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1 Índice: Apresentação do grupo e músicos- 3 Propostas de programa - 5 Apresentações comentadas - 20 Currículo dos músicos - 21 Contactos - 26 Barcelona, Fevereiro de 2008

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Índice:

Apresentação do grupo e músicos- 3

Propostas de programa - 5

Apresentações comentadas - 20

Currículo dos músicos - 21

Contactos - 26

Barcelona, Fevereiro de 2008

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Exmo., Vimos por este meio apresentar o nosso trabalho desejando que seja do vosso

agrado e interesse. Na esperança que possa aportar de alguma forma uma mais-valia para as vossas actividades culturais, esperamos poder trabalhar em conjunto de forma a cumprir essa meta.

Remetemo-nos para mais informações, Atentamente,

Nuno Mendes Ensemble Aliseos

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Apresentação do Ensemble Nuno Mendes – Violino Joseph Hornsteiner – 1790 – Tyrol

Joan Cervera – Violino Joseph Klotz - 1795

Marion Peyrol – Violoncelo Robert Lion, 2006

Mário Carreira – Guitarra Hispânica de Juan Matabosch, Barcelona, 1799 e guitarra

romântica de H.Huel, Paris, c.1820

Elsa Santos – Cravo franco-flamenco, Marc Ducornet, 2001 Nascido dentro dos corredores do Departamento de Música Antiga da ESMuC, o

Ensemble Aliseos tem como principal objectivo recriar e renovar prácticas musicais do séc.

XVII e XVIII mantendo-se o mais fiel possível à tradição interpretativa e respectiva

instrumentação vinculada à época em questão. Foi fundado por Marion Peyrol, Joan Cervera e

Nuno Mendes, e actualmente contam com a colaboração de outros músicos igualmente

especializados nas práticas históricas do séc. XVII e XVIII, utilizando instrumentos da época

ou cópias fiéis.

Utilizando uma margem lícita de liberdade interpretativa, parte da trio sonata (escrita

inicialmente a três vozes) para procurar possibilidades tímbricas através de diferentes

combinações instrumentais. Na trio sonata encontram-se instrumentos melódicos, neste caso a

cargo dos violinos, sustentados por um baixo contínuo, o qual apresenta a linha melódica mais

grave e a harmonia através de uma instrumentação “livre”. Esta proposta recorre ao violoncelo,

cravo e guitarra barroca para organizar e reflectir essa ideia.

O seu repertório move-se no âmbito da trio sonata do séc. XVII e XVIII, com sonatas

da Chiesa e da Camera, sonatas representativas e em diálogo. Partindo da escola Corelliana,

que originou na primeira metade do século XVIII uma grande tradição camarística, difundida e

ampliada também por outros italianos descendentes, como Tartini, Geminianni e Locatelli. Por

outro lado, também outros grandes compositores pertencentes a outras escolas, como Bach,

Couperin ou Leclair, foram directamente influenciadas por este estilo.

Numa outra vertente, o seu repertório inclui a tradição de transcrições e semi-

improvisações do séc. XVII e XVIII, sobre obras emblemáticas, que se praticava por toda a

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Europa, com especial ênfase na Península Ibérica (onde os instrumentos de corda não tinham

ainda alcançado um status suficientemente importante que justificasse a composição de um

repertório próprio). O Ensemble Aliseos não renega este repertório virtual a um segundo lugar,

e considera-o tão idiomático como aquele produzido além Pirinéus, e assim realizam as suas

próprias transcrições e adaptações, contribuindo também para a divulgação de este repertório

de carácter ibérico.

Desta forma, o Ensemble Aliseos trabalha repertórios que viajam e se movem entre

países e continentes… como os colonizadores, descobridores de novos mundos. Um repertório

que chega a todos os lados, como o vento sem fronteiras. Uma música com energia e vitalidade

que faz mover as almas, assim como em tempos o fez o vento movendo os barcos e as ilusões,

através de rotas seguidas pelas pessoas e as suas músicas, orientadas por mapas, bússolas, e

rosas-dos-ventos. A confluência de ventos quentes, frios, temperados e exóticos reflecte-se

nestes repertórios que reúnem estilos e gostos de diferentes povos e tradições.

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Propostas de Programa O Ensemble Aliseos de forma a demonstrar o seu trabalho, tem preparados sete

programas de concerto diferentes, cada um deles subordinado a um tema específico. Novos programas poderão ser incluídos e sugeridos a qualquer momento.

Trio sonatas da Chiesa e da Camera por aqui e por ali... pag.6

Espécies de Falsas – Programa ibérico pag.8

Maria Bárbara de Bragança e a música dos seus mestres nos 250 anos da sua morte pag.10

Música Concertada para diversos instrumentos pag.12

La Recréation de Musique Française pag.14

Boccherini e a nova música de Câmara pag. 16

Johann Heinrich Roman – O Handel Sueco nos 250 anos da sua morte pag.18

Cada proposta de repertório inclui:

Título do programa Compositores – género

Instrumentação Duração

Público-alvo Espaços propícios

Texto de apresentação Obras de concerto

Apresentações comentadas

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Trio sonatas da Chiesa e da Camera por aqui e por ali...

Obras de Corelli, Handel, Locatelli, Leclair, Goldberg, Roman e Bach.

Músicos: Dois violinos, violoncelo, guitarra e cravo

Duração: Programa de aproximadamente 70’ com intervalo

Público-alvo: Este programa vai dirigido a um público geral, uma vez que aborda uma

temática muito amplia ilustrando o auditório, de uma forma clara, sobre as diferentes

correntes estilísticas e nacionais do período barroco.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, e também

auditórios musicais e salas de actos.

Apresentação

Com este programa pretendemos realizar uma amostra do que seria o repertório

camarístico nos principais centros de criação musical da época, Veneza, Paris, Amesterdão,

Londres, Alemanha e Países Baixos.

Trata-se de uma viagem musical em torno deste género, onde apostamos em representar

os vários estilos da época, nas suas semelhanças e discrepâncias, adaptações e inovações.

De uma forma ilustrada, serão representadas em concerto ideias musicais imaginativas,

especulativas, intuitivas, intelectuais… Procuramos una amplitude de sentimentos e impressões

de forma a comover o nosso público, e permitindo-lhes viver as mesmas sensações que o

público de aquela época ao escutar por primeira vez uma obra.

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Obras de Concerto

Arcangelo Corelli – 1653 – 1713 – Sonatas da Camera e da Chiesa op.1 a op.4 (Itália)

Georg Friederich Handel – 1685 – 1759 – Trio sonatas op.2 e op.5 (Inglaterra)

Pietro Antonio Locatelli – 1695 – 1764 – Sonatas a3 op.5 de 1736 e sonatas a3 op.8 de

1744 (Itália - Holanda)

Jean-Marie Leclair - 1697 – 1764 – Sonatas en trío op.4 de 1731, Les Recréation de

Musique de 1736 y 1737 (op.6 y 8), Les Overtures y Sonatas en trío operísticas del op.13 e

op.14 (França)

Johann Gottlieb Goldberg – 1727 – 1756 – 4 sonatas em trío também atribuídas a Bach

(Alemanha)

Johan Helmich Roman – 1694 – 1759 – 13 Trio sonatas (Suécia)

Johann Sebastian Bach – 1685 -1750 – As trio sonatas perdidas de Cothen – BWV

1027?(Alemanha)

Francisco José de Castro – ¿? – 1708 - Trattenimenti armonici da Camera (Espanha)

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Serão tomados em consideração aspectos como: variedade de géneros, cronológico,

influências italiana / operística / camarística / religiosa e tonalidades.

� Poder-se-ão igualmente incluir outras obras não referidas, assim como focar o concerto

em menos compositores ou em zonas geográficas definidas.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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Espécies de Falsas

Obras de Bruna, Cabanilles, Herrado, Ortiz, António Valente, Martín y Coll e Diogo

da Conceição.

Músicos: Dois violinos, violoncelo, cravo e percussão.

Duração: Programa de aproximadamente 70’ sem intervalo e sem pausas.

Público-alvo: Dirige-se a um público que procura também a especificidade de um

repertório com identidade própria dentro do circuito europeu, “O Repertorio Ibérico”.

Devido à inclusão de repertório sacro, de câmara, batalhas e danças tradicionais,

torna-se um programa ideal também para diversas faixas etárias.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, auditórios

musicais, salas de actos, e claustros, ou outros espaços ao livre, desde que resguardados.

Apresentação

Existiu um repertório Ibérico para cordas escrito até 1730? Todos queremos acreditar

que sim e investigamos nesse sentido, mas as constantes batalhas, guerras, crises de sucessão,

terramotos, incêndios e muitas vezes a própria negligencia, constituem alguns dos elementos

que dificultam a tarefa de encontrar esse espólio musical que seguramente era tão interessante

como as más requintadas obras publicadas nas grandes capitais da época.

Sem encontrar até ao momento uma extensão de repertório tão significativa, o que sim

encontramos são várias referências a músicos camerísticos nas cortes e palácios da época, e

muitas vezes destacados e referidos com a palavra “virtuoso” ou “maestro” antes do seu

próprio nome. Assim, esses músicos possuiriam certamente um repertório interessante que

justificasse essas palavras tão meritórias, além de serem proporcionalmente talentosos.

A nossa proposta, de acordo com as investigações musicológicas actuais, é que esses

músicos teriam o hábito e a possibilidade de utilizar repertório de outros instrumentos e adaptá-

lo de forma a que o pudessem re-interpretar com os instrumentos que dispunham, e com os

amigos mais queridos, de forma a agradar os seus senhores, que continuamente financiavam

estes “virtuosos” ou “mestres” de música.

Assim, propomos também um repertório baseado em transcrições da nossa autoria

sobre obras significativas da época para teclado, consort de Violas da Gamba, corais e

instrumentos de sopro, ilustrando o programa com alguns dos estilos mais genuinamente

ibéricos, como tentos de falsas, tentos de meio registo, batalhas, folias, jácaras, etc.

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Obras de Concerto

Pablo Bruna – 1611 – 1679 – Tientos de falsas, Litanias sobre la virgen María, Tiento

de Mano Izquierda con un medio a dos tiples. (Daroca)

Juan Buatista José Cabanilles – 1644 – 1712 – Medio registros, Xacaras, Gallardas, e

Batalla (Valencia)

Joseph de Herrando – 1721 – 1763 – Los nuevos minuetos españoles – Sonatas – El

Jardín de Aranjuez – 3 dúos nuevos para dos violines (Valencia - Madrid)

Diego Ortiz – 1510 – 1570 Ricercadas glosadas e outros motetes glosados. (Toledo -

Napoles)

António Valente Sec. XVII – Il Ballo Dell’intorcia – (Itália – Madrid - Lisboa)

Antonio Martín y Coll – 1733? – Quatro peças para clarins, Batalha Imperial, Tento

de meio registo. (Alcalá)

Diego Roque da Conceição – Séc. XVII – Batalha – (Portugal)

José Lopes Nogueira – Séc. XVIII – Sonatas para violino e continuo – 1720? –

(Lisboa)

Francisco José de Castro – ¿? – 1708 - Trattenimenti armonici da Camera (Espanha)

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Serão tomados em consideração aspectos como: variedade de géneros, cronológico,

influências italiana / camarística / religiosa, tonalidades e espaço do local – eventual

órgão.

� Poder-se-ão igualmente incluir outras obras não referidas, assim como focar o concerto

em menos compositores ou em zonas geográficas definidas.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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Maria Bárbara de Bragança – A música dos seus

mestres nos 250 anos da sua morte – 27 de Agosto

Obras de Carlos Seixas, Scarlatti, Nogueira, Herrando, Castro, Corelli e Martini.

Músicos: Dois violinos, violoncelo, guitarra e cravo

Duração: Programa de aproximadamente 70’ com intervalo

Público-alvo: Este concerto é dirigido a um público geral, interessado no repertório

ibérico do período barroco e do período de transição, tocando o gosto galante, o rococó e o

empfindsamstil. Permite também ter uma ideia muito abrangente do que era o gosto refinado

das dos cortes ibéricas no seu momento mais expansivo, e nada melhor para ilustrá-lo que a

través de uma figura da realeza.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, e também

auditórios musicais e salas de actos.

Apresentação

Maria Bárbara de Bragança, filha de D. João V de Portugal e de Maria Anna de Áustria,

além de ter nascido em berço de ouro, nasceu também num entorno familiar de amantes de

música e músicos. D. João IV foi um compositor de grande mérito, e tomado em conta como

um dos primeiros musicólogos. A pequena Maria Bárbara começou a estudar música, e

evidenciando-se na interpretação do cravo, tendo como professor particular a Carlos de Seixas,

que lhe compunha sonatas académicas de forma a que ela desenvolvesse a sua técnica mas

também o seu gosto. O seu gosto era evidentemente formado também pelos músicos da corte

real, tanto Portuguesa como Espanhola. Aí o gosto italiano fazia-se sentir, não apenas por esses

músicos forasteiros que estavam de passagem, mas também porque já a sua mãe tinha trazido

de Áustria uma corte de músicos influenciados por essa música. Desta forma, não nos estranha

que tenham chamado a Domenico Scarlatti como mestre de música, tendo este dividido tarefas

com Carlos de Seixas, a quem Scarlatti tinha em muito boa consideração.

O talento de Maria Bárbara era também referido fora da Península Ibérica. Charles

Burney narrava que ela era capaz de manter toda una audiência concentrada e atenta aos

movimentos das suas mãos quando esta se sentava ao cravo, e também o padre Martini lhe

dedicou o seu primeiro volume de “La Storia della Musica” em 1757.

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O programa apresentado ilustra não apenas a música que lhe foi dedicada, mas também

a música que possivelmente se escutava na corte, obras do Português Nogueira, e do Espanhol

Herrando, sem esquecer a escola Corelliana que ainda se respirava, e que se seguia

reimprimindo e copiando na Península Ibérica.

Obras de Concerto

Giovanni Battista Martini – 1806 – 1784 – Sonatas para teclado dedicadas a Maria

Bárbara de Bragança- Transc. para dois violinos e continuo. (Itália)

Arcangelo Corelli 1653 – 1713 – Sonatas da Camera e da Chiesa op. 1 a op.4 (Itália)

Joseph de Herrando – 1721 – 1763 – Los nuevos minuetos españoles – Sonatas – El

Jardín de Aranjuez – 3 dúos nuevos para dos violines (Valencia - Madrid)

José Lopes Nogueira – Séc. XVIII – Sonatas para violino e continuo – 1720 –

(Lisboa/Porto)

Francisco José de Castro – ¿? – 1708 - Trattenimenti armonici da Camera (Espanha)

Domenico Scarlatti 1685 – 1757 – Sonatas para cravo solo e de câmara. (todas elas

foram concebidas para que a rainha as executasse, e parte de elas como música de câmara)

(Itália – Portugal – Espanha)

Carlos de Seixas – 1704 – 1742 – Sonatas para clave, e o concerto para cravo.

(Coimbra – Lisboa)

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Serão tomados em consideração aspectos como: variedade de géneros, cronológico,

influências italiana / camarística / religiosa, tonalidades e espaço do local – eventual

órgão.

� Poder-se-ão igualmente incluir outras obras não referidas, assim como focar o concerto

em menos compositores ou em zonas geográficas definidas.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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Música Concertada para diversos instrumentos

Obras de Castro, Telemann, Sarri, Mancini e Scarlatti.

Programa em colaboração com o flautista Jorge Álvaro Ferreira

Músicos: Flauta de bisel, dois violinos, viola, violoncelo, guitarra e cravo.

Duração: Programa de aproximadamente 70’ com intervalo

Público-alvo: Todo o público em geral, curioso e atento para descobrir uma variedade

de “affetti” e estilos produzidos pela diversidade de instrumentos e por discursos retóricos

opostos.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, e também

auditórios musicais e salas de actos.

Apresentação

O “Stilo concitato” por definição representa uma discussão inteligente, que procura

chegar a um consenso de uma ideia ou de um discurso, partindo geralmente de pontos

divergentes. Este estilo, presente em grande parte das sonatas para vários instrumentos, deu

também origem ao Concerto, onde se contrapunham à partida uma ou duas personagens frente

a um “concerto grosso”. Se a este debate adicionarmos instrumentos de diferentes famílias,

mais profunda poderá ser então tal “concertação”.

As obras escolhidas são de influência Ibérica, embora nem todas escritas “in loquo”.

Grande parte das obras deste programa leva-nos até Nápoles, que desde o séc. XVI até ao

primeiro quarto do séc. XVIII esteve sob o domínio da coroa Espanhola, e por onde passaram

compositores que mais tarde foram importantíssimos no panorama musical ibérico como

Alessandro Scarlatti.

Contudo, num programa deste tipo, não quisemos omitir o papel de um dos

compositores mais influentes da sua época, e que mais trabalhou na junção de instrumentos de

diversos estilos e diversas sonoridades, como é o caso do compositor alemão Telemann. Desta

forma, poderemos também transmitir uma visão mais global deste estilo e contextualizá-lo

melhor com o que se realizava por toda a Europa.

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Obras de Concerto

Francisco José de Castro – ¿? – 1708 - Trattenimenti armonici da Camera (Espanha)

Domenico Sarri – 1679 – 1744 – Concerto XI – Manuscrito de Nápoles de 1725

Francesco Mancini – 1672 – 1737 – Concerto X – Manuscrito de Nápoles de 1725

Alessando Scarlatti – 1660 – 1725 – Concerto IX – Manuscrito de Nápoles de 1725

Georg Philipp Telemann – 1681 – 1767 – Concertos para flauta doce, cordas e

contínuo TWV 51 – C1, F1 e 43:g 3,

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Poder-se-ão igualmente incluir outras obras não referidas, assim como focar o concerto

em menos compositores ou em zonas geográficas definidas.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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La Recréation de Musique Française

Obras de Rébel, Leclair, Laguerre, Francoeur e Couperin

Músicos: Dois violinos, violoncelo / Viola da Gamba e cravo

Duração: Programa de aproximadamente 70’ com intervalo

Público-alvo: Repertório dirigido a um público um pouco conhecedor da música

camerística, e que se sinta capacitado ou curioso de conhecer as particularidades

especificidades da música de “Le goût Français”.

É um programa com o potencial de ilustrar diversos estilos, como a música de dança,

música de câmara, música de câmara extremamente refinada composta directamente para

satisfazer o Rei Sol, e também música operística; sempre observando as influencias da

tradição francesa e da escola italiana.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, e também

auditórios musicais e salas de actos.

Apresentação

No panorama musical Francês de princípios do séc. XVIII existe uma geração de

músicos de enorme qualidade, considerados como estandartes da escola ou estilo Francês.

Referimo-nos a compositores tão conhecidos como François Couperin, que trabalhou para o

“Rei Sol” e de outros menos conhecidos mas igualmente interessantes como La Guerre, Rebel,

a familia Francoeur, Leclair entre outros. Todos estes compositores encarnam perfeitamente o

gosto e o estilo Francês deste período, tendo muitos denominadores comuns, mas que de todas

as formas foram influenciados de certa forma pelo estilo italiano. O repertório destes primeiros

sonatistas franceses apesar de estar unificado estilisticamente, é ao mesmo tempo bastante

abrangente como para oferecer certas excentricidades (ainda que sempre dentro de uma

moderação) e muitas citações mais próprias das sonatas italianas, características essas reunidas

na escola Corelliana. Ainda que conscientes da grande diferença (e rivalidade) entre as escolas

francesa e italiana, exemplos como Les goûts réunis de François Couperin mostram-nos a

mútua influência na composição e, porque não, na interpretação.

É uma música que promete ser fiel à sua nação e tradição, mas que por sua vez resulta

eclética devida a influências estrangeiras, pois o vento não tem fronteiras... Trata-se de um

repertório muitíssimo refinado que por um lado é artificial, e por outro lado é meigo e simples.

Uma música difícil de descrever, pois está impregnada de muitos sentimentos e pode chegar a

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ser triste e alegre ao mesmo tempo, melancólica e sonhadora, sem dúvida um dos repertórios

mais interessantes do séc. XVIII.

Obras de Concerto

Jean-Ferry Rebel – 1666 - 1747 – Recueil de 12 sonaes à II et III parties – 1712 (Paris)

François Francoeur – 1698 – 1787 – Première et Deuxième livre de sonates pour le

violon – 1720 (Paris)

Elizabeth Jacquet de la Guerre – 1665 – 1729 – Quatre trio sonatas por les violons et le

viola da gamba et continuo (Paris)

François Couperin – 1668 – 1733 – Le Parnasse, o L’apothéose de Corelli, grande

sonade en trio, Concert instrumental sous le titre d’Apothéose composé à la mémoire

immortelle de l’incomparable Monsieur de Lully, Les nations - sonades et suites de simphonies

en trio - La Françoise (La pucelle); L’Espagnole (La visionnaire); L’impériale; La

Piemontoise [L’astrée], La Superbe, La Sultane et la Steinquerque. (Paris)

Jean-Marie Leclair - 1697 – 1764 – Sonatas en trios op.4 de 1731, Les Recréation de

Musique de 1736 e 1737 (op.6 y 8), e as aberturas e sonatas em trio operísticas do op. 13 e 14

(Paris)

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Serão tomados em consideração aspectos como: variedade de géneros, cronológico,

influências italiana / operística / camarística / religiosa e tonalidades.

� Poder-se-ão igualmente incluir outras obras não referidas, assim como focar o concerto

em menos compositores ou em zonas geográficas definidas.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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Boccherini e a nova música de câmara

Obras de Totti e Boccherini

Músicos: Dois violinos, viola, violoncelo e guitarra espanhola

Duração: Programa de aproximadamente 70’ com intervalo.

Público-alvo: Este concerto destina-se a todo um auditório interessado no repertório do

final do período barroco e início do clássico, tendo a música de câmara mais intimista um lugar

de destaque, com obras de estilos variados, e de uma instrumentação delicada, onde o “bon

gout” prevalece sobre as emoções mais expansivas do barroco instrumental.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, e também

auditórios musicais, salas de actos e salas de bailes.

Apresentação

Pouco a pouco, também as influências ibéricas deram o seu contributo ao novo estilo

de câmara clássico, standartizado por Haydn, e essas influências são evidentes quando as

observamos através de Luigi Boccherini, Italiano, natural de Lucca que a partir do ano de

1768 se “naturalizou” como espanhol, e construiu parte da sua carreira como intérprete e

compositor de câmara. A fama das suas qualidades (para não falar da sua qualidade) deve-se

também à inovação que estas representaram na sua época. Certo era que o novo estilo

“quarteto” começava já a ser utilizado, mas ainda sem uma estrutura definida. Quarteto,

Sinfonía ou Divertimento, assim lhe chamavam.

Assim, com um estilo ainda pouco definido, Boccherini experimentou com outras

formações e outros instrumentos, e praticou todo um novo estilo de música de câmara sem

contínuo. Experimentou com formações de trio, quarteto e quinteto, com instrumentos de arco,

guitarra e pianoforte.

Interpretamos também um quarteto cordas de Totti, compositor italiano ao serviço da

Corte Portuguesa, e que foi professor dos filhos de D. João VI.

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Obras de Concerto

José Totti – Quarteto de cordas em Ré maior

Luigi Boccherini – 1743 – 1805 – Trios op.14 (violino, viola e violoncelo), 6 quintetos

para guitarra (guitarra, dois violinos, viola e violoncelo), e quartetos op. 6 e op. 9 (dois

violinos, guitarra e violoncelo)

� O programa poderá também ser reduzido à produção musical de Boccherini, e

reduzindo um ciclo de obras, trios, quartetos ou quintetos.

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Poder-se-ão igualmente incluir obras de outros compositores não referidos, justapondo a

obra de Boccherini com outras obras compostas contemporaneamente na Europa.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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Johann Heinrich Roman – O Haendel Sueco nos 250

anos da sua morte

Obras de Roman, Handel, Corelli e Geminiani.

Músicos: Dois violinos, violoncelo e cravo.

Duração: Programa de aproximadamente 70’ com intervalo.

Público-alvo: Este repertório é dirigido a um auditório conhecedor da música

camarística, e que se encontre capacitado ou curioso de conhecer as particularidades de cada

região e o desenvolvimento de um estilo específico. Também destinado a um público que

procure repertórios que raramente se interpretam, e que pela sua qualidade, merecem um

ênfase particular. Aproveitamos também o aniversário dos 250 anos da morte de Roman para

difundir a sua grandíssima produção e mostrar as influências da nova escola inglesa no seu

gosto e na sua produção musical, e que rapidamente se difundiu pelos Países Baixos.

Espaços propícios: Espaços históricos como igrejas, palácios, castelos, e também

auditórios musicais e salas de actos.

Apresentação

Johann Helmich Roman nasceu em Estocolmo em 1694 e destacou-se como

compositor, violinista e oboísta. Com vinte anos viajou para Inglaterra, onde estudou durante 6

anos, desenvolvendo-se como compositor e instrumentista. Durante este tempo teve a

possibilidade de contactar com músicos como Ariosti, Bononcini, Geminiani e Händel, que o

influenciaram directamente no seu gosto e na sua escrita musical. Durante este tempo forma-lhe

também apresentadas as estéticas musicais italianas e alemãs, e que poço a pouco se forma

integrando na sua personalidade musical, e que são evidentes na sua ampla produção.

Ao regressar à Suécia, é nomeado mestre de orquestra da corte, e é desta que forma que

transmite as suas experiências musicais em Inglaterra. É frequentemente conhecido como o

Handel Sueco, como reflexo não só do seu talento como compositor, mas também da sua

importância para a sociedade musical dos Países Baixos.

Assim, propomos um concerto que vise a sua obra como seguimento de uma estética

internacional que o terá influenciado, a Escola Corelliana e a de Handel. Recordando a data da

sua morte – 20 de Novembro de 1758 – propomos este programa como homenagem ao

compositor no ano em que se celebram os 250 anos da sua morte.

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Obras de Concerto

Johan Helmich Roman – 1694 – 1759 – 13 Trio sonatas (Suécia)

Georg Friederich Handel – 1685 – 1759 – Trio sonatas op. 2 e op. 5 (Inglaterra)

Arcangelo Corelli – 1653 – 1713 – Sonatas da Camera e da Chiesa op. 1 a op.4 (Itália)

Francesco Geminiani – 1687 – 1762 – Sonatas a três partes de 1742, trio sonatas

“after” opus 1 de Corelli - (Itália - Inglaterra)

� O programa poderá também ser reduzido à produção musical de Roman, incluindo uma

amostra dos seus estilos, como os Assaggi para violino solo, as sonatas para cravo solo

e as sonatas para violino e contínuo.

� Este alinhamento de programa é uma proposta dentro das nossas obras de catálogo, e

que poderemos incluir no programa. O programa poderá ser decidido com o promotor,

de acordo com os seus objectivos e intenções.

� Serão tomados em consideração aspectos como: variedade de géneros, cronológico,

influências italiana / operística / camarística / religiosa e tonalidades.

� Poder-se-ão igualmente incluir obras de outros compositores não referidos, assim como

centrar a incidência do concerto em Roman e Geminini ou Handel.

� As notas de programa serão da nossa responsabilidade, incidindo em aspectos de

contextualização histórica, desenvolvimento do género, biografias de compositores e

particularidades das obras interpretadas.

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Apresentações comentadas

Como complemento do concerto, são preparadas apresentações comentadas realizadas

com o objectivo de aproximar o público a diversos temas da práxis interpretativa – organología,

contexto histórico, estilos e géneros musicais, etc. As sessões serão relacionadas com a

temática do concerto, e realizar-se-ão em sessões de aproximadamente 60 minutos, realizadas

até duas horas antes deste.

Propõem-se duas modalidades diferentes a escolher entre Ensaio Aberto e Sessão

didáctica e comentada.

Ensaio aberto

� Realizado no local do concerto, serão ensaiadas algumas das obras mais tarde

executadas em concerto. Ao público, explicar-se-á de uma forma prática as intenções

dos músicos e os recursos utilizados na interpretação, para que este possa adquirir

conhecimentos que lhe permitam avaliar este e outros concertos.

� Introduzem-se e comentam-se questões musicais como afinação, tempi, conjunto,

diálogo, acústica, e forma e mensagem da obra.

� Apresentam-se os instrumentos históricos

� Perguntas e respostas

� Sessão adaptada e adequada a todas as idades.

Sessão didáctica e comentada

� Apresentação dos instrumentos e do programa que se executará em concerto.

� Comentários às obras e contextualização histórica.

� Introdução à prática com instrumentos históricos.

� Sessão dirigida ao tipo de público, de acordo com o grupo etário, de educação e

conhecimentos.

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Currículos

Nuno Mendes

Nuno Mendes, nascido em Lisboa em 1983, iniciou o seu percurso musical aos 5 anos com

a actividade coral, actividade que o tem vindo a acompanhar continuamente. Aos oito anos,

inicia o estudo do Violino com o Professor Nicolay Lalov na Academia de Música da Costa do

Estoril, instituição que lhe proporcionou várias apresentações públicas como solista em

variadas salas do país. Aos 11 anos foi finalista do Prémio Jovens Músicos da Juventude

Musical Portuguesa. Nesse mesmo ano, ingressa na classe da professora Inês Barata nos

Cursos de Música do Centro Cultural de Almada, e em 1998 na Escola Profissional de Música

de Almada (EPMA) sob a orientação da mesma professora. Participa em várias masterclasses

orientadas por professores como Zakhar Bron, Gerardo Ribeiro e Ernest Shougot, e em

variados cursos de música de Câmara Contemporânea e Estágios de Orquestra. Em 2000 obtém

o segundo lugar no Concurso Tomás Borba. Nos anos lectivos de 2001-2003 foi professor de

violino no Conservatório Luís António Maldonado Rodrigues em Torres Vedras.

Desde o ano de 2002, que dedica a sua atenção exclusivamente à interpretação da Música

Antiga em instrumentos históricos, tendo iniciado com o Professor Marc Destrubé nos Cursos

de Música Antiga na Casa de Mateus, em que tem participado anualmente e trabalhando com

nomes como Paolo Pandolfo, Jacques Ogg, Lorenzo Copolla, Marc van Egmond, Peter van

Heyghen, Ricardo Kanji, Alberto Grazzi, Paolo Grazzi, entre outros. Trabalhou também com

Chiara Banchini, Enrico Onofri, Gilles Colliard e Richard Gwilt no âmbito de cursos de

aperfeiçoamento.

Em 2003, integra desde a sua criação, a Orquestra Barroca residente no Centro Cultural de

Belém - Divino Sospiro - criada pelo violetista Massimo Mazzeo e actualmente dirigida por

Enrico Onofri. Com esta orquestra tem actuado em inúmeros concertos em Portugal, Itália,

França, Espanha e Japão, com músicos como Amandine Beyer, Rinaldo Alessandrini, Katia e

Marielle Lábecque, Chiara Banchini, Christina Pluhar, Alfredo Bernardinni, Gaetano Nasillo,

Cristophe Coin entre outros. Paralelamente, tem-se apresentado como freelancer com outros

agrupamentos orquestrais e de Câmara em Portugal e Espanha como El Concierto Español ou

Os Músicos do Tejo, e com os grupos de câmara que dirige.

Desde 2003 estuda com Emílio Moreno, tendo ingressado em 2004 na Escola Superior de

Música da Catalunya (ESMUC).

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Joan Cervera

Nascido em Benaguasil (Valência), inicia os seus estudos musicais no Conservatório

Profesional de Valência com Miguel Ángel Gorrea, recebendo o título de professor na

especialidade de violino como “Prémio de Honor”. Continua os seus estudos no Conservatório

Superior de Castellón con Anabel García, obtendo o título de Professor Superior de Música.

Posteriormente entra no Conservatório Superior de Roterdão (Holanda) e estuda com Andras

Cifra, e obtém o diploma de formação “Propodeuse”. Seguidamente desloca-se a França onde

estuda cultura musical e violino barroco com Catherine Girard, no Conservatório Municipal de

Paris, e recebe aulas de violino com Micheline Lefevre em Bordéus. De seguida entra na

Escola Superior de Catalunya (ESMUC) onde actualmente cursa a especialidade de violino

barroco com Emilio Moreno, e recebe aulas de professores como Beatrice Martin, Andrew

Ackermann, Xavier Diaz, etc.

Complementa a sua formação de violino clássico e barroco com numerosos cursos de

aperfeiçoamento musical e especialização como o Curso Internacional de “La Caixa” com Hiro

Kurosaki e Conrado Bolsi, o “Aula de Música” e a Universidad de Alcalá de Henares, com

Jaap Schröederm Curso Internacional de Música de Segorbe, e outros cursos internacionais em

Cullera com Joaquim Palomares, em Montserrat com Vasko Vassile, etc.

Participou em orquestras sinfónicas como a de Valéncia, a Orquestra do Auditorio de

Torrent, a Joven Orquestra de La Comunidad Valenciana e La Rótterdam Youth Orchestra

sobre a direcção de Valery Gergiev nos países baixos. Em relação a orquestras com critérios

históricos, colaborou com o departamento de música de Boulogne-Billiancourt (França)

actuando em sítios emblemáticos como o Castelo de Versailles, com a associação “Les Gouts

Reunis” de Nanterre, o grupo Opalescentes de Paris, a Orquestra Clássica de Catalunya...

Também colaborou em projectos musicais de outra índole como por exemplo a música

e poesia com a orquestra de Sedajazz em Sedaví.

Actualmente complementa os seus estudos de especialização com a docência da música

em regime geral secundária e como professor de violino.

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Marion Peyrol

Natural de Grenoble (França), começou o estudo do violoncelo aos 5 anos no

Conservatorio Nacional de Región de Grenoble e seguidamente no Conservatório de Chambéry

donde obtém aos 15 anos o Diploma de Estudos Musicais (DEM) que inclui a “médaille d’or”

de violoncelo e também de música de câmara. Continua os seus estudos no Conservatório

Nacional de Región de Paris, no ciclo profissional, na classe de música de câmara de Paul

Meyer e Eric le Sage. Em 2001 entra no Conservatório de Rótterdam (Países Baixos) na classe

de violoncelo de Herre Jan Stegenga donde obtém o diploma de estudos superiores (1ª fase) na

especialidade de violoncelo e certificado de professor, e dois anos mais tarde uma pós-

graduação (2ª fase) em especialidade de música de câmara.

Em Paris continuou a sua formação no Conservatório Municipal, em canto y violoncelo

barroco com Philippe Foulon, e em Barcelona na ESMUC, em Formação contínua de

violoncelo histórico com Bruno Cocset.

Á parte dos estudos académicos foi aluna de Paul Boufil, Nicolás Hartman, Marie-

Paule Milone… e realizou masterclasses com Steven Isserlis, Lluis Claret, Roland Pidoux,

Etienne Péclard, François Guye, Jaap ter Linden…

Ganhou diversos concursos: 1º prémio de violoncelo no “Lion’s Club”, 1º prémio do

concurso de violoncelo “Léopold Bellan”, 1º prémio do “Concours du Royaume de la musique

en trio” (Radio France).

Actuou como solista com a Orquestra Sinfónica de Rótterdam, e em numerosos

concertos de música de câmara em França, Países Bajos, Alemanha, Bélgica, Suiça, etc,

Realizou uma tournée pela Bélgica e Países Baixos interpretando Pierrot Lunaire de

Schönberg.

Quanto a experiência de orquestra, participou com a Orquestra Filarmónica dos Países

Bajos em produções operísticas como a Flauta Mágica de Mozart com a Orquestra de Câmara

dos Países Baixos, com a Rótterdam Youth Orchestra sobre a batuta de Valery Gergiev entre

outros, com a orquestra “Lamoureux” de Paris, “Ensemble Orchestral du Centre”. Realizado

tournées europeias com a orquestra de câmara “Les musicians da Prée”, e a Orquesta do

Mediterrânico.

No campo da interpretação histórica, colaborou em concertos com o departamento de

música antiga da Escola Superior de Música de Catalunya (ESMUC), a associação “Les Goûts

Réunis” de Nanterre, o grupo “Opalescentes” de Paris, a “Orquestra Catalunya Clàssica”, etc.

Tem combinado a interpretação com o trabalho pedagógico, ensinando violoncelo em

escolas na Holanda, França e Barcelona.

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Mário Carreira

Mário Carreira nasceu em Lisboa em 1962. É Licenciado em Música pela Universidade

de Évora, para além de ter estudado no Conservatório Nacional com Manuel Morais e no

Conservatoire National de Caen (França), com Louis-Marie Feuillet; foi discípulo do eminente

pedagogo Macário Santiago Kastner e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian; realizou

cursos de aperfeiçoamento com Alberto Ponce, Hopkinson Smith, Jakob Lindberg e música de

câmara com Marc Destrubé e o agrupamento L’Archibudelli de quem recebeu os maiores

elogios. Realizou conferências com o musicólogo americano Thomas Heck: “A guitarrist’s life

in old Vienna: Mauro Giuliani [1781-1829]; no Conservatório de Música do Porto

(Schubert/Bicentenário do nascimento do compositor); “A guitarra na época clássica e do

primeiro romantismo, c.1770-1840: A obra de Sor, Giuliani e seus contemporâneos”

Porto/Seminário, Dez.2006; na Universidade de Évora, “Da execução com a polpa na viola

francesa” in Actas do Simpósio Internacional, Estar edit. Lisboa 2002.

É colaborador da Editora Tecla Editions, casa fundada em Londres por Dr. Brian

Jeffery e para a qual realizou trabalhos de revisão de partituras de autores clássicos (Molino,

Giuliani, F. de Fossa, Schubert). Gravou para a RDP, RTP e Radio New-Zealand (2001), Rádio

France e France-Musiques. Assim como um CD livre distribuído pela Tecla Editions com o

Trio D’Amore (flauta, violeta/viola d’amore, viola francesa), com o qual tem realizado recitais

em Portugal.

Como autor escreveu para a obra colectiva Guitarra Portuguesa/Actas do Simpósio

Internacional, Évora, Estar Editora, 2002; Matiegka, sonata for guitar solo, Tecla Editions,

2004 www.hebeonline.com bem como a sua colaboração ao artigo “guitarra” na obra de Luís

Henrique, Acústica Musical, F. C. Gulbenkian, Lisboa 2002. Desde 1990 especializou-se no

reportório clássico e romântico em instrumentos de época (viola francesa) tendo realizado

concertos em Portugal, França, Espanha, Suíça e Nova-Zelândia, bem como uma master-class

para a Universidade de Auckland (The Beauty of the romantic guitar/Abril 2001). Tem

acompanhado numerosos cantores designadamente Sílvia Correia Mateus, Cecília Fontes,

Rosário Ferreira e Rui Taveira, em recitais de Lied (Schubert, Mozart, Beethoven).

Desde 2005 é membro da Orquestra Barroca Divino Sospiro, sobre a direcção de Enrico

Onofri tendo-se apresentado em numerosos concertos realizados em Portugal e no estrangeiro.

Realizou 2 concertos em Outubro de 2007 com a Orquestra Barroca de Auckland.

Leccionou nos conservatórios de Funchal, Aveiro, Viseu, Águeda, Escola de Música do

Porto, e desde 1987 é professor do quadro de nomeação definitiva no Conservatório de Musica

do Porto e presentemente trabalha num projecto de Doutoramento em Música.

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Elsa Santos

Elsa Santos, cravista portuguesa, iniciou os seus estudos musicais passando primeiro

pelo piano com a Prof.Maria Luisa Bruto da Costa e transitando aos 13 anos para o cravo, onde

ingressou na classe de cravo da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.

Licenciada em Cravo pela ESMAE, no Porto, sob a orientação da Prof. Ana Mafalda

Castro e posgraduação em Pianoforte pela ESMUC, em Barcelona, com Arthur

Schoonderwoerd. Actualmente prossegue os seus estudos no Cravo com Siebe Henstra, no

Conservatório de Música de Utrecht, na Holanda.

Aperfeiçoou os seus estudos com diversas personalidades nacionais e internacionais, e

em diversos cursos importantes no panorama musical actual, destacando-se, o trabalho

realizado em:

- Cravo com Jacques Ogg, Rinaldo Alessandrini, Ketil Haugsand, Wilton Wyoninsky,

Pascal Dubreil, Bob van Asperen, Ewald Demeyere, entre outros.

- Música Câmara com Pedro Couto Soares, Wilbert Hazelzet, Paolo Pandolfo, Max

von Egdmond, Rainer Ziperling, Ku Ebinger, Peter Hostlag, Emilio Moreno, Amandine Beyer,

Lorenzo Coppola, Jill Feldman, Ricardo Kanji, Richard Gwilt, Peter van Heyghen, Marcel

Beekman, entre outros

Elsa Santos leccionou diversos anos e igualmente trabalhou como correpetidora,

colaborando com distintas orquestras e grupos de Música de Câmara, assim como em diversos

cursos de aperfeiçoamento, destacando-se o curso de oboé por Alfredo Bernardini e de violino

barroco por Enrico Onofri, ambos ministrados no CCB em Lisboa.

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Contacto

Para mais informações, propostas e orçamentos, agradecemos que utilizem os seguintes

contactos:

Tel: 00351 914 544 807 Cláudia Barreiro

Promotora do Ensemble Aliseos

0034 600 523 806 – Nuno Mendes

[email protected]

[email protected] [email protected]

Página web: http://aliseos.wordpress.com