basílica de san vital

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BASÍLICA DE SAN VITAL Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402). A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso, Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino. Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus. Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de branco. Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da paisagem, plantas e pássaros. Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548. Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao lado de sua corte. Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

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Basílica de San Vital em detalhes

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Page 1: Basílica de San Vital

BASÍLICA DE SAN VITAL

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de Abraão e

Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e Isaías,

representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus. 

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte. 

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

Page 2: Basílica de San Vital

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

BASÍLICA DE SAN VITAL

Page 3: Basílica de San Vital

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de

Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e

Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte.

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

Page 4: Basílica de San Vital

Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas

e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um

templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral

pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece

um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo,

vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta

fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio

fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão

fascinante quanto sua beleza.

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em

comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astra Khan que estavam sob

domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi

o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício

original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas

em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do

santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na

Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi

popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de

Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de

Moscou e do czar.

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um

projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro

Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo.

Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do

século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade

e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design. ” A catedral é o clímax da

arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do

Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga

União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado

desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como

parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o

próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

Page 5: Basílica de San Vital

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi

construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os

dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan

cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares,

embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura

contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas.

Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os

seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática

considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas

tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam

a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também

escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de

“o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os

arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao

redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja

central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais

principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem

formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As

Page 6: Basílica de San Vital

igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram

colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral

como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o

oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior

abside no lado oriental. Como resultado desta calculada assimetria sutil, olhando a

partir do Norte e do Sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa,

enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A

última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as

fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A

igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas

internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de

pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28

× 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício

de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da

estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de

desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos

regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as

paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em

toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente

amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que

posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o

tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta

sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande

novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior.

Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são

completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de

elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Cores

Page 7: Basílica de San Vital

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década

de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em

favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e

corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda

não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar

na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de

jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda.

E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e

quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas

cabeças. ” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

Page 8: Basílica de San Vital

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi

erguida com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que

vinham do Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a

decoração da Basílica ia se alterando.

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos

diferentes. O mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo

o único que mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal

representa o Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os

mosaicos da esquerda contam a história do roubo do corpo de São Marcos e sua

recepção em Veneza

O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos

desenhos geométricos.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por

uma viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre

a qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Page 9: Basílica de San Vital

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas

e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas.

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil

metros quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de

Cristo, de São Marcos e de outros Santos.

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Page 10: Basílica de San Vital

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

BASÍLICA DE SAN VITAL

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de

Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e

Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte.

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

Page 11: Basílica de San Vital

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas

e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um

templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral

pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece

um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo,

vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta

fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio

fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão

fascinante quanto sua beleza.

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em

comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astra Khan que estavam sob

domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi

o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício

original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas

em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do

santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na

Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi

popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de

Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de

Moscou e do czar.

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um

projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro

Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo.

Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do

século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade

e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design. ” A catedral é o clímax da

arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do

Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga

União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado

desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como

Page 12: Basílica de San Vital

parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o

próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi

construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os

dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan

cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares,

embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura

contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas.

Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os

seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática

considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas

tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam

a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também

escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de

“o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os

arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao

redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja

central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais

principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem

Page 13: Basílica de San Vital

formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As

igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram

colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral

como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o

oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior

abside no lado oriental. Como resultado desta calculada assimetria sutil, olhando a

partir do Norte e do Sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa,

enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A

última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as

fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A

igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas

internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de

pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28

× 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício

de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da

estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de

desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos

regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as

paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em

toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente

amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que

posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o

tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta

sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande

novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior.

Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são

completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de

elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Page 14: Basílica de San Vital

Cores

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década

de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em

favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e

corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda

não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar

na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de

jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda.

E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e

quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas

cabeças. ” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

Page 15: Basílica de San Vital

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi

erguida com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que

vinham do Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a

decoração da Basílica ia se alterando.

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos

diferentes. O mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo

o único que mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal

representa o Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os

mosaicos da esquerda contam a história do roubo do corpo de São Marcos e sua

recepção em Veneza

O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos

desenhos geométricos.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por

uma viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre

a qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Page 16: Basílica de San Vital

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas

e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas.

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil

metros quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de

Cristo, de São Marcos e de outros Santos.

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Page 17: Basílica de San Vital

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

vestimentas BASÍLICA DE SAN VITAL

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de

Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e

Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte.

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

Page 18: Basílica de San Vital

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas

e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um

templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral

pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece

um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo,

vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta

fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio

fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão

fascinante quanto sua beleza.

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em

comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astra Khan que estavam sob

domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi

o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício

original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas

em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do

santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na

Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi

popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de

Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de

Moscou e do czar.

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um

projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro

Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo.

Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do

século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade

e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design. ” A catedral é o clímax da

arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do

Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga

União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado

desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como

Page 19: Basílica de San Vital

parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o

próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi

construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os

dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan

cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares,

embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura

contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas.

Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os

seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática

considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas

tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam

a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também

escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de

“o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os

arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao

redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja

central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais

principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem

Page 20: Basílica de San Vital

formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As

igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram

colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral

como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o

oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior

abside no lado oriental. Como resultado desta calculada assimetria sutil, olhando a

partir do Norte e do Sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa,

enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A

última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as

fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A

igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas

internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de

pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28

× 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício

de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da

estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de

desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos

regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as

paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em

toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente

amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que

posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o

tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta

sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande

novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior.

Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são

completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de

elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Page 21: Basílica de San Vital

Cores

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década

de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em

favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e

corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda

não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar

na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de

jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda.

E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e

quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas

cabeças. ” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

Page 22: Basílica de San Vital

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi

erguida com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que

vinham do Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a

decoração da Basílica ia se alterando.

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos

diferentes. O mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo

o único que mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal

representa o Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os

mosaicos da esquerda contam a história do roubo do corpo de São Marcos e sua

recepção em Veneza

O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos

desenhos geométricos.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por

uma viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre

a qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Page 23: Basílica de San Vital

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas

e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas.

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil

metros quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de

Cristo, de São Marcos e de outros Santos.

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

Page 24: Basílica de San Vital

vestimentas, manuscritos, joias, vasos todos trazidos pelos cruzados. Para visitar

essa sala também paga a parte 3 Euros.

.

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

BASÍLICA DE SAN VITAL

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de

Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e

Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Page 25: Basílica de San Vital

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte.

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas

e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um

templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral

pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece

um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo,

vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta

fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio

fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão

fascinante quanto sua beleza.

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em

comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astra Khan que estavam sob

domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi

Page 26: Basílica de San Vital

o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício

original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas

em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do

santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na

Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi

popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de

Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de

Moscou e do czar.

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um

projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro

Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo.

Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do

século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade

e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design. ” A catedral é o clímax da

arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do

Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga

União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado

desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como

parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o

próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi

construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os

dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan

Page 27: Basílica de San Vital

cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares,

embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura

contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas.

Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os

seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática

considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas

tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam

a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também

escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de

“o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os

arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao

redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja

central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais

principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem

formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As

igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram

colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral

como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o

oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior

abside no lado oriental. Como resultado desta calculada assimetria sutil, olhando a

partir do Norte e do Sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa,

enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A

última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as

fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A

igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas

internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

Page 28: Basílica de San Vital

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de

pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28

× 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício

de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da

estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de

desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos

regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as

paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em

toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente

amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que

posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o

tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta

sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande

novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior.

Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são

completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de

elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Cores

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década

de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em

favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e

corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda

não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar

na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de

jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda.

E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e

quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas

cabeças. ” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Page 29: Basílica de San Vital

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi

erguida com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que

Page 30: Basílica de San Vital

vinham do Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a

decoração da Basílica ia se alterando.

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos

diferentes. O mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo

o único que mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal

representa o Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os

mosaicos da esquerda contam a história do roubo do corpo de São Marcos e sua

recepção em Veneza

O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos

desenhos geométricos.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por

uma viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre

a qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas

e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas.

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil

metros quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de

Cristo, de São Marcos e de outros Santos.

Page 31: Basílica de San Vital

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

vestimentas, manuscritos, joias, vasos todos trazidos pelos cruzados. Para visitar

essa sala também paga a parte 3 Euros.

Page 32: Basílica de San Vital

BASÍLICA DE SAN VITAL

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de

Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e

Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte.

Page 33: Basílica de San Vital

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas

e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um

templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral

pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece

um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo,

vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta

fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio

fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão

fascinante quanto sua beleza.

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em

comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astra Khan que estavam sob

domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi

o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício

original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas

em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do

santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na

Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi

popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de

Page 34: Basílica de San Vital

Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de

Moscou e do czar.

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um

projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro

Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo.

Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do

século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade

e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design. ” A catedral é o clímax da

arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do

Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga

União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado

desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como

parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o

próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi

construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os

dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan

cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares,

embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura

contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas.

Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os

Page 35: Basílica de San Vital

seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática

considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas

tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam

a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também

escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de

“o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os

arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao

redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja

central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais

principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem

formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As

igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram

colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral

como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o

oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior

abside no lado oriental. Como resultado desta calculada assimetria sutil, olhando a

partir do Norte e do Sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa,

enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A

última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as

fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A

igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas

internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de

pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28

× 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício

de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da

estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de

desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos

Page 36: Basílica de San Vital

regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as

paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em

toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente

amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que

posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o

tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta

sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande

novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior.

Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são

completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de

elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Cores

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década

de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em

favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e

corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda

não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar

na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de

jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda.

E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e

quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas

cabeças. ” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

Page 37: Basílica de San Vital

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi

erguida com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que

vinham do Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a

decoração da Basílica ia se alterando.

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos

diferentes. O mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo

o único que mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal

Page 38: Basílica de San Vital

representa o Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os

BASÍLICA DE SAN VITAL

Nas basílicas de Ravenna vê-se propriamente o que é a pompa hierática e

valor do hieratismo na Igreja. Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do

Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402).

A Basílica de São Vital (Basilica di San Vitale) é o monumento mais famoso,

Começou a ser construída em 525, sob ordem do bispo Eclésio, no reinado de

Teodorico, e foi concluída por Maximiniano em 548, sob domínio bizantino.

Os mosaicos representam sacrifícios do Velho Testamento: a história de

Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e

Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus.

Há mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de

branco.

Todos os mosaicos obedecem à tradição Helenística-Romana: vívidos e

imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com ricas representações da

paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548.

Representam o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao

lado de sua corte.

Semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a

simbologia do caráter sacral que a Igreja quer para um Império católico.

A basílica é uma das maiores referências em arquitetura bizantina da Europa

ocidental e faz parte do patrimônio da UNESCO.

Com uma planta octogonal, o edifício combina os elementos romanos (a

abóbada e a forma das entradas) com o bizantino.

Mesmo com toda essa riqueza arquitetônica, a igreja é a mais famosa pelos

mosaicos bizantinos.

Page 39: Basílica de San Vital

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas

e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um

templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral

pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece

um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo,

vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta

fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio

fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão

fascinante quanto sua beleza.

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em

comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astra Khan que estavam sob

domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi

o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício

original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas

em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do

santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na

Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi

popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de

Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de

Moscou e do czar.

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um

projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro

Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo.

Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do

século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade

e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design. ” A catedral é o clímax da

arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do

Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga

União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado

desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como

Page 40: Basílica de San Vital

parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o

próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro

do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca

do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo

uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha

Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No

outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo

local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no

lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas.

Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização

da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor

de plebeus e contra os senhores feudais.

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi

construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os

dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan

cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares,

embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura

contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas.

Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os

seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática

considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas

tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam

a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também

escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de

“o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os

arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao

redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja

central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais

principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem

Page 41: Basílica de San Vital

formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As

igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram

colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral

como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o

oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior

abside no lado oriental. Como resultado desta calculada assimetria sutil, olhando a

partir do Norte e do Sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa,

enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A

última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as

fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A

igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas

internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de

pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28

× 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício

de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da

estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de

desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos

regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as

paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em

toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente

amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que

posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o

tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta

sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande

novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior.

Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são

completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de

elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Page 42: Basílica de San Vital

Cores

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década

de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em

favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e

corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda

não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar

na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de

jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda.

E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e

quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas

cabeças. ” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

Page 43: Basílica de San Vital

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi

erguida com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que

vinham do Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a

decoração da Basílica ia se alterando.

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos

diferentes. O mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo

o único que mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal

representa o Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os

mosaicos da esquerda contam a história do roubo do corpo de São Marcos e sua

recepção em Veneza

O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos

desenhos geométricos.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por

uma viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre

a qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Page 44: Basílica de San Vital

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas

e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas.

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil

metros quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de

Cristo, de São Marcos e de outros Santos.

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

Page 45: Basílica de San Vital

vestimentas, manuscritos, joias, vasos todos trazidos pelos cruzados. Para visitar

essa sala também paga a parte 3 Euros.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da

planta em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por

uma viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre

a qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas

e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas.

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil

metros quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de

Cristo, de São Marcos e de outros Santos.

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

Page 46: Basílica de San Vital

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

vestimentas, manuscritos, joias, vasos todos trazidos pelos cruzados. Para visitar

essa sala também paga a parte 3 Euros.

Page 47: Basílica de San Vital

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com

a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da

igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante

a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou

imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma

proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de

dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e

vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque

de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

Page 48: Basílica de San Vital

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para

estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo

fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas

francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram

pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na

década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria

deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela

reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o

líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi

imediatamente substituído.

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

A basílica com certeza é um dos principais exemplos de arquitetura em estilo

bizantino na Itália.

 A primeira construção em 828 fazia parte do Palácio dos Doges e foi levantada

para guardar as relíquias de São Marcos Evangelista trazidas (roubadas) de

Alexandria. Por várias vezes o edifício foi queimado e reerguido até chegar ao

formato atual.

A construção de hoje foi iniciada em 1063 em forma de cruz grega, baseada no

desenho da antiga Basílica dos Santos Apóstolos de Constantinopla, que não existe

Page 49: Basílica de San Vital

mais. Bem no centro, no altar principal fica o túmulo com os restos mortais de São

Marcos.

A fachada da Basílica é bem diferente da maioria das igrejas antigas. Foi erguida

com tijolos à vista, mas hoje é toda coberta de mármore. Os navios que vinham do

Oriente sempre traziam colunas e adornos de antigos templos e a decoração da

Basílica ia se alterando.  

É fácil perceber que os mosaicos nos portais foram feitos em períodos diferentes. O

mais antigo da fachada é em estilo gótico e fica no portal direito, sendo o único que

mostra a Basílica com a fachada antiga. O mosaico da porta principal representa o

Juízo Final e abaixo as esculturas mostram os signos do Zodíaco. Os mosaicos da

esquerda contam a história do roubo do corpo de São Marcos e sua recepção em

Veneza

O piso do interior da Basílica é formado por artísticos mosaicos, cujos desenhos

geométricos.

O recinto é separado por um arco no espaço central da Basílica – o centro da planta

em forma de cruz grega –, que tem a cúpula maior como cobertura.

Tal recinto é, por sua vez, separado de uma terceira área da nave central por uma

viga constituída de mármores policromados, sustentada por oito colunas, sobre a

qual vê-se uma grande cruz de bronze dourada, ao centro, ladeada pelas imagens

do Divino Redentor, dos Evangelistas e dos Doutores da Igreja.

Cavalos de São Marcos: Os 4 cavalos que se encontram no alto da fachada

são na verdade réplicas, os verdadeiros se encontram no Museu da Basílica. Foram

feitos no século IV a.C. e trazidos de Constantinopla para a Itália durante os saques

da Quarta Cruzada. Acredita-se que também fez parte do Arco de Trajano em

Roma.

Page 50: Basílica de San Vital

Pilastri Acritani: São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com

folhas e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram

roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para

que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas

nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas. 

Os mosaicos dourados que cobrem todo o interior, mais precisamente 8 mil metros

quadrados, contam a história do Antigo testamento, histórias da vida de Cristo, de

São Marcos e de outros Santos.

Page 51: Basílica de San Vital

O chão feito no século XII, todo em mosaicos de mármore, com desenhos

geométricos e de animais. Vai ser inevitável ver ele, pois o piso está todo irregular,

acredito que por causa das constantes inundações, sendo que é preciso tomar

cuidado onde pisa.

Pala D’Oro: Obra de 1.105, feita com placas de ouro e prata, e com certeza o

principal tesouro de Veneza. Encravada de pedras preciosas com cerca de 300

esmeraldas, 500 pérolas, 300 safiras, ametistas e rubis. Foi feita por artistas

venezianos, mas as pedras foram trazidas pelas cruzadas. Fica atrás do altar

principal e para admirar tanta riqueza ainda tem que pagar a partir de 2 euros.

A cruz: Bem no centro em estilo gótico e pendurado por uma grande corrente,

assim como os outros crucifixos ao longo do corredor.

O Cibório e Túmulo: Cibório é a peça artística que abriga o túmulo de São

Marcos no altar mor. Feito em mármore verde com quatro colunas toda entalhada.

São 108 cenas que contam histórias da vida da Virgem Maria e de Jesus. Uma das

colunas traseira ainda não se sabe exatamente o que contam.

Tesouros de São Marco: Na sala do Tesouro de São Marcos estão as 283

peças bizantinas, uma das principais coleções no mundo. São objetos como copos,

vestimentas, manuscritos, joias, vasos todos trazidos pelos cruzados. Para visitar

essa sala também paga a parte 3 Euros.