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Edição 116 da revista Beach&Co - Fevereiro 2012

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Faróis: luz segura aos navegantes

As aventuras de um apaixonado por aves

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Foto Luciana Sotelo Foto Valclei Lemos

Retrospectiva 28Peruíbe 48Copa 2014 56Passos de Anchieta 62Sustentabilidade 86Exposição 90Internacional 96Gastronomia 104Moda 110Conceito Chic 116Flashes 120Destaque 128Celebridades em foco 130

E mais...

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ErramosNa edição 115, na coluna social Celebridades em Foco, página 130, as legendas das fotos cinco e seis foram trocadas.

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Capa

Composição artística em comemoração ao aniversário da Revista Beach&Co

Foto Fancy Images/ Royalty Free

Foto Luciana Sotelo

pág. 10Porto de Santos

Afinal, eles só querem amor e carinho

Meio século de música, dança e talento

7870

Foto Luciana SoteloFoto Dani Carneiro

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ao leitor

aos 10 anosE mais...

ANO XI - Nº 116 - fevereiro/2012

Beach CoA R e v i s t a d o L i t o r a l .

A revista Beach&Co

é editada pelo Jornal Costa Norte

Redação e Publicidade

Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP

Fone/Fax: (13) 3317-1281

www.beachco.com.br

[email protected]

Diretor - Presidente

Reuben Nagib Zaidan

Diretora Administrativa

Dinalva Berlofi Zaidan

Edição

Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

[email protected]

Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan

[email protected]

Criação e Diagramação

PP7 Publicidade

www.pp7.com.br | [email protected]

Direção de Arte e Diagramação: Audrye Rotta

Marketing e Publicidade

Ronaldo Berlofi Zaidan

[email protected]

Depto. Comercial

Aline Pazin

[email protected]

Revisão

Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP)

Colaboração

Bruna Vieira Guimarães, Edson Prata, Fernanda

Lopes, Flávia Souza, Gabriela Montoro, Luci Car-

dia, Luciana Sotelo, Karlos Ferrera, Marcos Neves

Fernandes e Morgana Monteiro

Circulação

Baixada Santista e Litoral Norte

Imagem VV/Shutterstock

Em janeiro de 2002, foi lançada a Revista Beach&Co, e no editorial desse primei-ro exemplar, a jornalista Rosangela Falato, então editora, expressou o propósito da publicação que acabara de nascer: divulgar, informar e conscientizar sobre o potencial econômico e turístico do litoral paulista, bem como a importância da preservação de suas riquezas naturais.

Estamos em nossa edição de número 116 e, nos milhares de páginas publicadas, os repórteres da revista abordaram diversos aspectos do que as cidades da costa paulista têm de melhor, em turismo, história, arte, comportamento, e muito mais, sempre com o enfoque da sustentabilidade.

Uma mostra desta trajetória está em nossa retrospectiva, que ocupa sete pági-nas, a partir da 28, nas quais foram selecionadas algumas de nossas mais represen-tativas capas, cujas reportagens atestam esta característica singular.

Hoje, passados dez anos, estamos em festa. Mantivemos o objetivo primordial deste veículo de comunicação, que conseguiu se firmar no mercado editorial da região e agregar leitores também comprometidos com a causa ambiental e a valo-rização da costa paulista.

É hora de celebrarmos o crescimento da revista. Nossa busca constante tem sido seu aperfeiçoamento temático e visual, cujo resultado se faz chegar às suas mãos, a cada mês, com mais qualidade gráfica e editorial.

Também celebramos a confiança e credibilidade conquistadas ao longo dessa década, combustíveis essenciais para que o nosso trabalho siga em frente, por mui-tos anos mais.

Eleni Nogueira

Chegamos

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10 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

porto

Passado do gigante complexo portuário santista revive com o lançamento do seu Museu Virtual, nas

comemorações do aniversário

de história 120 anos

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11Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Por Luciana Sotelo

Em comemoração aos seus 120 anos, o maior complexo portuário da América Latina inova e faz o passado virar notícia. Acaba de lançar um Museu Virtual Intera-tivo, o livro “Paisagens Culturais da Baía de Santos” e uma Cartilha Patrimonial. Um vasto patrimônio cultural agora ao al-cance de todos.

Desenvolvidos pelo Programa de Ges-tão de Patrimônio Cultural do Sistema Vi-ário da Margem Direita do Porto de San-tos, o trabalho vem sendo realizado desde 2008. De acordo com a arqueóloga Êrika Marion Robrahn Gonzalez, coordenado-

ra científica do projeto, ele é resultado de muitas pesquisas relacionadas à Avenida Perimetral da Margem Direita do porto, num trecho de 9 quilômetros. “Esse tra-balho trás uma nova leitura do local, pois abaixo da avenida descobrimos muitas histórias curiosas”, aponta a arqueóloga.

Foram descobertos também dois sítios arqueológicos. O primeiro, o “sítio da Barca”, localizado em frente ao prédio da Alfândega e o outro, chamado “sítio Co-desp”, próximo à garagem e prédio da carpintaria da estatal. “Foram revelados aspectos importantes da ocupação, ou

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Êrika Marion Robrahn Gonzalez, coordenadora científica do projeto

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porto

seja, lugares onde diferentes sociedades humanas se desenvolveram no passado. Nosso papel hoje é confrontar o novo ao antigo”, comenta Êrika.

A cartilha foi escrita para contar o re-sultado das pesquisas ao público infantil. Contém conceitos de patrimônio, arqueo-logia, sítios sambaquis entre outros. Já o livro e Museu reúnem histórias coletadas por meio de depoimentos distintos de estivadores, moradores de rua, profissio-nais da Codesp, prostitutas e estudantes. O intuito era envolver as comunidades que habitam, trabalham ou transitam nesse trecho do porto de Santos, de ma-neira a incorporar à pesquisa algumas histórias de vida e conhecimentos tradi-cionais da sociedade.

No evento de lançamento dos produ-

tos, Sérgio Aquino, secretário de Assun-tos Portuários de Santos e também presi-dente do CAP - Conselho de Autoridade Portuária, valorizou a iniciativa que ser-ve para estreitar a relação cidade/porto. “Podemos, de forma inteligente, aprovei-tar a expansão portuária para criar ins-trumentos que tragam ganhos materiais para a cidade. E isso, de fato, aconteceu. Lembro que, quando estava sendo nego-ciada a obra da Avenida Perimetral, foi feita a exigência para se manter esse rico material”, afirma Aquino.

O kit patrimonial que contém a car-tilha e o livro também inclui um CD multimídia. Todo esse material será distribuído nas escolas municipais. Na cerimônia, o prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa e a secretária de

O porto de Santos mudou a paisagem e a história santista

Prefeito Papa com o livro “Paisagens Culturais da

Baía de Santos”

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13Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Educação, Sueli Maia, receberam os produtos em primeira mão. “Esse rico material vai ser utilizado na formação de professores uma vez que esse porto faz parte da cidade. O material deve se tornar um patrimônio para nossas crianças”, revela a secretária.

O presidente da Codesp José Roberto Serra definiu a iniciativa como um grande aprendizado. “Talvez, boa parte das pes-soas que passam pela Avenida Perimetral não parem para pensar que aquilo ali é história. Agora, esse passado está compi-lado nesse kit de produtos educacionais”. O prefeito Papa também ficou satisfeito e aproveitou para parabenizar o cais santis-ta. “Hoje é um dia muito especial, pois o porto de Santos está distante de ser antigo, ele se modernizou. Aqui a política portuá-ria se estabelece.”

Nasceu para ser grandeDia 2 de fevereiro de 1892. Essa data re-

presenta para os santistas esperança, trans-formações e futuro. Há exatos 120 anos, começava a ser escrita uma história que mudaria o rumo da economia e do desen-volvimento do estado de São Paulo. Nascia o porto de Santos, em apenas 260 metros de cais, na área denominada Valongo.

A partir de então, os velhos trapiches deram espaço ao progresso e, com ele, to-neladas e mais toneladas de café, açúcar, soja, algodão, suco de laranja, veículos e outra infinidade de produtos passaram a entrar ou sair do país via cais santista. A população ganhou emprego. O porto pas-sou a ser o sustento de inúmeras famílias.

Após a iniciativa de Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle, que em 1888 obtiveram autorização para construir e explorar o

Entrada do porto de Santos, por onde passam toneladas de produtos diariamente

Secretária de Educação, Sueli Maia, com o kit patrimonial

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porto

porto, a atividade cresceu, já foram mais de 1 bilhão de toneladas de cargas em questão. E pensar no futuro gera otimis-mo, a expectativa da Codesp é movimen-tar 240 milhões de toneladas em 2024.

O fim da concessão da Companhia Do-cas de Santos repaginou a estrutura portu-ária. O governo federal criou a Companhia Docas do Estado de São Paulo - Codesp, que passou a administrar e atuar como au-toridade portuária. Com os avanços, surge em 1993 uma legislação nova, a famosa Lei nº 8.630, de Modernização dos Portos.

As diretrizes agora são outras. As áreas portuárias são arrendadas e os investi-mentos são pesados por parte da inicia-tiva privada. O trabalhador passa a ser capacitado para operar as máquinas mo-dernas que invadiram o costado. Com o

auxílio da tecnologia, anualmente, o porto de Santos bate recorde atrás de recordes e responde por cerca de 30% da balança comercial brasileira.

Obras importantes passaram a ser exe-cutadas e programadas para dar mais via-bilidade a esse gigante em movimentação que também enfrenta problemas, é claro. Avenida Perimetral, dragagem de manu-tenção e aprofundamento, ampliação de terminais e tantas outras intervenções vêm trazendo mais dinamismo para que o porto de Santos continue competitivo e se mante-nha na liderança das operações no Brasil.

Em 13 quilômetros de extensão, mui-tos foram os desafios vividos ao longo de 120 anos. E muitos ainda virão, pois é preciso pensar hoje, o porto que quere-mos amanhã.

Sérgio Aquino, secretário de Assuntos

Portuários de Santos

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18 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

cultura

Alinhamento “A” posterior, na orla da praia de Santos

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19Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Dentre os inúmeros sinais náuticos que orientam os navegantes sobre os caminhos mais seguros, o mais importante deles é o farol, tanto, que até se

tornou um símbolo linguístico e artístico

porto seguro

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Guia luminosopara um

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20 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Figura conhecida de todos, ele enfeita quadros e fotos, enriquece textos com seu sentido figurado, aparece frequentemente nos desenhos infantis e é até personagem de filmes, poéticos ou de suspense, tal a força emblemática do farol.

Desde as primeiras aventuras do ho-mem nos sete mares, a sinalização náutica exerce papel fundamental para a salva-guarda das navegações, pois é ela que indica a posição do navio, a existência e a posição de perigos à navegação, bem como demarca os limites dos canais de navegação e dá diretrizes para o movi-mento da embarcação.

Nos primórdios da humanidade, ha-via os pontos luminosos, traduzidos em grandes fogueiras acesas no topo de co-linas que, mais tarde, se transformaram em torres luminosas, os faróis. A ideia era assinalar acidentes da costa, proximidade com ilhas ou mesmo entrada de portos ou canais. Hoje, embora dotados de alta tec-nologia, os faróis mantêm, no imaginário coletivo, um sentido mágico de segurança e o termo ganhou conotações de guia, de liderança, de caminho iluminado.

Nossa região é particularmente bem dotada desse equipamento náutico. Dez fa-róis delimitam pontos importantes do tra-jeto para os navios que adentram a Baía de Santos: Moela, Alcatrazes, Laje de Santos, Laje Conceição, Queimada Grande, Icapa-ra, Bom Abrigo, Guaraú, Alinhamento “A” Posterior e Alinhamento “C” Posterior.

Um deles, porém, merece destaque. No Oceano Atlântico, ao chegar à posição de 24 graus e 3 minutos de latitude sul e

Por Luciana Sotelo Foto Marinha do Brasil

Farol da Ilha da Moela, inaugurado em 31 de julho de 1830

cultura

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21Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

46 graus e 16 minutos de longitude oeste, o navegante sabe que chegou ao Farol da Ilha da Moela, ou seja, que acaba de entrar na Baía de Santos. Agora, o principal porto do país está bem próximo.

Inaugurado em 31 de julho de 1830, o Farol da Ilha da Moela é uma concessão da Marinha, situado a aproximadamente 2,5 km da costa, no Guarujá, litoral de São Paulo. De acordo com Silva Marques, ca-pitão de Fragata da Marinha do Brasil, é o farol mais antigo do estado de São Paulo e o quinto do país. “O primeiro é o Farol da Barra, em Salvador”.

Ele foi instalado sobre uma torre cilín-drica de alvenaria, pintada de branco e com 10 metros de altura. No início, candeeiros eram mantidos acesos com óleo de baleia. A partir de 1940, recebeu lentes especiais de cristal, confeccionadas em Londres. “Atualmente, é mantido por um gerador alimentado a óleo diesel. Na falta de ener-

gia, o sistema pode ser acionado manual-mente por um dispositivo similar ao de um relógio de corda”, detalha o capitão.

A sua luz é alternada com lampejos brancos e vermelhos. É isso que chama atenção à noite e garante a segurança na entrada do porto. “Sua luz é denominada de ocultação alternada, o que significa que o período de luz é maior do que o de escu-ridão”. A ilha conta com seis casas.

Por se tratar de uma base da Marinha guarnecida, ou seja, com oficiais militares morando e trabalhando por lá, esse farol nunca se apaga. “O faroleiro cuida pessoal-mente do funcionamento e manutenção de tudo, portanto, não permite que isso ocorra”.

Silva Marques explica que o farol da Moela é classificado como de aterra-gem, pois seu alcance luminoso pode ser visto a até 50 quilômetros de distância. “Quando fica abaixo desse valor é deno-minado farolete”.

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Além dos faróis, outros sinais náu-ticos são fundamentais ao navegante entre eles, os faroletes (com alcance in-ferior a 10 milhas), as boias (sinais flu-tuantes) e balizas (sinais fixos). “Cabe ao Núcleo de Balizamento da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo fa-zer a manutenção destes instrumentos no porto de Santos, o que compreende de Bertioga a Cananéia”, explica Silva Marques. Esse balizamento visa, em ge-ral, demarcar os limites de canais nave-gáveis e áreas de manobra; indica águas seguras; alerta sobre a presença de pe-rigos à navegação; e indica a presença de cabos ou canalizações submarinas e áreas especiais.

As balizas são sinais visuais cegos, constituídos por hastes de ferro, concreto ou mesmo de madeira

Silva Marques, capitão de Fragata da Marinha do Brasil

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22 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Acima, Farol Alcatrazes, no Arquipélago de Alcatrazes e, abaixo, Farol Bom Abrigo, em Cananéia

A partir de 1953 ocorreram mais avan-ços. Uma estação meteorológica foi insta-lada no local. Três anos depois, também foi equipada com um radiofarol de 300 milhas de alcance. “O primeiro a ser instalado na costa do estado de São Paulo”.

Hoje, apesar de as embarcações já faze-rem uso de radares, satélites e uma infini-dade de aparatos tecnológicos, a impor-tância dos faróis permanece intacta. “Eu mesmo precisei de ajuda. Há alguns anos, estava navegando na Lagoa dos Patos e, de repente, o satélite saiu do ar e o radar bor-rou. O que nos salvou foi à presença de um farol”, relembra emocionado o capitão.

Faróis curiosos Alcatrazes - O farol está situado no Ar-

quipélago de Alcatrazes, inserido numa área marítima ocupada pela Raia de Tiro Almirante Newton Braga de Faria, destina-da periodicamente a exercícios de tiro real pelos navios da Marinha.

Bom Abrigo - Fica em Cananéia, na entrada do porto. O nome da ilha surgiu devido a uma pequena enseada localiza-da em seu lado oeste, onde os pescadores encontraram um bom local para se abrigar do mau tempo. O local é sede de um farol construído em 1886 no cume da ilha, a 142 metros de altura.

Icapara - Está instalado em Iguape, num morro coberto por vegetação rasteira, lo-calizado no bairro de Icapara. O farol tem estrutura de treliça de ferro branca. É uti-lizado para sinalizar as embarcações que adentram ao Mar Pequeno.

Laje de Santos - O Parque Marinho da Laje de Santos localiza-se a 45 km da costa e é considerado um dos melhores pontos de mergulho do litoral brasileiro. O parque

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inclui rochedos, parcéis (rochas submer-sas) e a laje (rochedo marinho sem vegeta-ção) com formato semelhante a uma baleia. Possui 550 metros de comprimento, 33m de altura e 185 metros de largura. O local abriga milhares de aves e o farol de sinali-zação da Marinha.

Queimada Grande - A ilha está a 18 mi-lhas (cerca de 30 km) da costa de Itanhaém. Possui difíceis condições de desembarque e para fundeio de embarcações. Um farol automático está instalado na ilha, mantido e conservado pela Marinha. Há mais de quatro mil cobras venenosas vivendo livres no local. O acesso é restrito a cientistas do Instituto Butantan e a analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Alinhamento “A” posterior e Alinha-mento “C” posterior - São os faróis existen-tes na orla da praia de Santos. Um fica fron-teiriço ao canal 4 e o outro, ao canal 6. São sinais fixos usados aos pares para assinalar a direção da entrada do porto de Santos. É um recurso de que se dispõe para indicar um rumo a ser seguido pelo navegante.

Conheça os sinais náuticos • Faróis: são constituídos por uma es-

trutura fixa, de forma e cores distintas, montados em pontos de coordenadas geográficas conhecidas na costa ou em ilhas oceânicas, bancos, rochedos, reci-fes ou margens de rios, dotados de equi-pamento luminoso exibindo luz com característica pré-determinada, com al-

Farol Icapara, em Iguape, utilizado para sinalizar as embarcações que adentram ao Mar Pequeno

Dez faróis delimitam pontos importantes do trajeto para os navios que chegam à Baía de Santos

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24 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

cance luminoso noturno maior que 10 milhas náuticas.

• Faroletes: são auxílios visuais à navega-ção providos de um equipamento lumi-noso exibindo luz com alcance lumino-so noturno menor ou igual a 10 milhas náuticas. Desta forma, a distinção entre faróis e faroletes é apenas convencional. Um sinal fixo com alcance luminoso no-turno superior a 10 milhas seria denomi-nado farol e um com alcance luminoso noturno igual ou menor que 10 milhas seria chamado de farolete.

• Boias: são corpos flutuantes, de dimen-sões, formas e cores definidas, fundea-

dos por amarras e ferros (âncoras), em locais previamente determinados, a fim de indicar ao navegante, entre outras coi-sas, o caminho a ser seguido; os limites de um canal navegável, seu início e fim, ou a bifurcação de canais; ou ainda, aler-tar o navegante quanto à existência de um perigo à navegação.

• Balizas: as balizas são os mais simples e baratos dos sinais de auxílio à navega-ção, mas nem por isso de fácil instalação. São sinais visuais cegos, constituídos por hastes de ferro, concreto ou mesmo de madeira, de altura adequada às condi-ções locais, fixadas, normalmente, sobre pedras isoladas, bancos, ou recifes.

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Farolete Pedra do Corvo, localizado no Rabo do Dragão, na divisa entre Guarujá e Bertioga, é utilizado para sinalizar a entrada do Canal de Bertioga

Atualmente, as embarcações fazem

uso de radares, satélites e uma infinidade de

aparatos tecnológicos, mas a importância dos sinais náuticos permanece intacta

cultura

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10 anos

Em 10 anos de publicação, a Revista Beach&Co divulgou, mensal-mente, um pouco de tudo que o litoral paulista tem de melhor. Arte, turismo, história, cultura, comportamento, investimentos e meio am-biente ilustraram suas páginas. Nesta edição de número 116, come-moramos a data e oferecemos aos nossos leitores, uma retrospectiva de algumas de nossas reportagens mais marcantes.

retrospectivaBeach

Edição 08 - Agosto/2002Mais do que belas são as imagens da maior ilha marítima da costa brasileira, um refú-gio da vida selvagem que convive em har-monia com o desenvolvimento. Esse para-íso, conhecido como Ilhabela, foi tema de matéria especial da edição, em comemora-ção aos 197 anos de emancipação da cidade.

Edição 11 - Novembro / 2002Considerada uma das maiores obras da engenharia rodoviária no Brasil, a segunda pista da Rodovia dos Imigrantes foi inau-gurada pelo governo do estado no dia 17 de dezembro daquele ano. A reportagem abordou as expectativas geradas pelo novo equipamento, no sentido de proporcionar maior desenvolvimen-to econômico ao litoral paulista. Na época, a nova pista aumentou o volume do tráfego de 8 mil para 14 mil veículos por hora, e reduziu o tempo de viagem entre o litoral e a Capital.

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Edição 13 - Janeiro / 2003Um mergulho no universo da aldeia tupi--guarani, onde vivem índios da Terra In-dígena Ribeirão Silveira, em Boracéia, na divisa entre Bertioga e São Sebastião. A reportagem deu espaço às suas lendas, sua forma de interagir com o “mundo dos brancos”, aceitando modernidades - até às vezes discutíveis - como eletricidade e urbanização das ocas, e mostrou como eles assi-milam novidades de nossa cultura, ao mesmo tempo em que repelem vícios da socie-dade atual, tais como o indivi-dualismo e a neurose.

Edição 16 - Junho / 2003O Parque Estadual da Ilha Anchieta, verdadei-ro cenário paradisíaco em meio ao oceano e à Mata Atlântica é uma das mais importantes áreas ambientais protegidas pelo estado de São Paulo. Ao todo, são 828 hectares, que equiva-lem a 8.280 mil m2 de riquezas naturais quase intocáveis. Esse santuário ecológico é detentor de um rico patrimônio histórico-cultural, re-presentado pelas ruínas de um presídio, que funcionou durante 51 anos (de 1904 a 1955).

Edição 30 - Outubro / 2004Belíssimo detalhe do tucanu-çu ou tucano-boi (Ramphastos toco), legítimo representante do encanto que as aves proporcio-nam a todos nós e, em especial, aos amantes da ornitologia, a ciência que tanto pode ser um agradável hobby, por meio do birding, quanto uma profissão, voltada à observação e cataloga-ção dos pássaros.

Edição 25 - Abril / 2004A típica expressão marcante do povo indígena na bela face de um membro da etnia rikbaktsa (MT). A reportagem foi a segunda de uma série de oito, en-tre 2003 e 2011, sobre a Festa Nacional do Índio, realizada anualmente em Bertioga, no mês de abril. Um show artístico que reúne índios de diversas etnias e atrai visitantes à cidade.

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30 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/201230 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Edição 43 - Janeiro / 2006Uma capa especial, com o Rei Pelé, o maior craque do futebol de todos os tempos marcou a reportagem prin-cipal daquele mês. Na época, ele anunciou seu interesse em ter mais uma cidade da região como base para solidi-ficar um de seus pro-jetos sociais, voltados à formação e encami-nhamento de jovens talentos do futebol, sua especialidade. Depois de Santos, era a vez de Guarujá receber o Litoral Futebol Clube.

Edição 37 - Junho / 2005O destaque da edição foi a Pé-rola do Atlântico. Com muitos personagens e curiosidades, Guarujá completava 71 anos de emancipação político-ad-ministrativa em alto estilo e repercussão na mídia nacional com a chegada do empresário Silvio Santos e seu megarre-sort na praia de Pernambuco.

Edição 36 - Maio / 2005O Forte São João como símbolo maior da cidade de Bertioga, no ano em que o mu-nicípio comemorou 14 anos de emanci-pação político-administrativa. A partir desta edição, passamos a reproduzir, na capa, o selo Costa da Mata Atlântica, criado pelo Santos e Região Convention & Visitors Bureau, com o objetivo de atestar a qualidade de produtos temá-ticos, voltados para a divulgação desta que é uma das mais ricas regiões do país.

Edição 39 - Setembro / 2005Em pauta, a quase extinção das tartarugas mari-nhas que, até a década de 1970, não contavam com nenhum trabalho de preservação. Hoje, o Projeto Tamar-Ibama, criado em 1980, é a esperança de ma-nutenção da sobrevivência desses animais. Aqui no litoral paulista funciona uma das 21 bases do Tamar - o Núcleo Ubatuba, com trabalhos voltados, tam-bém, à comunidade local. Por outro lado, a base é uma boa opção de passeio e cultura.

10 anos

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31Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012 31

Edição 59 - Maio/2007Um por todos, todos por um... O antigo bordão, consa-grado pela literatura universal por meio da obra de Ale-xandre Dumas, em Os Três Mosqueteiros, não é apenas uma figura de retórica para os negros afrodescendentes da cultura banto, que vivem no litoral norte paulista. Os bantos ensinam que “eu sou, porque vós sois e, porque vós sois, eu sou”. Ou seja, a filosofia banto não admite o indivíduo separado dos outros. Esse sentimento de unidade e irmandade é contagiante, especial-mente num momento em que a sociedade moderna vive um es-tágio de grande indi-vidualismo, onde o eu está acima de qual-quer valor.

Edição 44 - Fevereiro / 2006Passear, pedalar, correr, brincar, paquerar ou ape-nas... relaxar! Estas são algumas das atividades que o santista costuma praticar no Jardim da Orla de Santos. É o maior jardim frontal de praia do mun-do, conforme o Guinness Book. São 5.335 metros de extensão distribuídos em sete quilômetros de praia, que vai da Praia do José Menino até a Pon-ta da Praia, totalizando 218.800 m². Além de belas praias e bom clima, os santistas ainda desfrutam de todo este espaço ao ar livre. Um privilégio!

Edição 69 - Março/2008Para o povo polinésio, a canoa havaiana é uma ex-tensão natural de seu estilo de vida. Os primeiros habitantes da Polinésia, e lá se vão mais de 3 mil anos, enfrentaram o turbulento Oceano Pacífico a bordo de canoas movidas a remo e vela, e, com elas, colonizaram as ilhas da região, entre as quais Bora Bora, Taiti e Ilha de Páscoa. Como esporte, abriu fronteiras e chegou até nós há poucos anos. Imediatamente criou raízes, porque achou campo fértil, graças à proximidade com a natureza, aliada a muito exercício físi-co e forte espírito de equipe. Receita perfei-ta para os jovens do li-toral paulista, um dos locais do Brasil onde o esporte mais tem se desenvolvido.

Edição 55 - Janeiro/2007Alguém imagina o mundo sem água? O desperdício existente parece evidenciar que não. No entanto, esse bem tão precio-so e aparentemente abundante pode, sim, faltar num futuro não muito distante. O futuro de nossos filhos e netos. Chamar a atenção para essa problemática sócio-ambiental é dever da mídia e de cada cidadão responsável. De nossa parte, compro-metidos que somos com a preservação da natureza em geral, destacamos o tema no mês de janeiro de 2007 - época de verão, de férias e, consequentemente, de maior desperdício.

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32 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/201232 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Edição 72 - Junho/2008Cem anos depois da che-gada dos primeiros imi-grantes japoneses no país, resultado do tratado de amizade, comércio e nave-gação firmado entre o Japão e o Brasil, em 3 de novem-bro de 1895, na França, co-memoramos esta acertada aliança. Para os japoneses, a satisfação de terem en-contrado, aqui, um berço generoso. Para o Brasil, o agradecimento pelas influências introduzidas pelos imigrantes. Seja na agricultura, na pesca ou na gastronomia, os japoneses têm sua fatia de contribuição na formação de um país de múltiplas cores e sabores. Uma diversidade de grande valor histórico.

Edição 73 - Julho/2008Nos caminhos desse vasto litoral, um roteiro turístico pelo litoral norte paulista nos levou a apreciar a milenar arte cerâmica. Nos ateliês dos artistas de Caraguatatuba, descobrimos a possibilidade de acompanhar de perto todo o processo e beleza de uma das mais anti-gas manifestações hu-manas: a capacidade de transformar o barro em formas de expressão. Uma arte pura, liberta de qualquer intenção imitativa, a cerâmica re-siste a modismos e, na sociedade contemporâ-nea, é cultuada como uma expressiva forma de arte plástica.

Edição 80 - Fevereiro/2009O parque Roberto Mario Santini, na orla santista, que, após décadas de polêmicas infrutíferas, nas quais predominavam muito mais os interesses fi-nanceiros, políticos e ideológicos, em detrimento dos da população, finalmente se fez presente. O projeto não alterou a paisagem da orla, muito pelo contrário, valorizou-a, bem como o seu entorno que ganhou novo alento. Aos habituais frequenta-

dores daquele setor da praia santista, acrescentaram-se outros, de todos os bairros da cidade, bem como dos mu-nicípios vizinhos. Crianças, jovens, adultos e idosos en-contram nesse belo espaço multiuso, opções de lazer e de esporte e até de dol-ce far niente.

Edição 81 - Março/ 2009A antiga cidade do litoral norte ganhou novos ares a partir de uma reurbanização funcional. Mostramos que caminhar pela badalada Rua da Praia ou pelo charmoso centro histórico, com seus famosos casarios de arquitetura co-lonial, tornou-se roteiro obrigatório. A brisa que sopra do belo canal de São Sebastião, a Serra do Mar no entorno, os casarões colo-niais preservados, bares, restaurantes, sorve-terias e as áreas de lazer que sur-giram a partir da reformulação da avenida litorâ-nea, formam um conjunto de atra-tivos, que vai ao encontro das aspirações de turistas conhe-cedores de boa parte do país, quiçá do mundo.

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33Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012 33

Edição 87 - Setembro/2009Homenagem ao meio de transporte que reinou absoluto na cidade de Santos de 1909 a 1971, quando foi desativado. Em 23 de setembro de 2000, o ícone santista vol-tou aos trilhos com a implantação da linha turística do centro histórico, por meio do Projeto Alegra Centro, que concede isen-ções fiscais às empresas que re-cuperam imóveis na região. Char-moso e centená-rio, ele convive muito bem com o mundo moderno e empresta um ar bucólico ao cenário de uma das mais antigas cidades do país.

Edição 88 - Outubro/2009As notícias para a região foram animadoras. Anunciamos as expectativas geradas nos bastido-res do pré-sal e um alerta sobre a urgência de a sociedade e governo se organizarem e se prepa-rarem para o que estaria por vir. Já que na estei-ra dos tão desejados petrodólares virão também muitas demandas sociais, econômicas e ambien-tais. Planejamento, preparação de mão de obra es-pecializada e pé no chão devem encabeçar a lista de prioridades daqui para frente, para que o fu-turo seja, sim, de riquezas, mas também de quali-dade de vida, sustentabilidade e igualdade social.

Edição 100 - Outubro/2010 No dia 10 de outubro, um dos grandes patri-mônios nacionais e, sem dúvida, o maior de Bertioga, comemorou 100 anos de profícua existência. A Usina Hidrelétrica de Itatinga, a quem dedicamos um número especial. E, para felicidade da equipe da Beach&Co, também se comemorou, naquela oportu-nidade o número 100 da revista, que foi às ruas com 100 páginas.Foi um privilégio dividirmos a data com esta fantástica obra da engenharia nacional, um complexo que atravessou o século e, ainda hoje, pode se dar ao luxo de transmitir lições de sustentabilidade e respeito à natureza.

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34 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/201234 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Edição 104 - Fevereiro / 2011Arquipélago dos Alcatra-zes, gigantesco conjunto de ilhas, riquíssimo em biodiversidade, cuja visi-tação atualmente é restrita a pesquisadores com fina-lidades científicas. A boa notícia na época foi a de que esse paraíso poderia ser o terceiro Parque Ma-rinho do Brasil, a exemplo de Abrolhos, na Bahia, e Fernando de Noronha, em Pernambuco. Projeto nesse sentido encontrava-se em mãos do Ministério do Meio Ambiente para análise. Ao se tornar parque, com certeza se transformará em um grande pólo de atração turística para a nossa região.

Edição 105 - Março / 2011Diz o adágio popular que o peixe morre pela boca. O Albatroz também! Essas belíssimas aves oceânicas figuram na lista de extinção e, um dos principais mo-tivos decorre de ficarem presos nos anzóis, jogados pelos pescadores, ao tentarem capturar as iscas des-tinadas aos peixes. Os dados são alarmantes. Somen-te no Brasil, mais de 10 mil albatrozes são mortos

por ano e, a cada cinco minutos, um albatroz morre no mundo.O lado positivo des-ta história está aqui mesmo no litoral paulista, graças ao trabalho incansável da ONG santista Projeto Albatroz, que há 20 anos en-campa uma árdua batalha em defesa da espécie.

Edição 112 - Outubro / 2011O futuro desenvolvimentista antevisto para a costa paulista está respaldado no tripé composto pela retomada do crescimento da economia brasileira, pela descoberta de petróleo na camada pré-sal da Bacia de San-tos, e pela opção natural da Petrobras por nossa região, como sede de grande parte de suas operações. Bom para o litoral? Sim, claro. Mas, os benefí-cios dependem mui-to da capacidade de os municípios, em-presas e cidadãos se prepararem adequa-damente para rece-ber esse novo tempo. Que o futuro venha tão otimista quanto o presente.

Edição 109 - Julho / 2011“Um país se faz com homens e livros”. A frase, do céle-bre escritor Monteiro Lobato, exprime bem a importân-cia da leitura em uma sociedade. Quem lê escreve bem, interpreta melhor o mundo e cria condições para desen-volver o livre arbítrio, alicerce que fundamenta as civi-lizações realmente desenvolvidas. Incentivar a leitura, portanto, é garantia de formação de cidadãos conscientes e forma-dores de opinião. Em Bertioga, mostramos o projeto Costa Norte Es-cola, fruto de parceria público-privada, que proporciona o estímu-lo necessário para que a prática da leitura e, consequentemente, da escrita, mantenha-se viva e ativa.

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Estamos tratando

dignamenteda natureza.

E do homem.

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Habitação, da CDHU e da Secretaria do Meio Ambiente, com apoio do Governo Federal e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) está colocando homem e natureza em seus devidos lugares. É o Programa Serra do Mar. Com investimentos da ordem de 1 bilhão de reais, o programa está promovendo a construção de 5.379 moradias com infraestrutura completa em bairros planejados para receber as famílias transferidas das áreas de risco em Cubatão. Milhares de pessoas deixaram para trás os locais com perigo de acidentes ambientais e mudaram para o conforto e a segurança de novas casas e apartamentos, de 2 ou 3 dormitórios, especialmente projetados pela CDHU.

Outras famílias, também já retiradas das áreas de risco, recebem auxílio-moradia do Governo

do Estado até que novos imóveis fiquem prontos. Os 9.852 moradores que vivem em áreas seguras na serra também serão beneficiados com obras de urbanização e

terão luz, água encanada, ruas e transporte. Além das 31.000 pessoas que estão sendo atendidas em Cubatão, pelo menos outras

6.800 que vivem em municípios da Serra do Mar serão transferidas para novas moradias.

Com isso, a mata vai ser reflorestada, a água dos mananciais recuperada e milhares

de espécies, incluindo o homem, estão conquistando o direito a uma moradia digna.

PRÓ-MORADIAPARCEIROS:

EM CUBATÃO, MAIS DE 8 MIL PESSOAS JÁ ESTÃO FORA DAS ÁREAS DE RISCO E MILHARES DE METROS QUADRADOS DE MATA SERÃO RECUPERADOS.

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FAZER PARTE DESTA HISTÓRIA DE PROFISSIONALISMO:

ESSA É A NOSSA PRAIA.

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Incorporação Construção e Vendas:

A Revista Beach & Co está completando uma década de atuação. São 10 anos dedicados ao Litoral Paulista, trazendo informação, entretenimento e notícias

sobre essa região que não para de crescer. Nos orgulhamos de fazer parte desta história de sucesso, seriedade e compromisso com nossa região.

Parabéns Beach & Co.

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40 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

meio ambiente

Pela primeira vez, um raro exemplar de águia cinzenta foi capturado, dando início a uma nova

etapa na luta pela conservação dessa espécie, uma das 160 aves sob ameaça de extinção no país

Da Indonésia à Antártica,

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Por Marcus Neves Fernandes

Por mais de 15 dias, o biólogo e ornitó-logo santista Robson Silva e Silva perma-neceu embrenhado no cerrado mineiro, nas proximidades da cidade de Patrocí-nio (180 km de Uberlândia), em busca da segunda maior ave de rapina do Bra-sil. Depois de longa e paciente espera, ele conseguiu capturar a águia cinzenta, fotografá-la e coletar o sangue da ave, na qual foi instalado um moderno rádio--transmissor. Robson tem viajado regu-larmente para essa região do Triângulo Mineiro desde 2007, e mantém uma rotina estafante que começa por volta das 4 ho-ras da madrugada e segue até às 23horas.

Dono de um arquivo com mais de 50 mil imagens, ele hoje se diverte ao se lembrar do primeiro registro de campo, ainda na época da faculdade. “Não coloquei o fil-me corretamente e ele simplesmente não

Ilustres visitantesTodos os anos, a partir de outubro, ilus-

tres visitantes chegam à Baixada Santista. São os maçaricos, as batuíras, os falcões pe-regrinos e as águias pescadoras. Todos vêm do Hemisfério Norte, do Canadá, Estados Unidos e Groelândia, fugindo do rigoroso inverno. A maioria irá se fixar nas áreas de manguezais da região, que oferecem abri-go e alimento. A exceção é o falcão pere-grino. Acostumado aos altos penhascos da América do Norte, esse que é o mais veloz predador do mundo, pode alcançar mais de 300 km/h. Ele já se acostumou aos prédios, que usa como ponto de observa-ção para captura de suas presas (em geral,

pombos e roedores). No ano passado, o fo-tógrafo Paulo de Tarso conseguiu um fei-to inédito, ao flagrar um falcão peregrino adulto em pleno bairro do Gonzaga (foto), em Santos, onde tanto o peregrino como a águia pescadora ficam até abril, quando re-tornam para suas áreas de reprodução. Até lá, irão disputar espaço com aves de rapi-na nativas: o falcão de coleira, o quiriquiri, o carcará e o gavião pernilongo - que tem esse nome devido a suas longas pernas, usadas para capturar presas no chão ou mesmo dentro de bromélias. “O carcará, por exemplo, era raro na região. Hoje já é avistado com mais frequência”, explica o biólogo Robson Silva e Silva.

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A águia cinzenta é a segunda maior ave de rapina do Brasil

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42 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

meio ambiente

rodou. Não saiu uma foto sequer”. Atual-mente, mesmo com seis livros já publica-dos e outros dois em busca de patrocínio, todos fortemente alicerçados na fotografia, o ornitólogo não se considera um fotógra-fo. O objetivo primário é a documentação científica, mas o foco é o público leigo.

É dessa forma, aliando ciência à divul-gação, que ele espera preservar espécies como a águia cinzenta, para que não tenha o mesmo destino de diversas outras pelo mundo, a extinção. Nesse caminho, algu-mas mudanças já são perceptíveis. “Muitos matam por puro preconceito, fruto da falta de informação. Mas as coisas estão mudan-do, principalmente com os jovens. Hoje, por exemplo, já é raro, mesmo no interior, ver crianças com estilingues”, exemplifica.

Em parceria com o pintor naturalista To-mas Sigrist, Róbson tem suas fotos ilustran-do o livro para professores do ensino médio, que acompanha o primeiro guia de campo para observação de aves, especialmente cria-do para estudantes dessa região de Minas Gerais. O projeto, patrocinado pela Vale Fer-tilizantes, de quem é consultor, inclui ainda 3 mil cartazes para as escolas. “Para mim, o mais importante é mostrar a natureza para os leigos, é a educação ambiental”.

Espera pacienteMas, para isso, há inúmeros desafios a

vencer. Além de enfrentar um mercado edi-torial que ainda não valoriza o divulgador científico, Robson também precisa manter--se em constante deslocamento, com horas e horas de paciente trabalho, como passar três dias dentro de uma barraca, camuflado no

O minúsculo papa-mosca-do-campo, que pesa no máximo 7 gramas quando adulto

Na Nova Guiné, o registro da ave-do-paraíso, uma das mais belas do mundo

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meio do mato, olhos e ouvidos atentos em uma criatura que pesa no máximo 7 gramas - o papa-mosca-do-campo. “Quando conse-gui encontrar o ninho, fiquei nove horas em pé, mas saí com a imagem dessa que é uma das mais raras aves brasileiras ameaçadas de extinção”. Objetivo cumprido, lá se vai ele para o próximo, nem que seja na longín-qua Nova Guiné, entre a Austrália e a Indo-nésia (Ásia), distante mais de 15 mil km.

Três dias de avião, quatro horas de bar-co, dois dias para subir uma montanha com o dobro da altitude da Serra do Mar, 20 dias acampado. Tudo em busca das emblemáti-

cas aves-do-paraíso e do ‘vogelkop bower-bird’. Enquanto a primeira é tida como uma das mais belas do mundo, a segunda fasci-na leigos e cientistas pela intrincada corte que faz no intuito de atrair a fêmea.

Em um elaborado ritual, que pode durar cerca de 4 meses, esse pequeno pássaro re-colhe flores, besouros, fungos e toda sorte de presentes para a fêmea. Pacientemente, ele dispõe todas essas oferendas em um se-micírculo. E se você pensa que o trabalho termina aí, enganou-se. Antes de tudo isso, ele construiu, com pequenos galhos, uma espécie de cabana no chão da floresta, muito

Abrigo enfeitado e construído com galhos da floresta pelo pássaro Vogelkop bowerbird, para conseguir a atenção do sexo oposto

Na Baixada Santista é possível encontrar em torno de 500 espécies de aves, o dobro do que se pode encontrar na maioria dos países do Hemisfério Norte

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meio ambiente

semelhante a um chapéu chinês. Detalhe: não se trata do ninho. Novamente, o único intuito é conseguir a atenção do sexo oposto.

Do escaldante clima tropical do sudeste asiático, as suas lentes se voltam para a gé-lida Antártica, onde esteve um ano antes, em 2008, para documentar espécies que migram para o Brasil. Afinal, é aqui que esse biólogo tem um vasto material de tra-balho. Na verdade, a segunda maior bio-diversidade de aves do mundo, perdendo apenas para Colômbia.

Riqueza localCuriosamente, Robson sabe que não é

preciso ir tão longe para documentar ou simplesmente apreciar uma grande diver-sidade animal. Aqui mesmo, na Baixada Santista, é possível encontrar o que muitos europeus sequer imaginam. “Da praia até a Serra, passando pelos manguezais, a Bai-xada tem algo em torno de 500 espécies de aves. É o dobro do que você pode encon-trar na maioria dos países do Hemisfério Norte”, afirma.

A diferença é que, se vivesse em algum deles, ele provavelmente seria um biólogo--fotógrafo em tempo integral. “Lá eles va-lorizam muito esse tipo de trabalho e os profissionais podem se dedicar em tempo integral. Aqui isso não é possível”.

A Baixada, por exemplo, não tem um guia sobre as aves que vivem na região para que moradores e turistas possam utili-zar, seja para estudo ou recreação. “Quan-do não se conhece, não se valoriza. O meu temor é que só venhamos a dar valor de-pois de perder tamanha riqueza”.

Para saber maisDiferentemente de outros países, principalmente na América do Norte

e Europa, no Brasil há poucos livros sobre observação de pássaros, o que é um contrassenso, já que o país possui o segundo maior número de espé-cies de aves no mundo. Só na Baixada Santista, por exemplo, estima-se a existência de mais de 500 espécies - com destaque para as áreas de mangue-zais, principalmente Cubatão e Bertioga. Hoje, a melhor opção para quem quer saber um pouco mais sobre as espécies brasileiras é o site ‘WikiAves’ (www.wikiaves.com.br). Sua função é organizar o conteúdo fornecido pe-los observadores e transformá-lo em informações úteis e de fácil acesso para usuários leigos e profissionais. O site possui fotos e sons das aves. Outra opção é o guia Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado (322 páginas, 1.020 ilustrações). A obra, que curiosamente foi feita por pesquisadores estran-geiros, é a primeira de uma série que deverá contar com cinco volumes, abordando as aves de todos os biomas brasileiros. Com linguagem simples e todo ilustrado, o livro tem o objetivo de popularizar a observação de aves no Brasil e estimular a conservação do meio ambiente. Ao todo, são mais de 700 espécies, entre elas a arara-azul-grande (o maior psitacídeo do mundo - foto), o corujão-orelhudo, o tiê-bicudo e o periquito-rei. Mais informações: http://edhorizont.lojatemporaria.com

Arara-azul-grande, o maior psitacídeo do mundo

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Uma caminhada pela orla da praia de Peruíbe equivale a um documento de identidade da cidade. O pouco movimento na avenida à beira-mar e os raros prédios altos são testemunhos de um município onde a natureza ainda é poderosa

Por Flávia Souza

Cheia de planos e projetos, uma das mais novas cidades do litoral paulista, 53 anos de emancipação político-administrativa, com-pletados no dia 18 deste mês, possui 326 quilômetros quadrados de área territorial, sendo apenas 97 quilômetros quadrados de área urbanizada. Em todo o restante, e veja que não é pouco, reina a exuberância da Mata Atlântica. Um diferencial e tanto.

“Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável” é a bandeira levantada na ci-dade, e tema das diversas discussões que geraram projetos e planos, muitos já execu-

tados. Longe de ser uma selva de pedras, nela o verde predomina. E para que essa cor seja o destaque mesmo em áreas resi-denciais e comerciais, foi criada uma lei que versa sobre o planejamento da arbori-zação urbana.

Quando serviços e obras de engenharia são executados na cidade, é preciso fazê--los, utilizando produtos e subprodutos florestais. “Isso significa que, em qualquer empreendimento público onde se emprega madeira, a administração municipal exige de seus fornecedores a comprovação de

Aqui, quem manda

é a natureza

Avenida da orla da praia. Acima, panorâmica parcial da cidade

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que estejam cadastradas no CADMadei-ra - programa voltado para empresas que comercializam madeira nativa no estado de São Paulo. É uma forma de evitarmos a exploração ilegal de madeiras”, explica o diretor do Departamento de Meio Ambien-te e Agricultura, Marcelo José Gonçalves.

A sede do departamento conta com um centro de educação ambiental, onde se contrói, atualmente, um viveiro de mudas. Mas as aulas sobre meio ambiente e susten-tabilidade não são oferecidas apenas neste local. Nas escolas municipais os alunos têm o tema em sua grade curricular.

A cidade implantou outros programas voltados à sustentabilidade, tais como a

implantação da coleta seletiva, construção de um centro de triagem, recuperação de áreas degradadas e implantação do Pro-grama de Aquisição de Alimentos junto à Agricultura Familiar. “A cidade fomenta e desenvolve pesquisas sobre aquicultura de espécies nativas, como lambari, em nos-so centro de pesquisa localizado no bairro Guanhanhã”, explica Marcelo.

Outra iniciativa realizada com o obje-tivo de oferecer mais qualidade de vida à população e, ainda, beneficiar o meio ambiente, é a construção de um conjunto habitacional no loteamento Santa Izabel, o qual promoverá tanto a despoluição do Rio Preto quanto do mar, proporcionando a re-

Praia do Guaraú

Arborismo na região do Guaraú

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cuperação ambiental de uma área de 500 mil metros quadrados.

O projeto visa a transposição de 320 famí-lias (cerca de 1500 pessoas), que ocupam de-terminada área de várzea do rio. A ação vai recuperar o solo, a mata ciliar e o mangue.

Turismo com diversidade Quatro roteiros foram traçados pela ad-

ministração municipal para agradar todo o tipo de visitante: ecológico, turístico, cultu-ral e ufológico. O primeiro roteiro inicia na praia do Costão, onde a bica de água doce atrai muitos turistas. A paisagem reúne costão rochoso, praia, mar, vegetação e a Serra dos Itatins.

A estrada do Guaraú-Una leva ao entorno da Juréia, sendo a Prainha um ponto obriga-tório de parada. Seguindo pela estrada Gua-raú-Una chega-se às Corredeiras do Perequê, rio de corredeiras com piscinas de águas cris-talinas e Mata Atlântica exuberante.

Agregado ao roteiro ecológico há o ro-teiro de aventura, com atividades como trilhas na mata, arvorismo e tirolesa. Outra opção é praticar watter treking, caminhada pelas pedras até a Cachoeira das Antas.

Pela estrada Guaraú-Una, a opção é o Jeep Tour, para se conhecer as maravilhas do entorno da Juréia, sob outra ótica. A ca-noagem tem seu destaque no Rio Guaraú, onde são feitos diversos roteiros com canoas havaianas e canadenses.

O roteiro turístico, realizado em pontos urbanos, conta com um amplo calçadão, centro comercial e de lazer, onde se reali-zam shows musicais, dança e corais.

A cidade também possui um aquário municipal, que tem como base os princí-pios da educação ambiental, proporcio-nando aos visitantes conhecimento sobre

Aquário municipal possui 19 recintos que representam diferentes

ecossistemas aquáticos. Um dos atrativos é o tanque de toque

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o ambiente aquático e seus animais. O es-paço tem 19 recintos que representam dife-rentes ecossistemas aquáticos, dentre eles, o manguezal, praia arenosa, costão rocho-so, pantanal e a Amazônia.

Outro atrativo é o tanque de toque, onde é possível observar de perto, e inclusive to-car, anêmonas, ouriços, pepinos e estrelas--do-mar, além de caranguejos e aranhas.

O Complexo Termal Lama Negra, as Ruínas do Abarebebê, o mirante, o museu histórico e arqueológico, o porto de pesca e os oito quilômetros de praia compõem alguns dos atrativos turísticos e culturais instalados em áreas urbanas.

As praças merecem destaque, em espe-cial, a da igreja Matriz. Denominada Praça Monsenhor Lino de Passos, ela conta com relógio de sol, coreto, e a estátua do padro-eiro São João Batista.

O roteiro ufológico é bem conhecido entre os que acreditam que há vidas em outros planetas. Isso acontece porque, muitas histórias indígenas antigas de Peruíbe, dizem que seres oriundos das estrelas teriam habitado toda essa re-gião. Ainda hoje há inúmeros relatos de pessoas que avistaram óvnis e seres lu-minosos na cidade.

Pórtico de entrada da cidade. Acima, a tranquilidade da vida selvagem em área urbana

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Afinal, quem não quer receber uma das seleções estrangeiras que integram a competição, e mais os milhares de turistas esperados? Para tanto, comitê especial intensifica ações para preparar a cidade para um dos maiores eventos esportivos do mundo

Por Luciana Sotelo

Região na disputaCopa 2014

A próxima Copa do Mundo acontece só em 2014, mas, no país que vai sediar a competição, o clima de disputa já começou entre as cidades brasileiras interessadas em abrigar uma das 32 seleções de futebol.

Santos está no páreo e, para competir com categoria, criou o Comitê Pró-Santos na Copa 2014. A ideia é somar esforços para viver ativamente o clima e os louros da com-petição. O comitê foi instituído oficialmente

em 2010, e dele fazem parte os prefeitos das nove cidades que integram a Baixada San-tista, mais representantes do Santos Futebol Clube, do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, da Agência Metropolitana da Baixada Santista, deputados estaduais e federais, além de empresários.

Quatro câmaras técnicas compõem o Comitê para tratar exclusivamente de tó-picos como infraestrutura; mobilidade e

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capacitação profissional; marketing e di-vulgação e turismo e eventos. “Queremos que o pessoal de turismo fomente paco-tes de viagem para trazer os turistas para eventos em nossa região”, explica Luiz Dias Guimarães, assessor de Gabinete da prefeitura de Santos e secretário executivo do Comitê Pró-Santos na Copa 2014.

Tudo isso é para aumentar as chances de concretizar a principal meta: aprovar a cidade como uma das sedes do mundial. O pontapé inicial já foi dado; o município está entre os 37 classificados no estado de São Paulo para receber delegações estran-geiras de futebol.

De acordo com Guimarães, este ano,

uma nova relação de cidades aptas será pu-blicada pela FIFA - Federação Internacional de Futebol. “Santos está trabalhando para fazer parte desse catálogo de opções para os times estrangeiros”, explica o secretário. Para isso, existe uma lista de pré-requisitos que serão analisados, entre eles, estrutura hoteleira, segurança, mobilidade, clima, infraestrutura geral, proximidade com ae-roportos e, fundamentalmente, a existência de centro de treinamento de futebol.

Na verdade, a definição das cidades bases só acontece daqui há dois anos, no início de 2014, e não se resume às cidades recomendadas pela FIFA. “As seleções podem fazer as suas escolhas indepen-

Santos possui estrutura hoteleira, segurança, mobilidade, clima e infraestrutura geral, alguns dos pré-requisitos exigidos pela Federação Internacional de Futebol

“Queremos que o pessoal de turismo fomente pacotes de viagem para trazer os turistas para eventos em nossa região”, diz Luiz Guimarães

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dentes”, destaca Guimarães. “Não é por acaso que delegações internacionais já estão sondando os melhores locais para ficar”, afirma.

Ele explica que, na mira do Comitê, estão países como o México. “O povo mexicano vive intensamente o clima do mundial. A população viaja de fato para ver os jogos. Temos notícias de que a agência oficial da seleção vai trazer 15 mil mexicanos para a Copa; eles já freta-ram 2 navios e mais 86 voos”.

Caso seja aceita por uma das delega-ções, Santos vai receber uma das equipes participantes para treinar no Santos Fu-tebol Clube, além de utilizar a estrutura logística e turística dos municípios que compõem a Costa da Mata Atlântica para atrair os turistas que vierem para o gran-de evento. Por conta disso, outra atribui-ção do Comitê é coordenar a preparação da infraestrutura local tanto no quesito visitação quanto hospedagem.

Uma das medidas emergenciais é co-locar em prática o projeto de ampliação do Hotel Recanto dos Alvinegros, situ-ado no próprio Centro de Treinamento Rei Pelé, do Santos, para utilização dos atletas. Diz Guimarães: “a prefeitura está atuando junto ao clube para viabili-zar a obra, assim, o hotel passaria de 28 para 56 apartamentos. O custo previsto é de R$ 5 milhões”.

Já com relação ao público, segundo dados do Ministério do Turismo, o fluxo de turistas estimados para a Copa 2014 é de 600 mil estrangeiros e 3 milhões na-cionais. O objetivo do Comitê é atrair 2% dos turistas do exterior e 4% dos turis-

O diferencial do suporte dos hotéis flutuantes, os transatlânticos que podem ficar atracados no Terminal de Passageiros do porto de Santos e a existência de um centro de treinamento, onde treina a equipe do Santos Futebol Clube, dão vantagens à cidade

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tas brasileiros. “Isso significa receber 12 mil estrangeiros e 120 mil turistas nacio-nais”, argumenta Guimarães.

Para recepcionar a demanda, Santos está ampliando a rede hoteleira, que hoje é composta por cerca de 20 hotéis, o equivalente a 1.450 apartamentos. “Se concretizarmos os projetos em an-damento, teremos no ano da Copa um total de 2.550 apartamentos. É um nú-mero considerável”.

Fora isso, a cidade tem como diferen-cial o suporte dos hotéis flutuantes, ou seja, os transatlânticos que podem ficar atracados no Terminal de Passageiros do porto de Santos. Para o evento Copa do Mundo no Brasil, a Secretaria Especial de Portos da Presidência da República vai aplicar R$ 898,9 milhões para a constru-ção, ampliação e adequação de 7 termi-nais que terão uso exclusivo para o even-to, entre eles, o do cais santista.

Garantia de ministroO ministro do Turismo Gastão

Vieira esteve em Santos, dia 30 de janeiro, acompanhado pelos minis-tros do Esporte, Aldo Rebelo, e dos Portos, José Leônidas e afirmou que a RMBS (Região Metropolitana da Baixada Santista) será incluída no ro-teiro turístico da Copa do Mundo de 2014. “Cerca de 10 roteiros no Brasil obterão apoio do Ministério do Turis-mo para suas obras de infraestrutura e serão incentivados a receber turis-tas brasileiros e do exterior”, disse.

Pelé com o ministro do Turismo Gastão Vieira, na cidade de Santos

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Peregrinos desbravam

Terceira e quarta cidades integrantes do roteiro turístico Passos dos Jesuítas - Anchieta, elas encantam os visitantes pela beleza e vigor

Mongaguá ePraia Grande

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Perfazendo o caminho dos jesuítas, o mesmo que, há centenas de anos, eles per-correram em direção às praias para cate-quizar os indígenas das diversas cidades do litoral paulista, peregrinos modernos repetem a rota, ainda plena de belezas na-turais, história e cultura. Uma enciclopé-dia viva na qual o modo de vida urbano atual se mescla ao antigo e enriquece a mente e o coração.

Quem se dispôs a seguir o trajeto ou-trora feito pelo padre José de Anchieta, a partir de Peruíbe, o início, notará que, em Mongaguá e Praia Grande, a brisa sopra um pouco diferente das anteriores

cidades do litoral sul. É que essas duas ci-dades passam por um momento de tran-sição entre o tradicional e o moderno, ca-racterístico de um processo de evolução.

Apesar dos muitos quilômetros de praia (13 em Mongaguá e 23 em Praia Grande), são municípios pequenos, já que, juntas, possuem apenas 308 mil ha-bitantes. Mas são suas instalações urba-nas que chamam a atenção de quem por elas passam.

O casal Eiji e Satsue Yabu mora em San-tos e se surpreendeu. “Moramos em Ita-nhaém na década de 1970, e trabalhei em Mongaguá nos anos 90, mas depois que

Por Flávia Souza

Praça Jacob Koukdjian, no centro de Mongaguá. Ao lado, o casal Eiji e Satsue Yabu e detalhe da orla da praia do Boqueirão, em Praia Grande

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me aposentei não tinha mais vindo para esses lados e estava apreensivo. Achei que seria difícil passar por essas cidades, e que elas não estariam preparadas para receber caminhantes nessa peregrinação. Mas estava errado”, diz Eiji.

Ele fez o roteiro Passos dos Jesuítas jun-to com um grupo de 80 pessoas, mas, em diversos momentos, caminhou apenas ao lado da mulher e a segurança foi uma das questões que lhe chamou a atenção. “A ci-dade cresceu muito e fiquei surpreso em ver como a Plataforma de Pesca ficou bo-nita depois da reforma. Este foi nosso ce-nário durante o almoço que fizemos num restaurante ótimo, um dos melhores que encontramos pelo caminho”.

Nilo e Vergília Rodrigues é outro casal que se surpreendeu com o desen-volvimento local. “Nem sabia que tinha tanta coisa bonita e interessante na Bai-xada Santista. Há 30 anos não ia à Praia Grande, por exemplo, e fiquei maravi-lhada com o que vi por lá. A cidade está linda, com um comércio forte, e bem servida em termos de cultura. O Palácio das Artes tem um prédio surpreenden-te”, relata Vergília.

Os hotéis e pousadas localizados no trajeto das duas cidades também agra-daram os visitantes. Afinal, depois de uma longa caminhada (em Mongaguá o roteiro contabiliza 14,5 quilômetros e, em Praia Grande, 23,4 quilômetros), os pés pedem um bom porto seguro. O melhor é que, ao longo de todo o percurso, es-tabelecimentos parceiros oferecem entre 10 e 30% de desconto em seus serviços de alimentação e hospedagem.

Serviço: para mais informações sobre o Passos dos Jesuítas-Anchieta, acesse o site: www.caminhasaopaulo.com.br

Praia do Boqueirão, em Praia Grande e, abaixo, detalhe do comércio central de Mongaguá

Roteiro O roteiro turístico Passos dos

Jesuítas - Anchieta tem início em Peruíbe, no litoral sul, e término em Ubatuba, no litoral norte. A caminhada passa por 13 cidades (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, num percurso de 360 quilômetros. O percurso foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e já atrai grande número de peregrinos. O Guia do Caminhante pode ser retirado junto com o Cartão do Caminhante em um dos postos de emissão indicados no portal www.caminhasaopaulo.com.br.

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música e dançaCinco décadas de

de alta performance

Nomes consagrados como o pianista Almeida Prado já pertenceram ao corpo artístico da Escola Técnica de Música e Dança “Ivanildo Rebouças da Silva”. Aos 50 anos de muita atividade, é o único conservatório musical do litoral paulista reconhecido pelo MEC, a formar, gratuitamente, músicos e bailarinos

Por Morgana Monteiro

Clave de sol, dois por quatro, susteni-do, pausa. O que soa estranho aos ouvidos dos leigos é parte da teoria musical mais básica para os alunos. Ao caminhar pelos corredores da Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão (ETMD), sentimos que o prédio parece respirar melodias... Uma harmonia diferente daquela estudada pe-los jovens músicos pode ser sentida na at-mosfera das salas de aula, do salão princi-pal. Se cada nota musical tivesse uma cor, o ar dessa escola seria puro prisma.

“É incrível a vocação artística de Cuba-tão. E esta unidade, a única da região que forma técnicos em música, regência e balé

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clássico, referência nesse tipo de ensino, não poderia estar fincada em outro lugar senão aqui”, comenta o diretor da ETMD, Reginaldo Alves do Nascimento, 36 anos, amante confesso da boa música, e que co-manda a unidade há quatro anos, hoje com 800 alunos. As aulas, gratuitas, acontecem nos três períodos, nos níveis fundamental, básico e técnico.

A Cubatão artística por excelência, cheia de bons instrumentistas e regentes, foi o que despertou a criação dessa Escola em 1962. Na época, os cursos se limitavam a piano, violão, canto e história da música. Depois, vieram os cursos de balé clássico, regência, violão, saxofone e canto coral. Em 1988, o espaço passou a ser administrado pela Secretaria Municipal de Educação, agora com verba fixa e a obtenção de re-

gistro do Ministério da Educação, o MEC. “Nossa missão é oferecer um ensino de qualidade. Os cursos preparam o jovem ar-tista para que tenha condições de ingressar em grandes universidades do país e parti-cipar dos mais conceituados grupos artísti-cos”, diz o diretor da Escola Técnica.

Prova viva dessa afirmação é a cubaten-se Denise Rezende. Formada na ETMD em 1994, é bailarina da Companhia Nacional de Portugal há sete anos e está prestes a se for-mar em dança na Escola Superior de Lisboa.

Mas, neste caminho entre Cubatão e as terras lusitanas, houve muitas paradas, em companhias de dança como Cisne Negro (SP), Teatro Guaíra (PR), Teatro Municipal do Rio de Janeiro e Escola Estadual Maria Olenewa (RJ). “Todo esse sonho começou na Escola Técnica, em Cubatão. Foram oito

Denise Rezende, bailarina da Companhia Nacional de Portugal há sete anos

Unidade conta com 800 alunos. As aulas, gratuitas, acontecemnos três períodos, nos níveis fundamental, básico e técnico

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anos de muita dedicação e persistência, contando com o apoio incondicional de todos ali. Na minha história profissional, o ‘Conservatório’ - apelido carinhoso pelo qual chamamos a unidade - foi indispensá-vel”, diz a bailarina, que, mesmo depois de interpretar tantos balés de repertório, lem-bra-se com saudades das aulas nos salões espelhados de Cubatão, conduzidas pela professora Lúcia Moledo.

E não são poucos os exemplos de vir-tuoses que se aperfeiçoaram na unidade. A começar pelo nome que a batiza: Iva-nildo Rebouças da Silva. Músico precoce, revelado na unidade, aos 16 anos de ida-de, Ivanildo já era profissional, ingressan-do na Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo, uma das mais importantes da época (1978). Faleceu aos 20 anos, vítima de um acidente de moto. A homenagem ao jovem artista comove até hoje todos os que estão ou já passaram pela escola como diretores ou professores.

O maestro Roberto Farias, criador da banda que originou a Sinfônica de Cubatão,

ministrou aulas de instrumentos de sopro de 1978 a 1984, e se lembra com carinho do ex-aluno e da escola: “O ‘Conservatório’ sempre formou campeões, instrumentistas, cantores e bailarinos natos, provando que a cidade é mesmo um celeiro de bons artistas”.

Os professores da Escola Técnica, 30 ao todo, são verdadeiros artífices que se dedicam à tarefa de lapidar talentos. E muitos desses educadores, por meio dos grupos experimentais formados no “Con-servatório”, deram origem às equipes que compõem os Corpos Estáveis, oficializa-dos no município. É o caso do Grupo Ri-nascita de Música Antiga, criado em 1974 pelo professor Rodrigo Augusto Tavares, um apaixonado pela música renascentista, barroca e medieval.

Anos mais tarde, a prefeitura local assu-miu o grupo artístico, importando réplicas de flautas doces, violas da gamba, alaúdes, guitarras barrocas e instrumentos de per-cussão do século XVI.

Hoje, o Rinascita é tombado como bem imaterial de Cubatão. O Coral Zanzalá sur-

O pianista Lucas Gonçalves, formado pela Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão

Almeida Prado, parte da história

Em 1974, José Antonio de Almeida Prado já era um nome consagrado na música e residia em Paris. Neste mes-mo ano, por iniciativa dos gestores da cultura municipal da época, foi convidado para assumir a direção do Conservatório. Almeida Prado esteve à frente da unidade por nove meses, dando visibilidade ao trabalho desen-volvido ali. Na sua despedida, anun-ciado o nome de Edna Maria Lemos Moura para sucedê-lo no comando, os dois encantaram o público presen-te em um concerto a dois pianos, em primeira audição da obra Ritual da Pa-lavra, de autoria de Almeida Prado. O pianista retornou a Cubatão em 2008, quando acompanhou várias apresen-tações da Semana da Música realiza-da pelos estudantes da ETMD, onde chegou a demonstrar seu impecável talento. Almeida Prado era santista e faleceu há dois anos.

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Grandes talentos do grupo Palco & Cia

giu da mesma maneira, em 1978, também por ideia do maestro Rodrigo, que injetou um repertório eclético ao Coral, fazendo as mais de 60 vozes transitarem tranquila-mente do erudito ao popular. Oficializado na década de 1990, o Zanzalá é hoje refe-rência na região, considerado um dos 13 mais importantes corais do país.

E lá se vão 50 anos de referência nas ar-tes do estado de São Paulo. Afinal, só exis-tem duas escolas técnicas desse tipo em São Paulo: em Cubatão e Tatuí (Conservatório Musical). Dos primeiros alunos formados na ETMD cubatense, como Selma de Melo Antunes (piano) e Eliseu Lima (violão), sugiram outros nomes de igual importân-cia, como o violonista Manoelito Martins (radicado nos Estados Unidos), o maestro Alexandre Felipe Gomes (regente da Ban-da Marcial de Cubatão), as maestrinas San-dra Diogo Moço (Coral Raízes da Serra) e Nailse Cruz (Coral Zanzalá), as musicistas Sônia Onuki, Marilda Canelas (ex-secretá-ria de Cultura), Patrícia Antunes, Marcos Paulo e ainda centenas de bailarinos que

encantam pelos palcos, mundo afora.Assim como os artistas, a Escola Técnica

também transitou por muitos espaços até achar seu porto seguro em um belo prédio de esquina, na Av. Nações Unidas, na Vila Nova. Foram pelo menos nove mudanças - de 1965 até 1984 - até que fosse instalada em sede própria. E pela primeira vez, a uni-dade é reformada desde sua inauguração.

A estrutura física recebe melhorias que incluem a adequação acústica do salão de audições, além de toda a acessibilidade da edificação. Para 2012, está prevista uma programação especial para o 2º semestre, com espetáculos, shows com orquestras convidadas e festivais, em comemoração às cinco décadas de existência.

Se no Brasil é tão difícil para artistas buscarem a profissionalização, na cidade, a charmosa Escola Técnica de Música e Dan-ça ou simplesmente “Conservatório”, com aulas gratuitas de tantas modalidades, é a prova irrefutável de que a arte é extrema-mente inclusiva e sempre deve estar ao al-cance de todos.

Grupos da ETMDA Escola Técnica mantém

grupos artísticos formados por alunos. Nessa convivência, os jovens colocam em prática o que aprendem em sala de aula:

• Balé Palco & Cia• Big Band• Vocal Jazz

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comportamento

Escolher um companheiro para partilhar uma vida em comum deve ser um ato pensado e repensado. Um animal não é um bichinho de

pelúcia que se encosta ou joga fora quando não se quer mais. Ele tem direito à vida, ao respeito, à proteção e a muito amor

Por Luciana Sotelo

Esta causa requer

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amor e carinho

Basta caminhar pelas ruas para se depa-rar com um cão ou gato maltratado, muitas vezes machucado, com sarna, magro, mutila-do, em geral assustado e, certamente, aban-donado. Ainda que tenham donos, é comum observarmos situações de maus tratos, ca-racterizadas por gaiolas minúsculas aprisio-

nando passarinhos e outras aves e animais, falta de condições de higiene, cães presos a correntes curtas, proprietários que batem co-vardemente em seus animais ou até mesmo que os deixam sem alimento e água. É nes-sas horas que entram em ação os ‘protetores anônimos’ de animais, pessoas de bom cora-

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ção que recolhem e cuidam desses bichinhos e lhes oferecem bem-estar e uma relação har-mônica entre os humanos e os animais.

Nem sempre é fácil, e chegam a enfren-tar dificuldades para salvar os que correm risco de vida. O bom é que elas não atuam sozinhas e contam com as Organizações Não Governamentais (ONGs), voltadas à causa dos animais. Em Santos, algumas entidades tentam dar conta do recado, entre elas, o Mo-vimento de Apoio aos Protetores de Animais e da Natureza (Mapan) e a Defesa da Vida Animal (DVA), ambas fundadas em 2004.

A Mapan nasceu justamente para cola-borar com o trabalho dos protetores. “Pro-curamos unir forças para amadurecer a causa já que os protetores estavam muito

separados”, diz Marcia Lenah de Roque, vice-presidente do movimento. Apaixonada pelos animais desde criança, ela foi uma das fundadoras da Mapan, com um propósito fundamental: encontrar uma família para os cães e gatos sem lar. Foi assim que sur-giram as feiras de doação de animais. “Fize-mos a primeira em dezembro, no Gonzaga. Levamos cerca de 25 animais e conseguimos doar 17. Isso aconteceu em poucas horas e nos encheu de esperança para prosseguir”, admite Marcia.

E não é que ela estava certa... Hoje, pas-sados 9 anos, a contabilidade é animadora. Foram realizadas 256 feiras e doados 4.989 animais, entre cães e gatos. Um dos compo-nentes deste sucesso é a aparência saudá-

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Cães e gatos padecem dos mais chocantes tipos de maus tratos, mas, felizmente, contam com os “protetores anônimos” que os recolhem

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comportamento

vel dos bichinhos. E o segredo é o projeto de lares temporários. “Procuramos pessoas interessadas em cuidar dos nossos animais provisoriamente. Elas recebem da entidade uma quantia em dinheiro pela locação do espaço. Além disso, oferecemos a alimenta-ção, medicamentos e estrutura. Em troca, a pessoa tem que fazer com que esse bichinho viva feliz até que encontre um lar definiti-vo”, explica Marcia, contando ainda que, semanalmente, esse animal é levado à feira. Quando não consegue a adoção, retorna ao lar temporário. A Mapan começou com as feiras para doar os próprios animais, po-rém, hoje, também oferta os recolhidos por protetores independentes desde que aten-dam a exigências mínimas como, ser castra-do, vermifugado e inscrito na entidade.

O processo de adoçãoEmbora tenha mais de 200 animais sob

sua responsabilidade, a entidade mantém seriedade no processo de adoção e exige responsabilidade. Entre os requisitos bási-cos é preciso ser maior de 21 anos, portar RG, ter autorização da dona da casa para adotar, comprovante de residência e paga-

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No momento da adoção, os preferidos são os filhotes, entregues já castrados e vacinados

A Mapan não possui sede, e mantém-se com a ajuda de funda-dores, sócios e também da popula-ção em geral por meio de donativos que recebe nas feiras realizadas aos sábados, das 15h00 às 19 horas, em frente ao Shopping Balneário, no Gonzaga, em Santos. Quem quiser ajudar, pode colaborar com depó-sitos na conta bancária da entida-de (Banco Itaú, agência 0610, conta corrente nº 45.555-2 e CNPJ: 07012

405/0001-99).A feira de doação de animais da

ONG Defesa da Vida Animal é rea-lizada na Rua Manoel Tourinho, em frente ao Pet Center Marginal, no bairro do Macuco. Elas acontecem aos sábados, quinzenalmente, das 14h00 às 18 horas. A Codevida fica na Avenida Nossa Senhora de Fáti-ma, 375, Zona Noroeste, em Santos. Outras informações pelo telefone: (13) 3203 5593.

Feiras de adoção

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mento de um donativo no valor de R$ 20, no momento da adoção. Depois da parte burocrática, segue-se uma entrevista pesso-al. “Se provar mesmo que tem condições de cuidar do bichinho, que não está tomando uma decisão precipitada, assina o termo de responsabilidade e volta para casa com um novo amigo”. Ainda recebe da Mapan uma consulta em uma clínica veterinária particu-lar e 20% de desconto na vacinação.

Controle de natalidadeCom o propósito de promover o con-

trole populacional de cachorros e gatos, a ONG Defesa da Vida Animal desenvolve um trabalho de conscientização quanto à importância da castração. No início das atividades, ainda num espaço improvisa-do, encaminhava-se os animais recolhidos pelos protetores às clinicas veterinárias credenciadas. Um serviço gratuito voltado apenas para comunidades de baixa renda.

Com o passar do tempo, a entidade con-seguiu adquirir uma sede própria e nela montou uma estrutura que permitiu am-pliar o atendimento. Com centro cirúrgico, sala de espera, consultório, pré e pós-opera-tório, a ONG passou a realizar não apenas castrações como também operação de tu-mores e tratamentos de emergência como, por exemplo, os casos de atropelamento. “Já chegamos a 13 mil atendimentos, des-tes, 6 mil foram castrações”, afirma Marí-lia Asevedo Moreira, secretária e uma das idealizadoras da entidade. Para equilibrar a população de cães e gatos, a entidade tam-bém realiza feira de doação de animais em parceria com a prefeitura de Santos.

Focada na prestação de serviços, a en-tidade não recolhe animais. “Muita gente abandona os bichinhos aqui na porta de propósito, porém estamos com nossa estru-tura saturada. Temos seis canis e um gatil lotados, com animais que foram atrope-

As entidades protetoras se desdobram para dar atendimento decente às dezenas de animais abandonados na cidade

Território marcadoAtendendo a mais uma solici-

tação dos protetores, em breve, a prefeitura de Santos irá inaugu-rar uma área reservada, exclusiva para cães e gatos. A novidade irá funcionar na Praça Caio Ribeiro de Moraes e Silva, em frente ao Sesc, no bairro da Aparecida. “O local terá uma pista com obstá-culos para os animais se exerci-tarem. Além disso, contará com um quiosque para realização de feiras de doação de animais. A construção já começou”, explica o vereador Benedito Furtado.

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comportamento

lados, mutilados ou estão velhos e muito doentes. Abrimos as portas apenas em situ-ação de risco extremo”, revela Marília.

A ONG Defesa da Vida Animal também acredita na educação, por isso, atua junto às escolas, na formação de crianças e adoles-centes mais conscientes quanto ao bem-estar animal. Isso porque prefere atuar no desen-volvimento de políticas públicas na cidade de Santos, o que é facilitado pelo presidente da ONG, o vereador Benedito Furtado, que atua diretamente no Poder Legislativo.

Graças a este fator e ao apoio da socie-dade e dos protetores, já conseguiu diver-sas conquistas. O vereador e sua mulher Marília, secretária da entidade, tiveram a ideia de convocar uma audiência pública, em 2004, para aprovar a proposta de se criar uma comissão especial de vereadores para melhorar a legislação no quesito bem-estar

animal. “Nossa proposta estava baseada num tripé: controle populacional dos ani-mais domésticos, campanhas ostensivas contra maus tratos e posse responsável e campanhas educativas”, conta o vereador.

Todo esse cuidado gerou uma série de leis e medidas na cidade, como a que deu a Santos o crédito de ser a única cidade do Brasil a separar a proteção animal do de-partamento de zoonoses. “A maioria dos municípios encaminha a questão animal à zoonose, ou seja, no sentido de evitar que os humanos sejam afetados por doenças que podem se manifestar nos animais e que tenham a transmissão facilitada com a presença deles. Nós nos preocupamos com o bem-estar desses animais, por isso, passa-mos a tratar o assunto na Secretaria de Meio Ambiente”, pontua o vereador.

Dentre as políticas públicas adotadas pelo

Muito movimento na feira de adoção realizada aos sábados, no Gonzaga, em frente ao Shopping Parque Balneário

O vereador Benedito Furtado é um dos defensores

da causa animal

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município, foram criados o Fundo Municipal de Proteção e Bem-estar Animal (para viabi-lizar recursos para investir nos projetos em defesa da vida animal); o Conselho Munici-pal de Proteção à Vida Animal (que promove reuniões mensais para debater os problemas e defender os direitos e as obrigações vincu-ladas à proteção da vida animal), e também a Coordenadoria de Proteção à Vida Animal - Codevida (criada para implantar na cidade o programa de posse responsável e oferecer atendimento ambulatorial a cães e gatos, cirurgias de castração gratuitas, direcionar campanhas educativas, fiscalizar maus tratos e acolher animais de rua).

Santos possui diversas políticas públicas em pról do bem-estar animal, cujo assunto é tratado

pela Secretaria de Meio Ambiente

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ser sustentável

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Sacolinhas:

Por Marcus Neves Fernandes

Muito bem, vencemos o grande vilão do meio ambiente. As sacolinhas de supermer-cado, feitas com resinas de fontes não reno-váveis, estão fora das grandes redes. Os buei-ros agradecem, assim como as tartarugas, golfinhos e outros da fauna marinha que têm em seus estômagos os restos dessas embala-gens. Ponto para os cidadãos que aderiram e

ponto para os empresários que arquitetaram, com o governo paulista, tal iniciativa.

Estão todos, desde já, moralmente obriga-dos a ir em frente. Do contrário, acabarei pen-sando como muitos consumidores: tudo não passou de uma bela jogada de oportunismo.

E há muito a fazer, diversos bons desa-fios que também carecem do envolvimento

oportunidade ou oportunismo?

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de todos. Podemos, inclusive, começar com o setor de embalagens. É preciso investir em pesquisa, em ciência, para que novas fontes sustentáveis de resina sejam desenvolvidas (veja quadro).

Apesar de nosso imenso potencial na área, o dinheiro disponível é pífio. Recen-temente, um único grupo norte-americano, que pesquisa o uso de bactérias para produ-ção de plásticos, recebeu mais financiamen-to do que todos os cientistas brasileiros que atuam nesse segmento. É urgente, também, investir em educação ambiental. Ela precisa ser dirigida para todas as faixas etárias, para todas as camadas sociais. E uma das mais didáticas formas de educar é dar o exemplo.

Então, é inadmissível que em cidades aqui da Baixada Santista, uma das mais desenvolvidas do mais desenvolvido dos estados da União, ainda tenhamos diversos bairros sem coleta de lixo. Sim, porque em muitas comunidades os caminhões não che-gam (ou não entram). Aos que duvidam, su-giro uma visita ao site do Instituto Ecofaxina (www.institutoecofaxina.org.br/). As fotos, aqui sim, valem mais que mil palavras.

E não pensem que é difícil resolver o pro-blema. Há quatro anos, em Fortaleza (CE), troca-se lixo por descontos na conta de ener-gia elétrica. O programa, que é um sucesso, chegou recentemente ao Guarujá, por meio da distribuidora Elektro. Por que não copiá--lo em toda a Baixada, em todo o estado, no país? Pode-se trocar qualquer coisa por lixo, até mesmo impostos - o que, com certeza, traria queda na inadimplência.

É preciso tirar do papel projetos que per-mitem que o consumidor se torne um pro-dutor de energia. Em vários países, isso ala-vancou a venda de placas solares e turbinas eólicas. No Brasil, tal projeto deveria ter sido regulamento no final do ano passado, no mais tardar neste início de 2012. Até agora, nada.

Mas, convenhamos, dotar residências de energias alternativas não basta. De que

adianta uma placa fotovoltaica em uma casa ou apartamento que não disponha de ventilação cruzada, reuso de água, hidrô-metro individualizado, telhados verdes, jardins e praças? É como um motor de Fer-rari em um fusquinha.

Aliás, por falar em veículos, temos uma malha ferroviária menor do que a do Japão. Aqui, não há qualquer apoio aos carros elé-tricos, muito pelo contrário. Recentemente, a Dersa (leia-se governo paulista, o mesmo do acordo das sacolinhas) resolveu taxar as bici-cletas elétricas na travessia Santos-Guarujá. Agora, elas pagam o mesmo que uma moto.

Nesse sentido, somos mesmo o país da contradição. Temos uma das maiores reser-vas mundiais de silício, usado na fabricação dos painéis fotovoltaicos. Todavia, não te-mos uma única indústria capaz de benefi-ciar o minério, da mesma forma que não produzimos um metro quadrado sequer dessas placas no Brasil.

Temos uma das maiores médias mundiais de dias ensolarados, mas geramos menos de 5% de energia solar quando comparado com a Alemanha. Idem para as eólicas. Energia das ondas do mar? Só temos uma unidade, assim mesmo experimental, diante de mais de 7 mil quilômetros de zona costeira.

Restos de pneus (e até isopor) podem ser agregados ao asfalto. Bancos, postes, dor-mentes, placas, telhas e cavaletes podem ser feitos com sucata plástica. No mercado, já é possível encontrar pisos feitos com bicos de chupeta e mamadeira pós-consumo. Por que é difícil encontrar tais produtos? Por-que a coleta seletiva é falha e a maior parte dessa matéria-prima acaba mesmo nos ater-ros ou lixões. Acredite: falta lixo para ser transformado em produtos.

Até mesmo a poda das árvores pode ser usada para confecção de diversos itens, desde brinquedos até artigos de escritório, como demonstra um recente estudo feito na Universidade de Campinas (Unicamp).

Bioplástico feito em casaNa Universidade Federal de

Minas Gerais, o professor Antônio Ferreira Ávila mostra-se otimis-ta quanto ao desenvolvimento do bioplástico. Para chegar ao merca-do em larga escala, ele diz que de-pende unicamente da indústria se interessar em adotar os avanços já obtidos em laboratório.

O bioplástico é viável? Sim, ele pode até ser feito em casa.

E qual é a receita? É simples. A pessoa pode usar amido de milho, vinagre, água e glicerina. Junta tudo e aquece. Dependendo das quantidades, você vai ter um plás-tico mais ou menos flexível.

Qual a diferença do caseiro para o bioplástico de laboratório? Em casa, a resistência mecânica tende a não ser boa. Mas qualquer um conse-gue. No laboratório, nosso desa-fio é produzir uma sacolinha que aguente cinco quilos.

E quanto ao problema do plástico de amido se desfazer em contato com a água?Aqui, estamos usando a nano-tecnologia, criando uma membrana super-hidrofóbica, que repele total-mente a água, gerando um produto com excelente vida útil.

E os custos? Podem até ser mais baratos do que o plástico de petró-leo. Vai depender da demanda.

Sendo assim, quando eles estarão no mercado? Nosso papel é desen-volver a tecnologia. Compete à indústria se interessar e aplicar o processo em larga escala.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentávelContato: [email protected]

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arte

A mostra Amigos Alma do Mar reúne obras de artistas plásticos que retiram da beleza do esporte náutico a

essência de suas obras pictóricas

Por Bruna Vieira

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Surfe comoinspiração artística

Mistura de cores vibrantes e suaves. Óleo sobre tela, madeira, técnicas mistas. Como temática, os movimen-tos da areia, do ar e do mar. Também pranchas, pes-cadores e barcos. Elementos presentes nas obras estilo beach culture na exposição Amigos Alma do Mar, com entrada franca, realizada até o dia 26 deste mês, das 19h00 às 1h30, nas duas unidades da Pizzaria aFirma,

na costa sul de São Sebastião.Cerca de 20 obras dos artistas plásticos João Vianey,

Claudia Simões, Erick Wilson, Jasar Nobre, Rosa Fon-seca e do fotógrafo Paulo Armando integram a mostra, que retrata o amor desses artistas pelo litoral brasileiro.

Já no ano passado, a unidade de Camburi da piz--zaria expôs obras em parceria com a Galeria Alma

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do Mar, primeira de temática marítima no Brasil, que fica na Vila Madalena, na capital paulista. No en-tanto, a unidade de Maresias, há 12 anos incentiva o surfe arte por meio de exposição de obras de artistas nacionais e internacionais.

“Em Camburi, é o segundo ano da exposição. Tem gente que vem na pizzaria só para apreciar os qua-dros. Mas o início de tudo foi na pizzaria em Mare-sias que vai completar 14 anos. O surfe arte começou há uma década quando um artista local pediu para expor seus quadros na aFirma. Depois surgiu a par-ceria com a Galeria Alma do Mar, na qual os artistas passaram a ter mais um local para comercializarem as obras e se tornarem conhecidos. Desta forma, agre-gamos valor à pizzaria, cuja referência não centra apenas na gastronomia, mas na valorização da arte”, revela o proprietário Ricardo Franco de Abreu.

Ampliar a divulgação da cultura dos apaixonados por água salgada é um dos propósitos das obras do ar-tista João Vianey, que revela a abundância e variedade da natureza brasileira, em especial o mar e os mangue-zais, sua maior fonte de inspiração. Experimentalista e autodidata, é adepto de todo o tipo de material. Há 30 anos Vianey encontrou na cultura praiana brasileira uma fonte inesgotável de inspiração. Desde então, es-tabeleceu uma relação íntima e absoluta com o mar. É isto que está evidenciado em suas obras, uma mistura de técnica de acrílico, óleo sobre madeira, tela, textu-

ras, entalhe e monotipia em estilo abstrato.A física nuclear Claudia Simões é uma artista que

vive da pintura. Faz exposições no Brasil, América Latina e Europa, e dá vida e forma às aquarelas. Ad-quiriu inspiração em suas viagens pela África, Extre-mo Oriente ou pelas trilhas da Mantiqueira. Ora em tons pastéis ora com pinceladas fortes e agressivas, Claudia nos transporta para diferentes realidades, proporcionando uma viagem de cores e tons por meio de suas telas.

E ainda tem Jasar Nobre, natural de Itanhaém, que vê o surfe como uma viagem introspectiva, instigando--o à evolução pessoal. Usa técnicas mistas com acrílico sobre madeira, tela, texturas em resina, ferro e linho no estilo abstrato. Jasar viu na arte uma forma de expres-sar, transmitir e compartilhar com o espectador sua re-verência pelo mar e profundo sentimento de integração com a natureza que o surfe proporciona. Para ele, “é na interação entre obra e espectador, que a arte assume seu melhor papel.”

Gastronomia e artePara a psicóloga Fabiana Nakazone, da capital pau-

lista, o motivo principal da visita à pizzaria é gastronô-mico, mas confessa que os quadros expostos deixaram o ambiente da unidade de Camburi mais alegre e no ‘clima’ praiano. “Não vejo este tipo de quadro em outro local. Em São Paulo tem muita exposição, mas não com

Ao lado, a Prainha Branca retratada por João Vianney e, abaixo, as obras de Paulo Armando e Erick Wilson

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arte

obras que retratam o litoral”, comenta.Já para o contador Rodrigo Camargo, nada mais

condizente com um jantar no litoral norte paulista do que ver expostas obras de arte que reproduzem a pai-sagem da região. “Os artistas pintam praias, ondas, surfistas. Este cenário tem total relação com uma pi-zzaria à beira-mar”, confirma.

Galeria Alma do MarTão curioso como o acervo da Galeria Alma do

Mar é a história de seu criador Tito Bertolucci. Ele, um paulistano que, por anos, trabalhou na área de marke-ting de uma grande empresa nacional, optou por uma forma de viver fazendo o que mais ama.

A galeria é um espaço dedicado ao surfe e à beach culture, que conta com mais de 200 peças exclusivas coletadas por ele durante viagens pelo Hawaii, Cali-fórnia, Indonésia, Austrália e México. É arte para todo gosto. Dentre as relíquias expostas na Galeria Alma do Mar estão a prancha da série “Finger 8”, esculpi-da por Greg Noll no final dos anos 1960, bem como a prancha usada no filme Endless Summer, filmado na Indonésia, e que foi adquirida das mãos do surfista Robert “Wingnut” Weaver, além de peças assinadas por lendas do surfe como Pat O´ Connell, Bruce Bro-wn e Dora Brown.

Além de pranchas, há jornais e coleções completas de revistas, fotografias, pôsteres, esculturas e tudo o que existe relacionado à cultura do surfe. A galeria tem como intuito promover artistas e realizar regular-mente exposições de arte. Apresenta tendências aos decoradores, designers, arquitetos e interessados pela cultura do surfe, sugerindo possibilidades de decora-ção para pousadas, casas de praia ou imóveis residen-ciais. Ali são comercializadas peças de arte exclusivas e ainda atua como ponto de encontro e estudo sobre o surfe, a arte e as práticas do esporte.

Serviço: exposição Amigos Alma do Mar, no res-taurante aFirma Camburi, Estrada do Camburizinho, 388, Camburi. Telefones: (012) 3465 6488, (012) 3865 4536. Restaurante aFirma Maresias, Rua Sebastião Ro-mão César, 419, Maresias, São Sebastião/SP. Telefone: (12) 3865 6142.

“No tubo” e “Menina ao vento” de João Vianey

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Projetado com base na responsabilidade ambiental, o empreendimento Dream Life, da Montmann & Gomes Engenharia, localizado na rua Antonio Rodrigues de Almeida, 287, está pronto para ser habitado. Construído com base em conceitos sustentáveis, o Dream Life foi conferido de perto pelo prefeito Mauro Orlandini, pelo secretário de Meio Ambiente Rogério Leite, e pelo presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertioga Marcelo Godinho, que visitaram as instalações e aprovaram a tecnologia apli-cada na obra.

Para o prefeito Mauro Orlandini, o conceito ecológico é um diferencial muito importante e demonstra que é possível conciliar desenvolvimento e meio ambiente. “Bertioga já está vivendo um novo tempo e esse empreendimento se coaduna com a qualidade ambiental da cidade”, disse.

O secretário de Meio Ambiente diz: “O empresário visa o lucro, mas esse empreendimen-to deixa materializado que é possível executar uma obra com a preocupação ecológica”,

Já o presidente da Associação dos Engenheiros de Bertioga Marcelo Godinho destacou que “o custo da obra pode ser até 20% maior, mas a proposta ecológica é uma estratégia de marketing que vale a pena”.

O empresário Marcos Quintana, um dos sócios da empresa Montmann & Gomes En-genharia, responsável pela concepção do projeto e construção, ressalta que em todo o conceito da obra houve a preocupação com as questões ambientais, desde o sistema cons-trutivo, que consumiu menos madeira, até o material de acabamento. “O prédio conta com reservatório para utilização de água da chuva, o paisagismo da área comum possui espé-cies nativas, além de outros detalhes, como sensor nas torneiras, que evita o desperdício de água”, afirmou.

Diferenciais• uso de espécies nativas no paisagismo • água de reuso• ar condicionado inverte com uso do gás ecologicamente correto • permeabilidade do solo • iluminação com lâmpadas led com sensores de presença• torneiras eletrônicas com sensor• piso dos apartamentos Ecowood Portobello, que gera no sistema construtivo 1% de re-

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Conceito ecológico em Bertioga

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internacional

Para adquirir uma formação, ou aprimorar um conhecimento pré-adquirido, levas de jovens estudantes partem para fora do país numa empreitada, no mínimo, rica em experiência de vida

Por Renata Inforzato

viver e estudar no exterior

Em setembro de 2010, Livia Martins che-gava a Paris com um sonho: melhorar seu conhecimento de francês e fazer um mestra-do na Cidade Luz. Após três anos de estu-do do idioma e uma faculdade de letras em Viçosa (MG), ela tinha na mala a matrícula de um curso de conversação avançado, pois ainda não se sentia pronta para falar a lín-gua de Molière. A cada ano, aumenta o nú-mero de brasileiros que, assim como Lívia,

partem para o Velho Continente em busca de aprimoramento de algum idioma ou para fazer um curso superior. Apesar de as condi-ções de vida na Europa serem mais difíceis, hoje, devido à crise econômica, não faltam motivos para encorajar essa empreitada: ter a experiência de vida em um país desenvol-vido, conhecer uma ou várias culturas dife-rentes, ser independente, testar os limites da solidão, aprender um outro idioma ou apri-

A aventura de

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morar a profissão e, sobretudo, viajar muito. Essas são algumas das vantagens que, quem vive, ou já viveu a experiência não cansa de contar. E, para o mercado brasileiro, um cur-so no exterior, mesmo que rápido, agrega valor ao currículo, pois, além de comprovar domínio em um idioma estrangeiro, mostra interesse por outras culturas e coragem de ousar, qualidades bem admiradas pelos em-pregadores.

As dificuldades não devem ser despreza-das: tem o problema da adaptação, a sauda-de de casa, da família e dos amigos, o frio. No caso de Lívia, o emprego de au pair (babá) propiciou a ela um contato bem estreito com a vida francesa. Como em quase todo país europeu ela precisou da comprovação de um curso para obter o primeiro visto, no caso, a matrícula no curso de francês. Uma vez terminado, ela quis renovar o visto e se candidatou para o mestrado em Ciências da Linguagem, na Sourbonne. Cursa, agora, o segundo semestre e tem certeza de que fez a melhor escolha. E por que a Europa? “O continente europeu sempre me atraiu pela história e arquitetura dos seus países, em es-pecial a França”, conta Lívia.

Outra que também confessa sua paixão pela França é Fernanda Rodrigues. Formada em linguística pela Unicamp, foi orientada por uma professora a estudar na terra do fromage (queijo). Ao chegar em Paris, em 2006, fez um ano de escola de línguas e en-tão se candidatou ao mestrado na cidade de Besançon, no interior do país, em Tratamen-to Automático de Línguas, na Université de Franche-Comté. Atualmente, Fernanda já terminou o curso, dá aulas de português e não pretende voltar ao Brasil, pois se casou com um francês. “O que acho legal em estu-dar na França é a igualdade no acesso aos es-tudos. Apesar de sermos estrangeiros, con-corremos por uma vaga na universidade de igual para igual com os franceses”, diz ela.

Além da igualdade de oportunidades, mesmo para estrangeiros, outra vantagem de estudar na Europa é o valor dos cursos. No caso das universidades, o pagamento é anual e, mesmo que seja pesado, como no caso da Alemanha, ainda é mais barato do que as mensalidades das universidades bra-sileiras. Sem contar que a qualidade do en-

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osino é muito melhor. Mesmo nas escolas de idiomas, que geralmente são mais caras do que os cursos superiores, o custo-benefício ainda é melhor do que o de um bom curso de idiomas no Brasil. Mas nem tudo são flo-res, como conta Andréa Barbosa, natural de Aracaju. Ela escolheu Nantes, também no interior da França, para estudar. No primei-ro ano, estudou francês. No segundo, tentou se candidatar ao ensino superior em sociolo-gia. Inscreveu-se no primeiro, segundo e ter-ceiro anos da graduação e no master (mes-trado). Na França, você pode se inscrever em qualquer ano, dependendo do seu grau de estudo. Foi recusada em todos. Acharam que ela tinha estudo demais para o primeiro e segundo ano e estudado de menos para o terceiro ano e o mestrado. “Então eu entrei com recurso. Eu já tinha feito todos os níveis do curso de francês; se eles não me aceitas-sem eu teria que voltar. Por fim, consegui entrar no master”, relembra. Agora, Andréa pretende fazer um doutorado dividido entre Brasil e França, para ter duplo diploma e po-der trabalhar nos dois países.

Ficar ou voltarA dúvida entre continuar no país após

os estudos ou voltar para o Brasil é sempre

Sourbonne, no Quartier Latin, bairro dos estudantes de Paris

Livia Martins cursa o segundo semestre do curso de mestrado em Ciências da Linguagem, na Sourbonne

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98 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

internacional

fora do Brasil: “Morar na Alemanha mudou definitivamente minha vida. Além de aper-feiçoar o alemão, que falava desde a escola, aprendi a gostar de viver no exterior”.

Destinos mais procuradosPara ficar até três meses na Europa, não

é exigido nenhum tipo de visto, o que é óti-mo para cursos de idioma de curta duração, de arte, de gastronomia, de moda etc. Mas é importante que você já tenha em mãos o comprovante de inscrição do curso que fará, a renda exigida por cada país, o endereço do local em que vai ficar e o seguro de saúde. Já para estadias de mais de três meses, a maio-ria dos países exige visto e há certos proce-dimentos a cumprir.

Em alguns países, você pode fazer o cur-so de idiomas de longa duração (mais de três meses) e depois se candidatar a uma univer-sidade, como no caso da França. Veja abaixo quais são as exigências para obter o primeiro visto, ainda no Brasil, assim como os links para mais informações.

Reino UnidoPara estudar mais de três meses na Ingla-

terra, Irlanda do Norte ou Escócia é preciso um visto de longa duração. Quem cuida das solicitações é a Agência de Fronteiras Britâni-ca (UK Border Agency). Para obtê-lo é neces-sário juntar uma série de documentos. Mais informações: www.educationuk.org, http://ukinbrazil.fco.gov.uk/en/. Para acessar os formulários: www.ukba.homeoffice.gov.uk/

FrançaAntes de se dirigir ao consulado francês

mais próximo de sua cidade, é necessário pas-sar pelas etapas do Campus France, a agência do governo francês que cuida de todo o pro-cesso de visto de estudante. No site, também estão a listas das escolas de francês recomen-dadas pelo governo e as faculdades para as quais você pode se candidatar.

No caso de quem vai para aprender a lín-gua francesa, é preciso ter o certificado de pré-inscrição, que é pago. Algumas escolas exigem que se pague o curso todo antes de fornecer algum comprovante de inscrição. É importante se ater à lista de escolas dada pelo Campus France, senão, você pode ter

Fernanda Rodrigues terminou o curso de

Tratamento Automático de Línguas, na Université de

Franche-Comté, na França, dá aulas de português e não

pretende voltar ao Brasil

grande para quem fica mais de seis meses no exterior. Há outra possibilidade: a de se mu-dar para um terceiro país. É o caso de Oscar Augusto Risch Neto, que estudou 18 meses na Alemanha e hoje mora em Delaware, nos Estados Unidos. Em 2005, ele chegou às ter-ras germânicas em um programa de inter-câmbio entre o curso de engenharia florestal da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a Universidade de Freiburg.

Ao mesmo tempo, ele resolveu fazer exame para uma bolsa de estudos para um curso de alemão em Leipzig e foi aprovado. “Nunca imaginaria que conseguiria as duas bolsas. Moral da historia: fui fazer o curso de alemão entre janeiro e março de 2005. Voltei ao Brasil por duas semanas e meia, e retor-nei para a Alemanha para os outros três se-mestres de engenharia florestal”. Hoje, nos Estados Unidos, ele não exerce a profissão. No entanto, a experiência na Alemanha foi fundamental para que decidisse continuar

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99Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

seu visto negado. Já para as universidades, é preciso se candidatar. Ao ser aceito, você receberá um comprovante e aí completa o cadastro. Mais informações: www.bresil.campusfrance.org, saopaulo.ambafrance-br.org/ e www.aliancafrancesa.com.br/

AlemanhaDesde 1/01/2009, os estudantes, tanto de

alemão, quanto universitários, não precisam de visto para ficar mais de três meses na Ale-manha, a não ser que queiram trabalhar. Mas, ao chegar deverão ir ao Departamento para Estrangeiros da cidade onde vão morar e pe-dir uma autorização de residência. Há uma lista de documentos exigidos para obter essa permissão. Sem ela, é permitida apenas a per-manência de turista, que é de três meses.

As exigências e a lista de documentos são diferentes no caso de trabalho ou estágio e podem ser consultadas no site do Consu-lado. Em todos os casos há a necessidade de comprovar meios financeiros e é exigi-do seguro saúde, ao menos para entrar no país. Mais informações: www.brasil.diplo.de/Vertretung/brasilien/pt/Startseite.html.

Sobre o teste de equivalência: www.unias-sist.de/zulassungsvoraussetzungen/index.php?id=1&ebene=2 www.goethe.de/ins/br/sap/ptindex.htm?wt_sc=saopaulo

EspanhaPara solicitar o visto nacional, é necessá-

rio imprimir o formulário e ir até o consula-do mais próximo. Há uma taxa de 60 euros, que não é reembolsável.

Salvo exceções, o visto de estudante não dá direito ao trabalho, somente aos de cur-sos de graduação, mestrado ou doutorado podem ser renovados.

No Brasil, duas vezes por ano, há provas para se ingressar nas universidades espa-nholas. Os exames são aplicados pelos ins-titutos de cultura hispânica espalhados pelo país. Mas, além do exame, é necessário com-provar domínio do espanhol e apresentar o diploma de ensino médio, homologado na embaixada ou consulado da Espanha, além de ter o visto de estudante (visto nacional). Mais informações: www.maec.es/subwebs/Consulados/SaoPaulo/pt/home/Paginas/

O campus da Universidade de Nanterre é um dos maiores da França

Oscar Augusto Risch Neto, estudou 18 meses na Alemanha e hoje mora em Delaware, nos Estados Unidos

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internacional

homept_cgsaopaulo.aspx, https://saopaulo.cervantes.es/es/default.shtm

ItáliaA Itália solicita visto para estudantes que

querem ficar mais de três meses no país. A boa notícia é que o visto é gratuito. Mas há uma lista de documentos para levar ao consulado, inclusive, uma comprovação de residência, ao menos para o período inicial da estadia. Tam-bém é necessário comprovar a inscrição e pa-gamento da taxa de matrícula do curso esco-lhido, comprovar renda e contratar um seguro de saúde, ou fazer o compromisso de contra-tar um assim que chegar à Itália. Quem deseja estudar em uma universidade italiana, deve ir até o consulado mais próximo e apresentar uma requisição de pré-matrícula e fazer uma espécie de validação dos estudos feitos no Bra-

sil. Mais informações: www.consriodejaneiro.esteri.it/Consolato_RioDeJaneiro/Menu/I_Ser-vizi/Per_i_cittadini/Visti/DocumentiVisti.htm. Para se inscrever em uma universidade: www.conssanpaolo.esteri.it/Consolato_SanPaolo/Menu/I_Servizi/Per_i_cittadini/Studi/Dichia-razioni_di_valore/

PortugalA partir de três meses, para estudar em Por-

tugal é necessário obter um visto de residência. Como em vários países europeus, para conse-guir esse visto, tem que comprovar renda e que tem lugar para se hospedar. É necessário tam-bém um documento da universidade escolhida comprovando a matrícula, ou que o aluno tem condições de se matricular. Mais informações: www.consuladovirtual.pt/web/brasilia/Pedi-doVisto e www.instituto-camoes.pt/

Um curso feito no exterior enriquece o

currículo, já que, além de comprovar o domínio

do idioma, demonstra coragem em ousar

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Estudantes comemoram o fim do ano letivo na Piazza Castello, em Turim, Itália

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gastronomia

Em busca de uma vida mais saudável e de um planeta sustentável, cada vez mais pessoas aderem à prática

do vegetarianismo no Brasil e no mundo todo

Uma opção de vida

Comida vegetariana

Por Fernanda Lopes

Pesquisa realizada pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), em 2011, apurou que 9% da população bra-sileira é vegetariana - o que significa 17,5 milhões de pessoas. E as opções de alimen-tos para esse segmento já são expressivas em restaurantes e supermercados.

A representante comercial Claudia Ri-beiro Martins aderiu ao vegetarianismo em

2009, para acompanhar seu marido Mau-rício Campagnolo. Ela nota que cada vez mais pessoas se interessam pelo assunto. “E nós mesmos nos tornamos vegetaria-nos depois de pesquisarmos muito sobre o assunto. A qualidade da comida dos res-taurantes naturais e dos produtos prontos atualmente é muito boa”.

Cláudia conta que o sabor da comida

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105Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

realmente a seduziu. “Meu marido havia parado de ingerir carne um ano antes. Uma amiga havia viajado para a China e contou com detalhes do seu jantar em um restaurante cinco estrelas daquele país. Levaram à mesa uma tartaruga viva e sem casco para mostrar a qualidade do animal que seria servido como prato principal. Esta história o impressionou de tal modo que decidiu não comer mais nenhum tipo de carne. Comecei a ir com ele nos restau-rantes naturais e adorei a comida. Além disso, também me conscientizei do sofri-mento dos animais. ”

Carol Dias, proprietária há sete anos do restaurante vegetariano Capim Limão, em Santos, também constatou a maior adesão das pessoas, nos últimos tempos: “O movimento vem aumentando. Nosso restaurante é ovolactovegetariano (com opção vegana diariamente), mas é fre-quentado, em sua maioria, por onívoros. Ou seja, a procura é mesmo por uma ali-mentação benéfica à saúde. Muitos deles, depois de provarem, percebem que é pos-sível ter um tempero caseiro e de qualida-de na comida vegetariana”.

Segundo a nutricionista Nathália Nahas Guedes, vegetarianismo é um regime ali-mentar que exclui da dieta todos os tipos de carne (boi, peixes, frutos do mar, frango, porco, carneiro), bem como alimentos de-rivados. “Essa prática alimentar é baseada no consumo de alimentos de origem vege-tal, com ou sem laticínios e/ou ovos.”

Mas, esse tipo de dieta faz bem ou mal à nossa saúde? “Depende! Se bem plane-jada, orientada e monitorada, ela pode fazer parte da alimentação habitual do indivíduo”, explica Nathália. Ela diz que algumas vezes é preciso fazer uso de su-plementos de alguns nutrientes específicos (quando necessário) Vitamina B12, ôme-ga 3, ferro, zinco, cálcio e proteínas. “As dietas vegetarianas, quando atendem às necessidades nutricionais individuais, po-dem promover o crescimento, desenvolvi-mento e manutenção adequados, e podem ser adotadas em qualquer ciclo de vida.” Ela alerta que adequação nutricional da dieta vegetariana restrita (vegana) é mais difícil de atingir e exige planejamento e orientação alimentar cuidadosos, incluin-do suplementação específica.

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A nutricionista Nathália Nahas Guedes

Como substituir a carnePara substituir a carne basta combinar

alimentos que sejam fontes de proteína, ferro e vitamina B12.• Proteína: presente no feijão, soja, lenti-

lha, ervilha e grão-de-bico, e nas castanhas (amêndoa, noz, castanha de caju, castanha--do-pará).

• Ferro: presente nas leguminosas, nos vegetais verde-escuros, nas frutas secas e no melado de cana.

• Vitamina B12: presente nos derivados de leite e ovos. Se você é um vegetariano radical (que não come nenhum derivado animal), deve ingerir essa vitamina na forma de su-plementos vendidos em farmácias ou em lo-jas de produtos especializados.

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Gravidez e infânciaOs nove meses que antecedem o nasci-

mento são preocupantes para as mulheres. Neste período, surgem muitas dúvidas sobre a melhor maneira de alimentar o bebê, quais alimentos devem ser evitados e quais devem ser consumidos. As incertezas aumentam quando se trata de uma gestante vegana ou ovolactovegetariana.

Eric Slywitch, nutrólogo do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegeta-riana Brasileira (SVB), faz algumas recomenda-ções para as gestantes que não consomem car-ne. Para as veganas, ele indica maior ingestão de fontes alternativas de proteínas, como feijão, grão-de-bico e tofu. No caso das ovolactovege-tarianas, diz que ovos, queijos e laticínios são essenciais para suprir a necessidade proteica.

Outra medida importante a ser tomada du-rante a gravidez é a ingestão de suplementos de ferro, pois o volume de sangue da gestante aumenta em 20% nos primeiros meses de gesta-ção. Além disso, nos últimos meses de gestação, a substância é de extrema importância para a sustentação da placenta. “A vitamina B12 deve ser suplementada para todas as pacientes, in-dependente se tenham dietas restritas ou não, pois 50% entre as vegetarianas e 40% entre as não vegetarianas têm deficiência da substân-cia nos meses de gravidez”, explica Eric.

• Ovolactovegetarianismo: é o vege-tariano mais comum; não ingere carne, mas come ovos e laticínios.

• Lactovegetariano: quem segue essa linha não come carne nem ovos. Já os laticínios são liberados.

• Vegano: é o vegetariano mais radi-cal; não ingere nada de origem ani-

mal nem mesmo leite, ovos e mel.• Ovovegetarianismo: proíbe o con-

sumo de carnes, mas permite co-mer ovos.

• Pescovegetarianismo: permite a ingestão de frutos do mar e peixe. Muitos não a consideram como uma verdadeira dieta vegetariana.

Tipos de vegetarianismo

Ingredientes• 12 fatias de berinjela com cerca

de 2 cm de espessura;• Azeite;• Sal, pimenta branca moída;• 3 tomates sem sementes e picados;• 2 dentes de alho;• 50g de queijo parmesão (ou

de sua preferência). PreparoEm uma frigideira aquecida previamente, coloque as fatias de berinjela já temperadas com uma pitada de sal, uma de pimenta

branca moída e besuntada com azeite dos dois lados da fatia. Deixe grelhar por 2 mi-nutos de cada lado. Depois, tire as berinje-las e reserve. Use a mesma frigideira para o molho. Adicione um fio de azeite e os alhos picados. Refogue. Junte os tomates picados e tempere com sal. Deixe apurar por 5 minutos. Em um refratário monte as torres, intercalando fatias de berinjela e molho. Por fim salpique o queijo. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por cerca de 5 minutos (só para o queijo derreter) e sirva como entrada ou acompanhamento.

Torre de berinjela

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tock As gestantes vegetarianas

precisam de uma dieta rica em proteína, obtida nos ovos, leite e derivados

Produção e fotos Fernanda Lopes

gastronomia

Receitas

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107Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Ingredientes• 4 batatas grandes;• 4 colheres (sopa) de óleo.

Recheio• 100 g de proteína texturizada de soja

(do tipo graúda e escura);• Sal e tempero a gosto (cebola e alho);• 2 colheres (sopa) molho de

soja (tipo Shoyu);• 1 colher (sopa) de óleo;• 2 colheres (sopa) de conhaque;• 3 colheres de ketchup;• 3 colheres de mostarda;• 1 xícara (chá) de cogumelos fatiados;• 1 lata de creme de leite (retirar o soro).

PreparoPara hidratar a proteína, ferva em uma panela a quantidade de água necessária para cobrir a proteína de soja. Assim que estiver fervendo coloque a proteína na água tampe e aguarde entre 3 a 5 minu-

tos (esse tempo vai depender da marca da proteína pois tem variações). Confira a textura da proteína, se estiver igual a uma esponja, escorra com um auxilio de um escorredor. Espere esfriar e retire o restante da água espremendo-a com as mãos, após este procedimento a proteína já está hidratada.

Modo de preparo do recheioCozinhe as batatas, deixando-as em pon-to al dente. Deixe esfriar e retire a casca. À parte, tempere a proteína de soja, (já cor-tada em pedaços pequenos) com tempero, molho de soja e sal e frite até dourar. Reti-re a panela do fogo e adicione o conhaque e volte para o fogo médio, acrescente o ketchup, mostarda e os cogumelos, e re-fogue por 5 minutos. Desligue e misture o creme de leite até encorpar.

MontagemCom ajuda de uma faca, corte a tampa

da batata no sentido do comprimento. Com uma colher, retire o miolo da batata e espalhe porções do estrogonofe. Leve ao forno por cerca de 5 minutos e sirva a seguir.

Dica: com a polpa, você pode fazer um purê. Acompanhe com arroz integral e salada.

Ingredientes• 1 cebola picada;• 2 dentes de alho picados;• 1 colher de sopa de margarina

vegetal ou azeite;• 1 milho debulhado ou ½ lata

de milho verde;• ½ lata de ervilha;• 1 xícara de feijão cozido e escorrido

(pode ser o da sua preferência);• 1 tomate sem sementes picado;• ½ xícara de castanhas de caju;• 100 g de farinha de mandioca torrada;• Sal e pimenta do reino a gosto;• Salsa picada.

PreparoRefogue a cebola e o alho na margarina,

adicione os tomates e depois de refogar um pouco junte os grãos e a castanha de caju. Por fim coloque a farinha e tempere. Deixe a farinha cozinhar por alguns mi-nutos e sirva salpicada de salsa.

Dica: você pode colocar os grãos que pre-ferir, como grão-de-bico, soja, feijão ver-de, favas etc.

Farofa de grãos

Batata recheada com estrogonofe de soja

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A peça, que pode ser um bom coringa no guarda-roupa, é elegante, casual

e confortável. Transita entre a festa, o trabalho ou as compras sem grandes

adaptações

O domínio das

saias longas

O verão trouxe de volta as saias com alguns centímetros a mais, um estilo leve e solto que conquistou rapidamente o gosto das mulheres mais antenadas. Elas surgem em tecidos, estampas e modela-gens bastante diversas, o que lhe permite variar bastante o look, ou seja, para usar as saias longas você não precisa, necessa-riamente, compor um visual anos 70.

A peça agora tão cobiçada vai do tra-balho à festa sem muitas mudanças. Está ligada ao campo e ao boho (mistura de inspirações étnicas), portanto, tem um apelo mais casual e pode, sim, ser usada

Por Karlos Ferrera

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moda

em ambientes de trabalho mais infor-mais. Neste caso, opte por modelos feitos com tecidos leves como tricoline, malha, sarja, algodão, brim e jeans.

Para os passeios diurnos e os notur-nos informais use com rasteirinha. Para ocasiões mais especiais (ou chiques) use com salto.

Combine com cinto, colete, jaqueta ou tricô leve, nas noites mais fresquinhas, e use muitas pulseiras, sempre contrastan-do as cores. Assim, você terá várias ten-dências da moda verão num look só!

Graça, frescor e levesa nos modelos florais

A nova queridinha do guarda-roupa feminino

surge em tecidos, estampas e modelagens bastante

diversas

O sapato da moda! Seguindo a tendência de tecidos e

materiais naturais e peças com aspecto rústico e artesanal, as espadrilhas estão em alta. São calçados com o solado feito de juta, ráfia e cordas de palha trançada. Levam o nome de espadrilha porque, quando foi lançado na moda, no final dos anos 1960, era feito de esparto, um arbusto também conhecido como giesta dos jardins. Elas combinam muito com

calças mais curtas, shorts, bermudas e saias de todos os comprimentos. Só não vão muito bem com roupas sociais e nem com peças de inverno. As mais comuns são as espadrilhas de salto anabela, mas tem para todos os gostos: sapatilhas, ras-teirinhas, salto baixo e alto, sandálias e sapatos fechados.

Opte pelos modelos nude ou floral durante o dia. As com fivelas grandes e douradas ficam melhor se usadas à noite.

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Prefeitura de MongaguáConvida você a participar da folia!

[email protected]

Desfile das escolas de samba nos dias 18 e 19Apresentação dos blocos carnavalescos - 20 e 21

Avenida Dudu Samba, Centro, a partir das 21h

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116 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

As festas infantis coloriram o mês de janeiro e reuniram muita gente feliz em torno dos pequenos aniversariantes

Coluna Chic // Gabi Montoro

Na festa da Branca de Neve...

Luma Montoro Figueira comemorou seus 3 anos junto à Branca de Neve

Julia Monforte de Souza Pinto enfeitou a festa Carol Mendes e a filha Veridiana

Livia Villarinho, João Henrique Fernandes Lopez e Thalita Spessoto

Fernanda Abdalla Segatto e a pequena Valentina

Vanessa Martins e Luizinho Mastelari com o filho Caio

Giovana e Manuela Lunardelli Pietra Pustiglione Abdala Lorenzo N. C. Barbosa Renata Kalaes e o filho João

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Coluna Chic // Gabi Montoro

Mais festas infantis

Jamille Guimarães e Rodrigo Vaz com os gêmeos aniversariantes Clara e Miguel na festinha de 1 ano

Na Festa do Circo...

Matheus e Guga Trocoli Novaes Fabiana Conde e Poliana Leonel da Silva Manuela e Luciana Rocha

Alex e Carol Fernandes com Pietra Tabata Ruas e as filhas Bianca e Nicole

Marina Colombo Barbosa Mastellari

Ricardo Gords, Ricardo Figueira e Ricardo Carneiro

Bernardo comemorou seu primeiro ano de vida entre os pais Fernanda e Cristiano Chaer

Flavia Motta e Fabrício com o pequeno Breno

Na Festa dos Doces...

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120 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Flashes

Em destaque, algumas das personalidades que ilustraram as páginas da Beach&co, nos últimos anos

Adriano Stringhini, superintendente de Comunicação da Sabesp e o governador Geraldo Alckmin

O secretário estadual de Meio Ambiente Bruno Covas e Ribas Zaidan

Gilson Bargieri, ex-prefeito de Peruíbe, e Márcio França, secretário estadual de Turismo

Paulo Alexandre Barbosa, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

Secretário estadual de Gestão Pública Sidney Beraldo

O deputado federal Ricardo Tripoli

José Luiz Marcusso, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos da Petrobras

Sérgio Aquino, secretário de Assuntos Portuários de Santos

Presidente da Codesp José Roberto Serra

O empresário Armênio Mendes Dilma Pena, presidente da Sabesp

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vexame é vexame é vexame é

Já imaginou chegar na hora H neste carnaval e não estar preparado um vexame como este, principalmente

amigo que você precisa para se divertir com segurança, durante e depois da folia. Com ele, além de estar preparado para aquela ocasião especial, você também se previne contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada.

Dirija-se a qualquer Unidade de Saúde de Cubatão e retire o seu

vexame é vexame é vexame é não usar não usar não usar camisinhacamisinhacamisinhaJá imaginou chegar na hora H neste carnaval e não estar preparado para se divertir? Ninguém quer dar um vexame como este, principalmente na melhor época do ano. O preservativo é o amigo que você precisa para se divertir com segurança, durante e depois da folia. Com ele, além de estar preparado para aquela ocasião especial, você também se previne contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. Evitar um vexame é muito fácil. Dirija-se a qualquer Unidade de Saúde de Cubatão e retire o seu preservativo gratuitamente.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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122 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Flashes

Prefeito de Itanhaém João Carlos Forssell

Prefeito de Mongaguá Paulo Wiazowski

Prefeito de Praia Grande Roberto Francisco dos Santos

Prefeito de São Vicente Tercio Garcia

Prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa Prefeita de Guarujá Maria Antonieta de Brito

Prefeita de Cubatão Marcia Rosa

Prefeito de Bertioga Mauro Orlandini Prefeito de São Sebastião Ernani PrimazziPrefeita de Peruíbe Milena Bargieri

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124 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

Flashes

Benedito Xavier, da Fafex, e Wagner Moran, da Factual

Os prefeitos de Ilhabela e Caraguá, respectivamente, Antônio Colucci e Antônio Carlos

Prefeito de Ubatuba Eduardo César Pedro Alves, José Luiz Hirota e, sentado, Ramon Alvarez

Luiz Augusto, da Sobloco Marcio Campilongo e Anselmo Aragon, da Factual

Wilson Roberto, da SRW Engenharia

Ricardo Yazbek e Abel Rocha, da Sabel

Heliete e Pedro Labate, da Labat Construtora e Incorporadora

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126 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

“Destaques” // Luci Cardia

Mais uma vez o Maremonti foi a sensação do verão na Riviera de São Lourenço, em Bertioga. Amigos se encontram e festejam o prazer da amizade sincera

Marcelo e sua Kelly Torquato, Marcos e Ieda Carreira, José Aparecido e Luci Cardia, Milton e Débora Batista

Os irmãos Vicale, Fausto e Marcelo, ladeados por amigos

Os casais Hellen e Ricardo Minces, Marcos Paulo e Daniela Minces

O prefeito Mauro Orlandini, orgulhoso pelo trabalho do amigo Manolo

Família Pietro, na Casa da Cultura. Thaís, Aristides, o expositor Manolo Buso Pietro, Vitória, Dolores e Manolo

Ana Luiza Magni, o marido Marcelo Bernabe e a querida mãe Drª Ana Maria Magni

O casal Silvana e Eduardo Salem ladeados pelos filhos Nicholas e Thomas

Dr. Varandas Carvalho e Dª Maria Helena Mancusi receberam para almoço esta colunista e Clara Mancusi

Millet Vidulic, a amada Germana, a artista plástica Mara Mattar de Almeida e o subprefeito do bairro da Moóca (SP) Arnaldo Almeida

Mais um feliz ano para André, festejado pela mama Dirce Favano

O casal Silvana Genovesi e o empresário Clovis Lemos

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128 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

“Destaques” // Luci Cardia

Felicidades ao renomado advogado Dr. Claudio Camilo Di Francesco que comemorou, ao lado de amigos, em sua bela casa na

Riviera de São Lourenço, mais um ano de vida

Pascoal Biondo Neto, Luciane Biondo, o aniversariante, Paola Smanio, Leticia Biondo, Luine Negrine e Thiago Biondo

Leonira Marques, Paola Smanio, Camilo Di Francesco, Martinho Marques, Dr. José Cardia e Ribas Zaidan

Família Haddad: Nicole, Sidnei, Carina e a fofa Manuele, lindas, muito lindas

Claudio Saad e Domingos Dragone, que deu um show como intérprete de “Elvis”

O casal mais badalado, Gerson e Fanny França

Os Dragone: Andreia, Priscilla, Roberta e a mama Jurema

O amigo Roberto Haddad, o homenageado e Paola Smanio

Família Di Francesco: Marcelo, Paola, Camilo, Conrado Azeredo, Heloisa, Livia Vesoni e Camila

Paola Smanio e o aniversariante

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129Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

João Carlos e Regina Fernandes, Paulo e Angélica Vieira

Marcelo Aragon, Camilo Di Francesco e Maddalena Aragon

Paola Smanio, Camilo Di Francesco, a irmã Heloísa Di Francesco e Paulo Gibertoni

A sempre feliz família Russo: Fábio Roberto, Lourdinha, Pasquale e a nora Michelle

Fizeram sucesso Gilberto Banin e Marina Toledo; ao lado, o casal Rosely e Milton Casari

Dr. José Cardia e o empresário do Grupo D´ Casa Edvaldo Rodrigues

Arnaldo e Selma Barreto, Cristina e Humberto CastroOs amigos Carla e Hélio ViolaneOs sempre elegantes Sergio e Rose Aragon

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130 Beach&Co nº 116 - Fevereiro/2012

“Celebridades em Foco” // Edison Prata

O empresário guarujaense Hugo Rinaldi recebeu em sua residência duas rainhas do esporte nacional: a nossa eterna Hortência e a nova estrela Maurren Higa Maggi, detentora de duas medalhas olímpicas de ouro no atletismo, e eleita

melhor atleta da década pela revista Sport Life

O casal Maria Cristina Martins e Lourival Di Pieri, gerente do Casa Grande Hotel

O colunista e Maurren Maggi

Maurren, Hugo Rinaldi, Patrícia Franco e a eterna rainha do basquete Maria de Fátima Marcari, a nossa Hortência

Luciana Rinaldi e Vicente Cascione Patrícia Franco e Bruna Rinaldi

O casal Celiza e Rogério Perez

Maurren Maggi e a personal trainer Milliam Santana

Entre duas rainhas, o arquiteto Rogerio Perez As amigas Maria Helena Sarno e Ana Lucia Bueno

Só entre amigos: Marcoletti e Hortência

Na hora da música, o destaque de Arlete Canan

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