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2012 Editado por Colleen Lowe Morna e Loveness Jambaya Nyakujarah 2 0 0 0 1 9 9 5 2 0 0 5 2 0 1 0 2 0 1 5 2 0 2 0 2 0 2 5 C H A N G E Extratos do PROTOCOLO DE GÉNERO DA PROTOCOLO DE GÉNERO DA SADC

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2012

Editado por Colleen Lowe Morna eLoveness Jambaya Nyakujarah

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Extratos do

PROTOCOLO DE GÉNERO DAPROTOCOLO DE GÉNERO DA SADC

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O poder da mulher invadiu a cena daÁfrica Austral de uma maneira visível em2 0 1 2 . P r i m e i r o , J o y c e B a n d ainesperadamente assumiu o posto deprimeira Presidente mulher do Malawi,e a primeira mulher Chefe de Estado da

SADC, em Abril. Depois aant iga Mini s t ra dosAssuntos Internos da Áfricado Sul, Nkosozana Dlamini-Zuma, percorreu o seucaminho passando porvárias barreiras para setornar na primeira mulhera presidir a Comissão daUnião Africana depois deuma renhida batalha emJulho.

Esses desenvolvimentos deram uma mostra exterior doprogresso, mas apenas These developments gave anoutward show of progress, mas apenas disfarçou ao deleve a ansiedade crescente assim que o relógio clica maisalto na contagem decrescente para 2015. Para cada passoem frente, os activistas contaram um passo para trás narecolha de dados dos quinze paises da Comunidade deDesenvolvimento da África Austral (SADC) que alimentouo relatório de visão geral (veja a tabela 1). Por exemplona África do Sul, enquanto o Ministério da Mulherdefendeu uma Lei para a Igualdade de Género que cobremuitas das principais disposições do Protocolo da SADCsobre Género e Desenvolvimento, a Lei da AutoridadeTradicional que dá poderes aos tribunais costumeiros fezcom que os grupos de direitos das mulheres começassesacções de protesto.

No geral, O Índice de Género e Desenvolvimento daÁfrica Austral (SGDI) subiu em apenas dois pontospercentuais de 64% para 66%. Esta classificação é umamedida empírica do progresso em relação aos 23indicadores para os quais foi possível obter os dados emtodos os paises. Esses cobrem seis dos dez sectores daSADC: governação, educação e formação, justiçaeconómica, HIV e SIDA, Comunicação social, informaçãoe comunicação.

As mulheres e homens na África Austral deram aos seusgovernos uma classificação de 57% - dois pontospercentuais acima em relação ao ano passado - usandoo cartão de classificação do cidadão (CSC) que foi entreguea 2329 cidadãos: 1272 mulheres e 1068 homens.

Ao contrário do SGDI, o CSC é baseado nas percepções,e capta as nuances que não são incorporadas nos dadosempíricos. Por exemplo, enquanto SGDI regista o nívelde ingresso dos rapazes e raparigas, o CSC inclui aspectosqualitativos como a segurança nas escolas e o preconceitode género no currículo. O CSC cobre também os quatrosectores para os quais não há pontuação no SGDI porquesão difíceis de medir - Direitos Constitucionais e legais,VBG, Construção da paz e implementação.

A Aliança do Protocolo do Género da ÁfricaAustral - 15 redes nacionais e oito grupostemáticos que fizeram a campanha peloProtocolo, a sua ratificação, e agora a suaimpemetação - está se preparando para2015: o prazo para as 28 metas do Protocolodo Género e o Objectivo de Desenvolvimento do MilénioTrês (Igualdade de Género). Ao longo do ano passado,o slogan da Aliança progrediu de 2015, sim podemos!Para 2015, sim devemos!

O Think Tank ou grupo de trabalho da Aliança vai levaras principais constatações do Barómetro para a reuniãoparalela da sociedade civil na Cimeir dos Chefes de Estadoda SADC em Maputo em August 2012. A principalmensagem para os líderes não apenas que o tempo est'aa se esgotar, mas também que existem novas prioridadese preocupações na agenda.

Logo que o Protocolo do Género da SADCentrou em vigor, com a África do Sul a se tornarno nono signatário (dando a maioria de doisterços dos 13 paises que tinham assinado) aAliança procurou passar o envelope com umnovo acréscimo ao Protocolo. Ao loongo do

ano passado, cresceu o ímpeto para uma Adenda aoProtocolo sobre Género e Mudanças Climáticas - umprincípio aceite pelos ministros do género nas vésperasda COP 17 acolhida pela África do Sul no ano passado.

Um assunto muito próximo ao coração de moçambique,a Aliança tem como meta a Cimeira de Chefes de Estadoda SADC de 2012 em Maputo para fazer um empurrãosignificativo, sob a liderança do ponto focal da rede deMoçambique - Fórum Mulher. Todo o comité coordenadorvai se reunir em Joanesburgo nos meados de Agostoinformar o Grupo de Trabalho e a delegação deMoçambique. A Aliança vai usar esta informação paraplanear a estratégia para 2012/2013, incluindo váriascimeiras nacionais e regional nos princípios do próximoano sob o tema: Contagem Decrescente para 2015!

Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012 1

SUMÁRIO EXCUTIVO

PARA 2015

SIM DE VEM OS

!

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2 Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012

Tabela I: Sumário dos desafios e progressos ao longo do ano passado

Luz vermelha Luz verde

Nove Constituições da SADC prevê a promoção das mulheres e sete têm outrasdisposições relacionadas com a igualdade de género. O processo de revisãoConstitucional está em curso ou vai começar em sete paises da SADC.Os activistas no Zimbabwe e Zâmbia (que criaram o slogan “sem mulheres, nãohá Constituição”) tem estado especialmente activos na exigência de Constituiçõessensíveis ao género, especialmente a remoção de cláusulas contraditórias queminam os direitos das mulheres.A Tanzania é o último país a anunciar a Revisão Constitucional. As mulhereslá estão a se preparar para a acção nesta frente.A África do Sul tem um esboço de uma Lei de Igualdade de Género que consagramuitas das disposições do Protocolo do Género da SADC.As Maurícias aprovou uma lei que permite o aborto em certas circunstâncias.Moçambique tornou ilegal a discriminação baseada na orientação sexual nolocal de trabalho.Os líderes no Malawi e nas Maurícias têm feito pronunciamentos progressivossobre os direitos das LGBTI.

Na sequência da oposição às quotas do governo local que resultaram em 58%de mulheres nas eleições de 2006, o Lesoto emendou o seu sistema de quotasseguindo o modelo da Tanzania. As mulheres e homens concorreram em pé deigualdade para os assentos do sistema de First- Past-the-Post (FPTP) com umacréscimo de 30% dos assentos que foram alocados numa base de RepresentaçãoProporcional (PR) nas eleições de Novembro de 2011. As mulheres constituemagora 49% de todos os membros das Assembléias Municipais no Lesoto; umaqueda de nove pontos percentuais, mas perda da paridade de género e da maisalta representação de mulheres na SADC. O novo sistema também recebeu umapoio maior de todos os partidos políticos.No ano passado as Maurícias, um país com uma das mais baixas proporçõesde mulheres no governo local, aprovou quotas legisladas através de uma EmendaConstitucional de 2011 e uma Emenda Legis-lativa do Governo Local de 2011.Isto resultou na disposição legal de que pelo menos 30% dos candidatos paraas eleições locais marcadas para 2012 sejam ou mulheres ou homens. Isto podeabrir o caminho para as Maurícias, que citou o Artigo 5 sobre Acção Afirmativacomo a principal razão para não assinar o Protocolo, para o fazer agora.A análise do Barómetro mostra que ainda há dez eleições a serem realizadasantes de Junho de 2015, mas o tempo é limitado e esta é a sua última chancede alcançar as metas. A análise mostra que se os actuais processos de RevisãoConstitucional forem bem sucedidos na consagração das quotas de género, aproporção das mulheres no Parlamento pode aumentar para 31% até 2015. Istoestará abaixo da meta de 50% mas uma melhoria substancial sobre os 22% dalinha de base.As projecções levadas a cabo pelo Barómetro mostram que se as actuais quotase as que estão sendo propostas forem implementadas, isto pode aumentar para35% até 2015.Em Abril de 2012, a Unidade de Género da SADC realizou uma conferênciasobre Mulheres na Política para desenvolver uma estratégia para a implementaçãodo quadro de 50/50 ou Paridade de Género, elaborado logo após a assinaturado Protocolo do Género da SADC para fornecer um roteiro para o alcance dasmetas antes de de 2015.As exigências para a acção afirmativa em consonância com o Protocolo doGénero da SADC aparecem de forma muito veemente em todos os paises.Malawi, Namíbia, Zâmbia, África do Sul e Zimbabwe são alguns dos paises ondeos activistas de género estão a exigir quotas legisladas de 50/50 a nível nacional.A África do Sul e Namíbia desenvolveram esboços de lei de 50/50 para leigospara submeterem às respectivas comissões de revisão eleitoral.Há evidências encorajadoras de experiências entre os paises da SADC. O Lesotoaprendeu da Tanzania na emenda da sua lei do governo local. O Presidente doZimbabwe e o Vice-Primeiro Ministro ambos referiram-se ao modelo da Tanzaniacomo a melhor solução para este país que se prepara para as eleições.

Em 12 paises da SADC, existe agora quase igual número de rapazes e raparigasno ensino primário e secundário. O Lesoto é o único país na região que temmais raparigas que rapazes no ensino primário.

Direitos Constitucionais e legaisContradições entre o direito consuetudenário e o direito legal abundam mesmoonde é proibido pela Constituição

Na África do Sul, a Lei dos Tribunais Tradicionais ameaça muitos dessespotenciais ganhos.Existem muitas areas difíceis da reforma legal não abordadas especificamentepelo Protocolo do Género da SADC. Essas incluem aborto, trabalho de sexo,estúpro marital e assuntos das minorias sexuais. O facto de essas não estaremincluidas no Protocolo do Género da SADC demonstra o alto nível de contençãosobre esses assuntos.GovernaçãoA representação das mulheres nas eleições no Lesoto no fim de Maio aumentoupor apenas um por cento, de 25% para 26%. As eleições de 2012 representarama última oportunidade para o Lesoto alcançar a paridade de género no Parlamentoantes do prazo de 2015. Ironicamente, o Lesoto tem um sistema eleitoral mistoao nível nacional que poderia ter sido emendado para facilitar o aumento darepresentação das mulheres, como aconteceu ao nível local.

A RDC não revelou nenhuma melhoria desde as eleições de Novembro de 2011uma vez que o nível de representação das mulheres no Parlamento, no geral,permaneceu o mesmo, em 8%.A representação de mulheres no Parlamento da Zâmbia caiu de 15.2% para11.5% nas eleições de Outubro de 2011. As mulheres ganharam apenas 6.1%dos assentos do governo local, uma queda de 1.2% em relação as eleiçõesanteriores de 2006.No geral, a proporção das mulheres no Parlamento caiu de 25% para 24% noano em análise.

A proporção das mulheres no governo local caiu por 1% - de 24% para 23%.

EducaçãoAngola e RDC continuam a ter muito baixas proporções de raparigas que rapazesno ensino primário e secundário.

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Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012 3

Sete paises da SADC tem agora altas proporções de mulheres que homens aonível superior. O Zimbabwe emprega medidas especiais para aumentar o ingressode mulheres nas instituições de ensino superior, nas instituições de formaçãode professores, institutos polítécnicos e vocacionais. A meta do governo paraas mulheres no ensino superior é de 50% até 2015. O ingresso de mulheresnos institutos de formação de professores já alcançou 50%. Porém, ainda éapenas um pouco acima de 30% nos institutos politécnicos e vocacionais e deensino superior.*A iniciativa do Centro de Excelência do Fórum das Mulheres Educadoras Africanas- Capítulo de Madagascar (FAWE) é uma escola onde o género é integrado nocurrículo académico, programas de educação social e física.Em todos, menos em dois casos, no ensino primário no Malawi e no secundárioem Moçambique (onde as raparigas e rapazes estão virtualmente igualadas) asraparigas tem melhor desempenho que os rapazes na região da SADC.

Essas referências são esporádicas e selectivas. Existe muito pouca corelaçãoentre essas referências e as disparidades que precisam de ser abordadas, porexemplo as disparidades ao nível superior.

Há ganhos qualitativos, seis mulheres Vice-Ministras das Finanças, constituindo40% deste grupo em toda a região. Botsuana, Lesoto e África do Sul têm agoramulheres governadoras dos Bancos Centrais.O Protocolo do Género da SADC está sendo usado para marcar a referênciado progresso no sector privado na África do Sul, centro económico da SADC.Esta é uma boa prática que devia ser replicada nos outros paises da região.

O Protocolo do Género está sendo usado para fazer uma análise da nova políticaeconómica da África do Sul - o Novo Caminho de Crescimento.

Muitos paises da SADC têm agora programas, de uma ou de outra maneira,para apoiar as mulheres no acesso ao crédito. Um exemplo é o regime deempréstimo de reforço nas Maurícias. Isto convida uma variedade de mulheresque têm negócios registados e têm projectos viáveis para pedir esses empréstimos.

A visão 2030 da África do Sul diz que as mulheres deviam ter acesso a pelomenos 50% dos recursos produtivos, emprego e empoderamento económico.A visão acrescenta que pelo menos 50% das mulheres deviam aceder àsoportunidades de comércio e procurement;; deter a propriedade da terra e terrecursos para trabalhar a terra, bem como estar no emprego assalariado. AZâmbia está a implementar a política de 30% da terra para as mulheres; isto éevidente nos 20 Centros de Excelência para a Integração do Género no GovernoLocal com os quais a GL está a trabalhar.Apenas 40% dos paises da SADC tem licença de paternidade.O Ministério das Finanças de Moçambique estabeleceu marcas de referênciaatravés das quais os sectores podem especificar as despesas por género noorçamento de recursos humanos e investimentos, mas apenas os sectores daeducação, saúde e assistência social têm feito progressos na integração dogénero nos seus orçamentos.Uma circular principal orienta os ministérios do governo do Zimbabwe a usar oGRB para desenvolver os orçamentos anuais dos sectores na preparação doorçamento nacional. A Rede e Centro de Recursos das Mulheres do Zimbabwecomeçou uma iniciativa de GRB ao nível do governo local em seis distritospilotos: Bulawayo, Gweru, Kadoma, Kwekwe, Masvingo and Mutoko.

Inspirado nas metas do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimentode reduzir a violência baseada no género pela metade até 2015, a Gender Linksem parceria com parceiros governamentais e da sociedade civil local realizouuma pesquisa para estabelecer a linha de base da extensão, motivadores,efeitos, resposta e prevenção da VBG no Botswana, Maurícias e províncias SulAfricanas de Gauteng, Cabo Ocidental e Kwazulu Natal.Onze paises da SADC tem agora Planos de Acção Nacionais dos 365 Dias(NAPS) para Acabar com a Violência de Género. Quatro paises da SADC -

Luz vermelha Luz verde

* Relatório consolidado da República do Zimbabwe e termos da Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW),

2009.

As disparidades de género a favor dos homens continuam aparentesno ensino superior; administração escolar e governação.

Os esteriótipos de género continuam a abundar nas estruturas de tomada dedecisão na educação na SADC; no currículo e nos materiais de ensino, e nasescolhas dos sujeitos.A razão da queda do desempenho dos rapazes nas escolas precisa de serinvestigada.

A violência de género nas escolas continua um grande desafio. As leis e políticasnão abordam adequadamente este assunto.Os objectivos da igualdade de género aparecem de forma crescente nasdeclarações dos orçamentos da educação.

Justiça económicaA proporção das mulheres na tomada de decisões económicas aumentou por1%, de 24% em 2011. Para 25% em 2012.

No prefácio do relatório do Censo da Associação das Mulheres Empresárias daÁfrica do Sul (BWA) de 2012, a Presidente da associação, Kunyalala Maphisa,referiu que ao nível dos conselhos de administração não será possível alcançara paridade até 2031 (a meta inicial); o relatório mudou a meta para 2039.As políticas de comércio são maioritariamente cegas quanto ao género. Apenasalgumas poucas políticas de procurement fazem referência específica às mulheres.As mulheres continuam a predominar no sector informal. Elas constituem amaioria dos desempregados em todos os paises da SADC.As mulheres continuam a batalhar para ter acesso ao crédito. Um estudo noZimbabwe mostrou que 65.7% das mulheres pesquisadas indicaram que têm“se sentido discriminadas pelos funcionário dos bancos.” Três em cada 10mulheres que se sentiram discriminadas citaram a falta de garantias como aprincipal razão para não receberem o crédito.Os dados sobre a propriedade da terra continuam irregulares, mas variam de11% a 46% (no Botsuana). Uma análise do género dos projectos da agriculturano Botsuana mostram que as mulheres constituem as maiores beneficiárias.

Todos os paises da SADC têm licença de maternidade.As iniciativas de orçamentos sensíveis ao género abundam, mas muitas vezestêm falta de estratégia e aplicação na alocação de recursos.

Violência de géneroA violência de género continua o único principal impedimento para o alcanceda igualdade de género na SADC. Muitos casos da violência de género passamsem serem reportados e um grande número deles são retirados.

A pesquisa dos indicadores da VBG mostrou que 67% das mulheres no Botsuana;51% das mulheres em Gauteng; 45% das mulheres no Cabo Ocidental; 36%

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4 Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012

Botsuana, Madagascar, Swazilândia e Zimbabwe tem esboços dos NAPS. OsNAPs estão em diferentes estágios de implementação. As Maurícias reportamque ja implementaram 92% do Plano de Acção Nacional para Acabar com aViolência Doméstica até 2011. Moçambique reporta que alcançou 85% do plano. Há uma necessidade de se estabelecer o impacto desses planos - se eles estãoa resultar na redução da VBG.Com poucas excepções, existe uma legislação compreensiva na maioria dospaises da SADC cobrindo a violência doméstica e ou ofensas sexuais.

A África do Sul é o único país que tem disposições específicas para a ProfilaxiaPós-Exposição (PEP) na lei.

Oito paises da SADC têm legislação para prevenir o tráfico de seres humanos.A África do Sul tem uma Lei de Tráfico de Seres Humanos enquanto o Malawiestá em processo de desenvolver uma.Em 13 paises da SADC o assédio sexual é abordado na legislação sobre VBG.No ano passado, a África do Sul aprovou legislação específica para abordar oassédio sexual.A pesquisa dos indicadores da VBG na África do Sul, Botswana e Mauríciasconstatou que menos da metade das mulheres em todos os locais, menos Áfricado Sul estavam a par da campanha dos Dezeseis Dias de Activismo. Os políticostambém não abordam adequadamente a VBG nos seus discursos públicos. Dototal dos discursos públicos feitos por líderes políticos, apenas 5% dos discursosna África do Sul, 9% dos discursos nas Maurícias e 15% dos discursos noBotsuana mencionaram a VBG. Muitos desses discursos não tinham profundidadee geralmente tratavam da VBG de passagem.

As indicações mostram uma tendência ascendente no uso de contraceptivosmodernos, por exemplo 76% nas Maurícias.As Maurícias tem a mais baixa taxa de mortalidade na região com apenas 28mortes por cada 100 000.

A cobertura sanitária é 100% nas zonas urbanas e rurais nas Seychelles.

A prevalência do HIV tem estado a estabilizar ou começou a decrescer em todosos paises da SADC. Há evidências de que as campanhas de prevenção começama mudar o padrão de comportamento sexual, o que leva a redução do HIV eSIDA.No Botsuana, Namíbia, África do Sul, Swazilândia e Zimbabwe os antiretroviraispara a prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho foi distribuído paramais de 80% das mães seropositivas no ano passado.O conhecimento do HIV e SIDA é o indicador que melhorou mais dos 23 queconstituem o SGDI, comparado com os dados do ano passado.

Existem evidências de que as campanhas de prevenção estão a começar amudar o padrão de comportamento sexual o que leva a redução da incidênciado HIV e SIDA.VSO-RAISA, que agora lidera o grupo de trabalho de cuidados na Aliança doProtocolo do Género da África Austral, está a advogar por políticas distintassobre o trabalho de cuidados, em consonância com o Protocolo do Género daSADC. As mortes relacionadas com o SIDA diminuiram 20% desde 2004,provavelmente devido a expansão da terapia antiretroviral (TARV).

Com 26% de mulheres nas forças de defesa, 31% na força policial e 54%despachadas como força de manutenção da paz, a Namíbia está a mostrar ocaminho para a representação do género no sector da segurança. O Lesotoostenta o maior número de mulheres oficiais da polícia, com 31% delas emposições seniores.

Luz vermelha Luz verdedas mulheres no Kwazulu Natal e 24% das mulheres nas Maurícias já sofreramalguma forma de violência ao longo das suas vidas.

A RDC não tem tem leis específicas ou políticas sobre violência doméstica. Trêspaises da SADC, Angola, Seychelles e Zimbabwe, não têm leis sobre violaçãosexual.De acordo com a UNAIDS, as mulheres que já sofreram a violência tem trêsvezes mais probabilidade de serem infectadas pelo HIV que aquelas que nuncasofreram violência.Cinco paises da SADC, Angola, Botsuana, Namíbia, Seychelles e Zimbabwe,não têm leis específicas sobre tráfico humano.

Angola não tem nenhuma legislação sobre assédio sexual.

A campanha dos Dezeseis Dias de Activismo e outras actividades deconscietização continuam a ganhar impulso na região da SADC. Em 2011, osórgãos de comunicação social dos Centros de Excelência na Integração doGénero na Comunicação Social trabalharam em conjunto com as suas contrapartesao nível do Governo Local para dar visibilidade às iniciativas ao nível local.

SaúdeO uso de contraceptivos entre as mulheres continua muito baixo em muitospaises, por exemplo 6.2% em Angola.A taxa de mortalidade materna é de 1140 por 100 000 no Malawi (a segundamaior taxa em África, depois da Libéria).O HIV é o maior contribuinte para as altas taxas de mortalidade materna. Asestimativas indicam que as taxas de mortalidade e morbidade entre as mulheresseropositivas são duas vezes mais que entre as mulheres HIV negativas.Em sete dos 15 paises, menos de 60% dos nascimentos são atendidos porpessoal qualificadoA cobertura sanitária em Moçambique é de apenas 5%; o governo está a priorizaro saneamento para as zonas rurais e assentamentos informais.HIV e SIDAActualmente 34% de todas as pessoas vivendo com HIV e SIDA no mundovivem na região da SADC. Em 13 dos 15 paises da SADC, as mulheres temmaior prevalência do HIV que os homens.

A pesar de serem as mais afectadas e infectadas pelo HIV, as mulheres sabemmenos sobre o HIV que os homens em 12 paises da SADC, e sabem mais emapenas três paises.As disparidades de género continuam a ser o maior vector da epidemina naregião.

Em seis dos 15 paises da SADC, menos de 50% das pessoas vivendo com HIVe SIDA (PLWHA) estão recebendo antiretrovirais.

Paz e segurançaAs mulheres continuam a ser as menos representadas nos sectores de paz esegurança da região. Essas estatísticas continuam em volta de secretismo egeralmente não estão desagregadas por sexo.

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Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012 5

A Unidade de Género da SADC e o Órgão de Segurança da SADC, trabalhandocom o Instituto de Estudos de Segurança (ISS) como líder do grupo temáticosobre Género, Paz e Segurança da Aliança do Protocolo da África Austral,desenvolveu um Quadro para a Integração do Género no Órgão de Segurançada SADC e uma Estratégia para o Combate da Violência Sexual e Baseada noGénero em Situações de Conflicto e Pós-Conflicto.

Sete reguladores da comunicação social (até seis no ano passado) estão aliderar o caminho no desenvolvimento de códigos de prática de género ecomunicação social.A GL está a trabalhar com 109 Centros de Excelência de Género e ComunicaçãoSocial (COEs) em 13 paises da SADC. A formação de jornalistas no local detrabalho está estruturada em torno das àreas temáticas do Protocolo.O Centro de Género e Comunicação Social e Diversidade fez uma campanhapor disposições de género mais vigorosas na Plataforma Africana sobre o Acessoa Informação (APAI) de 2011, com um pouco menos da metade das sugestõesincorporadas. Os debates elevaram a consciência entre os cidadãos sobre ogénero, liberdade de expressão e acesso à informação.No ano passado, a GL elaborou um instrumento de auto-monitoria para ajudaros órgãos de comunicação a avaliar o seu progresso no sentido de alcançar asmetas do Protocolo da SADC de igualdade de género na e através da comunicaçãosocial.

13 dos 15 paises assinaram o Protocolo do Género da SADC. O capítulo daAliança liderado pelo Congresso das ONGs do Botsuana (BOCONGO)desenvolveu uma estratégia e montou uma campanha para a assinatura doProtocolo no Botsuana.A África do Sul tornou-se no nono país a ratificar o Protocolo; isto permitiu queo Protocolo entrasse em vigor, uma vez que dois terços dos signatários ratificaram.As Seychelles e Namíbia actualizaram e alinharam os seus planos de acção dogénero com o Protocolo do Género da SADC e estão a elaborar os custos dasua implementação. A Zâmbia e Swazilândia acabaram de ambarcar nesteprocesso. Quatro outros paises - Angola, República Democrática do Congo,Malawi, Moçambique manifestaram interesse em seguir o exemplo.Os 151 Centros de Excelência do Género e Governo Local desenvolveramplanos de acção alinhados com as metas do Protocolo do Género da SADC. ACimeira de Justiça de Género e Governo Local de 2012 rendeu 474 estudos decaso do Protocol em acção ao nível local.Ao longo do ano passado a Aliança procurou organizar-se melhor. Na sequênciadas consultas sobre a organização institucional, a GL como coordenadora darede assinou mais Memorandos de Entendimento (MOU) com parceiros - 8MOUs com sectores e 14 MOUs com paises.Na sequência da reunião anual da Aliança de 2011, o comité coordenador elegeuum Think Tank que vai apoiar o Secretariado com as tarefas do dia a dia doprotocolo do Género da SADC - veja http://www.genderlinks.org.za/page/sadc-thematic-clustersA conscientização do Protocolo do Género da SADC aumentou de 46% em2010 para 54% em 2012 conforme aferido pelo teste de conhecimento administradoem toda a região da SADC. Os cidadãos tem mais conhecimento sobre quaisos governos que assinaram e a meta de 50/50 até 2015 na tomada de decisão.As reuniões comunitárias e as cimeiras de contagem decrescente para 2015planeadas ao nível dos paises e regional para o próximo ano, vão ajudar aintensificar a pressão.

Cria-se o momentum para a adenda ao Protocolo sobre Género e MudançasClimáticas, com um forte empurrão vindo dos membros da Aliança de Moçambique.Os ministros de coordenação das questões de género aceitaram o princípio deuma adenda nas vesperas da COP 17 em November 2011. A Aliança recolheucentenas de assinaturas através de uma petição online que será apresentadadurante a Cimeira dos Chefes de Estado em Maputo em Agosto de 2012.As mulheres constituem 50% dos ministros, e 33% dos Vice-Ministros do ambientee desenovimento sustentável

Luz vermelha Luz verdeO género não aparece destacado no Órgão de Segurança do Secretariado daSADC, entretanto este tem uma grande influência nas decisões sobre segurancahumana na sub-região.

Comunicação socialAs leis e políticas da comunicação social tem disposições de género fracas.Há mais mulheres que homens nos estudos da comunicação, mas mais homensque mulheres docentes. As mulheres constituem 41% dos trabalhadores dacomunicação social (32% se a África do Sul for excluída) mas menos que umquarto dos gestores e apenas um punhado de membros dos conselhos deadministração e executivos superiores.O Género não apareceu de forma veemente nos debates sobre o acesso ainformação em torno das celebrações do Windhoek + 20 em 2011.

Uma monitoria adicional realizada em 30 redacções em Julho de 2011 revelouque a proporção das mulheres fontes de notícias na comunicação social continuaem 19%, a mesma constatação do estudo de Progresso do Género e ComunicaçãoSocial (GMPS).ImplementaçãoBotsuana e Maurícias ainda não assinaram o Protocolo.

Zâmbia, Madagascar, Malawi e Swazilândia ainda precisam de ratificar oProtocolo.A maioria das Políticas de Género e Planos de Acção são de vários anos atrás;não foram alinhados com as metas do Protocolo nem a sua implementação foiorçamentada.

A Aliança do Protocolo é uma coligação dos dispostos - isto descentraliza aresponsabilidade mas pode resultar no enfrauqecimento da corrente.

Há uma necessidade de intensificar a dinâmica na liderança em direcção a 2015.

Novas àreas: Mudanças climáticasO quadro das políticas sobre as mudanças climáticas são muito cegas emrelação ao género.

Dados de base obtidos este ano mostram que as mulheres constituem apenas21% dos funcionários dos ministérios dos assuntos ambientais e desenvolvimentosustentável.

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6 Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012

O que há de novo em 2012?

Várias novas características no Barómetro do Protocoloda SADC incluem:• Capítulo 11 sobre Género e Mudanças Climáticas:

Embora a Adenda ainda não foi adoptada, os activistasacreditam que é necess'ario medir o progresso emrelação ao esboço das disposições que foram aceitesem princípio pelos ministros do género.

• Análise do orçamento: Cada sector contém exemplosda análise realizada nos relatórios dos paises sobrecomo os recursos são alocados, ou deveriam seralocados, para abordar as disparidades de género nessessectores. Este detalhe nos relatórios dos paises é umacontribuição importante no alinhamento dos planosde acção do género para as metas do protocolo, eorçamentação da sua implementação.

• Análise comparativa das classificações: O Barómetrode 2012 faz o acompanhamento das pontuações doSGDI e CSC ao longo do tempo: no geral, por país epor sector.

• Análise desagregadas por género das pontuaçõesdo cidadão, conhecimento e atitudes: Todos osprincipais intrumentos utilizados pela Aliança paramedir o progresso foram desagregados por género,para determinar se existem diferenças na forma comoas mulheres e homens olham para esses assuntos.

Principais desafios• As atitudes patriarcais continuam a abundar:

Muito poucas mudança de destaque na liderançafeminina fazem pouco para diminuir as atitudespatriarcais subjacentes, reflectidas nos chocantes altosníveis de violência de género revelados pelas recentespesquisas de prevalência; esteriótipos de géneronasescolas; o local de trabalho e comunicação social; bemcomo as estruturas de tomada de decisãopredominantemente masculinas em todas as áreas. A

lei costumeira contraria as disposições Constitucionaiscom poucas ramificações em muitos paises.

• Retrocesso nas eleições: Com poucas excepções, oúltimo conjunto de eleiçoes tem sido frustrante: aqueda da representação de mulheres nos níveis nacionale local na Zâmbia no ano passado; a persistente baixarepresentação de mulheres na RDC, e o aumentomarginal da representação de mulheres nas eleiçõesnacionais no Lesoto em Maio de 2012.

• A economia continua uma reserva masculina: Asmulheres ainda não tem acesso a tomada de decisõeseconómicas (26%), terra, crédito e outros meios deprodução. Elas constituem a maioria dos pobres; dosdesempregados; dos sem posses e daqueles quetrabalham no sector informal.

• As mulheres não têm palavra nas decisões queafectam as suas vidas: Seja na quarto ou na sala dereunões, as mulheres são efectivamente sem voz, compouco a dizer por exemplo, no uso dos preservativosmasculinos tão essenciais para a prevenção do HIV eSIDA. A falta de voz das mulheres reflecte-se nacomunicação social, onde a proporção das fontesfemininas continua subordinadamente em 19% dototal.

• O HIV e SIDA continua a ameaçar os ganhos quetem sido feitos: As mulheres mais jovens continua aser a maioria daqueles novos infectados pelo HIV eSIDA bem como as que carregam o fardo de cuidar dasPessoas Vivendo com o HIV.

• A violência de género continua o indicador maisrevelador da falta de direitos das mulheres: Easevidência que emergem das pesquisas de prevalêncianos três distintos paises - África do SUl, Maurícias eBotsuana - mostra que uma em três mulheres, se nãomais, já sofreram de violência de género nas suas vidas,geralmente várias vezes, e várias formas de violência.

Principais sucessos• A educação continua a estrela brilhante da região

da SADC: A paridade de género está a ser rapidamentealcançada em todos os níveis. A divisão trabalho porgénero nas àreas de formação está lentamente a mudar,e isto vai eventualmente resultar numa mudança nadivisão do trabalho por género na força de trabalho.

• Levar vantagem sobre as Revisões Constitucionais:Um dos principais sucessos da Aliança ao longo do anopassado foi levar o género para a agenda da revisãoConstitucional em vários paises, notavelmente noZimbabwe e Zâmbia. Os activistas estão especialmentea lutar pela remoção das cláusulas que criam retrocessose as garantias Constitucionais da igualdade do género.

• As campanhas de 50/50: Desde o relançamento dacampanha de 50/50 em Agosto do ano passado, osactivistas perceberam que a maneira de se alcançar arepresentação igual de mulheres e participação natomada de decisão é através das disposiçõesConstitucionais e legais. A emenda da Constituição dasMaurícias e a lei eleitoral do governo local para permitir

Todos os países apelam para as mudanças climáticas e desenvolvimentosustentável. Foto: Saeanna Chingamuka

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Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012 7

quotas é um avanço estratégico para as Ilhas e para aregião. As projecções detalhadas no Barómetro mostramque se fôr rigorosamente implementado, essasmudanças podem elevar a representação das mulherespara mais de 30% nas restante doze eleições ao nívellocal e nacional até 2015.

• Surgimento de evidências de mudança de atitudee comportamento: TA pesquisa de atitudesadministrada para quase 8000 mulheres e homens naregião mostra que, pelo menos retoricamente, oscidadãos subscrevem aos principais princípios daigualdade de género. Existem agora algumas evidênciasde mudança de comportamento que levam a baixosníveis de HIV e SIDA. A campanha de trabalho decuidados elevou a consciência sobre o trabalho nãoremunerado das mulheres.

• Um melhor entendimento e uma abordagem maisintegrada da VBG: A pesquisa de atitude e prevalênciafeita nos três paises (África do Sul, Botsuana e Maurícias)estabeleceu a disparidade entre os dados da polícia eos verdadeiro da VBG. O estudo mostrou também queos niveis mais altos da violência - psicológica e económica- são os menos reportados. Tessas constataçõesaceleraram a campanha para as pesquisas de rotinadesta natureza para fortalecer Os Planos de AcçãoNacionais para Acabar com a Violência de Género. OZimbabwe é o último país a embarcar na pesquisa dosindicadores da VBG.

• Foco na implementação: Agora que o Protocolo foiratificado, o foco mudou rapidamente para aimplementação. A Unidade de Género da SADC, asredes nacionais pontos focais da Aliança, e a GenderLinks como coordenadora da Aliança tem trabalhadocom sete paises ao longo de dois anos para alinhar osseus planos de acção com o Protocolo do Género daSADC e indicar o custo da sua implementação.Isto é orçamentação de género em acção!

• Mudar da base para o topo: o governo local emtoda a região juntou-se a campanha do Protocolo doGênero da SADC. 150 municípios tornaram-se Centros

de Excelência (COEs) para a Integração do Gênero, eoutros 150 se preparam para integrar este processo.Os COEs elabora planos de ação do gênero alinhadosao Protocolo do Gênero da SADC e mobilizam ascomunidades para a sua implementação.

• O Protocolo em acção: Nada sucede como sucesso!Os números brutos nem sempre captam as qualidadesde mobilização e de inspiração do Protocolo. EsteBarómetro marca o centésimo da série do Protocoloem acção, com um número total de estudos de casoatingindo exactamente 100 (veja a tabela 2). A evidênciamostra que do nível comunitário, ao nacional e aoregional, os parceiros estão fazendo uso desteinstrumento sub-regional único, para exigir mudança.

Principais prioridades

Energias renovadas para o próximo ano são necessárias:• Garantir que todos os paises assinam e ratificam o

Protocolo.• Fazer uso das oportunidades estratégicas como as

Revisões Constitucionais para domesticar o Protocolo.• Elevar a consciência do Protocolo e as suas disposições

ao nível comunitário.• Garantir que todos os governos e autoridades locais

incorporam as metas do Protocolo nos seus planos deacção e orçamenta a sua implementação.

• Fazer campanha pela Adenda sobre o Género eMudanças Climáticas.

• Fortalecer a Aliança, do nível local ao nível nacional eao nível regional, na última contagem decrescentepara 2015.

Tabela II: O Protocolo em acção - atingindo a marca de 100!

Direitos Constitucionais e legaisGovernaçãoEducaçãoEconomia, recursos produtivos e empregoViolência baseada no GéneroSaúdeHIV e SIDAConstrução da Paz e resolução de conflictosComunicação social, InformaçãoecomunicaçãoImplementaçãoTOTAL

2102

40115319

4547

71344342

2752

13237739

813911

124681613

100

2010 2011 2012 TOTALBarómetroJá basta: marcha dos Dezesseis Dias em Nata, Bosuana. Foto: Vincent Galatlhwe

“Uma mudança de mentalidade radical.Isto é o que precisamos para mudar amarcha lenta, mudanças incrementaisnos números de mulheres nos níveisexecutivos para um aumento dramáticona forma como percebemos, promo-vemos e protegemos as mulheres...”Kunyalala Maphisa, Presidente daAssociação das Mulheres Empresárias da África do Sul, no seuprefácio para a pesquisa anual das mulheres no sector privadoem relação as disposições do Protocolo do Género da SADC.

http://www.google.co.za

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MARCOS DO PROTOCOLO DO GÉNERO DA SADC

• 2005: Auditoria das realizações em relação à Declaraçãoda SADC sobre Género e Desenvolvimento leva aelaboração de um documento - “Racional para aElevação da Declaração da SADC sobre Género eDesenvolvimento para um Protocolo” - o instrumentolegal mais vinculativo da SADC. Organizações dasociedade civil pela Aliança do Protocolo do Géneroda África Austral.

• 2005-2008: Membros da Aliança formam parte daEquipa de Trabalho constituída pela Unidade de Géneroda SADC para esboçar notas para a equipa legal,comentar e examinar sete esboços do Protocolo antesda apresentação final aos Chefes de Estado.

• Agosto 2008: 13 dos 15 Chefes de Estado assinam oProtocolo do Género da SADC, o único instrumentosub-regional que junta e melhora os compromissospara a igualdade de género já existentes, através de28 metas com tempo limitado e alinhados com os prazosdo ODM 3. Membros da Aliança lançam uma campanhapara fazer com que as Maurícias e Botsuana assinassem.

• Agosto 2009: A Aliança lança o Barómetro de Basedo Protocolo do Género da SADC - um instrumentochave de acompanhamento que avalia o progresso dos15 paises em relação às 28 metas do Protocolo -http://www.genderlinks.org.za/page/sadc-research.

• Agosto 2009: A Aliança lança o “Roteiro para aIgualdade” - estratégias e lições aprendidas nacampanha; principais disposições do Protocolo em 23línguas; spots de rádio; um DVD; teste de conhecimentoe atitude; reuniões de nível comunitário parapopularizar o Protocolo, que até então atingiramdirectamente mais de 15,000 cidadãos e outros tantosmilhares indirectamente.

• 2009/2010: A Aliança elabora um Cartão de Classificaçãodo Cidadão que é usado para medir as percepções doscidadãos do progresso do governo, e é administradonas reuniões comunitárias.

• Agosto 2010: Barómetro de Progresso e reunião anualda Aliança. A Aliança fica melhor organizada por paises

e grupos temáticos, cada grupo liderando um assunto-chave, por exemplo Violência Baseada no Género,Justiça Económica.

• Agosto 2011: O Protocolo do Género da SADC entraem vigor com a África do Sul a se tornar no nono paísa ratificar o Protocolo, dando os dois terços exigidos.Com os dados de 15 paises sobre 23 indicadores, oBarómetro de 2011 introduz o Índice de Género eDesenvolvimento da SADC - veja http://www.genderlinks.org.za/page/sadc-sgdi. A Aliança forma o corpode reflexão que orienta o trabalho da Aliança entre asreuniões anuais.

• 2011/2012: As redes da Aliança nos paises identificamos defensores para as 28 metas do Protocolo, começama recolher estudos de caso do Protocolo em exercício- veja http://www.genderlinks.org.za/ page/protocol-work.

• Setembro 2011: A Aliança colabora com a Unidadede Género da SADC sobre um instrumento e processopara alinhar os planos de acção nacionais com as metasdo Protocolo do Género da SADC, e calcular o custoda sua implementação. A Namíbia testa este processo- veja http://www.genderlinks.org.za/page/implementation.

• Novembro 2011: Pressão intensa por uma Adendaao Protocolo sobre Género e Mudanças Climáticasligada ao COP 17; os ministérios ligados ao géneroaceitam esta premissa.

• Janeiro 2012: As Seychelles revê e alinha a sua políticade género e plano de acção ao Protocolo do Géneroda SADC, e custeia a implementação.

• Até Agosto 2012: Sete paises da SADC aceitaramalinhar as suas políticas e planos de acção do génerocom o Protocolo e custear a implementação. A Zâmbiae a Swazilândia começaram esses processos em Agostode 2012.

Lançamento do Barômetro do Protocolo do Gênero da SADC de 2011, Agostode 2011, África do Sul. Da esquerda: Colleen Lowe Morna, Nkosazana DlaminiZuma, Scholastica Kimaro e Emma Kaliya.

Foto: Loga Virahsawmy

8 Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012

Membros da aliança do Protocolo do gênero. Foto: Gender Links

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2009 2010 2011

PONTUAÇÃOREGIONALEM DEZ

Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012 9

Anexo 1

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10 Barómetro do Protocolo de Género da SADC 2012

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PARA 2015

SIM DE VEM OS!

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PARA 2015

SIM DEVE M OS!