barro alto, uma jornada de sucesso · 2011-03-23 · do projeto À unidade barro alto, uma jornada...

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DO PROJETO À UNIDADE BARRO ALTO, UMA JORNADA DE SUCESSO ANO 4 >> Nº 19 >> JANEIRO 2011 NESTA EDIÇÃO: PRAZER, ANGLO AMERICAN: AGORA QUEM AINDA NÃO NOS CONHECE, VAI CONHECER PÁGINA 3 TIRANDO O CHAPÉU: OS VENCEDORES DO APLAUSOS EM CERIMÔNIA DE GALA PÁGINAS 6 E 7 MEGA PARADA EM NIQUELÂNDIA: DEPOIS DE 29 ANOS, UM DESCANSO PARA RETOMAR AS FORÇAS PÁGINAS 10 E 11 > Vista dos fornos calcinadores do Projeto Barro Alto

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Page 1: BARRO ALTO, UMA JORNADA DE SUCESSO · 2011-03-23 · do projeto À unidade barro alto, uma jornada de sucesso ano 4 >> nº 19 >> janeiro 2011 nesta ediÇÃo: prazer, anglo american:

DO PROJETO À UNIDADE

BARRO ALTO, UMA JORNADA DE SUCESSO

ANO 4 >> Nº 19 >> JANEIRO 2011

NESTA EDIÇÃO: PRAZER, ANGLO AMERICAN:AGORA QUEM AINDA NÃO NOS CONHECE, VAI CONHECER

PÁGINA 3

TIRANDO O CHAPÉU:OS VENCEDORES DO APLAUSOS EM CERIMÔNIA DE GALA

PÁGINAS 6 E 7

MEGA PARADA EM NIQUELÂNDIA:DEPOIS DE 29 ANOS, UM DESCANSO PARA RETOMAR AS FORÇASPÁGINAS 10 E 11

> Vista dos fornos calcinadores do Projeto Barro Alto

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2 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

COMITÊ EDITORIALA pauta do jornal é definida com a colaboração dos Grupos de Comunicação formados por empregados de todas as áreas das unidades de Niquelândia / Horto Aranha / Barro Alto, São Paulo e Venezuela

EDITORBruno Polizio (Comunicação Corporativa da Anglo American) – MTb 55.574/SP

UM ANO QUE FEZ A DIFERENÇA

Mais um ano para a vida de cada um de nós. Mas não gostaria de lembrar de 2010 como apenas “mais um ano”. O bom mesmo é ver cada ano que passa como um ano que fez diferença em nossas vidas - e diferenças boas, é claro. Afinal, como você sabe, nós, da Anglo American, temos um compromisso em fazer a diferença nas vidas de todos aqueles que de alguma maneira se relacionam conosco. Seja nas comunidades localizadas à volta de nossas operações ou com nossos empregados, trabalhamos juntos para garantir que todos se beneficiem da atividade de mineração.

E com todas as edições de 2010 do Jor-nal da Anglo pudemos acompanhar exemplos reais dessa diferença. Aliás, para virarmos o ano, estamos passando por várias diferenças e mudanças em nosso jornal... A começar pelo nome: não estamos mais chamando este canal de “jornal”, e sim “revista”... além disso, vamos casar o “Anglo” do antigo jornal com o “American”, fortalecendo a nossa marca Anglo American, revigorada em 2010, inclusive com uma logo redesenhada. Resul-tado? Revista Anglo American.

Acompanhando essas mudanças de aparência da revista, agora toda adaptada à nova identidade da organização, estamos focando cada vez mais os textos em nossos objetivos estratégicos, levando a todos informação que nos guie rumo à liderança mundial em mineração. Cada linha dessa revista mostrará aos leitores como nós temos feito uma diferença real e duradoura nessa busca.

Os destaques desta edição são exemplos disso. Na matéria de capa, estamos fazendo uma recapitulação dos principais aconteci-mentos em 2010 sobre o andamento das obras em Barro Alto, que está prestes a dei-xar de ser projeto para se tornar uma opera-ção. Também temos duas páginas exclusivas para a cerimônia final do Programa Aplausos, onde Silvia Almeida foi nossa campeã mun-dial! Além desses temas, estamos cada vez mais trazendo textos sobre nossos trabalhos na Venezuela, como nossas notas e matérias sobre o programa de reflorestamento nas margens do rio Mesi e os projetos de reforma e recuperação de igrejas e escolas no entorno de Loma de Níquel.

Boa leitura... e bom 2011!

Walter De SimoniPresidente da Unidade de Negócio Níquel

[ACONTECE][PRIMEIRA PESSOA]

Publicação bimestral dirigida aos empregados do Negócio Níquel da Anglo American no Brasil e na Venezuela.

ANO 4 >> Nº 19 >> JANEIRO 2011

www.angloamerican.com.br

COORDENAÇÃOValéria Lapa (Com. Corporativa da Anglo American) – MTb 30.665/SP e Leandro Duarte (Agência Nuts)

APURAÇÃO E REDAÇÃOPaulo Celestino – MTb 998/RN, Fernanda Radtke (Agência Nuts) e Virginia La Cruz (Grupo Open Mind)

COLABORAÇÃOCarlos Dini, Fabrícia Bernardi, Kerlley Oliveira, Maisa Tomaz, Nilton Moreno, Raissa de Souza Rossi e Tatiane Torezan.

REMODELADAS AS ESCOLAS SAN DANIEL E LA ESPERANZA

Crianças com salas apropriadas e uma comunidade disposta a trabalhar para resolver problemas são as recompensas de um volun-tariado que realiza melhorias. As crianças e os jovens da comunidade venezuelana do Estado de Aragua foram surpreendidos em novembro, ao entrarem nas salas das Escolas San Daniel e La Esperanza. As paredes, que em junho haviam sido deixadas rachadas e que, inclu-sive, tinham palavras e desenhos rabiscados, agora brilham impecáveis, bem pintadas e sem buracos. “As instalações fizeram a diferença na volta às aulas”, conforme comenta Pedro Leal, técnico do projeto de aproveitamento de areia industrial de Loma de Níquel.

As melhorias dos espaços foram pro-duto de um trabalho coletivo. Os campus educativos localizados no Estado de Aragua motivaram, no caso de San Daniel, quatorze organizações, incluindo Loma de Níquel. Treze delas foram contratadas na região e entre seus habitantes. Com uma escala menor de participação, mas com resultados tão decisivos quanto os das Escolas de San Daniel, foram as melhorias realizadas na Escola La Esperanza.

Prevê-se que, no futuro, a empresa e a comunidade, juntos, continuem realizando a manutenção das duas unidades educacio-nais na época das férias “para que os alunos tenham sua escola sempre em bom estado”, afirma Leal. O empregado da mineradora es-pera que os contratados continuem dando seu valioso apoio voluntário e que acrescentem ambulatórios aos planos de remodelação.

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 3

ARTE E PRODUÇÃO GRÁFICAAgência Nuts

FOTOSBruno Polizio, Flavita Valsani, Kerlley Oliveira, Sílvio Simões, Raissa de Souza Rossi e Tatiane Torezan

TIRAGEM1.900 [email protected]

Para oferecer um presente de Natal ao povo venezuelano de Tiara, foi remodelado o ícone religioso mais importante desta po-voação, localizado no município de Santos Michelena. A operação Loma de Níquel, bem como as cooperativas e os representantes da comunidade vizinha, propuseram-se um obje-tivo: recuperar a paróquia araguenha. E, antes do final de 2010, conseguiram pintar paredes, renovar pedestais e recuperar o altar principal do recinto católico, em tempo recorde.

Para Expedita Gamez, membro do pro-jeto e trabalhadora dos refeitórios escola-res da Paróquia, a iniciativa “não beneficia apenas os habitantes locais, mas também a empresa, porque a Igreja é para todos”. Conta que faz três anos que a mineradora vem cooperando com a freguesia. “No ano passado, presentearam o templo com seis ventiladores e seis lustres. Também nos apoiam na organização de atividades festi-vas”, disse ela.

No dia oito de dezembro, dia da Virgem Maria da Imaculada Conceição, Expedita es-pera que a comunidade fique agradavelmente surpreendida, pois confessa que existem

IGREJA DE TIARA COM FACHADA RENOVADApessoas que ainda não foram ao templo para ver as melhorias, “este é um daqueles dias em que o povo se reúne para celebrar a festividade de verão e o lindo trabalho que fizemos juntos”, comentou. Ela destaca ainda

o trabalho conjunto e avalia a contribuição da Anglo American. “Estou muito agradecida porque sou beneficiária do plano de cultivo da Loma de Níquel. Eles doam a mim suas hortaliças para o refeitório escolar”.

> Igreja de Tiara ganha presente de Natal

> ABAIXO, À ESQ.: Dona Expedita (centro) aplaude a reforma

Smart Ideas 2010 (Ideias Inteligentes)O evento visa reconhecer projetos de solu-ções e inovações desenvolvidos por jovens engenheiros da Anglo American ao redor do mundo. Nesse ano, aconteceu no Chile, entre os dias 26 e 28 de outubro. Thiago Moreira Pinto, de Barro Alto, ganhou o 1º lugar na categoria Segurança e Desenvolvimento Sus-tentável e Otávio Henrique Custódio Lopes Otávio, também de Barro Alto, recebeu as premiações 1º lugar em Melhor Apresentação e 3° lugar pelo Melhor Trabalho Escrito.

JIMEC - Junior Interdivisional Metallur-gists Colloquium (Colóquio Interdivi-sional de Metalurgistas Júnior)Camila de Savio Silva recebeu o prêmio por seus trabalhos com a tecnologia ARNi para o Projeto Jacaré. O JIMEC é um colóquio anual e interdivisional da Anglo American, em que jovens metalurgistas da empresa apresentam seus trabalhos na área. Cada unidade de negó-cio da Anglo American indica um ou dois profis-sionais para participar e cada ano uma unidade

é responsável pelo evento. Esse ano foi Kumba Iron Ore e o evento aconteceu entre 9 e 11 de novembro em Pretória, na África do Sul.

Programa de Excelência de GestãoRealizado na Universidade Adolfo Iñaez, no Chile, durante a segunda semana de outubro. O programa deu a vitória à equipe de Loma de Níquel formada por Yelisce González, Alfonso Spinelli, Lorenzo Elías, Carlos Betancourt e Luis Gómez pelo projeto Monitoração e Contro-le Sem Fio em duas categorias – Excelência da Manutenção e Melhor Aluno.

Capability Accelerator (Acelerador de Capacidade)Esse prêmio da Cadeia de Suprimentos (Su-pply Chain) da Anglo American reconhece o foco e o investimento na entrega de valor para fazer o nosso aprendizado real, relevante e efi-ciente. Tiago Affonso Ferreira Nunes ganhou o prêmio máximo na categoria Entrega de Valor por ter contribuído na economia de 40 milhões de dólares para o CAPEX de Barro Alto.

APLAUSOS PARA ELES TAMBÉMAo longo do segundo semestre de 2010, muitos empregados da Unidade de Negócio Níquel receberam outros prêmios importantes além dos do Programa Aplausos, levando os holofotes da Anglo American para nossas operações do Brasil e Venezuela. Veja abaixo:

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4 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

da em Belém, no Pará, a Exposição e todas as atividades relacionadas tiveram como tema a natureza sustentável da indústria mineral, reunindo empresários, fornecedores, espe-cialistas, acadêmicos e estudantes, além de gestores públicos. A Anglo American esteve presente na feira como patrocinadora e rece-beu o público em seu estande.

EM LONDRESA Unidade de Negócio Níquel deu as caras em Londres também durante a Conferência da Cadeia de Suprimentos (Trade Fair Supply Chain) na primeira semana de novembro. O evento reuniu mais de 100 fornecedores e executivos de todas as unidades de negócios do mundo. O encontro teve como objetivo compartilhar atividades e oportunidades de todo o Grupo para o desenvolvimento de fornecedores globais. O Brasil foi representa-do pelo gerente geral de Supply Chain, Osnir Montin, contando ainda com a participação do presidente de Níquel, Walter De Simoni, e do diretor Financeiro, Ernesto Katsurayama.

ANGLO AMERICAN “BADALADA”Uma série de eventos e premiações dão visibilidade às conquistas da empresa e de seus profissionais

A participação em uma verdadeira ma-ratona de eventos desde agosto de 2010 eleva a visibilidade da marca Anglo American e também contribui para a troca de experi-ências e conhecimento técnico entre seus profissionais e o mercado. Jaqueline Carva-lho, prestadora de serviços em comunicação externa, explica que a presença da empresa nos eventos e premiações com temáticas variadas, que passam pela engenharia até o combate à AIDS e sustentabilidade, vai ao encontro da ambição global da organização de ser a empresa líder mundial em minera-ção, gerando reconhecimento dentro e fora do Brasil.

Um dos destaques foi a inclusão da Anglo American no Guia Exame de Sus-tentabilidade 2010 da revista Exame, no início de novembro, cujo ranking determina quais companhias priorizaram projetos com foco em melhorias ambientais e sociais de forma continuada. A Anglo American está relacionada entre as 20 empresas modelo em sustentabilidade entre 143 empresas inscritas nesta 11a edição do Guia. “É uma grande satisfação receber este reconheci-mento. A preocupação com o desenvolvi-mento sustentável está expressa em nossa política mundial e estamos constantemente buscando novas formas de tornar nossos processos mais eficientes”, disse o pre-sidente da Unidade de Negócio Níquel, Walter De Simoni, sobre a menção no ranking.

Outra participa-ção de importância, também em novembro, entre os dias 22 e 25, foi na Exposibram, um dos principais eventos da área de mineração nas Américas. Realiza-

[ACONTECE]OUTROS ENCONTROS EM QUE A UNIDADE DE NEGÓCIO NÍQUEL MARCOU PRESENÇA:1. 3o Prêmio Top de Engenharia realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais, que prestou reconhecimento à Anglo American por sua atuação no ramo das engenharias e pela trajetória de desenvolvimento sustentável (agosto);

2. Participação e estande na Feira de Carreiras da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (agosto);

3. Patrocínio do Congresso Brasileiro de Geologia, em Belém (setembro);

4. Participação e estande na Exposição Agropecuária em Barro Alto (setembro);

5. Prêmio CEAIDS, voltado para a discussão da prevenção de DST´s/AIDS (outubro);

6. Patrocínio, estande e apresentação sobre o mercado de Níquel e a Anglo American por Walter De Simoni, presidente do Negócio Níquel, no Simpósio do Grêmio Minero-Metalúrgico Louis Ensch (GMMLE), em Belo Horizonte (novembro);

7. Patrocínio e estande na Feinox - Feira da cadeia do aço inoxidável (novembro);

8. Prêmio no Programa de Qualificação de Fornecedores da ArcelorMittal Inox Brasil, um dos cliente fundamentais para o Negócio Níquel no Brasil (novembro).

> PRÊMIO GUIA EXAME DE SUSTEN-TABILIDADE: Equipe do Negócio Níquel. Da esquerda para direita: Jaqueline Carvalho, Gilberto Barbeiro, Ana Paula Cutolo, Juliana Rehfeld, Walter De Simoni, Ernesto Kat-surayama e Marco Leandro.

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 5

[ACONTECE]

Foi com muita surpresa que o operador de Produção Fábio Lucas, da Codemin em Niquelândia, ficou sabendo que sua foto estrearia a nova campanha publicitária da Anglo American. De folga, os colegas disseram que ele estava “famoso”. Já tinha até esquecido da sessão de fotografias, mas ao retornar para o turno viu os cartazes espalhados na operação sobre os anúncios publicados com sua foto. “Ficou muito bom. A foto é mesmo muito representativa de nosso trabalho”, disse sobre a imagem na campanha.

A campanha publicitária global foi desenvolvida em parceria entre a Anglo American e a agência interna-cional Ogilvy&Mather. O tema de todo o trabalho foi o próprio slogan da Anglo American “Mineração e pessoas que fazem a diferença” (Real mining, Real people, Real difference). “A campanha está associada à estratégia de negócio do Grupo Anglo American. A ideia é mostrar uma empresa sólida, que pode e deve ser melhor reconheci-da dentro e fora do Brasil. Para isto, é preciso mostrar suas características, o que é feito por meio de histórias escolhidas para os anúncios, demonstrando ‘mineração e pessoas que fazem a diferença’”, explica a coordenadora de Comunicação, Valéria Lapa.

O primeiro passo da campanha publicitária foi o lança-mento de um “Manifesto” que nos apresentava ao público externo da organização. Esse anúncio circulou na primeira semana de outubro nas principais revistas e jornais do País, como Exame, Época, Veja, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, O Globo, além de outdoors em aeroportos nos Estados em que a Anglo American tem presença. A partir disso, os próximos passos estão sendo apresentar histórias de nossos empregados que demons-tram o espírito de ser e o posicionamento estratégico da organização. “A campanha terá duração de um ano e aborda temas como Saúde e Educação (com histórias da Unidade Níquel) e Água e Relacionamento com Comuni-dade (com histórias da Unidade Minério de Ferro Brasil). Em 2011, prevemos a inclusão de mais temas como Inovação e Segurança, e outras fotos de empregados do Brasil”, complementa Valéria.

A advogada da Anglo American, Eleonora de Mathias de Oliveira Calvo, que trabalha na área do Direito do

Trabalho, “sentiu na pele” a repercussão positiva da campanha publicitária. Logo que foi veiculada, ela recebeu vários telefo-nemas de profissionais prestadores de serviços nas áreas da saúde ocupacional, engenharia e segurança do trabalho, advogados externos e outros, expressando sentimento de orgulho de trabalhar em parceria com a Anglo American. Para Eleonora, a campanha reflete aspectos positivos da empresa porque, principalmente, “está demonstrando o maior investimento que sempre foi feito pela Anglo American: a manutenção da integridade física do trabalhador”.

FÁBIO LUCAS, UMA DAS CARAS DA ANGLO AMERICANFábio integra a empresa há cinco anos e conhece muito bem a planta mesmo com os seus (apenas) 23 anos de idade. Ele entrou como office boy, função que desem-penhou por mais de dois anos, e depois trabalhou nas mais diversas áreas, passando, entre elas, pela Operação de Painel, Controle da Ponte, Calcinação, Escória e até trabalhou como forneiro. “Eu sou autorizado a trabalhar em tudo na minha área. Meu supervisor me chamava até de coringa”, revela. Além disso, conhece a empresa desde criança. Seu pai, Edir Lucas da Costa, trabalhou na planta por 25 anos. “Todo mundo me conhece por lá desde o tempo do meu pai”, afirma Fábio.

No momento, Fábio Lucas faz o curso técnico em Metalurgia no SENAI de Niquelândia e já pensa em es-tender seus estudos na mesma área na universidade. “É o que eu sempre fiz e sei fazer”, ressalta. Casado há três anos (“foi só ‘fichar’ e em seguida casei”), sua esposa Érica também ficou satisfeita ao ver o marido na campa-nha. “De vez em quando, ele chega mesmo desse jeito aqui e me dá trabalho”, disse sorrindo sobre o marido, que parece estar cheio de fuligem no rosto na foto.

Fábio Lucas representa, na campanha publicitária global, a Anglo American e também a Unidade Níquel.

Trabalho, “sentiu na pele” a repercussão positiva da campanha publicitária. Logo que foi veiculada, ela recebeu vários telefo-nemas de profissionais prestadores de serviços

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NÃO ACHA CERTO E LUTAR PELO QUE É CERTO. ENTÃO VOCÊ ENTENDE O QUE É PRECISO

PARA TRABALHAR NA ANGLO AMERICAN.

FÁBIO LUCAS Codemin, Brasil

A NOVA CARA DA EMPRESACampanha mundial de propaganda reposiciona identidade da empresa e reforça sua ambição de ser líder global em mineração

> Anúncio da cam-panha global de propaganda com Fábio Lucas, de Niquelândia

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6 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

[ESPECIAL]

“Eu me senti a segunda mulher mais importante daquela noite”. Essa é a definição da assistente de Responsabilidade Social da Anglo American, Silvia Almeida, para o evento final de anúncio dos vencedores do Programa Aplausos do ano 2010, no qual foi a vencedora da categoria Sustentabilidade. A primeira mulher a que ela se refere é a presidente do Grupo Anglo American Cynthia Carroll, que conduziu a cerimônia juntamente com outros executi-vos da organização. A Unidade Níquel também foi reconhecida com a menção honrosa ao Projeto Barro Alto pelo seu incrível desempe-nho em Segurança Ocupacional.

O evento realizado no Hotel Copacabana Palace, em outubro de 2010, no Rio de Janeiro, reuniu 25 finalistas individuais e dois repre-sentantes de cada equipe finalista. Além deles, estavam presentes os principais executivos de todas unidades da Anglo American no mundo. O momento foi de confraternização e reconhecimento pelo trabalho desempenhado pelos empregados nas unidades espalhadas nos quatro cantos do mundo. Ao todo, o jantar de gala contou com a participação de quase 200 pessoas. O evento teve jeitão de Oscar. A cada catego-ria, os finalistas eram apresentados com vídeos sobre a trajetória deles e o motivo da indicação. “Foi uma noite inesquecível”, resume Silvinha.

Além do jantar de celebração, os finalistas também tiveram di-reito a uma programação especial, com passeios a pontos turísticos do Rio de Janeiro, como Corcovado e Pão de Açúcar. Um verda-deiro presente para quem fez por merecer, afinal, são os nossos exemplos a serem seguidos em segurança, colaboração, sustenta-bilidade e inovação, as quatro categorias do Programa.

SILVINHA É CAMPEÃSilvinha foi uma das grandes vencedoras da noite. Ela foi finalista em duas categorias, a única dos participantes nessa situação: Susten-tabilidade Individual, na qual foi vencedora, e Colaboração Individu-al. Segundo a comissão do prêmio, Silvinha foi aplaudida “por sua colaboração em reduzir os efeitos do HIV/AIDS nas nossas unidades brasileiras e nas comunidades vizinhas, por contribuir na melhoria de nossa imagem e reputação, além de promover os direitos humanos”.

“O prêmio é uma valorização do trabalho e das boas ideias. É mui-to interessante a empresa pensar no empregado com reconhecimento e cuidado. O resultado é a autoestima e o incentivo às novas ideias. É um valoroso reconhecimento ao que nós fazemos”, avalia Silvinha sobre a premiação. Ela ressalta ainda que, em seus 16 anos de luta contra o HIV, este é o primeiro prêmio individual que recebe e o reco-nhecimento se reverte para a própria causa do combate à infecção. Na ocasião, Cynthia Carroll ainda destacou que se orgulhava de fazer

Silvia Almeida e a equipe de Segurança de Barro Alto são os grandes homenageados da Unidade Níquel na festa final de premiação do Programa Aplausos, quando a presidente mundial Cynthia Carroll foi a mestre de cerimônia em noite de gala no Rio de Janeiro

APLAUSOS. APLAUSOS.

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 7

APLAUSOS.> AO LADO: Silvia

Almeida, vencedora mundial em Sustentabilidade, Cynthia Carroll, presidente mundial, e Ed Crawford, finalista em Sustentabilidade

>ABAIXO, À ESQ.: Jantar de confraternização do Programa Aplausos

MUNDO ANGLO AMERICAN ESTEVE NO RIO DE JANEIROOs executivos de todas as unidades de negócio da Anglo American estiveram no Rio de Janeiro entre os dias 4 e 6 de outubro para outro compromisso além do Programa Aplau-sos. Na ocasião, foi realizada a Reunião Executiva Bianual, que contou com a presença de 140 representantes. O último encontro tinha sido na China. Nessa reunião de outubro, foram discutidos temas como estratégia da organização e cenário atual da indústria de mineração no mundo.

> Cynthia Carroll fala aos executivos no Rio de Janeiro

Cícero Alves Ferreira, comentou a menção honrosa. “Para nós, a no-meação foi um grande presente porque é um grande trabalho que se faz (na construção). O interessante é que também fomos nomeados na categoria colaboração e esta é a essência de nosso trabalho. É justamente trabalhar junto com todos, sempre colaborando para que a segurança chegasse a esses níveis”, avalia.

Cícero destaca que, no início da obra, especialistas falavam que obras desse tamanho apresentavam historicamente aciden-tes com mortes. Agora, nossos colegas da equipe de segurança do Projeto Barro Alto demonstram ao mundo todo que, dentro da Unidade de Negócio Níquel, essa não é a realidade. “Estes resul-tados se devem aos nossos princípios, procedimentos, políticas, liderança e comprometimento. A regra é clara e não é negociável: segurança é prioridade. Não é só divulgação, e a premiação é prova disso”, disse.

parte de uma organização que contava com uma mulher como Silvinha.

E O PROJETO BARRO ALTO TAMBÉMO Brasil e a Unidade Níquel foram ainda reco-nhecidos com uma menção honrosa ao time de segurança do Projeto Barro Alto. A refe-rência veio pelo trabalho da equipe em manter ótimos níveis de segurança na construção da planta, seguindo à risca a visão “Zero Harm” (Zero Lesão) e garantindo a vida de mais de 25.000 trabalhadores que passaram pela obra. O projeto já se tornou um benchmarking (referência) em segurança na construção de grandes obras ao atingir mais de 13 milhões de horas-homem sem acidentes com afas-tamento alcançados em outubro de 2010. “Persistente, disciplinada, dedicada, prepara-da, competente, efetiva”, classificou Cynthia Carroll ao anunciar a menção honrosa.

A homenagem foi recebida pelo diretor do projeto Euler Piantino. O coordenador de segurança do trabalho do projeto Barro Alto,

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8 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

Mas agora, quatro anos depois, é hora do sonho virar realidade, ou melhor, “unidade” de produção de ferroníquel. Para celebrar a realização do grande empreendimento mundial de níquel da Anglo American, pre-paramos para você uma retrospectiva com os momentos fundamentais do dia a dia de Barro Alto, desde fins de 2006. Para Walter De Simoni, presidente do Negócio Níquel, todos os momentos da história do Projeto comprovam uma jornada de sucessos e grandes realizações promovidas pelas equipes envolvidas, que ultrapassaram todos os desafios possí-veis, desde questões ligadas ao dia a dia da obra até uma crise finan-ceira global no fim de 2008. “Ao olhar para o projeto hoje, com quase

SAI “PROJETO” E ENTRA

UNIDADENeste início de 2011, Barro Alto torna-se operacional,

concretizando um sonho que virou projeto no fim de 2006, quando o investimento foi aprovado pela Anglo American

100% da construção concluída, vejo não somente nossa nova planta de ferroníquel, mas um exemplo mundial de dedicação, comprometimento, desempenho em segurança, excelência em tecnologia e respeito ao meio ambiente e comunidades nas quais operamos”, comenta.

APROVAÇÃO DO PROJETOComo ponta pé inicial de nossa retrospectiva, vamos considerar o es-tudo de viabilidade e a estimativa de custos do investimento de capital (CAPEX) para o projeto que foram finalizados no fim de 2006. A par-tir disso, a Anglo American aprovou todo o investimento em dezembro

[CAPA]

> Minério transportado pelas esteiras do pátio de homogeneização durante comissionamento

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 9

do mesmo ano. O Projeto incluía a constru-ção de um complexo minero-metalúrgico para processamento do minério de Barro Alto para produção de ferroníquel, utilizando tecnologia desenvolvida, aprimorada e provada por mais de 40 anos em operações da Anglo Ameri-can (Morro do Níquel, Codemin e Loma de Níquel) e processo RKEF (Rotary Kiln/ Forno Rotativo - Electric Furnace/ Forno Elétrico). A primeira fase de execução do projeto foi planejada para janeiro de 2007, e assim as obras começaram!

DESAFIOS E MAIS DESAFIOSO cenário inicial que estava sendo trabalhado ao longo de 2007 e início de 2008 considerava um CAPEX para o desenvolvimento do projeto de USD 1.2 bilhão, com início de operação previsto para dezembro de 2009 para a linha de produção número 1 e março de 2010 para a linha 2. “Mas muitos eventos inesperados sur-giram no caminho que mudaram esse cenário”, comenta Euler Piantino, diretor do Projeto Bar-ro Alto. No fim de 2008, o mundo passou por uma crise financeira global sem precedentes na história econômica recente que começou com a quebra de instituições de crédito dos Estados Unidos, que concediam empréstimos hipote-cários de alto risco (em inglês: subprime loan ou subprime mortgage). Essa situação arrastou vários bancos para uma situação de insolvên-cia, repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo. Nessas circuns-tâncias, o mercado de níquel foi extremamente afetado, com preços e demanda por níquel caindo drasticamente. Ainda em 2008, tivemos greves e uma manifestação de empregados nas instalações para contratadas na obra que resultou no incêndio do próprio acampamento. “Foram momentos difíceis, com muitas coisas importantes acontecendo ao mesmo tempo. Mas não nos deixamos abalar e, juntos, procu-ramos e encontramos soluções para continuar-mos com o projeto”, relembra Euler.

E fácil a situação não era mesmo. Esses acontecimentos foram grandes responsáveis por uma revisão do cronograma e dos custos do projeto. As análises de custo, estudos de cronograma e risco concluíram em fevereiro de 2009 que o projeto deveria ser atrasado por 12 meses, com início previsto para início de 2011, e que o CAPEX deveria ser atualizado para USD 1.8 bilhão. Causa significativa do aumen-to do CAPEX foi ainda resultado da valorização do Real frente ao dólar, situação iniciada antes mesmo da crise financeira global. O Conselho

Administrativo da Anglo American (Board of Directors) aprovou as recomendações e é esse o cenário que tem sido trabalhado até agora. Para Walter, foi uma grande oportunidade de demonstração de competência da equipe de Barro Alto. “Era um caminho sem volta. O Projeto precisava continuar. Nós não deixamos a peteca cair e hoje o mercado, o conselho e os acionistas sabem que estamos seguindo o caminho certo”, diz.

ENGENHARIA E DIA A DIA NA OBRAA maioria dos serviços de engenharia presta-dos por empresas especializadas (SLM/Mi-nerconsult) foi concluída em meados de 2009 com um forte aporte do time de projeto da Anglo American. Todo trabalho de engenha-ria restante, gestão da obra e atividades de suporte de design técnico foram absorvidas pelas equipes da construção do Projeto de maneira conjunta e integrada, no site, a partir de setembro de 2009. A maioria dos serviços de compras e aquisições de equipamentos e materiais foi finalizada em dezembro de 2009 e suas respectivas entregas seguem dentro do cronograma.

No início de dezembro de 2010, o Projeto Barro Alto encontra-se bem desenvolvido e se aproxima rapidamente de sua conclu-são. O bom ritmo das obras ao longo de 2010 havia levado à expectativa de produzir o primeiro metal ainda em dezembro, mas dificuldades do dia a dia fizeram com que voltássemos com o cenário inicial para essa produção, no início de 2011.

EXEMPLO PARA O MUNDOSegundo Euler, com as superações de todos os desafios listados acima, “o Projeto Barro Alto é reconhecido interna e externamente à Anglo American como um modelo de projeto e um padrão a ser seguido no desenvolvi-mento de projetos”. Uma recente auditoria feita pela própria Anglo American classificou o Projeto em seu relatório final em agosto de 2010 como um exemplo de boa gestão e desempenho acima das expectativas.

Outro exemplo que Barro Alto está dando é o excelente desempenho em segurança. O grande marco desse desempenho foi o incrível recorde de mais de 13 milhões de horas-homem trabalhadas sem acidente com afastamento atingida em outubro de 2010. Por tudo isso, em 2010, o programa global de reconhecimento da Anglo American, o Aplausos, celebrou todo esse trabalho e

99%do Projeto concluído

100%dos serviços de

engenharia concluídos

99,9%dos serviços de Aquisições

e compras concluídos

98%da construção

física concluída

concedeu à equipe de segurança do Projeto um prêmio especial de segurança, decisão unânime entre os grandes executivos da organização (veja matéria sobre os vencedo-res do Aplausos na página 6). Outro grande reconhecimento recebido foi o da Revista Minérios & Minerales, que considerou tam-bém em 2010 a mina de Barro Alto a mais segura do País no segmento de Mineração de Grande Porte, baseando-se no número total acumulado de horas trabalhadas sem acidentes com afastamento.

FUTURO“A nossa preocupação na virada de 2010 para 2011 é terminar o comissionamento ne-cessário para iniciarmos a produção na linha 1”, comenta Walter, “e isso vai acontecer em questão de semanas, logo nesse início de 2011”. Depois, mais desafios. Com a linha 1 operacional, o comissionamento começa na linha 2 e, a partir disso, vem nosso objetivo maior: atingirmos a produção planejada com as duas linhas operacionais no tempo previs-to pelo projeto.

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10 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

Uma abertura na parede lateral do forno elétrico deixa ver todo o movimento dentro do que parece ser um salão de obras. Esmeris* lançam fagulhas que esvoaçam para todos os lados e iluminam o ambiente. Operários indo e vindo com todos seus equipamentos de proteção (EPIs) ou trabalhando sobre andaimes co-nectados aos seus cintos de segurança. Do lado de fora, mais fagulhas são lança-das a partir de um maçarico que corta um grande bloco de metal. O forno elétrico I da Codemin em Niquelândia passa por sua reforma.

Para isto, o forno foi quase completa-mente desmanchado, as chapas de metal das paredes trocadas e o revestimento refratário renovado. Assim, um dos corações da Codemin ganha nova cara e energia para, por que não, mais outros 29 anos de operação. Ao todo, 500 pessoas envolveram-se na operação. Além do pessoal da própria Codemin, mais cinco empresas foram contratadas (para demolição, soldagem, conforto térmico – especializada em questões térmicas para desaquecer e rea-quecer o forno – montagem dos tijolos e fornecimento das chapas).

Para o sucesso da operação, os procedimentos vêm sendo plane-jados desde o início do ano de 2010. Com um investimento significa-tivo, o tempo total de parada foi de 75 dias, dos quais os últimos 15 foram programados para o comissionamento e retomada da produção, no momento em que também enfrentamos o comissionamento do Projeto Barro Alto. “Tudo isso demandou muito preparo, com reuniões técnicas sobre diversos temas, como detalhes finais de engenharia, acompanhamento de materiais, logística, suporte técnico, suprimen-tos etc. Uma das questões importantes foi fechar com os fornecedo-res, pois com a economia aquecida, muitos estavam comprometidos com outras demandas no mercado”, disse o gerente de Produção da Codemin, Mario de Abreu.

UM NOVO CORAÇÃO PARA A CODEMINForno elétrico I ganha sua reforma após 29 anos de bons serviços prestados. A reportagem da Revista Anglo American esteve na obra e conta a megaoperação que abre um novo ciclo para a planta

Os principais objetivos da reforma são garantir a segurança das operações, constante em quase suas 3 décadas de funcionamento, e proporcionar melhorias de processo. O forno II já tinha sofrido sua parada em 2008 para a reforma e o forno I estava programado para 2009, mas foi reprogramada para 2010. Para isso, uma pequena intervenção tinha sido realizada para garantir que a operação fosse prolon-gada sem impactos para a planta.

Durante a parada do forno, a produ-ção naturalmente reduzida nos meses de

outubro e novembro e metade de dezembro já que a produção ficou por conta só da linha 2. A partir do 15 de dezembro espera-se que a produção seja normalizada com as duas linhas em plena capacidade. Com a renovação do forno aliado ao projeto de melhorias na Codemin III, a usina terá um aumento na produção de 14 a 15%. *Máquina utilizada para polimento

A OPERAÇÃOUma verdadeira força-tarefa foi montada no dia 30 de setembro para um dos momentos mais críticos para o sucesso da reforma: a drena-gem total do metal que existe dentro do forno, quando os eletrodos são desligados. Esta operação requer cuidados especiais e muita experiência, o que nossos profissionais em Niquelândia têm de sobra – muitos já trabalharam na Morro de Níquel e Loma de Níquel.

O forno é uma estrutura de 14,9 metros de diâmetro de chapa a chapa. Durante a reforma, apenas são aproveitadas algumas estru-turas metálicas já existentes, como o piso e parte da cobertura, que também ganha novo revestimento. Em vez do procedimento comum de vazamento do metal, a parede é perfurada mais abaixo do que o nível

[IDEIAS E INOVAÇÃO]

“Nossa empresa tem nos colocado metas ambiciosas de Otimização de Ativos, e este é um excelente e bem sucedido exemplo. Destaque tanto na revitalização de um equipamento tão importante, mas também no aprendizado e inovação da equipe de Níquel”

GUILHERME MELO, GERENTE DE OTIMIZAÇÃO DE ATIVOS

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 11

PASSO A PASSO DA REFORMA1. O forno é desligado e é feito um furo

mais abaixo na parede – drenagem em dois níveis

2. O metal e escória são derramados ao máximo

3. O processo de drenagem demora 9 horas

4. A parede é demolida para a entrada de equipamentos que irão promover a demolição e limpeza dos refratários (metal e escória)

5. Um trator com martelo demolidor entra para quebrar os resíduos solidificados (metal, escória e refratários)

6. Enquanto isso, o metal retirado é cortado para ser reaproveitado

7. As chapas das paredes do forno são trocadas e soldadas

8. O forno ganha novo revestimento refratário

9. O forno passa por um processo de aquecimento gradual e se inicia a fase de produção novamente

> Visão interior da reforma do forno elétrico da linha 1 de produção

terminaram sendo utilizados (como medida de segurança). “A operação foi mais tranquila no forno II, pois o espaço é mais amplo, sem outras construções ao redor”, lembra Mário.

Além disso, as condições climáticas se tornaram importantes para a operação, pois não houve chuvas. O metal líquido não pode entrar em contato com água em grande quantidade, com o risco de explosão térmica. Como medida preventiva, foi providenciada uma cobertura do canal de drenagem.

Claro que para que tudo isso ocorresse sem maiores problemas, a segurança foi re-dobrada, com um esquema especial repassa-do nos encontros de segurança diariamente. “É muita atividade fora do normal, peças que têm de ser elevadas, amarradas, transpor-tadas de um lado para o outro, com muita gente trabalhando no chão e em andaimes. Tudo isto é repassado nos encontros de segurança”, explica Mário. Enfim, muitas ati-vidades fora da rotina da planta que poderiam impactar na segurança da operação e dos empregados.

Para o gerente, a operação foi muito bem sucedida, desde a demolição propriamente dita do forno até a etapa final de revesti-mento e religamento do forno. “Um dos momentos mais críticos é o do escoamento da carga líquida. A demolição do forno é um trabalho bruto, contínuo, de 24 horas/dia. Outra atividade contínua é a soldagem controlada da carcaça do forno, que dura 12 dias. Em seguida, começou a montagem do tijolo refratário. É uma atividade bem mais artesanal e delicada, como a montagem de um ‘Lego’, com tijolos com formatos espe-ciais que têm de se encaixar entre eles. É um momento bem delicado da operação junto com o acionamento do forno”, avalia Mário sobre o processo.

APRENDIZADO E FUTUROAinda segundo Mário, uma operação de parada de forno como a vivenciada pela Codemin é um momento de aprendizado para as equipes. Ele já acumula no currículo a participação na equipe de construção de Loma de Níquel. Mas pela primeira vez está à frente do processo. “Pessoalmente, tenho de agradecer muito pela oportunidade. São mo-mentos únicos da metalurgia, pois para se ter uma ideia, este trabalho se deu depois de 30 anos da construção do forno. A primeira vez você aprende, na segunda você melhora e, na terceira, você melhora mais ainda”, disse.

normal com o objetivo de drenagem quase total do ferroníquel. A ação atinge o revesti-mento refratário, o que inutiliza o equipamen-to. Uma canaleta e um reservatório foram construídos para escoamento do metal.

A operação de drenagem levou mais de nove horas. A equipe de forneiros foi inteira mobilizada, com 15 empregados ao todo trabalhando na operação, 100% dedicados. Eles acompanharam todo o escoamento. O metal, a 1500ºC dentro do forno, esfria em contato com o ar e a temperatura ambien-te, tornando o material menos fluido com a consequente solidificação. Para manter o escoamento do material contínuo e fluido, os forneiros utilizam o cálcio-silício metálico e sopros com lança de oxigênio. Com o metal mais a escória já esfriados e solidificados na área externa, as equipes cortam os blocos de metal com lanças de oxigênio para serem re-aproveitados na produção. “São mais de 400 toneladas de metal drenados”, informa Mário.

Ainda segundo o gerente, um dos maiores desafios da operação é o fato de o forno I es-tar localizado mais próximo a outras dependên-cias da Codemin, como o Almoxarifado, onde também passam linhas de energia e de fibra ótica. Tudo teve de ser protegido. Uma das si-tuações de risco programadas era a quebra da calha até o reservatório, o que resultaria no es-palhamento do metal a mais de 1500ºC. Para mitigar, foram criados poços auxiliares que

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12 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

A história de Joaquim Borges Guimarães como pro-dutor rural começou quando ele decidiu largar seu cargo de gerente bancário para criar vaca leiteira. Anos depois, Seu Joaquim Tôca, como é mais conhecido, viu na televi-são o pesquisador da Embrapa Artur Chinelato mostrando uma metodologia de melhoria de produção de leite no Globo Rural e falou para sua esposa Rosimeire que um dia ainda o veria em sua propriedade. Mais brincadeira do que profecia, Seu Joaquim se surpreendeu quando cerca de seis meses depois o mesmo Chinelato entrava porteira adentro. A propriedade de Joaquim, no distrito de Santa Bárbara-Raizama, em Barro Alto, tinha sido escolhida para a implantação de uma unidade demonstrativa do Programa Via Láctea.

O Via Láctea é um programa que utiliza uma metodo-logia formulada pela Embrapa que reúne pequenas ações para a melhoria da eficiência e qualidade da produção de leite. Implantado em Barro Alto pela Care com o patro-cínio da Anglo American, o programa é voltado principal-mente para pequenos produtores rurais. Seu Joaquim está entre um grupo de 10 produtores de Barro Alto escolhidos para serem os primeiros multiplicadores da metodologia e já serve de exemplo para os demais.

Desde a implantação do programa, Seu Joaquim já dobrou a sua produção de leite passando de cerca de 200 para 440 litros por dia em média, e espera chegar aos 1000. Além do aumento da produção, está reduzindo os custos e otimizando a mão de obra. O próprio Joaquim diz que só vendo para crer como o método já alterou sua produção.

“Se eu falar as pessoas não acreditam, então eu falo que filosofia de goiano é só vendo para crer. Com apenas quatro vacas, produzimos mais do que as 44 vacas de todo o rebanho do meu pai, do meu irmão e de uma vizinha juntas”, disse.

Isto acontece a partir de técnicas que envolvem ações como orientação e cuidados para a ordenha, tratamento do pasto e do gado, reprodução dos animais, implantação de metodologia de utilização de dados de temperatura, umidade e de chuvas no manejo, análise dos custos envolvidos e definição de métricas para a produção. O projeto tem um cronograma de 4 anos até atingir os ob-jetivos propostos. Houve ainda investimento de recursos

na implantação de melhorias de acordo com as necessi-dades de cada propriedade. Na propriedade do Seu Joa-quim foi implantado um sistema de irrigação. “O objetivo é catalisar o processo para que a iniciativa sirva de exemplo e seja absorvida e aceita por outros produtores rurais”, disse o coordenador de relacionamento com a comunida-de da Anglo American em Barro Alto, Liomar Vidal.

Segundo a engenheira agrônoma e coordenadora do programa Goiás da Care, Beatriz Valladão de Barros Bandeira, os principais requisitos para ingresso no Prog-grama foram que o interessado fosse agricultor familiar e que executasse as ações acordadas com o consultor de Campo nas visitas técnicas à propriedade. “O produtor é que vai ter que aderir e implantar as técnicas”, disse a coordenadora. Um dos pontos do programa é também a utilização das propriedades como sala de aula e “vitrine” das modificações.

Assim, segundo Liomar, é possível difundir a técnica com outros produtores, e buscar outros financiadores para a sustentabilidade do projeto. “Com o sucesso das primeiras unidades, a articulação com a Prefeitura e com outras entidades como o Banco do Brasil e a Cooperativa de Goianésia serão importantes para a continuidade e sustentabilidade do programa”, afirmou.

SÓ VENDO PARA CRERMetodologia voltada para a melhoria na produção de leite de pequenos produtores rurais está em implantação em Barro Alto pela ONG Care, com patrocínio da Anglo American. O Seu Joaquim Tôca já dobrou a produção. E agora quer tirar mil litros de leite por dia

> Com o método de produção de leite Balde Cheio, Joa-quim e sua esposa Rosimeire já dobra-ram sua produção de leite passando de cerca de 200 para 440 litros por dia

[PARCERIAS]

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 13

Mil e duzentos e cinquenta pés de manga foram semeados na bacia do caudal hídrico da paróquia de Tiara, vizinho a Loma de Níquel, no Estado de Aragua, região centro-norte da Vene-zuela. “Trabalhamos em um programa completo de reflorestamento desta bacia com duas finalidades: uma é o cuidado ambiental e a outra é torná-lo sustentá-vel para que a região possa gerar seus próprios recursos”, explica Félix Cabrera, gerente de Segurança, Higiene e Am-biente (SHA).

Cabrera informa que com o início da atividade florestal em 2010, foram plan-tadas “1.250 árvores frutíferas de manga em um pouco mais de 3 hectares da zona do afluente, considerando uma densidade de semeadura de 400 árvores por cada unidade de medida”. Além disso, “também foram plantados 1,12 hectares de Vetiver na área da mina”.

Ainda segundo o líder do projeto, “a magnitude foi maior em 2010 e pensa-mos em implementar a atividade como um plano, para que ela tenha um futuro sus-tentável com as comunidades e convertê--lo em um desenvolvimento endógeno em médio e longo prazos. Isso atende aos objetivos da preservação natural e da sustentabilidade para a região”.

Todos na região desejam que o projeto cresça e as plantas se desenvolvam de acordo com o previsto. Mas para isso, o projeto depende tanto do bom clima como da valorização do meio ambiente pela comunidade e empregados, já que grande parte da população local vive da agricul-tura e do campo. Se cada um mantiver o espírito e a atuação ecológica, Cabrera acredita que essas frutas poderão ser usadas posteriormente para outros fins e “desenvolver uma indústria artesanal de

CAMINHO VERDE PARA A AUTOSSUSTENTABILIDADEConservação ambiental e sustentabilidade motivam a Anglo American e a comunidade a executar projetos de reflorestamento no rio Mesia

geleias, por exemplo”, explica. O enge-nheiro diz que como parte da responsabi-lidade social empresarial, a Anglo Ame-rican almeja que o programa passe para as mãos das comunidades. “Se o projeto florescer, nós não o manejaremos. Quem o fará será a comunidade, sustentavel-mente” afirma.

Desde 2000, Loma de Níquel semeou cerca de 40.000 árvores de distintas espécies, em diversos setores, incluin-do a mina, nas vias de acesso, na área industrial e nos arredores da represa de Santa Elena, localizada entre os estados de Aragua e Miranda.

AS AÇÕES EVIDENCIAM A FILOSOFIA Cabrera, como guia principal da gestão ambiental no rio Mesia, diz que a visão da Anglo American e a mística daqueles que trabalham na Loma de Níquel têm sido fundamentais para executar o projeto, porque buscam respeitar ou minimizar seu impacto ambiental e favorecer o desenvol-vimento sustentável e as comunidades.

O projeto foi elaborado no mês de junho e implementado em agosto e setembro de 2010, quando se começa a trabalhar a terra. Encerrou seu primeiro ci-clo no final do mês de outubro e, por ora, cuida do cultivo. Foi um trabalho conjunto, feito com as cooperativas da região e que exigiu uma dedicação de dois meses.

40 MILárvores semeadas em Loma de Níquel

desde 2000

> Somente no ano de 2010 a equipe de Loma de Níquel plantou mais de 1.500 árvores nas vizinhanças da usina

[PARCERIAS]

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14 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

Quais são as atitudes e compor-tamentos necessários para se tornar bem sucedido dentro da empresa? Como avaliar os meus pontos fortes e minhas necessidades de desen-volvimento? Quais os critérios para os meus superiores me avaliarem? Quais são as bases de cálculos para o bônus anual? O lançamento do novo Modelo de Competências (PDW – People Development Way) e do Processo de Gestão de Desem-penho vêm responder estas e outras questões tão importantes para todos os empregados. E isso agora vale para o mundo inteiro, pois processos e regras foram unificados para toda a Anglo American.

O Modelo de Competências fornece ao empregado o que é necessário para ser bem sucedido, estabele-cendo os comportamentos, conhecimentos, habilidades e atitudes que precisamos ter para fazermos a organização alcançar sua ambição de se tornar a líder mundial em mineração. O novo modelo está agora sintonizado com a nova estratégia da organização e tendências do mercado. Para monitorar como esse de-senvolvimento tem se manifestado na prática, temos também um novo processo de Gestão de Desempenho que, apesar de diferir em alguns detalhes para os diferentes cargos, esta-belece uma dinâmica de trabalho, entre superior e subordinado, muito mais contínua, aberta e transparente. Finalmente, para recompensar o bom desempenho de todos em relação às metas, o processo de Ges-tão de Desempenho recompensa o empregado, dependendo do cargo, com bônus anuais, remuneração variável por desempenho individual ou PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Outra novidade agora é que ambos os processos “tiram do papel” os valores da Anglo American, que passam a definir o que se espera de cada um. O gerente de RH de Niquelândia e Barro Alto, Mar-cos Cangussú, destaca que agora há uma escala de avaliação para verificar se os valores foram demonstrados de forma coerente, clara

OS CAMINHOS PARA O SUCESSO NA ANGLO AMERICANO novo Modelo de Competências e o novo processo de Gestão de Desempenho padronizam a estrutura básica para desenvolvimento e carreira disponível aos empregados e os critérios de mensuração de desempenho e bonificação da empresa

e consistente pelo empregado. “É uma novidade no novo processo que vai impactar no bônus a ser recebido”, informa.

Estes processos estão sendo divulgados por meio de treina-mentos realizados nas unidades de negócios do mundo inteiro ao longo de novembro e dezembro de 2010, para gestores e demais empregados. Na Unidade de Negócio Níquel, empregados de São Paulo, Niquelândia, Barro Alto, Goiânia, Belo Horizonte e Venezuela foram treinados.

Para o comprador Antonio Carlos Ribeiro, da Cadeia de Suprimentos em São Paulo, os novos processos vão dar condi-ções para uma melhor gestão de

desempenho. Ele destacou ainda a importância do treinamento, que deu mais clareza à forma correta de definição das metas a serem incorporadas. “Todo o processo tem que ser planejado, ter uma boa reunião com o gestor, a começar pelo preenchimento do documento. Trabalhando assim, desde o início do ano, vai melhorar muito”, avaliou.

SINTONIA COM A REALIDADE DA ANGLO AMERICANTudo agora está sendo pensado dentro da ambição da empresa para se tornar a líder global em mineração. Segundo explica a gerente de RH corporativo da Unidade de Negócios Níquel, Cristina Isola, o Modelo de Competências é o centro de todos os processos de RH e o processo de Gestão de Desempenho é dirigido para os empregados entenderem em que contexto estão dentro da empresa. “Os novos processos foram aprimorados com o objetivo de ter um padrão global no que consideramos os principais mecanismos de gestão dentro da empresa”, disse.

Ainda segundo Cristina, os processos servem como ferramenta de retenção e atração de pessoas. “Mais do que nunca, os candidatos trazem na entrevista o interesse pela remuneração diferenciada, que está ligada ao desempenho individual. Tanto esses quanto os que estão dentro da empresa esperam cada vez mais serem reconhecidos pela entrega individual”, afirma.

Alto, Goiânia, Belo Horizonte e Venezuela foram treinados.

> Para autodesenvol-vimento online, foi lançado um portal interativo do novo

Modelo de Com-petências (www.

peopledevelopmen-tway.com)

[PESSOAS REAIS]

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JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN 15

Josefina Correa de Rangel tem um es-paço em Loma de Níquel, todas as quintas e sextas-feiras, para oferecer girassóis, rosas, edelvais, gérbera e plantas exóticas. “Meu trabalho é ser um pouco cupido” – declara - “vendo flores que alegram a vida tanto de quem as compra como de quem as recebe.” Depois de saber que até janeiro de 2010 ela só vendia as flores no quilômetro 8 da Au-topista Regional do Centro, a Revista Anglo American decidiu entrevistá-la para descobrir se sua chegada foi amor à primeira vista ou se foi difícil conquistar o coração da família

“ SOU COMO CUPIDO”Vendedora de flores conquista o coração da família mineira em Loma de Níquel

[PESSOAS REAIS]

mineira… Afinal, não é qualquer um que pode dizer “vou à mina vender flores”.

Como surgiu a ideia de vender flores em uma mina?Não foi ideia minha e sim dos mineiros (risos). Eu vendia na rua e os operários me diziam “suba para a mina”, mas eu achava que seria difícil. Em dezembro (de 2009), o Sr. Dini (Car-los Dini, do departamento de Comunicação) me perguntou se eu gostaria de vender as flo-res na mina. Eu disse a ele que sim. Pediu-me que o chamasse em janeiro e foi o que fiz.

Vale a pena subir até a mina? O esforço vale a pena, estou em um lugar que é mais seguro que a Autopista, embora eu continue no quilômetro 8 aos sábados e domingos. Além disso, todos são muito agradáveis.

Quantas flores você vende na mina aproximadamente? Meu Deus! Teria que fazer a conta, mas em geral vendo bem. Só de girassol, que é uma flor que sempre levo, vendo um fardo, e um fardo contém 5 dúzias (60 flores). Vendo mais em ocasiões especiais. No Dia das Mães (segundo domingo de maio) vendi quase cem pacotes de rosa, e cada pacote contém 24 rosas.

Você cultiva as flores ou as compra em outro lugar?Os dois. Meu marido cultiva o girassol, o edelvais, o jasmim-manga, o papiro e as ro-sas. As outras, eu compro dos meus vizinhos em Tiara ou em Los Teques.

Por que você é como cupido? Vou lhe contar, mas não posso dizer os nomes (risos). Um senhor me mandou fazer um arranjo floral e em seguida me perguntou se seria possível levá-lo para “fulana” no escritório. Eu disse a ele: “claro que sim, eu as levo”. Foi aí que virei cupido. Mas, infelizmente, quando levei as flores, a moça não estava lá, mas todos quiseram ver o arranjo. Diziam “que lindo! Vejam!”. As pessoas sabem que guardo segre-do e gosto disso porque também confio nelas.

Como é vender flores em Loma de Níquel? Lá em cima (na mina) convivo com todos e é muito bom. No refeitório me cumprimentam. A venda é parecida com a do quilômetro 8 da Autopista, mas a convivência não é a mesma. Eu gosto dos mineiros, de como trabalham, como são entre eles e com os outros. Não posso comparar porque não conheço outras empresas, mas posso dizer que nunca em minha vida alguém me deu uma oportunidade como eles me deram. Eles valorizam meu trabalho.

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16 JANEIRO 2011 REVISTA DA ANGLO AMERICAN

No norte da América do Sul, um país deslumbra o turista com sua natureza, apesar de ser um território mais conhecido por seus recursos energéticos e minerais do que por sua variedade de espé-cies e ecossistemas. Essa é a Venezuela, um dos 19 países com maior diversidade biológica do mundo. Sua geografia combina regiões áridas, praias, selva, extensas savanas das planícies e parte da cordi-lheira andina. Possui o conjunto de áreas protegidas mais extenso da América Latina, que inclui seus parques nacionais.

Em pleno litoral central, há algumas horas de Loma de Níquel, encontra-se o parque nacional mais antigo do país: o Henry Pit-tier. “Visitar este reservatório, bem como as praias vizinhas, é uma recompensa depois de uma semana de trabalho”, conta Pedro Reyes, analista de Segurança, Higiene e Ambiente (SHA) da mineradora.

“Vizinhas ao parque, as praias de Chuao são uma boa opção”, co-menta referindo-se a uma das mais antigas povoações do Estado de Aragua. Nesta vila se cultiva o melhor e mais fino cacau do mundo. Para ele, caminhar entre plantações que deitaram raízes há mais de 400 anos, conhecer gente hospitaleira, degustar um chocolate arte-sanal e ir à praia, permitem sentir que no mar a vida é mais saborosa, como diz um ditado popular venezuelano.

É interessante chegar a Chuao caminhando pelo Parque Nacional Henry Pittier. São 60 km de percurso. Sua flora e fauna são variadas, com mais de 500 espécies de aves e os rios e cascatas recebem quem abre caminho entre o bosque e a selva nublada, até chegar às praias da região costeira.

UM DESTINO E DUAS ROTASPerto da mina da Anglo American na Venezuela, praias cristalinas entre a cordilheira montanhosa convidam ao relaxamento ou à aventura. Perfeito para férias de verão

Pedro recomenda ainda visitar Playa Cepe (também vizinha ao Parque). De fina areia branca, banhada por águas de cor azul claro, conta com uma barreira de coral que emerge até a superfície do mar e rompe as ondas antes que cheguem à praia, o que a conver-te em uma verdadeira piscina natural. Ele sugere fazer antes uma parada no quiosque Los amigos para “comer uma deliciosa ‘catala-na’ frita”.

Cepe possui dois únicos acessos: pela montanha, por meio da cidade de Turmero, atravessando o bosque e a selva tropical que oferece o Henry Pittier, ou pelo mar, saindo de Puerto Colombia, no píer de Choroní. Ali o turista deve tomar uma lancha ou um barco e navegar por cerca de 30 minutos até chegar à praia. O principal, independentemente da rota escolhida, é a experiência.

O paraíso de areia e mar, no Henry Pittier e arredores, costu-ma estar bem cuidado. “Quando algumas destas praias não estão próprias para banho, simplesmente se publica na imprensa ou sai na televisão”, afirma o trabalhador da mineradora. “Em matéria de segurança, a polícia da região costuma estar mais espalhada na alta temporada. Em outras épocas, alguns policiais fazem a ronda”. Existem restaurantes que abrem somente aos finais de semana, e por isso, recomenda-se sempre um pouco de pesquisa antes da aventura.

Ainda na região, em Ocumare de la Costa há várias outras praias paradisíacas. Bahía de Cata, Catica e Cuyagua são as mais conheci-das. Veja abaixo e aproveite quando estiver em terras venezuelanas.

CUYAGUA É o lugar preferido dos surfistas pelo forte movimento das ondas. Também é visitada por aqueles que querem acampar, já que perto da praia há um rio, usado para tirar a água salgada do corpo.

ALMANAQUE

CHUAOImensa e linda baía em forma de meia-lua, com areia branca e água escura, devido ao rio que desemboca perto do cais da vila, ao lado desta praia. Conta com sanitá-rios e quiosques nos quais se pode comprar comida “criolla”, cacau e bebidas.

URICAO Paradisíaca baía de areia branca e mar transpa-rente de cor turquesa. Costuma ser visitada para acampar devido a sua boa topografia, mas não pos-sui infraestrutura turística. Só é possível chegar a ela de lancha, partindo do píer de Choroní.

BAHÍA DE CATA De águas cristalinas profundas, areia bran-ca e altos coqueiros. É muito visitada aos finais de semana. Conta com serviços de alojamento, alimentação, sanitários e estacionamento.

CATICAAtravessando o parque Henri Pittier ou partindo de lancha da Bahía de Cata, chega-se a esta praia. É tranquila e de areia branca. É necessário levar provisões, porque possui somente um local onde se pode comer e que abre esporadicamente.