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RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 ISSN 2443-5627

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Page 1: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

ISBN 978-92-824-4224-1doi:10.2860/96378

RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014

Rue de la Loi/Wetstraat 1751048 Bruxelles/BrusselBELGIQUE/BELGIËTel. +32 (0)2 281 61 11www.consilium.europa.eu

ISSN 2443-5627

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ISBN 978-92-824-5223-3 ISBN 978-92-824-5262-2

doi:10.2860/982962 doi:10.2860/2943

QC-AF-15-001-PT-C QC-AF-15-001-PT-N

Page 2: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014

Page 3: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

Aviso

A presente publicação é produzida pelo Secretariado-Geral do Conselho a título meramente informativo. Não envolve a responsabilidade das instituições da UE nem dos Estados-Membros.

Para mais informações sobre o Conselho Europeu e o Conselho, consulte o sítio Web:

www.consilium.europa.eu

ou dirigir-se ao serviço “Informação ao Público” do Secretariado-Geral do Conselho, no seguinte endereço:

Rue de la Loi/Wetstraat 175

1048 Bruxelles/Brussel

BELGIQUE/BELGIË

Tel. +32 (0)2 281 56 50

Fax +32 (0)2 281 49 77

[email protected]

www.consilium.europa.eu/infopublic

Estão disponíveis na Internet (www.europa.eu) mais informações sobre a União Europeia.

Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2015

Print ISBN 978-92-824-5223-3 ISSN 1830-4036 doi:10.2860/982962 QC-AF-15-001-PT-C

PDF ISBN 978-92-824-5262-2 ISSN 2443-5627 doi:10.2860/2943 QC-AF-15-001-PT-N

© União Europeia, 2015

É autorizada a reutilização, mediante identificação da fonte.

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2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 3

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 5

I. APLICAÇÃO DO REGULAMENTO (CE) N.º 1049/2001 7

• Registo público dos documentos do Conselho 7

• Pedidos de acesso do público a documentos do Conselho 8

II. ANÁLISE DOS PEDIDOS DE ACESSO DO PÚBLICO 9

• Perfis profissionais e repartição geográfica dos requerentes 9

• Domínios de ação a que diziam respeito os pedidos de acesso do público 11

• Número de documentos analisados e facultados 11

III. APLICAÇÃO DAS EXCEÇÕES AO DIREITO DE ACESSO PÚBLICO 12

IV. QUEIXAS APRESENTADAS AO PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU E RECURSOS CONTENCIOSOS 14

1. Queixas apresentadas ao Provedor de Justiça Europeu 14

2. Processos judiciais 18

V. OBSERVAÇÕES FINAIS 20

ANEXO: ESTATÍSTICAS SOBRE O ACESSO DO PÚBLICO AOS DOCUMENTOS DO CONSELHO 2121

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2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 5

INTRODUÇÃO

O presente relatório, elaborado nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao acesso do público aos documentos do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão1, diz respeito ao ano de 2014 e baseia-se nos dados estatísticos apresentados resumidamente em anexo. Fornece informações sobre o registo público dos documentos do Conselho, bem como dados estatísticos acerca do acesso do público aos mesmos. Além disso, o relatório passa em revista as queixas apresentadas ao Provedor de Justiça Europeu, bem como as decisões proferidas pelos tribunais da União Europeia em 2014 na área coberta pelo Regulamento.

No endereço www.consilium.europa.eu (rubrica “Políticas da instituição/Transparência/Acesso aos documentos”) poderão ser obtidas mais informações (assim como os relatórios anteriores) sobre o acesso aos documentos do Conselho e informações sobre outras questões relacionadas com a transparência.

1 JO L 145 de 31.5.2001, p. 43. Nos termos do artigo 17.º, n.º 1, “Cada instituição publicará anualmente um relatório sobre o ano anterior, referindo o número de casos em que a instituição recusou a concessão de acesso a documentos, as razões da recusa e o número de documentos sensíveis não lançados no registo”.

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I. APLICAÇÃO DO REGULAMENTO (CE) N.º 1049/2001

Registo público dos documentos do ConselhoO registo público dos documentos do Conselho contém referências aos documentos oficiais desta instituição produzidos desde 19992, sendo permanentemente atualizado através de um sistema de arquivo automático. É possível descarregar deste registo os documentos que são facultados ao público após a sua difusão, ou que foram divulgados na íntegra ou parcialmente na sequência de um pedido de acesso do público3 4. Além disso, muitos documentos legislativos são também tornados públicos todos os anos através do registo público, nos termos do artigo 11.º, n.º 6, do Anexo II do Regulamento Interno do Conselho5.

Além disso, os documentos relativos às atividades do Conselho Europeu, incluindo as suas conclusões e os projetos de ata das suas reuniões, também são inscritos no registo público dos documentos do Conselho. O mesmo se aplica aos documentos preparatórios apresentados pelo Conselho Europeu ao Conselho da União Europeia.

O número de referências de documentos e de documentos descarregáveis que constam do registo público aumenta de ano para ano. A situação do registo em 31 de dezembro de 2014 era a seguinte:

• Estavam inscritos no registo 317 154 documentos na língua original (2 273 581 contando todas as versões linguísticas), ou seja, mais 8% do que no final de 2013. Desses documentos, 67% eram públicos e descarregáveis;

• Em 2014 foram difundidos 27 515 novos documentos na língua original, dos quais 71% (ou seja, 19 561) eram públicos e descarregáveis;

• O registo continha 5 519 documentos na língua original com o código “P/A” (ou seja, parcialmente acessíveis);

• Cerca de 5% dos documentos na língua original contidos no registo público, ou seja 15 736, estavam classificados como “RESTREINT UE/EU RESTRICTED”.

Em 2014, foram distribuídos 103 documentos sensíveis6, 6 classificados como “SECRET UE/EU SECRET” e 97 como “CONFIDENTIEL UE/EU CONFIDENTIAL”, havendo 4 “CONFIDENTIEL UE/EU CONFIDENTIAL” mencionados no registo7 8. Em 2014, não foram produzidos nenhuns documentos classificados como “TRÈS SECRET UE/EU TOP SECRET”.

O registo continua a ser um importante instrumento de pesquisa para os cidadãos interessados em seguir de perto as atividades da União Europeia. Em 2014:

• Foram efetuadas 2 042 515 visitas ao registo, com um total de 30 291 126 consultas por página;

• 802 953 visitantes individuais (média mensal de 66 913) consultaram o registo, o que representa um aumento de 13,5% em relação a 2013.

2 Nos termos do artigo 11.º do regulamento, as Instituições colocam à disposição do público um registo eletrónico de documentos.

3 O artigo 11.º do Anexo II do Regulamento Interno do Conselho compreende uma lista de tipos de documentos que têm de ser facultados ao público logo que sejam difundidos.

4 A divulgação parcial é praticada em conformidade com o artigo 4.º, n.º 6, do regulamento. Os documentos “P/A” (parcialmente acessíveis) lançados no registo antes de 1 de fevereiro de 2004 não podem geralmente ser descarregados por motivos técnicos, mas são facultados a pedido.

5 Prevê esta disposição que, exceto quando forem aplicáveis uma ou mais disposições do artigo 4.º do regulamento, todos os documentos preparatórios referentes a um ato legislativo serão integralmente facultados ao público após a adoção definitiva do ato pelo Conselho no decurso de um processo legislativo ordinário ou especial, bem como os textos comuns do Comité de Conciliação no quadro do processo legislativo ordinário ou da adoção definitiva do ato.

6 Para efeitos do Regulamento (CE) n.º 1049/2001, “documentos sensíveis” são os documentos classificados como “CONFIDENTIEL”, “SECRET” ou “TRÈS SECRET/TOP SECRET”. Ver a este propósito o artigo 9.º, n.º 1, desse regulamento.

7 Em conformidade com o artigo 9.º, n.º 2, e o artigo 11.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 1049/2001.

8 No total, são mencionados no registo 22 documentos com a classificação “CONFIDENTIEL UE/EU CONFIDENTIAL”.

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8 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

Pedidos de acesso do público a documentos do ConselhoOs pedidos de acesso do público a documentos do Conselho são, na sua maior parte, apresentados por meio do formulário eletrónico constante do registo público. Os pedidos iniciais são tratados pelo Secretariado--Geral do Conselho. Caso seja total ou parcialmente recusado o acesso do público a um documento na fase inicial, o requerente pode apresentar um pedido confirmativo em que solicita à instituição que reveja a sua posição. No caso de indeferimento total ou parcial de um pedido confirmativo, o requerente pode apre-sentar queixa ao Provedor de Justiça Europeu ou interpor recurso para o Tribunal Geral da União Europeia.

Em 2014:

• O Conselho recebeu 2 445 pedidos iniciais e 40 pedidos confirmativos de acesso do público;

• O Secretariado-Geral do Conselho prorrogou o prazo para a análise dos pedidos iniciais em 24,1% dos casos (contra 26,5% dos casos em 2013);

• O tempo de tratamento dos pedidos iniciais foi em média de 17 dias úteis (contra 18 dias úteis em 2013)9; no caso dos pedidos confirmativos o tempo médio foi de 27 dias úteis em 2014 (contra 26 dias úteis em 2013).

Há dois elementos a assinalar:

• 1,6% dos 928 requerentes individuais que apresentaram pedidos iniciais em 2014 representaram quase 40% dos pedidos iniciais. A grande maioria dos pedidos iniciais foi, assim, apresentada por um número relativamente pequeno de requerentes. 699 requerentes apresentaram apenas um pedido inicial.

• O número excecionalmente elevado de pedidos confirmativos recebido pelo Secretariado Geral em 2014 (que representou um aumento de 63% comparado com o número de 2013) pode ser explicado pela adoção de uma série de medidas restritivas pelo Conselho em 2014, em especial no contexto da crise na Ucrânia; muitos pedidos iniciais e, consequentemente, confirmativos foram apresentados por advogados que representavam pessoas ou entidades incluídas nas listas dos anexos dos atos jurídicos que impunham medidas restritivas10. Os pedidos confirmativos de acesso do público a documentos respeitantes a medidas restritivas, representaram um quarto de todos os pedidos confirmativos recebidos pelo Secretariado-Geral em 2014. O número de pedidos confirmativos de acesso do público a documentos respeitantes a domínios “tradicionais” manteve¬ se, assim, estável (25).

9 Este número compreende tanto os pedidos iniciais apresentados nos termos do artigo 7.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 como os chamados “pedidos do artigo 6.º, n.º 3”.

10 Ver também a página 9 do presente relatório a propósito do perfil profissional dos requerentes que intro-duziram pedidos de acesso do público em 2014.

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2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 9

II. ANÁLISE DOS PEDIDOS DE ACESSO DO PÚBLICO

Professional profiles and geographical distribution of applicantsOs pedidos iniciais provieram principalmente de estudantes e investigadores (31,7%). Este grupo de requerentes, que tem sido tradicionalmente o mais numeroso mas que teve de ceder o lugar aos requerentes da sociedade civil em 2013, recuperou, assim, a sua posição de liderança em 2014. No entanto, a sociedade civil ocupou também uma posição de destaque na lista das categorias sociais e profissionais representadas (28,5%), seguida dos advogados e jornalistas (10,3% e 4,5%, respetivamente).

A maioria dos pedidos confirmativos em 2014 foi apresentada por advogados (31%). Tal pode ser explicado pelos numerosos pedidos iniciais e, consequentemente, confirmativos apresentados por advogados que representam pessoas ou entidades incluídas nas listas dos anexos dos atos jurídicos que impõem medidas restritivas, na sequência da adoção pelo Conselho de uma série de medidas nesse sentido em 2014, em especial no contexto da crise na Ucrânia11. O número dos pedidos confirmativos provenientes da sociedade civil também aumentou em 2014 (27,7% contra 21,8% em 2013). Por outro lado, o número de pedidos confirmativos apresentados por estudantes e investigadores diminuiu significativamente (24,1% contra 43,5% em 2013).

É de salientar que, uma vez que os requerentes não são obrigados a identificar-se nem a fundamentar os seus pedidos, que são habitualmente enviados através do formulário eletrónico fornecido no sítio Internet do Conselho, a profissão de uma parte significativa dos requerentes (10,3% em 2014) continua a ser desconhecida.

Contrariamente a anos anteriores, os meses de setembro, outubro e novembro foram aqueles em que proporcionalmente foram recebidos mais pedidos iniciais: 33% do total de pedidos recebidos em 2014 foram recebidos durante esses meses. Foi o que aconteceu com os pedidos apresentados por cada um dos quatro maiores grupos de requerentes.

No que respeita à repartição geográfica dos requerentes, a maior parte dos pedidos iniciais proveio da Bélgica (29%), da Alemanha (13,9%) e do Reino Unido (9,6%). 27,6% dos pedidos confirmativos provieram da Bélgica e 20,7% do Reino Unido.

11 Ver também a página 8 do presente relatório a propósito do número de pedidos confirmativos recebidos em 2014.

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10 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

A proporção relativamente elevada de pedidos iniciais e confirmativos provenientes da Bélgica pode ficar a dever-se ao facto de terem sede em Bruxelas, ou aí operarem, várias empresas multinacionais, diversos gabinetes internacionais de advogados e grande número de associações representa-tivas de diferentes setores económicos e industriais a nível europeu.

Alemanha (13,9 %)

Reino Unido (9,6 %)

Bélgica (29 %)

Espanha (3,6 %)

Portugal(1 %)

Itália (4 %)

França (6 %)

Irlanda (1,4 %)

Luxemburgo (1,6 %)

Países Baixos (6,8 %)

Dinamarca (2,3 %)

Suécia (1 %)

Áustria (1,8 %)

República Checa (1,8 %)

Polónia (1,5 %)

Eslováquia (0,1 %)

Roménia (0,4 %)

Bulgária (0,1 %)

Chipre (0,1 %)

Malta (0,5 %)

Grécia (0,2 %)

Hungria (0,3 %)

Lituânia (0 %)

Letónia (0,1 %)

Estónia (0,1 %)

Finlândia (1,1 %)

Eslovénia (0,2 %)

Croácia(0,1 %)

REPARTIÇÃO GEOGRÁFICA DOS REQUERENTES (pedidos iniciais)

< 30 %< 20 %< 12 %< 8 %< 6 %< 4 %< 2 %< 1 %

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2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 11

Domínios de ação a que diziam respeito os pedidos de acesso do públicoEm 2014:

• Aumentou significativamente o interesse pelo espaço de liberdade, segurança e justiça (23,4% em 2014 contra 16,8% em 2013);

• Aumentou o número de pedidos respeitantes às relações externas e à Política Externa e de Segurança Comum (PESC) (10,6% em 2014 contra 8,1% em 2013);

• Os outros domínios de ação mais populares foram o ambiente (13,1%), o mercado interno (6,7%) e a saúde e defesa dos consumidores (6,1%).

Dos 657 documentos classificados solicitados, 55% diziam respeito à Política Europeia de Segurança e Defesa (PESD), 19% à PESC e 14,7% ao espaço de liberdade, segurança e justiça.

Número de documentos analisados e facultadosNo que toca aos documentos analisados em 2014:

• O Secretariado-Geral analisou 2 445 pedidos iniciais de acesso do público a 10 839 documentos, dos quais 8 964 foram disponibilizados (8 188 na íntegra e 776 em parte);

• O Conselho analisou 40 pedidos confirmativos de acesso do público a 225 documentos, 28 dos quais foram disponibilizados na íntegra na fase confirmativa. Foram parcialmente facultados 97 documentos cujo acesso fora totalmente recusado na fase inicial. Relativamente a 24 documentos, foi confirmado o acesso parcial concedido na fase inicial e em 11 casos foi concedido um acesso parcial alargado;

• No conjunto dos pedidos iniciais e confirmativos, foram analisados 657 documentos classificados (26 “CONFIDENTIEL UE” e 631 “RESTREINT UE”);

• No conjunto dos pedidos iniciais e confirmativos, 75,5% dos documentos solicitados foram divulgados na íntegra (82,7% se forem também tidos em consideração os documentos para os quais foi concedido acesso parcial).

Dos documentos divulgados na íntegra no seguimento de um pedido de acesso do público:

• 22,3% diziam respeito ao espaço de liberdade, segurança e justiça;

• 11%, à agricultura e pescas;

• 9,5%, à PESC;

• 8,4%, ao mercado interno;

• 7,6%, ao ambiente.

Do total de documentos divulgados (na íntegra ou em parte):

• 22,7% diziam respeito ao espaço de liberdade, segurança e justiça;

• 10,9%, à PESC;

• 10,6%, à agricultura e pescas;

• 7,9%, ao mercado interno;

• 7,2%, ao ambiente.

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12 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

III. APLICAÇÃO DAS EXCEÇÕES AO DIREITO DE ACESSO PÚBLICO

Recusas integrais

Fase inicial

Relativamente aos pedidos iniciais, os motivos de recusa mais frequentemente invocados em 2014 foram os seguintes (% do número total de recusas dentro de parêntesis):

• Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais12 (25,8%);

• Proteção do processo decisório13 (21,5%).

Em 49,4% dos casos foram invocados simultaneamente vários motivos para a recusa:

• Proteção do interesse público no que respeita à segurança pública em conjugação com a proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais (54%);

• Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais em conjugação com a proteção do processo decisório da instituição, incluindo as negociações sobre comércio, alargamento, etc. (24,7%);

• Proteção do processo decisório da instituição em conjugação com a proteção dos objetivos das atividades de inspeção, inquérito e auditoria (10,6%);

Fase confirmativa

Relativamente aos pedidos confirmativos, o motivo individual de recusa mais frequentemente invocado em 2014 foi a proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais (14,6%). Em 83,8% dos casos, foi invocado mais de um motivo de recusa. A combinação mais frequentemente invocada foi a proteção do interesse público no que respeita à segurança pública em conjugação com a proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais, que foi usada em 92% dos casos.

Divulgação parcialQuando só algumas partes do documento pedido são abrangidas por qualquer das exceções, as restantes partes são divulgadas, em conformidade com o artigo 4.º, n.º 6, do Regulamento.

Fase inicial

Os motivos de recusa parcial mais frequentemente invocados na fase inicial em 2014 foram os seguintes (% do número total de recusas dentro de parêntesis):

• Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais (24%);

• Proteção do processo decisório (23,5%);

• Proteção dos processos judiciais e das consultas jurídicas (7,4%).

12 Artigo 4.º, n.º 1, alínea a), terceiro travessão, do regulamento.

13 Artigo 4.º, n.º 3, do Regulamento n.º 1049/2001.

Page 14: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 13

Em 31,6% dos casos foram invocados simultaneamente vários motivos de recusa parcial. As combinações mais frequentemente invocadas foram:

• Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais em conjugação com a proteção do processo decisório da instituição (34%);

• Proteção do processo decisório em conjugação com a proteção dos processos judiciais e das consultas jurídicas (20,5%).

Fase confirmativa

Relativamente aos pedidos confirmativos, os motivos de recusa parcial mais frequentemente invocados em 2014 foram os seguintes:

• Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais (72%);

• Proteção do processo decisório (2,3%);

Em 23,5% dos casos foram invocados vários motivos. A combinação de motivos mais frequentemente invocada foi a proteção do interesse público no que respeita à segurança pública em conjugação com a proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais (83,4% dos casos).

Page 15: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

14 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

IV. QUEIXAS APRESENTADAS AO PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU E RECURSOS CONTENCIOSOS

O presente capítulo aborda cinco queixas apresentadas ao Provedor de Justiça Europeu em 2012-2014, e menciona dois inquéritos por iniciativa própria relativos ao Conselho da União Europeia no domínio abrangido pelo Regulamento n.º 1049/2001. Além disso, refere três processos apresentados aos tribunais da UE relativos ao acesso aos documentos, incluindo um acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça Europeu em 3 de julho de 2014.

1. Queixas apresentadas ao Provedor de Justiça Europeu

Queixa 1649/2012/RA, de 9 de agosto de 2012

Esta queixa dizia respeito a uma decisão do Conselho de recusar o acesso a um documento conjunto UE-Rússia em que se estabeleciam as medidas comuns para um regime de isenção de vistos em viagens de curta duração de cidadãos da Rússia e da UE (doc. 18217/11)14, cujo conteúdo não podia ser facultado ao público sem o consentimento prévio das autoridades russas. No entanto, uma vez obtido esse consentimento, o Conselho transmitiu imediatamente o documento comum ao requerente e informou o Provedor de Justiça em conformidade, por carta de 25 de março de 2013.

Por carta datada de 9 de setembro de 2013, o Provedor de Justiça encerrou o seu inquérito sobre esta queixa, concluindo que o Conselho tinha resolvido o assunto e dado assim satisfação ao queixoso. Sugeriu no entanto que o Conselho informasse os seus parceiros de negociação da sua obrigação de conduzir o seu trabalho de uma forma tão aberta quanto possível no início de futuras negociações internacionais. Sugeriu também que o Conselho analisasse a possibilidade de tomar medidas em prol da participação da UE na Parceria Governo Aberto. Por último, o Provedor de Justiça convidou o Conselho a informá-lo até 31 de março de 2014 das eventuais medidas tomadas em relação com as conclusões tiradas.

Na sua resposta ao Provedor de Justiça, de 25 de março de 2014, o Conselho salientou que tem de analisar todos os pedidos de acesso do público a documentos numa base casuística em plena conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1049/2001. Isto implica, como tinha sido o caso durante as negociações com a Rússia, que o Conselho tem a obrigação de ter em conta, nomeadamente, a situação do processo negocial com o país terceiro em causa.

O Conselho observou ainda que os países terceiros não estão sujeitos ao Regulamento n.º 1049/2001 e que o Conselho – mesmo se evoca a questão da transparência no início de negociações internacionais – continua a ter a obrigação de consultar o parceiro das negociações sobre qualquer pedido de acesso do público a documentos deste último ou a documentos conjuntos por razões de confiança no quadro das relações internacionais.

No que diz respeito à Parceria Governo Aberto, o Conselho salientou que esta iniciativa é essencialmente uma plataforma internacional a que aderiram alguns Estados-Membros da UE e organizações da sociedade civil, e não excluiu a possibilidade de a ação externa da União Europeia ser completada, tal como sugerido pelo Provedor de Justiça, através de iniciativas tomadas pelos Estados-Membros da UE nos fóruns internacionais de que a UE não é membro ou nos quais não participa.

14 Ver relatório anual do Conselho de 2012 sobre o acesso do público a documentos, p. 15, e relatório anual do Conselho de 2013 sobre o acesso do público a documentos, p. 17.

Page 16: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 15

Queixa 1854/2012/KM, de 11 de setembro de 2012

Esta queixa dizia respeito ao facto de o Conselho ter recusado conceder acesso integral a três documentos (7008/09, 7008/09 COR 1 e 10491/1/09 REV 1 (RESTREINT UE)) sobre a inserção de cláusulas de natureza política em acordos entre a UE e países terceiros15. No entanto, na sequência da decisão do Conselho de conceder um acesso parcial alargado aos documentos solicitados, a Provedora de Justiça decidiu encerrar o seu inquérito sobre esta queixa em 9 de janeiro de 2014, concluindo que o Conselho tinha resolvido a questão de modo satisfatório para o queixoso.

Queixa 167/2013/RT, de 4 de outubro de 2012

Neste caso, o queixoso contestou a decisão do Conselho de recusar o pleno acesso a um documento emitido pelo seu Serviço Jurídico sobre o papel do Tribunal de Justiça no contexto do “Tratado do Pacto Orçamental”16. Em resposta às observações do Conselho sobre esta queixa, enviada em 29 de abril de 2013 e na sequência de uma averiguação do documento solicitado, a Provedora de Justiça encerrou o seu inquérito sobre esta queixa em 17 de janeiro de 2014 com a seguinte observação crítica: “Ao não justificar a razão por que não pode conceder o acesso integral ao documento solicitado, o Conselho cometeu um ato de má administração.” A Provedora de Justiça convidou também o Conselho a informá-la até 30 de junho de 2014 sobre as eventuais medidas tomadas em relação com as conclusões tiradas.

Na sua resposta à Provedora de Justiça, de 23 de junho de 2014, o Conselho assinalou que entendia a observação crítica como dizendo respeito à não apresentação de razões suficientes em apoio da recusa de conceder o acesso integral ao documento em questão, mais do que à aplicabilidade das exceções invocadas enquanto tais. O Conselho assegurou que estava plenamente consciente da sua obrigação decorrente da jurisprudência de fundamentar circunstanciadamente as razões da recusa de permitir o acesso do público a um documento17. Indicou, além disso, que considera essa fundamentação um meio importante de explicar ao requerente o modo como chegou à sua conclusão.

No entanto, o Conselho sublinhou que não pode ser obrigado a apresentar provas de que um interesse protegido seria prejudicado em caso de divulgação, como decorre da decisão da Provedora. A jurisprudência exige que o Conselho demonstre a existência de um risco razoavelmente previsível e não puramente hipotético de que o interesse específico em causa seria prejudicado se um documento concreto fosse divulgado. Exigir ao Conselho que apresente “provas” de um risco equivaleria a obrigá-lo a fornecer a prova de algo que ainda não se materializou. Do mesmo modo, o Conselho não pode ser obrigado a aguardar pelo início do processo judicial sem antes poder contar com a proteção das consultas jurídicas sobre um parecer jurídico respeitante à questão em litígio. O Conselho chamou também a atenção para o facto de, na sua fundamentação, não poder ser obrigado a fornecer um nível de pormenor tal que o obrigue a revelar o próprio conteúdo que é mister proteger18. Considerou que tal não é despiciendo, uma vez que, em casos politicamente sensíveis como o que está em causa na queixa apresentada, a necessidade de proteger o conteúdo do documento reduz a margem para fornecer uma fundamentação muito pormenorizada.

15 Ver relatório anual do Conselho de 2012 sobre o acesso do público a documentos, p. 16, e relatório anual do Conselho de 2013 sobre o acesso do público a documentos, págs. 17 e 18.

16 Esta queixa vinha no seguimento da queixa 862/2012/RT que o Provedor de Justiça decidiu encerrar por razões processuais em janeiro de 2013; ver relatório anual do Conselho de 2012 sobre o acesso do público aos documentos, págs. 15-16, e relatório anual do Conselho de 2013 sobre o acesso do público aos docu-mentos, p. 18.

17 Ver, por exemplo, os processos apensos C-39/05 P e 52/05 P, Suécia e Turco contra Conselho [2008] Col. I – 4723, ponto 69.

18 Processo C-266/05 P, Sison contra Conselho, Col. [2007] I-1233, ponto 82, processo T-105/95, WWF UK contra Comissão, Col. [1997] II– 313, ponto 65 (por analogia).

Page 17: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

16 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

Neste contexto, o Conselho considerou que eram dadas razões suficientes para permitir ao queixoso compreender por que motivo o Conselho não estava em posição de divulgar integralmente o documento em questão. Além disso, esses argumentos eram de molde a demonstrar a existência de um risco razoavelmente previsível e não puramente hipotético de que os interesses protegidos pelas exceções invocadas seriam prejudicados se o documento em questão tivesse de ser divulgado. O Conselho indicou, assim, que considerava difícil concluir que o caso em apreço representasse um caso de má administração.

Na sua resposta, o Conselho, informou por último a Provedora de Justiça de que, em 17 de janeiro de 2014, o queixoso apresentara um novo pedido de acesso ao documento 5788/12 com base nas conclusões da Provedora, e que, em 13 de fevereiro de 2014, o Conselho recusou o acesso público integral ao documento, com exceção do ponto 2, intitulado “acordo especial”.

Queixa 689/2014/RT, de 11 de abril de 2014

Esta queixa foi apresentada contra o Conselho por este não ter tratado corretamente um pedido de acesso do público a todos os documentos relacionados com uma reunião RELEX/Sanções que teve lugar em 13 de junho de 2007. Por carta de 12 de maio de 2014, a Provedora de Justiça convidou o Conselho a apresentar um parecer sobre essa alegação e reclamação até 31 de julho de 2014. Por carta de 28 de julho de 2014, o Secretariado-Geral do Conselho informou a Provedora de Justiça de que, por limitações de tempo, o Conselho enviaria a sua resposta até 5 de setembro de 2014. Na sua carta, a Provedora de Justiça Europeia solicitou igualmente a averiguação dos documentos concernidos pela queixa, nos termos do artigo 3.º, n.º 2, do Estatuto do Provedor de Justiça. Essa averiguação realizou-se nas instalações do Conselho em 12 de agosto de 2014.

Na sua resposta à Provedora de Justiça de 5 de setembro de 2014, o Conselho assegurou que não tivera qualquer intenção de ocultar a existência de quaisquer documentos relacionados com a reunião RELEX/Sanções realizada em 13 de junho de 2007, na qual foram debatidas determinadas medidas relacionadas com as medidas restritivas contra o Irão. O Conselho explicou que, tendo em conta que o queixoso havia instaurado uma ação judicial contra o Conselho em 2011 contestando a sua designação ao abrigo dessas medidas restritivas e que em 2013 apresentara um pedido de acesso privilegiado a documentos respeitantes à sua designação, tendo em vista a ação judicial acima referida, o Conselho tinha analisado o pedido inicial e o subsequente pedido confirmativo do queixoso de acesso público a documentos respeitantes à reunião acima referida, partindo do princípio de que o queixoso estava interessado especificamente nesses documentos, que eram relevantes para a sua designação. O Conselho admitiu, assim, que tinha perdido de vista o facto de o alcance do pedido de acesso público ser, na realidade, mais amplo e não se limitar a documentos relacionados especificamente com a designação do queixoso.

No entanto, o Conselho sublinhou que, após a análise do pedido do queixoso de acesso privilegiado, o Conselho tinha reanalisado de forma proactiva o pedido de acesso público. Na sequência dessa reanálise, em 9 de julho de 2014 o Conselho enviara uma resposta adicional ao pedido de acesso público que abrangia os documentos não identificados previamente.

Este processo estava ainda pendente em 31 de dezembro de 2014.

Inquérito por iniciativa própria (OI/6/2013/KM) relativo ao Parlamento Europeu, ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia

Em 11 de dezembro de 2013, a Provedora de Justiça enviou uma carta ao Conselho informando-o da abertura do inquérito por iniciativa própria OI/6/2013/KM relativo ao Parlamento Europeu, ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia.

Na sua carta, a Provedora de Justiça remetia para o inquérito por iniciativa própria 3/2011/KM relativo aos prazos para o tratamento de pedidos confirmativos de acesso aos documentos do Conselho, lançado pelo seu antecessor, P. Nikiforos Diamandouros, em 2011. Na sua decisão de encerrar esse inquérito por iniciativa própria, o anterior Provedor de Justiça tinha afirmado a sua intenção de abrir um novo inquérito por iniciativa própria com vista a avaliar os efeitos práticos das medidas que o Conselho tinha previsto e enumerado na sua resposta ao inquérito.

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2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 17

A Provedora de Justiça mencionou também na sua carta que tivera conhecimento, através das queixas tratadas pela provedoria e da jurisprudência do Tribunal, que as três instituições da UE a que a aplicação do Regulamento 1049/2001 mais diz respeito, ou seja, o Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão “podem deparar-se com problemas de natureza sistémica na observância dos prazos previstos no Regulamento.” Decidiu, por conseguinte, abrir um novo inquérito por iniciativa própria a fim de analisar se tais problemas existem e, na afirmativa, a melhor forma de os resolver.

Como primeiro passo, a Provedora de Justiça solicitou ao Conselho que lhe fornecesse informações sobre matérias relacionadas com o tratamento dos pedidos iniciais e dos pedidos confirmativos, assim como sobre as soluções equitativas alcançadas nos termos do artigo 6.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 durante os anos de 2010, 2011 e 2012. O Conselho enviou a sua resposta à Provedora de Justiça em 12 de março de 2014.

Até 31 de dezembro de 2014, o Conselho não tinha ainda recebido qualquer resposta da Provedora de Justiça relativa a este inquérito por iniciativa própria.

Inquérito por iniciativa própria (OI/11/2014/MMN) relativo ao Conselho da União Europeia

Em 29 de julho de 2014, a Provedora de Justiça enviou uma carta ao Conselho informando-o da abertura do seu inquérito por iniciativa própria OI/11/2014/MMN relativo à transparência e à participação do público na Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (“PTCI”).

Na sua carta, a Provedora de Justiça exprimiu a sua opinião de que um elevado nível de transparência quanto à finalidade e aos objetivos da União Europeia nas negociações da PTCI constitui uma condição prévia para o êxito das negociações. Neste contexto, salientou que as diretrizes de negociação com base nas quais fora solicitado à Comissão Europeia que, em nome da União, negociasse o acordo PTCI não tinham sido publicadas pelo Conselho. Refletindo sobre as presumíveis consequências que a divulgação das diretrizes de negociação da PTCI teria sobre as negociações em curso, a Provedora de Justiça concluiu que não era imediatamente claro de que modo a sua divulgação poderia prejudicar a proteção de qualquer interesse público ou privado previsto no artigo 4.º do Regulamento n.º 1049/2001. O Conselho foi convidado a apresentar o parecer do Conselho sobre a matéria até 30 de setembro de 2014.

Na sua resposta datada de 30 de setembro de 2014, o Conselho observou que, até à data, nenhuma queixa tinha sido apresentada à Provedora de Justiça sobre qualquer alegada má administração a respeito do tratamento pelo Conselho dos pedidos de acesso do público às diretrizes de negociação do PTCI, nem a Provedora de Justiça tinha identificado qualquer conduta do Conselho que pudesse equivaler a um caso de má administração. O Conselho salientou que, mesmo se o Regulamento n.º 1049/2001 prevê uma série de obrigações sobre o modo como as instituições da UE têm de lidar com os pedidos de acesso do público, o regulamento não prevê qualquer obrigação que exija que as instituições facultem ao publico documentos não legislativos, tais como diretrizes de negociação, de forma preventiva. Mais concretamente, segundo o Conselho, tal obrigação não pode ser deduzida do artigo 12.º do regulamento, que limita claramente o âmbito do acesso direto a documentos não legislativos. Além disso, o Conselho tinha cumprido o artigo 12.º ao inserir no seu registo público a referência do documento em causa.

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18 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

Na sua carta, o Conselho frisou também que reconhece plenamente a importância de um nível elevado de transparência da finalidade e dos objetivos da União Europeia nas negociações da PTCI e sublinhou que os Estados-Membros acordam em que as atividades de comunicação e de sensibilização são de primordial importância para otimizar a prestação de informações ao público em geral. Referiu o facto de a Presidência Italiana já ter iniciado consultas com os Estados-Membros sobre a questão de saber se as diretrizes de negociação da PTCI poderiam ser divulgadas ao público e de tais consultas estarem em curso.

Com efeito, na sequência da referida iniciativa da Presidência Italiana, o Conselho decidiu publicar as diretrizes de negociação da PTCI em 9 de outubro de 2014. Ao tomar essa decisão, o Conselho salientou todavia que essa publicação não constituía precedente para outras diretrizes de negociação e salientou que a decisão não afetaria as deliberações do Conselho sobre as futuras recomendações para a abertura das negociações, incluindo as diretrizes de negociação.

Na sequência da decisão do Conselho de publicar as diretrizes de negociação, a Provedora de Justiça saudou a iniciativa do Conselho e encerrou o inquérito por iniciativa própria em 31 de outubro de 2014.

2. Processos judiciaisEm 3 de julho de 2014, o Tribunal de Justiça proferiu o seu acórdão no recurso C-350/12 P (Conselho contra Sophie In’t Veld) interposto pelo Conselho contra um acórdão do Tribunal Geral de 4 de maio de 201219. A questão diz respeito à recusa do Conselho em facultar o acesso público integral ao documento 11897/09, nos termos do Regulamento 1049/2001. O documento 11897/09 contém um parecer do Serviço Jurídico do Conselho sobre a recomendação da Comissão ao Conselho no sentido de autorizar o início de negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos da América com vista à celebração de um acordo internacional para colocar à disposição do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos dados relativos a mensagens de natureza financeira a fim de combater o terrorismo e o financiamento do terrorismo (o “acordo SWIFT”). Partes consideráveis do aconselhamento jurídico contido no documento em causa diziam respeito à questão da base jurídica do acordo SWIFT.

O Tribunal Geral tinha anulado parcialmente a decisão do Conselho de recusar o acesso integral ao documento 11897/09, considerando que o Conselho apenas podia recusar o acesso às partes do documento solicitado que dissessem respeito ao conteúdo específico do acordo previsto e às diretrizes de negociação.

Dadas as implicações deste acórdão para o trabalho do Conselho, nomeadamente no que respeita à proteção das consultas jurídicas sobre a escolha da base jurídica para a celebração de acordos internacionais, o Conselho decidiu recorrer do acórdão do Tribunal Geral para o Tribunal de Justiça.

No seu recurso, o Conselho alegou que o Tribunal Geral cometera um erro ao considerar que um desacordo quanto à escolha da base jurídica do ato da UE respeitante à celebração de um acordo internacional não é suscetível de prejudicar o interesse da União no domínio das relações internacionais. Considerou igualmente que o Tribunal Geral cometera um erro ao aplicar no caso em apreço a jurisprudência desenvolvida pelo Tribunal de Justiça em relação a pareceres jurídicos emitidos no contexto de um processo legislativo (Suécia e Turco contra Conselho, processos C-39/05 P e C-52/05 P, acórdão de 1 de julho de 2008, Coletânea da Jurisprudência I– 04723) tendo alegado, por conseguinte, alegou que as consultas jurídicas sobre negociações internacionais deverão beneficiar de uma presunção geral contra a divulgação, como reconhecido noutros domínios.

19 Processo C-350/12 P contra o acórdão do Tribunal Geral no Processo T-529/09; ver relatório anual do Conselho sobre o acesso do público aos documentos referente a 2012, págs. 16-17.

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2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 19

O Tribunal de Justiça analisou ambas as exceções invocadas pelo Conselho (ou seja, a proteção das relações internacionais e das consultas jurídicas) e a questão de saber se o Tribunal Geral tinha legitimamente concluído que o Conselho não tinha conseguido demonstrar a existência de um prejuízo concreto e efetivo dos interesses protegidos abrangidos por essas exceções. O Tribunal de Justiça confirmou as conclusões do Tribunal Geral, rejeitando a argumentação do Conselho de que a revelação da existência de diferenças entre as instituições quanto à base jurídica (e, por conseguinte, sobre os procedimentos internos a seguir) tem, enquanto tal, uma potencial incidência na credibilidade da União face aos Estados Unidos. No entanto, o Tribunal de Justiça não excluiu que um desacordo entre as instituições quanto à questão da base jurídica adequada possa prejudicar um interesse protegido ao abrigo do Regulamento n.º 1049/2001.

Além disso, no que diz respeito à exceção relativa à proteção de consultas jurídicas, prevista no artigo 4.º, n.º 2, segundo travessão, do Regulamento n.º 1049/2001, o Tribunal de Justiça defendeu que a apreciação em três tempos prevista no acórdão Turco é igualmente aplicável no que respeita aos documentos elaborados num contexto não legislativo e, por conseguinte, rejeitou o argumento de que uma presunção geral contra a divulgação se poderia aplicar nesse domínio. No entanto, não alargou a aplicação de outras partes do mesmo acórdão. Mais concretamente, não aplicou a presunção contida no acórdão Turco a favor da divulgação dos pareceres jurídicos elaborados no contexto de atividades legislativas, de forma a abranger igualmente as consultas jurídicas num contexto não legislativo.

Em 17 de fevereiro de 2015, o Conselho adotou uma versão revista da resposta ao pedido confirmativo original a fim de dar cumprimento ao acórdão do Tribunal. À luz da entrada em vigor do acordo SWIFT e não obstante o facto de o juiz da União ter confirmado parcialmente a decisão do Conselho de recusar o acesso, o Conselho decidiu conceder o acesso integral ao documento solicitado.

Novos processos judiciais interpostos contra o Conselho para a anulação de decisões suas de recusar o acesso do público a documentos

Por petição que deu entrada no Tribunal Geral em 12 de setembro de 2014, Ivan Jurašinović interpôs no Tribunal Geral20 um recurso de anulação da decisão do Conselho de 8 de julho de 2014 de recusar o pleno acesso à correspondência trocada entre as instituições da União e o Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia (TPIJ) no âmbito do processo “Procurador contra Gotovina et al.” (IT-06-90-T) perante o TPIJ. A decisão do Conselho foi adotada para dar cumprimento ao acórdão do Tribunal Geral de 3 de outubro de 2013 no processo T-63/10, Ivan Jurašinović contra Conselho, que anulou uma decisão anterior de não divulgar os documentos solicitados. O processo está atualmente em apreciação no Tribunal Geral.

Por petição que deu entrada no Tribunal Geral em 7 de outubro de 2014, Herbert Smith Freehills LLP interpôs junto do Tribunal Geral um recurso de anulação da decisão da Comissão de 23 de julho de 2014 de recusar o acesso do público a determinadas mensagens de correio eletrónico enviadas por um funcionário do Serviço Jurídico do Conselho durante as negociações trilaterais que conduziram à adoção da Diretiva 2014/40/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de abril de 2014, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros no que respeita ao fabrico, apresentação e venda de produtos do tabaco e produtos afins21. O processo está atualmente em apreciação no Tribunal Geral.

Recursos de anulação pendentes no Tribunal Geral

Está atualmente pendente no Tribunal Geral um processo que contesta a legalidade da decisão do Conselho de recusar o pleno acesso do público nos termos do Regulamento (CE) n.º 1049/200122.

20 Processo T-658/14 (Ivan Jurašinović contra Conselho).

21 JO L 127 de 29.4.2014, págs. 1-38.

22 Processo T-395/13 (Samuli Miettinen contra Conselho); ver relatório anual do Conselho de 2013 sobre o acesso do público aos documentos, p. 19.

Page 21: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

20 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

V. OBSERVAÇÕE S FINAIS

A experiência do Conselho com a aplicação do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 em 2014 salienta a importância do seu registo público enquanto instrumento de busca ao dispor dos cidadãos que pretendem exercer o seu direito de acesso aos documentos; o número de visitantes individuais do registo público teve um aumento de 13,5%. O número de documentos disponibilizados ao público através do registo, quer diretamente, quer na sequência de pedidos de acesso público também está a crescer de forma constante. Apesar destes fatores, registou-se um aumento considerável do número de pedidos ao longo do período de referência (até 10%).

Como em anos anteriores, a grande maioria dos requerentes em 2014 pertencia a grupos muito específicos, especializados de uma forma ou de outra em assuntos europeus: organizações da sociedade civil, grupos de reflexão e meio académico. Atuam frequentemente como multiplicadores da informação, não só dentro da sua própria organização, mas também ao comunicarem as suas conclusões e observações sob a forma de publicações especializadas, relatórios, bem como através dos média em geral e chegam, assim, a um segmento relativamente alargado do grande público.

Contrariamente a 2013, o número de pedidos de acesso a documentos relacionados com as atividades legislativas tradicionais do Conselho, como o mercado interno, diminuiu ligeiramente. No entanto, é possível observar uma crescente sensibilização e interesse pelas atividades legislativas do Conselho em novos domínios, como o espaço de liberdade, segurança e justiça. Isso explica, em parte, o considerável aumento do interesse por documentos relacionados com essa área específica.

Nos últimos anos, a análise circunstanciada dos pedidos iniciais permitiu reduzir significativamente o número de pedidos confirmativos. O ano de 2014 foi excecional a este respeito: o Secretariado-Geral recebeu 40 pedidos confirmativos, correspondentes a 1,6% do número total de pedidos iniciais (contra cerca de 1% em anos anteriores). Um quarto desses pedidos dizia respeito ao acesso a documentos relativos a medidas restritivas. Assim, enquanto no passado não era possível estabelecer uma relação clara entre os pedidos e os debates sobre questões políticas ou acontecimentos políticos, a adoção pelo Conselho de várias medidas restritivas em 2014 parece ter tido um efeito claro no número de pedidos de acesso do público.

Em suma, tanto a análise do tratamento dos pedidos de acesso como o recurso, por parte do público, aos mecanismos criados para lhe permitir exercer o seu direito de acesso indicam que os objetivos fixados pelos Tratados e pelo Regulamento (CE) n.º 1049/2001 continuaram a ser atingidos em 2014.

Page 22: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 21

ANEXO

ESTATÍSTICAS SOBRE O ACESSO DO PÚBLICO AOS DOCUMENTOS DO CONSELHO

SITUAÇÃO EM 31.12.2014

1. Número de pedidos a título do Regulamento n.º 1049/2001

2010 2011 2012 2013 2014

2 764 2 116 1 871 2 212 2 445

2. Número de documentos objeto de pedidos iniciais

2010 2011 2012 2013 2014

9 188 9 641 6 166 7 564 10 839

3. Documentos facultados pelo Secretariado-Geral do Conselho na fase inicial

2010 2011 2012 2013 2014

7 847 8 506 4 858 5 951 8 964

parcialmente/na íntegra

1 369/6 478

parcialmente/na íntegra

1 103/7 403

parcialmente/na íntegra

998/3 860

parcialmente/na íntegra

867/5 084

parcialmente/na íntegra

776/8 188

4. Número de pedidos confirmativos

2010 2011 2012 2013 2014

28 27 23 25 40

5. Número de documentos analisados pelo Conselho na sequência de pedidos confirmativos + número de documentos facultados

2010 2011 2012 2013 2014

181 59 78 77 225

118

parcialmente/na íntegra

80/38

41

parcialmente/na íntegra

15/26

27

parcialmente/na íntegra

17/10

33

parcialmente/na íntegra

29/4

159

parcialmente/na íntegra

132/28

6. Percentagem de documentos facultados em relação ao conjunto do procedimento23

2010 2011 2012 2013 2014

70,9% 86,7% 77% 88,6% 64,9% 81,2% 67,6% 79,5% 75,9% 84,2%

7. Número de documentos mencionados no registo público + número de documentos públicos/descarregáveis

2010 2011 2012 2013 2014

1 545 7541 163 489

(75,3%)1 729 944

1 337 933 (77,3%)

1 915 7371 480 557

(77,3%)2 076 220

1 583 636(76,3%)

2 273 5811 760 045

(77,4%)

23 Com base nos documentos facultados na íntegra (coluna da esquerda) ou na íntegra + parcialmente (coluna da direita).

Page 23: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

22 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

8. Perfil profissional dos requerentes (pedidos iniciais)

2010 2011 2012 2013 2014

Sociedade civil

Consultores 7% 7,3%

Grupos de pressão

ambientais

27,9% 25,8% 25,8%

0,1%

29,4%

0,1%

28,5%Outros grupos de interesses

6,2% 6,7%

Setor industrial e comercial

10,4% 9,4%

ONG 5,7% 5%

Jornalistas 2,6% 3,3% 2,8% 1,8% 4,5%

Advogados 10,1% 10% 9,8% 10% 10,3%

Meio académico

Investigação universitária

Bibliotecas

32,5%33,7%

35,7%37,6%

32,2%33,4%

27,9%29,2%

30,5%31,7%

1,2% 1,8% 1,2% 1,2% 1,2%

Autoridades públicas (instituições não pertencentes à UE, representantes de países terceiros, etc.)

5,6% 5,4% 4,0% 4,4% 3,8%

Deputados do Parlamento Europeu e seus assistentes

1,1% 0,9% 1% 0,6% 0,4%

Outros 9,4% 5,3% 6,6% 5,8% 6%

Origem profissional não declarada

13,3% 13,5% 16,5% 18,8% 14,8%

Page 24: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 23

9. Perfil profissional dos requerentes (pedidos confirmativos)

2010 2011 2012 2013 2014

Sociedade civil

Consultores 4,4%

21,8%

3,5%

Grupos de pressão

ambientais

27% 19,3% 28,5%

0% 0%

27,7%Outros grupos de interesses

4,4% 3,5%

Setor industrial e comercial

0% 6,9%

ONG 13% 13,8%

Jornalistas 7,7% 11,5% 9,5% 0% 3,5%

Advogados 11,5% 15,4% 14,3% 13% 31%

Meio académico

Investigação universitária

Bibliotecas

42,3%42,3%

34,6%34,6%

23,8%23,8%

43,5%43,5%

24,1%24,1%

0% 0% 0% 0% 0%

Autoridades públicas (instituições não pertencentes à UE, representantes de países terceiros, etc.)

0% 0% 0% 0% 3,4%

Deputados do Parlamento Europeu e seus assistentes

0% 3,8% 4,8% 0% 0%

Outros 3,8% 7,7% 4,8% 4,3% 0%

Origem profissional não declarada

7,7% 7,7% 14,3% 17,4% 10,3%

Page 25: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

24 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

10. Repartição geográfica dos requerentes (pedidos iniciais)

2010 2011 2012 2013 2014

Bélgica 29,3% 30,5% 33,0% 28% 29%

Bulgária 0,2% 0,4% 0,1% 0,6% 0,1%

Croácia 0,1% 0,5% 0,2% 0,2% 0,1%

República Checa 1,1% 1% 0,7% 0,8% 1,8%

Dinamarca 1,6% 1% 0,6% 2,1% 2,3%

Alemanha 13,9% 14,5% 14,6% 18,5% 13,9%

Estónia 0,1% 0% 0% 0,2% 0,1%

Grécia 0,8% 0,7% 0,5% 1% 0,2%

Espanha 5,5% 3,5% 3,3% 3,3% 3,6%

França 7,5% 7,7% 7,3% 5,7% 6%

Irlanda 0,4% 0,7% 1,1% 0,9% 1,4%

Itália 5,4% 6,3% 5,6% 4,6% 4%

Chipre 0% 0,2% 0,1% 0,2% 0,1%

Letónia 0,1% 0,2% 0,1% 0,2% 0,1%

Lituânia 0,3% 0,1% 0% 0,5% 0%

Luxemburgo 1,3% 1,3% 1,2% 1,8% 1,6%

Hungria 0,7% 0,8% 0,2% 0,5% 0,3%

Malta 0,4% 0,2% 0,2% 0,1% 0,5%

Países Baixos 4,8% 7,6% 5,8% 5% 6,8%

Áustria 2,1% 1,9% 1,9% 2% 1,8%

Polónia 2,4% 1,6% 2,3% 1,7% 1,5%

Portugal 1,2% 0,9% 0,7% 0,4% 1%

Roménia 1% 0,2% 0,2% 0% 0,4%

Eslovénia 0,3% 0,2% 0,1% 0,2% 0,2%

Eslováquia 0,7% 0,3% 0,5% 0,1% 0,1%

Finlândia 0,5% 0,4% 0,6% 1% 1,1%

Suécia 2% 1,3% 1,2% 1,2% 1%

Reino Unido 9% 9,2% 11,5% 10,2% 9,6%

Países terceiros

Países candidatos

0,3% 0,5% 0,2% 0,2% 0,2%

Outros 6,5% 5,9% 4,2% 3,5% 4,1%

Não especificado 0,6% 0,9% 2,2% 5,5% 7,1%

Page 26: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 25

11. Repartição geográfica dos requerentes (pedidos confirmativos)

2010 2011 2012 2013 2014

Bélgica 28% 23,1% 38,1% 26,1% 27,6%

Bulgária 0% 0% 0% 0% 0%

Croácia 0% 0% 0% 4,3% 3,4%

República Checa 4% 0% 0% 0% 0%

Dinamarca 0% 3,9% 0% 0% 3,5%

Alemanha 20% 19,2% 19% 21,7% 6,9%

Estónia 0% 0% 0% 0% 0%

Grécia 0% 0% 0% 0% 0%

Espanha 4% 3,8% 0% 0% 0%

França 4% 7,7% 9,5% 4,4% 6,9%

Irlanda 0% 0% 0% 0% 3,5%

Itália 4% 7,7% 0% 4,4% 3,4%

Chipre 0% 0% 0% 0% 0%

Letónia 0% 0% 0% 0% 0%

Lituânia 0% 0% 0% 0% 0%

Luxemburgo 0% 0% 0% 0% 0%

Hungria 0% 0% 0% 0% 0%

Malta 0% 0% 0% 0% 0%

Países Baixos 4% 7,7% 4,8% 8,7% 6,9%

Áustria 0% 0% 0% 0% 6,9%

Polónia 4% 0% 0% 4,3% 0%

Portugal 0% 0% 0% 0% 0%

Roménia 0% 0% 0% 0% 0%

Eslovénia 0% 0% 0% 0% 0%

Eslováquia 0% 0% 0% 0% 0%

Finlândia 0% 0% 0% 4,4% 6,9%

Suécia 8% 0% 0% 0% 0%

Reino Unido 16% 23,1% 14,3% 4,4% 20,7%

Países terceiros

Países candidatos

4% 0% 0% 4,3% 0%

Outros 0% 0% 0% 4,3% 0%

Não especificado 0% 0% 14,3% 13% 3,4%

Page 27: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

26 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

12. Setor

2010 2011 2012 2013 2014

Agricultura e Pescas 3,9% 3,5% 5% 3% 4,9%

Mercado Interno 7,9% 8% 9,7% 11,7% 6,7%

Investigação 0,5% 0,4% 1% 2,1% 1,1%

Cultura 0,2% 0,2% 0,7% 0,5% 0,4%

Educação/Juventude 1,1% 0,4% 0,2% 0,6% 0,5%

Indústria 0,1% 0,1% 0% 0,4% 0,3%

Competitividade 1,5% 1,4% 1,6% 1,1% 1,1%

Energia 0,9% 2,1% 2,7% 2% 1,3%

Transportes 2,5% 1,5% 1,4% 2,6% 3,9%

Ambiente 10,7% 9,1% 7,6% 12,6% 13,1%

Saúde e Defesa do Consumidor 5,6% 3,6% 3,5% 4,5% 6,1%

Política Económica e Monetária 4,4% 5,9% 6,9% 8,7% 4%

Impostos – Fiscalidade 7,5% 12,5% 6,7% 3,7% 4,2%

Relações Externas – PESC 14,4% 12,8% 10,7% 8,1% 10,6%

Proteção Civil 0,1% 0% 0,6% 0,8% 0,6%

Alargamento 0,8% 1% 1,2% 0,4% 0,4%

Defesa e Questões Militares 4% 2,2% 2,7% 2,5% 0,8%

Ajuda ao Desenvolvimento 0,2% 0,1% 0% 0,4% 0,1%

Política Regional e Coesão Económica e Social

0% 0,1% 0,4% 0,1% 0,3%

Política Social 4% 2,7% 3,9% 5,2% 5,1%

Justiça e Assuntos Internos 14% 19,5% 18,1% 16,8% 23,4%

Questões Jurídicas 2,6% 3,1% 5,4% 5% 3,6%

Funcionamento das Instituições 2,1% 2,4% 2,4% 2,8% 2,8%

Financiamento da União (Orçamento, Estatuto)

0,1% 0,2% 0,8% 0,4% 0,2%

Transparência 0,3% 0,3% 1,2% 0,5% 0,5%

Questões de Política Geral 1% 0,6% 0,7% 1,1% 1,8%

Questões Parlamentares 5,3% 3% 2,5% 0,7% 0,5%

Diversos 0,6% 0,2% 0,2% 0,1% 0,2%

Page 28: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 27

13. Motivos de recusa de acesso (respostas dadas pelo Secretariado-Geral do Conselho na fase inicial)

2010 2011 2012 2013 2014

# % # % # % # % # %

Proteção do interesse público no que respeita à segurança pública

92 7% 93 8,9% 64 5,8% 58 3,8% 35 2%

Proteção do interesse público no que respeita à defesa e às questões militares

25 1,9% 15 1,4% 18 1,6% 9 0,6% 3 0,2%

Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais

319 24,2% 221 21,2% 226 20,5% 375 24,7% 455 25,8%

Proteção do interesse público no que respeita à política financeira, monetária ou económica da Comunidade ou de um Estado-Membro

6 0,5% 11 1,1% 0 0% 4 0,3% 0 0%

Proteção da vida privada e da integridade do indivíduo (proteção dos dados pessoais)

5 0,4% 2 0,2% 2 0,2% 2 0,1% 3 0,2%

Proteção dos interesses comerciais das pessoas singulares ou coletivas, incluindo a propriedade intelectual

0 0% 0 0% 0 0% 1 0,1% 1 0%

Proteção dos processos judiciais e das consultas jurídicas

11 0,8% 10 1% 7 0,6% 7 0,5% 13 0,7%

Proteção dos objetivos de atividades de inspeção, inquérito e auditoria

4 0,3% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção do processo decisório da Instituição

436 33,1% 426 40,9% 455 41,3% 556 36,7% 379 21,5%

Vários motivos combinados ou outros motivos

417 31,7% 264 25,3% 330 30% 503 33,2% 871 49,4%

Documento não está na posse do Conselho/Outro autor

1 0,1% 0 0% 0 0% 0 0% 4 0,2%

Page 29: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

28 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

14. Motivos de recusa de acesso (respostas dadas pelo Secretariado-Geral do Conselho na sequên-cia de pedidos confirmativos)

2010 2011 2012 2013 2014

# % # % # % # % # %

Proteção do interesse público no que respeita à segurança pública

24 38,1% 3 15,8% 0 0% 0 0% 1 0,4%

Proteção do interesse público no que respeita à defesa e às questões militares

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais

35 55,5% 15 78,9% 2 3,9% 20 69% 35 14,6%

Proteção do interesse público no que respeita à política financeira, monetária ou económica da Comunidade ou de um Estado-Membro

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção da vida privada e da integridade do indivíduo (proteção dos dados pessoais)

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção dos interesses comerciais das pessoas singulares ou coletivas, incluindo a propriedade intelectual

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção dos processos judiciais e das consultas jurídicas

0 0% 0 0% 1 2% 0 0% 3 1,2%

Proteção dos objetivos de atividades de inspeção, inquérito e auditoria

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção do processo decisório da Instituição

1 1,6% 0 0% 1 2% 1 3,4% 0 0%

Vários motivos combinados ou outros motivos

3 4,8% 1 5,3% 47 92,1% 8 27,6% 201 83,8%

Documento não está na posse do Conselho/Outro autor

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Page 30: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 29

15. Motivos de recusa em caso de acesso parcial (respostas dadas pelo Secretariado-Geral do Conselho na fase inicial)

2010 2011 2012 2013 2014

# % # % # % # % # %

Proteção do interesse público no que respeita à segurança pública

56 4,1% 49 4,4% 44 4,8% 28 3,2% 35 4,6%

Proteção do interesse público no que respeita à defesa e às questões militares

4 0,3% 1 0,1% 2 0,2% 5 0,6% 2 0,3%

Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais

164 12% 323 29,3% 174 18,8% 57 6,6% 184 24%

Proteção do interesse público no que respeita à política financeira, monetária ou económica da Comunidade ou de um Estado-Membro

0 0% 0 0% 0 0% 1 0,1% 0 0%

Proteção da vida privada e da integridade do indivíduo (proteção dos dados pessoais)

57 4,2% 35 3,2% 125 13,5% 46 5,3% 64 8,3%

Proteção dos interesses comerciais das pessoas singulares ou coletivas, incluindo a propriedade intelectual

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 2 0,3%

Proteção dos processos judiciais e das consultas jurídicas

111 8,1% 58 5,2% 18 1,9% 32 3,7% 57 7,4%

Proteção dos objetivos de atividades de inspeção, inquérito e auditoria

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção do processo decisório da Instituição

707 51,6% 422 38,3% 334 36,1% 525 60,5% 180 23,5%

Vários motivos combinados ou outros motivos

270 19,7% 215 19,5% 228 24,7% 173 20% 242 31,6%

Documento não está na posse do Conselho/Outro autor

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Page 31: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

30 RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 | PT | 2015

16. Motivos de recusa em caso de acesso parcial (respostas dadas pelo Secretariado-Geral do Conselho na fase confirmativa)

2010 2011 2012 2013 2014

# % # % # % # % # %

Proteção do interesse público no que respeita à segurança pública

0 0% 1 6,7% 3 13% 1 3,5% 0 0%

Proteção do interesse público no que respeita à defesa e às questões militares

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção do interesse público no que respeita às relações internacionais

21 26,2% 6 40% 2 8,7% 0 0% 95 72%

Proteção do interesse público no que respeita à política financeira, monetária ou económica da Comunidade ou de um Estado-Membro

0 0% 0 0% 0 0% 1 3,5% 0 0%

Proteção da vida privada e da integridade do indivíduo (proteção dos dados pessoais)

1 1,3% 0 0% 1 4,4% 1 3,4% 2 1,5%

Proteção dos interesses comerciais das pessoas singulares ou coletivas, incluindo a propriedade intelectual

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1 0,7%

Proteção dos processos judiciais e das consultas jurídicas

0 0% 1 6,7% 1 4,4% 5 17,2% 0 0%

Proteção dos objetivos de atividades de inspeção, inquérito e auditoria

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Proteção do processo decisório da Instituição

12 15% 2 13,3% 1 4,3% 15 51,7% 3 2,3%

Vários motivos combinados ou outros motivos

46 57,5% 5 33,3% 9 65,2% 6 20,7% 31 23,5%

Documento não está na posse do Conselho/Outro autor

0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

Page 32: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

2015 | PT | RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014 31

17. Número médio de dias úteis para responder a um pedido ou a uma queixa apresentada ao Provedor de Justiça Europeu

2010 2011 2012 2013 2014

Para os pedidos iniciais24

17 (2 764 pedidos

encerrados)

16 (2 116 pedidos

encerrados)

16 (1 871 pedidos

encerrados)

18 (2 212 pedidos

encerrados)

17 (2 443 pedidos

encerrados)

Para os pedidos confirmativos25

28 (28 pedidos encerrados)

29 (27 pedidos encerrados)

28 (23 pedidos encerrados)

26 (25 pedidos encerrados)

27 (40 pedidos encerrados)

Média ponderada (iniciais + confirmativos)

17,11 16,16 16,15 18,09 17,16

Provedor de Justiça 50 32 64 0 57,5

18. Número de pedidos com prazo prolongado em conformidade com o artigo 7.º, n.º 3, e com o artigo 8.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 1049/2001

2010 2011 2012 2013 2014

Pedidos iniciais773 de 2 764, ou seja, 28% dos pedidos

513 de 2 116, ou seja, 24,2% dos pedidos

452 de 1 871, ou seja, 24,2% dos pedidos

587 de 2 212, ou seja, 26,5% dos pedidos

589 de 2 445, ou seja, 24,1% dos pedidos

Pedidos confirmativos 25 [de 28] 24 [de 27] 20 [de 23] 21 [de 25] 39 [de 40]

24 Estes números compreendem tanto os pedidos iniciais apresentados nos termos do artigo 7.º do Regulamento (CE) n.º 1049/2001 como os chamados “pedidos do artigo 6.º, n.º 3”.

25 Os pedidos confirmativos são analisados pelo Grupo da Informação do Conselho e pelo Comité de Representantes Permanentes (2.ª Parte). As respostas dos requerentes são aprovadas pelo Conselho.

Page 33: BELGIQUE/BELGIË SOBRE O ACESSO

ISBN 978-92-824-4224-1doi:10.2860/96378

RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO SOBRE O ACESSO AOS DOCUMENTOS – 2014

Rue de la Loi/Wetstraat 1751048 Bruxelles/BrusselBELGIQUE/BELGIËTel. +32 (0)2 281 61 11www.consilium.europa.eu

ISSN 2443-5627

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ISBN 978-92-824-5223-3 ISBN 978-92-824-5262-2

doi:10.2860/982962 doi:10.2860/2943

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