternativas

A segunda alternativa a considerar:

Construção de ponte de raíz, a jusante da baragem, sobre o Tejo, ligando o Alentejo àBeira Baixa.

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Ilustração das alternativas

Os óbices da designada “ponte Montalvão – Cedillo”:

1º Não assegura a ligação à Beira Baixa, o que é fundamental para as regiões do Alentejo e daExtremadura espanhola e reciprocamente;

2º Sendo já possível, embora precariamente, a ligação entre Montalvão – Cedillo, seria umasolução redundante e muito mais dispendiosa;

3º Improbabilidade de financiamento comunitário, dado já outrora terem sido concedidasverbas (não utilizadas) para a mesma finalidade;

4º Exigência da criação de novos acessos de ligação à eventual ponte, tanto do lado português,como espanhol, eles próprios igualmente necessitando de avultados fundos comunitários e darealização de morosos estudos de impacte ambiental.

Além do mais é uma hipótese que o governo espanhol descartou liminarmente, através de mailde 8 nov p.p.: …“en cuanto a la posibilidad de construir un puente entre España y Portugal sobreel río Sever, le indicamos que a día de hoy no existe previsión alguna sobre esta posibilidad dentrodel marco de conexiones viarias transfronterizas locales.Por otro lado, cabe recordar que la apertura de las instalaciones de la Presa de Cedillo estitularidad de Iberdrola y, en consecuencia, competencia de la propia compañía”…

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Exemplos de acessibilidades bem sucedidas

Ponte da Amizade Cerveira – Tomiño, 2004, reações:

…” contribuiu de forma significativa para a melhoria da qualidade de vida daspopulações dos dois concelhos, permitindo um acesso mais rápido ao outro lado”…

…”Esta ligação, de âmbito regional, criou grande impacto e dinamizou a economialocal, especialmente o comércio e a restauração, prevendo-se agora que a melhoriadas condições de segurança e de conforto da circulação, decorrentes da construçãodos novos acessos rodoviários, contribua para intensificar e consolidar odesenvolvimento socioeconómico da região.”

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Exemplos de acessibilidades bem sucedidas

Ponte internacional do Baixo-Guadiana, Pomarão (Mértola) – El Granado (Huelva),2009, (2,5 milhões de €; construída sobre a ribeira do Chança), reações:

…”reduziu de 140 para 12 quilómetros a distância entre o Pomarão (Mértola) e ElGranado (Huelva). (o dia da inauguração) Foi um dia de festa e de esperança para oAlentejo.”…

Presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa:

…”A obra mais importante do concelho no pós-25 abril”……”vai permitir uma ligação mais rápida”……”e reavivar e potenciar as trocas comerciais, sociais e culturais entre os dois ladosda fronteira”…

Presidente da Diputación de Huelva, Petronila Rosado:

…”um momento crucial para as duas regiões…”…”uma grande oportunidade de negócio”…

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“Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial”

Decreto-Lei n.º 376/2007; Diário da República n.º 215/2007, Série I de 2007-11-08Regulamento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Julho

…” novo instrumento jurídico para a cooperação territorial no âmbito da União Europeia, que seconsubstancia na possibilidade de criação de entidades públicas, dotadas de personalidadejurídica, com o objectivo de facilitar e promover a cooperação territorial entre os seus membros,tendo em vista reforçar a coesão económica e social.”…

…” A noção de cooperação territorial referida no regulamento comunitário citado comporta trêsrealidades distintas: a cooperação transfronteiriça, a cooperação transnacional e a cooperaçãointer-regional. O AECT é uma figura jurídica particularmente adequada para executar acções ouprojectos de cooperação, envolvendo parceiros estabelecidos em diferentes Estados membros,nomeadamente aqueles que possuam co-financiamento da União Europeia, através dos fundosestruturais.”…

Estes organismos internacionais têm acesso direto a Bruxelas, de forma aconseguirem o financiamento para os projetos de desenvolvimento dos seusterritórios.

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“Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial”

Exemplos de “Euro-Regiões”

• AECT Galiza / Norte de Portugal

• AECT Duero – Douro (2009): 175 entidades – 70 portuguesas; 105 espanholas

Maior adesão concelho do Sabugal, representado por 20 freguesias, e preside através daFreguesia de Fóios.

O rio Douro é a espinha dorsal deste Agrupamento, que abrange 2.500 km2 e 123.000habitantes.

E porque não o Sever e o Tejo internacional desempenharem esse papel para as 3regiões aqui reunidas?

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Sugestões

Como ações a decidir no âmbito desta reunião:

• Assinatura de “Acordo de Cooperação Inter-Autarquias”;

• Criação de “Comissão de Dinamização”, para a promoção, realização eacompanhamento de ações futuras, designadamente para a :

• Organização de próximo Encontro, alargado a órgãos de decisão regional ecentral e iniciar conversações com IBERDROLA;

• Criação de “Acordo Europeu de Cooperação Territorial”:

• Apresentação à tutela das conclusões e propósitos deste “movimento”;

• Divulgação, através de nota aos órgãos de c.s., das conclusões da presentereunião.

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Grato pela atenção

Luís Gonçalves GomesMontalvão – 11 nov 2018