baner evinci final

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Aplicação de Técnicas de Análise Mineralógicas em Cálculos Renais. Hernane Ajuz Holzmann Bolsista PIBIC/CNPq Orientador: Prof. Dr. Maurício de Carvalho Introdução: O conhecimento da composição dos cálculos urinários é importante para entender a fisiopatologia, a modalidade de tratamento e a prevenção das recidivas. A técnica padrão ouro para verificar essa composição é a análise do cálculo por Difratometria de Raios-X (DRX). Entretanto, as técnicas rotineiras de análise disponíveis em nosso meio não possuem a especificidade e sensibilidade para se atingir a informação precisa e confiável em relação à amostra. Assim, em parceria com o LAMIR (Laboratório de Mineralogia da UFPR), estudamos os cálculos renais utilizando técnicas de análise mineralógica para melhor entender sua estrutura, composição e formação, além de auxiliar no diagnóstico e tratamento dos pacientes participantes da pesquisa. Material e método: Os pacientes participantes da pesquisa foram selecionados no Ambulatório de Urologia ou no Ambulatório de Nefrolitíase do Hospital de Clínicas da UFPR. Foram incluídos aqueles com idade superior a 18 anos, que possuem diagnóstico de litíase renal confirmada por exame de imagem e que podem fornecer amostra do cálculo para análise. Resultado: Foram analisadas 86 amostras, mostradas nos gráficos abaixo. Também foram tabulados o resultado de exame de urina de 24 horas de 8 pacientes para mensuração dos principais elementos envolvidos na litogênese. A calciúria nos pacientes portadores de cálculos de oxalato de cálcio (whewellite e weddellite) foi maior que nos demais (192,78±64,5 vs. 121,5±24,9, p=0,07). Discussão: O resultado da composição dos cálculos analisados até o momento reflete a maior prevalência dos cálculos de oxalato de cálcio, como é descrito na literatura médica. A técnica de DRX mostrou-se factível e possibilitou a diferenciação exata dos componentes cristalinos dos cálculos urinários. A calciúria foi maior nos cálculos compostos de oxalato de cálcio. Conclusão: É necessária uma amostra maior para melhorar a significância estatística do trabalho e retirar outras conclusões. A aplicação de outras técnicas (microtomografia, microscopia eletrônica de varredura, datação com radioisótopos) poderá contribuir para melhor compreender a estrutura intrínseca do cálculo e Referência: CARVALHO M. Nefrolitíase In: Riella, M.C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010, pp.571- 586.

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Aplicação de Técnicas de Análise Mineralógicas em Cálculos Renais.Hernane Ajuz HolzmannBolsista PIBIC/CNPqOrientador: Prof. Dr. Maurício de Carvalho

Introdução: O conhecimento da composição dos cálculos urinários é importante para entender a fisiopatologia, a modalidade de tratamento e a prevenção das recidivas. A técnica padrão ouro para verificar essa composição é a análise do cálculo por Difratometria de Raios-X (DRX). Entretanto, as técnicas rotineiras de análise disponíveis em nosso meio não possuem a especificidade e sensibilidade para se atingir a informação precisa e confiável em relação à amostra. Assim, em parceria com o LAMIR (Laboratório de Mineralogia da UFPR), estudamos os cálculos renais utilizando técnicas de análise mineralógica para melhor entender sua estrutura, composição e formação, além de auxiliar no diagnóstico e tratamento dos pacientes participantes da pesquisa.

Material e método: Os pacientes participantes da pesquisa foram selecionados no Ambulatório de Urologia ou no Ambulatório de Nefrolitíase do Hospital de Clínicas da UFPR. Foram incluídos aqueles com idade superior a 18 anos, que possuem diagnóstico de litíase renal confirmada por exame de imagem e que podem fornecer amostra do cálculo para análise.

Resultado: Foram analisadas 86 amostras, mostradas nos gráficos abaixo. Também foram tabulados o resultado de exame de urina de 24 horas de 8 pacientes para mensuração dos principais elementos envolvidos na litogênese. A calciúria nos pacientes portadores de cálculos de oxalato de cálcio (whewellite e weddellite) foi maior que nos demais (192,78±64,5 vs. 121,5±24,9, p=0,07).

Discussão: O resultado da composição dos cálculos analisados até o momento reflete a maior prevalência dos cálculos de oxalato de cálcio, como é descrito na literatura médica. A técnica de DRX mostrou-se factível e possibilitou a diferenciação exata dos componentes cristalinos dos cálculos urinários. A calciúria foi maior nos cálculos compostos de oxalato de cálcio.

Conclusão: É necessária uma amostra maior para melhorar a significância estatística do trabalho e retirar outras conclusões. A aplicação de outras técnicas (microtomografia, microscopia eletrônica de varredura, datação com radioisótopos) poderá contribuir para melhor compreender a estrutura intrínseca do cálculo e sua formação.

Referência: CARVALHO M. Nefrolitíase In: Riella, M.C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010, pp.571-586.