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Jornal do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante - SINDMAR - janeiro/2002 JORNAL PADRONIZADO DAS ENTIDADES FILIADAS À CONTTMAF - ANO III - N º 10 Barcas S/A: Irregularidades vêm à tona Petrobras cria novas regras para terceirização Brasil na força-tarefa da ITF Todo apoio à Unicidade Sindical

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Jornal do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante - SINDMAR - janeiro/2002

JORNAL PADRONIZADO DAS ENTIDADES FILIADAS À CONTTMAF - ANO III - Nº 10

Barcas S/A:Irregularidadesvêm à tona

Petrobras crianovas regras paraterceirização

Brasil naforça-tarefada ITF

Todoapoio àUnicidadeSindical

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Ao lado, um resumo dasnotícias que dizem respeito ànossa categoria publicadas naimprensa.

Editorial

2002 - O ano do desafioUnicidade versus Pluralidade, Liberdade versus

Peleguismo e Eleições versus Alienação

C omo navegantes experientes, olhamos a nossa proatentando antever o que está além da linha do hori-zonte, para nos prepararmos adequadamente para

os possíveis desafios a nossa frente. O horizonte do ano de2002 nos dá claros sinais de ventos fortes à frente.O avançoneo-liberal na destruição das atuais relações de trabalho paracondições precárias é uma cantilena borrecida para muitostrabalhadores, até que a desgraça bata-lhe à porta. Pois, sai-bam todos, que ela já começou a bater, muito embora al-guns ainda não tenham ouvido. O Governo, com ajuda deparlamentares fisiológicos e lideranças sindicais pelegas,conseguiu aprovar na Câmara o projeto de lei no. 5.843/01,que possibilita os Sindicatos assinarem acordos abaixo doque a legislação trabalhista permite e prepara-se para aprová-lo também no Senado.

Em tese, os trabalhadores que possuem sindicatos sériose compromissados com a defesa dos interesses de seus repre-sentados, não teriam o que temer. Pena que a realidade sejaoutra e existam muitos que fazem do sindicalismo um negó-cio. Negociam qualquer coisa por uma verba do FAT ou mes-mo do empregador ou ainda vão buscar nas cooperativas detrabalho o lucro fácil e farto de quem negocia direitos traba-lhistas. Para aqueles que jamais negociariam direitos a trocode dinheiro, o governo prepara mais uma vez nova investidapara acabar com a Unicidade Sindical. No entendimento dogoverno, se a categoria não tem um sindicato que venda di-reitos trabalhistas, ele deve possibilitar a formação de tantosquantos queiram surgir com este objetivo. Quer possibilitar acriação de mais de um sindicato por categoria.

Triste é saber que companheiros combativos, em nomeda Liberdade, podem comprar gato por lebre. Os opositoresda Unicidade Sindical costumam referir-se a este peculiaraspecto da organização sindical brasileira como se ela fosseincompatível com a liberdade sindical. Como se a Unicidadefosse uma imposição de regime autoritário e não a decisãodemocrática e legítima da vontade da maioria esmagadorados trabalhadores e seus representantes, durante os debatesque culminaram com a Constituição de 88 – a ConstituiçãoCidadã, como bem gostava de a ela se referir um dos seusprincipais articuladores e defensores, Dr. Ulisses Guimarães.

Por conta disto, em nosso país a luta em defesa daUnicidade Sindical implica em esforço pela não ratificaçãoda Convenção 87 da OIT. O que tem a Unicidade de impor-tante para o fortalecimento da organização sindical brasileira,tem a Convenção 87 de desnecessária. Pior. Esta última, sobo argumento de uma pretensa liberdade ampla, geral e irrestrita,decorrente de interpretações tendenciosas de seu texto, está

sendo utilizada com má fé por aqueles que pretendem destruira Unicidade. Registre-se que a atual Constituição do Brasilnos dá muito mais garantias e direitos do que a mencionadaConvenção. Sua ratificação pode, e certamente será, justifica-tiva para alterar o texto constitucional, em prejuízo dos traba-lhadores.

O Brasil já possui liberdade sindical e ninguém é obrigadoa sindicalizar-se ou deixar de sê-lo. Mas, o que tem em co-mum estes aspectos, além da menção à liberdade? Regras!Não se concebe liberdade sem regras. A regra da unicidadeem nossa liberdade sindical é o mais importante pilar em quese sustenta a organização sindical brasileira. Ela é avançada àmedida que impede a prática, tão comum do capital, de dividirpara impor seus interesses. É a unicidade que faz dosindicalismo brasileiro um dos mais pujantes do mundo. Umsindicalismo que, com todo o peleguismo que já existiu e queexiste, não conseguiu destruir.

Defendamos, portanto, a Unicidade Sindical e a ratifica-ção da Convenção 87, para quem dela precisa. Nós não preci-samos. A histórica participação do movimento sindical brasi-leiro nas grandes lutas sociais nos dá a razão e a determinaçãopara defender a Unicidade e repudiar a ratificação da Con-venção 87, pelo Brasil.

Mas, não nos basta saber os perigos à nossa frente. É im-prescindível saber vencê-los e se possível evitá-los. Temos rei-teradas vezes alertado os nossos companheiros para o funda-mental papel do trabalhador como eficiente ELEITOR, vo-tando consciente e corretamente em candidatos que não sejamseus algozes depois que recebem seus mandatos. Para enfatizareste fato estamos lançando a partir deste número, na contracapa, um exemplo do que ocorre quando se vota mal. Mas e oque fazer para evitarmos a proliferação de políticos que su-gam nosso sangue, força e que para alguns chegam mesmo aretirar a esperança de dias melhores? A receita é simples: con-sulte sempre o seu Sindicato antes de votar, procurando in-formações sobre seu candidato ou sobre outras candidaturas.

Em 2002, estaremos elegendo e renovando os mandatospara deputados, 2/3 do Senado, além de Governadores e Pre-sidente da República. Você ainda acha que não tem nada a vercom isto? Valorize o seu voto e contribua para acabar com omal pela raiz!

Um feliz e produtivo Ano Novo para todos os compa-nheiros, com a máquina toda força adiante e uma navega-ção segura.

* Severino Almeida Filho é Presidente do Sindicato Nacionaldos Oficiais da Marinha Mercante e da CONTTMAF

Severino Almeida Filho*

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Jornal UNIFICARAv. Presidente Vargas 309 / 15º andar

Candelária - Rio de Janeiro - RJCEP: 20040-010Tel.: (21) 2518-2164 / Fax: (21) 2253-4524Email: [email protected]ção: Assessoria de Imprensa do SINDMAR

Jornalista Responsável: Viviane Gonçalves DiasReg. Prof.: 22580Diagramação: Márcia Azen

O SINDMAR tem 700 bons motivos para recebersua visita. Este é o número de livros à disposiçãodos associados em nossa biblioteca. São 500 tí-tulos de literatura geral e 200técnicos.A biblioteca é coordenada peloDepartamento dos Aposentado,que administra os empréstimos,de segunda à sexta-feira, a par-tir das 14h.Não perca tempo! Faça-nosuma visita!

Atenção, associado!Solicite seu número daedição especial da revistaDebate Sindical.Responsável: Diretor Secretáriodo SINDMAR, Odilon BragaPor carta: Av. PresidenteVargas, 309/15º Centro-RJ CEP 20040-010Por e-mail: [email protected] fax: (21) 2253-4524

Sumário

Editorial

CLT

OITReunião emGenebra discutea consilidaçãodas convençõesmarítimas

ITFBrasil participada força-tarefada ITF emLondres

SINDMAR e Petrobras

Se você quiser consultar aassessoria jurídica doSINDMAR sobre processostrabalhistas ou tirar dúvidassobre Previdência, envieum e-mail [email protected] oufax (21) 2253-4524.

Cadastre seu e-mail no site do Sindicato.Através dele você receberá com mais rapidez,pela Internet, informações sobre a defesa deseus direitos de trabalhador.www.sindmar.org.br

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14 SINDMAR negocia novoacordo coletivo de trabalho

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20 Denúncia:O caso Barcas S/A

Vale a pena ler de novo

Convênios

Tábua das Marés

Galeria Maldita

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Cerimônia noSenado Federalmarca o lançamentodo Movimento emDefesa da UnicidadeSindical

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SINDMAR

OSINDMAR visita polícia marítima

Porto do Rio de Janeiro estámais seguro. A garantia é dochefe do Núcleo Especial de

Polícia Marítima (Nepom) do Rio,Ricardo Dottori Gaspar, um delegado daPolícia Federal que declara ter consegui-do retirar o porto da lista negra da Orga-nização Marítima Internacional. “A gen-te sabe que ainda não é o ideal e que afiscalização tem fragilidades, masestamos investindo na resolução de todosos problemas estruturais que enfrenta-mos”, afirmou o representante setorial doconvênio entre a Marinha do Brasil e oMinistério da Justiça que deu origem aoNepom. A média de assaltos no porto doRio, na década passada, era de três a qua-tro ocorrências por mês. No entanto, des-de a criação do Nepom, em abril de 1999,a realidade mudou. “Nos últimos doisanos não foram registrados assaltos”, co-memora o delegado.

As melhorias começaram pelo Rio por-que a maior parte das instalações da Mari-nha do Brasil - que coordena os cursos deformação e treinamento de pessoal - ficano estado. Mas os passos do Nepom, cri-ado pelo governo federal para prevenir eimpedir atos ilícitos praticados a bordo nacosta brasileira e fiscalizar o fluxo migra-tório no Brasil, estão ficando mais inten-sos. O Porto de Santos já conta com trêslanchas-patrulha vasculhando o litoral e oNepom no Porto do Rio Grande está emfase de testes. A previsão é de que, até2003, os núcleos sejam criados tambémnos portos de Foz do Iguaçu, Paranaguá,Belém, Itajaí, Amapá e Vitória.

Para alcançar estes resultados e coi-bir a criminalidade no porto do Rio, oNepom investe em inteligência, investi-gação e prevenção. Foram montados ban-cos de dados de suspeitos que tinham fi-cha na polícia ou passagem pelo sistema

prisional, desenvolveram um sistema deestatísticas que leva em conta horários elocais mais suscetíveis e, por fim, foi re-alizado o cadastramento de todas as em-barcações que circulam pela região. Alémdessas medidas, a Polícia Federal criouum serviço de plantão para denúncias queatende 24 horas no telefone (21) 2544-1944. Os marítimos podem ainda se co-municar com a polícia através do canal16 do VHS marítimo ou pela freqüênciainternacional 2182 HS/SSB.

“Investigamos e analisamos todas asdenúncias e estamos à disposição paraqualquer emergência. Precisamos muitodesse contato para realizar nosso traba-lho com eficiência”, afirmou Dottori.

O problema da imigração e do traba-lho estrangeiro irregular também está sen-do combatido com todas as armas dispo-níveis no momento pela Polícia Federal.O Setor de Fiscalização e Trânsito Inter-nacional, que passou a ser denominadoNecom–Porto, incrementou o serviço defiscalização nas visitas aos navios. A re-solução que regula as embarcações estran-geiras, determinando que se um navio fi-car atracado em território brasileiro pormais de 90 dias deverá ter um terço detrabalhadores brasileiros, está sendo cum-prida à risca. Este ano um navio que fa-zia pesquisa sismográfica no país foi mul-tado em R$ 150 mil por descumprir a lei.Os clandestinos também estão sendo vi-giados de perto. Quatro empresas colom-bianas foram autuadas este ano e deze-nas de funcionários foram extraditados.

Transatlânticos ancorados nos portosdo país, atualmente, são prioridade de in-vestigação pelo Nepom. Depois do aten-tado do dia 11 de setembro aos EstadosUnidos, as ameaças de atentados terro-ristas, guerras biológicas e seqüestro de

embarcações estão sendo levadas à sériopela Polícia Federal. “A maior parte des-ses navios são de armadores norte-ame-ricanos e contam com mão-de-obra tam-bém americana. Logo, temos de ficaratentos”, esclareceu o chefe do Nepomdo Rio. A partir de março do próximo ano,quando terminam a alta temporada turís-tica dos transatlânticos, os navios de ma-rinha mercante vão passar a ser o centrodas atenções no Nepom. “Enquanto osfiscais vão avaliar documentação e taxas,outros policiais vão fazer varreduras nointerior das embarcações em busca de ir-regularidades”, disse Dottori.

O Núcleo Especial de Polícia Maríti-ma também aposta todas as fichas na apli-cação de medidas severas para o comba-te ao tráfico de drogas, pirataria e contra-bando. “Mês passado prendemos três tra-ficantes no local de escalação de traba-lhadores no porto do Rio”, revelouDottori. Segundo ele, a dificuldades deinfra-estrutura enfrentadas pelo Nepomestão próximas de uma solução. A cons-trução de um pier de atracação para aslanchas de fiscalização da Polícia Fede-ral está em processo de autorização noIbama e o sistema de abastecimento tam-bém está sendo revisto.

“Para os que estão a bordo ou trabalhamnos portos, a situação tem melhorado mui-to em termos de segurança”, afirmouDottori, que está investindo em maciça di-vulgação dos serviços prestados peloNepom em iates clubes, colônias de pesca-dores e áreas de atracação. “Hoje temoscontato permanente com a comunidademarítima e as autoridades portuárias”, ex-plicou o chefe do Nepom, cujo maior orgu-lho é saber que o Porto do Rio atualmentenão está mais entre os mais perigosos domundo, título que carregou por anos.

Lancha auxiliar de ensino e patrulha

Ricardo Dottori e Odilon Bragana sede do NEPOM

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SINDMAR

Federação promove debate sobreatuação política e sindical

epresentantes do setor aquaviáriode todo o país participaram, en-tre os dias 22 e 24 de novem-

bro, do 2º Encontro de Dirigentes Sindi-cais, no Parque Nacional de Itatiaia, noSul Fluminense, promovido pelaFNTTAA. Aproveitando a tranqüilidadeoferecida pela área de preservaçãoambiental, os participantes discutiramquestões como a fiscalização do trabalhono setor aquaviário, legislação ambientalmarinha e metas da organização sindicalaquaviária. Outros assuntos abordadosforam a inserção dos sindicatos na açãopolítica que está se desenrolando e a im-portância da atividade aquaviária para aeconomia do país. Os dirigentes doSINDMAR Severino Almeida, José Vá-lido e Enilson Pires, estiveram presentesnos debates.

Entre as diversas palestras apresenta-das, destacou-se a do presidente daFNTTAA, Ricardo Ponzi, sobre “A Rea-lidade Nacional”. O diretor do ParqueNacional de Itatiaia, Leo Nascimento, fa-lou dos “Sistemas de ConservaçãoAmbiental” e a deputada federal JandiraFeghali explicou a ação parlamentar e sin-

dical no Congresso Nacional. O secretá-rio regional da ITF-América, AntonioRodriguez Fritz, apresentou palestra so-bre “Projeto de Navegação Interior”. Par-ticipou também do evento o coordena-dor da unidade especial de inspeção dotrabalho portuário e aquaviário, José LuizLinhares e o presidente da CONTTMAFe do SINDMAR, Severino Almeida. Ou-

tro tema abordado no encontro, peloCMG Francis Fixel, foi a lei 9.966 e suaregulamentação, princípios básicos eMARPOL.

Após horas de debates e discussões,os dirigentes do setor aquaviário aprovei-taram o último dia do encontro no ParqueNacional de Itatiaia para sistematizar pla-no de ação para o ano de 2002.

O SINDMAR retomouas negociações com a BOSNavegação, empresa querepresenta no Brasil aFarstad Shipping e aSoltad Shipping. Os enten-dimentos evoluíram para aculminação de assinaturade Acordo Coletivo deTrabalho, ocorrido em 30/11/01 que garante, além deassistência médica eodontológica, uma gratifi-cação para as funções deimediato e subchefe de máquinas. O ACTtem vigência até 31 de janeiro de 2002 eseus efeitos retroagem a 1º de fevereirode 2001. Na assinatura do ACT, na sededa empresa, o SINDMAR foi representa-do pelos diretores Severino Almeida e

Dirigentes sindicais, palestrantes e deputada Jandira Feghali em Itatiaia

SINDMAR fecha acordo com BOS

Jailson Bispo. Pela BOS estiveram pre-sentes o diretor Tobias Cepelowicz e oController, Aristido Reichert.

Jailson Bispo lembrou que, com a assi-natura do acordo, a BOS passa a ter umadas melhores tabelas salariais do setor.

Tobias, Severino e Jailson assinam o Acordo

A força do sindicato está emseus associados. Participe daslutas de sua categoria.

Una-se a seuscompanheiros.

SINDICALIZE-SE !

Mantenha seucadastro atualizado.

A comunicação entreo Sindicato e você éfundamental para a

permanente mobilizaçãode nossa categoria

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F oi lançado noúltimo dia 21o Movimen-

to em Defesa daUnicidade Sindical,marcado por uma ce-rimônia no SenadoFederal, em Brasília.O evento marcou tam-bém o lançamento deuma edição especialda revista Debate Sin-dical inteiramentededicada ao tema.(Ver página 3)

A data da cerimô-nia foi estrategica-mente planejada. Nes-te mesmo dia, o Con-gresso tentou votar o Projeto 5843/2001do Ministro do Trabalho Francisco

Dorneles, que prevêa flexibilização deacordos entre sindi-catos e empregado-res sem respeitar ascondições mínimasestabelecidas pelaCLT. A celebraçãodestacou inúmeros

discursos contra o projeto, que aca-bou aprovado na Câmarados Deputa-dos no dia 4 de dezembro e deverá servotado pelo Senado em janeiro.

Projeto CLT é tema de movimentopela Unicidade Sindical

“A conjunção do projeto do Minis-tro Dorneles, com a quebra da unicidadesindical insistentemente ten-tada pelo Governo, irá possi-bilitar que sindicatos de alu-guel sejam formados, com oapoio disfarçado dos empre-gadores, para celebraremAcordos e Convenções Cole-tivas de Trabalho em prejuí-zo dos trabalhadores e daluta dos Sindicatos, que ver-dadeiramente defendam osinteresses de seus represen-tados”, alertou o o compa-

nheiro SeverinoAlmeida, presi-dente da CONTTMAF,que coordenou os traba-lhos da mesa.

Além da CONTTMAF,estiveram presentes à ce-rimônia a Senadora EmíliaFernandes, as DeputadasFederais Jandira Feghali eVanessa Grazziotin (PCdo B do Amazonas), osDeputados Federais Pau-lo Paim, Aldo Rabelo,

Aldo Arantes, EduardoCampos, Haroldo Lima,Alceu Colares, InácioArruda, entre outros.

As seguintes entida-des enviaram represen-tantes: ConfederaçãoNacional dos Trabalha-dores na Indústria(CNTI), ConfederaçãoNacional dos Trabalha-dores no Comércio(CNTC), ConfederaçãoNacional dos Trabalha-dores em Alimentação(CNTA), ConfederaçãoNacional dos Profissio-nais Liberais (CNPL),Confederação Nacio-

nal dos Trabalhadores em Estabele-cimentos de Ensino (CONTEE),

Confederação Nacional dos Traba-lhadores em Turismo e Hospedagem(CONTRATUH), além das CentraisSindicais CGT, CAT, CGTB e USI emais de 150 federações e sindicatosfiliados.

O pres idente da CUT, JoãoFelício, declarou que a Central nãotem uma posição clara quanto àunicidade sindical, mas certamentenão apóia as propostas de reforma doGoverno.

Dep. Jandira Feghali discursa

Pronunciamento da Sen. Emilia Fernandes

Salim (CGT), Severino (CONTTMAF), Batista (CSC) e João Felicio (CUT)

SINDMAR

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INTERNACIONAL

a semana de 17 a 21 de dezem-bro, em sua sede em Genebra,a Organização Internacional do

Trabalho, OIT, realizou sua primeira reu-nião de trabalho objetivando consolidartodas as Convencões Marítimas em umúnico documento.“É ma boa iniciativa,mas pode terminar em prejuízo para osmarítimos” , afirmou Severino Almeida,que participou como representante daAmérica Latina no Grupo de Trabalho dosMarítimos. Severino, juntamente com osdo Armadores e representantes governa-mentais, compuseram o Grupo de Traba-lho Tripartite de Alto Nível - criado paraelaborar o documento final a ser votadoem plenária específica para assuntos ma-rítimos, que acontecerá em 2005.

Na opinião de Severino, presidente daCONTTMAF e do SINDMAR e “este seráum trabalho longo, difícil e, principalmen-

OIT inicia consolidação das convenções marítimas

OIT quer consolidar as Convenções Marítimas em um único documento

Clóvis Curado,José Linhares eVera Albuquerque:delegaçãobrasileira possuimesma opiniãosobre consolida-ção das conven-ções

te, perigoso, pois dados os primeiros en-tendimentos expostos pelos representan-tes dos Armadores e por diversos repre-sentantes de Estados, em especial Malta,Libéria e Chipre (todos de Bandeira deConveniência), a intenção é de flexibilizardireitos já garantidos pelas atuais Conven-ções, com o argumento da facilitar a am-pliação de suas ratificações”, afirmou.

Certamente, a tarefa não será dasmais fáceis. Preliminarmente, os repre-sentantes governamentais decidiram queas convenções 7, 9, 15, 23, 55, 56, 57,70, 72, 76, 91, 93 e 109 estão ultrapas-sadas para que venham compor o textoconsolidado. Seja porque não obtiveramas ratificações mínimas para que tenhamentrado em vigor, seja porque já faziamparte de outras convenções revisadas.

Na visão do presidente do SINDMAR,a idéia não é correta. “Veja por exemplo

os convenções 72, 76, 91, 93 e 109 quetratam de salários, horas trabalhadas, féri-as e lotação das embarcações. Destas, ape-nas a 91 entrou em vigor em 1967, com24 ratificações. Ela é especifica para asférias remuneradas e veio a ser substituídapela Convenção 146. Mas, mesmo assim,o conjunto destas convenções não pode, apriori, ser descartado. Uma análise críticado Grupo de Trabalho de Alto Nível tor-na-se indispensável, dentro de um proces-so de consolidação de Convênios,” escla-receu Severino.

Em meio a estas águas turbulentas,resta uma boa notícia: a delegação bra-sileira presente no Grupo de Trabalho,composta pelo representante do Gover-no Brasileiro, Clóvis Curado, e os con-sultores, José Linhares e Vera Albu-querque; respectivamente coordenadore membro da Unidade Especial de Fis-calização do Trabalho Marítimo-Por-tuário, tiveram opiniões iguais. Ambosse posicionaram, claramente, declaran-do que o objetivo de consolidar as Con-venções Marítimas não poderia servir deinstrumento para precarizar direitos dostrabalhadores, já assegurado pelas Con-venções atuais. Na visão da delegação,este trabalho deve promover e garantirmaiores e melhores condições de traba-lho a estes mesmos trabalhadores.

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Brasil compõe força-tarefada ITF em Londres

Relação dos Membros do Comitêda Seção dos Marítimos e doGrupo de Cabotagem da ITF

Comitê da Seção de MarítimosMembros do comitê regional africanoPresidente - A. Chande - TanzaniaSeamen’s Union -TANZÂNIAVice-presidente - A. El-Sobaihy - GeneralTrade Union of Maritime Transport - EGITO

Membros do comitê regional Ásia/PacificoPresidente - S. Idemoto - All-JapanSeamen’s Union - JAPÃOVice-presidentes - Dave Morgan - NewZealand Seafarers’ Union - NOVAZELÂNDIAGreg Oca -AMOSUP - FILIPINAS

Membros da Seção de Marítimos da ETFPresidente - Ages Tselentis - Pan-Hellenic Seamen’s Federation - GRÉCIAVice-presidentes - D. Benze -Gewerkschaft OTV - ALEMANHAJacek Cegielki - National Maritime SectionNSZZ “Solidarnosc” - POLÔNIA

Membros do Comitê RegionalInteramericano de MarítimosAmérica do Norte - Jonhn Fay - Seafarers’International Union of North - ESTA-DOS UNIDOSAmérica Latina - Severino AlmeidaFilho - CONTTMAF/FNTTAA/SINDMAR - BRASIL

Representante de MulheresAnn Beth Skrede – Norwgian SeafarersUnion – NORUEGA

GRUPO FORÇA-TAREFA EM CABOTAGEMMichael Fleming - Australian MaritimeOfficers’ Union – AUSTRÁLIASeverino Almeida Filho – CONTTMAF/FNTTAA/SINDMAR – BRASILSimo Zitting – Suomen Merimies-Unionir.y. – FINLÂNDIABrian Orrell – Numast – REINO UNIDOYuji Ijima – All-Japan Seamen’s Union –JAPÃODave Morgan – New Zealand Seafarers’Union – NOVA ZELÂNDIAMaximo Abad - Associated MarineOfficers’ and Seamen’s Union - FILIPINASThamas Tay and Mary Liew - SingaporeMaritime Officers’ Union - SINGAPURAAbdulrahman H. Chande - TanzaniaSeamen’s Union - TANZÂNIADave Heindel - Seafarers’ InternationalUnion – ESTADOS UNIDOSGerald B. Lackey - American MaritimeOfficers - ESTADOS UNIDOS

ITF (Federação Internacionaldos Trabalhadores em Trans-porte) reuniu em sua sede em

Londres, nos últimos dias 13 e 14 de no-vembro, os membros de seu Seafarers’Section Committee (Comitê da Seção deMarítimos) com o objetivo de prepararo grupo para o encontro com a Federa-ção Internacional dos Armadores (ISF -International Shipowners Federation).Os membros do Comitê, eleitos em con-ferências regionais da entidade, discuti-ram a revisão das Convenções Interna-cionais Marítimas da OIT e a políticapara a cabotagem após o advento dosgrandes blocos de integração econômi-ca como Mercosul, UE e Nafta.

A Cabotagem mereceu atenção es-pecial desde o último encontro do co-mitê, realizado em maio último, ocasiãoem que se decidiu pela constituição deum ‘Cabotage Task Force Group’. Ointuito foi o de preparar um documento

inicial de discussão sobre o qual deveráse basear a política da ITF e, conse-qüentemente, de seus filiados no que co-meça a se chamar de “Short SeaShipping”.

“Seria algo como uma grandecabotagem, envolvendo os países de ummesmo bloco econômico”, resumiuSeverino Almeida, presidente daCONTTMAF, que participou de todasas reuniões. “Mas nós somos defenso-res intransigentes da exclusividade dabandeira do país em que se dá o tráfegode mercadorias dentro de seus própriosportos, ainda que nos países-membrosde blocos econômicos. Em nosso enten-dimento, toda a política da ITF em rela-ção a cabotagem deve contemplar estaexclusividade, mesmo que contrarie in-teresses econômicos de alguns de seusfiliados”, explicou.

Não houve um consenso sobre o as-sunto. Representantes de sindicatos de-

fenderam posições diver-sificadas, incluindo a aberturada cabotagem para qualquerbandeira, desde que os naviosnão fossem sub-standards.

“Até que a ITF se definasobre esta questão, outros de-bates vão acontecer. Não creioque cheguemos a uma conclu-são até o próximo Congresso daentidade, em agosto de 2002.Mais do que princípios, estãoem jogo grandes interesses”, fi-nalizou Severino.

Comitê reunido

Sede da ITF em Londres

INTERNACIONAL

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INTERNACIONAL

s duas maiores e centenárias instituições representan-tes de trabalhadores em transporte a ITF – InternationalTransport Workers Federation e a Federação Interna-

cional de Armadores (ISF- International Shipping Federation)têm nos dias atuais duas grandes divergências. A primeira dizrespeito ao encaminhamento de forma consensual da questãodo combate aos navios “sub-standards”. Estes estão especial-mente registrados nas chamadas Bandeiras de Conveniência,largamente utilizadas pelos armadores de diversos países,notadamente para a navegação de longo curso. A Representa-ção Internacional da Armação não pode, sob qualquer ponto devista, defender os navios “sub-standards”, mas, por outro lado,fica procurando escudos para não reconhecê-los. De todas asBandeiras a que mais registra este tipo indesejável de navio é aLibéria, mas a ISF nada faz de prático para combatê-la.

A segunda grande divergência é a interpretação da remunera-ção final do marinheiro (able seaman), considerado como a cate-goria referência para o chamado salário mínimo marítimo, esta-belecido pela Comissão Marítima Paritária da Organização In-ternacional do Trabalho (JMC/ILO), onde marítimos, armadorese governos participam em comissão tripartite. O atual saláriomínimo, aprovado pela JMC/ILO, é de 450 dólares, que, segun-do a interpretação da ITF, considerando as convenções maríti-mas da OIT, se referem às horas semanais máximas trabalhadas.O adicional referente a horas extras e o descanso remuneradopara gozo após o desembarque, de acordo com a ITF, elevaria aremuneração final para 851 dólares mensais. Já a ISF interpretaas convenções e horas trabalhadas a bordo de maneira muito maiscruel, totalizando uma remuneração final de 545 dólares.

Torna-se evidente a grande importância destas discussões paraos marítimos em geral. A primeira é que quanto mais aumentar-mos o cerco aos navios “sub-standards”, mais longe de nos estarãoas estúpidas comparações de custos que consideram a mão-de-obra destes navios. A segunda é que a elevação do salário mínimoda OIT, que se torna cada vez mais uma referência fundamentalpara o que é praticado pelos armadores ao redor do mundo. Este-jam estes com seus navios na Bandeira que estiverem. Aumentarsua influência e referência é um forte instrumento para afastar oudificultar o dumping social em nossa atividade.

ITF e Federação Internacional do Armadores:relação difícil, porém necessária

Bancada dos trabalhadores (ITF) e Bancada dos empresários (ISF)

Membros do ITF e ISF

ITFB. Orrell – NUMAST, Great Britain (Spokesman)T. Tay Singapore - Maritime Officer’s UnionD. Heindel - Seafarers’ International Union, USAA Verhoef – FWZ, NetherlandsA Chande – Tanzânia Seamen’s Union, ZanzibarJ Cegielski – National Maritime Section NSZZ‘Solidarnosc’, PolandM Liew – Singapore Maritime Officers’ UnionY Iijima – All Japan Seamen’s UnionSeverino Almeida – CONTTMAF, BrazilJ Whitlow – ITF secretariatS Cotton - ITF secretariat

ISFD Lindemannl – German Shipowner’s Association(Spokesman)R. Aglieta – Confitarma, ItalyT Kazakos – Cyprus Shipping CouncilG Koltsidopoulos – Union of Greek ShipownersE Midelfart – Norwegian Shipowners’AssociationL Payne – Australian Shipowners’AssociationCapt. F. Preece – Isle of Man Shipowners’R. Usselman – Japanese Shipowners’ AssociationJCS Horrocks – ISF SecretariatD Dearsley - ISF Secretariat

R Guy - ISF Secretariat

A

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ENTREVISTA

Unificar: Qual é a política da Aliançapara o repouso de seu pessoal? De quemaneira esse regime interfere no rendi-mento da oficialidade?

Marcelo: Nossa política de repouso dosaquaviários visa inicialmente atender aoque foi estabelecido no ACT. Em segui-da, compatibilizar a duração da viagemredonda com os portos de embarque edesembarque e equilibrar o tempo deembarque da tripulação efetiva e da derendição. Assim, para navios que fazemlinhas regulares de longo curso, temos oregime 2 por 1; para os de cabotagemdentro do Mercosul, o regime 3 por 1. Orendimento dos oficiais, bem como o dosdemais tripulantes - estamos falando deuma média, pois sempre há diferençaspessoais - está ligado ao tipo de navio ede carga, das linhas, portos, travessias,política de trabalho a bordo, etc. No nos-so caso, buscamos mantê-los de três aquatro meses embarcados e um em re-pouso. Acreditamos ainda que, além doperíodo em que permanece embarcada,a tripulação é afetada sobremaneira porproblemas particulares (financeiros, fa-miliares ou sociais) não resolvidos emterra, o que interfere na produtividade abordo.

Unificar: Por que a Aliança adotou esseregime?

Marcelo: A Aliança desenvolveu e ado-tou este regime após anos de interaçãocom os seus aquaviários. Não obstante,continua atenta a todas as mudanças de

“A produtividade dostripulantes está relacionadaa três valores: competência,

trabalho e disciplina”UNIFICAR entrevistou o Engenheiro Mecânico MarceloGeummes Landeiro, há doze anos na empresa Aliança,

responsável pela parte de Administração, Recrutamentoe gerenciamento dos Aquaviários.

valores que, direta ou indiretamente, afe-tam ou influenciam o sistema.

Unificar: Como a Aliança vê a perma-nência de familiares a bordo? Há incen-tivo nesse sentido?

Marcelo: Permitir familiares a bordo éuma forma de minimizar os efeitos cau-sados pelo afastamento dos aquaviáriosdos seus parentes. A Aliança, já há mui-to tempo, pratica e dispõe de procedi-mentos que regulamentam este tema.

Unificar: Qual a relação da política deremuneração com a operacionalidade dafrota própria da empresa?

Marcelo: A remuneração dosaquaviários é um dos componentes docusto de operação do navio (runningcost). Uma vez orçado, este custo de ope-ração é o que viabiliza ou não a manu-tenção dos navios em suas respectivaslinhas de comércio (trades).

Unificar: Qual a política de remuneraçãoadotada para o serviço executado pelopessoal de bordo no sistema de pró-labore?

Marcelo: A política de remuneraçãopara o sistema de pró-labore também éresultado do custo de operação do na-vio. Nesta composição, manutenção pre-ventiva e/ou corretiva, reparos e demaisserviços deixam de ser executados porterceiros, sendo então executados pelostripulantes para que o custo de operaçãoorçado possa ser mantido.

Unificar: Como a Aliança está vê a che-gada de oficiais mulheres? Quais os pon-tos de destaque? Há perspectiva decontratação de mais mulheres no qua-dros da empresa?

Marcelo: A IMO (InternationalMaritime Organization), através da re-solução 14 do código STCW (Standardsof Training, Certification andWatchkeeping), recomenda aos países-membros a promoção da participação damulher na atividade marítima. A DPC(Diretoria de Portos e Costas), atravésde seus centros de instrução (Ciaga/Ciaba), adotou esta recomendação, ten-do inclusive formado recentemente mu-lheres oficiais de náutica e de máquinas.A Aliança tem em seu quadro deaquaviários uma oficial de náutica(2ON), mas é prematuro tecer avalia-ções, pois ela ainda se encontra no iní-cio de sua carreira. Vamos aguardar e tor-cer para que chegue a CLC.

Unificar: Qual a opinião da empresacom relação ao rendimento da tripula-ção brasileira?

Marcelo: A tripulação brasileira goza deum bom conceito em nível internacional.A produtividade dos tripulantes está re-lacionada a três valores: competência, tra-balho e disciplina. Além disso, a parte daempresa é oferecer salários e condiçõesde trabalho dignos. Quando há uma boaconjugação desses valores, temos um bomrendimento de nossa tripulação.

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s companheiros Severino Almeidae Marco Aurélio, representandotodos os sindicatos marítimos,

visitaram navios no Nordeste, entre osdias 03 e 08 de dezembro, onde puderamconstatar a precariedade dos serviços deamarração dos navios às bóias, para ope-ração de cargas e alívio do petróleo pro-duzido no litoral de Fortaleza/Paracurú,Natal/Guamaré e Aracaju.

Além da baixa remuneração - umaconstante em todo o litoral brasileiro - asoperações de amarração no litoral nordes-tino assemelham-se a uma inaceitável situ-ação do “salve-se quem puder” nesta im-portante, estratégica e arriscada operação.

Em Paracuru, a operação chega a serrealizada sem auxílio de “walkie-talkies”,literalmente, no grito. Em 2001, emAracaju, os erros da administração localjá conseguiram afundar, por ocasião daoperação, a lancha “Bom Sucesso” e per-der duas amarras, uma das quais aindanão localizada.

A terceirização desregrada grassa.Existem apenas dois capitães de mano-bra com vínculo empregatício com aPetrobras, em todo o Nordeste. Os servi-ços, via de regra, são intermediados porempresas terceirizadas que usam e abu-sam de artifícios para burlar a legislaçãoe aviltar salários. Registram 200 reais nacarteira de trabalho dos marinheiros e um

Operação com embarcaçõesno nordeste é insegura

pouco mais nas dos oficiais, pagando aosmesmos um “por fora”, para mantê-losna atividade.

Os antigos capitães de manobras dacompanhia, agora aposentados, são utili-zados pela empresa sem regras definidas,ficando à mercê de intermediários demão-de-obra, se desejarem continuar naatividade.

É sabido que os capitães de manobra,via de regra, há muito já não se limitam acoordenar a operação de amarração dosnavios, exercendo, efetivamente, diversasfunções de confiança, tais como : inspeçãodo navio para início da operação, preparo eacompanhamento da documentação refe-rente à carga e à operação, “draft survey”,coordenação da manutenção das bóias emangotes, bem como a compra do materialpara este fim. Os capitães permanecem abordo, acompanhando toda a operação: fis-calizam os contratos da companhia com osamarradores e mergulhadores e ainda su-prem o papel de agência da companhia.

Historicamente, a companhia nunca oscompensou por meio de suas remunera-ções e agora procede como se o aspectode segurança fosse descartável. Urge quea Petrobras/Transpetro defina um quadroefetivo para exercer esta estratégica fun-ção, oferecendo total apoio operacional eum plano de carreira que estimule os mes-mos a um constante aperfeiçoamento.

Operações de amarração no litoral nordeste: “Salve-se quem puder”.

O

SINDMAR

A visita do Diretor Financeiro doSINDMAR, Jailson Bispo, no últimodia 05 de dezembro, ao navio Jataímarcou o início das conversaçõescom o pessoal embarcado, com vis-tas a renovação do Acordo Coletivode Trabalho.

Recebido a bordo pelo coman-dante Lemos, oficiais e tripulação,Jailson Bispo colheu sugestões quecertamente contribuirão para a con-fecção da pauta.

A diretoria do SINDMAR tem es-timulado os companheiros embarca-dos, a participarem do processonegocial, solicitando o envio de suges-tões, seja via fax ou correio eletrônico.

A interação das tripulações com osindicato gera um vínculo de compro-misso que, certamente, contribuirápara fortalecer a categoria no momen-to de reivindicar seus direitos e corri-gir distorções provocadas pelo vácuoda inexistência de um Acordo que re-gule os direitos e obrigações.

Navio da FLUMARé visitado pelo

SINDMAR

Visita marca início dasnegociações de novo ACT

Revalide Já!Será exigido para todos osoficiais, a partir de 1º de

fevereiro de 2002, oSTCW95. Para evitar

transtornos, a revalidação doscertificados (STCW78)

deverá ser feita até esta data.Procure seu sindicato para

mais informações:[email protected]

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SINDMAR

TRABALHO EM EQUIPE“(...) a relação de Tamandaré com a

Marinha Mercante se deu não só por suavivência na navegação comercial, a bordo dos navios emque aprendeu a navegar, mas também porque foi designa-do Capitão dos Portos do Rio de Janeiro, em 1852.

Sua relação com a Intendência e a Engenharia pode serinferida de sua atuação como inspetor do Arsenal deMarinha, no Rio de Janeiro, a partir de 1854. No campoafeto aos Fuzileiros Navais, atuou nas missões em quecomandou tropas de terra durante a ocupação do Uruguai.”

“(...) povo brasileiro precisa conhecer a importânciada Marinha, não só como eficaz arma de guerra, mastambém como agente da cidadania, do desenvolvimentocientífico e tecnológico, da preservação do meio ambien-te, do desenvolvimento e proteção da navegação mercantee da pesca, do balizamento das vias navegáveis, daformação e promoção da mão-de-obra.”

NOSSOS REPRESENTANTES“(...) mas, como registrava, além dos aspectos positivos

do trabalho, da convivência, do trato, da disciplina, dacontribuição da Marinha na história de nosso País, elestambém se manifestam no presente, na forma da solidarie-dade. Nesse sentido, queremos registrar que a solidarieda-de, já evidenciada nos fatos aqui registrados e no alcancedo trabalho da Marinha nos mais distantes recantos destePaís, socorrendo, muitas vezes, aquelas pessoas maisnecessitadas, é também uma constante na gente do mar e semanifesta na relação da Marinha com a sociedade civil. Porisso, é digno de nota o respeito e a cordialidade do ExmºSr. Comandante da Marinha, Almirante de EsquadraChagas Telles; do Diretor de Portos e Costas, AlmiranteJanot de Mattos; e de outros chefes militares no trato comos representantes dos trabalhadores. E aqui faço estahomenagem nas pessoas do Sr. Severino Almeida Filho,Presidente da combativa Conttmaf – ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviário eAéreo, na Pesca e nos Portos, e do Sr. Ricardo Ponzi,Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores emTransporte Aquaviário e Afins, entre outras lideranças detrabalhadores do setor.”

AS MULHERES DO MAR“Victor Hugo afirmou haver sobre a face da terra os

vivos, os mortos e os homens do mar – e eu acrescentariaas mulheres do mar –, numa alusão explícita aos quesaem barra afora, sem data para voltar, enfrentando afúria dos oceanos, desconhecendo sábados, domingos,feriados, Natal e Ano Novo.”

Por amor àpátria mar

Um dos discursos memoráveis, proferidos noSenado Federal, no último dia 11 de dezembro,em ocasião da comemoração do Dia doMarinheiro, foi o da Senadora Emilia Fernandes(PT-RS). Vestida à caráter em homenagem àdata, a Senadora lembrou o papel da marinhacom agente da cidadania, não apenas como armade guerra, enfatizando ainda a necessidade dopovo conhecer as atividades marítimas. “O paíshoje não preserva a mentalidade marítima, nãoinvestindo no setor,” observou a tambémprofessora.

Emília Fernandes frisou ainda a importânciaeconômica da atividade marítima para o país,lembrando da lamentável situação em que seencontram alguns de nossos marinheiros. “Nossafrota mercante e a construção naval foramdizimadas, com a conseqüente sangria de divisaspagas em fretes a armadores estrangeiros; osmarinheiros sofrem os efeitos da desditosaglobalização com a proliferação dos navios debandeiras de conveniência ou pavilhões dealuguel, guarnecidos por trabalhadorescontratados no oriente com salários aviltados”,lembrou a senadora.

Confira alguns destaques do discurso desta“marinheira”:

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“Homens e mulheres exercem o árduo ofício, afastados doconvívio social e das famílias. As lides do mar exigemdedicação exclusiva e permanente no confronto de situaçõesque se sucedem em singradura, nos tempos de paz ou deguerra.”

“A Marinha é o Brasil. A Marinha que se moderniza,malgrado todas as dificuldades. A Marinha que renovaesperança com a criação do Corpo Auxiliar Feminino em1980, e com a admissão de mulheres também na MarinhaMercante, todas elas exercendo as funções embarcadas emalto-mar, em absoluta condição de igualdade e eficiência entrehomens e mulheres.”

HERÓIS DO MAR“No último conflito mundial, só no Lloyd Brasileiro

ocorreram 20 naufrágios, que ceifaram mais de 500 vidashumanas, sem que fosse interrompido o fluxo de transportemarítimo, vital para a manutenção do País. Os bravosmarinheiros e marinheiras mercantes escoltam o nosso amadopavilhão, noite e dia, ao redor do mundo, na navegação delongo curso, de cabotagem, no off-shore e nas hidrovias.”

CRISE NO SETOR NAVAL“(...) é lamentável que nosso País, que teve sua origem no

espírito marinheiro dos lusitanos, possuidor de imensa malhafluvial e vasta extensão litorânea, cometa a heresia de sergovernado de costas para o mar. Não preservamos, infeliz-mente, o mínimo resquício da mentalidade marítima.”

SEGUNDA BANDEIRA“O transporte sobre águas, que é o meio mais econômico

de movimentar mercadorias, vem sendo paulatinamenteabandonado. Nossa frota mercante e a construção navalforam dizimadas com a conseqüente sangria de divisaspagas em fretes a armadores estrangeiros. Os marinheirossofrem os efeitos da desditosa globalização, com a prolifera-ção dos navios de bandeiras de conveniência ou pavilhõesde aluguel, guarnecidos por trabalhadores contratados noOriente, muitas vezes com salários aviltados e condiçõesprecárias de vida a bordo, sem os direitos trabalhistas eprevidenciários.”

“(...) tais navios burlam as regras de segurança e deproteção ambiental e são responsáveis pela quase totalidadede naufrágios e acidentes ecológicos. Existem denúncias,inclusive, em relação à complacência do Conselho Nacionalde Imigração em permitir que asiáticos trabalhem emembarcações piratas no litoral do Brasil, ou exclusivamenteem águas territoriais brasileiras, agravando o quadro dedesemprego dos marítimos e pescadores brasileiros.”

HISTÓRIA“Menciono os matizes políticos para evocar o hiato

de tolerância que socorreu o Marechal Floriano quandoteve a grandeza de respeitar o patriota Tamandaré emsua resistência cívica; tolerância e humanidade que, anosmais tarde, faltaram no trato a outro gaúcho digno,incompreendido e injustiçado: o Marinheiro JoãoCândido.”

UM HOMEM DO MAR“Cometeríamos uma profunda injustiça se restringís-

semos esta homenagem à Marinha Militar, sem fazerreferência ao importante setor do poder marítimo que é aMarinha Mercante. Diz o Almirante Waldemar José dosSantos: ‘A Marinha é uma só, como a Igreja: com suasdiferentes ordens e denominações, age sempre com omesmo espírito, seja a Marinha de Guerra, seja a MarinhaMercante.”

“(...) a grandeza de caráter de um grande marinheirovivo, de um militar rigoroso, de um homem que primei-ro se fez ao mar como Praticante-aluno e oficial daMarinha Marcante e, voltando à Armada, culminou acarreira como Almirante. Destacado por seu porteatlético e moral, disciplinou, comandou e formouhomens para as duas Marinhas; ao longo de sua carreira,jamais desrespeitou a dignidade dos patriotas de outrascolorações políticas, sem abrir mão do cumprimento dodever ou de suas convicções. Refiro-me ao AlmiranteWaldemar José dos Santos, cuja história de lealdade,coragem e solidariedade pude conhecer pelo relato deseus inúmeros colegas, comandados e admiradores, emnome dos quais o saudamos como exemplo a serseguido pelos que servem à Pátria no mar.”

SINDMAR

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SINDMAR negocia com Petrobras e Transpetros acordos coletivos de trabalhopara 2001/2002 estão sendo ne-gociados pelo SINDMAR.

Após dois meses, analisando a pauta dereivindicações do sindicato, as duas em-presas convocaram a primeira reunião denegociação, ocorrida no dia 10 de dezem-bro de 2001.

Entre as propostas oferecidas pelaPetrobras e Transpetro, estão o aumentode 6,4% na remuneração e Participação nosLucros e Resultados de duas soldadasbásicas ou R$1800,00 (o que for maior).

A Petrobras e a Transpetro permane-cem com resistência à proposta de aumen-to do repouso para marítimos, que passa-ria para um efetivo tempo de embarque deno mínimo 4 meses e máximo de 5, por 2meses de descanso.

Quanto ao plano de saúde, os traba-lhadores da empresa que vão se aposen-tar ou se desligar da empresa, de acordocom a proposta da Transpetro, poderão

Mudança de comando na Petrobras

SINDMAR

SINDMAR luta por um melhor acordocoletivo para os trabalhadores

continuar no plano, desde que paguem aparte antes custeada pela empresa.

Em relação aos portos de referênciaspara a movimentação dos tripulantes, foiacrescentado mais o porto de João Pessoa.

O SINDMAR insiste ainda em avan-çar em alguns pontos como:- Redução do divisor total de horas men-

sais (THM) de 200 para 168- Adoção do repouso progressivo

(Petrobras e Transpetro) - a cada ano tra-balhado, 20 dias adicionais de repouso

- Definição de parâmetros de propor-cionalidade para promoção e indicaçãopara cursos de aperfeiçoamento(Petrobras e Transpetro)

- PLR igual a do restante do sistemaPetrobras – R$2.500 ou 2 soldadas bá-sicas

- Percentual de PLR maior que opercentual de bônus para a Transpetro

- Fazer constar nas licitações paracontratação de mão-de-obra marítima anatureza (se eventual ou não), assimcomo o regime de trabalho (turno, quar-to, divisão), para evitar a contrataçãode cooperativas.

Estas e outras propostas estão sendonegociadas em reuniões entre oSINDMAR, Petrobras e Transpetros nospróximos dias. Confira atualizações sobreas negociações no site do sindicatowww.sindmar.org.br.

Reichtsul e Severino Almeida próximos àmesa em que Getúlio Vargas assinou a Leinº 2.004, em 1953, criando a Petrobras.

No último dia 13 de dezembro,o presidente da CONTTMAF e do SINDMAR, Severino Almeida esteve noEdise, em seu último contato com o então presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichtsul. Na

ocasião, Severino comentou a saída de Reichtsul da presidência da companhia.

Unificar – Qual o motivo do encontrocom Reichtsul?Severino – Fazer uma despedida e defi-nirmos os últimos detalhes de uma par-ceria que estamos montando com aPetrobras, a Representação PermanenteBrasileira na IMO, DPC e ITF, para acom-panhamento dos assuntos relativos a Or-ganização Marítima Internacional.

Unificar – Como você vê a mudança napresidência da Petrobras, ainda no iníciodas negociações para o Acordo Coletivode Trabalho com a companhia?Severino – Tínhamos justificadas expec-tativas de um processo negocial rápidocom a Petrobras, sob a presidência deReischtul. Estas expectativas agora foramabaladas. Não há como montar expecta-tivas sobre o que você não conhece.

Unificar – Por que havia esta expectativa?Severino – Porque aumentou muito, aolongo da gestão de Reichtsul, o respeitoao trabalhador marítimo e a sua organi-

zação sindical, por parte da presidência.Foi um processo lento, como não pode-ria deixar de ser. Mas, nos últimos me-ses, houve sinais claros de que este esta-va consolidado.

Unificar – Com o novo Presidente Fran-cisco Gros será diferente?Severino – Como podemos saber ? Comoeu disse isto é um processo. Para evoluir-mos há necessidade das duas partesinteragirem. O que posso afirmar é quede nossa parte iremos contribuir para isto.

Unificar – O que você classificaria demais positivo para os marítimos na ges-tão do Dr. Reischtul?Severino – Diria que para os marítimos amarca mais forte foi a do diálogo. Nestesentido ela foi muito positiva. Para as pes-soas em geral, ela provavelmente foimarcada pelos acidentes e pelos recordesde lucratividade. Para nos será lembrada,especialmente, pelo enterro do projeto

GEN, que pretendia nos terceirizar e sobreo qual ele tomou conhecimento ao assumira presidência. O diálogo que ele não se fur-tou a desenvolver conosco, junto com asarticulações políticas, capitaneadas pelaDeputada Federal Jandira Feghali e a nãoadesão de nossos companheiros aos planosde demissões voluntárias oferecidos à épo-ca foram os principais instrumentos para anossa vitória. Isto eu não deixei de reco-nhecer e agradecer, quando nos despedimos.

O

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SINDMAR

em eliminar ou mesmo reduzir a quantidade de ativida-des terceirizadas, a Diretoria da Petrobras aprovou umconjunto de Recomendações a serem observadas pelas

empresas que lhes prestam serviços.O próprio presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichtsul,

no dia 11 de dezembro, em reunião no auditório do Edise, diri-giu-se aos representantes de mais de 150 empresas que prestamserviços para a companhia e cobrou a observância das novasregras que nortearão as novas licitações e os novos contratos.Os contratos atuais deverão ser adequados às novas regras noque for aplicável, diante do acordado.

As recomendações de Reichtsul são as seguintes :

Melhorias no processo

• Criar, sob a coordenação do RH corporativo, fórum perma-nente de discussões das questões afetas a contratação de ser-viços

• Criar programa de treinamento permanente para formação eatualização de gerentes e fiscais de contratos que deverá serpré-requisito para o exercício da função

Qualidade das empresas

• Estabelecer como critério para a seleção de empresas a exi-gência de comprovada especialização no serviço a ser con-tratado

• EVITAR A CONTRATAÇÃO DE COOPERATIVAS

• Privilegiar relacionamento de parcerias com as contratadasatravés de contratos de longo prazo

• Priorizar a utilização de contratos de escopo mais amplo

Qualificação dos contratados

• Introduzir nos contratos cláusulas e metas que exijam das con-tratadas qualificação e certificação do seu pessoal

• Liderar um processo junto às entidades de treinamento/certificação e às empresas do setor petróleo objetivando ele-var o nível da mão-de-obra

Condições de trabalho

• Proceder revisão na forma de cadastramento e acompanha-mento das prestadoras de serviço enfocando, na avaliação dasempresas, os aspectos trabalhistas, sociais, econômico/finan-ceiros, técnicos e de SMS

• Reavaliação das instalações visando aumento de qualidade eequivalência ao padrão Petrobras

• Introduzir nos padrões de contrato a possibilidade de re-tenção de pagamento

Diretoria da Petrobras cria novasregras para a terceirização

“Evitar a contratação de cooperativas” é uma das recomen-dações da diretoria da Petrobras

SMS

• Implantar processo de gestão que assegure incorporar a cultu-ra de SMS à cultura de toda a força de trabalho

• Buscar a integração entre as empresas, bem como a melhoriados benefícios ligados a SMS dos empregados das contrata-das

• Adotar peso superior para os requisitos de SMS nas avalia-ções contratuais (BADs) e no critério de seleção das contrata-das

• Contemplar avaliação de SMS no sistema de conseqüênciaspara empresa contratada

• Viabilizar projeto piloto compartilhado de SESMT, relaciona-do às empresas contratadas

• Adequar o SISIN no que tange aos acidentes com contratados

• Promover encontros regionais de SMS entre empresas con-tratadas

S

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A assessora de assuntosprevidenciários do SINDMAR,Ana Rosa, está à disposição de to-dos, para tirar dúvidas e fornecerexplicações sobre aposentadoria,todos os dias, das 8h às 18h, nasede do SINDMAR. Os trabalha-dores poderão realizar contagemde tempo e fazer uma prévia desua aposentadoria. Cada caso seráavaliado individualmente. O ser-viço passou a ser oferecido pelosindicato desde outubro passadoe visa ajudar os filiados a se pro-gramarem e conhecerem seus di-reitos. Não é preciso agendar ho-rário, mas se desejarem informa-ções por telefone podem ligar para2518-2164, ramal 207, ou escreverpara o e-mail:[email protected].

Dúvidas sobreprevidência

Plenária atenta à palestra

SINDMAR

SINDMAR promove palestra sobre aposentadoria

Dúvidas e infor-mações sobreaposentadoria

foram discutidas, no últi-mo dia 3 de dezembro, empalestra realizada na sededo SINDMAR, no Centro.A assessora para assuntosprevidenciários do sindi-cato, Ana Rosa, explicouas mudanças na legisla-ção, deu dicas sobre comoe quando se aposentar emostrou que o trabalhadorvai encontrar dificuldadespara garantir alguns bene-fícios.

De acordo com Ana Rosa, anterior-mente, o que contava para receber a apo-sentadoria era o tempo de serviço. Hoje,é o tempo de contribuição que determinao montante a ser depositado na conta dotrabalhador depois que ele pendurar aschuteiras. “Quanto mais longe do 60 anose com menos de 35 anos de contribuição,menor será o salário. O INSS não vai im-pedir ninguém de se aposentar, mas teráde ser nestas condições”, esclareceu a as-sessora do SINDMAR. “A intenção dogoverno federal é fazer que, com o tem-po, as pessoas migrem para a previdên-cia privada”, afirmou Ana Rosa.

O valor máximo da aposentadoriapelo INSS, atualmente, é de R$ 1.430,00.Ninguém ganhará mais que isso, mesmoque tenha salário maior e contribua a vidatoda. “É importante ressaltar, no entanto,que o desconto para a previdência é pro-porcional a este valor. O governo nãodesconta acima deste teto”, garantiu AnaRosa.

As principais recomendações da as-sessora para seus filiados do SINDMARsão: o acompanhamento do cadastro pes-soal nos postos do INSS, para verificarse o empregador está depositando a con-tribuição descontada; a exigência de lau-dos e toda documentação necessária aose desligar de uma empresa; e, nos casosde embarcados, realização de exames deaudiometria antes de iniciar os serviços,como medida de garantia dos direitosprevidenciários em caso de seqüelasprovocadas pelas condições especiais detrabalho.

O maior dilema do trabalhador ao de-cidir se aposentar será avaliar qual mo-delo trará menos perdas, avisa Ana Rosa.Principalmente porque, ao longo dosanos, a tendência é que o salário seja des-valorizado. “Por fim, o governo deveráoferecer apenas três salários mínimos paraos aposentados. Se hoje é R$ 1.430,00,daqui a 10 anos será bem menos. Logo,se resolver parar de trabalhar pela apo-sentadoria proporcional, o empregadopoderá ficar com a renda muito reduzidano futuro”, explicou.

A aposentadoria proporcional seráconcedida até 15 de dezembro de 1998. O empregado deverá ter no mínimo 30anos de contribuicão, sem limite de ida-de. A aposentadoria por tempo de contri-buicão com renda mensal proporcional,será concedida ao empregado que tiver53 anos se homem e 48 anos se mulher.Por exemplo, se um trabalhador em 1998tinha 23 anos de contribuicão, deverácumprir um pedágio de 20% ou 40% de-pendendo do caso (se integral ou rendamensal proporcional). Para a aposenta-doria integral 35 anos de contribuição,para os homens, e 30 anos, para as mu-lheres, se não quiser cumprir o pedágiode 20% poderá escolher aposentar-se pelocálculo antigo _ que se baseia na médiados 36 meses anteriores à data que com-pletar seu tempo de contribuição.

A aposentadoria especial, que prevêos danos provocados por condições insa-lubres no trabalho, será concedida ao ma-rítimo com 25 anos na atividade e mer-gulhadores com 10 anos. “Este é o limite

de tempo calculado peloINSS que uma pessoa su-porta estes tipos de servi-ços”, disse Ana Rosa. Apartir desta data, são exi-gidos dos trabalhadoreslaudos técnicos emitidospor engenheiros e médicosdo trabalho. “O INSS estáfazendo com que as em-presas sejam parceiras dogoverno, através da apli-cação de multas nos casosem que as condições detrabalho não sejam apri-moradas. A tendência seráacabar com a aposentado-

ria especial”, afirmou a assessora.A aposentadoria por idade será con-

cedida ao homem com 65 anos de idade e mulher, aos 60 anos “É importante lem-brar que, uma vez pedida a aposentado-ria, não é possível voltar atrás. E quem seaposentar pela especial não poderá maisvoltar a trabalhar em condições insalu-bres, sob pena de perder o benefício”.

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SINDMAR

O tradicional encontro de fim deano do Departamento de Aposentadosdo SINDMAR foi comemorado comum almoço na churrascaria RincãoGaúcho, na Tijuca, no dia primeiro dedezembro passado. Organizado pelocompanheiro Mamede, o encontro reu-niu não só os oficiais aposentados, mastambém os ativos e familiares.

Confraternização da família marítima

Associados e familiares

Comandante Sabatié conversa comSeverino observado pela Dep. Jandira

Feghali e Dr. Areias

Como prosseguimento do processo denegociação com a Petrobras, o compa-nheiro Severino Almeida, Presidente doSINDMAR – Sindicato Nacional dosOficiais da Marinha Mercante – esteveem Tramandaí, RS, no dia 15 de outubro,quando se encontrou com os Capitães deManobra Serique eRômulo, dessa mes-ma cidade, eYolando, de SãoFrancisco do Sul,SC. Juntos eles co-nheceram de per-to a realidade do tra-balho dos compa-nheiros e avaliaramas condições de tra-balho do local. In-tensificando as visi-tas aos navios, em03 de dezembro,Severino e compa-

Tramandaí é visitado pelo SINDMAR

Yolando, Serique, Severino e Rômulo - Tramandaí 11/10/01

Cerca de cento e vinte pessoas, in-cluindo a diretoria do SINDMAR, sereuniram-se para confraternizar e lem-brar os momentos vividos a bordo,aproveitando para rever os amigos emum ambiente familiar, alegre e, em al-guns momentos, nostálgico.

A presença do Comandante Sabatiéfoi a surpresa agradável, pois, mesmo

com dificuldades para se locomover,ele fez questão de prestigiar o evento.A presença da Deputada JandiraFeghali foi um outro destaque do al-moço.

O número cada vez maior de parti-cipantes no encontro enche de orgu-lho o SINDMAR e sinaliza que, em2002, o evento poderá ser realizado,em conjunto com o Departamento deAposentados.

nheiros de outros sindicatos viajaram parao Nordeste, enquanto Enilson Pires des-locou-se para São Sebastião, com outroscolegas, com o intuito de estreitar os en-tendimentos em um momento em que aspropostas da Transpetro e da Petrobrasestão sendo analisadas.

O SINDMAR participou pela pri-meira vez do Campeonato de FutebolSociety, realizado no dia 10 de novem-bro, nas dependências do CEPE-BARRA. Mesmo como estreante, nos-so time não decepcionou, conquistan-do o 2º lugar na competição.

A final do campeonato entre oCatita Esporte Clube e o time doSINDMAR foi disputadíssima, termi-nando com um placar de 2X2 no tem-po normal. Os dois gols do SINDMARforam marcados por Serra e os do Catitapor Giuseppe e Santos.

A prorrogação também não trou-xe a decisão do jogo, terminando em0X0 e levando a disputa para ospênaltis, no que o Catita venceu peloplacar de 3X2.

Na próxima com certeza chega-mos lá.

SINDMAR marcapresença no

Futebol Society

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SINDMAR participa da renovação da CBOFoi dado o primeiro passo para a ela-

boração da nova Classificação Brasileirade Ocupações (CBO), o conjunto de nor-mas que estabelece as exatas atribuiçõesde cada profissão no país. Promovido peloMinistério do Trabalho e Emprego emparceria com a FIPE (Fundação Institutode Pesquisas Econômicas, da USP), o en-contro foi realizado nos dias 7 e 8 de no-vembro, no Rio de Janeiro.

O código CBO é usado nos registrosadministrativos que controlam o merca-do de trabalho do Brasil, como a RelaçãoAnual de Informações Sociais (RAIS), oCadastro Geral de Empregados e Desem-pregados (CAGED), o Seguro Desempre-go, a Carteira de Trabalho e PrevidênciaSocial (CTPS), Imigração, Sistema Na-cional de Emprego (SINE) e FormaçãoProfissional.

“Trata-se de um projeto de grande im-

portância para o país, pois permitirá amodernização da CBO, documentonormalizador do reconhecimento da no-meação e da codificação dos títulos e con-teúdos das ocupações do mercado de tra-balho brasileiro” esclarece Odilon Braga,diretor-secretário do SINDMAR e um dosarticuladores do encontro.

Enilson Pires e José Serra, tambémdiretores do SINDMAR, apresentaramum estudo sobre a situação dos Oficiaisde Máquinas e anunciaram o andamentode uma pesquisa para a categoria dos Ofi-ciais de Náutica. No total, aproximada-mente 150 itens foram discutidos por oitoOficiais de Máquinas de diversos setoresdo Transporte Marítimo, os representan-tes da FIPE, Daniel Stella Castro e o so-ciólogo Javier Lifshitz, que atuou comorelator do processo.

A CBO 2000 deve substituir sua últi-

ma versão, que é de 1994. Para essa alte-ração, será aplicada pela primeira vez ametodologia canadense MTE, que formaum painel de descrições que contém asprincipais atividades e competências dasfamílias ocupacionais.

Daniel; Enilson Pires, Javier e José Serra

R ecém-chegada aoBrasil, depois decomprar seis navi-

os graneleiros da Docenave,a Elcano já está com suaequipe de terra montada ecomeça a formar sua tripu-lação após assinar AcordoColetivo com os Sindicatosaquaviários. Todos os 18funcionários são brasileirose, sob a direção do espanholManuel Requeijo, irão ad-ministrar as seis embarca-ções nacionais e ainda umpetroleiro que a empresa mantém emBuenos Aires.

Centrando sua exposição da políticada Elcano apenas no relacionamento em-pregado/empregador, Requeijo deixa cla-ro que a empresa quer criar um quadrode funcionários que ‘vista a camisa’ e quecresça com a empresa.

“Não queremos briga com ninguém,seja empresa ou pessoa. Nossa intençãoé cobrir um nicho de mercado que estavadesatendido e que ficou ainda maior coma saída da Docenave. Temos um bomnome no mercado e tradição de prestarum ótimo serviço para nossos clientes. E

Empresa espanhola atraca em águas brasileiras

este padrão de qualidade é nosso maiorcompromisso. Para tal, precisamos degente dedicada e compromissada comnossas metas”, afirmou Requeijo.

O porta-voz da empresa diz ter encon-trado a equipe que a Elcano precisa naprópria tripulação, aproveitada daDocenave. Porém, embora todos perma-neçam com seus postos inalterados, con-firma não haver qualquer garantiacontratual, sem mencionar claramentequalquer expectativa com relação aos sin-dicatos brasileiros.

“Não gostamos de estar trocando depessoal. A vida do marítimo já é muito di-

fícil, cheia de solidão. Nãoqueremos ocupá-lo, ou a suafamília, com esse tipo de pre-ocupação. Há muitas pesso-as capacitadas no Brasil e nãohá necessidade de trazermosninguém de fora,” esclareceu.

Para demonstrar o com-promisso, o espanhol cita seupróprio exemplo: trabalha há25 anos para a empresa. JáJuan Romero, Supervisor deEmbarcações, que trabalhana Elcano há 35 anos. Eleconta que na Espanha mui-

tos funcionários dedicaram toda sua vidaprofissional à empresa, com filhos e so-brinhos dando continuidade a essa ligação.

Mesmo sem um aumento de frota pro-gramado, a empresa já demonstra suaambição com relação a suas atividades noBrasil. “A Elcano tem por missão se tor-nar a maior e a melhor companhia de na-vegação brasileira da história,” enfatizao diretor. “Vamos demonstrar que somoscapazes, mas cada um tem que fazer suaparte bem feita, arcando com seu com-promisso e responsabilidade para quenossa meta seja alcançada com sucesso,”finaliza Requeijo.

Ato de assinatuta de Acordo Coletivo de Trabalho com a Elcano

SINDMAR

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,,

,,Frases vindas de além mar,

a voz do marítimoO SINDMAR ressalta a participação efetiva dos companheiros da Petrobras/Transpetro, que enviaram

sugestões para contribuir com a confecção da pauta de reivindicações visando o Acordo Coletivo 2001/2002, entregue à empresa. Dentre as mensagens enviadas, destacamos algumas que representam osentido daqueles que “carregam o piano” e contribuem efetivamente para o bom desempenho das

empresas e reconhecimento internacional.

“Para que a Transpetro/Fronape possa atingir opatamar das grandes empresas de navegação

internacionais, como anda apregoando, precisarever esse retrógrado e medieval pensamento de

extrair o máximo do seu servidor, diminuindo“custos”, em busca de uma maior rentabilidade”.

“É notória a dificuldade da Transpetro parasubstituir seus tripulantes nos dias atuais e, mesmo

assim, ela insiste em querer esconder sua cruelrealidade salarial para com seus empregados”.

“O tal “bônus” que neste último ano apareceucomo substituto do pró-labore, mas que só trouxe

desagrado, insatisfação e polêmica na grandemaioria, está muito aquém do sistema de

bonificação anterior”.

“Achamos temerária a ausência de um profissio-nal de saúde a bordo de uma embarcação de

cabotagem, pois nenhum certificado vai dotar ohomem da prática tão necessária para atuarnesta área, que requer muito conhecimento,

principalmente prático, de uma ciência, aindahoje em evolução”.

“Os tripulantes efetivos - tem repouso de 2 meses epagamento desses meses de descanso. Os tripulan-tes contratados passam o mesmo tempo embarca-

dos, com as mesmas dificuldades e no mesmo barcoe, no fim, saem com uma mão na frente e outra

atrás(sem nada)” .

“O auxílio para compra de uniforme é pago só paraquem tem mais de 12 meses de contrato na

Transpetro/Fronape. Como dá para notar, o contra-

tado nunca vai ter direito a esse auxilio, uma vezque nunca o RH da Transpetro vai deixar o contra-

tado atingir os 12 meses”.

“Como dá para perceber, mais uma vez, aTranspetro e (também outras companhias) queremter mão de obra qualificada a preço de banana”.

“Após contato com diversos navios da Transpetro,verificamos que a ânsia das tripulações está

direcionada para a redução do tempo de embarque,devido à gama de trabalho exigido atualmente a

bordo..... Acreditamos também que a redução destetempo de embarque seja a solução para o problema

da “falta”de tripulações nesta empresa” .

“A imposição pela Empresa do confinamento de 2/3da tripulação nos portos nos remete ao tempo da

escravidão”.

“Se houver muita intransigência, paralisação dealerta de 12hs, 24hs e 48hs”.

“Rediscutir o cartão de tripulação de segurança,que na realidade é, sob todos os aspectos, um cartão

de conveniência. Tal cartão atropela os própriosfundamentos da Transpetro/Fronape, agride normas

internacionais, além do que, não é levado emconsideração nem pelo Armador”.

“Embarque urgente de um oficial de náutica nosnavios de cabotagem visando o retorno do imediato asua real função a bordo. É inadmissível a insensibili-

dade da frota que, mesmo reconhecendo a cargaexcessiva de trabalho destes profissionais, irrespon-savelmente se omite quando o assunto vem à tona”.

SINDMAR

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DENÚNCIA

Barcas S/A: A história se repete

Na primeira reportagem da série, Barcas S/A, o Press Guidereproduziu as conclusões do relatório, no qual aborda as falhasexistentes no “Sistema Fixo” das embarcações, destacando:

“Na retirada dos cilindros, para teste, ficou constatado que passa-geiros das lanchas entram no sistema para usarem drogas, sendo en-contrado várias papelotes de maconha e cocaína, camisinhas, absor-ventes e até travesseiros. Caso um desses passageiros, inadvertida-mente, disparar o sistema fixo, com pressão altíssima, ocasionará umruído ensurdecedor, podendo provocar pânico a bordo, de conseqüên-cias imprevisíveis. Os marítimos que estiverem na sala de máquinassucumbirão, provavelmente, sem tempo de abandonar o barco”.

Lancha Boa Viagem (1) -MCP BE batidas anormais com risco de ruptura de pistões, bielas

e cabeçotes; rotação reduzida dos MPCs, causando atrasos nos horári-os e fazendo a travessia Rio-Niterói em 30 minutos: Painéis de segu-rança de sobrecargas dos reversíveis estão inoperantes; MCP de BB,com grande perda de óleo lubrificante pelo cabeçote dos cilindros 4, 5e 6, de aproximadamente 200 litros diários, sendo lançados ao mar;MCA de BB, com tacômetro avariado: Reversível de BE muito lento,dificultando às manobras e ocasionando risco de colisão, e sistema deesgoto dos porões e dos banheiros são jogados ao mar “in natura”. (aseguir, o estado das lanchas Urca e Visconde de Mauá).

É importante destacar que o lançamento de material dos ba-nheiros em plena Baía é um verdadeiro crime ambiental, no mo-mento em que toda a população e o governo se mobilizam, a custosaltíssimos, para melhoria da qualidade da água da baía que é umcartão postal do Rio de Janeiro e do Brasil.

UrcaAs irregularidades não diferem muito de uma para outra embar-

cação. Além da Capitania dos Portos, a FEEMA, além deambientalistas deveriam intervir, no sentido de evitar a poluição dabaía de Guanabara pela descarga de esgoto sanitário “in natura” e oderramamento de óleo lançado ao mar.

Na barca Urca, o tempo de travessia entre o Rio e Niterói estásendo feito em 28 minutos, os painéis de sobrecarga dos MCPs (moto-res principais) estão inoperantes; a praça de máquinas está com exces-so de gases, com temperatura elevada devido ao fato de o sistema deisolamento térmico ser ineficaz e não haver manutenção adequada. Domesmo modo, o sistema de esgoto dos porões e dos banheiro sanitáriospermite que esse material seja jogado “in natura “ no mar.

Visconde MoraesEmbarcação operando com as bombas de emergência ligadas no

manual, durante todas as manobras, em virtude dos reversíveis esta-rem agarrando; o cubo do passo variável sendo contaminado por águasalgada, não permitindo a colocação de óleo lubrificante; no sistemade esgoto da praça de máquina estão sendo usadas bombas de in-cêndio, pois as bombas acopladas não dão vazão; mangueiras deincêndio sem esguichos; praça de máquinas com iluminação e ven-tilação precárias; luz de bateria inoperante; tubos telescópio jogandoóleo de alta viscosidade direto no mar; penetração excessiva de águapela madre do leme; bomba de incêndio apresentando vazamento;Pirometria dos MCPs inoperante; Esgoto dos porões e banheiros sa-nitários são jogados diretamente ao mar.

O Press Guide mostrou, em quatro edições, a situação em que se encontram as dez lanchas da empresa Barcas S/A, algumas emestado deplorável e sem condições de navegabilidade, depois de um exame de qualidade apurado por técnicos em segurança.

Trazer à tona essa denúncia visa alertar a Autoridade Marítima, através da Capitania dos Portos da Marinha, em especial e de todaa sociedade, em geral, a fim de evitar a ocorrência de acidentes.

ItapucaReversíveis sem segurança adequada, pois além de operarem bas-

tante lentos é necessária a fiscalização das bombas de emergência emtodas as manobras de atracação e desatracação; reversíveis de BBcom alto consumo de óleo DTE 26 (cerca de 40 litros por dia) eatravés de vazamentos vão direto para o mar; bombas e redes deserviços gerais (incêndio e esgoto) sem as mínimas condições deatender a embarcação, por estarem com redes em mau estado de con-servação e bombas sem aspiração adequada; sistema de esgoto dosporões e dos banheiros são jogados in natura ao mar. Obs: No dia 9de novembro, a lancha não pôde fazer a viagem das 15 horas porestar sem os dois compressores funcionando.

ItapetiningaEmbarcação operando há meses com um único compressor de

ar, o que é vital pára as manobras de atracação e desatracação; sis-tema de ventilação da praça de máquinas insuficiente e semexaustão; MCPs (motores principais) sem força durante as mano-bras; simplex usando óleo móbil mar 400, devido a vazamento parao mar e trabalhando com temperaturas elevadas; pressão de óleo docomando trabalhando abaixo do normal; vazamento de gases pelocoletor de descarga do MPC de BE; sistema de esgotamento dosporões e dos banheiros jogados no mar in natura.

Vital Brazil, Martim Afonso, Ipanema, Itaipu e LagoaA lancha Martim Afonso em vazamento de gases na praça de má-

quinas. Iluminada precariamente, sem esguicho contra incêndio e comventilação ineficaz, não apresenta a menor condição de permanênciade tripulação em seu interior. E não é só: há perda de óleo lubrificante,falta uma bomba de água doce e há vazamento pelas juntas das camisasdos MCP, além de o sistema de reversão não ter o mínimo deconfiabilidade, pois os reversíveis também estão operando com as bom-bas de emergência ligadas.

Na Vital Brazil, as redes de motores e equipamentos auxiliaresestão obstruídos, sem refrigeração adequada, enquanto que se ouvempancadas anormais no eixo intermediário do reversível de boreste e oóleo lubrificante escapa dos reversíveis, a razão de 15 litros/dia. Osmancais trabalham em temperaturas elevadas, os rubinetes jogam ga-ses para a praça de máquinas e a junta dos cabeçotes dos MCPs jogamágua para fora.

A excessiva temperatura ambiente e a falta de ventilaçãoinfernizam a vida da tripulação da lancha Ipanema, que opera seusistema de reversão com o auxílio de bombas de emergência, deixan-do a desejar a segurança das manobras. Os gases excessivos proveni-entes dos isolamentos térmicos dos tubulões de descarga dos motoresestão sem manutenção adequada e a água penetra excessivamentepela madre do leme. O piso da sala de máquinas da Ipanema foi mo-dificado, substituindo-se o aço por chapas de alumínio aparafusadas,dificultando o acesso aos porões em caso de emergência.

A Itaipu está com seus sistema de freios dos eixos propulsoresinoperantes e a praça de máquinas não dispõe de saída de emergên-cia. Gases vazam pelas juntas das turbinas dos MCPs e óleo lubrifi-cante pela caixa redutora. A ventilação e iluminação são deficientese o passadiço não dispõe de banheiro.

(Texto publicado nas edições nº378, 379, 380 e 381 doPress Guide - www.pressguide.com.br )

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Quando uma empresa aparente-mente rentável vai de repente à falên-cia, algo deve servir de lição. Quandoessa empresa é a mais admirada nosEstados Unidos, louvada pelos teóri-cos do mundo dos negócios como acorporação-modelo do século 21, agente fica perguntando se isso não seráa ponta de um iceberg. E quantos denós compramos, sem saber, passagenspara viajar nesse Titanic?

Levará tempo para que toda a his-tória da quebra da Enron seja conhe-cida. Mas uma coisa já ficou clara:este caso demonstra como os execu-tivos adeptos das corporações esta-belecem padrões de riscos para simesmos e para os outros, principal-mente os seus empregados. Os dire-tores da Enron saem da débâcle ma-chucados, mas riquíssimos. Muitosfuncionários da Enron - entre eles,sem dúvida, os apaixonados pelaempresa que me enviavam cartas ira-das, cada vez que eu criticava essacompanhia - perderam as economiasda vida inteira.

Por trás desse desastre, o traba-lhador comum deveria observar umapouco notada mudança no sistema deaposentadoria. Há 20 anos, a maio-ria dos trabalhadores estava incluídanos planos de aposentadoria de “be-nefícios definidos” - ou seja, seuspatrões lhes prometiam uma pensãofixa. Hoje, a maioria dos trabalhado-res participa de planos de “contribui-ção definida”.

Eles investem dinheiro para a suaaposentadoria e aceitam o risco de taisinvestimentos serem malsucedidos.Normalmente, as contribuições para aaposentadoria são subsidiadas pelosempregadores e recebem um tratamen-to fiscal especial. Mas isso de nada adi-antará se, como no caso da Enron, osativos que os trabalhadores compraremperderem quase todo o seu valor.

Vale a Pena Ler de Novo

Perdendo dinheiroEmpregados da Enron fundamentam

aposentadoria em ações da Companhia

Paul Krugman, The New York Times

É fácil fazer a defesa teórica dos pla-nos de contribuição definida. Eles ampli-am a capacidade de escolha do trabalha-dor. Ele pode escolher quanto economi-zar e como investir seu dinheiro. Ter maisopções geralmente é uma coisa boa.

Mas o triste destino desses emprega-dos destaca a diferença entre a teoria e aprática. Como assinalou GretchenMorgenson, no The New York Times dedomingo, trabalhadores de todo o paísestão sendo iludidos ou coagidos a man-ter uma alta proporção de seus ativos paraa aposentadoria em ações de seus própri-os empregadores. A natureza exploratóriadeste incesto financeiro foi enfatizadapelo agora famoso “bloqueio”, pelo qual- por mera coincidência, segundo os exe-cutivos - novas regras forçaram os em-pregados a continuar investindo em açõesda companhia até o momento em que elaentrou no espiral da morte. É demais paraa liberdade de escolha.

E, mesmo quando os trabalhadores têmopções reais, caberá perguntar se eles re-almente querem correr riscos. A mudançado antigo sistema de aposentadoria coin-cidiu com a enorme expansão do mercadoacionário. Sem dúvida, muitos trabalhado-res, que jamais viram o preço das açõescair desde que se tornaram investidores,subestimaram o risco de perda.

Esperemos que a quebra de empresasnão se torne rotina. Mesmo assim, é mui-to provável que milhões de trabalhado-res americanos passarão por experiênci-as semelhantes aos da Enron, constatan-do, com tristeza, que grande parte de suapoupança para a aposentadoria se evapo-rou. Eles ficarão dependendo do únicoprograma de benefícios definidos que res-tará: a Previdência Social. Isto é, se a Pre-vidência existir até lá.

A comissão sobre a reforma da Previ-dência Social indicada pelo governo Bushdivulgou seu mais recente relatório nasemana passada, exatamente quando aEnron entrava em agonia. A maior parte

dos que criticam o trabalho da comis-são - incluindo eu - percebeu que acomissão usa os números de ummodo parecido com o da diretoria daEnron. Os números devem adaptar-se às conveniências da comissão. As-sim, quando o sistema da Previdên-cia Social arrecada mais do que paga- como hoje em dia -, isso não é im-portante. Você sabe, o orçamento fe-deral é unificado, e não há nada de-mais quando uma das partes do gru-po apresenta superávit. Mas em 2016,quando a Previdência começar a pa-gar mais do que irá arrecadar, surgi-rá uma crise. Mas você sabe, a Pre-vidência deve se virar sozinha.

Mas a comissão manipula núme-ros apenas para atingir seu objetivofinal: transformar a Previdência So-cial de um sistema de benefícios de-finidos, que garante aos aposentadosamericanos uma certa renda básica,num sistema de contribuições defi-nidas, em que o indivíduo pouco es-perto ou sem sorte poderá ficar naamargura, na velhice.

Alguns analistas que conheçoacham que a Previdência vai transfor-mar-se num sistema de contribuiçõesdefinidas, não porque isso seja umacoisa boa, mas porque a indústria fi-nanceira - que tem enorme influênciaem nosso sistema político movido pelodinheiro - tem muito a ganhar com aconversão. Espero que eles estejam er-rados. Mas, se estiverem certos, o des-tino dos pobres empregados da Enron,vitimados por uma equipe administra-tiva que eles imaginavam estar do ladodeles, poderá ser o modelo das coisasque estão por acontecer.

* Paul Krugman é professor daUniversidade de Princeton

(Artigo publicado no jornal New York Ti-mes e adaptado pelo Estado de São Paulo)

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Convênios

O Instituto de Ciências Náuticas (ICN) vem promo-vendo junto à comunidade aquaviária, novas oportunidadesnesse complexo mercado de trabalho. O convênio entre oSINDMAR e o ICN garante aos associados descontos de20% no valor do curso.

Para obter a relação dos cursos oferecidos basta acessaro site: www.cienciasnauticas.org.brou e-mail: [email protected]

Instituto de Ciências Náuticas (ICN)

O SINDMAR assinou convênio odontológico, em âm-bito nacional, com a Odonto-Empresa, beneficiando associ-ados, dependentes, familiares e agregados. O benefício ofe-rece serviços de diagnósticos, obturações, prevenções,periodontia, endotontia, odontopediatria, cirurgia, radiolo-gia e ortondontia. O aparelho é grátis e dependentes meno-res de quatro anos não pagam. Para atendimento, haverá to-das as terça e quinta no SINDMAR, uma representante daempresa para detalhar o plano.

Convênio Odontológico

O Centro Educacional Santa Mônica vem inovando e amaior novidade do excelente ensino, é para os alunos daEscola. O acesso à Universidade ficou mais próximo, devi-do o convênio com a Universidade Estácio de Sá. Para in-gressar, basta ter concluído com aproveitamento o ensinomédio no Centro Educacional Sta. Mônica, e gozar tambémdos descontos.

Veja, a tabela dos descontos nos Campus do Centro Edu-cacional Sta. Mônica. Confira:20% de desconto nas mensalidades para o turno da Manhã30% de desconto nas mensalidades para o turno da Tarde40% de desconto nas mensalidades para o turno da Noite30% de desconto no transporte escolar para os dependentesCAMPUS: Barra da Tijuca; Campo Grande; Santa Cruz; Ben-to Ribeiro; Cascadura; Madureira e Nova Unidade Maricá.

Ainda é tímida à procura entre nossos associados coma Instituição Veiga de Almeida (UVA), porém, a Institui-ção vem aumentando sua oferta, com intuito de garantirum expressivo número de beneficiados do SINDMAR. Noúltimo número (9) à UVA, no seu folder informativo, ga-rante o acesso ao Vestibular 2001 (2º semestre) e 2002, aisenção da taxa de inscrição, além de dar opção para a es-colher um idioma de sua preferência, até à conclusão docurso de graduação. (Inglês ou espanhol). O desconto paraa graduação continua sendo 20% e 40 % para os portado-res de diploma, sendo estes descontos por prazoindeterminado durante o Contrato.

Continua crescendo o número de associados e depen-dentes que vem ingressando todos os anos, ao qual, gozamdos beneficiados do convênio entre a Instituição e oSINDMAR. Número que já chega próximo à 250 benefíci-os. Os atrativos não estão sendo somente nos descontos bas-tantes generosos, mas o ensino de excelência, que é tambéma garantia da preferência. Saibam como, usufruir desses des-contos. Entre em contato conosco.

Universidade Estácio de Sá (SESES)

Universidade Veiga de Almeida (UVA)

Centro Educacional Santa Mônica

Um excelente centro de lazer é o Clube de Empregadosda Petrobras – CEPE-BARRA, que abriu suas portas paraos nossos associados e dependentes, que não são funcioná-rios da Petrobras. Com o convênio firmado, basta o paga-mento mensal de R$ 36,00 reais para toda sua família. Aprocura começou a subir após o SINDMAR ter conquistadoo Vice Campeonato de Futebol Society.

CEPE-BARRA

O SINDMAR enviou 29 currículos para serem anali-sados pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) em 11 deoutubro de 2001. Em 26 de outubro do corrente ano, rece-bemos da DPC através do Ofício RP/GF/07/T/2001. A in-dicação de 08 aprovados na primeira fase para concorrerao referido curso. Confira lista dos aprovados na 1ª fase.

Lista dos aprovados 1ª fase:Enilson Pires dos Santos; Francisco Ferreira de Melo e

Silva; Juarez Lopes Távora; Antônio José Guerreiro daCruz; Geraldo Santos da Costa Cruz; Fernando CorrêaOzório Júnior; Marco Antônio Pereira Valentim e OlavoCaetano Corrêa Filho

As provas da 2ª fase foram realizadas entre os dias 08 e10/11/2001. O resultado final será divulgado no mês defevereiro de 2002. Com início previsto para fevereiro de2002, nas dependências da UGF no centro.

Universidade GAMA FILHO (UGF) / DPCMBA DE PORTO E LOGISTICA

Maiores informações sobre os convênios, podem ser obtidas com o diretor José Serra pelos telefones:(21)92428653 ou xxx-21-2518-2164 e pelo e-mail: [email protected]

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TÁBUA DAS MARÉSMaré Alta Maré Baixa

Para o lançamento do novo navio da Metalnave, oMetaltanque IV”, que custou US$ 28 milhões, 80%dos quais financiados pelo Fundo de Marinha Mercan-te (FMM), do Ministério dos Transportes.

Pan MarineMetalnave

Para a Transpetro, que pretende encomendar no próxi-mo ano aos estaleiros nacionais a construção de quatronovos navios petroleiros.

Pan MarineTranspetro

“Para as orientações do agora ex-presidente daPetrobras Henri Philippe Reichtsul que apresentou umasérie de determinações no sentido de regulamentar ereduzir o trabalho terceirizado na empresa.”

Pan MarinePetrobras

Para as precárias condições em que se encontram asembarcações da Barcas S/A, colocando em risco tantoa tripulação, quanto seus usuários e a insensibilidadeda empresa que resiste a qualquer tipo de negociaçãopara renovar acordo coletivo de trabalho e insiste emusar cooperativas”.

Barcas S/A

Para a Metalnave, que gasta milhões em novas embar-cações, mas não investe na regularização da situaçãotrabalhista de seus funcionários do quadro de mar.

Metalnave

Para a insistência da Petrobras na migração de seus funcio-nários para o plano Petrobras Vida e suas falsas vantagens.

Petrobras

Pelo plano TOP PROFISIONAL você ganha:• Descontos de até 75% na compra do telefone celular;• Possibilidade de pagar em até 10 parcelas no cartão ou

em 4 parcelas no boleto bancário sem o reajuste do pre-ço do aparelho;

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