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Edição 115 da revista Beach&Co - Janeiro 2012

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Primórdios da primeira Vila do Brasil

O verde ganha espaço em Praia Grande

22 30

Foto Flávia Souza Foto Flávia Souza

Centro histórico 10

Música 46

Tecnologia 68

Livro 74

Curiosidade 80

Sustentabilidade 88

Turismo Internacional 92

Empreendedorismo 100

Gastronomia 104

Moda 112

Conceito Chic 116

Flashes 118

Destaque 128

Celebridades em foco 130

E mais...

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Capa

Bolsa Oficial de Café, símbolo do apogeu econômico da cidade de Santos

Foto Tadeu Nascimento/PMS

Foto Arquivo/Pedro Rezende

pág. 60São Sebastião

Mascote santista assume seu lugar

Itanhaém, nova etapa do Passos de Anchieta

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Foto Luciana SoteloFoto Flávia Souza

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ao leitor

Onde a história se E mais...

ANO XI - Nº 115 - janeiro/2012

Beach CoA R e v i s t a d o L i t o r a l .

A revista Beach&Co

é editada pelo Jornal Costa Norte

Redação e Publicidade

Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP

Fone/Fax: (13) 3317-1281

www.beachco.com.br

[email protected]

Diretor - Presidente

Reuben Nagib Zaidan

Diretora Administrativa

Dinalva Berlofi Zaidan

Edição

Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

[email protected]

Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan

[email protected]

Criação e Diagramação

PP7 Publicidade

www.pp7.com.br | [email protected]

Direção de Arte e Diagramação: Audrye Rotta

Marketing e Publicidade

Ronaldo Berlofi Zaidan

[email protected]

Depto. Comercial

Aline Pazin

[email protected]

Revisão

Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP)

Colaboração

Belisa Barga, Bruna Vieira Guimarães, Edson

Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, Gabriela

Montoro, Leandro Saadi, Luci Cardia, Luciana

Sotelo, Karlos Ferrera e Marcos Neves Fernandes

Circulação

Baixada Santista e Litoral Norte

Foto Tadeu Nascimento/PMS

A riqueza e a suntuosidade de uma época marcada pelos padrões sociais e mo-dismos importados da Europa, ainda estão bem vivas no dia a dia dos santistas e de quem circula pelas ruas centrais do município. Uma época memorável que ficou registrada nas edificações que pontuam no bairro, construídas entre meados do século XIX e início do XX.

Tal desenvolvimento foi alicerçado na exportação do café, enviado para o mundo inteiro por meio do maior porto da América Latina. Todavia, a famosa queda da Bolsa de Nova York, em 1929, repercutiu de forma desastrosa na cidade, cuja economia esta-va atrelada basicamente a um único produto.

Os chamados barões do café, exportadores do grão, por sua vez, tinham como clien-tes, em grande parte, os americanos. O resultado é bem fácil de imaginar. Falidos, aos poucos abandonaram seus palacetes e mansões, e migraram para bairros mais afasta-dos e baratos ou deixaram a cidade.

Os palacetes e mansões, abandonados, foram ocupados, aos poucos, por pessoas menos afortunadas, basicamente trabalhadores da área portuária.

Do apogeu ao declínio, hoje a situação começa, novamente, a se inverter, graças à política de preservação e recuperação dos imóveis históricos, por meio de parceria público-privada. As edificações, agora, servem de atrativos turísticos, sede de grandes empresas, restaurantes e casas de show.

A ascensão tem sido lenta, mas firme. E o Centro de Santos começa, mais uma vez, a figurar como importante local de turismo e negócios, estes, agora, impulsionados, pelo chamado ouro negro.

faz presente

Salão interno do Palácio José Bonifácio

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Comércio ativo, restaurantes e conjuntos empresariais convivem harmonicamente com palacetes construídos nos áureos tem-pos do café, na área hoje conhecida como centro histórico. São alguns quadriláteros bem no miolo da cidade que, aos poucos, metamorfoseiam-se graças à restauração e conservação de algumas das preciosidades que ainda restam de tempos memoráveis. Se ainda não é o ideal, tampouco lembra o cenário de degradação e abandono que imperava no Centro há menos de dez anos.

Os resultados dessa recente retomada, advindos do projeto de revitalização Alegra Centro, já são perceptíveis no incremento da economia do bairro, fruto do aumento no fluxo de pessoas e na conscientização de que é preciso preservar os símbolos do passado para que sirvam de referência para as gerações futuras. “A história do Centro é a história de Santos”, diz a historiadora e professora Wilma Therezinha de Andrade.

Uma observação mais atenta aos deta-

lhes das edificações antigas revela modos de vida de uma sociedade rica e afinada com os estilos europeus, então vigentes em meados do século XIX. As diferenças entre o antigo e o moderno são perceptíveis nas construções. Casarões com minuciosos e caprichosos detalhes, esculturas em rele-vo e vitrais harmonizam-se com arrojados arranha-céus. Contrastes simultâneos no bairro que se firma cada vez mais como pólo de turismo, cultura, entretenimento e negócios, impulsionados, principalmen-te, pelo pré-sal. “A cidade em seu conjunto é histórica. O que for construído derivará das formas contemporâneas e serão usa-das técnicas para harmonizar o novo com o antigo”, avalia o arquiteto Fábio Serrano, mestre em arquitetura e urbanismo.

Importância históricaSantos entrou em um novo período de

sua história a partir de sua elevação, da condição de vila para a de cidade, em 26

História preservada,

Requinte, glamour e suntuosidade nas edificações históricas, construídas em ruas estreitas de paralelepípedos, e iluminadas ao estilo colonial. Tal é o panorama que se vislumbra no Centro de Santos, testemunha de uma época rica e agitada e que, lentamente, revive como importante local de turismo e negócios

identidade fortalecida

Wilma Therezinha afirma que o centro histórico

concentra a maior parte dos monumentos e sítios que

interessa ao passadoe presente dos santistas

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Por Belisa Barga

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de janeiro de 1839. O crescimento econô-mico motivado pela exportação do café na segunda metade do século XIX colocou a cidade em um patamar nunca antes visto. “Antes disso, Santos viveu nas imediações do Outeiro de Santa Catarina e Valongo por mais de três séculos. A região central é o núcleo histórico e foi construído nesse período”, explica Wilma Therezinha.

A Casa de Câmara e Cadeia - hoje, Ca-deia Velha, foi erguida nesse período, em 1866, após trinta anos de obras. Foi de grande importância histórica, pois sediou a Intendência (atual prefeitura), Câmara Municipal, Fórum, Delegacia de Polícia, e funcionou como cadeia por mais de oitenta anos. Nessa época, era habitual que auto-ridades ocupassem os andares superiores dos alojamentos dos presos, numa simbo-logia do bem, representado pela lei, acima do mal, ou seja, dos infratores.

As riquezas do café impactaram nas arquiteturas do Centro à época. Para Wil-ma, “essa área concentra a maior parte dos monumentos e sítios que interessa ao pas-sado e presente dos santistas”. Uma delas é a Casa da Frontaria Azulejada, de 1865,

Estação do ValongoLocalizada no Largo Marquês de Monte Alegre, trata-se de

uma réplica em menor escala da Victoria Station de Londres. Construída em 1867 por ingleses, tem características vitorianas e emprego de elementos arquitetônicos pouco usuais no Brasil, como telhados próprios para escoar neve. Ladeando a torre do relógio, dois leões, símbolos do poder britânico no século XIX. Atual sede da Secretaria de Turismo da cidade.

Empresários recebem incentivos fiscais para recuperar e dar destino comercial aos prédios históricos, desde que mantidas as características originais das fachadas

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Theatro GuaranyPrimeiro edifício construído para ser um teatro

em Santos, inaugurado em 1902. Sediou eventos artísticos e culturais, além de ter sido palanque de discursos abolicionistas como os de José do Patro-cínio, e de republicanos. Foi reformado e voltou a funcionar em 2008.

definida pela historiadora como uma joia arquitetônica santista, cuja fachada é toda adornada com azulejos portugueses azuis e amarelos em relevo feitos à mão.

A ferrovia São Paulo Railway foi inau-gurada em 1866, a fim de escoar mais ra-pidamente a produção de café do interior para o litoral. Essa obra modificou a paisa-gem de mangue do bairro do Valongo, que foi aterrado para a instalação da estação de trem homônima. O arquiteto Fábio Serra-no explica que esta construção provocou o primeiro movimento preservacionista da cidade, pois implicava na demolição do Convento e da Igreja Santo Antônio do Va-longo, sendo esta salva pela intervenção do imperador D. Pedro II.

A sociedade elitista de então, alicerçada pelos barões do café, influenciou diretamen-te na construção do Theatro Guarany, inau-gurado em 1892. Foi o primeiro prédio edifi-cado com a finalidade de servir como teatro, ostentando o luxo de seus idealizadores.

Entre o final do século XIX e início do século XX, a zona residencial nobre ficava nos bairros da Vila Nova e, principalmen-te, Paquetá, hoje bairro tido como decaden-te. Como as distâncias entre os bairros da

Detalhe da escadaria interna do Palácio José Bonifácio, sede da prefeitura,

um dos poucos prédios preservados remanescentes do período do café

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turismo

Alegra em números- Entre 2003 e 2010, foram rea-

lizadas 431 obras de restauração, conservação ou reforma de imó-veis e aumento de 46% no nú-mero de empresas instaladas na área de abrangência do projeto.

- Entre 2006 e 2010, a quan-tidade de locais deteriorados reduziu 29% e houve queda de fechamentos de 62%.

Fonte Seplan

Casa da Frontaria Azulejada

Hoje tombada, foi constru-ída em 1865, em estilo neo--clássico pelo comendador Manoel Joaquim Ferreira Neto para servir como residência e comércio. Recuperada no iní-cio dos anos 1990, atualmente pertence à Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS). Desde dezembro de 2007 abri-ga o maior espaço cultural do centro histórico, o Espaço Cul-tural Frontaria Azulejada.

cidade eram consideradas muito grandes, pelos padrões da época, os ricos residiam em palacetes de estilo eclético na área cen-tral e possuíam chácaras na orla para pas-sar os finais de semana.

Fim de uma eraA necessidade de um local adequado

para negociar a produção do café na pra-ça de Santos, maior economia cafeeira do mundo, resultou na construção da mais

importante edificação do período áureo do café, em 1922: a Bolsa de Café, localizada estrategicamente próxima ao porto, e en-tregue por ocasião das comemorações do centenário da Independência do Brasil.

Não foram poupados recursos para uma construção luxuosa e exuberante. Logo na entrada, uma escultura representando Ce-res, deusa da agricultura e fertilidade, pa-rece observar o porto, enquanto que, ao seu lado, Mercúrio, deus dos negócios, vigia o

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Prédio sede da Associação Comercial de Santos, construído em 1924, tem estilo eclético com influência barroca

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15Beach&Co nº 115 - Janeiro/2012

progresso das exportações via cais. A torre do relógio, com 40 metros de

altura, utilizada para convocar sessões do pregão, é ornada por figuras que represen-tam elementos essenciais para o sucesso do grão: a indústria, o comércio, a lavoura e a navegação. “A imponência da Bolsa ainda repercute admiração de quem passa pelo Centro”, considera Wilma Therezinha.

Apesar da ascensão econômica, o muni-cípio não acompanhou o ritmo do desen-volvimento em questões que envolviam a saúde pública da população, e o Centro, aos poucos, perdeu a nobreza residen-cial. “Faltava infraestrutura de moradias e água. A sujeira causada pelo trânsito de animais, as pragas urbanas e as constantes epidemias fizeram com que os mais abasta-dos saíssem da região central e fossem para a orla, toda ela chamada então de Embaré”, explica a historiadora.

A ascensão da economia foi interrompi-da pela crise de Nova Iorque, em 1929, que interferiu na economia de Santos, levando muitos barões, cujos maiores compradores eram dos Estados Unidos, à falência. Esse foi o episódio inicial do enfraquecimento do café e do declínio do Centro de Santos.

Os luxuosos imóveis do passado foram abandonados, depredados e ocupados por

Bolsa Oficial de Café Inaugurada durante as solenidades do centenário da

Independência, em 1922, é uma das grandes representan-tes do período eclético, com composições clássicas, renas-centistas e barrocas, já na fachada. Erguida em concreto armado, é resultado de um projeto francês inspirado no renascimento italiano. Hoje abriga o Museu do Café, um espaço para exposições, além de uma cafeteria.

Igreja Santo Antônio do Valongo: símbolo do primeiro movimento

preservacionista da cidade

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famílias de baixa renda, que os transforma-ram em cortiços. Outros ficaram em condi-ções de ruínas, provocadas principalmente por incêndios que atingiram as edificações, como foi o caso do Theatro Guarany. O pré-dio, depredado, foi tombado em 1980 e, um ano depois, teve seu interior ruído por um incêndio, resultando no seu total abandono. O Outeiro de Santa Catarina, apesar do reco-nhecimento histórico de que foi o marco do início da povoação de Santos, ficou abando-nado por anos e virou um cortiço. Em 1985, totalmente depredado, foi tombado.

A Casa da Frontaria Azulejada, com o passar dos anos, funcionou como es-critório, hotel, armazém de cargas e até como depósito de fertilizantes. Após um incêndio que destruiu o local na déca-da de 1950, ficou em ruínas. Em 1973, o prédio foi tombado, tornando-se proibida sua utilização para estocagem de produ-tos químicos. Treze anos depois a casa, já sem teto e piso superior, foi desapropria-da pelo poder municipal.

Lojas fecharam sucessivamente e, as que sobraram, viveram períodos de crise. As casas fechadas davam um aspecto sombrio às ruas. Tais condições, aliadas a fatores políticos e à estagnação portuária tornaram

ColiseuNo final do século XIX, a Cia. Coliseu Santista era um ginásio

com arquibancadas e pista para corrida de bicicletas, transfor-mando-se, em 1909, por meio de Francisco Serrador, na primei-ra versão do teatro. Em 1924, foi inaugurado o Coliseu Santista, em estilo arquitetônico eclético com influência italiana. Tomba-do em 1989, foi totalmente restaurado e hoje novamente é palco de importantes apresentações artístico-culturais.

Detalhe da Rua do Comércio com Igreja Santo Antônio do Valongo ao fundo

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17Beach&Co nº 115 - Janeiro/2012

o Centro, antes movimentado e economica-mente ativo, um bairro decadente.

Alegra SantosApós sobreviver ao declínio econômi-

co-cultural das décadas de 1980 e 1990, a região central ganhou um novo alento em 1995, com a reforma do Outeiro de Santa Catarina, num indício de esforços para a revitalização do bairro. Nos anos 2000, a prefeitura de Santos iniciou um processo de preservação da riqueza histórica e ar-quitetônica da cidade, por meio da restau-ração de imóveis públicos, recuperação de vias e praças e parceria com empresas inte-ressadas em se instalar na região.

A primeira providência foi recolocar nos trilhos o bonde, em caráter turístico, para atrair moradores e turistas. O resul-tado foi o aumento gradativo no fluxo de pessoas na região central. Depois, o mu-nicípio ancorou a revitalização ao intervir nos teatros Coliseu e Guarany - reabertos como importantes pólos culturais.

A instalação do Poupatempo, pelo go-verno estadual, nos antigos armazéns da Ceagesp, também tem sido um fator pre-ponderante para a movimentação de pes-

soas pela região. Recentemente, foi entre-gue a nova sede da Câmara de Vereadores, que agora ocupa as dependências do an-tigo quartel do Corpo dos Bombeiros, co-nhecido como Castelinho.

O sucesso das iniciativas motivou a se-cretaria de Planejamento (Seplan) a elabo-rar o Programa de Revitalização e Desen-volvimento da Região Central Histórica de Santos, conhecido como Alegra Centro, vigente desde fevereiro de 2003.

O programa oferece até sete tipos de in-centivos fiscais para donos de imóveis da re-gião histórica que aceitem recuperá-los e dar destino comercial ao local. “A ideia é atrair entretenimento para o bairro, gerar fluxo fi-nanceiro e preservar nossa história, através da manutenção do acervo de prédios”, ex-plica Bechara Neves, titular da pasta.

Para garantir esses benefícios é preciso seguir as recomendações de recuperação de cada imóvel para manter as caracterís-ticas originais das fachadas. A Rua XV de Novembro já revive os tempos em que era o termômetro da economia do café. Parale-lepípedos substituem o asfalto da vetusta rua, iluminada novamente por postes em estilo colonial, cujas fiações foram instala-

Palácio José Bonifácio O prédio onde hoje funciona

o Paço Municipal foi inaugurado em 1939, nas comemorações do centenário de elevação da Vila de Santos à cidade. Inspirado no Palácio de Versalhes, foi proje-tado em estilo eclético. Sua im-ponência se faz presente já pela escolha dos materiais de acaba-mento, como mármore italiano, jacarandá e lustres de cristal.

Bonde turístico em frente ao Outeiro de Santa Catarina, marco do início da povoação de Santos, em 1532

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O projeto Porto Valongo, na faixa do cais, entre os armazéns 1 e 8, im-plementará um novo cenário à região. Entre as âncoras estão a construção do Museu Pelé; a instalação da base oce-anográfica da USP; uma marina, novo terminal de cruzeiros e o Museu do Porto, além das três torres da Unidade de Negócios da Petrobras e o Parque de

Tecnologia e Conhecimento.O projeto segue exemplos bem suce-

didos de outras cidades portuárias do mundo, como as europeias Barcelona, Gênova, Marselha, a australiana Sidney, as norte-americanas Los Angeles, Hous-ton e Baltimore, além da vizinha Buenos Aires, que têm, assim como Santos, o porto nos arredores da área urbana.

Sérgio Aquino, secretário de assun-tos portuários, diz: “Vamos revitalizar a região, destacar a história, criar atra-ções turísticas e incrementar a econo-mia em função do pré-sal e o conse-quente crescimento imobiliário”.

Se há menos de um século o café era símbolo das construções, hoje a vez é do ouro negro.

das no subsolo. Os casarões ao longo da via não são mais ocupados pelos barões: funcionam como bares, restaurantes e ca-sas noturnas.

“A música e o movimento das pessoas no Centro não atrapalham por não ser um bairro residencial. Além disso, trazer o pú-blico para os casarões desperta o interesse de saber mais sobre o lugar, tornando um propagador e também um aliado para lutar pela conservação da história”, diz Neves.

Na visão de Fábio Serrano, “antes não havia interesse em preservar o passado. Hoje há maior consciência sobre a preser-vação porque a cidade ganha com seu pas-sado valorizado.”

Nova etapaA segunda fase do programa, chamada

Alegra Centro Habitação visa recuperar as construções erguidas nos séculos passa-dos, que ainda resistem à ação do tempo nos bairros do chamado centro expandi-do (Vila Nova, Vila Mathias e Paquetá), transformadas em cortiços. O objetivo é reformar essas casas e transformá-las em habitações dignas.

A terceira fase do projeto, já em anda-mento, com entrega prometida para 2014, é o Alegra Centro Tecnologia, que dará no-vos ares ao cais santista do Valongo, pro-movendo a harmonia entre os monumen-tos históricos e as novas arquiteturas.

Região do centro histórico, que entra em nova fase de desenvolvimento

O futuro

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“A cidade em seu conjunto é histórica. O que for

construído derivará das formas contemporâneas e

serão usadas técnicas para harmonizar o novo com o antigo”, diz Fábio Serrano

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Raízes do BrasilElas estão bem pertinho, na pioneira cidade de SãoVicente, cujas agitadas e concorridas ruas centraisguardam marcos históricos de seus 480 anos.

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Pequena no seu conjunto urbano, mas vasta em território, a cidade é uma das mais privilegiadas pela natureza em todo o litoral paulista. Encravada numa baía tran-quila, permite que se aviste, de seus pontos mais altos, toda a orla da Ilha de São Vi-cente, na qual compartilha o espaço com a vizinha Santos.

Caminhar pelas ruas do centro de São Vicente é uma das opções para quem visita a cidade. O ponto de partida é a Biquinha de Anchieta, localizada em frente à Praça 22 de Janeiro, próxima à Praia do Gonza-guinha. Existente desde 1553 e feita com belos azulejos portugueses trabalhados a mão, é o local onde o padre jesuíta homô-nimo bebia água e reunia os indígenas para catequizá-los. Aproveite a parada para apreciar os tradicionais doces da cidade.

Logo ao lado, encontra-se o Parque Ipu-piara. Com extensas áreas livres e arboriza-das, abriga o Centro Cultural da Imagem e do Som, com cinema, espaço para exposi-ções e mostra permanente de livros, discos de vinil e CDs antigos.

Logo à frente do parque não deixe de visitar a Casa Martin Afonso, considerada Marco Zero do Brasil. Nela residiu o funda-dor da cidade durante o ano em que viveu no país. Hoje funciona como museu e uma das curiosidades é a primeira parede ergui-da em alvenaria em terras tupiniquins. A casa de Martim Afonso fica na Praça 22 de Janeiro, 469, Gonzaguinha.

Na Praça João Pessoa, a poucos metros dali, encontra-se a Igreja Matriz. O primei-ro prédio a abrigar o templo foi construído

Por Flávia Souza

Parque Ipupiara possui extensas áreas livres e arborizadas, assim como o marco zero da cidade

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por Martim Afonso de Sousa, em 1532, pró-ximo à praia onde foi realizada a cerimônia de fundação oficial da Vila de São Vicente. A construção foi destruída por um mare-moto, que varreu a cidade em 1542.

A segunda sede foi erguida pelo povo em local mais distante do mar, mas foi des-truída por piratas que atacaram São Vicen-te para saquear o comércio e as casas. Em 1757, a atual igreja foi reconstruída sobre as ruínas da anterior, onde permanece até hoje. Seu nome é uma homenagem a São Vicente Mártir, santo espanhol que deu nome à cidade e hoje é seu padroeiro.

À frente da Igreja está o Parque Cultu-ral Vila de São Vicente. O local reproduz a arquitetura, usos e costumes da primeira ci-dade do Brasil, colonizada por portugueses. No parque, os visitantes podem conhecer o cotidiano colonial do século XVI em diver-

Ponte Pênsil data de 1914 e foi a primeira do gênero construída no Brasil

Teatro ao ar livreEm homenagem aos 480 anos de

São Vicente, completados dia 22 pas-sado, uma equipe renomada composta pelos atores Murilo Rosa, Emanuelle Araújo, Alexandre Slaviero, Matheus Nachtergaele e Nuno Leal Maia, com-

põe o elenco principal da 30ª Encena-ção da Fundação da Vila de São Vi-cente, espetáculo imperdível que teve início dia 21 e segue até o dia 28 deste mês, na praia do Gonzaguinha.

O enredo intitulado As Profecias Maias conta com o apoio de 1.200 atores. No

maior teatro em areia de praia do mundo, Murilo Rosa encarna o fundador da cidade, Martim Afonso de Sousa, enquanto Matheus Nachtergaele é o responsável pela narração do espetáculo.

A expectativa é de que aproximadamente 56 mil pessoas assistam ao show, durante o período.

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sos espaços culturais que homenageiam im-portantes personagens da história vicentina e brasileira na região. Lojas de artesanato, restaurante e atores também reproduzem o estilo da época da fundação da vila.

Bem próximo ao centro histórico, des-ponta a belíssima Ponte Pênsil. Cartão postal número um do município, foi a pri-meira do gênero construída no Brasil. Hoje tombada como patrimônio histórico, foi inaugurada em 21 de maio de 1914, reve-

lando-se fundamental no desenvolvimento da região.

Para uma visão panorâmica de São Vi-cente, visite o Memorial 500 anos, no alto da Ilha Porchat. Projetado pelo mundial-mente famoso Oscar Nyemeyer, o mirante chama a atenção por sua beleza e design arrojado. Da ilha, aliás, se descortina uma das mais belas vistas da orla vicentina e santista, e parte da cidade de Guarujá, do outro lado do estuário.

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Memorial 500 anos, no alto da Ilha Porchat (ao lado) e a famosa Biquinha de Anchieta, existente desde 1553

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A cidade é conhecida por uma orla imensa, tão vasta, que até lhe inspirou o nome - Praia Grande. Mas, um novo ambiente começa a ser traçado pelos inúmeros e belos

jardins e parques que pintam de verde suas áreas urbanas

Por Flávia Souza

Praia Grande tem um nome que sin-tetiza a geografia do município, privi-legiado por uma orla que se perde de vista. Mas a mão do homem colaborou e a transformou, também, numa cidade verde. Afinal, são 13 praças, um parque e um bosque, além dos muitos canteiros que permeiam as principais avenidas e orla da praia.

O efeito colorido proporcionado pelas plantas e flores deixam as ruas mais belas e prazerosas, oferecendo mais qualida-de de vida à população fixa e flutuante.

Aliás, este é o objetivo perseguido pelo poder municipal, como explica o secretá-rio de Serviços Urbanos de Praia Grande (Sesurb), Denys dos Santos Fonseca. “O projeto é revitalizar todas as praças da cidade. Colocamos árvores, gramados e brinquedos e, assim, transformamos um pequeno espaço em uma área de lazer para toda a família. Ao mesmo tempo valorizamos a flora regional, atraímos pássaros e garantimos uma qualidade de vida melhor às pessoas”.

Dentre as áreas verdes da cidade,

O verde também tem seu espaço

Cidade possui 13 praças, um bosque, um parque e diversos canteiros nos bairros e principais avenidas

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turismo

destaque para a Área de Lazer Ézio Dall’ácqua, conhecida popularmente como Portinho. Um delicioso parque público, onde é possível reunir a família e amigos, pescar, apreciar a baía ou sim-plesmente tirar uma soneca embaixo de uma árvore.

Lá é comum ver amigos reunidos em volta da churrasqueira, enquanto as crianças brincam nos parquinhos. Outros relaxam sentados na grama, curtindo o verde do local, e também há os adeptos da pescaria. Próximo, um grupo joga futebol. Os mais radicais pilotam suas motos, em manobras e saltos na pista de

motocross. No fim da tarde todos podem vislumbrar o show do por do sol nas margens do Mar Pequeno.

No local, é possível esquecer que se está dentro da cidade, com seus shop- pings lotados e trânsito agitado, tão comum em época de férias. O parque ainda conta com espaço para a prática de diversos outros esportes, como tênis, basquete e vôlei.

O Portinho, instalado ao lado do Portal de Praia Grande, na entrada do municí-pio, possibilita a atividade de navegação com barcos à vela, remo ou embarcações de pesca profissional, no Rio Pequeno.

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Outra área diferenciada, a poucos metros do Portinho, é o Pólo Esportivo e Cultural Estácio Vanderline, no bair-ro Tude Bastos. Com 89 mil m2, o local possui área de lazer arborizada, pistas de kart e de atletismo, muito utilizadas para a prática de caminhadas e corridas.

Neste bosque, as crianças se diver-tem nos brinquedos instalados, apren-dem a andar de bicicleta nas ciclovias apropriadas e empinam pipa. Os pais acompanham, e também utilizam os equipamentos das duas miniacademias, os quiosques ou simplesmente admi-ram as belas flores e mudas do orqui-

dário. Um galpão coberto ainda abriga grupos que fazem apresentações cul-turais e esportivas, como capoeira, por exemplo. Espelho d’água e mesas para jogos compõem o visual.

Silmara Pires, professora de fotogra-fia, costuma frequentar o lugar com seus alunos. “Quando a aula é externa, esse é um dos melhores lugares para vir, em Praia Grande. Isso porque, além de bo-nito, temos muitas opções para trabalhar enquadramento e composição fotográfi-ca. Mas o mais interessante é a segurança que a área proporciona.”

São espaços que atraem pela beleza e

Equipamentos infantis e paisagismo valorizam as áreas verdes e deixam a cidade mais bonita

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facilidade de acesso, sem falar que “eles deixam a cidade mais bonita, o ambien-te mais saudável e é um lugar gostoso para relaxar”, segundo a dona de casa Roberta Guedes.

Roberta costuma levar seus filhos na Praça Paul Harris, no Forte. Com cinco playgrounds e belo paisagismo, o local é frequentemente usado também como palco para diversos ensaios fotográficos. “As crianças realmente se divertem ali, e as fotos que tiramos no local ficam lin-das, porque é uma área inspiradora”.

Como se vê, a cidade da praia imensa, também é o lugar ideal para quem curte o verde e paisagens bucólicas. Um novo aspecto a ser descoberto.

Área de lazer Ézio Dall’ácqua, conhecida como Portinho

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Pedra que chora. Esse é o significado do termo Itanhaém, em tupi-guarani, e que foi dado à cidade devido ao som murmu-rante da arrebentação violenta do mar em alguns pontos da sua costa. Sussurro ouvi-do várias vezes pelos jesuítas, séculos atrás e, agora, pelos peregrinos que refazem os Passos de Anchieta, ou seja, antigas rotas de passagem e descanso dos catequizado-res, na segunda metade do século XVI.

Maria Tereza Leal Diz, 62 anos, mora-dora de Itanhaém, já fez o trajeto até Ber-tioga e planeja fazer a caminhada completa até Ubatuba. “Eu adoro caminhar. Faço isso diariamente. Por anos fiz o trajeto de Peruíbe à Iguape a pé. E agora criaram essa nova rota, os Passos dos Jesuítas, que é bastante interessante. Fazendo o trajeto,

Por Flávia Souza

Passos em

Itanhaém A segunda cidade mais antiga do Brasil, com 479 anos, também é a segunda no roteiro turístico Passos dos Jesuítas - Anchieta, que contempla todo o litoral paulista e já atrai peregrinos de várias partes do país

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descobri que têm lugares daqui que eu simplesmente não conhecia”.

Ela conta que não encontrou qualquer di-ficuldade no percurso e que vale a pena tan-to para quem curte a natureza quanto para quem prefere uma paisagem mais urbana.

O peso da história aliado à bela paisa-gem de Itanhaém faz com que o município seja um prato cheio para o peregrino. A herança cultural deixada pelos jesuítas no início do povoamento na região é marcante e se faz presente a cada passo do itinerário.

O caminhoParte da Avenida Governador Mario Co-

vas, sempre em direção norte até o segundo

pórtico eletrônico do trajeto - o primeiro fica em Peruíbe. Após passar o cartão no pórtico e ter sua posição atualizada via internet, o caminhante pode optar por conhecer o Po-cinho de Anchieta, na praia do Cibratel.

Segundo a lenda, o lugar foi construído pelos índios, instruídos pelo próprio José de Anchieta para aprisionamento dos pei-xes durante o inverno, quando a pesca era mais abundante.

De volta ao roteiro principal, o andarilho segue até a Gruta Nossa Senhora de Lour-des. Instalada entre as praias do Sonho e Ci-bratel, é mais um ponto para observar uma das mais belas paisagens de Itanhaém: o costão rochoso do morro do Paranambuco.

Pórticos eletrônicos orientam todo o percurso

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Ao lado da gruta tem início a passarela de 220 metros que leva o caminhante até a Cama de Anchieta. Placas afixadas so-bre a passarela contam aspectos da vida do padre, que costumava descansar na formação rochosa em formato de cama encravada entre o costão da praia e o mar. Além de relaxar, o beato também costu-mava usar o local em busca de inspiração para compor seus poemas.

Rumo ao norte, sentido Morro Para-nambuco, encontram-se os Painéis de An-chieta, instalados no Reservatório Cibratel II, da Sabesp, e que retratam a passagem do padre pelo município.

Descendo o morro, o caminhante logo chega à praia do Sonho - considerada pe-los moradores e frequentadores da cidade o point de diversão de Itanhaém e local onde Anchieta costumava escrever seus versos na areia.

Vizinha a ela encontra-se a praia dos Pescadores e logo após o centro de

Percurso históricoO roteiro turístico Passos dos Jesuítas - Anchieta

tem início em Peruíbe, no litoral sul, e término em Ubatuba, no litoral norte. A caminhada passa por 13 cidades (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Gran-de, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba), num percurso de 360 quilômetros. O percurso foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e já atrai grande número de peregri-nos. O Guia do Caminhante pode ser retirado junto com o Cartão do Caminhante em um dos postos de emissão indicados no portal www.caminhasaopau-lo.com.br. É possível realizar todo o percurso pela praia a partir das setas existentes em toda a rota, mas o ideal é aproveitar as belezas e as atrações turísticas e históricas de cada uma das cidades contempladas pelo roteiro.

Passarela de 220 metros sobre o costão rochoso leva o caminhante até a formação rochosa conhecida como Cama de Anchieta

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turismo

Itanhaém, com muitas atrações históri-cas. Na Praça Narciso de Andrade, en-contra-se o Convento Nossa Senhora da Conceição. Localizado no alto do morro Itaguaçu, a edificação segue o estilo co-lonial do século XVI. Na praça central da cidade, há uma estátua do jesuíta em frente à Igreja Matriz de Sant’Anna. O templo, inicialmente erguido de barro no alto do Morro Itaguaçu em 1532, ganhou novo prédio em meados de 1600. Dedi-cada à Nossa Senhora da Conceição, a igreja era o local onde os padres jesuítas doutrinavam os nativos e colonos.

Bem próximo fica o Museu Conceição,

no interior da antiga Casa de Câmara e Cadeia. No local, diversos documen-tos, fotos e demais registros estão em exposição, como a carta de batismo do padre José de Anchieta e o livro “Vila de Itanhaém”; escrito por Benedito Calixto.

Ao lado do Museu, o Casario Colonial e Beco de Sant’Anna, duas construções his-tóricas com as fachadas preservadas pela Lei do Entorno, com o tombamento do cen-tro histórico pelo Condephaat.

Serviço: para mais informações sobre os Passos dos Jesuítas, acesse o site www.caminhasaopaulo.com.br

Aparição da VirgemUm belo espetáculo é ence-

nado, pelo quinto ano consecu-tivo, em Itanhaém, na Cama de Anchieta. Com um roteiro que envolve história, arte e fé, a peça do grupo teatral Abaréteatro mostra a passagem de Anchieta pelo litoral paulista, e apresenta seus versos e o encontro do be-ato com a Virgem Santíssima. A atração segue até o próximo dia 28, a partir das 21 horas.

Praça Narciso de Andrade reúne edificações históricas e comércio local

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exportação Transcritor musical dos grupos artísticos de Cubatão, o compositor

João Victor Bota destaca-se com obras interpretadas em Nova York, Espanha, Noruega e países da América Latina

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Orquestra Sinfônica Municipal de Cubatão

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Por Morgana Monteiro

Uma canção composta para piano rece-be versões diferentes, sem, contudo, perder a essência. Este é o trabalho de João Victor Bota, transcritor musical dos grupos artís-ticos de Cubatão, que cria arranjos e trans-creve letras de músicas para as mais diver-sas formas de instrumentação, como banda sinfônica, banda marcial e até coral.

Aos 29 anos de idade, e há três nesta função, o compositor João Victor é mestre em música pela Universidade de Campinas (Unicamp) e professor da Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp). Músicas de sua autoria, feitas para os Corpos Está-veis de Cubatão (Banda Sinfônica, Banda Marcial, Coral Zanzalá, Programa BEC), lhe garantiram reconhecimento internacional.

João Victor compôs a música Zênite, em homenagem ao pianista Almeida Pra-do, artista que teve estreita ligação com a vida cultural de Cubatão. A peça estreou em outubro, em performance do violista Peter Pas, em Nova Iorque (EUA), durante o festival Sounds of a new century (Sons do novo século), que reúne instrumentistas e compositores de todo o mundo.

A composição foi elaborada a pedido da Camerata Aberta, grupo brasileiro de música contemporânea, que se apre-sentou no evento.

Ainda em 2011, Bota teve a canção Cordas Parassimpáticas interpretada pela Orquestra Petrobras Sinfônica, no Rio de Janeiro. O compositor define a obra da seguinte for-ma: “é uma espécie de concerto de Brande-burgo bachiano, com as notas erradas, por assim dizer. Algo como uma paródia do quadro de Monalisa, na qual a modelo re-tratada teria um grande bigode. Os compo-sitores que de certa forma surgem, além de Bach, são Schoenberg, Messiaen e Bartók, todos eles dialogando entre si”.

Ano passado, a Abertura LP, também de autoria de João Victor, foi tema de concerto da Banda Sinfônica de Córdoba, na Argen-tina, com a regência da maestrina Rosa Bri-ceño. Entre os anos de 2008 e 2009, a músi-ca Catira Paulista fez parte do repertório de bandas sinfônicas e orquestras da Espanha, Noruega, Colômbia, Argentina e Venezuela.

No exterior Inúmeras obras transcritas por Bota fize-

ram parte de programas musicais de vários grupos pelo mundo. Um exemplo disso é o arranjo da Abertura em Ré, do padre Nu-nes Garcia, executada em novembro último pela Sinfônica de Bilbao, na Espanha, sob regência do maestro Dario Sotelo. Também no ano passado, foi publicado o arranjo da

João Bota transcreve letras de músicas para as

mais diversas formas de instrumentação

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Valsa do Primeiro Baile, de Sidney Barreto, pela editora Kalmus, dos Estados Unidos.

O trabalho minucioso do João Victor foi elogiado por Gilberto Mendes, nome expressivo da música contemporânea bra-sileira, cuja obra Ponteio foi transcrita por Bota e apresentada ano passado pela Sinfô-nica de Cubatão.

A galeria de arranjos inclui, ainda, transcrições de músicas de Villa-Lobos, pa-dre Nunes Garcia e até da banda de rock Queen (para o projeto Queen Sinfônico, que tem versão em DVD). João Victor diz: “É um trabalho praticamente artesanal. Crio arranjos sem perda do conteúdo e do diferencial da música original. Tenho que manter viva a identidade do compositor”.

Atualmente, João Victor trabalha na transcrição de Partita, de Franz Krommer (1759-1831), a ser interpretada pela Banda Marcial de Cubatão. Krommer é um com-positor contemporâneo de Beethoven, in-felizmente, pouco conhecido. Ele escreveu várias músicas instrumentais virtuosísti-cas, que valorizam a técnica dos instru-

mentistas de sopro.Entre os meses de agosto e setembro, João

Victor participou de um curso de composi-ção musical no Conservatório de Amsterdã, Holanda, promovido pelo Atlas Ensemble. Bota foi um dos brasileiros selecionados para o curso anual daquela cidade, cuja te-mática foi a música e os instrumentos tradi-cionais da Ásia e do Oriente Médio.

A programação contou com palestras e concertos, nos quais foram mostradas as possibilidades de utilização desses instru-mentos, a exemplo do sheng, instrumento de sopro da música tradicional chinesa, e da clarineta, componente habitual de or-questras e bandas sinfônicas.

Para João Victor, “o curso foi uma ex-celente oportunidade. A partir de agora, poderei testar ideias musicais escritas para conjuntos instrumentais que reúnem mú-sicos virtuoses, de diversos países. Isso é muito enriquecedor porque um grupo mu-sical integrado por instrumentistas de esti-los tão diferentes entre si estimula a criação de sonoridades inusitadas.”

Coral Zanzalá canta músicas transcritas por João Bota

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Figura consagrada do Aquário de Santos, Inti chega para alegrar novamente o espaço saudoso deixado por Macaé e Macaezinho

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Por Luciana Sotelo

Ele tem apenas seis anos de idade, pesa 270 quilos e já começa a preencher o vazio deixado por seus antecessores no coração dos visitantes do maior tanque em exten-são lateral do Aquário Municipal de San-tos. Inti foi apresentado ao público em 21 de dezembro passado, vindo do Zoológico de São Paulo, onde nasceu e vivia com o pai, a mãe e uma tia. Razão pela qual pas-sará por um período de adaptação pelos próximos três ou quatro meses, segundo a veterinária Cristiane Lassálvia. “Inti ficará em observação durante essa fase difícil. Por se tratar de um exemplar que nasceu em cativeiro e nunca teve grandes desafios,

esse momento é delicado. O acesso ao seu tanque é limitado a distância de alguns me-tros do vidro”. O nome Inti é provisório. O definitivo, resultado de concurso cultural, será divulgado dia 26, como parte das co-memorações da cidade de Santos.

O leão marinho é um mamífero que vive em regiões de baixas temperaturas e rece-be este nome porque os machos têm uma pelagem que lembra a juba do rei da selva, sem falar no rugido que emite, semelhante ao do felino.

Nos 80 metros quadrados e 366 mil li-tros de água salgada, o leão marinho passa a maior parte do tempo nadando. Segundo

Os leões marinhos já estiveram muito próximos da extinção. Entre 1917 e 1953, mais de meio milhão desses animais foram abatidos por caçadores em busca de sua gordura e de seu couro, este usado sobretudo na confecção de casacos

Em sua nova casa, um tanque com 80 metros quadrados e 366 mil litros de água salgada, leão marinho é o rei das atenções

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a veterinária, esse é um dos principais sin-tomas de que ele está estressado. Por isso, são frequentes os cuidados de veterinários, biólogos e tratadores que se revezam para garantir o bem-estar de Inti, nome de ori-gem inca, que significa Deus Sol.

Normalmente, o comportamento da es-pécie (Otaria byronia) é bem brincalhão, explica Lassálvia. “Principalmente, por se tratar de um animal jovem, ainda um adolescente. Sua vitalidade encanta. Eles são carismáticos por natureza”. E para ter energia de sobra, a alimentação é reforça-da, à base de muito peixe. Pelo menos 14 quilos todos os dias, entre pescada, man-juba, sardinha, cavalinha, trilha e corvina.

Assim como os filhotes, ele se alimenta de duas em duas horas, porém, quando passar a fase de transição, os horários se-rão fixos e restritos às 9h30, 13h30 e 16h30.

Sucessor bem-vindoDesde abril de 2011, quando o lobo ma-

rinho Macaezinho morreu, o tanque estava vazio, à espera de um sucessor. Também com ele, a história é semelhante. Chegou a Santos em 1995, ainda bem novo, depois de encalhar no litoral da região. Na ocasião, ele substituiu o hóspede anterior, o leão marinho Macaé, ícone do Aquário por mais de duas décadas.

Curioso é que, desde 1945 quando o Aquário foi inaugurado, existe a figura do mascote, do ‘preferido’ pelo público como principal atração. “Virou uma tradição es-colher um animal símbolo. Leões e lobos marinhos acabam virando bichos de es-timação da cidade. Macaé, por exemplo, permaneceu no tanque quase 25 anos e Macaezinho, mais 17. Todo mundo cresceu vindo ao Aquário para ver o leão e, depois,

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Aquário conta com cerca de 1200 animais, divididos em 30 tanques que reproduzem seus habitat

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o lobo marinho. Agora, não vai ser diferen-te”, comenta a veterinária.

Os números parecem comprovar sua expectativa. De acordo com a prefeitura, a quantidade de visitantes no Aquário au-mentou 91% em pouco mais de 24 horas após a apresentação oficial do mamífero. Um total de 3.131 pessoas foi conferir de perto as acrobacias do novo mascote, en-quanto que, na véspera, foram registradas apenas 1.635 pessoas.

Habitat Segundo a Fundação Zoológico de São

Paulo, os leões marinhos podem ser encontra-dos no litoral sul do Brasil, no Uruguai, Ar-gentina e Chile, até as praias rochosas do Peru, incluindo as ilhas existentes no percurso.

Apesar de os machos se distanciarem bastante das colônias após a época do aca-salamento, não são considerados animais migratórios. Os machos chegam a medir 2,40m de comprimento e pesar em média 350kg, enquanto as fêmeas podem alcançar 1,80m e pesar cerca de 150kg. Os filhotes nascem com aproximadamente 12 kg e per-manecem durante um ano ao lado da mãe.

Outra curiosidade é que estes mamí-feros já estiveram muito próximos da ex-tinção. Entre 1917 e 1953, mais de meio milhão desses animais foram abatidos por caçadores em busca de sua gordura e de seu couro, este usado sobretudo na confec-ção de casacos. Com a proibição da caça, começaram a se recuperar. Mesmo assim, ainda sofrem com a poluição das águas e, principalmente, com a pesca realizada com redes. Seus maiores predadores são o ho-mem, as orcas, e os tubarões.

Muita diversãoAlém de ser o novo lar do leão mari-

nho mais famoso da região, o Aquário de Santos guarda atrativos de perder o fôle-go. O primeiro aquário público do Brasil conta com cerca de 1200 animais de mais de cem espécies. Divididos em 30 tanques que reproduzem seus habitat, as espécies vivem em ambientes semelhantes ao ama-zônico (floresta inundada), mangue, praia, oceano, entre outros. “Num único passeio é possível avistar tartarugas, piranhas, ga-roupas, carpas, pacus, robalos, e até mes-mo algumas espécies ameaçadas de extin-

Visitação ao aquário aumentou após apresentação oficial do novo mascote

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ção, caso da estrela do mar vermelha e do tubarão-lixa”, afirma Alex Ribeiro, biólogo marinho do setor de educação ambiental.

Por falar em espécies ameaçadas, mês passado chegaram mais duas moradoras, tubarões-lixa fêmeas da espécie Gingly-mostoma cirratum. Elas foram doadas pelo aquário de Natal (RN) e, a partir de agora, fazem companhia a outra da mesma espécie que já vive no parque santista há 18 anos.

Chamam atenção também os pinguins de Magalhães, espécie que ocorre no Brasil e que, diferente do habitual, não gostam de muito frio. “Eles vivem em ambientes entre 17 e 30 graus positivos. A criançada adora observá-los”, diz Alex.

Por esse conjunto de atrativos, o Aquá-rio de Santos é o segundo ponto turístico mais visitado em todo o estado; só perde para o Zoológico da Capital. Em 2010, rece-beu mais de 600 mil visitantes. Já de janeiro de 2001 a dezembro de 2010, as estatísticas revelam que 4 milhões 781 mil pessoas es-tiveram no local.

Serviço: o aquário fica na orla santista, na Praça Luiz La Scala, s/nº, Ponta da Praia. Funciona de segunda a sexta, das 9h00 às 18h45, e nos finais de semana e feriados até às 19h45. Ingresso custa R$ 5,00 com des-conto de 50% para estudantes. Isento para crianças de até 12 anos e maiores de 60.

Desde 1945, quando o Aquário foi inaugurado,

existe a figura do mascote, do ‘preferido’ pelo público

como principal atração

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O pinguim de Magalhães, diferente de outras espécies, não gosta de frio, e vive em temperaturas entre 17 e 30 graus positivos

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turismo

Nem tanto ao mar... nem tanto à terra

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Fascinantes paraísos encravados num mar de águas translúcidas, as ilhas de São Sebastião nos reportam ao sonho de fugir da agitada vida urbana, nem que seja ao

menos por algumas felizes horas de verão

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Ilha Montão de Trigo, turistas na Praia de Dentro e vista aérea da Ilha das Couves

Em uma das regiões mais belas do Bra-sil, a cidade de São Sebastião figura como importante pólo turístico nacional. Sua ge-ografia é coroada por uma infinidade de locais paradisíacos, dotados de paisagens inesquecíveis. São mais de 30 praias, ca-choeiras e trilhas em meio à Mata Atlânti-ca. Como se não bastasse, a diversidade de ambientes ainda nos reserva mais: as ilhas localizadas na região conhecida como Cos-ta dos Alcatrazes, a Costa Sul do município.

São seis endereços imperdíveis: Monte de Trigo, As Ilhas, Ilha das Couves, Ilha dos Gatos e as ilhas de Toque-Toque Gran-

de e Toque-Toque Pequeno. Apenas o ar-quipélago dos Alcatrazes tem acesso proi-bido, por se tratar de Estação Ecológica.

Seja para conhecer o modo de vida de uma comunidade tradicional, seja para um relaxante banho de sol, para nadar, mergu-lhar ou, simplesmente, para contemplar a natureza, um passeio às ilhas de São Sebas-tião é um convite irrecusável.

Ilha Montão de Trigo Endereço mais que perfeito para conhe-

cer e interagir com uma comunidade tra-dicional formada por cerca de 50 pessoas.

Da redação

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Ninguém sabe quando a Ilha do Montão de Trigo começou a ser habitada. Conta uma dessas lendas marítimas que os mo-radores seriam descendentes dos sobre-viventes de um naufrágio, ocorrido há mais de três séculos. Verdade ou mentira, o curioso é que os nativos, chamados de “monteiros”, são todos de cor clara, têm traços e sotaque peculiar.

Na ilha não há praia, e o desembarque é feito por uma ponte rudimentar sobre pedras, denominado porto, onde também ficam atracadas as tradicionais canoas de voga e as pequenas lanchas de motor de polpa, utilizadas pelos moradores para a pesca, fonte de renda e sobrevivência da co-munidade, e no percurso até o continente.

Do topo da ilha, tem-se uma das visões mais generosas do continente, mas é preci-so fôlego de atleta para chegar lá, pois são pelo menos três horas de subida. Muito vi-sitada por surfistas e mergulhadores, a ilha situa-se entre a enseada de Bertioga e o Ca-

nal de São Sebastião, a aproximadamente 14 km do continente.

As IlhasCom duas praias de areias brancas e

finas e águas transparentes e calmas, pos-sui este nome porque tem três elevações que, ao longe, parecem independentes, mas na verdade formam uma única ilha. Excelente para o banho de sol, natação e mergulho, proporciona momentos ines-quecíveis aos seus visitantes, tais como admirar golfinhos, tartarugas e cardumes de peixes coloridos.

Muito frequentada por iates, é considera-da o point dos navegantes. As Ilhas fica a cer-ca de 1,5 quilômetro de distância das praias de Barra do Sahy, Juquehy e Barra do Uma.

Ilhas das Couves

Muito procurada por mergulhadores devido aos seus paredões que impedem a aproximação de grandes embarcações

O acesso às ilhas é feito por pequenas embarcações e escunas, que saem das praias de Boiçucanga, Juquehy, Barra do Sahy e Barra do Una

O Arquipélago dos Alcatrazes si-tua-se a aproximadamente 45 km do porto de São Sebastião; é um santuário que abriga diversas espécies de aves marinhas na época de reprodução. Além disso, é refúgio de baleias-de--bryde (animais que chegam a ter 15 metros de comprimento e 25 toneladas de peso), orcas, golfinhos e tartarugas.

Ele é composto pela ilha principal, sua maior formação, denominada Ilha dos Alcatrazes, pelas ilhas da Sa-pata, do Paredão, do Porto e do Sul, além de quatro outras ilhotas não nominadas, cinco lajes e dois parceis. Apesar de tanta beleza, só pode ser visto de longe, pois sua ilha principal serve de centro de treinamento para a

Marinha do Brasil. Atualmente, a legislação ambien-

tal proíbe terminantemente a pesca, o fundeio e o mergulho, mesmo recre-ativo, num raio de dez quilômetros em seu entorno. Somente é autoriza-da a atividade de mergulho em casos especiais, como por exemplo, para pesquisadores.

Arquipélago de Alcatrazes

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turismo

possui uma pequena praia e um portinho para atracação náutica, em sua face norte. Localizada a cerca de 2,5 km da Barra do Sahy faz parte do roteiro de escunas. Pelo mar, avista-se a Toca da Velha, uma peque-na caverna escavada pelo mar numa rocha de dez metros de altura.

Ilhas dos GatosAntigas histórias envolvem em misté-

rio a Ilha dos Gatos. Em seu topo, a exu-berante vegetação dominou os escombros da mansão construída em meados do sé-culo passado, cuja lenda diz que a casa era de um testa-de-ferro de Rockfeller, um importante homem de negócios nos Esta-dos Unidos no século XX. A praia que dá acesso à ilha foi criada artificialmente com pedras das encostas, também utilizadas na construção da mansão.

O chão da pequena praia é recoberto por um espesso tapete de conchas quebra-das. Com a morte de um dos donos, a casa foi abandonada e dilapidada aos poucos. Embora nem sempre tranquilas, as águas muito límpidas permitem uma boa visão do fundo, atração especial para os amantes da natureza.

Toque-Toque Grande e Toque-Toque Pequeno

Do norte ao sul, a Ilha de Toque-Toque Grande é a primeira depois de Ilhabela, e localiza-se em frente à praia homônima. Não há nem praias nem moradores por lá, mas o local é visitado para mergulho.

A Ilha de Toque-Toque Pequeno, mais ao sul, é menor, igualmente desabitada, e lembra uma tartaruga quando vista da praia de Santiago.

Ilha dos Gatos (acima); e Ilha de Toque-Toque Grande

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meio ambiente

A cada ano, os temporais evidenciam inúmeros problemas, principalmente nos sistemas de drenagem das grandes cidades, verdadeiras selvas de

pedra, impermeabilizadas por asfalto e concreto. Mas já há promissoras alternativas para escoar as águas das chuvas

Cidades porosas

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Por Marcus Neves Fernandes

Os moradores de centros urbanos veem-se cada vez mais acuados e ilhados a cada novo temporal, já que a impermeabilização das cidades impede o escoamento das águas das chuvas, que inundam galerias, invadem ruas, casas e tudo o que encontra pela frente. No Brasil, estudos re-centes indicam caminhos que, se não são capazes de resolver um problema tão complexo, pelo me-nos podem minimizar sensivelmente os transtor-nos e os prejuízos.

A Escola Politécnica (Poli) da USP trabalha com dois novos tipos de pavimento: um, com pla-cas de concreto e, outro, com asfalto comum mis-turado a aditivos, ainda em fase de pesquisa. José Rodolfo Scarati Martins, professor e coordenador de pesquisa de pavimentos da Poli, explica que os novos tipos de piso são capazes de absorver com facilidade e rapidez a água da chuva. “Os pavi-mentos funcionam como se fossem areia da praia, permitindo que as águas cheguem aos rios e cór-regos com a metade da velocidade”. Ou seja, além de ser poroso, por absorver boa parte da água da chuva, o pavimento ainda retém a água no subso-

lo por um determinado tempo, fundamental para permitir que o sistema de drenagem não fique so-brecarregado.

Um dos pavimentos porosos desenvolvi-dos na Poli é resultado de uma mistura entre o concreto asfáltico comum e vários aditivos, o que permite que sejam mantidos espaços, como poros, na superfície. Dessa maneira, a água proveniente das chuvas é absorvida por esses poros e acaba sendo retida, por algumas horas, entre as pedras que constituem a base. “A impermeabilidade do asfalto comum é uma das grandes vilãs do meio ambiente ur-bano, pois não permite que a água seja absor-vida pela terra e ajuda a causar as enchentes. Os pavimentos que desenvolvemos são dife-rentes, pois são capazes de devolver parte da permeabilidade ao solo e conseguem absorver a água com muita rapidez”, explica Martins. Testes realizados em um dos estaciona-mentos da Poli/USP demonstraram que os

Escola Politécnica da USP trabalha com dois novos tipos de pavimento: um, com placas de concreto (detalhe) e, outro, com asfalto comum

misturado a aditivos, ainda em fase de pesquisa. O novo tipo de piso é capaz de absorver com facilidade e rapidez a água da chuva

Fotos Rodolfo Scarati/Poli USP

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meio ambiente

pavimentos conseguiram reter pratica-mente 100%

das águas das chuvas dos meses de janeiro e feve-reiro deste ano - um resultado sem precedentes, quando comparado com os pisos públicos usados hoje na maioria das cidades brasileiras.

O ‘pulo do gato’ desses novos pavimentos po-rosos é que eles possuem uma base de pedras de 35 centímetros de altura. É ela a responsável por conseguir reter a água por algumas horas, sufi-ciente para diminuir a probabilidade de enchen-tes no local.

A diferença entre os dois tipos de pavimento está na superfície - um é feito com concreto e ou-tro com asfalto comum. “Mesmo com pequenas diferenças entre eles, ambos retêm porcentagem grande de água se comparados ao asfalto conven-cional e funcionam de maneira muito eficaz”, sa-lienta o pesquisador. Caixa d’água natural

Para testar a novidade, os pesquisadores da Poli/USP construíram cisternas, semelhantes a cai-xas d’água, ao lado do estacionamento que rece-beu o asfalto poroso. “Toda a água absorvida pelo asfalto tem como destino esse local. Com isso, po-demos monitorar desde a quantidade de chuva até

a capacidade de retenção do pavimento”, explica. Segundo o professor Martins, o pavimento po-roso custa 20% a mais do que o asfalto conven-cional, mas com sua implantação em larga es-cala esse preço tende a diminuir. “O valor que temos relaciona-se ao experimento feito no es-tacionamento. Quando pensamos no uso do asfalto poroso em cidades grandes como São Paulo, o custo cai muito, pois seria produzido em quantidade muito maior e, consequentemen-te, baratearia a produção e a manutenção”, diz. A pesquisa com os pavimentos porosos teve iní-cio em 2006. Hoje, segundo o professor José Ro-dolfo Scarati Martins, os testes já realizados de-monstram que eles seriam ideais em áreas como estacionamentos. Agora, o próximo passo é testá--los em ambientes que recebam tráfego de veí-culos. O objetivo é “observar se o asfalto poroso funcionará da mesma forma”, diz o pesquisador. Além disso, o grupo pretende avaliar o tempo de desgaste do asfalto e a qualidade da água retida na base de pedras do pavimento. “É importante sabermos como é essa água, se ela contém algum contaminante e se pode ser infiltrada no terreno. Caso não haja nenhum aspecto negativo em re-lação aos contaminantes, é possível que, além de ajudar a cidade a combater as enchentes, possa-mos reutilizar a água da chuva para limpeza de vias públicas, por exemplo”, enfatiza Martins.

A impermeabilidade do asfalto comum é uma das grandes vilãs do meio ambiente urbano, pois não permite que a água seja absorvida pela terra. No detalhe, os dois tipos de pavimento em teste

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literatura

O acervo literário que compila fatos e fotos do grande Santos Futebol Clube ganhou mais um tomo, um

livro dedicado à fundação e aos personagens que marcaram a centenária história da agremiação

Por Belisa Barga

Concórdia, África, Brasil Atlético... Na sede do Clube Concór-dia, em 1912, há quase um século, portanto, Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Junior, três esportistas santistas, resolveram criar um clube dedicado exclusivamente ao futebol, esporte recém-chegado ao Brasil. A escolha do nome do time era apenas o início de uma longa his-tória. Claro que você não conhece nenhuma agremiação com os nomes acima: naquela reunião, após várias sugestões rejeitadas, Edmundo Jorge de Araújo propôs o nome daquele que seria um dos mais aclamados times nacionais, e conhecido mundialmen-te: nascia ali, o gigante Santos Foot Ball Club.

Na oportunidade, os dirigentes escolheriam o branco, azul e frisos dourados como as cores oficiais do time. As atuais cores do alvinegro viriam pouco menos de um ano depois, sugeridas por um membro da diretoria da agremiação, o sócio Paulo Peluccio, em março de 1913. A escolha das novas cores ocorreu em virtude das dificuldades encontradas pelos dirigentes para a confecção dos uniformes tricolores. Nesse mesmo ano, a equipe tornar-se-ia campeã invicta do Campeonato Santista e disputaria o Campeo-nato Paulista. No entanto, as dificuldades com as viagens cons-tantes e os resultados negativos em algumas partidas forçaram a equipe a tirar o time de campo, retornando três anos depois.

Memórias do

Gigante da Vila

Livro foi lançado no final de novembro

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A primeira camisa do clube tinha como cores oficiais, escolhidas por seus dirigentes, o branco, azul e frisos dourados

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Curiosidades como estas sobre os primórdios da fundação do Santos estão relatadas com exclusividade e profundidade no li-vro “Santos Foot Ball Club: O Nascimento de um Gigante - A História da Fundação”, escrito por Gabriel Davi Pierin, santista fanático, historiador e filho de Carlos Pierin, o “Lalá”, ex-goleiro do Peixe, que, motivado pela emoção do título de 2006, resolveu eternizar momentos sobre seu time do coração.

Dois anos de pesquisa, muitas leituras de atas originais, con-versas com personagens como Urbano Caldeira, Agnello Cícero de Oliveira, Dagoberto Pacheco e Luis Suplicy, que então participavam das reuniões que decidiam o rumo do Santos FC, foram indispensá-veis para retratar os quatro primeiros anos da história da agremia-ção. “Meu livro, inicialmente somente meu trabalho de conclusão de curso, é o primeiro a narrar as bases que o Santos construiu nes-ses anos iniciais, e que permitiriam as façanhas futuras”, explica.

Próximo ao centenário do clube, que será comemorado em 14 de abril deste ano, Pierin fugiu do óbvio de recontar mais do mesmo, como os feitos da Era Pelé ou enumerar as conquistas, títulos, jogos e gols. Pierin apostou em relatar um período desco-nhecido do público. “Me impressionei com o trabalho abnegado dos primeiros jogadores, diretores e associados que não mediam esforços para superar as dificuldades, com profissionalismo, numa época em que o futebol era amador”.

Memorial conserva a história do time santista

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literatura

Alcides Duarte (Universitas), Gabriel Davi Pierin (autor), Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro (pres. Santos FC) e José Luiz Tahan (Realejo Livros)

O título do livro retrata não apenas a fundação do clube, como também contextualiza as mudanças e impactos no país e na cida-de de Santos durante a transição para o século XX, época de ple-no desenvolvimento, devido às atividades portuárias e cafeeiras. O texto fala sobre as pessoas da sociedade santista na época, os motivos que levaram três jovens a criar uma agremiação dedica-da exclusivamente ao novo esporte, quem foram homens como Ricardo Pinto e Porchat de Assis, que hoje nomeiam rua e esco-la na cidade. Pierin diz que “gostaria que o leitor ‘forasteiro’ e, principalmente, aqueles que não conhecem a história da cidade, pudessem viver a história da fundação do clube, viajar no tempo e compreender como era a vida naquela época. Compreender es-sas mudanças e a inserção do futebol nesse contexto é fantástico”.

O lançamento do livro, ocorrido no final de novembro no Me-morial das Conquistas, contou com presenças ilustres dos tempos áureos do time: ex-jogadores como Pepe, Negreiros, Clodoaldo, Mengálvio, Maneco, Lalá e Everaldo prestigiaram o momento. E a surpresa da noite, para Pierin, ficou por conta da presença dos familiares de Agnello Cícero de Oliveira, presidente do SFC na ocasião da inauguração da Vila Belmiro, tema da publicação.

Memorial das Conquistas Para conhecer outros aspectos

do clube praiano, vale a visita ao Memorial das Conquistas, uma das principais atrações da Vila Belmiro. No museu, estão expos-tos troféus de títulos estaduais e nacionais, fotos ampliadas em tamanho natural, flâmulas, docu-mentos, uniformes, bolas e demais itens do acervo. A estrela do mu-seu, como não poderia deixar de ser, é o Espaço Pelé que mantém objetos pessoais do Rei. Há ainda o CineGol, um simulador de cam-po, onde são exibidos filmes e cli-pes especiais sobre o Peixe.

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Gol de letrasSantos Foot Ball Club é uma obra editada pela Realejo Livros,

editora santista que mais publicou livros sobre o alvinegro. Nas suas 128 páginas, o leitor viajará no tempo para conhecer as raí-zes do time. O prefácio, de José Roberto Torero, escritor santista, além de amante do esporte e do Peixe, descreve a obra como um álbum de bebê, com seus primeiros dados e fotos, que cresceu e virou lenda.

Embora escrito por um santista (torcedor), a leitura é direcionada para fãs do futebol em geral. Evidente que o torce-dor do Peixe irá se aproximar e identificar mais com as histórias, mas a obra é, acima de tudo, feita para todos que amam o esporte e valorizam a cultura do nosso país e a história de nossa cidade.

Serviço: as visitas ao Memorial das Conquistas contam com monitores bilíngues,de terça a domingo, das 9h00 às 17 horas; visitas desacompanhadas são feitas das 9h00 às 18 horas. Na alta temporada as visitas são diárias. O ingresso custa de R$ 6,00 a R$ 10,00. Estudantes, professores, crianças e jovens até 17 anos, aposentados e sócios do time pagam meia entrada.

No Memorial das Conquistas, painel ilustrativo dos principais goleadores do time ao longo de sua história

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O escritor Gabriel Davi Pierin no lançamento do livro

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história

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Marcar a passagem do tempo, mais do que necessidade, sempre foi uma obsessão dos seres humanos desde tempos imemoriais

A polêmica (e curiosa)

história dos calendários

Por Marcus Neves Fernandes

Nessa época do ano, é muito comum receber ou oferecer as populares folhi-nhas do ano vindouro. Elas podem pare-cer simples, até mesmo banais, mas para que tivessem o formato que vemos hoje, muitas mudanças aconteceram ao longo de mais de cinco mil anos. Essa história é repleta de disputas políticas, lendas, ci-úmes, cálculos e mais cálculos até que se chegasse o mais próximo possível do que representa um ano.

Com base nos registros que temos hoje, essa curiosa história começa com os su-mérios, uma das primeiras civilizações a deixar registros, como a escrita cunei-forme. Os sumérios viveram onde, atual-mente, localiza-se o Iraque. Para muitos pesquisadores, eles foram os primeiros a desenvolver teorias astronômicas, ao re-gistrarem a existência de cinco planetas orbitando o Sol - um feito notável para a época, bem antes de Galileu Galilei desafiar a Igreja com sua obra Diálogos,

na qual afirmava que a Terra não era o centro do Universo.

Com todo esse conhecimento, não é de se admirar que os sumérios tivessem um calendário dividido em 12 meses lunares, que se alternavam em 29 e 30 dias, num total de 354 dias. Os egípcios foram mais precisos, chegando a 365 dias.

Em geral, os calendários se baseavam nos ciclos do Sol, da Lua, ou ambos. Os maias, porém, também usavam o planeta Vênus como referência. Esse povo surgiu na Península de Yucatán, no México, 700 a. C., e eram exímios observadores do céu. Seu complexo método de marcar o tempo, que envolve ciclos solares de 52 anos, ‘ter-mina’ em 2012.

Já o calendário atual deriva dos roma-nos, e data de 735 a.C. Eles usavam o ciclo lunar, com 304 dias divididos em 10 meses, seis, com 30 dias, e quatro, com 31. A sema-na tinha oito dias.

Os meses foram chamados de martius,

No Calendário Juliano, o tempo é orientado pelo ciclo solar, com 365 dias e 6 horas

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história

aprilis, maius, junius, quintilius, sextilis, septembre, octobre, novembre e decembre. Faça as contas: eram 10 e não 12 meses, e o ano começava em março. Porém, como não estava de acordo com as estações do ano, que duram cerca de 90 dias cada uma, por volta do ano 700 a.C. criaram-se mais dois meses: janus e februarius, passando a ter 354 dias (seis meses de 30 dias e seis de 29).

Uma nova mudança viria com Júlio Cé-sar (46 a.C.), que fez quintilius virar julius. Era o Calendário Juliano, uma tentativa de entrar em sintonia com as estações, passan-do a ser orientado pelo ciclo solar, com 365 dias e 6 horas. A cada três anos seguidos, o ano teria 365 dias.

No quarto, 366 dias, pois, após quatro anos, as 6 horas que sobravam do ciclo solar somavam 24 horas, isto é, mais um dia: criou-se, então, o ano bissexto. Aten-ção: 2012 é um ano bissexto. O próximo será em 2016.

Além dos meses alternados de 31 e 30

dias (exceto fevereiro, que tinha 29 dias ou 30 em anos bissextos), janeiro, e não março, passou a ser o primeiro mês do ano. Mais tarde, o mês sextilius passou a ser chama-do de augustus, em homenagem ao impe-rador Augusto.

Ocorre que esse mês tinha menos dias do que aquele dedicado a Júlio César. En-tão, um dia de februarius foi transferido para augustus - e é por isso que hoje feve-reiro tem 28 dias (29 em anos bissextos).

A curiosa origem dos nomesEnquanto no antigo Egito o ano se ini-

ciava com as cheias do Nilo, na Grécia clássica eram os Jogos Olímpicos a base para a contagem do tempo. Porém, cada cidade-estado grega tinha o seu próprio início e fim de ano.

Já para os primeiros romanos, o calen-dário começava com a fundação de Roma, com base na lenda dos irmãos Rômulo e Remo, famosos pela clássica figura em

Da cultura romana herdamos boa parte da

nomenclatura atual para os dias da semana e os

meses do ano

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llo No final do século XVI, quando se defi-niu que o ciclo solar teria exatos 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 16 segundos, surgiu, em fevereiro de 1582, o Calendário Gregoriano mas tudo iria mudar novamente no final do século XVI, quando se definiu que o ciclo so-lar teria exatos 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 16 segundos. Surgia, em fevereiro de 1582, o Calendário Gregoriano, uma referência ao papa Gregório XIII.

Só que a mudança causou protestos e confusões. É que, ao migrar do juliano para o gregoriano, a quinta-feira, dia 4 de outu-bro de 1582, foi seguida da sexta-feira, dia 15 de outubro.

O sumiço de 11 dias e a disputa pelo po-der na Europa fizeram com que a Grã-Bre-tanha e os países protestantes só adotassem

o novo método quase dois séculos depois. A China, por sua vez, levou 367 anos para fazer a mudança - o que só ocorreu em 1949.

Mas, quando tudo parecia se acalmar, os astrônomos modernos depuraram ainda mais os cálculos.

Pelas novas contas, um ano tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46,04 segundos. Só são bissextos os anos de virada de século, que divididos por nove levam a um resto igual a 2 ou 6 - por isso o ano 2000 foi bissexto. Nada disso, porém, significa que não tenha-mos vários calendários em uso atualmente.

Pelo sistema hebraico, o calendário come-ça no ano de 3760. Portanto, 2012 equivale a 5773. No islâmico, estamos entrando em 1434. Em um dos mais antigos, o chinês, o ano é 4710. Seja como for, um feliz ano novo a todos.

Ao longo do tempo

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2012 é um ano bissexto. O próximo será em 2016

O mês sextilius passou a ser chamado de augustus, em homenagem ao imperador Augusto, e não poderia ter menos dias que o mês julius, dedicado a Júlio César

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que aparecem sendo amamentados por uma loba. E é da cultura romana que her-damos boa parte da nomenclatura atual para os dias da semana e os meses do ano.

Para os romanos, martius, por exemplo, era o primeiro mês do ano, e uma home-nagem a Marte, o deus da guerra. Aprilis (abril) foi uma cortesia ao deus da beleza Apolo. Maius (maio) foi uma oferenda ao deus do Olimpo Júpiter, e junius (junho), à esposa de Júpiter, Juno. Já os dias da sema-na têm como base a Lua, que leva cerca de sete dias para mudar de fase.

Na Roma antiga, era chamada “septa-mana” (sete manhãs). Os babilônicos de-ram aos dias os nomes dos cinco planetas visíveis a olho nu (Marte, Mercúrio, Júpi-ter, Vênus e Saturno) e do Sol e da Lua. Os feriados surgiram por influência do cristia-nismo. É que a Páscoa durava uma semana, período no qual o trabalho era reduzido ao mínimo possível e o tempo destinado ex-clusivamente a orações. Esses dias eram os feriaes, ou seja, feriados.

Para enumerar os feriaes, começou-se pelo sábado, como os hebreus faziam. O dia seguinte ao sábado seria o feria-prima (domingo), depois seria o segunda-feria (se-gunda-feira), e assim por diante.

O sábado origina-se de Shabbath, dia do descanso para os hebreus. Porém, conver-tido à religião católica, o imperador Flávio Constantino (280-337 d.C.) decidiu substi-tuir a denominação feria-prima para domi-nica (dia do Senhor), que por sua vez foi adotada por povos latinos, permanecendo até os dias de hoje.

O tempo é redondoDentre todos os povos antigos, os maias

são os que desenvolveram o mais comple-xo dos calendários. E isso se deve a um conceito todo particular, que de tão ousado

ainda hoje gera múltiplas interpretações. Na perspectiva maia, passado, presente e futuro estão em uma mesma dimensão.

O tempo, portanto, não é linear como para nós, formado por dias, semanas, anos, décadas, séculos e milênios, mas sim um ciclo que se repete desde 12 de agosto de 3113 a.C., o chamado ‘ano zero’ dessa civilização da América Central. Uma das grandes contribuições dos matemáticos maias foi a criação do número zero, um conceito abstrato que permaneceu ausen-te durante séculos em outras culturas. Seu sistema numérico era vigesimal, e não de-cimal como o atual.

Os cientistas questionam se eles usavam os dedos das mãos e dos pés para contar. Outra curiosidade é que as referências as-tronômicas não se restringiam ao Sol e à Lua. Para os maias, o planeta Vênus tinha uma enorme importância em seus rituais. Isso se deve ao fato de Vênus ser o planeta do sistema solar que mais reflete a lumino-sidade do Sol, graças à espessa camada de nuvens que o recobre. Por isso, ele também é conhecido como a Estrela D’álva. Aliás, a astronomia maia era muito avançada. A magnífica pirâmide de Chichén Itzá, por

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exemplo, acompanhava precisamente a de-clinação solar nos equinócios.

Porém, há uma particularidade nessa cultura que vem ganhando destaque. O úl-timo ano do calendário maia é 2012. Isso fez nascer uma série de interpretações. A mais difundida é a que associa esse raciocí-nio ao ‘fim do mundo’.

Mas, ainda hoje persistem divergências quanto à interpretação dessa data em rela-ção ao calendário atual, ou seja, 2012 pode não ser 2012, e sim outro ano qualquer - que, inclusive, já esteja no ‘nosso’ passado. Além disso, mesmo que a referência esteja correta, não é possível defini-la como tér-mino - ainda mais do ponto de vista cata-clísmico de extermínio, extinção.

Como para a cultura maia o tempo ‘é redondo’, ou seja, se repete em ciclos, 2012 poderia significar o início, e não o fim de algo ou alguma coisa.

história

A pirâmide de Chichén Itzá acompanhava precisamente a declinação solar nos equinócios

Foto Dmitry Rukhlenko /Shutterstock

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náutica

Da redação

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kOs amantes do mundo náutico podem

conferir as últimas tendências e novida-des do setor no Salão Náutico Boat Xpe-rience - Guarujá, entre os dias 25 e 29 de janeiro na Porto Marina Astúrias.

Marcas renomadas como a Ferreti, Porto Fino, Schaefer Yachts, Yacht Brasil, estão entre os 60 expositores que mar-carão presença no sofisticado evento li-torâneo. Também fazem parte da mostra centenas de produtos, como acessórios de última geração, jets skis, e mais luxu-osas embarcações de até 75 pés, novas e seminovas.

Além da mostra, o salão oferecerá uma estrutura ímpar, diferentemente dos eventos tradicionais que ocorrem nas capitais do Brasil. Para aqueles que bus-cam maior tranquilidade e segurança na hora da compra, haverá test-drive, até as 17 horas, nos cinco dias de exposição.

Serviço: o salão náutico funcionará das 12h00 às 20horas. A Porto Marina Astúrias fica na Rua Francesca Sapochet-ti Castrucci, 805, Jardim Astúrias, em frente ao estuário de Santos. Fone (13) 3354 3778.

Mais de 60 expositores apresentarão suas novidades de alto padrão num dos mais sofisticados eventos da região

Salão náutico no Guarujá

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Você já ouviu falar da própolis vermelha? Pois esse poderoso antibiótico natural, produzido pelas abelhas, é uma exclusividade brasileira. Ele foi descoberto recentemente nos manguezais da costa nordestina, mas já está seriamente ameaçado pelo novo Código Florestal. Veja por quê:

ser sustentável

O Código

Fiz uma pesquisa informal. Para algumas pessoas, aleatoriamente, perguntei o que achavam do novo Código Florestal. Não foi surpresa perceber que o tema, para a maioria, é quase impenetrável. Poucos, algo como menos de 5% dos entrevistados, souberam emitir um juízo de valor. Mas o que chamou mesmo atenção foi que praticamente ninguém conseguiu re-lacionar as mudanças propostas com a qualidade de vida, seja para melhor ou pior.

Na verdade, meu objetivo primário não era nem esse. O que eu queria saber era se as notícias rela-tivas às mudanças feitas no Código, ao apagar das luzes no Senado, tinham alcançado o público. Pelo visto, não. E isso é grave, porque essas mudanças abriram brechas perigosas - a principal delas, envol-vendo os nossos manguezais.

Mas antes de continuar com essa explicação, é pre-ciso revelar outro fato, este de grande importância para milhões de pessoas. Trata-se da própolis verme-lha. O que ela tem de tão especial? Segundo a equipe do professor Yong Park, da Unicamp, uma das subs-tâncias encontradas na própolis vermelha mostrou-se capaz de eliminar células leucêmicas. A descoberta causou enorme impacto na comunidade científica in-ternacional. E não é para menos. Apenas no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, os casos de leucemia quase dobraram no país. De 2,8 casos por 100 mil habitantes, há 10 anos, passamos a registrar quatro casos por 100 mil pessoas.

O que isso tem a ver com o Código Florestal? Tudo. É que nos últimos dias antes de o Senado re-digir o texto final do Código, alguns parlamentares

da Vida

Por Marcus Neves Fernandes

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conseguiram introduzir uma mudança que altera completamente o status dos manguezais brasileiros. Esse ecossistema, que sempre foi considerado uma área de preservação permanente, acabou sendo des-membrado, retalhado. Nesse ato, tal como Jack, o Estripador, uma parte dos manguezais, chamada de apicum, passa a estar fora da zona de proteção.

Os apicuns, de forma leiga, compõem a parte dos mangues mais afastada da água do mar, que só inva-de esse trecho nas marés mais altas. E é lá que se en-contra uma árvore chamada popularmente de rabo--de-bugio - também conhecida como marmeleiro da praia. É dela que as abelhas extraem a seiva que dará origem à prodigiosa própolis vermelha.

Os estudos conduzidos pelos cientistas da Uni-camp ganharam o mundo. Imediatamente, um dos maiores jornais da China, o Globo Time, fez uma ex-tensa reportagem sobre a descoberta que, na Europa, foi tema da BBC, reproduzida nos Estados Unidos por várias emissoras. No Japão, cientistas já trabalham com essa variedade em seus laboratórios.

Bom, você deve estar se perguntando o que é que tudo isso tem a ver com sustentabilidade. É simples. Hoje, os poucos produtores da própolis vermelha já conseguem vender o quilo do produto por R$ 500. Há pedidos de mais de 30 países. Sua exploração, que é para lá de rentável, depende, porém, da conservação de nossos manguezais, notadamente dos apicuns. Todavia, a decisão do Senado foi tomada visando abrir os apicuns para a exploração de crustáceos em

cativeiro, uma atividade que é tida como uma das principais responsáveis pela destruição dos man-guezais. Chamada de carcinicultura, ela é explorada por grandes empresas, diferentemente da apicultu-ra, que está ao alcance das pequenas comunidades. Agora, voltando àquela minha pesquisa, imagine que, após esse tipo de contexto, eu refizesse a enquete? E se eu fosse mais específico e perguntasse: você, leitor, aprovaria a decisão de permitir a ocupação de parte dos manguezais, sabendo que nele existem substân-cias de enorme importância para nossa saúde?

Desenvolvimento sustentável é, acima de tudo, o uso inteligente de nossos recursos naturais. Quando isso é deixado de lado, todos, sem exceção, perdem. E nós já perdemos muito.

Lembro-me, por exemplo, do captopril, uma droga largamente vendida no mundo para controle da pres-são arterial. Ela foi desenvolvida a partir do veneno da jararaca ilhoa, espécie que só existe aqui no litoral paulista, na Ilha da Queimada Grande, em frente ao município de Itanhaém. Nos últimos anos, rendeu bi-lhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos.

O Código Florestal é, acima de tudo, um Código da Vida. Proteger os ecossistemas, como a Mata Atlântica, as praias e os rios é como fazer uma poupança. Trocá--los, seja pelo que for, é um tiro no pé. E, se a mudança feita no Senado for confirmada pelos deputados neste início de 2012, estaremos seguindo um caminho con-denável, fruto, em grande parte, da ausência do cida-dão em toda essa discussão.

Os manguezais brasileiros escondem riquezas que vão além da própolis vermelha. O sal verde é uma delas, obtido a partir de uma planta cha-mada salicornia (foto). Os galhos secos da planta, depois de triturados, transformam-se em um pó, que pode ser usado como tempero. Descoberto há pouco mais de um ano, o produto, além de não causar hipertensão, ainda tem potencial de reduzir a pressão arterial. Os primeiros estudos estão sen-do feitos na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri). Foi lá, nas proximidades

de Palhoça (15 km de Florianópolis), que a planta foi encontrada. “Provavelmente também seja en-contrada aí no litoral paulista”, diz o pesquisador Antonio Amaury Silva Júnior. Além de ajudar no controle da pressão arterial, a salicornia tem ação diurética, protetora de tumores e antioxidante (aju-da a prevenir o envelhecimento celular). Por isso, na Europa, um grama chega a valer quase 10 euros. No Brasil, os estudos revelaram outra vantagem. “Aqui, há mais potássio do que sódio na planta, o que é bom para a saúde”, diz Silva Júnior.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentávelContato: [email protected]

O sal medicinal dos mangues

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Florestas e pastos verdíssimos ladeiam lagos tranquilos e, ao fundo, a imponência da cadeia montanhosa que compõe os

Alpes Dolomíticos, no norte da Itália. Cenário perfeito para descanso e lazer, para os quais contribuem as escolas de esqui,

as trilhas e as práticas de canoagem e equitação

As fantásticas

montanhas Dolomitas

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turismo internacional

Um inigualável espetáculo. Ao ama-nhecer e ao anoitecer, a cadeia monta-nhosa das Dolomitas se reveste de tons rosados. O cenário emoldura as cidades e aldeias da região Trentino-Alto Adige, no norte da Itália. Essas montanhas se recobrem de neve durante seis meses do ano e, nos outros seis, ficam atapetadas por vegetação de um verde intenso.

Duas culturas radicalmente diferen-tes convivem neste privilegiado canto do mundo: a italiana, graças à cidade de Trento, capital da região, e a alemã, das comunidades de Alto Adige, região que limita as partes mais altas do rio Adige, também conhecida como Südtirol (Tirol do Sul). As duas regiões fazem fronteira com a Áustria e Suíça e seus quase 1 mi-lhão de habitantes são fluentes em três lín-guas: italiano (60% da população), alemão (35%) e o dialeto ladino-dolomita (5%).

As montanhas são recortadas por ge-leiras, que formam amplos e profundos vales explêndidos, muitos dos quais, situados no sul da região, possuem um inesperado clima quente e ensolarado, mesmo no inverno. A estação do ano mais bonita é o verão, quando o sol se reflete nos lagos, e as cores da natureza ficam ainda mais intensas.

Época ideal para a prática de ativida-des físicas, como esqui, excursões a pé ou

Por Bruna Vieira

A pequena e bela cidade de Feira de Primeiro cujas construções típicas ficam repletas de veranistas nas temporadas de inverno

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a cavalo, além de mountain bike. Os bares e restaurantes servem pratos

simples e genuínos da cozinha regional. Outra atração gastronômica é a degusta-ção de produtos típicos como os queijos, servidos com mel local ou acompanha-dos por vinhos trentinos. Isto a dois mil metros de altura e com música ao vivo.

Duas pequenas cidades existentes no

belíssimo Vale das Dolomitas são Feira de Primeiro com seus 540 moradores e Tona-dico com cerca de 1.400. Um exemplo da arquitetura local, de influência gótica, é o Palácio dos Minérios (hoje museu), repre-sentativo da exploração de minérios e ferro que influenciou os costumes da vila.

A movimentação de pessoas ocorre ao longo da estrada principal, onde ficam

As montanhas dolomitas marcam a paisagem na região Trentino-Alto Adige, no norte da Itália. Acima, a tranquilidade em Trento, capital da região. Abaixo, vista da cidadezinha de

Feira de Primeiro com seus bosques e estradas rodeadas de autêntica vegetação

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turismo internacional

shoppings, boutiques elegantes e artesa-nato local. O nome Feira vem do alemão mark (mercado). No local funcionou o primeiro dos muitos mercados antigos.

TrentoCertamente uma das cidades mais

interessante da região é Trento, com 104 mil habitantes. Além de uma bela catedral e um imponente castelo, Tren-to apresenta várias ruas margeadas por

mansões renascentistas.A cidade histórica ficou conhecida por

sediar o Concílio de Trento (1545-63), estabelecido pela Igreja Católica para discutir reformas que pudessem atrair grupos dissidentes, particularmente os protestantes alemães, de volta para a Igreja. A catedral, onde ocorreram algu-mas reuniões do Concílio, foi construída em estilo românico no século XIII, após três séculos de construção.

A nobreza presente na arquitetura do imponente Museu Diocesano,em Trento. Abaixo, aspecto do comércio local em Feira de Primeiro

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Prefeitura de MongaguáCuidando de pessoas, investindo na cidade

Recuperar a autoestima da população e investirno cuidado com as pessoas é um trabalho que

diariamente é realizado em nossa cidade

[email protected]

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turismo gastronômico

Do tacho à produção em larga escala, são 34 anos de história, cujas protagonistas, as bananinhas de Ubatuba, adoçaram o

paladar de muita gente na cidade e pelo país afora

Por Bruna Vieira

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Três décadas de muito sabor

Bananinha original, com chocolate, com ca-nela, sem adição de açúcar ou, ainda, compo-tas de frutas, geleias, goiabada e queijo fresco, sorvetes ao forno, café expresso, chá, pé de moleque, doce de leite, cocada, torta de bana-na, strudel... Ufa! Haja doce. E pensar que tudo começou a partir de uma pequena fabricação caseira de doces à base de banana.

Já se vão 34 anos desde que Célia Parodi e sua filha Marília resolveram investir em seus dotes culinários e apostar no sabor de uma fru-ta muito abundante na região de Ubatuba, lá pelos idos de 1977. Lançava-se, então, a pedra fundamental do que viria a se transformar na fábrica de doces Tachão de Ubatuba.

Tacho é o nome do tipo de panela utilizada

para cozinhar o doce. No início das atividades, a fabriqueta funcionava nos fundos de um pe-queno quintal, com ferramentas confecciona-das artesanalmente por Giovanni Parodi, um dos pioneiros da fábrica. A produção, atual-mente, envolve 45 funcionários e outros 15 fa-zem o atendimento nas duas lojas de comercia-lização na cidade. Por meio de distribuidores, chegam a vários estados brasileiros como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.

“Hoje, já não compramos as bananas em Ubatuba; elas vêm do Vale do Ribeira, devido à quantidade usada na produção dos doces. O produto principal do Tachão continua sendo a

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bananinha tradicional, mas, com o passar dos anos, fomos acrescentando outros produtos na marca”, diz Fernanda Parodi, integrante da se-gunda geração da família.

Ela conta que é uma satisfação trabalhar na empresa da família que veio de São José dos Campos para Ubatuba. “Temos orgulho do Tachão. Ao contrário do que muitos pensam, trabalhar com os irmãos e pais é gratificante. Já conhecemos o íntimo de cada um, temos con-fiança e compartilhamos as conquistas. Mas não ficamos nisso, eu, por exemplo, fui estudar tra-dução-interpretação, meu irmão fez engenharia mecânica, a outra irmã fez arquitetura. Saímos de Ubatuba para estudar e voltamos. Hoje, cada um está ligado a um setor da empresa”.

As lojas tornaram-se verdadeiros pontos turísticos, já que apresentam ambientes rús-ticos integrados à bela paisagem da região. Quem visita aprova. “As bananinhas têm um sabor especial e são muito macias. E o melhor, tem a bananinha sem açúcar que é uma de-lícia. Morei em Paraty, aqui perto de Ubatu-ba, e sempre que posso paro no Tachão para comprá-las”, diz a engenheira Ana Tieme, que levou toda a família para degustar as gostosu-ras da loja de fábrica.

Serviço: a loja da fábrica fica na Rua das Begônias, 95, Jd. Carolina (altura do Km 93 da Rodovia Oswaldo Cruz), em Ubatuba. Fone: (12) 3832 3459.

De fabriqueta de fundo de quintal à charmosa doceria atual, muita banana foi preciso para chegar aos atuais 45 funcionários que preparam e vendem as delícias da casa, agora mais diversificadas

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Quando ninguém acreditava Que seria possível, com uma dívida

de mais de r$ 1 bilhão,

a prefeitura de guarujá

enfrentou a crise e hoje a cidade se

reergueu.

saúde: UPA EnsEAdA constrUídA:

200 atendimentos por dia.

UPA BoA EsPErAnçA Em constrUção:

r$ 2,6 milhões investidos.

UBs PAE cArá rEformAdA: beneficiou os

110 mil munícipes de vicente de carvalho.

mElhoriAs nAs UnidAdEs dE sAúdE:

Jardim dos pássaros, vila Zilda e santa

cruZ dos navegantes.

escolas novas:JArdim ProgrEsso E morrinhos:

com as duas unidades, serão mais 600

crianças atendidas em idade de creche

e educação infantil.

rEformAs Em EscolAs:

10 reformas concluídas

e 11 em obras.

crEchEs:

aumento de 166% de vagas,

em relação a 2008.

asfalto:BEnEfício PArA 41 viAs. serão mais

de 20 mil m² entre pavimentação, recapeamento e recuperação, além

de drenagem e instalação de guias e sarJetas. a primeira fase foi iniciada

em setembro.

habitação:proJetos habitacionais beneficiam

mais de 15 mil fAmíliAs: 374 UnidAdEs habitacionais Já

entregues, 115 em construção. mais 2.534 UnidAdEs previstas no

programa favela porto cidade.

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gastronomia

Com a correria da vida moderna, fica difícil preparar as refeições diariamente, mas, uma boa saída para manter a qualidade da alimentação, e também economizar, é ter sempre comida congelada no freezer

e economia na cozinhaMais praticidade

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Por Fernanda Lopes

Congelar é uma atitude que pode ga-rantir menos tempo na cozinha e mais momentos de descanso, com a vanta-gem de os alimentos não perderem seus nutrientes. Se o produto é congelado da maneira correta, ele até realça suas cores, como acontece com algumas verduras e legumes. De acordo com a nutricionista Tatiana Branco “é preciso saber as téc-nicas corretas de congelamento. Cada alimento deve ser congelado de uma ma-

neira e exige um armazenamento pró-prio ou muitas vezes um pré-preparo”.

O congelamento correto necessita de temperaturas entre -18ºC e -23ºC. Uma vez congelado, o alimento resiste por mais tempo do que se preservado somen-te em refrigeração. Além disso, é possível programar as refeições da semana, tendo sempre à mão uma comidinha prepara-da em casa, o que é bem mais saudável e econômico.

EtapasSepare alimentos de boa qualidade e limpos. Colo-

que em embalagens adequadas como potes plásticos, de vidro ou sacos plásticos próprios para alimentos, em quantidades pequenas, ideais para o consumo de uma refeição, tentando retirar o ar, se possível com uma bombinha específica.

Identifique com uma etiqueta contendo data de fabrica-ção e data de validade. Coloque no freezer na temperatura adequada, abaixo de 18º C; conserve os alimentos congela-dos por até 3 meses e nunca recongele os alimentos.

Frutas: elas devem ser limpas e os caroços devem ser re-tirados. Armazene as frutas na quantidade exata que você ou sua família consome. As frutas congeladas devem ser consumidas em preparações como bolos, tortas, sucos. Não é possível comê-las em natura após o descongelamento.

Hortaliças: é preciso usar a técnica de branqueamento, que conserva as características como sabor, cor, textura, além de diminuir a proliferação de bactérias. Primeira-mente, deve-se higienizar as hortaliças desinfetando-as adequadamente. Depois, ferva bastante água e coloque as verduras ou legumes já limpos e descascados. Deixe por 1 minuto, retire e coloque em água gelada, para que haja o choque térmico. Depois, escorra e enxugue. Coloque em embalagem bem vedada e sem ar.

Carnes: elas devem ser limpas e as partes não co-mestíveis, retiradas. Esses alimentos devem ser arma-zenados na quantidade em que serão consumidos. De-pois de descongelados, eles só podem ser congelados novamente depois de cozidos.

Pratos pré-preparados: cozinhe os alimentos com pouco tempero e não exceda o tempo no fogo, já que os alimentos serão aquecidos novamente. Após o preparo, coloque-os em embalagens adequadas ao consumo de uma refeição; depois coloque a embalagem com o ali-mento pronto dentro de um recipiente com água fria e gelo; assim que esfriar coloque no freezer.

Descongelamento: os alimentos devem ser descon-gelados, colocando-os no refrigerador por algum tempo ou direto em forno de micro-ondas (função desconge-lar), ou em temperatura ambiente por no máximo 4 ho-ras. No caso das carnes, nunca deixe fora da geladeira.

Não congele: maionese, saladas cruas, gelatinas, cla-ras em neve ou cozidas, batatas cozidas, manjares, ovos cozidos, pudins cremosos, creme de leite, curau e banana.

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Fontes: Suemy Hayashi, professora de nutrição e gastronomia, e as nutricionistas Tatiana Branco e Nathália Nahas

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gastronomia

Receitas

Ingredientes para o frango6 filés finos de frango;6 fatias de peito de peru defumado;6 fatias de muçarela;6 talinhos de cebolinha;3 colheres de sopa de cenoura ralada;Suco de meio limão;6 colheres de sopa de azeite;1/2 colher de sopa de sal;Pimenta branca moída a gosto;2 alhos picados e 12 palitos

Para o molho2 colheres de manteiga;2 colheres de farinha de trigo;600 ml de leite;1 folha de louro;1 cravo da índia;1 cebola pequena sem casca;1 lata de ervilha sem água;100 g de peito de peru em cubinhos

Sal, noz-moscada e pimenta-branca a gosto.

PreparoTempere os filés de frango com o alho, o sal, o limão e metade do azeite. Deixe marinando 15 minutos na geladeira. De-pois abra os filés, coloque a fatia de peito de peru, a fatia de muçarela dobrada ao meio de modo que fique dentro do filé, um talo de cebolinha cortado ao meio e um pouco de cenoura ralada. Enrole o filé com o recheio dentro, formando um rolinho e feche com dois palitos. Faça isso com todos os filés. Coloque azeite em uma frigideira e deixe esquentar. Coloque os filés e frite bem de todos os lados. Coloque meio copo de água e tampe a frigideira. Deixe cozinhar por cerca de 5 a 10 minutos até que o frango esteja cozido (se precisar coloque mais água). Sirva com o molho.

Para o molhoEsquente o leite com uma cebola dentro com um cravo espetado e uma folha de louro. Em outra panela, derreta a manteiga. Junte a farinha e forme uma pasta em fogo baixo. Junte o leite a essa pasta, retirando a cebola e mexendo para não empelotar. Deixe em fogo baixo mexendo até que engrosse. Junte as ervilhas e o peito de peru picado. Acerte o sal, coloque noz moscada ralada na hora e pimenta branca moída.

Rendimento: 6 porçõesPara congelar: congele o frango e o molho separadamente. Espere esfriar na geladeira e coloque em potes herméticos e etiquetados com a data de congela-mento. Podem ser congelados por até 30 dias. O molho pode acompanhar também massas e peixes.

Rolinhos de frango com molho parisiense

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Ingredientes hambúrguer500g de patinho moído;½ pacote de sopa de cebola;2 talos de cebolinha picados em rodelas;2 colheres de sopa de azeite;4 fatias de muçarela e4 tomates cereja

Ingredientes salada8 folhas de alface;1 pepino em fatias finas;1 cenoura ralada;1 cebola roxa em rodelas;

20 tomates cereja;Azeite, limão e sal

Preparo para o hambúrguerMisture a carne, a sopa de cebola, a salsa e o azeite e forme quatro bolas. Como recheio, coloque 1 fatia de mu-çarela dobrada em quatro e um tomate cereja. Feche a bola e achate como um hambúrguer. Frite na grelha ou frigi-deira quente e tampada. Sirva com a sa-lada e um vinagrete feito com 3 partes de azeite para 1 de suco de limão.

Rendimento: 4 porçõesPara congelar: somente os hambúr-gueres podem ser congelados, em po-tes hermeticamente vedados e etique-tados com a data de congelamento por até 30 dias. Podem ser congelados prontos ou para ser fritos na hora. Podem também ser assados em forno a 200 graus Celsius. Para descongelar já pronto leve o pote à geladeira com algumas horas de antecedência e de-pois esquente normalmente no forno ou na frigideira.

Hambúrguer recheado

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112 Beach&Co nº 115 - Janeiro/2012

moda

A moda praia para este verão está supercolorida, quente, feminina e sensual. Os tons vibrantes e o estilo romântico harmonizam-se com os babados e as flores. Inspire-se!

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a estação da liberdadeAproveite

Perfume campestre

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113Beach&Co nº 115 - Janeiro/2012

Por Karlos Ferrera

Sol, férias, viagens, praia, piscina. No verão, tudo favorece a beleza, ao estar bem. Assim, é im-portante ter no armário, ou na mala de viagem, bi-quínis modernos e práticos que possam ser usados dentro e fora da água, sem perder o estilo. Confira as principais tendências para a temporada.

Universo pop star traz a rebeldia inspirada na música e na estética do punk e do rockabilly. As peças são justas, mas com conforto, e incor-poram aplicações de metais, pedras e brilhos, com toques de exagero.

No estilo caleidoscópio emocional o exótico é a marca principal. Apresenta um mix de estampas em um patchwork de inspirações com referências que vão do étnico ao oriental. A estamparia para o verão 2012 reúne listras, animais, formas geométri-cas e flores, em sobreposições, mas também as co-res “blocadas”. Assim, a força dessa tendência é o colorido em tons vivos e a personalidade selvagem.

Na tendência construção atemporal a arqui-tetura é homenageada nas formas geométricas.

Construção atemporal

Universo pop star Perfume campestre

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114 Beach&Co nº 115 - Janeiro/2012

moda

Também aparecem as texturas em camadas nos tecidos, que formam um origami original. O con-traste de volumes é construído pela alfaiataria impecável e estruturada, até mesmo nos tecidos mais tecnológicos usados nas peças. Os looks são geralmente monocromáticos e tonais e também podem ser vistos recortes que mostram a pele. Como referência, a tendência construção atempo-ral traz o moulage, a escultura, a aerodinâmica, o minimalismo versus o maximalismo e o universo esportivo dos bikers.

Em perfume campestre encontra-se um tom de romantismo nas formas fluidas que aparecem nos tecidos leves e transparentes, em sobreposições de camadas e estampas florais. A inspiração vem das porcelanas, das rendas e dos trabalhos artesa-nais, que mostram formas rústicas e orgânicas. Os tons mais evidentes dessa tendência são os bran-cos e os pastéis.

Mil ideias Destaque para as listras e xadrezes vichy (tipo

toalha de piquenique). Mix de florais e estampas de bichos diferentes trazem um ar sexy aos biquí-nis e maiôs que estão mais sensuais e elegantes. Tomara-que-caia e cortininhas são as estrelas da estação e vêm com peças descoordenadas.

Para as saídas de praia, túnicas, kaftans e ves-tidos soltinhos, tudo com tecidos fluidos e muita transparência também. As peças aparecem curtas ou longas e os decotes são profundos.

Lições de estilo na praia1. Apesar de se estar na praia e em

férias, deve-se manter o estilo. A des-culpa de que ‘as coisas velhinhas do guarda-roupa podem ser usadas na praia’ é furada! Se no dia a dia a gente escolhe o melhor que o nosso orçamen-to pode comprar, porque seria diferen-te com as férias?

2. Guarda-roupa de praia também diz muito sobre a personalidade de quem usa, e merece ter qualidade porque toca a nossa pele; porque é eternizada nas fo-tos que adornam os porta-retratos.

3. Praia ou piscina, vento e calor, tudo isso afeta a pele e os cabelos. Bom ter à mão pauzinhos fofos de fazer co-que, fivelas bacanas, tiaras e grampi-

nhos. Filtro solar que já vem com pig-mento e que funciona como base são os melhores amigos da pele.

4. Acessório de praia tem que ser prá-tico, que não atrapalhe na hora de tomar sol ou entrar na água. Evite os grandes demais, com muito brilho. O ideal é uma bolsa e sandália leves, minibrinquinho, minicolarzinho, relógio e só.

O estilo caleidoscópio emocional apresenta um mix de estampas e cores blocadas

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Coluna Chic // Gabi Montoro

Momentos especiais da sociedade santista nesse período maravilhoso de férias de verão

Os noivos Tatiana Canavan e Leandro com o pequeno Vinicius, no Iate Clube de Santos, em festa animadíssima!

No Gaiana, Mariana Galo e Alexandre Bertolami receberam os convidados para um casamento inesquecível

As meninas chiques Valéria Rocha, Natalia Stoco, Elaine Rodrigues e Angelica Abreu

Ana Salgueirosa, palestrante de Com que roupa eu vou, na Porto Seguro Sucursal Santos

Silvia Papa, do Fundo de Solidariedade de Santos, em evento de arrecadação de brinquedos

Os irmãos Thereza e Antonio Pena

Helena Peniche Fernando e Monica Toledo

Paula Nascimento entre as filhas Camila Sessa Nascimento, que será mamãe em fevereiro, e Thalita Barbosa

Marcia Martinez Paula Carvalhaes e Maria Angélica Gonçalves

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Magic Kingdom Ricardo, Gabriella e Luma Montoro Figueira As Brancas de Neve

Beth e Beto Montoro no Réveillon em Epcot Center

Ligia e Betinho Montoro no Magic Kingdom

Roberta e Carla Torre com Tico e Teco

Darcio Medeiros na Universal Studios

Andrezão Machado, superantenado em todos os jogos da NBA Nathalia e Renata Atz Machado

Especial Disney 2011/12

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Flashes

Com o tema Gaiana à Brasileira, o restaurante Gaiana lotou a casa para brindar o Réveillon

Alba e Isabela Spinelli Clara e Diana Avancini, e Carola Di Franco

Aurora, Gilda Trevisan, Nilza Aparecida e Carla Di Franco

Carola Di Franco e Márcia Trevisani

Tadeo e Nicolau Frota, e os anfitriões Ricardo e Márcia Trevisani

Os jovens Tomas, Tadeo, Diana, Clara, Carola e Nicolau

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Márcia Trevisani, Federico, Carla Di Franco e Ricardo Trevisani

Roberto Pestana e família

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Silvio Frugoli e família Regina Querido e Rodrigo Almeida Aline e Matheus da Silveira

Família Gimenez Gustavo Marques e família

Renan Lotufo e família Daniela e Carlos Baxmann

Celso Bonilha e família

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Flashes

Roberto Haddad brindou a chegada do Ano Novo em uma bela reunião com amigos e familiares, na Riviera de São Lourenço

A emoção dos amigos e familiares reunidos em mais uma passagem de ano Destaque especial para a família Haddad

Fernanda, Andreia e Jurema Dragone Osmar Santos faz graça com membros da família Haddad

Sérgio e Rose Aragon

Aniversário Almir Ferraz

Barreto e sua bela paella, o aniversariante Almir Ferraz e Roberto Haddad

Helena e Luciano BravaMara e Álvaro Cerdeira, Almir Ferraz, Washington e Dora Cunha

Pascoal Biondo e Claudio Saad

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Flashes

Muito bom começar o ano com amigos para comemorar mais um ano de vida. Parabéns para Nestor Kiskay

Giro

Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, assina contrato para restauro da Hospedaria dos Imigrantes, em Santos

O diretor- presidente da CDHU, Antonio Carlos do Amaral Filho, em Cubatão

O governador Geraldo Alckmin e o prefeito de Itú, Herculano Passos, na entrega de casas do programa Serra do Mar, em Cubatão

Nestor Kiskay,Christian, Bilia Kiskay e Paloma Irene Nardin, Bilia Teixeira e Kehel Taveira Heraldo Ruiz e Nestor Kiskay

Algerino Ponta, Nestor Kiskay e Dr. Fernando Bianchini Cardoso Os Nedeff: Ariane, Ari, Maria Clara e Natalia

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Flashes

A famosa lentilhada do mestre Expedito Honório é sempre imperdível

Sandra e Paulo Velzi, Cleide Delgado e Marcia Delgado

Rosa Honório, Expedito Honório e Vagner Os pescadores Carlos Sergio, Expedito Honório, Ribas Zaidan, José Miguel, Fernando Senna e Mario Mosca

Alexandre, Marcio, Tiago Rodas, Vanderley Rodas e Expedito Honório Eliana, Rosa, Aline Honório, José Roberto e Branca

José Roberto e Expedito Honório Família João Cesar Carlos Sergio, Harumi, Fátima e Antonio Domingos

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Flashes

Bons momentos de mais uma primavera florida da querida Ivanete Carvalho

Silvana Luppa e Luis Paulo Luppa

Ivanete com sua bela família O casal Cristina e Marcos Vieir Rose Berlofi, Dinalva Berlofi e Cristina Vieira

Mario Antonio Couto, Mauro Moreno, Nicolau Constantino, Toninho Carvalho e Airton Cassarotti Claudete Couto, Denise Cassarotti e Ivanete Carvalho

Guilherme Schaidhauer, Ibero Valdivia e Arthur Lacerda

Denise Bonsi, José Roberto Bonsi, Silvia Lacerda e Amanda Milo.

O show foi animado por um sanfoneiro

Ivanete, Aldo, Marta e Fátima Antonio Carvalho, Ivanete, Moira e Marcelo

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“Destaques” // Luci Cardia

Com o glamour de sempre, o empresário Marcos Carreira recebeu amigos, na Riviera de São Lourenço, para comemorar mais um ano de vida. Parabéns!

Marcos Carreira com sua amada Ieda Favano Carreira

Daniela Mincis e Marcos Paulo Carreira

O renomado cirurgião plástico Flavio Favano, a mulher Claudia e as filhas Ana Carolina, Mariana e Ana Paula

O empresário Marcelo Torquato e a mulher Kelly Torquato

Roberto Chioccarello, Dr. José Cardia, o empresário Luciano Secco e Dr. Flavio Favano

Aline Andreolli, o marido Gilson Luckmann, Renan Valente e a mamãe Valéria Valente

Alexandre Vidulic, Roberto Brito, Milet Vidulic e Guilherme Carreira

Giro Social

O clã dos Rossi festejou a chegada do ano novo com estilo: Dorival, Lydia, Julio Iuliano e a Drª Ediangeli

Claudia Malotti, Luci Cardia e Ieda Carreira Ieda Favano e Fernando Cardia

Fachole Pinheiro, Gui Carrera, Renan Valente, Marcella Martin e Giovanna de Luca

Encontro de amigos no Maremonti, na Riviera: Marcos Carreira, Carlos Pires e José Cardia

Os irmãos Marcelo e Fausto Vicale, com a bela Nathalia Morelli

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

O consultor internacional de empresas Dr. Siegfried Grötzinger, o Zig, como é carinhosamente chamado, reuniu um seleto grupo de amigos nas dependências do

Guarujá Golf Club para comemorar os seus gloriosos 70 anos

Maria Eunice Ribeiro Leão Grötzinger e o aniversariante

A prefeita de Guarujá Maria Antonieta e as amigas Eliana Falanga e Viviene Awazu

O presidente da Câmara Municipal de Guarujá José Carlos Rodrigues e a mulher Lica

Encontro de presidentes: Miguel Calmon Nogueira da Gama, do GGC, Kézia Bivilacqua, da ASFAR e Luis Carlos Bevilacqua, do Rotary Club Guarujá

Miriam e Adilson de Jesus Elizabeth e o desembargador Itamar Gaíno

Dr. Miguel Calmon, Suzanne Grötzinger, Maria Antonieta, Maria Eunice, Drª. Cleide Calmon e Ziegfried Grötzinger

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Gerar empregos

e renda

Crescer sustentavelmente

Educar para preservar

Fotos da Riviera

Visão de futuro é preparar, hoje,o bem-estar do amanhã.

É projetar novos bairros e novas cidades para

oferecer as condições de vida que todos desejam.

É disciplinar o uso e a ocupação do solo.

É buscar soluções para os impactos ambientais.

É trabalhar com responsabilidade social para

educar e preservar.

Há mais de 50 anos a Sobloco desenvolve projetos

urbanísticos integrados ao conceito de sustentabilidade.

Mais que urbanizar áreas, a empresa se especializou

em formar comunidades vibrantes e valorizadas,

onde as pessoas se orgulham de viver.

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