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Revista Beach&Co edição 123 - Setembro de 2012

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Quadrinhos ontem, hoje e sempre, na gibiteca

Água: desafios da sustentabilidade

18 34

Foto Flávia Souza Foto sxc.hu/Jon alex

Jureia 08

Porto 22

Meio Ambiente 48

Gastronomia 52

Moda 56

Flashes 60

Alto astral 62

Celebridades em foco 64

Destaques 65

Praias Negócios Imobiliários 66

E mais...

Foto

sxc.

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Clo

ete

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Capa

O mono-carvoeiro, também conhecido como muriqui, um dos habitantes da Jureia-Itatins

Foto Palê Zuppani/Pulsar Imagens

Foto Luciana Sotelo

pág. 28Zoológico

Rabat, uma das joias de Marrocos

Pomar doméstico, deliciosa tendência

4236

Foto sxc.hu/Sanja Gjenero Foto Renata Inforzato

Page 6: Beach&Co 123

ao leitor

E mais...

ANO XI - Nº 123 - setembrO/2012

Beach CoA R e v i s t a d o L i t o r a l .

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

Redação e PublicidadeAv. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP

Fone/Fax: (13) 3317-1281www.beachco.com.br

[email protected]

Diretor - PresidenteReuben Nagib Zaidan

Diretora AdministrativaDinalva Berlofi Zaidan

Editora ChefeEleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

[email protected]

Diretor de ArteRoberto Berlofi Zaidan

[email protected]

Criação e DiagramaçãoDiagramação: Audrye Rotta

[email protected]

Marketing e PublicidadeRonaldo Berlofi Zaidan

[email protected]

Depto. ComercialAline Pazin

[email protected]

Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP)

ColaboraçãoBelisa Barga, Durval Capp Filho, Edison Prata,

Fernanda Lopes, Flávia Souza, J. Cardia, Luciana Sotelo, Karlos Ferrera, Marcos Neves

Fernandes, Renata Inforzato e Vinicius Mauricio

CirculaçãoBaixada Santista e Litoral Norte

ImpressãoGráfica Silvamarts

Fotos Flávia Souza

Segundo maior maciço preservado de Mata Atlântica do estado de São Paulo, logo atrás da Serra do Mar, a região de Jureia-Itatins abrange mais de cem mil hectares, do litoral às montanhas. Um fantástico conjunto natural que envolve muitas discussões e conflitos há mais de 60 anos.

Resoluções, decretos, leis e projetos de leis ao longo de décadas buscam soluções para a cobiçada área. Mas, até hoje, não se chegou a um acordo sobre a melhor forma de sustentabilidade desta região, onde natureza e gente formam uma teia intrínseca.

As restrições sobre o uso da intocável área protegida, as dificuldades em controlar o acesso ao turismo e as atividades de agricultura e extrativismo fazem parte do difí-cil quebra-cabeça, para o qual a aprovação do Mosaico de Unidades de Conservação mostra-se inadiável. A medida, em tramitação na Assembleia Legislativa do estado, entre outras definições, altera os limites da Estação Ecológica Jureia-Itatins, conciliando o direito das populações locais com o manejo sustentável dos recursos.

Faz-se urgente e necessário que os órgãos governamentais decidam os caminhos a ser tomados, de forma a proteger o bioma Mata Atlântica e sua espetacular biodiversi-dade, assim como sua população tradicional, possuidora de riquíssima cultura e sabe-res, acumulados durante muitas gerações de simbiose com o meio em que vivem.

Eleni Nogueira

A Jureia pede pressa

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SantosRua da Constituição 51813 3226-1555

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8 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

meio ambiente

A luta já vem de longe e envolve famílias, biodiversidade, pesquisas, proibições, discussões

técnicas e políticas. Conheça o ponto mais preservado do litoral paulista, ainda!

paraíso chamado

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Jureia-Itatins

Pela preservação de um

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9Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Avelino Rodrigues tem 84 anos e, desde que nasceu, mora num paraíso, a Estação Ecológica Jureia-Itatins, uma área de 80 hectares locali-zada na Serra do Itatins, e que engloba os mu-nicípios de Iguape, Miracatu, Itariri, Pedro de Toledo e Peruíbe. Foi ali, em meio à floresta e o mar, que ele a mulher Iolanda criaram seus cin-co filhos. Até tentou, por um período, viver em outro lugar, mas não se adaptou e voltou para sua casa simples, uma construção que mistura alvenaria e madeira, num lugar onde o acesso é proibido para a maioria dos seres humanos.

O casal compõe uma entre as centenas de fa-mílias que habitam a área. Estudos de diversos órgãos do governo estadual, como a Secretaria de Meio Ambiente, estimam que haja cerca de 300 propriedades na Estação Ecológica, mas o núme-ro de residentes é bem menor. “Existem muitas casas desocupadas, por isso, calculamos que atu-almente vivam nesta área menos de 130 famílias”, diz o diretor da unidade, Roberto Nicácio.

Essas famílias habitam uma Reserva de De-senvolvimento Sustentável (RDS), uma área natural, de domínio público, que abriga popu-lações tradicionais. Elas trabalham pela própria subsistência, e vivem da exploração de recursos naturais, como a agricultura e a pesca, e não te-mem a natureza selvagem e nem o ônus de uma vida longe da urbanização.

Avelino é um exemplo acabado do dia a dia dessas famílias. Precisa dormir de mosquiteiro, usar bateria de carro para ver televisão, e lam-pião a gás para ter luz. Também já foi picado por cobra enquanto pegava lenha no mato. Mas nada disso é suficiente para uma possível mudança de endereço. “Passo o dia limpando meu terreno, capinando e criando minhas galinhas. Gosto de tudo aqui, esse sossego é muito bom”, revela.

Há alguns anos, a tranquilidade dessas famí-lias foi ameaçada. Na década de 1970, cogitou--se criar um empreendimento imobiliário de alto padrão no local, mas logo a ideia foi por

Por Flávia Souza

Avelino não troca a vida simples na estação ecológica pelo conforto da cidade grande. Ele é membro de uma das 130 famílias que habitam a Jureia

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10 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

meio ambiente

água abaixo quando a Empresa Nuclebrás Bra-sileira S/A decidiu construir na região as usinas nucleares Iguape 4 e 5. Ela decidiu, ainda, que o entorno dessas indústrias ganharia o status de Estações Ecológicas. Diante da ameaça de de-gradação ambiental, acirraram-se as discussões sobre o assunto, de tal forma que a Nuclebrás acabou desistindo de gerar energia nuclear na linha da costa do estado de São Paulo e, na se-quência, desapropriou as terras.

Em janeiro de 1986, por decreto, o governo paulista estabeleceu a Estação Ecológica Jureia--Itatins, com quase 80 mil hectares. Em 28 de abril do ano seguinte, uma lei estadual ratificou

a criação da estação. Como parte das unidades de conservação, a área ficou mais restritiva, in-clusive à presença humana, com exceção dos caiçaras tradicionais que ali vivem, de pesqui-sadores com fins científicos, e visitação com ob-jetivos educacionais.

PesquisasAtualmente, mais de 40 pesquisas se de-

senvolvem no local, nos âmbitos da botânica e biologia, de manguezais e aspectos marinhos. “Essa é a segunda maior unidade de conserva-ção do estado de São Paulo, e a que mais recebe pesquisas”, revela o diretor.

Roberto Nicácio, diretor da Estação Ecológica, desenvolve pesquisas com primatas

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11Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

A região possui 2/3 dos últimos 5% de cobertura vegetal primitiva que ainda restam no estado de São Paulo. Condições propícias para a realização de diversas pesquisas

Isso acontece porque, geograficamente, a Ju-reia conta com uma área bem preservada, não cortada por estradas, além de 50 quilômetros de praia. Numa visão geral, tem-se o mar, a praia, a restinga, os manguezais, rio, floresta de encosta e floresta ombrófila densa (popularmente cha-mada florestão ou floresta de serra). Com alto grau de preservação, a região possui 2/3 dos últimos 5% de cobertura vegetal primitiva que ainda resta no estado de São Paulo; concentra quase 40% de vegetação primitiva da área de to-das as unidades de conservação do estado.

Tal preservação foi garantida pela dificul-dade de acesso. Este conjunto de ecossistemas,

que permanece praticamente intocado, man-tém ainda todos os animais silvestres caracte-rísticos e uma beleza indescritível. Condições propícias para a realização de diversas pesqui-sas. Diz Nicácio: “Todos os estudos realizados são importantes e contam com o aval de algu-mas instituições de renome no cenário nacio-nal, como a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Botânica, o Instituto Florestal e o Centro Nacional de Pesquisas para a Conser-vação dos Predadores Naturais do Instituto Chico Mendes (CENAP). Há, ainda, aqueles que trabalham com recursos próprios, pelo amor ao meio ambiente”.

Projeto em tramitação na Assembleia Legislativa propôe a criação de dois parques estaduais, duas reservas de desenvolvimento sustentável e dois refúgios estaduais de vida silvestre, formando um mosaico de áreas protegidas com mais de 110 mil hectares

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12 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Ele destaca o trabalho realizado há mais de uma década pelo biólogo Rogério Martins, que estuda a onça-pintada. “Acredito que esta seja uma das mais importantes pesquisas realizadas na estação, isso porque, o felino símbolo do país é um animal de possível extinção genética em todo o continente americano. Ele calcula que a Jureia conte, apenas, com cinco ou seis indiví-duos. A probabilidade é de que, em menos de 20 anos, ele desapareça por completo”. O trabalho do biólogo, inclusive, foi reportagem de capa da edição de nº 103 da Beach&Co (janeiro de 2011).

A expectativa de Nicácio é de que essa pesquisa tenha um importante progresso nos próximos anos, já que, com o apoio do Pró--carnívoros (Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais), o Projeto Jaguar vai colocar 50 câmeras de monitoramento na mata.

Roberto Nicácio também destaca as pesqui-sas que são feitas com as 14 espécies de anfíbios, em especial, uma que só existe lá e, por isso, ain-

da não foi catalogada cientificamente, chamada de Hylodes sp. Ele mesmo também faz estudos com três primatas, como o bugio canoata, o prego cebus e o mono-carvoeiro, também co-nhecido como muriqui - Brachyteles arachnoides. Os dois primeiros adaptam-se bem a qualquer alteração de ambiente; a preocupação maior é em relação ao último citado, já que o muriqui está ameaçado de extinção. Contudo, na Jureia, a situação do animal ainda é boa.

Em novembro de 1990, a revista Super In-teressante informou que, em 1971, o recense-amento calculou que o Brasil possuía cerca de três mil muriquis. Um ano depois, outra conta-gem apurou cerca de dois mil. Estudos do início da década de 1990 apontaram entre 350 e 500 in-divíduos dessa espécie. “Na Jureia, a situação é boa, sabemos disso pela ocorrência no território da Unidade de Conservação, mas ainda não te-mos como quantificar os bichos. Meu trabalho, que ainda está em andamento, visa justamente

meio ambiente

A Jureia concentra quase 40% de vegetação primitiva de todas as unidades de conservação do estado

O muriqui está ameaçado de extinção. Contudo, na Jureia,

segundo pesquisas, a situação do animal ainda é boa

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13Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

fazer a estimativa populacional”, disse Nicácio.Considerado o maior macaco das Américas

- o macho chega a medir 1,50 m e pesar 15 qui-los -, o muriqui é também um dos mais mansos primatas, com hábitos solidários e permanência em grupo. Preocupados com esta realidade, o Instituto Chico Mendes criou o Plano de Ação Nacional para Conservação dos Muriquis. O objetivo deste plano é aumentar o conhecimen-to e a proteção das populações de muriquis para reduzir a possibilidade de extinção até 2020.

Se estas ações de combate à extinção de ani-mais que compõem o cenário da EEJI derem certo, a floresta continuará sendo um pedaço de paraíso para os filhos e netos de Avelino, que, aliás, também moram neste tesouro encravado no litoral paulista.

Diagnóstico sobre a áreaA Reserva Estatal dos Itatins foi instituída

em 8 de abril de 1958, numa área de 12 mil hec-tares. Dezenove anos depois, em dezembro de 1977, uma resolução do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico (Con-dephaat), declarou o tombamento do Maciço da Jureia, registrado como área cultural de interes-se cênico e científico.

No início da década de 1980, um decreto fede-ral estabeleceu a área como de utilidade pública. O objetivo do governo era construir usinas nucle-ares, num espaço de 23 mil hectares, que incluía o Maciço da Jureia. Devido à pressão pública, o governo desistiu da ideia e, em janeiro de 1986, por decreto, o governo estadual estabeleceu defi-nitivamente a EEJI, com 80 mil hectares.

Um ano depois, em 28 de abril de 1987, foi editada a lei que ratificou a criação da Estação Ecológica. Com esta denominação, a área ficou mais restritiva, não permitindo a ocupação hu-mana, fazendo-se necessário, remover as comu-nidades caiçaras tradicionais ali radicadas para outro local, o que até hoje não foi feito.

Ambiente perfeito para animais como a onça-pintada e a onça-parda. Abaixo, pegada de

onça-parda fotografada na estação ecológica por pesquisadores do projeto Jaguar

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14 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Para beneficiar essas famílias - e conciliar a questão da remoção, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, em novembro de 2006, o Mosaico de Unidades de Conservação Jureia--Itatins. O projeto de lei alterou os limites da Estação Ecológica Jureia-Itatins e criou dois parques estaduais, duas reservas de desenvolvi-mento sustentável e dois refúgios estaduais de vida silvestre, formando um mosaico de áreas protegidas com mais de 110 mil hectares.

As alterações visavam contemplar os direi-tos das mais de 300 famílias caiçaras que habi-tam a região. A lei transformava áreas ocupadas da Estação Ecológica em reservas de desenvol-vimento sustentável, de acordo com as carac-terísticas ambientais de cada uma, conciliando o direito das populações locais com o manejo sustentável dos recursos.

Porém, essa história mudou há quase três anos quando o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou uma ação direta de inconstitucionalida-de e anulou a Lei do Mosaico da Jureia, fazendo com que a região voltasse a ser Estação Ecoló-gica. Em julho de 2010, a Defensoria Pública do

Estado de São Paulo impetrou mandato de se-gurança coletivo contra a remoção das famílias, determinada pela 1ª Vara do Foro de Peruíbe, com ação civil pública do Ministério Público de São Paulo. Um mês depois, ela obteve a decisão liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Consema (Conselho Estadual do Meio Am-biente de São Paulo) aprovou, em novembro de 2011, o encaminhamento ao governador Geraldo Alckmin do projeto de lei que altera os limites da Estação Ecológica da Jureia-Itatins e institui o Mosaico de Unidades de Conservação local.

Em fevereiro de 2012, uma comissão de re-presentantes da Secretaria do Meio Ambiente e de entidades ambientalistas reuniu-se com o presidente da Assembleia Legislativa, o depu-tado Barros Munhoz, para pedir que acelerem a tramitação do projeto que cria o Mosaico da Jureia-Itatins. Quinze dias depois dessa audi-ência, o deputado Hamilton Pereira - junto com outros membros da bancada da Assembleia, começou a propor emendas ao Projeto de Lei 60/2012, que cria o Mosaico de Unidades de Conservação da Jureia-Itatins.

meio ambiente

Conjunto de ecossistemas mantém os animais silvestres característicos

Saiba maisA Estação Ecológica Jureia-Itatins é uma

Unidade de Conservação Estadual, admi-nistrada pelo Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Seus principais objetivos são: desenvolver pesquisas básicas e aplicadas em ecologia; realizar projetos e atividades de educação ambiental e a preservação in-tegral da biota (conjunto de todos os seres vivos de uma região).

Com corpo técnico próprio, sua admi-nistração atende às áreas de pesquisa, edu-cação ambiental, regularização fundiária e fiscalização. O local é possuidor de diver-sos ecossistemas e tipos florestais da Mata Atlântica, com florestas de encosta recobrin-do os morros da Serra do Mar; vegetação de

restinga sobre as planícies costeiras; praias; dunas; manguezais; ilhas fluviais; plantas e animais típicos, além de espécimes raros.

A Unidade de Conservação dispõe atu-almente de três áreas destinadas à realiza-ção de atividades de educação ambiental e visitação: Vila Barra do Una, localizada no município de Peruíbe; Cachoeira do Pa-raíso/ Itinguçu, no município de Iguape, e Praia da Jureia, também no município de Iguape, até o limite do costão do Maciço da Jureia. Para conhecer esses três locais, pos-suidores de ambientes raros e frágeis, o vi-sitante não necessita de autorização especí-fica, basta dispor de interesse e respeito à natureza. É necessário solicitar autorização à administração da Estação Ecológica ape-nas para visitas de grupos, em ônibus.

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18 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

cultura

que delícia de leitura!Quadrinhos,

Atire a primeira pedra quem nunca riu gostosamente com as maluquices da Turma

da Mônica ou torceu pelo Batman ou um outro dos inúmeros heróis de ontem e de

hoje. As revistas em quadrinhos resistem bravamente aos avanços tecnológicos e

continuam a distrair as crianças (e adultos também). Vida longa para elas

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19Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Por Flávia Souza

“Quanto mais se lê, mais se desenvolve o senso crítico, tão necessário para a formação do cidadão”. A frase é do gênio dos quadrinhos, o cartunista brasileiro Mauricio de Souza, em referência à gibiteca que leva o seu nome, inau-gurada em março, em São Vicente. Feliz com a homenagem, o criador da Turma da Mônica enfatiza que um tributo dessa natureza é sem-pre motivo de muito orgulho. “Principalmente quando se sabe dos maravilhosos resultados do funcionamento de uma biblioteca no lazer cul-tural, no conhecimento e no futuro do leitor”.

Mais de 800 exemplares encontram-se à dis-posição do público que, em apenas seis meses, já atingiu a marca de cerca de 6 mil visitantes. Tais números já consagram a gibiteca Mauricio de Souza como mais uma boa opção de lazer e entretenimento cultural na região. Com mais de um bilhão de revistas publicadas, histórias em mais de 120 países e contabilizando mais de 300 personagens criados, Maurício ainda não esteve pessoalmente na gibiteca vicentina, mas tem pla-

nos para que isso ocorra brevemente. “Não vejo a hora de poder me misturar com meus pequenos leitores. Ainda nesse ano deve ser lançada uma revista com um personagem que viveu na cida-de, o Neymar. Quem sabe em uma das suas his-tórias não temos a gibiteca envolvida?”, revela.

O equipamento vicentino, além dos cerca de 800 exemplares, entre gibis e revistas, conta com jogos educativos. No local, os visitantes sentem--se à vontade. Além das estantes com centenas de títulos, mesinhas pintadas como tabuleiro de xadrez, tapetes coloridos de borracha e puffs compõem a decoração. Essa composição torna o espaço adequado para que crianças e adolescen-tes possam desenvolver o gosto pela leitura e o raciocínio por meio dos jogos. Mas não para por aí. Aqueles que buscam um pouco mais de tran-quilidade, podem utilizar a área externa, que também está equipada com mesas e cadeiras, para aprender e se divertir ao ar livre, desfru-tando de uma das vistas mais bonitas da cidade: a praia do Gonzaguinha.

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Espaço conta com 800 exemplares, entre gibis e revistas, além de jogos educativos

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20 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

cultura

Moradora do bairro Boa Vista, a pequena Glaucimell Capolupo, de 8 anos, tornou-se fre-quentadora assídua do local. “Gosto de vir aqui para ler e jogar. Sempre que posso, venho”. E ela não vai sozinha, leva junto o irmão Kierley, de 7 anos, e a amiguinha Giovanna Salles, de 10 anos. A mãe das crianças, Julie Capolupo, apro-vou o equipamento. “A gibiteca é um lugar bom e seguro para as crianças. Como meus filhos amam ler, ficam em casa pedindo insistente-mente para que eu os traga. E este equipamento tem acrescentado muito na vida deles, pois foi aqui que meu caçula aprendeu a jogar xadrez”.

Quem também está sempre no local é a pe-quena Isabelli Miranda Carano, de 7 anos. “Aqui é legal, tem um montão de livros e gibis. Posso vir para ler e desenhar, e ainda me deixam levar revistinhas emprestadas para ver em casa”.

Resultado de uma parceria entre a Sabesp e a prefeitura da cidade, a gibiteca Maurício de Sousa foi instalada num espaço histórico que estava ocioso, a Estação Elevatória de Esgotos Tomé de Souza. Tombada em 2002 pelo Conse-

lho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arque-ológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo (Condephaat), a estação foi restaurada recentemente, e recuperou suas antigas caracte-rísticas arqueológicas.

Implantado entre os anos de 1910 e 1912 pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, o equi-pamento foi construído para coletar o esgoto da ilha de São Vicente. A cessão da área para o mu-nicípio, resultado de três anos de negociação, fez parte das ações comemorativas pelos 100 anos de implantação do sistema de esgotamento sanitá-rio na região, comemorado em abril desse ano.

Serviço: a gibiteca municipal Maurício de Sousa fica na Estação Elevatória de Esgoto Tomé de Souza, no Gonzaguinha. Ela funciona de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18 horas, e aos sábados e domingos, das 11h00 às 15 horas. Os interessados em retirar exemplares devem se cadastrar no próprio local, portando RG e comprovante de residência. Informações pelo telefone (13) 3467 6844.

A gibiteca foi instalada num espaço histórico que estava ocioso, a Estação Elevatória de Esgotos Tomé de Souza, restaurada recentemente

Em apenas seis meses o novo equipamento turístico

e cultural atingiu a marca de cerca de 6 mil visitantes

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22 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

porto

Primeiro escâner móvel em operação nos portos brasileiros encontra-se no cais santista. A partir de janeiro de 2013, todos os terminais alfandegados deverão ter pelo menos um equipamento desse tipo em suas instalações.

Meta é agilizar operações de inspeção de mercadorias

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a serviço da segurançaAlta tecnologia

Aparelho acoplado ao veículo pode ser usado de formas variadas e em operações independentes

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23Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Por Luciana Sotelo

Produtividade é a palavra de ordem nos terminais que movimentam contêineres nas duas margens do cais santista. O número de movimentos por hora é o indicativo que mais representa esse quadro.

Nos dias de hoje, ser eficiente tem rela-ção direta com a tecnologia. Portêineres, transtêineres (guindastes sob trilhos) e softwares que otimizam a logística são cada vez mais cobiçados. A exemplo das empre-sas portuárias, a alfândega da Receita Fe-deral do Brasil do porto de Santos também acompanha este ritmo. Tanto que acaba de adquirir um novo equipamento de raio-x para inspeção de mercadorias.

Trata-se do modelo MX9080, um escâner móvel de alta tecnologia capaz de identifi-car produtos ilícitos como armas, drogas e explosivos, ocultos em cargas e bagagens, explica o inspetor-chefe da alfândega de Santos Cleiton Alves dos Santos João Si-mões. “Esse é o primeiro equipamento des-te tipo utilizado em portos do país. O porto de Santos é o pioneiro”.

O aparelho acoplado a um veículo pode ser usado de formas variadas e em opera-ções independentes em estradas, armazéns, cais, terminais de passageiros e qualquer outro local onde seja necessária a presença da aduana. “Essa mobilidade é importante porque a Receita Federal sempre faz aná-lise de risco dos contêineres. Se os fiscais desconfiarem de algum contêiner, imedia-tamente, o veículo vai até o terminal”.

De acordo com o inspetor, a ideia é usar a tecnologia para combater o contrabando, o descaminho, a pirataria e o tráfico de dro-gas. Somente de janeiro a julho/2012, quan-do ainda não havia o escâner, foram regis-trados 630 autos de apreensão no porto de Santos, totalizando um valor de mais de R$ 107 milhões. Foram apreendidos produ-tos de contrabando (armas e drogas), e de descaminho (alimentos, automotivos, ba-gagens, bebidas, brinquedos, eletroeletrô-nicos, produtos de informática, papel, quí-micos, têxteis, livros, medicamentos, entre

outros produtos). “Temos visto crescentes casos de fraudes contidas em contêineres com caixas marcando conter bagagem. Nelas, são enviadas caixas com armamen-to, drogas, mercadorias contrafeitas, para comercialização. Nossa meta é aumentar a fiscalização nesse tipo de operação.”

A viatura é deslocada até a porta do con-têiner. As caixas suspeitas são colocadas na esteira do equipamento que puxa a merca-doria para o interior do veículo, onde fica o escâner. Essa operação permite que as car-gas sejam escaneadas rapidamente.

O equipamento de inspeção não inva-siva faz a leitura do conteúdo das caixas, e cores identificam o tipo de material que está dentro da embalagem. Só para ilus-trar, o que é verde é vidro, o que aparece em azul é metal e, em laranja, são materiais orgânicos como tecido ou madeira. Dessa forma, uma arma desmontada escondida

“A ideia é executar em poucas horas uma operação que antes demorava cerca de dois dias”. Cleiton Alves, inspetor-chefe da alfândega de Santos

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porto

no meio da bagagem é facilmente detec-tada. No interior do veículo, um fiscal é responsável pelo reconhecimento das ima-gens de raio-x.

O aparelho possui uma biblioteca visual que identifica os objetos com mais facilida-de e rapidez. Cleiton explica: “Ele tem um sensor no próprio escâner que capta a den-sidade do produto e sua massa atômica”.

Antes de entrar em operação, o escâner móvel foi testado durante um mês e, já na primeira fiscalização, foi uma surpresa, comenta Cleiton. “No primeiro contêiner, ainda na fase de testes, encontramos 4 mi-nimotos desmontadas e escondidas dentro de caixas denominadas de bagagem”.

Antes e depoisCleiton lembra que, anteriormente, só

existiam no porto de Santos escâneres de baixa penetração para contêineres. Eles es-caneavam a caixa metalizada por inteiro. Agora, com esse equipamento chinês de alta penetração, é escaneada caixa a caixa. Cada qual não pode ultrapassar as dimen-sões de 1 metro por 1,2 metro.

Assim, é possível uma apuração mais pre-cisa e rápida. “Temos apreendido muita arma escondida em microondas, televisões e com-

putadores (fuzis, H-47 e outras armas de gros-so calibre). Agora, com essa tecnologia, não será mais necessário desmontar o aparelho, simplesmente passamos o escâner”.

A Receita Federal conta também com viaturas terrestres, lanchas, helicópteros e escâneres móveis e fixos, tanto para caixas menores quanto para contêineres. Um outro aliado nas operações são os cães farejadores. “Nosso pessoal também é altamente qua-lificado. Temos servidores continuamente treinados para atuar na análise de risco, de forma a minimizar transtornos para impor-tadores e exportadores que trabalham de forma lícita”, afirma o inspetor-chefe.

A partir de 3 de janeiro de 2013, todos os terminais alfandegados do porto de Santos deverão ter pelo menos um equipamento de escâner de alta penetração em suas ins-talações. Segundo Cleiton, “a Receita Fe-deral sempre procura ser eficiente, então, os equipamentos de inspeção aumentam a nossa produtividade. A ideia é executar em poucas horas uma operação que antes demorava cerca de dois dias.”

Cores identificam a carga. Azul, por exemplo, significa metal. Na foto, arma

escondida na bagagem

Um fiscal fica na parte interna do veículo operando o escâner; ele é responsável pelo reconhecimento das imagens de raio-x

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turismo

Macacos, onças, hipopótamo, leões, aves e répteis encantam os visitantes

no primeiro equipamento turístico deste porte na região

Por Luciana Sotelo

Desde 1º de junho passado, o antigo Horto Municipal, no Parque Ecológico Vo-turuá, em São Vicente, reabriu as portas, agora, com o status de primeiro e único zo-ológico municipal da Baixada Santista. Por lá já passaram mais de 90 mil pessoas, des-de a inauguração do novo equipamento, se-gundo a Secretaria Municipal de Turismo.

O ambiente de Mata Atlântica é propício para abrigar os 130 animais lá existentes, entre aves, répteis e mamíferos. No total, são 24 espécies distribuídas pelo parque, que conta com uma área de mais de 800 mil metros quadrados.

Os visitantes também podem aprovei-tar a nova infraestrutura para o lazer: área para piquenique e playground para as crianças. Há também visitas monitoradas

Fotos Luciana Sotelo

temos um

zoológicoAgora

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turismo

para escolas, creches, associações e grupos de pessoas, basta agendar por telefone.

Mesmo com tantos animais, já dá para arriscar quais são os queridinhos do pú-blico. Entre os répteis, os destaques são as tartarugas de água doce e os jabutis. No quesito aves, estão na linha de frente os tucanos, araras, papagaios, corujas e o gavião. Já em relação aos mamíferos, fica difícil definir quem chama mais a atenção.

As irmãs Pietra, de 5 anos e Marcela, de 11, aproveitaram as férias para conhecer de perto as atrações. Entre tantas espécies, ficaram divididas. A caçula preferiu ob-servar o leão, a outra, a onça. “Estávamos acostumadas a ver esses bichos apenas na televisão, mas ao vivo é muito melhor. É emocionante”, comenta Marcela.

Marcelo dos Santos Souza, o pai das ga-rotas, ficou satisfeito com a escolha do pas-seio. “Esse contato com os animais é muito importante para que elas aprendam a res-

peitar a natureza e seus habitantes”.Diariamente, os recintos dos macacos-

-prego e dos saguis são observados por cen-tenas de pessoas, não há quem resista a tan-tas travessuras. Mas, uma equipe de ‘peso’ sempre rouba a cena: o casal de onças-pin-tadas, o hipopótamo e os cinco leões.

As mudançasPara se tornar um zoológico, as transfor-

mações não ocorreram de uma hora para outra. Entre o fechamento e a reabertura dos portões do ponto turístico se passaram dois longos anos. Foram feitas reformas e adaptações na estrutura física, explica a veterinária Sandra Peres. “Para conseguir-mos a tão esperada licença ambiental, ou seja, a autorização de manejo concedida pelo Ibama, foi preciso uma série de mo-dificações, entre elas, a remodelação do recinto dos animais quanto ao piso, cober-tura, ambientação e capacidade”, aponta a

Onças-pintadas Ringo e JupiraRingo e Jupira desfilam imponência por trás das grades

Habitat: no Brasil, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica.

Distribuição geográfica: originalmente, do sul dos Estados Unidos até a Argentina.

Curiosidades: é o maior felídeo das Américas; são animais que, para marcar território, urinam frequentemente; são grandes saltadores e nadadores, atravessando rios com até 1 km de largura; o período de gestação dura de 50 a 110 dias, podendo nascer de 1 a 4 filhotes; vivem cerca de 25 anos.

Marcelo dos Santos Souza e as filhas Marcela e Pietra, satisfeitos com o novo equipamento turístico da cidade

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profissional, citando ainda que em alguns casos, foi necessário até mesmo o desloca-mento de alguns bichos que ficavam próxi-mos à encosta do Morro Voturuá.

Isso porque, na verdade, grande parte dos animais do zoológico já residia no par-que, por isso, a necessidade das adequa-ções. Conforme o biólogo Marcio Mota, to-das as mudanças seguem as exigências da Instrução Normativa 169/2008, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-sos Naturais Renováveis - Ibama.

“Além da regularização física, foi pre-ciso apresentar também toda parte docu-mental e histórico de cada animal. A nossa preocupação foi sempre dar o maior con-forto aos animais e segurança para o públi-co”, faz questão de afirmar o profissional.

De acordo com a secretária de Turismo Maria de Lourdes de Oliveira, o aporte de recursos veio de três fontes: para a refor-ma, equipamentos e construção de novos recintos do zoo (R$ 1.121.140,83) da Agên-cia Metropolitana da Baixada Santista - Agem; para equipar o setor de biologia e veterinária foi feita uma parceria com a Fundação Zoológico de São Paulo, da

Mais de 90 mil pessoas já passaram pelo zoológico

desde a inauguração

Hipopótamo RamonRamon veio do Zoológico de Sorocaba, interior de SP; ele é um animal

que já nasceu em cativeiro. Em São Vicente, ele está há 12 anos. Habitat: África.

Distribuição geográfica: grandes rios e lagos circundados por savanas.

Curiosidades: o nome hipopótamo vem do grego e significa cavalo do rio; ele pode permanecer por até 15 minutos submerso; o período de gestação é de 240 dias; nascem filhotes pesando cerca de 55 quilos; vive em torno de 50 anos em cativeiro.

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turismo

ordem de R$ 150 mil; e, para asfalto das alamedas, portal de entrada, reforma dos banheiros e centro de atendimento ao tu-

rista, o Ministério do Tu-rismo liberou R$ 741 mil.

Uma das grandes mu-danças ocorreu também na questão do tratamento dos animais, ressalta a ve-terinária. Um Centro de Zoologia foi construído, em substituição à antiga estrutura. “Antes, tínha-mos apenas duas salas para tudo”. Hoje, traba-lhar ficou mais seguro, confortável e prazeroso. O prédio abriga uma área para quarentena,

dois ambulatórios para atendimento, sala de necropsia, centro cirúrgico, sala de recu-peração, vestiário, cozinha para preparo da dieta dos animais, sala de ração, armazém de alimentos, biotério (local onde se criam animais para alimentação, como larvas e insetos), um setor extra (para os animais excedentes), sem contar a sala dos técnicos e estagiários, sala de educação ambiental, copa e banheiro. “Isso permite melhorar o desenvolvimento das especialidades de biologia, medicina veterinária e educação ambiental”, diz Sandra Peres.

Serviço: o Parque Ecológico Voturuá fica na Rua Dona Anita Costa, s/nº, na Vila Voturuá, em São Vicente. Funciona de ter-ça a domingo, das 9h00 às 17h00 e a entra-da é gratuita. Tel. (13) 3561 2851.

Leão NaganO Nagan é fruto de uma

reprodução em cativeiro, ele tem 14 anos.

Habitat: savanas africanas.

Distribuição geográfica: hoje, ainda se podem encon-trar leões na África sub-saariana, mas populações significativas só existem em parques nacionais da Tanzâ-nia e África do Sul.

Curiosidades: segundo maior felídeo do mundo, os machos medem de 2,5 a 3,3 metros e pesam até 250 quilos; as fêmeas medem de 2,4 a 2,7 metros e chegam a pesar 185 quilos; o período de gestação é de aproxima-damente 120 dias, podendo nascer de 1 a 6 filhotes; vivem cerca de 15 anos na natureza e 30 em cativeiro; em condições favoráveis, os rugidos podem ser ouvidos a 9 km de distância.

Zoológico abriga mais de 100 animais,entre aves, répteis e mamíferos

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ser sustentável

Por Marcus Neves Fernandes

Imagine a seguinte cena: você acorda de manhã para fazer o café. Mas, ao invés de abrir a torneira para encher a panela e esquentar o líquido, você vai até o vaso sa-nitário, dá a descarga e coleta água para a cafeteira. Você faria isso?

Com certeza, com essa cara de nojo que você acaba de fazer, jamais coletaria a água usada na privada para o seu café. Não que você esteja errado. Afinal, o sanitário é um local inapropriado para esse fim. Todavia, muitos não se dão conta que a mesma água que sai da torneira da cozinha, e que se usa todas as manhãs para fazer o café, é a mes-míssima água que sai da descarga do vaso no banheiro.

Em outras palavras, usamos água lim-pa, que pagamos para se tornar potável, simplesmente para empurrar urina e fezes pelo sistema de esgotos. Faz sentido? De-certo que não. Muitos até diriam que, em sã consciência, jamais usariam água limpa para função tão pouco nobre. Mas é isso

que ocorre diariamente em milhões de re-sidências pelo país, inclusive na sua.

Mas, agora, imagine outra cena: você vai tomar seu banho diário, que consome o equivalente a mais de 50% da água uti-lizada em uma residência. E para onde vai todo esse líquido? Para um reservatório, onde fica estocada para quando você for dar descarga no sanitário.

Esse tipo de sistema, tão simples, ainda está distante da nossa realidade. Ele parte do princípio que a água pode ser dividida em cores. Temos, então, a água cinza, ne-gra, amarela e azul.

A água cinza pode ser dividida em dois grupos: água cinza escura e água cinza cla-ra. A cinza clara é originada de banheiras, chuveiros, lavatórios e máquinas de lavar roupas. Já a cinza escura inclui ainda a água proveniente da pia da cozinha e má-quina de lavar pratos. Já o líquido oriundo de vasos sanitários é denominado de água negra. A amarela, por sua vez, vem da des-

Nosso sistema residencial de uso da água é insustentável e precisa mudar

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*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

carga dos urinóis. Resta, então, a chamada água azul, que é a coletada da chuva - a no-menclatura técnica varia um pouco, mas, em síntese, é isso.

Hoje, a maioria das regiões metropolitanas do Brasil já está em situação de estresse hídri-co. O termo se refere ao potencial de capta-ção versus o consumo. Sempre que essa conta chega à faixa de 50% entre captação e uso, os especialistas dizem que entramos em um nível de alerta. Na Baixada Santista, por sua vez, o rio Itapanhaú, em Bertioga, é um dos últimos, se não o último dos grandes manan-ciais, ainda não explorado comercialmente.

E olha que o Brasil é um dos países, as-sim como Canadá e Rússia, que detêm a maior quantidade de água doce em todo o planeta. Imagine, pois, como é a situação nos demais países...

A diferença, na verdade, é que sempre que o ser humano se depara com algum problema, ele tende a resolvê-lo. Não pen-se que eu estou sendo um otimista incon-sequente quando digo isso. Somos movidos pelos desafios. O detalhe nessa questão, en-tretanto, é o chamado ‘tempo de resposta’. Enquanto algumas sociedades parecem dei-tadas em berço esplêndido, esperando para ver o que acontece, outras não esperam, saem na frente, fazem acontecer. No Brasil, infelizmente, não há legislação nem para orientar, tampouco para determinar o rea-

proveitamento da água. Isso, talvez, se deva justamente pela tão decantada abundância hídrica que a natureza nos proporcionou. É curioso, mas o ser humano tem a tendência de se acomodar nesses casos. Fartura, mui-tas vezes, pode ser sinônimo de inação.

Por isso, da próxima vez que for dar descarga no seu sanitário, lembre-se que aquela água é idêntica a que você usa para cozinhar seus alimentos ou para matar a sede dos seus filhos. Pense que, no futuro, esse modo de vida provavelmente vai ser caracterizado como algo absurdo, burro, inconsequente mesmo.

Pense, também, que temos tecnologia para mudar essa esdrúxula situação, tanto que projetos desse tipo já vêm sendo colo-cados em prática, não só em outras nações, como aqui mesmo no Brasil. A diferença é que, aqui, essas ideias ainda são isoladas, esporádicas, enquanto em outros países elas já fazem parte da mentalidade local, estão inseridas na legislação e são práticas consideradas, no mínimo, óbvias.

É óbvio, também, que isso gera custos, mudanças nos projetos de engenharia e arquitetura. Mas a grande e fundamental mudança é de postura. Se não pelo bem das futuras gerações e do planeta em si, que seja pelo bolso, pela economia que é possível ser feita com mudanças no encanamento e no modo de consumir os recursos naturais.

Hoje, a maioria das regiões metropolitanas do Brasil, incluindo a Baixada Santista, já está em situação de estresse hídrico. O termo se refere ao potencial de captação versus o consumo. Sempre que essa conta chega à faixa de 50% entre captação e uso, os especialistas dizem que entramos em um nível de alerta

Multimilionário, Bill Gates decidiu criar uma fundação. Nela, um dos projetos consiste em reinventar o vaso sanitário, que, segundo afirma, foi criado em 1775 - portanto, há 237 anos. Recentemente, três universidades foram premiadas ao apre-sentarem projetos inovadores. O primeiro lugar ficou para o California Institute of Technology, nos Estados Unidos, que pro-jetou um banheiro que usa energia solar e gera hidrogênio e eletricidade. O segun-

do foi para a Loughborough University, no Reino Unido, que propôs um banheiro que produz carvão biológico, minerais e água limpa. E o terceiro ficou com a Uni-versity of Toronto, no Canadá, que criou um vaso sanitário que desinfeta as fezes e a urina e recupera água limpa. São pro-jetos ainda longe da realidade, mas um inegável passo adiante, capaz de inspirar novas ideias. Gates acredita que grande parte do desafio do esgoto é tecnológi-

co. “Além de construir no-vos banhei-ros sustentá-veis, temos de desenvol-ver soluções para tratar os dejetos, estimular a demanda por melhores condições de sa-neamento e incentivar o investimento.”

A privada de Bill Gates

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Jabuticaba, amora, lichia, maçã, kiwi, romã, pitanga, limão, laranja e mexerica. Não, esta não é uma lista de compras da semana. São algumas sugestões de

frutas que você pode plantar no quintal ou varanda de casa

Por Belisa Barga

O jardim do Édenem casa

Apreciar cores vivas, suaves aromas, sa-bores doces, agridoces e azedos, experimen-tar texturas de cascas e miolos e, porque não, das sementes. Colher a fruta direto do pé de uma árvore plantada em sua própria casa pa-rece utopia, principalmente quando olhamos pela janela: a selva de pedra cada vez maior e as áreas verdes cada vez mais escassas.

Mas este é um sonho que pode se tornar real graças à intervenção do paisagismo de interiores, que oferece opções e soluções para cultivar até mesmo na varanda do aparta-mento. “Este tipo de planta atrai pássaros frugívoros, contribui para todo o ecossiste-ma, além de ser educativa em casas onde há crianças, que terão a oportunidade de acom-panhar o desenvolvimento da árvore desde o plantio até a chegada dos frutos”, explica a arquiteta e paisagista Daniela Sedo.

A combinação de jardins compostos por pequenos pomares é uma tendência con-temporânea nos projetos paisagísticos. Tipos e variedades não faltam, explica Daniela. “Para ambientes urbanos pequenos, como varandas, recomendamos árvores menores como romãzeiras, aceroleiras, pitangueiras e limoeiros, plantadas em vasos grandes. Para espaços externos maiores, como chácaras, indicamos jabuticabeiras, laranjeiras, mexeri-

queiras, amoreiras ou macieiras”.O cultivo dessas variedades, além de ga-

rantir cheiros e paladares especiais, propor-ciona o resgate de valores perdidos ao longo dos tempos. Para a psicóloga Cláudia No-gueira, o contato com a natureza a qualquer época é sempre saudável. “É uma atividade curiosa, cheia de beleza, sabores, brincadei-ras, lembranças e emoções inesquecíveis. Uma experiência que fortalece o vínculo fa-miliar, o sentido de amizade e a oportunida-de de reforçar conceitos e valores importan-tes para o desenvolvimento das crianças”.

Além disso, o convívio com a natureza oferece a experimentação de sensações dos cinco sentidos: audição, visão, tato, olfato e paladar. “O corpo percebe, por meio deles, o que está ao redor e nos auxilia na sobre-vivência. Quanto mais oportunidades para desenvolver, aprimorar e refinar esses sen-tidos, melhor o aproveitamento no decor-rer da vida. Preparar a terra, semear, regar e colher os frutos são processos ricos onde há a oportunidade de melhorar a autoes-tima, incluindo os cuidados alimentares”, explica a psicóloga.

Aliás, incrementar os hábitos alimentares das crianças é um dos atrativos do pomar ca-seiro. “O cultivo de árvores frutíferas ou até

Colher a fruta direto do pé de uma árvore plantada em sua própria casa é um sonho que pode se tornar real

Foto Shutterstock/Gorilla

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meio ambiente

As opções de frutas para paisagismo são praticamente ilimitadas, pois há tipos para atender diversos espaços

Para espaços pequenos uma boa opção é o morangueiro

mesmo hortinhas é uma forma de educação nutricional, pois desperta o interesse e o in-centivo do consumo infantil”, explica a nutri-cionista Renata Fidelis.

Tais alimentos, segundo Renata, precisam compor o cardápio diário das crianças e os pais devem dar o exemplo na alimentação. Esses pequenos arvoredos caseiros cultiva-dos sem agrotóxicos “oferecem frutas de sa-bor mais acentuado e com maior preservação de nutrientes, principalmente vitamina C”.

Para o paisagista Roberto de Sá, é possível ter frutas no pé o ano inteiro, pois as espé-cies produzem em períodos alternados. “Vale apostar nas jabuticabeiras que frutificam no outono, pitangueiras, que dão frutos na pri-mavera e verão e a laranjeira kinkan, que car-rega quase o ano todo”, explica.

Apesar de produzidas em casa, a higie-nização das frutas colhidas no pé deve ser a mesma das compradas em feiras ou mercados, diz a nutricionista Renata Fidelis. “O cuidado é o mesmo: lavar, colocar em solução de hi-poclorito para alimentos por quinze minutos

(uma colher de sopa da solução para cada litro de água) e enxaguar. Ao fazer esse processo, eliminamos ou minimizamos possíveis micro--organismos causadores de intoxicações”.

Há algumas décadas, quando as pessoas moravam mais em casas do que apartamen-tos, era comum encontrar nos quintais peque-nos pomares com goiabeiras, mangueiras, jaqueiras, jambeiros, ameixeiras, mamoeiros, bananeiras, entre outras variedades. Essas árvores estão na memória afetiva de muitos adultos de hoje, que recordam saudosos os tempos em que subiam em galhos para pe-gar a fruta no pé. Com o tempo, os espaços passaram a ser mais valorizados e os vegetais cederam lugar à alvenaria.

Atualmente, com campanhas em prol do meio ambiente e da qualidade de vida, os há-bitos antigos voltam à moda. “As preferências atuais são jabuticabeiras, limoeiros e laranjei-ras” diz o paisagista Roberto de Sá. Porém, as opções de frutas para paisagismo são pratica-mente ilimitadas, pois há tipos para atender diversos espaços. Pode-se optar, para com-

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Além de embelezar, as árvores frutíferas representam ganhos

na qualidade de vida

por ambientes externos, espécies trepadeiras, como maracujazeiros, kiwizeiros e videiras, utilizadas como arcos decorativos ou para criar efeitos em muros.

É possível elaborar projetos com coquei-ros, caquizeiros, mangueiras, abacateiros, caramboleiras ou cerejeiras. Há também va-riedades para jardineiras como abacaxizeiros (da família das bromeliáceas) ou moranguei-ros. Em todos os casos, é preciso considerar o estilo de vida dos moradores para adequar o perfil da árvore ao da família, fundamental para obter o ambiente acolhedor esperado. Quem tem mais tempo para se dedicar à jar-dinagem pode investir em jabuticabeiras, que exigem muita irrigação para florir e frutificar. Para quem tem menos disponibilidade de tempo, um pé de acerola é uma boa opção, pois é resistente a períodos de seca.

Até os mais crentes têm sua árvore ideal. Os frutos da romãzeira, segundo a lenda po-pular, são sagrados e suas sementes, portado-ras de bons presságios. Para os impacientes,

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meio ambiente

O plantio de árvores frutíferas é uma tendência nos espaços domésticos, a exemplo da proposta da arquiteta e paisagista Daniela Sedo

a dica é cultivar em vasos árvores anãs, que frutificam mais cedo do que as árvores de ta-manho normal. Além de todas as variedades já citadas, ainda há opções exóticas como pés de lichia, graviola, fruta-do-conde e seriguela.

Além de embelezar, as árvores represen-tam ganhos na qualidade de vida. Proporcio-nam momento de lazer em família, oferecem sombras e temperaturas mais amenas em dias quentes, ofertam ar mais puro e fresco e minimizam os efeitos da poeira. “Outra van-tagem é que este tipo de paisagismo provoca uma aproximação do homem com a nature-za”, explica a arquiteta Daniela.

Desfrutar desses benefícios não é uma missão impossível. Apenas requer cuidados que vão desde a escolha do tipo de fruta a ser plantada até condições que favoreçam seu desenvolvimento, como espaço e luminosi-dade. “Elas devem estar em locais adequados para crescer sempre verdinhas e saudáveis. Colocá-las em espaços pequenos é prejudi-cial para a raiz em desenvolvimento”, explica

Daniela, que salienta ainda, a importância da irrigação frequente e a necessidade de adu-bar ao menos quatro vezes ao ano, pois os nutrientes ficam limitados e se esgotam mais rápido que quando cultivadas em terrenos.

Embora seja uma tendência nos espaços domésticos, o plantio de pomares ainda é limitado nas áreas comuns de novos empre-endimentos. “Sempre que possível, fazemos a escolha de colocar espécies frutíferas. Fiz o arborismo de um edifício em Santos, todo plantado com pitangueiras que frutificam boa parte do ano”, exemplifica Roberto de Sá.

A existência desses arvoredos nas áreas comuns dos prédios cumpre funções que vão além das decorativas. O jardim das frutas pode ser ponto de referência para a sociali-zação entre vizinhos, sejam adultos ou crian-ças. “Todo contato social é muito saudável em qualquer idade e pode acontecer em um pomar ou pequeno jardim. Um sorriso ou um bom dia são sempre bem-vindos”, esclarece a psicóloga Claudia Nogueira.

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internacional

Andar pelas ruas da capital do Marrocos é como viajar numa máquina

do tempo. História, cultura, gastronomia e muita simpatia mesclam-se

para oferecer aos turistas uma viagem inesquecível

RabatA bela e gentil

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Por Renata Inforzato

Rabat está situada em um lugar privile-giado, bem na embocadura entre o rio Bu Regregue e o Oceano Atlântico. A cidade está se tornando um importante centro de negócios com a reestruturação da admi-nistração do país e a chegada de empresas estrangeiras. Mas suas belezas históricas estão preservadas. O centro da cidade é formado por três bairros: Medina, Oudaia e Hassan. Possui uma cidade-irmã, Salé, situada na outra margem do rio, menos turística, e local de moradia para as pesso-as que trabalham em Rabat.

Há muito o que ver em Rabat, como a Kasbah dos Oudaias, uma espécie de for-taleza, ou cidadela. É a parte mais antiga da cidade, caracterizada por suas ruas co-loridas e casas pintadas em azul e branco. Possui apenas 4,5 hectares e é cercada por uma muralha, construída no século XVII, entre as quais se ergue um minarete. Não há carros, o que dá um ar tranquilo ao bairro, onde os próprios marroquinos ado-ram ir para ler e comprar suco de laranja.

Imperdível a visita à Necrópole de Chellah. Alguns turistas até a batiza-

Ao lado, a formosa modernidade de Rabat. Abaixo, muralha de Kasbah dos Oudaias, construída no século XVII, na embocadura do rio Bu Regregue

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internacional

passaram a ser enterrados em Fez. Um terremoto em 1755 danificou os túmulos. Hoje, é possível passear entre as ruínas romanas, ver os restos de uma antiga mesquita e de sua escola. À tarde é possí-vel ver as cegonhas fazendo seus ninhos em cima das antigas colunas.

Um monumento também famoso de Rabat é a Torre Hassan. No século XII, o sultão Yacoub El Mansour queria cons-truir ali a maior mesquita do mundo. Mas os trabalhos pararam em 1199, quando ele morreu. A torre era para ter 80 metros, mas ficou com 44. O lugar foi escolhido para abrigar o túmulo de Mohammed V (rei do Marrocos), uma obra-prima da arte marroquina.

Os históricos monumentos Torre Hassan, túmulo de Mohamed e Necrópole de Chellah

Vistos e câmbio Brasileiros não precisam de visto para visitar o Marrocos. A estadia de até

três meses é permitida. A moeda do país é o dihram e é sempre melhor trocar o dinheiro em bancos e casas de câmbio. Guarde sempre o recibo. Mas é fácil usar euros em vários lugares. Cartões de crédito só são aceitos nos lugares mais turís-ticos. Não há voo direto para Rabat, mas você pode ir tanto com a Air France, com escala em Paris, quanto pela Ibéria, com escala em Madri.

ram de o monumento mais romântico do Marrocos. Construída nas ruínas da antiga cidade romana de Sala Colonia, ela abrigava os túmulos da dinastia do sultão Merínida até que seus sucessores

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Outro ponto concorrido é Medina, construído no século XVII para abrigar os árabes que fugiam da Andaluzia. A parte histórica da cidade é muito fre-quentada pelos moradores, que vão ali fazer compras, sobretudo de tapetes, sa-patos e roupas. Há várias praças, que fo-ram palco de importantes momentos da história do Marrocos, como a El Ghezel, onde os prisioneiros cristãos eram vendi-dos aos piratas.

Nas ruas de Medina, não deixe de sa-borear os deliciosos doces, como um nou-gat de amêndoas. Os marroquinos ado-ram conversar, são muito simpáticos, mas não gostam muito de ser fotografados. E aquele papo de que gostam de negociar é verdade. Nos inúmeros e variados merca-dos de rua, o vendedor vai lhe propor um preço mais alto exatamente para que você pechinche com ele. E quanto mais você pechinchar, mais ele vai gostar.

As melhores épocas para visitar Rabat são de março

a junho, e de setembro a dezembro. Entre julho e

agosto, há muitos turistas europeus, pois é temporada

de férias para eles e a região fica muito concorrida

Sua históriaApesar de ter sido colô-

nia romana e chamada de Sala Colonia, Rabat consi-dera o ano de 1150 como sua fundação. Nessa épo-ca, os almóadas (dinastia berbere) edificaram ali, às margens do rio Bu Regregue, uma cidadela, onde hoje é o Kasbah dos Oudaias, uma mesquita e uma residência. Este conjunto era chamado de ribat, uma espécie de fortaleza onde os homens amarravam seus cavalos, ou seja, paravam para descansar. O nome atual vem de Ribat Al Fath, que significa campo da vitó-ria. É dali que partiam as expedições dos árabes em direção à Andaluzia, na Espanha.

Em 1269, os merínidas, outra dinastia que reinou no norte da África (onde fica o Marrocos) do sécu-lo XIII ao século XV, esco-lheu Fez como capital e Rabat entrou em declínio. Em 1609, quando o rei es-panhol Filipe III expulsou os mouros da Espanha, encontraram refúgio em Rabat e a cidade voltou a ser próspera. No século XX, os franceses fixaram--se na região, dominando grande parte do Marro-cos e transformando-o em protetorado francês. Rabat tornou-se a capital e continuou sendo mes-mo com a independência do país, em 1956.

O comércio em Medina é um espetáculo à parte. Não deixe de pechinchar

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internacional

SaboresA gastronomia é simplesmente fantás-

tica. Por todos os cantos, há uma espécie de loja de conveniência, chamada maga-sin (uma das línguas oficiais do Marrocos é a francesa), onde se preparam sanduí-ches na hora, deliciosos, com tomate, mo-lhos de especiarias, cenoura, mortadela, azeitona, atum, sardinha e até arroz, ovos cozidos, berinjelas, batatas-fritas e sardi-nhas fritas. Pode parecer estranho, mas é bom e vale por uma refeição.

Outras delícias de Rabat são o tajine, um cozido feito com carnes ou peixes ou frango, vegetais aromáticos e molho, marinado lentamente em uma panela de barro. E, é claro, o cuscuz marroqui-no, uma massa à base de semolina, que deve ser hidratada e é servida com carne e legumes, e que nada tem a ver com o que conhecemos no Brasil. Devido a in-fluência francesa há muitos restaurantes e cafés, sempre lotados.

Mirante com vista para a praia de Rabat

Aspectos da cidadela Kasbah dos Oudaias

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meio ambiente

Os apreciadores de cação podem estar incentivando a pesca predatória de tubarão de espécie quase extinta, como mostra um estudo do Instituto de

Pesca de Santos sobre a maciça comercialização desse tipo de peixe

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está comendo?Você sabe o que

Barcos atuneiros capturam tubarões

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49Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Imagine um prato de cação ao molho, fumegante. Além de gostoso, também é saudável, pois é rico em ômega 3, ácido graxo importante para o bom funciona-mento do organismo. Mas, será que o gosto não ficará diferente quando se sabe tratar--se de uma espécie em perigo de extinção? O cação, nome popular de alguns tipos de tubarão vendidos nos mercados e feiras, pode ser de uma espécie proibida para pes-ca e comercialização. E o consumidor pou-co pode fazer, já que a fiscalização ainda é ineficiente no país.

Rodrigo Rodrigues Domingues, biólo-go marinho e mestrando no Instituto de Pesca de Santos, ao estudar o DNA das espécies de tubarão do gênero Carcharinus, pescados na região Sudeste e Sul do Brasil, e que desembarcaram em Santos em três barcos atuneiros, entre 2009 e 2011, chegou à conclusão que o cação vendido indiscri-minadamente era, na realidade, de seis espécies diferentes de animais, de dois gê-neros distintos (ver boxe explicativo sobre espécies). Uma delas, aliás, é protegida (ou deveria ser) por lei federal, por estar em perigo de extinção. É o tubarão toninha, ou Carcharhinus signatus.

O estudo compreendeu a análise de 317 animais, por intermédio do DNA, já que os animais apresentavam característi-cas físicas muito semelhantes. As espécies apresentam características morfológicas (similaridades físicas) aparentes e quando desembarcam não dá para destinguir uma da outra. No mercado nacional, os maiores indivíduos são discriminados apenas como cação-baía (espécies do gênero Carcharhi-nus) e os menores, cação-machote. “Não há identificação por espécie para o consumi-dor saber. Os tubarões são altamente apre-ciados no mercado asiático. No oriente, as pessoas costumam comer as nadadeiras dos animais, pois acreditam ser um alimen-to afrodisíaco. No Brasil, a carne de cação é bastante consumida”, revela o pesquisador.

O que ocorre é que os pescadores de atum, quando vão para alto mar, também

capturam tubarões. Os pescadores retiram as nadadeiras, a cabeça e as vísceras, fican-do só a carcaça, ou charuto, que é vendido como cação. Esses tubarões são cosmopo-litas, e encontrados nas águas dos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.

Domingues explica que, analisar ape-nas a carcaça dos tubarões para definir a quais espécies pertencem, é como se fosse um crime a ser desvendado, em que três irmãos gêmeos são mortos e encontrados apenas vestígios deles. O pesquisador pre-cisa, por meio de análise do DNA retirado de cada um dos vestígios, identificar quem é quem. Apesar de a pesquisa ainda não ter sido publicada, ela foi apresentada no últi-mo encontro da Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobrânquios (SBEEL), que estuda tubarões e raias, em agosto de 2011, no Rio Grande do Sul. A pesquisa também contou com a colaboração dos pesquisado-res Alberto Ferreira Amorim, Alexandre Hilsdof e Mahmood Shivji.

Os pescadores retiram as nadadeiras, a cabeça e as vísceras dos tubarões, ficando só a carcaça,

ou charuto, que é vendido como cação. Há 17 espécies destes animais em risco de extinção

Por Vinícius Mauricio

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meio ambiente

Fiscalização A fiscalização só se faz no âmbito de espé-

cies, explica o pesquisador, por isso é impor-tante defini-las. O que não é fácil, uma vez que não há profissionais suficientes para monito-rar o desembarque e, mais que isso, analisar as carcaças em laboratório exige investimento em pesquisa. “Apesar de o custo ter barateado, ainda é caro fazer isso”, afirma Domingues.

Quando há fiscalização e definição das espécies, é possível aplicar medidas prote-cionistas e até autuar pescadores e comer-ciantes de animais ameaçados. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor prevê a discriminação da origem e espécie do ani-mal comercializado. A lei protege os consu-midores, o meio ambiente e até mesmo os supermercados, já que não permite a venda de produtos de origem duvidosa ou ilegal.

“O consumidor pode exigir seu direito, ao comprar um cação e, com isso, ajudar para que espécies não sejam dizimadas. Além disso, as organizações não-governamentais podem colaborar na fiscalização”, sugere o pesquisador, a exemplo do Instituto de Justi-ça Ambiental (IJA), que enviou ofícios a duas

grandes redes de supermercados, solicitan-do esclarecimentos sobre a comercialização de filés de cação em dois estabelecimentos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O IJA moveu ação judicial contra as redes de su-permercado, naquele estado, pela venda in-discriminada de espécies de tubarão.

Em segunda ação judicial, o IJA entrou com pedido de liminar contra os supermer-cados, incluindo como réu a União e o Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento. E entrou com pedido de ação civil pública contra os supermercados, a Funda-ção Estadual de Pesquisa Ambiental (Fe-pam) e o Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

Foi solicitada a imediata colocação de selos de identificação da espécie de cação nas em-balagens, ou a retirada dos produtos até que fossem indicadas as espécies comercializadas. O IJA se baseia na Instrução Normativa nº 5 do Ministério do Meio Ambiente, a qual lista 17 espécies de cação e tubarão ameaçadas de ex-tinção. Esses animais ocupam o topo da cadeia alimentar marinha e estão seriamente ameaça-dos de desaparecer, no Brasil e no mundo.

Tubarões São peixes cartilaginosos, mais suscetíveis à extinção

que os peixes ósseos. Enquanto os peixes ósseos, como a sardinha, chegam à maturidade mais rapidamente, e produzem uma prole grande (liberam milhares de ovos na água), os cartilaginosos têm crescimento lento, com maturação tardia e prole pequena (algumas espécies de cartilaginosos chegam a ter um filhote por ninhada). Entre as espécies encontradas no estudo do pesquisador do Ins-tituto de Pesca estão o Carcharhinus falciformis (lombo pre-to), Carcharhinus signatus (tubarão toninha), Carcharhinus limbatus (galha preta), Carcharhinus plumbeus, Carcharhinus brachyurus e o Isurus paucus (anequim preto).

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gastronomia

Após o café e o chocolate figurarem como astros da onda gourmet, os sabores e aromas dos chás

e infusões assumem o lugar merecido

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em qualquer horaA bebida perfeita

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53Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Por Fernanda Lopes

Além de reconfortantes e gostosos, os chás e infusões ainda têm função terapêu-tica, conhecida há mais de 3 mil anos. Para um lanche da tarde em clima mais ameno, nada melhor do que um chá ou uma infu-são quentinhos. Não é à toa que, hoje, eles são a bebida mais consumida no mundo.

Mas é importante lembrar que só podem ser chamados de chás aqueles que forem feitos a partir das folhas da Camellia sinen-sis, planta que dá origem aos chás preto, verde e oolong. Ou seja, aquele chazinho de camomila que você sempre tomou não é, na verdade, um chá, mas uma infusão.

A nutricionista Karoline Jorge alerta que nem todas as infusões têm função terapêutica. É importante sempre con-sultar um nutricionista ou um médico. “Há substâncias que podem ser pre-judiciais para pessoas com algum tipo de predisposição. Também a forma de apresentação da infusão (folhas, flores, pó etc) modificam sua ação. Além dis-so, quando adoçamos a bebida, ela pode perder suas propriedades”.

Sem menosprezar o conhecimento po-pular, Karoline revela que outro mito é o de que ‘tudo que é natural, se não fizer bem, mal não fará’. Para ela, “algumas plantas

podem ser tóxicas; dependendo da quanti-dade e do tempo de utilização podem pro-vocar efeitos colaterais indesejados”.

De acordo com a nutricionista Roberta Silva, o chá verde, proveniente da planta Camellia sinensis, é preparado a partir de fo-lhas frescas, por isso o nome. Este tipo pro-porciona benefícios como: diminuir riscos de doenças cardiovasculares e as taxas de colesterol; evitar a redução da densidade óssea, e ativar o sistema imunológico, entre outros. Isso tudo devido às propriedades antioxidantes presentes na preparação.

Porém, a exemplo do que ocorre com outras plantas, a ingestão exige cautela. “Em excesso, causa taquicardia, náuseas, dores de cabeça e problemas gastrointesti-nais”, complementa Karoline Jorge.

Estudo realizado com japoneses no Rio de Janeiro, em 2005, sobre o consumo de Camellia sinensis, constatou que pesso-as consumidoras deste chá revelaram ter menor ocorrência de doenças crônicas. Es-tudos apontam, ainda, que os polifenóis, presentes no chá verde, fazem com que haja um aumento no gasto energético e oxidação de gordura. Vale ressaltar, no en-tanto, que estes benefícios estão em fase de pesquisa, sem resultados comprobatórios.

Em tempos idosO primeiro registro escrito sobre o

chá data de 3000 anos a.C. Mas a difu-são da bebida na Europa deu-se graças a uma portuguesa, no século XVII.

Alguns historiadores apontam que foi Catarina de Bragança quem teria levado para a Inglaterra uma arca re-pleta de folhas da Camelia sinensis como parte do dote de seu casamento com o rei Carlos II. Para se ambientar na nova casa, reunia a nata da corte todos os dias no fim da tarde para o chá.

Mal sabia ela que, com isso, torna-ria a bebida mundialmente famosa e criaria o tradicional hábito do chá das cinco na terra da rainha Elizabeth.

No Brasil, é a princesa Isabel a grande responsável por tornar este também um costume entre os mem-bros da corte. A historiadora Wilma Terezinha Fernandes de Andrade relaciona a importação deste costu-me à forte influência da Inglaterra desde o fim do período colonial, quando o chá das cinco já era um

costume respeitado naquele país.A princesa foi por diversas ve-

zes retaliada pelo hábito, segundo a professora da Unisantos, principal-mente durante a disputa pelo título de Regente. “Antonio Silva Jardim, seu principal concorrente, tentou denegrir a imagem da princesa em função desse costume, que conside-rava fútil. Chegou a relatar isso em correspondências, nos documentos oficiais e em seus mais ferozes dis-cursos”, cita.

Forma de preparo1- Ervas frescas, flores

e folhas: prefira a infusão. Coloque as ervas em um re-cipiente, preferencialmente de porcelana, e despeje água fervente. Tampe bem, deixe descansar por 10 minutos e coe. Sirva quente ou frio.

2- Talos, raízes e cascas devem ser cozidos. Coloque as ervas em um recipiente com água fria, tampe e dei-xe ferver por 10 minutos. Tire do fogo e deixe tam-pado por alguns minutos a mais. Coe e sirva.

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54 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

gastronomia

TiposChá preto - Um chá fermentado. Passa

pelo processo maior, que inclui secar, oxidar e queimar. Isto se refere ao processo de oxi-dação que produz uma tonalidade vermelha escura e um cheiro doce das folhas.

Chá verde – Frequentemente, refere-se aos chás não fermentados. As folhas recém apanhadas são cozidas no vapor imediata-mente para prevenir a oxidação, então vai para a secagem e a queimada. Isto permite que as folhas secas fiquem verdes. Passa de um pálido verde para uma mistura verde dourada, atingindo um cheiro característico de fumaça e capim.

Chá oolong - Refere-se aos semifermenta-dos e é principalmente produzido na China e em Taiwan (frequentemente chamado red ou

formosa tea). Para a fabricação dos oolongs, as folhas são secas diretamente sob a luz so-lar, sacudidas em cestos de bambu para ligei-ramente machucar as beiras. A seguir as fo-lhas são estendidas para secar até a superfície tornar-se amarela. Oolongs são sempre chás de folhas, nunca quebradas pelo processo de enrolar. Os menos fermentados dos chás oo-longs, quase de aparência verde, são chama-dos de pouchong.

Chá branco - Ele é o menos processado das muitas variedades. Os botões novos de flores são colhidos antes que abram e são deixados para secar. Os botões encaracola-dos têm uma aparência prateada e produzem uma cor de chá muito pálida e delicada.

Chá aromático - Criado após aromas adi-cionais serem misturados às folhas no estágio

final antes do empacotamento. Para o chá de jasmim, as flores de jasmim são adicionadas aos chás verdes e chás oolongs. Earl grey é aromatizado com bergamota.

Receita

Bolo de chá verde com geleia caseira de frutas vermelhasPreparo da massa:Passe pela peneira a farinha, o fermento e o sal. Reserve. Na batedeira, bata a man-teiga com o açúcar até que fique cremoso e amarelo claro. Junte os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição. Diminua a velocidade e adicione os ingredientes secos peneirados aos poucos, alternando com o leite misturado ao chá. A cada adi-ção, bata apenas para misturar. Desligue a batedeira e transfira para uma forma de furo no meio (ou assadeira de tama-nho médio). Leve ao forno pré-aquecido e deixe assar por aproximadamente 45 minutos. Espete um palito no bolo para verificar o ponto. Se o palitinho sair sujo de massa, deixe assar mais um pouco. Depois de assado, retire o bolo do forno e deixe esfriar por mais 5 minutos. De-senforme o bolo, espere esfriar e polvilhe açúcar de confeiteiro.Para a geleia, misture tudo e leve ao fogo baixo por cerca de 15 minutos, mexendo de tempos em tempos. Coloque em um pote fervido e seco. Guarde na geladeira e sirva com o bolo.

Ingredientes da massa:• 3 xícaras (chá) de farinha de trigo;• 2 colheres (chá) de fermento

em pó;• 1/2 colher (chá) de sal;• 200 g de manteiga em

temperatura ambiente;• 2 xícaras (chá) de açúcar;• 4 ovos;• 1/2xícara (chá) de leite;

• ½ xícara de chá verde bem forte e frio e • Manteiga e farinha de trigo para

untar e polvilhar a forma.

Para a geleia:• 3 xícaras de frutas vermelhas

de sua preferência (podem ser congeladas, mas não polpa);

• 1 xícara de açúcar e• ½ xícara de água.

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56 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

moda

Peça clássica ganha múltiplas versões e sempre há uma

que se adapta ao seu estilo, preferência ou ocasião

Por Karlos Ferrera

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Quando se libertaram do es-partilho, as mulheres passaram a usar as primeiras versões de cal-ças compridas. A Primeira Guer-ra Mundial tirou os maridos de casa e fez com que as mulheres assumissem novas atividades, ganhando mais independência, inclusive no vestir. Desde então, os modelos de calça não pararam de se reinventar. São tantas ver-sões que fica difícil escolher, mas há sempre uma que mais combina com seu estilo. Aqui, algumas das propostas mais charmosas e femi-ninas. Confira!

idealA calça

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57Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Cenoura Parece uma baggy, mas mais afunilada na bar-

ra e com mais volume nos quadris. Evite-a se esti-ver acima do peso, tiver quadril largo ou for mui-to baixinha. Cuidado, pois o afunilado na perna e a cintura marcada são detalhes que não favo-recem quem tem pouco comprimento de perna.

Baggy O modelo, popular nos anos

1980, ganha versões sofisticadas. O corte privilegia quem tem qui-los a mais, sem adicionar tanto volume quanto a cenoura. Expe-rimente em jeans ou alfaiataria.

CroppedSinônimo de calça curta, a crop-

-ped parece que foi cortada. O comprimento deve ser evitado por quem tem pouca estatura ou pernas grossas. Uma dica é usar com meia--calça do mesmo tom para a silhueta ficar mais esguia

MontariaO modelo é amplo nos quadris,

mas bem estreito nas coxas e joelhos. A versão moderna é sexy e cai bem entre couro e botas. Ainda que chique e atual, não é adequada em ambientes formais por ser uma calça esportiva.

Capri O modelo foi criado pelo estilista Eugenio

Pucci em homenagem aos trajes usados na ilha de Capri, Itália. De comprimento na ca-nela, ela tende a achatar. Por isso veste bem as mulheres de pernas longas e quadril estreito. Para alongar alguns centímetros, opte por sa-patos altos e modelos peep toes.

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PijamaSoltinha e confortável,

ela lembra a peça de dor-mir. Tem arremates em elástico ou para amarrar, mas já ganha versões em seda e cetim próprias para uma noite agitada. É de-mocrática, mas deve passar longe de ocasiões formais.

Boca de sino São justas do joelho para

cima e de bocas muito lar-gas. A contraposição é indi-cada para equilibrar quadris largos, mas evite-as se quer parecer séria. Aderem facil-mente ao look masculino, mas prefira usá-las com sal-to para garantir uma dose de feminilidade.

Legging O modelo ul-

traskinny fica elegan-te sob casacos longos, vestidos, batas e túni-cas, de modo totalmen-te democrático. Evite texturas, estampas e cores claras se estiver acima do peso.

Pantalona Possui pernas amplas, mas

com bocas menos exageradas que nos anos 1970. É ideal para mulheres altas, pois dá ilusão de pernas curtas. Por isso, evi-te contrastar com cores da blu-sa e acessórios.

Sarouel É um clássico étnico. Ela

é mais ampla, com o gancho bem baixo e tende a diminuir a silhueta, dando a impressão de pernas curtas. Para equilibrar o volume da parte de baixo, in-vista em tops mais sequinhos.

Cintura alta O corte é perfeito para modelar a cin-

tura de quem não tem curvas. Ao contrá-rio da pantalona, tende a alongar as per-nas curtas. Preste atenção a dois detalhes: se tiver seios fartos, opte por peças que não ultrapassem a linha do umbigo e, se tiver bumbum grande, escolha um mode-lo mais largo, pois a tendência é que pare-ça mais avantajado.

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60 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Flashes

Muita animação na festa comemorativa de um ano do programa Amigos da Praia, da Rádio Praia FM - 106.1

Turma reunida para parabenizar os Amigos da Praia A dupla Paulistinha e Romão, vencedora da categoria Moda de Viola

O que não faltou foi gente animada na comemoração

Cristina Gonçalves, Ribas Zaidan, Fernando Sena e José Miguel, no Parabéns a Você ao padre Silvio Luis

Fernanda Marmé, Céu e Fernando Sena

Geraldo e Bizon em família

O locutor Amiguinho, Poeta Lima e Luiz Otavio

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61Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Um animado churrasco em comemoração a mais uma data festiva do amigo Toninho do Leilão

Fazendo festa, Toninho Carvalho, Mauro Orlandini e Marcos Vieira, da VTV

Família unida: Geraldo, Luciana, a pequena Maria Eduarda e Albert Barbosa

Turma da brasa Godinho, Baianão, Everton e Washington Pretty

Os amigos Zezão e Dalton Com muito carinho, Ivanete, a matriarca Ana e Toninho Carvalho

Um brinde para Agostinho, Sergio, Toninho e padre Silvio Luis

Muita animação com José Miguel, Bizon, Toninho e Nenê Turma da alegria: Duda, Ernane, Washington e Pesado

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62 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

A Memorial Necrópole Ecumênica, em parceria com a empresa Osan, lançou oficialmente a Tributum Special Assistance, em noite concorrida,

dia 9 último, com coquetel para mais de 300 convidados

Clara Monforte foi homenageada pelo artista com a reprodução de seus olhos, pintados em pedras artesanais

O inédito empreendimento é de iniciativa dos empresários Manoel Rodriguez e Pepe Altstut

Cátia Abigail Teixeira Rodriguez e seu genro Thiago Lopes Leal

Nino Leanza, presidente da Tanexpo - Exposizione Internazionale di Arte Funerária e Cimiteriale, da Itália, entrega placa em homenagem a Pepe Altstut

Entre os presentes, o conceituado corretor de seguros Flávio Meleiro

2 º Trofeu Elemidia

Exposição

Os empresários Walter Edgard Godoy, Alexandre Dell’Aringa, Washington Olivetto e Caio Magenta

Silvana, Arnóbio e Silvera Santos, da Silvera Coiffeur

O artista plástico Dmitri Podloujny inaugurou o novo Espaço Tremendão, com um retrospecto de seus 45 anos de plena arte

O eclético empresário Ivo Moreira, que atua no ramo automobilístico, embevecido com as pinturas inéditas das máquinas esportivas

“Alto Astral” // Durval Capp Filho

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63Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Muito brilho nos eventos sociais santistas

O publicitário Washington Olivetto durante sua contundente palestra no Mendes Hotéis, na entrega do 2º Troféu Elemídia Litoral

A arquiteta Anna Mello conquistou a Miss Camiseta (4ª Feijoada da DecorNews)

Os paulistanos Bobby Krell, Olga Krell e Arines Garbin (Editora On Line IBC) em visita à Kartell

Os empresários José Edvaldo Zucchini e Guido Tedesco, na comemoração dos 25 anos da D’Casa

A engenheira agrônoma e paisagista Luciana Guimarães clicada num momento feliz

A designer Ana Takahashi confeccionou a 1ª Vitrine Design da Tapeçaria Kyowa, durante coquetel

A arquiteta Cláudia Viana homenageou o artista plástico Jadir Battaglia na instalação do Espaço Atelier: 2ª Mostra Work in Project (Kartell Santos)

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64 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Em visita ao Guarujá Golf Club

A desembargadora e vice-presidente do TRT Drª Silvia Devonaud, Cleide Calmon, o presidente do GGC Miguel Calmon Nogueira da Gama e o diretor financeiro Ziegfried Grotzinger

O presidente da OAB-Guarujá Dr.Frederico Antonio Gracia, Ronaldo Sachs e Miguel Calmon Nogueira da Gama

Os golfistas Rodolfo Cesar, Domênico Abate e Anselmo Aragon

Dr. Miguel Calmon Nogueira da Gama, Hugo Rinaldi, Wagner Martins, Mario Grieco e Douglas De Lamar

A primeira- dama do GGC Cleide Calmon, Drª. Silvia Devonald e Silvana Marani

O empresário de comunicação e golfista Marcio e a mulher Ana Lucia Ferreira Lopes

Cleide Calmon, Silvia Devonald, Rose Oggiano e Raquel do Carmo

Henrique Trevisan, Miguel Calmon e Ziegfried Grotzinger

Após o jogo, Henrique Trevisan, Peter, Anselmo Aragon e João Santos curtem um merecido descanso

O advogado e coordenador da comissão de meio ambiente da OAB- Guarujá Dr. Richard Geraldo e Antoine Lascane

As advogadas Maria Helena Henriques, Anna Ruth de Vecchi e Débora Cunico

Drª. Fabia Margarido e Sandra Cavini, em destaque no Guarujá Golf Club

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65Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Momentos especiais da badalada festa de aniversário do amigo Washington Pretti, no Hotel Renassance, em São Paulo

“Destaques” // J. Cardia

Luci Cardia e Maria de Fátima Serra Belíssima reunião de amigos Luci Cardia, Flavia Patriota, Lurdinha Russo, Luciane Biondo e Rose Aragon

O artista plástico Sérgio Longo

Giro na Riviera

Ricardo Hajjar, o colunista e Gustavo Hajjar

A linda família Aragon reunida para comemorar os aniversários dos netos

Família Valente festeja o aniversário do pequeno Rodrigo

Roberto Haddad e sua amada Flávia Patriota

Família Dragone: Marcelo, a filha Pietra e Carmem

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66 Beach&Co nº 123 - Setembro/2012

Flashes

O Grupo Imóvel Store realizou, 8 de setembro passado, o 1° Festimóvel, na Praias Negócios Imobiliários - Riviera de São Lourenço. Um sucesso!

Equipe Praias sempre disposta

Elcio Romão e Anselmo Aragon

Anselmo Aragon, Paulo Nishi, Elcio Romão, Francisco de Assis Lobo Miranda e Marcio Campilongo

Leonardo Di Geronimo, Antonio Carlos Mello e Marcio Campilongo

Claudio Oba e Luis Claudio Hermes Gomes da Silva e Ingrid Campos

Armando Mendes e João Aguiar Sergio, Laís e Fabíola Egashira Luciane Zannini Wagner e Willian Wagner

Eduardo e Hamilton Braz Carlos Rebouças e Anselmo Aragon Eduardo Martinez, Marcio Campilongo, João Bouçada, Anselmo Aragon e Wagner Moran

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