básica advogado - oabam.org.broabam.org.br/jornais/jornal-ago-set-2014.pdf · essa história será...

A VOZ DOADVOGADO

Mala Direta PostalBásica

www.oabam.org.brInformativo da OAB/AM

Ano VI – Número 111 / Manaus, Agosto | Setembro de 2014

OAB realiza primeiro casamento homoafetivo da região Norte

CELEBRAÇÃO

DIA DO ADVOGADOO Dia do Advogado foi comemorado com atividades acadêmicas e assistenciais. Na parte festiva, foi realizado o Baile do Rubi e a Feijoa-da do Advogado.

Págs. 6, 7 e 12

A celebração, que reuniu 14 casais, foi iniciativa da Comissão da Diversidade Sexual, numa forma de facilitar o acesso dos casais ho-moafetivos à formalização da união, garantindo segurança jurídica aos parceiros.

Pág. 9

ELEIÇÕESA OAB/AM criou a Ouvidoria Eleitoral, estrutura para dar apoio à população, tirando dúvidas e recebendo denúncias relacionadas às eleições.

Pág. 5

RETROCESSOProjeto de Lei que cria o Paralegal, profis-sional que poderá atuar na área jurídica sem a aprovação no Exame de Ordem, é considerado inconstitucional, pela OAB.

Pág. 3

2

www.oabam.org.br Manaus, Agosto | Setembro de 2014

A Comissão Especial da Memória Histórica da OAB/AM, criada em 2014, quando o golpe mili-tar de 64 completa 50 anos, está se debruçando sobre um projeto de extrema importância, que gostaria de destacar aqui. Trata-se do resgate da história da Di-tadura no Brasil, através da promoção de eventos que ajudem a explicar às novas gerações o que foi o golpe militar, seus efeitos nefastos e as consequências para o país.

O golpe militar marcou o início de um dos capítulos mais tristes da história do Brasil, pontua-do pelo desrespeito aos direitos constitucionais, pela perseguição, repressão e censura. Vários políticos, artistas, advogados e outros profissionais que ousa-ram se contrapor ao regime foram torturados, exila-dos e alguns eliminados, sem que até hoje se tenha a punição aos seus algozes.

Durante esse período sombrio, a OAB teve um importante papel, não somente na defesa dos presos políticos, mas também na luta pela redemocratização

do país. É dever nosso relembrar essa história de luta e mostrar às novas gerações as atrocidades que foram cometidas durante a Ditadura, para que isso nunca mais ocorra, para que o passado não volte.

Os advogados que atuaram durante o regi-me militar foram verdadeiros heróis, muitos cor-rendo o risco de não voltar para casa ao fim do dia. A Advocacia era das classes mais temidas pelos ditadores, pela dificuldade de contra-argu-mentarem, ainda que usando a força, com aqueles que lutavam pela democracia, com embasamento jurídico. A luta da Advocacia em prol dos presos políticos foi peça fundamental, que ajudou a minar as estruturas do regime.

Essa história será relembrada em palestras e em filmes sobre a Ditadura, que serão levados pela Comissão Especial da Memória Histórica da OAB/AM, às universidades e centros acadêmicos. Um trabalho primoroso, que merece ser destacado e que conta com total apoio da nossa entidade.

A Ditadura Militar e seus efeitos nefastos

EDITORIAL

Alberto Simonetti Cabral NetoPresidente da OAB/AM

DIRETORIA – TRIÊNIO 2013/2015

Diretores da Seccional:Presidente: ALBERTO SIMONETTI CABRAL NETO Vice-Presidente: MARCO AURÉLIO DE LIMA CHOY Secretária-Geral: IDA MÁRCIA BENAYON DE CARVALHO Secretária-Geral Adjunta: KARINA LIMA MORENO Tesoureiro: JOSÉ CARLOS VALIM

Conselheiros Seccionais Titulares:ABRAHIM JEZINI ADRIANA LO PRESTI MENDONÇA ADRIANO FERNANDES FERREIRAALFREDO JOSÉ BORGES GUERRA ANELSON BRITO DE SOUZA BARTOLOMEU FERREIRA DE AZEVEDO JÚNIOR CAUPOLICAN PADILHA JÚNIOR CELSO ROBERTO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE CHRISTHIAN NARANJO DE OLIVEIRA DANIEL FÁBIO JACOB NOGUEIRA EZELAIDE VIEGAS DA COSTA ALMEIDAEPITÁCIO DA SILVA ALMEIDAFERNANDA MATOS BADR FRANCISCO RITTA BERNARDINOGISELE FALCONE MEDINA PASCARELLI LOPES GLEN WILDE DO LAGO FREITAS HAMILTON NOVO LUCENA JUNIOR HILEANO PEREIRA PRAIA JANO DE SOUZA MELO JOSÉ DAS GRAÇAS BARROS DE CARVALHO JOSÉ RUSSO NATASJA DESCHOOLMEESTER PLÍNIO HENRIQUE MORELY DE SÁ NOGUEIRARAIMUNDO DE AMORIM FRANCISCO SOARES RODRIGO WAUGHAN DE LEMOS WALDIR LINCOLN PEREIRA TAVARES

Conselheiros Seccionais Suplentes:ADALGISO RODRIGUES SANTANAALYSSON ANTONIO KARRER DE MELO MONTEIRO ANDRE LUIS FARIAS DE OLIVEIRAANTÔNIO CARLOS SANTOS DOS REISBRUNO BIANCHI FILHO CÁSSIO FRANÇA VIEIRACARLOS DANIEL RANGEL BARRETTO SEGUNDO FÁBIO GOUVEA DE SÁ FABRÍCIO GUERRA FURTADOFRANCISCO MACIEL DO NASCIMENTO GABRIELA BARILE TAVARESHELENITA SILVA BATEMARCOHERALDO MOUSINHO BARRETO JAIME PEREIRA JUNIOR JOÃO PONCE DE LEÃO JUNIORLILIAN DE SOUZA ATALALUIS AUGUSTO PESTANA VIEIRAMARIA JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS MÁRIO JORGE SOUZA DA SILVAMICHAEL MACEDO BESSAMICHEL MONTEIRO GIOIA OTACÍLIO NEGREIROS NETO ORLANDO BRASIL DE MORAES PAULO CESAR ESPÍRITO SANTO DE GOUVEA PAULO FERNANDO ALVES MAFFIOLETTIPAULO JOSÉ PEREIRA TRINDADE JÚNIOR RAFAEL VINHEIRO MONTEIRO BARBOSARAIMUNDO DE AMORIM FRANCISCO SOARES FILHO RODRIGO SILVA RIBEIRO ROOSEVELT JOBIM FILHOSÉRGIO ALBERTO CORRÊA DE ARAÚJO

Conselheiros Federais Titulares:EID BADR JEAN CLEUTER SIMÕES MENDONÇA JOSE ALBERTO RIBEIRO SIMONETTI CABRAL

Conselheiros Federais Suplentes: JOÃO BOSCO ALBUQUERQUE TOLEDANO RENATO MENDES MOTA

DIRETORIA DA CAA/AMPresidente: ALDENIZE MAGALHÃES AUFIERO Vice-Presidente: MESSIAS DA SILVA SAMPAIOSecretária-Geral: MARIZETE SOUZA CALDASSecretária-Geral Adjunta: ÁTILA FERREIRA DA SILVA Tesoureiro: MÁRIO BAIMA DE ALMEIDA

Conselheiras Fiscais:ADRIANA OLIVEIRA DE AZEVEDO FABIOLA MARIA CARVALHO VASQUES KATHLEEN SENNA DA SILVA

Suplentes do Conselho Fiscal: MILCYETE BRAGA ASSAYAG JAQUELINE VEIGACHRISTINA ALMEIDA DE ARAÚJO

EXPEDIENTECoordenação editorialTrês Comunicação e MarketingFotos Cleyde Souza/Arquivo OABEditoração eletrônica Concept BrandsImpressãoGraftechTiragem 7.000 exemplares

Av. Umberto Calderaro Filho, nº 2000, Bairro Adrianópolis. CEP 69057-021(92) 3642-0016 | 3236-6161 [email protected]

3

www.oabam.org.brManaus, Agosto | Setembro de 2014

O Conselho Federal da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) decidiu, por votação unânime de seu plenário, atuar contra o Projeto de Lei (PL) 5.479/13, que dispõe sobre a criação da carreira dos parale-

gais, profissionais que poderão atuar na área jurídica sem a aprovação no Exame de Ordem. O texto do PL já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal e agora está tramitando no Senado. A proposta prevê o exercício da nova profissão por três anos para quem já se formou ou ainda vai concluir o curso. Se nesse período o profissional não conseguir ser aprovado no Exame de Ordem da OAB, volta à condição de bacharel.

Se o Projeto de Lei for aprovado no Senado, na avaliação da OAB, será um retrocesso para a qualifica-ção da carreira jurídica no Brasil. A entidade considera, inclusive, que a matéria é inconstitucional, porque em outubro do ano passado a Câmara dos Deputados re-jeitou, de forma definitiva, a proposta de fim do Exame de Ordem.

O paralegal, conforme prevê o PL, atuará subordi-nado a um advogado. Na opinião da OAB, isso vai contri-buir para a criação de uma subclasse de profissionais do Direito, com baixa remuneração e que acabará sendo mal vista pela sociedade, impactando no futuro profissional. Os advogados acreditam, também, que a medida pode desestimular os bachareis a buscar aprovação para o Exa-me da Ordem, um instrumento de qualificação.

O presidente da Comissão do Advogado Inician-te da OAB/AM, Diego D’Avilla, considera que, enquanto o estagiário tem poucas atribuições, o paralegal poderá cumprir todas as atividades de um advogado, sem ter o mesmo conhecimento técnico e as responsabilidades éticas disciplinares. “Além de uma imensa insegurança jurídica, isso acarretará em prejuízo aos cidadãos e reper-cussões bastante negativas em relação ao controle ético”, acredita.

Para o conselheiro federal da OAB, José Alberto Simonetti Cabral, a proposta é estapafúrdia e uma aber-ração jurídica. Ele afirma que os bachareis não aprovados no Exame de Ordem são vítimas de estelionato educacio-nal. “A reprovação no Exame de Ordem mostra que, ape-sar do extremo esforço dos estudantes, a faculdade não lhes forneceu o mínimo necessário para a atuação profis-sional”, reforça o advogado.

Ele diz que embora esses estudantes sejam víti-mas do sistema educacional, a reprovação mostra que não estão preparados para assumir responsabilidades de ad-vogado, profissional que lida com vida, com o patrimônio e com a saúde. “Isso seria a premiação da mediocridade, o nivelamento por baixo, forçar a barra para solucionar o problema de pessoas que não se capacitaram adequada-mente, como se fosse possível impor à sociedade receber profissionais sem qualificação adequada para o exercício da profissão”, ressalta Cabral.

Bacharel pode exercer outras funçõesO presidente da Comissão do Advogado Iniciante

da OAB/AM, Diego D’Avilla, explica que o Exame de Or-dem não é uma prova classificatória. Sua função é qualita-tiva, por isso se difere de um concurso. Também não há um número estabelecido de vagas – para ser aprovado o candi-dato deve somente fazer a pontuação mínima exigida.

“A carteira da OAB só é exigida para o exercício da Advocacia. O bacharel, sem a aprovação no exame, pode prestar diversos concursos, como para a Polícia Federal, para o Instituto Rio Branco, na docência, ou em qualquer outro certame com exigência do nível superior. Sendo as-sim, o bacharel que tiver adquirido conhecimentos durante a faculdade não terá problemas para trabalhar em diversos setores”, afirma D’Avilla, fazendo uma ressalva: “Esse pro-fissional somente não poderá atuar como advogado, juiz e promotor”.

A Ordem dos Advogados do Brasil, que hoje reúne cerca de 800 mil profissionais de Direito em todo o país, realizará a XXII Conferência Nacional dos Advogados, no período de 20 a 23 de outubro, no Rio de Janeiro. A conferência promete ser o maior evento jurídico da América Latina, com milhares de partici-pantes e palestrantes que são referência em suas áreas de atuação.

O presidente nacional da OAB, Marcus Vini-

cius Furtado Coêlho, dará as boas-vindas na abertura do evento, no dia 20. Também participarão da soleni-dade, o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricar-do Lewandowski, e o ministro da Justiça, José Eduar-do Cardozo. A aula magna será proferida pelo eméri-to constitucionalista e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que abordará o temário geral da conferência: constituição democrática e efetivação dos direitos.

O evento será realizado no Riocentro e ofe-recerá 40 paineis com 160 palestrantes, conferências magnas e bate-papos culturais, entre outros itens. Os pavilhões serão ocupados por cerca de 300 estandes de entidades ligadas à área jurídica.

Para obter maiores informações sobre o as-sunto, com o detalhamento da programação, preços, pacotes e sugestões de transporte e hospedagem, basta acessar o site da OAB nacional – www.oab.org.br.

EXAME DE ORDEM

Diego D Avilla diz que haverá prejuízo, se o projeto for aprovado

Para Alberto Simonetti, a proposta é estapafúrdia

OAB é contra Projeto de Lei que cria o Paralegal

Conferência Nacional reunirá grandes nomes do Direito

4


No último dia 07 de agosto foi sanciona-da a Lei Complementar 147/2014, in-cluindo a categoria dos advogados no Supersimples Nacional, o sistema de tributação diferenciado para micro e

pequenas empresas. A proposta para ampliar o Supersimples para

os advogados começou a ser discutida na Comissão Especial de Direito Tributário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Na ocasião, foi apresentado o parecer técnico para ser analisado pelo Conselho, que aprovou a proposta por unanimidade.

Com a inclusão no Supersimples, o valor de tributos pagos por escritório de Advocacia vai atingir margens que vão de 4,50% a 16,85% sobre a receita bruta, que não deve ultrapassar R$ 3,6 milhões.

De acordo com o presidente da Comissão de Direito Tributário do Conselho Federal e da OAB/AM, Jean Cleuter Mendonça, o Supersimples será vantajoso, principalmente, para os pequenos e mé-dios escritórios. “Aos que percebem menos de R$ 180 mil por ano, que normalmente pagavam alíquotas in-feriores a 5% e àqueles escritórios que ganham cerca de R$ 1 milhão por ano de faturamento pagarão me-nos de 10% de tributos”, afirmou.

Cleuter Mendonça salienta que com a inclusão no Supersimples, as estimativas da OAB são as mais positivas possíveis, principalmente quando se trata da geração de empregos para a classe e a criação de novas sociedades. “Estudos da OAB nacional apon-tam que há previsão de criação de 420 mil novas va-gas de emprego ao longo dos próximos cinco anos. E as sociedades devem ir das atuais 20 mil para 126 mil até 2020. Hoje, apenas 5% dos 822 mil advogados do país integram formalmente bancas”, afirmou.

Até o fim do ano, o Conselho Federal da OAB pretende difundir a informação junto aos advogados, para que aqueles que se enquadram na nova tabela de

tributação possam aderir ao Supersimples logo em janeiro, quando se inicia o exercício 2015 de co-brança dos tributos.

Mendonça, que atuou diretamente na dis-cussão sobre a tabela ideal para a categoria, espera que os advogados amazonenses possam aproveitar bem o benefício. “O Supersimples é uma forma de

tributação que atingirá, em especial, os novos es-critórios, com faturamento baixo. O modelo vai alcançar, principalmente, a base da pirâmide. Sem contar que o projeto aumentará a arrecadação”, afirma.

Ele ressalta, entretanto, que a inclusão da categoria no Supersimples não irá favorecer ape-nas os escritórios menores. Todos podem sair ga-nhando, como é demonstrado na tabela do Simples Nacional. A alíquota máxima é de 16,85%, para escritórios com faturamento bruto entre R$ 3,42 milhões e R$ 3,6 milhões.

O presidente da OAB/AM, Alberto Simo-netti Neto, também menciona a contribuição da Advocacia para a economia, principalmente do es-tado. “Manaus é a sexta cidade de maior PIB (Pro-duto Interno Bruto) no Brasil, então agora, mais do que nunca, os advogados poderão usufruir e contribuir para a economia do Amazonas. Espero a formalização de centenas de sociedades de advo-gados. Vejo a sanção do Supersimples como uma das maiores vitórias da OAB, em favor da classe dos advogados, em toda a sua história”, salientou Simonetti Neto.

Sanção presidencial do Supersimples é uma vitória para os advogados do Brasil

Cleuter e os advogados do AM comemoram, junto com o presidente da OAB, Marcus Vinicius Coêlho

CONQUISTA

TABELA DO SIMPLES NACIONALReceita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISSAté 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

5


A OAB/AM criou uma nova Comis-são, dessa vez de Defesa do Con-sumidor. A Comissão foi instalada dia 29 de agosto. A solenidade, no auditório da entidade, foi conduzida

pelo vice-presidente da OAB/AM, Marco Aurélio Choy.

A presidente da Comissão, Rosely Fer-nandes, explica que o objetivo é abrir frente, na luta para que a aplicação das normas e legislação que defendem o consumidor sejam cumpridas, no estado. Além disso, segundo ela, a Comissão também deverá inspecionar, se for o caso, todo e qualquer local onde haja notícia de ilícitos na defesa do consumidor.

A Comissão conta com grupos de traba-lhos permanentes nas áreas de saúde, habitação, indústria, comércio, educação, turismo, consu-mo sustentável, serviços públicos, produtos e pu-blicidade enganosa e/ou abusiva.

ELEIÇÃO

Comissão de Defesa do Consumidor já está funcionando

A Ordem dos Advogados do Brasil criou a Ouvidoria Eleitoral, funcionando como canal direto à população, para tirar dú-vidas e para recebimento de denúncias relacionadas às eleições. A ação faz parte

da campanha “Voto Não Tem Preço, Voto Tem Con-sequências”. O objetivo é conscientizar os eleitores so-bre a importância do voto, assim como coibir práticas antidemocráticas, como corrupção eleitoral, compra de votos e abuso de poder político e econômico.

A campanha também orienta os eleitores so-bre o que diz a Lei 9.840/99, que garante mecanismos de punição a práticas irregulares em campanhas elei-torais. A lei estabelece, por exemplo, que “constitui captação de sufrágio, vedada por esta lei, o candidato que doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pes-soal de qualquer natureza, inclusive emprego ou fun-ção pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa e cassação do registro ou do diploma”.

De acordo com o ouvidor da OAB/AM, Glen Wilde, os eleitores poderão tirar dúvidas e encami-nhar denúncias que envolvam o pleito de outubro deste ano. O contato pode ser feito através do telefone (92) 3642-0021 ou e-mail [email protected].

Quem preferir pode se dirigir pessoalmente à Ouvi-doria, que funciona na sede da OAB/AM, localizada na Avenida Umberto Calderaro Filho, 2000, Adria-nópolis.

Além disso, os eleitores também poderão acessar o site do Conselho Federal, www.oab.org.br, e clicar no link da Ouvidoria Eleitoral, onde preen-cherão um formulário para tirar dúvidas ou relatar alguma irregularidade.

Wilde afirma que a campanha eleitoral é um importante momento para discutir o futuro do país e refletir sobre a importância do voto consciente como instrumento de mudança política e social.

Ele frisa que as eleições, além de represen-tarem um ato de cidadania, permitem a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente na vida da popula-ção. E, também, que atuam como os gerenciadores dos impostos pagos pelo cidadão. Wilde destaca a importância de todos os cidadãos darem mais valor à política e acompanharem com atenção e critério tudo que ocorre na sua cidade, estado e país.

“A OAB sempre esteve presente nas eleições, no combate à corrupção. A participação de todos é essencial, para contribuir por eleições limpas no Bra-sil”, apontou o ouvidor.

Ouvidoria especial é criada para receber denúncias do eleitor

Membros da Comissão de Defesa do Consumidor, da esquerda para direita: Fábio de Assunção Acosta, Irandê Mattos de Oliveira, Rosely de Assis Fernandes, Rachel Siza Tribuzy e Marcio Lobão Silva

6


COMEMORAÇÃO

OAB/AM promove festas e atividades acadêmicas e assistenciais, em comemoração ao Dia do Advogado

Aluno da Ufam vence no Júri Simulado

Comissão Pro Bono realiza atendimentos gratuitos

A OAB/AM comemorou o Dia do Advogado (11 de Agosto) com uma semana de atividades acadê-micas e assistenciais, além da programação mais des-contraída, em eventos festivos.

O destaque na área acadêmica foi a realização

do Júri Simulado, com a participação de estudantes de Direito e o julgamento de processos reais, que encon-tram-se arquivados. Na área assistencialista, o ponto alto foi o atendimento jurídico gratuito à população.

Na parte festiva, as comemorações abriram

no dia 09, com a realização do tradicional Baile do Rubi. O evento, restrito aos advogados, aconteceu no Diamond Convention Center. No dia 11, a OAB/AM promoveu a “Feijoada do Advogado”, no Sesi Clube do Trabalhador.

O II Concurso de Júri Simulado Prof. Felix Valois Coelho Jr marcou a pro-gramação acadêmica da Semana do Advogado. A atividade foi realizada no período de 11 a 15 de agosto, no auditó-

rio da OAB/AM. Os estudantes de Direito tiveram a oportunidade de simular a realização de um júri po-pular, com julgamento de processos reais de crimes dolosos contra a vida, que encontram-se arquivados. O objetivo da iniciativa é aproximar os acadêmicos da realidade de funcionamento da Justiça.

O estudante campeão, neste ano, na catego-ria individual, foi Paulo Bernardo Lindoso e Lima, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que levou para casa o prêmio de R$ 2.500,00. O segun-do colocado, Gabriel de Souza Cruz Evelin Coelho, da Ufam, recebeu R$ 1.500,00. Aldo Rapahel Mota de Oliveira, da Escola Superior Batista do Amazo-nas (Esbam), ficou com o terceiro lugar, com o prê-mio de R$ 1.000,00. A Esbam levou o prêmio de R$ 1.000,00 referente à melhor torcida. Os três primei-ros colocados ganharam também a medalha “Félix Valois Coelho Júnior”.

Na categoria por equipe, o primeiro lugar ficou com o Centro Universitário do Norte (Uni-norte). A segunda colocada foi a Esbam; a terceira, foi a Ufam; e a quarta, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Doze faculdades de Direito de Manaus par-ticiparam da competição. A programação foi reali-

zada pela Comissão de Aperfeiçoamento Jurídico da OAB/AM. Durante a atividade, os alunos fizeram os papéis de promotor e advogado de defesa. A ativida-de teve o apoio do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que auxiliou na seleção de jurados e dispo-nibilizou os juízes, além de ter fornecido os proces-sos criminais reais, para o julgamento. A Comissão Julgadora foi presidida pelo advogado Josemar Ber-çoit Rodrigues Júnior.

De acordo com o presidente da Comissão de Aperfeiçoamento Jurídico da OAB/AM, Paulo José Trindade Júnior, o Júri Simulado é uma ex-celente oportunidade para os estudantes testarem suas performances no processo de construção e des-construção de conceitos.

Como parte da programação em comemo-ração ao Dia do Advogado, a Comissão da Advocacia Pro Bono da OAB/AM pro-moveu atendimento jurídico gratuito à população, no dia 16 de agosto.

Na sede da OAB/AM foram atendidos to-dos os tipos de causas, no período compreendido das 8h às 17h. Na Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab), os atendimentos foram exclusivamente relativos de causas indíge-nas.

Na Coiab, foram atendidas 50 pessoas. Já na sede da OAB/AM, 100 pessoas procuraram aju-da profissional. Segundo a presidente da Comis-

são da Advocacia Pro Bono, Natividade Maia, o diferencial, este ano, foi a mudança na área mais procurada pelos que buscaram ajuda. “Sempre ve-mos uma maior procura em casos de Direito de Família. Este ano, entretanto, a demanda maior foi na parte de Direito Imobiliário”, afirmou.

Natividade Maia destaca o apoio, na inicia-tiva, dos Núcleos de Práticas Jurídicas dos cur-sos de Direito do Centro Universitário do Norte (Uninorte), da Universidade do Estado do Ama-zonas (UEA), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Faculdade Martha Falcão, Centro Univer-sitário de Ensino Superior do Amazonas (Ciesa) e Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro).

Os três primeiros colocados receberam a medalha Prof. Félix Valois Coelho Jr

7


Baile do Rubi reúne 1500 pessoas

Feijoada do Advogado

Mais de 1500 pessoas compareceram ao tra-dicional Baile do Rubi, evento em comemoração ao Dia do Advogado. A festa de gala foi realizada pela OAB/AM, no Diamond Convention Center. A noite foi animada pelas bandas Vai Garotão e Orion, além do cantor Wanderley Andrade.

Os advogados afrouxaram a gravata e come-moraram a data maior da categoria, descontraida-mente, no dia 11, no Sesi Clube do Trabalhador. No local, a OAB/AM promoveu a “Feijoada do Advoga-do”. A confraternização contou com a participação de mais de 1100 pessoas, entre profissionais do Di-reito e familiares. A atividade, que aconteceu duran-te a tarde, foi animada pela banda Vai Garotão.

8


RECONHECIMENTO

Projeto da OAB Mulher concorre ao Prêmio Innovare

CCJ do Senado aprova criminalização do desrespeito às prerrogativas

Projeto da OAB/AM, envolvendo a presta-ção de serviços jurídicos a mulheres víti-mas de violência doméstica e familiar, em Manaus, foi indicado para concorrer ao Prêmio Innovare – 2014. O prêmio é um

reconhecimento a ações que visam disseminar prá-ticas inovadoras, que contribuam para a qualidade e modernidade da Justiça brasileira. O resultado dos premiados será anunciado em dezembro deste ano.

A iniciativa da OAB/AM que concorre ao prêmio, faz parte do “Projeto Permanente de Aten-dimento Voluntário e Gratuito às Mulheres Vitimi-zadas”. O projeto é desenvolvido pela Comissão da Mulher Advogada, nas dependências do Centro Esta-dual de Referência e Apoio à Mulher (Cream).

O projeto começou em 2013, quando a OAB,

juntamente com outras entidades, assinou o Termo de Cooperação Técnica em prol da campanha “Com-promisso e Atitude pela Lei Maria da Penha”. A cam-panha visa a implementação de ações para fortalecer a divulgação da lei em todo o estado.

O atendimento promovido pela OAB/AM é feito por advogadas voluntárias, que doam uma par-te de seu tempo para prestar serviços jurídicos de orientação, encaminhamentos e acompanhamento das vítimas. O projeto chamou a atenção pelo alcan-ce social e foi indicado para a XI Edição do Prêmio Innovare - 2014. Esteve em Manaus, para conhecer como funciona o atendimento, a representante do In-novare, Nádia Marcelle Aguiar.

A presidente da Comissão da Mulher Advoga-da, Maria Glaucia Barbosa Soares, diz que a indica-

ção ao prêmio, por si só, já representa um importante reconhecimento para o projeto, em nível nacional. Ela faz questão de agradecer o apoio incondicional dado pela ex-secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, a advogada Márcia Álamo.

Segundo Maria Glaucia, o diferencial desse projeto é a doação das participantes à causa. “As pro-fissionais fazem o atendimento em regime de escala e extremo desprendimento. Elas têm participação efetiva na realidade social, com sentimento de inter-venção positiva, acolhimento e solidariedade para o fortalecimento maior ainda da rede existente de pre-venção e combate a todas as formas de violência con-tra as mulheres”, ressaltou.

As demandas para o atendimento são espontâ-neas ou encaminhadas pelo Cream, por movimentos sociais ligados às causas femininas e pela Gerência de Promoção dos Direitos da Mulher do Município de Manaus.

Glaucia explica que a vítima é atendida em espaço reservado, onde pode relatar os fatos à profis-sional, que já a orienta sobre os seus direitos. A presi-dente comenta que, após esses passos, vários encami-nhamentos podem ser adotados.

Sobre o prêmio - O Prêmio é uma realização do Instituto Innovare, da Secretaria de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, da Associação de Magistrados Brasileiros, da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANA-DEP), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), do Conselho Federal da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB), da Associação Nacional dos Procuradores da República e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (AMATRA), com o apoio das Organizações Globo. O objetivo é identificar, premiar e disseminar práticas inovadoras que contribuam para a qualidade e modernidade da Justiça Brasileira.

O presidente nacional da OAB, Marcus Vini-cius Furtado Coêlho, comemorou a decisão da Comissão de Constituição, Justiça e Cida-dania do Senado, pela aprovação do texto do PLC 83/2008, que criminaliza a conduta de

violar direitos ou prerrogativas dos advogados, impedindo ou limitando sua atuação profissional. O texto, agora, será levado ao plenário do Senado.

“Trata-se de uma conquista histórica, que ressalta não apenas a valorização da atuação do advogado, mas principalmente a garantia dos interesses da sociedade, que

deve contar com uma defesa fortalecida e respeitada”, desta-cou Marcus Vinicius. O presidente nacional da OAB agrade-ceu o empenho no tema ao relator da matéria, senador Gim Argelo, e ao presidente da CCJ, senador Vital do Rêgo.

A votação foi acompanhada pelo presidente da Co-missão Nacional de Legislação, Francisco Esgaib. Ele des-tacou que a aprovação não serve apenas para coibir as reite-radas violações perpetradas contra a classe dos advogados, mas também cumprirá o importante papel de conscienti-zar a sociedade quanto a essas prerrogativas, bem como es-clarecer sobre sua relevância frente ao Estado Democrático

de Direito. “A criminalização cria uma sanção, garantindo a verdadeira proteção Constitucional insculpida no art. 133 da Constituição Federal”, disse.

“A criminalização da violação das prerrogativas não pretende apenas proteger o advogado; mas, efetiva-mente, proteger o cidadão, a coletividade, que busca seus direitos por intermédio do advogado. Não é possível ima-ginar uma sociedade democrática sem a devida proteção às prerrogativas do advogado”, afirmou o presidente da Co-missão Especial de Acompanhamento Legislativo, Eduar-do Pugliesi.

Comissão recebe, em Manaus, a representante do Innovare, Nádia Aguiar (de blusa marrom e calças claras)

9


UNIÃO CIVIL

OAB realiza casamento homoafetivo

Sistema prisional está em colapso no Amazonas

A OAB/AM promoveu, no dia 16 de setembro, o primeiro casamento coletivo homoafetivo da região Nor-te e quarto do Brasil. O evento oficializou a união de 14 casais (um deles heterossexual), e foi realizado pela advo-gada Simone Minelli Lima Teixeira, que tem poderes de juíza de paz. A celebração foi na sede da instituição, às 9h.

“A proposta da OAB foi de legitimar a união dos casais homoafetivos, que têm os mesmos direitos dos casais heterossexuais, perante a legislação”, destacou o presidente da OAB/AM, Alberto Simonetti Neto. Segun-do ele, a Seccional tem buscado assegurar os direitos da comunidade LGBT, apoiando a segurança jurídica do grupo.

A ação foi resultado do projeto de iniciativa da entidade, coordenado pela Comissão da Diversidade Se-xual, e que tem como objetivo facilitar o acesso dos casais homoafetivos à formalização da união. A ideia do casa-mento coletivo surgiu em função da crescente demanda de pessoas com uniões homoafetivas que buscam orien-tações da OAB, para solucionar casos de partilha, sepa-ração de bens em processos de divórcio e uma série de

situações correlatas. Com a união civil, tais problemas tornam-se mais fáceis de serem resolvidos legalmente.

De acordo com a presidente da Comissão da Di-versidade Sexual da OAB/AM, Alexandra Zangerolame, a ação irá refletir diretamente na vida desses casais, que poderão, por exemplo, formalizar pedidos de guarda de menores e ter maior facilidade nos processos de adoção. “Quando a relação é formalizada, os direitos são garanti-dos pela legislação”, salienta.

Alexandra relata que ações de casamentos cole-tivos vêm acontecendo no estado, mas falta divulgação, informando que os casais homoafetivos também podem participar.

O industriário Gênesis da Silva Crisóstomo e o bancário Fellipe da Cunha Araújo oficializaram a união de três anos, no casamento coletivo promovido pela OAB/AM. Crisóstomo conta que sempre houve a vontade de regularizar a situação, principalmente para garantir os direitos do cônjuge. “O casamento traz muitos benefícios para o casal, abriga e protege o companheiro, e facilita quanto às questões burocráticas, plano de saúde, junção

de valores, entre outros”, diz ele.“A iniciativa da OAB/AM é muito importante,

pois quebra o tabu do preconceito. Casais que já vivem juntos há tempos puderam ter acesso a um direito bási-co”, declarou o industriário.

A OAB/AM divulgou nota pública sobre a re-belião que aconteceu dia 1º de setembro, na Cadeia Pública Estadual de Parintins, fri-sando que já havia alertado formalmente o Governo do Estado sobre o colapso no siste-

ma prisional. O vice-presidente da OAB/AM, Marco Au-rélio de Lima Choy, afirmou que se não forem adotadas providências imediatas, apontando uma solução para o problema, a entidade irá recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos, para denunciar a situação.

“Recentemente, a OAB/AM denunciou os proble-mas do sistema prisional do Amazonas, para o Conselho Nacional de Justiça e para o Tribunal de Justiça. A entida-de também oficializou as cobranças ao Governo do Es-tado. Agora, as autoridades competentes precisam tomar providências”, declarou Choy. De acordo com o advo-gado, o sistema penitenciário, especialmente no interior do Amazonas, está em colapso e os presos em estado de esquecimento.

Na nota pública, a OAB denomina como lamen-tável a rebelião que vitimou dois presos em Parintins e diz que, mais uma vez, o Estado é destaque na mídia nacional de maneira negativa, por não ter políticas públicas desti-nadas à relação prisional.

Em julho deste ano, a Ouvidoria da OAB/AM re-alizou uma visita surpresa à Delegacia de Polícia de Rio Preto da Eva. O ouvidor-geral, Glen Wilde, e o ouvidor auxiliar Armando de Oliveira constataram graves viola-ções aos direitos humanos cometidas contra os 34 presos que se encontravam detidos no local. Os ouvidores relata-ram que os presos dividiam-se em duas celas de 3mx5m.

Por não caber mais ninguém nas celas, um detento foi al-gemado a um banco, no corredor da delegacia. O fato foi denunciado, mas o estado não adotou providências. Dias depois um preso foi assassinado na delegacia.

Nota PúblicaSobre a rebelião em cadeia pública de Parintins/Amazonas

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Estado do Amazonas, defensora dos interesses dos advogados e da socie-dade amazonense, vem a público se pronunciar acerca do lamen-tável evento ocorrido na Comarca de Parintins/AM no dia 01 de setembro de 2014, qual seja, a “Rebelião” na Cadeia Pública local que vitimou dois presos e que coloca o Amazonas, mais uma vez, no noticiário negativo da grande mídia nacional.

A OAB/AM levou recentemente ao conhecimento da so-ciedade amazonense e das autoridades constituídas o colapso em que se encontra o sistema prisional no Estado do Amazonas, espe-cialmente no interior, onde há presos de justiça cumprindo penas em delegacias – muitas das vezes algemados em cadeiras e barras de ferro – pela falta de espaço no ambiente policial, como em Rio Preto da Eva/AM, conforme já noticiado pela Ordem.

Por certo que as delegacias não são locais adequados para a guarda de presos de justiça, muito menos o ambiente prisional de Parintins/AM,local da rebelião, onde se constata a presença de 140 (cento e quarenta) presos em ambiente prisional com apenas 36 (trinta e seis) vagas.

A Seccional do Amazonas da OAB vem externar seve-ra preocupação com a administração penitenciária do Estado do Amazonas, uma vez que esta não apresenta políticas públicas desti-nadas à relação prisional, relegando os presos do interior do Estado ao esquecimento.

É desejo da advocacia amazonense, a profissão guardiã dos direitos humanos, que o Governo do Estado do Amazonas pro-mova os investimentos necessários na política prisional, para que acontecimentos medievais como este não mais aconteçam no nos-so Estado. Que Parintins seja lembrada pela beleza do seu Festival.

Manaus, 02 de setembro de 2014.

Marco Aurélio de Lima ChoyPresidente da OAB/AM em exercício

Gênesis Crisóstomo e Fellipe Araújo oficializaram a união, que já tem três anos

Em julho, a Ouvidoria constatou superlotação de presos em celas da Delegacia de Polícia de Rio Preto da Eva

10


ARTIGO

A Interceptação Telefônica no Âmbito da Investigação Criminal e Instrução Processual Penal

A investigação criminal pode se efetivar antes mesmo da instauração do inquéri-to policial, pois nada impede que as in-vestigações precedam esse procedimen-to. A providência, no entanto, pode ser

determinada para a investigação criminal (até antes, portanto, de formalmente instaurado o inquérito) e para a instrução criminal, depois de instaurada a ação penal.

Embora seja dispensável o inquérito, é ne-cessária a existência de uma investigação sobre delito em relação aos quais há indícios suficientes de autoria.

Em tese, não existe interceptação telefôni-ca pré - delitual, fundada em mera conjectura ou periculosidade. Não é possível interceptação tele-fônica para verificar se uma determinada pessoa, contra a qual inexiste qualquer indicio, está ou não cometendo algum crime.

É comum a polícia apreender aparelhos celulares que estão na posse de pessoas que são presas (seja em f lagrante ou por ordem judicial) e depois utilizar nas investigações – sem ordem judicial – os números das ligações registrados na memória de tal aparelho. Quanto a isto, o STJ res-ponde:

“(...) O fato de ter sido verifi-cado o registro das últimas chamadas efetuadas e recebidas pelos dois celu-lares apreendidos em poder do corréu, cujos registros se encontravam grava-dos nos próprios aparelhos, não confi-gura quebra de sigilo telefônico, pois não houve requerimento a empresa responsável pelas linhas telefônicas, no tocante a lista geral das chama-das originadas e recebidas, tampou-co conhecimento do conteúdo das conversas efetuadas por meio destas linhas(...)” (STJ, HC 66.368/PA,5° T., rel. Min Gilson Dipp, j. 05.06.07, v.u).

Em 1988, o Legislador Constituinte traçou a finalidade da interceptação telefônica como: in-vestigação criminal ou instrução processual pe-nal.

Visa-se com ela, em última instância, a produção de uma prova e, com isso, afastar o principio da presunção da inocência. Portanto, essa prova deve ser legalmente obtida.

A comunicação telefônica é uma fonte de prova, porque é dela que emerge a comprovação de um delito ou do envolvimento de uma pessoa com determinado delito. A interceptação telefô-nica por seu turno é medida cautelar processual, mais precisamente medida coativa real (não pes-soal), consistente numa apreensão imprópria.

Portanto, a finalidade da interceptação te-lefônica é, antes de tudo, a obtenção de uma prova que se materializa num documento (auto circuns-tanciado, transcrição) ou num depoimento (pro-va testemunhal). É um desses meios probatórios que irá fixar os fatos no processo, de tal modo a legitimar a decisão judicial, seja perante as par-tes, seja perante a universalidade das pessoas.

Como a Constituição Federal e a Lei 9.296/1996 mencionam “investigação criminal” (não inquérito policial), admite-se a intercepta-ção telefônica mesmo sem a existência de inqué-rito policial instaurado?

Pois bem, investigação criminal é a que se destina a apuração de uma infração penal (crime ou contravenção) e sua autoria. Pode ser de res-ponsabilidade da policia judiciária ou de qualquer outra autoridade administrativa com atribuição para tanto (art. 4˚ e seu parágrafo único, do CPP).

É prescindível a instauração prévia de in-quérito ou ação penal para a decretação de quebra de sigilo telefônico. Precedente do STJ.

Vale ressaltar que assim como o Ministé-rio Público, a polícia e os demais órgãos públicos também não podem interceptar telefonemas de cidadãos sem autorização judicial. É exclusivida-de do Poder Judiciário autorizar tais intercepta-ções. É o que podemos chamar de reserva de ju-risdição (isto é, a matéria é reservada, restrita, à permissão do Poder Judiciário).

Artigo com base no Projeto de Pesquisa, intitulado “Provas Ilícitas: A interceptação Telefônica durante a Investigação Criminal e Instrução Processual Penal”.

Ana Paula dos Santos Alves é Assessora Jurídica do Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas - PMAM. Pós Graduada em Investigação Criminal e Psicologia Forense, com especialização em Gerenciamento de crises no Siste-ma Prisional – Rebelião e Inteligência Policial.

11


LITERATURA

Obra do advogado Alberto Bezerra é incluída na lista da Amazon.comO Último Corrupto, obra do advogado Al-

berto Bezerra, já ultrapassou 4 mil edições vendidas e, recentemente, foi incluída na lista de livros comercializados na Amazon.com, multinacional de comércio eletrônico

dos Estados Unidos. “Fico feliz com o reconhecimento do meu trabalho. Minha intenção, com a publicação, foi trazer uma reflexão sobre a corrupção e mostrar de que forma ela afeta nosso país”, disse o autor.

De acordo com Alberto, a economia brasileira per-de com a corrupção, todos os anos, algo em torno de 1% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso equivale, anual-mente, a um valor mínimo de R$ 29 bilhões. “São núme-ros preocupantes, porque é um dinheiro que poderia ser investido na educação, saúde ou infraestrutura do país”, comenta o procurador.

“É um livro destinado a todas as idades e tem sido adotado por professores durante as aulas em escolas e fa-culdades”, afirma Bezerra. Além do site americano, O Úl-timo Corrupto pode ser encontrado também nas livrarias Saraiva, Valer e nas faculdades de Direito.

Alberto, que também é autor de “Temas relevantes do Direito Administrativo” e da trilogia “A colheita dos an-jos”, pretende, ainda neste ano, lançar mais dois livros, sen-do mais um de Direito Administrativo e outro de ficção.

O Último CorruptoLançado em 2011, o livro conta a história de Rafael

Bergmann, nome reconhecido no Brasil por ter se destaca-do como juiz federal que mais julgou e determinou a prisão de traficantes e corruptos em toda a história da estatística da Justiça Federal. Para ele não haveria proteção para quem fosse culpado, o rigor tinha que ser mantido dentro da lei e da ordem.

Mas essa honestidade ficou abalada por conta de uma proposta milionária apresentada por Franklin Beckman, um advogado com uma larga experiência na carreira jurídica, em troca da liberdade de 510 pessoas envolvidas em corrupção, incluindo o filho do presidente da República. O valor proposto poderia transformar a sua vida e lhe proporcionar felicidade por um longo período. Antes de decidir aceitar a proposta, um acidente na estrada fez interromper temporariamente a sua vida profissional, fazendo com que ele e sua família viessem a ser salvos por moradores de uma cidade misteriosa chamada Jeshurun.

Após recuperado do acidente, Rafael é convidado a exercer o cargo de prefeito de Jeshurun, para identificar os corruptos que estavam causando sérios prejuízos à cidade. A partir daí, começam a se desenrolar alguns acontecimen-tos importantes. Rafael consegue acabar com a corrupção e obtém prestígio por sua dedicação e competência. Porém,

com o poder nas mãos, ele se transforma num homem ga-nancioso, se envolvendo em atos de corrupção, os quais le-variam a cidade de Jeshurun à destruição. Por conta disso, com a escassez de recursos, a cidade enfrenta a maior crise financeira de sua história, comprometendo gravemente o atendimento dos seus serviços essenciais.

Depois de abandonado pela família e tentado o sui-cídio, Rafael encontra a força em Deus para salvar e retirar Jeshurun da crise. Os misteriosos fatos que aconteceram naquela cidade, levaram Rafael à conclusão que havia vi-venciado uma experiência inesquecível, que marcariam a sua vida para sempre.

Livro passa a ser comercializado em site nacional

12


CAIXA DE ASSISTÊNCIA

A Caixa de Assistência dos Advogados do Amazonas (CAA), braço assistencial e so-cial da OAB/AM, realizou em agosto a Se-mana do Advogado. As várias atividades programadas reuniram cerca de mil pesso-

as, entre advogados, familiares e dependentes. A Semana foi uma oportunidade para a classe advocatícia partici-par de atividades de prevenção e promoção à saúde, fa-tores indispensáveis para a manutenção da qualidade de vida.

Diversos profissionais da área da saúde e bem-es-tar foram envolvidos na programação, que incluiu ciclo de palestras, consultas gratuitas (Clínico Geral), exames de prevenção, avaliação física, atendimento odontológi-co, massagens terapêuticas, vacinação contra a gripe (In-fluenza) e orientações médicas.

Além de doenças e tratamentos, os cuidados com o corpo também foram amplamente discutidos. A parce-ria com os laboratórios Sabin ofereceu medição do Índi-ce de Massa Corporal (IMC), que indica se a pessoa está com o peso ideal ou corre o risco de estar com obesidade.

Quem dispôs de tempo para realizar uma análi-

se mais completa efetuou uma avaliação física que tem o intuito de diagnosticar a aptidão física e capacidade funcional e, assim, recebeu orientações no estande da Personal Clinic, para programas de atividade específicos para cada caso.

Também foram oferecidas sessões de massotera-pia relaxante com a “quick massage” (técnica de massa-gem na cadeira). A CAA/AM disponibilizou, ainda, uma clínica odontológica para realizar avaliação, limpeza e aplicação de flúor.

Os cuidados com a apresentação pessoal também são fatores para contribuir com a autoestima e espelham diretamente a imagem que o profissional das ciências jurídicas pretende passar. Deste modo, o Instituto Embelleze marcou presença durante a Semana do Advogado, com serviços de depilação de buço e sobrancelha, maquiagem, corte de cabelo e manicure.

Durante todo o período foi disponibilizada a va-cina contra gripe H1N1 (Influenza). A campanha conti-nua até atingir a meta de imunizar todos os advogados.

Todos os dias durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de participar de sorteios de brin-

des ofertados pelas empresas conveniadas. O objetivo do evento foi valorizar a saúde, prevenir doenças e prestar o devido atendimento à classe advocatícia. A Semana do Advogado reafirmou o compromisso com a classe, de cuidar sempre da saúde dos associados e profissionais da Advocacia em geral.

Amazonas participará do Campeonato Brasileiro de Futebol

A Comissão de Esportes da CAA/AM participará do Campeonato Brasileiro de Futebol 2014, promovido pelo Conselho Federal da OAB. A disputa será realizada no Rio de Janeiro, no período de 15 a 19 de outubro. A Seccional competirá na categoria Futebol de Campo/Li-vre.

A preparação dos atletas está sendo realizada duas vezes por semana, pelo treinador Lauro Cavalcante. Os treinos são acompanhados pelo fisioterapeuta da CAA/AM, Douglas Ataíde. Vinte e cinco advogados disputam o campeonato na categoria livre.

Corrida do Respeito será na Ponta Negra

Pelo segundo ano consecutivo, a CAA/AM participa da “Corrida do Respeito”, evento de cunho social e participativo. O evento integra a 7ª Edição da campanha “Respeito, Passe adiante” e será realizada no dia 27 de setembro, às 17h, na Ponta Negra. A pro-va de corrida de rua terá percursos de 5 km, 3 km e 1 km, com participação de pessoas de ambos os sexos, devidamente inscritas. A iniciativa tem como objeti-vo promover a conscientização da população sobre o respeito aos direitos das pessoas com deficiência.

Data: 27 de setembro de 2014 (sábado)Local da largada e chegada: Proximidades do anfi-

teatro da praia da Ponta Negra, Estrada da Ponta Negra.Horário de concentração dos atletas: a partir das

15h – atrás do local de largada.Horário da Largada: 17hPercurso: 5 km, 3 km e 1 km, com medição

feita por GPS.

CAA irá expor seus serviços, na Conferência Nacional dos Advogados

A CAA/AM participará da XXII Conferência Na-cional dos Advogados, no período de 20 e 23 de outubro,

no Rio de Janeiro. Com o tema “Advogado, seja protago-nista da história”, o evento discutirá a constituição demo-crática e a efetivação de direitos. Toda a programação do evento será realizada no Centro de Convenções Riocentro, que abrigará 40 painéis com 160 palestrantes, conferências magnas e bate-papos culturais, entre outros. Os pavilhões serão ocupados por cerca de 300 estandes de entidades li-gadas ao mundo jurídico. A CAA/AM terá uma exposição de seus serviços no estande da Concad.

Sistema de controle democratiza acesso a serviço de inclusão digital

Com o crescente número de advogados utilizan-do o serviço de Inclusão Digital, a CAA/AM adotou o sistema de controle utilizado pelas lan houses, para de-mocratizar o acesso e manter o controle no manuseio dos equipamentos.

A implantação do sistema foi sugerida por parte dos próprios advogados, usuários do serviço, ao observar o mau uso dos computadores e falta de democratização dos acessos. Segundo eles, o uso não era limitado e os usuários abusavam do tempo e não utilizavam para a finalidade em que foi proposta, que é o peticionamento eletrônico.

O novo método também tem o objetivo de facili-tar o dia-a-dia dos advogados que frequentam o espaço.

Semana do Advogado na CAA contou com atividades de prevenção e promoção à saúde

Campanha de vacinação durante a Semana do Advogado na CAA/AM

básica advogado - oabam.org.broabam.org.br/jornais/jornal-ago-set-2014.pdf · essa história será...

Documents