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Universidade Federal do Paraná Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação 18º Evento de Iniciação Cientíica 3º Evento de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Curitiba - Paraná 2010 Livro de Resumos 18º Evento de

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Universidade Federal do ParanPr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao18 Evento de Iniciao Cientfica3 Evento de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgicoe InovaoCuritiba - Paran2010Livro de Resumos Li18 Evento de DOutubro/2010Projeto Grfco Imprensa da UFPREditoraoRafael MaiaCriao Logomarca EVINCIQuintino Dalmolin e Rodrigo Lofrano AlvesCriao da capaJos Henrique Ferreira e Mariana Bentivoglio dos SantosTodososresumosnestelivroforamreproduzidosdecpiasfornecidaspelosautores.Ocon-tedodosmesmosdeexclusivaresponsabilidadedosseusautores.ACoordenaodo18 EVINCIe3EINTI,seusassessoresadhocecomitsdeavaliaonoseresponsabilizampor consequncias decorrentes do uso de quaisquer dados, afrmaes e/ou opinies inexatas (ou que conduzam a erro) publicadas neste livro.Coordenao do 18 EVINCI e do 3 EINTIUniversidade Federal do Paran. EVINCI(18.:2010 Curitiba) EINTI(3.:2010 Curitiba)U58Livro de resumos/18. Evento de Iniciao Cientca. 3. Evento de Iniciao em DesenvolvimentoTecnolgico e Inovao, Curitiba, 20 a 22 de outubro, 2010; Universidade Federal do Paran. Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao. - Curitiba, 2010.724p.1. Pesquisa Resumos. 2. Universidade Federal do Paran.-Projetosdepesquisa,alunos,professores.I.UniversidadeFederaldoParan.Pr-ReitoriadePesquisae Ps-Graduao. II. Ttulo.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANBIBLIOTECA CENTRAL. COORD. PROCESSOS TCNICOSFICHA CATALOGRFICADisponvel em: www.prppg.ufpr.br/ic,em 18 EVINCI e 3 EINTI 2010, em Livro de ResumosEditado pela PRPPG e impresso na imprensa UFPR.Tiragem: 100 exemplares.CDU 1976001.891(816.2)CDD 20.ed. 016.378Samira Elias Simes CRB-9/755Zaki Akel SobrinhoReitorVice-ReitorRogrio Andrade MulinariPr-Reitor de AdministraoPaulo Roberto Rocha KrgerPr-Reitora de Extenso e CulturaElenice Mara Matos NovakPr-Reitora de Graduao Maria Amlia Sabbag ZainkoPr-Reitor de Pesquisa e Ps-GraduaoSergio ScheerPr-Reitora de Planejamento, Oramento e FinanasLucia Regina Assumpo MontanhiniPr-Reitora de Assuntos EstudantisRita de Cssia LopesPr-Reitora de Gesto de PessoasLaryssa Martins BornADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANSetor de Cincias AgrriasAmadeu Bona FilhoSetor de Cincias BiolgicasLuiz Cludio FernandesSetor de Cincias Sociais AplicadasVicente PachecoSetor de Cincias ExatasSlvia Helena Soares SchwabSetor de EducaoEttine Cordeiro GuriosSetor de Cincias JurdicasRicardo Marcelo FonsecaSetor de Cincias da SadeClaudete Reggiane MelloSetor de Cincias Humanas, Letras e ArtesMaria Tarcisa Silva BegaSetor de Cincias da TerraChisato Oka FioriSetor de TecnologiaMauro Lacerda Santos FilhoSetor de Educao Profssional e TecnolgicaSvio Marcelo Leite Moreira da SilvaSetor Litoral Valdo CavaletCampus PalotinaVinicius Cunha Barcellos DIRETORES DE SETORPr-Reitor de Pesquisa e Ps-GraduaoProf. Dr. Sergio ScheerCoordenadoria de Programas de Ps-Graduao Stricto SensuProf. Dr. Edilson Srgio SilveiraCoordenadoria de Pesquisas e Desenvolvimento da Cincia e TecnologiaProfa. Dra. Graciela Ines Bolzon de MunizCoordenadoria de Iniciao Cientfca e Integrao AcadmicaProfa. Dra. Maria de Ftima MantovaniCoordenadoria de Programas de Ps-Graduao Lato SensuProf. Dr. Hamilton Costa JuniorSecretaria da PRPPGTnia Maria CatapanSecretaria da Coordenadoria de Programas de Ps-Graduao Stricto SensuRegina Clia MontrezolSecretaria da Coordenadoria de Pesquisas e Desenvolvimento da Cincia e TecnologiaMaria Olvia Ferreira PereiraSecretaria da Coordenadoria de Iniciao Cientfca e Integrao AcadmicaPaula HaraVilma Sueli AndradeIamni Reche Bezerra (estagiria)Michelle Caroline Bulotas (estagiria)Thais Cristina de Souza (estagiria)Secretaria da Coordenadoria de Programas de Ps-Graduao Lato- SensuCarla da Costa HofmannUnidade de Bolsas e AuxliosJussara do Rego EliasUnidade de Diplomas e Certifcados Programa Professor SniorMrio de Assis Demzuk Servio Eletrnico de RevistasPaulo Guilherme UgoliniUnidade de Processamento de Dados e InformticaJosHenrique FerreiraIderaldo Ferreira GomesMariana Bentivoglio dos Santos (estagiria)Ana Carolina Greef (estagiria)Francisco Daniel de O. Costa (estagirio)Vitor Cedran (estagirio)ADMINISTRAO DA PRPPGTCNICOS ADMINISTRATIVOS DA UFPRUnidade de Oramentos e FinanasConceio Abadia de Abreu MendonaKatiano Miguel CruzMariane ZubekAgncia de Inovao- Diretor ExecutivoProf. Dr. Sergio ScheerCoordenador de Transferncia de Tecnologias e ParceriasProf. Dr. Kleber Roberto PuchaskiCoordenadora de Propriedade IntelectualProf. Me. Edmeire Cristina PereiraCoordenadora de Incubadora de Empresas da base TecnolgicaMSc. Eliane Cordeiro de Vasconcellos Garcia DuarteSecretaria ExecutivaFranciele KlosowskiUniversidade Federal do ParanPr-Reitoria de Pesquisa e Ps-GraduaoCoordenadoria de Iniciao Cientfca e Integrao AcadmicaA Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao agradece aos membros do Comit Assessor de Pesquisa e da Comisso de Iniciao Cientfca.Agradece tambm aos representantes do CNPQ e da Fundao Araucria que compem o Comit Externo de Avaliao do 18 EVINCI e o 3 EINTI.COMIT ASSESSOR DE PESQUISAProfa. Dra. Francine Lorena Cuquel (Setor de Cincias Agrrias)Profa. Dra. Maria Regina Torres Boeger (Setor de Cincias Biolgicas)Prof. Dr. Srgio Soares Braga (Setor de CinciasHumanas Letras e Artes)Prof. Dr. Huscar Fialho Pessali (Setor de Cincias Sociais Aplicadas)Profa. Dra. Maria Jos Maluf de Mesquita (Setor de Cincias da Terra)Profa. Dra. Andra Barbosa Gouveia (Setor de Educao)Prof. Dr. Amrico Fres Garcez Neto (Campus Palotina)Prof. Dr. Fabricio Ricardo de Lima Tomio (Setor de Cincias Jurdicas)Profa. Dra. Maria Jos de Santana Ponte (Setor de Tecnologia)Profa. Dra. Liliana Mller Larocca (Setor de Cincias da Sade)Prof. Dr. Manoel Lesama (Setor Litoral)Prof. Dr. Carlos Mauricio Lepienski (Setor de Cincias Exatas)Prof. Dr. Roberto Tadeu Raittz (Setor de Educao Profssional e Tecnolgica)COMISSO DE INICIAO CIENTFICA Prof. Dr. Volnei Paulletii (Setor de Cincias Agrrias)Profa. Dra. Rosana N. de Morais (Setor de Cincias Biolgicas)Prof. Dr. Srgio Soares Braga(Setor de CinciasHumanas Letras e Artes)Prof. Dr. Huscar Fialho Pessali(Setor de Cincias Sociais Aplicadas)Prof. Dr. Pedro Luis Faggion (Setor de Cincias da Terra)Profa. Dra. Vera Regina Beltro Marques (Setor de Educao)Profa. Dra. Elisabete Takiuchi (Campus Palotina)Prof. Dr. Fabricio Ricardo de Lima Tomio (Setor de Cincias Jurdicas)Profa. Dra. Agnes de Paula Scheer (Setor de Tecnologia)Profa. Dra. ngela Fernandes (Setor de Cincias da Sade)Prof. Dr. Paulo Marques(Setor Litoral)Prof. Dr. Carlos Mauricio Lepienski (Setor de Cincias Exatas)Prof. Dr. Roberto Tadeu Raittz (Setor de Educao Profssional e Tecnolgica)LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201011APRESENTAORumo aos 100 Anos da UFPRH18anosaUniversidadeFederaldoParan(UFPR)realizaosEventosdeIniciaoCientfica, h trs anos incorporou a esta tradio o Evento de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e Inovao (EINTI). Na pretenso de no dissociar as atividades, em 2010 estes eventos, focados em ensino de graduao (9 ENAF- Encontro de Atividades Formativas) e nas atividades de extenso (9 ENEC- Evento de Extenso e Cultura), iro compor a Segunda Semana Integrada de Ensino Pesquisa e Extenso (SIEPE), que ter o tema Rumo aos 100 anos: Avanos e Realizaes no Ensino, na Pesquisa e na Extenso, mostrando a comuni-dade o caminhar desta Universidade que ora avana para novos patamares de pesquisa, desenvolvimento tecnolgico e inovao.OProgramaInstitucionaldeBolsasdeIniciaoCientfca,desdeofnaldadcadadeoitenta possibilita a efetividade do objetivo da UFPR: aumentar a participao dos graduandos na produo do co-nhecimento, a fm de desenvolver habilidades para a atividade de pesquisa e contribui efetivamente para a formao de novos pesquisadores. A bolsa de Iniciao Cientfca, no Brasil, uma modalidade existente no CNPq desde a sua criao em 1951. Esta modalidade de bolsa representa a insero do aluno na pesquisa e oportuniza melhor qualifcao profssional e est voltada para o conhecimento cientfco e tecnolgico. Uma das exigncias deste programa a realizao de um seminrio fnal para avaliao dos resultados das pesquisas realizadas durante um ano.NaUFPRoprimeiroseminriodenominadoEventodeIniciaoCientfca(EVINCI)naUFPR,foi realizado em 1993 com apresentao de 317 trabalhos da UFPR e de outras instituies. Representou um marco, pois a partir daquele ano o evento se tornou uma ocasio importante, porque alm de estabelecer um espao para socializar o resultado das atividades de pesquisa de alunos e professores, propicia ainda a troca de experincias entre os vrios setores da Universidade. Nestes 17 anos foram abordados mltiplos temas incitando o interesse em muitos alunos pela pesquisa, mediante o incentivo do programa. Neste sentido, o EVINCI, e junto com o EINTI desde 2008, constituem um cenrio institucional que mostra a participao efetiva dos discentes e docentes e as possibilidades concretas de vnculos tcitos entre o ensino, a pesquisa e a extenso. Neste ano, de 2010 ser possvel acompanhar mais de 1.200 trabalhos que sero apresentados e avaliados por bancas compostas pelos professores e ps-graduandos da prpria UFPR, resultado do empenho dos comits setoriais de pesquisa e do comit assessor de iniciao cientfca, que participam de todas as etapas que se iniciam com a seleo dos bolsistas, e terminam com a avaliao dosresumoserelatriosdoPrograma,bemcomodoacompanhamentoeapoiosatividadesdurantea realizao do evento. A avaliao dos Programas de Iniciao Cientfca e Iniciao ao Desenvolvimento Tecnolgico e InovaotambmrealizadaporumComitExternoquecomposto,preferencialmente,porbolsistas produtividade do CNPq, e estes tem no EVINCI/EINTI a oportunidade de assistir e acompanhar a evoluo dos trabalhos aqui desenvolvidos pelos nossos bolsistas e orientadores. Neste ano de 2010 sero apresentados 1259 trabalhos, com um aumento progressivo de inscritos que refete o esforo coletivo para a melhoria e expanso do Programa na UFPR e, que nos ltimos anos, foi impulsionado pelo quantitativo de bolsas disponibilizadas aos alunos tanto pela UFPR, quanto pelo CNPq e Fundao Araucria, nos diversos programas. Percebe-se o nmero crescente de trabalhos de Desenvolvi-mento Tecnolgico e de Inovao, cujo programa este ano teve um acrscimo de 150% de bolsas fornecidas pelo CNPq, resultado do incentivo governamental para esta modalidade de pesquisa.O livro de resumos do 18 EVINCI e 3 EINTI est separado em duas partes e foi publicado respei-tando-se as divises das reas do CNPq. Esto ordenados por ordem alfabtica dos departamentos e dos nomes dos alunos, sendo: Cincias Exatas e da Terra (206 alunos EVINCI e 05 EINTI); Cincias Biolgicas (177 alunos EVINCI e 09 EINTI), Engenharias (124 alunos EVINCI e 12 EINTI); Cincias da Sade (186 alunos EVINCI e 06 EINTI); Cincias Agrrias (246 alunos EVINCI e 08 EINTI); Cincias Sociais Aplicadas (69 alunos EVINCI); Cincias Humanas (180 alunos EVINCI e 01 EINTI) e Linguistca, Letras e Artes (29 alunos EVINCI e 01 EINTI). Estes resumos foram avaliados pelos Comits setoriais quanto a sua forma e seguem padres aceitos pela comunidade cientfca.LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201012A Coordenao de Iniciao Cientfca e Integrao Acadmica da Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps- Graduao agradece aos membros dos Comits Setoriais de Pesquisa, a Comisso de Iniciao cientfca, os membros do Comit Assessor de Pesquisa, aos membros dos Comits externos de avaliao, aos consultores ah hoc e a todos que avaliaram relatrios, resumos e projetos de pesquisa. A Instituio destaca e agradece aos orientadores sem os quais os Programas Institucionais de Iniciao Cientfca e de Iniciao em Desen-volvimento Tecnolgico e Inovao no teriam sucessoAgradecemos, ainda, a todos aqueles que deram apoio fnanceiro para a realizao destes eventos, aos parceiros das Pr-Reitorias de Extenso e Cultura e de Graduao para o sucesso da Segunda SIEPE.Prof. Dr. Sergio ScheerPr-Reitor de Pesquisa e Ps-GraduaoProfa. Dra. Maria de Ftima MantovaniCoordenadora de Iniciao Cientfca e Integrao AcadmicaA tabela abaixo mostra a evoluo destes Programas Institucionais (PIBIC e PIBITI) ocorrida nos ltimos sete anos, bem como a quantidade de bolsas advindas das diferentes fontes de fomento para a UFPR. Tambm se percebe o crescente nmero de alunos inscritos como voluntrios no programas, bem como o nmero de trabalhos apresentados nos eventos EVINCI e EINTI ao longo desses anos.EditalBolsas CNPqBolsas FundaoAraucriaBolsa UFPR/TNAlunosVoluntriosTrabalhos apresentados no EVINCI/EINTIPIBIC2004/2005 289 130 80 13 EVINCI-7372005/2006 289 130 104 14 EVINCI- 9292006/2007 309 130 121 15 EVINCI- 9712007/2008 309 160 225 16 EVINCI- 10462008/2009 319 64 + 60AF 160 376 17 EVINCI- 11422009/2010 339 + 2AF 70 + 60AF 200 467 18 EVINCI- 12592010/2011 370 + 25AF 60AF 235 529 A ocorrer em 2011PIBITI2007/2008 10 07 1 EINTI - 102008/2009 15 08 2 EINTI - 172009/2010 15 20 39 3 EINTI - 422010/2011 55 05 02 A ocorrer em 2011LegendaAF: Aes AfrmativasPIBIC: Programa Institucional de Bolsas de Iniciao CientfcaPIBITI: Programa Institucional de Bolsas de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e InovaoEVINCI: Evento de Iniciao CientfcaEINTI: Evento de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e InovaoSumrioLIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201015SUMRIOAPRESENTAAO.................................................................................................................................................................... 11PIBICCINCIAS EXATAS E DA TERRA................................................................................................................................... 19CINCIAS BIOLGICAS.................................................................................................................................................. 125ENGENHARIAS.................................................................................................................................................................. 217CINCIAS DA SADE...................................................................................................................................................... 283CINCIAS AGRRIAS....................................................................................................................................................... 379CINCIAS SOCIAIS APLICADAS.................................................................................................................................. 505CINCIAS HUMANAS...................................................................................................................................................... 543LINGUSTICA, LETRAS E ARTES.................................................................................................................................. 637PIBITICINCIAS AGRRIAS E DA TERRA .............................................................................................................................. 657CINCIAS BIOLGICAS.................................................................................................................................................. 663ENGENHARIAS.................................................................................................................................................................. 671CINCIAS DA SADE...................................................................................................................................................... 681CINCIAS AGRRIAS....................................................................................................................................................... 687CINCIAS HUMANAS...................................................................................................................................................... 695LINGUSTICA, LETRAS E ARTES.................................................................................................................................. 699INDICE DE AUTORES E ORIENTADORES.................................................................................................................. 703PIBICCincias Exatase da TerraLIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201020LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201021O bycatch pode ser denido como os organismos capturados incidentalmente junto com as capturas-alvo. Trata-se de um dos principais problemas do manejo pesqueiro contemporneo. gerado por uma diversidade de tcnicas de captura, sendo o arrasto de portas uma das mais impactantes, tendo em vista a baixa seletividade e a alta proporo de bycatch em relao espcie-alvo, comprometendo juvenis de peixes, crustceos e invertebrados. O presente trabalho realizou atravs de coletas experimentais, uma avaliao da composio e a estrutura em tamanho e peso da captura incidental na pesca do camaro sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) com arrastos de porta e canoa motorizada. Para avaliar a composio da ictiofauna do bycatch, em parceria com os pescadores do balnerio de Barrancos, de julho de 2008 at abril de 2009 foram realizados 12 arrastos mensais, com redes do tipo manga seca, na plataforma continental interna rasa em frente ao municpio de Pontal do Paran, Paran, Brasil. Foram capturados 1.082.990 g de peixes, camaro, siris e caranguejos. Deste total 327.090 g foi de peixes e 576.210 g de camaro, cuja relao mdia em peso de camaro: peixes foi de 1:0,57. A maior captura mdia de peixes ocorreu em maro (6.408,33 g) e a menor em agosto (1.075 g). Para o camaro, a maior captura foi em janeiro (10.625 g) e a menor ocorreu em outubro (1.272,5 g). Em relao ictiofauna do bycatch, no total 26.743 peixes foram capturados distribudos em 27 famlias e 68 espcies. Um maior nmero de peixes foi coletado no ms de maro, correspondendo a 5920 indivduos, ao passo que o ms de setembro teve a menor captura, correspondendo a 780 indivduos. As famlias que apresentaram maior riqueza de espcies foram Sciaenidae (18); Carangidae (6); Ariidae (5) e Achiridae, Engraulidae e Paralichthyidae (4). Somente as famlias Sciaenidae e Carangidae representaram 80% da captura total. As espcies Stellifer rastrifer, Selene setapinnis, Stellifer brasiliensis, Larimus breviceps, Paralonchurus brasiliensis e Cathorops spixii foram dominantes em nmero de indivduos, representando 80% da captura total, sendo que a captura de Stellifer rastrifer e Selene setapinnis correspondeu a 44% da captura total. Conclui-se que a ictiofauna do bycatch da plataforma interna rasa do litoral paranaense dominada por peixes demersais, na maioria pertencentes a famlia Sciaenidae.BYCATCH DE PEIXES NA PESCA DE CAMARO EM PONTAL DO PARAN, PARANAluno de Iniciao Cientfca: Andria Schwingel (Programa- PIBIC CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021254Orientador: Henry Louis SpachCo-Orientador: Andr Pereira CattaniColaborador: Lilyane de Oliveira Santos (Mestre) e Bianca Budel (Estagiria)Departamento: Centro de Estudos do Mar Setor: Cincias da TerraPalavras-chave: bycatch, pesca de arrasto, ictiofauna.rea de Conhecimento: 1.08.01.00-6 - Oceanografa Biolgica0001A espcie Anomalocardia brasiliana (Gmelin,1791), conhecida como berbigo, pertence famlia Veneridae, possui alto valor nutricional, caractersticas eurihalinas, euritrmicas e resistente decincia de oxignio. So tradicionalmente consumidos pelas populaes litorneas e comercializados nos grandes centros urbanos o que, em conseqncia, acarreta uma grande explorao dos bancos naturais diminuindo os estoques da espcie. Estudos sobre sua reproduo viro trazer subsdios para a explorao sustentvel do recurso e o estabelecimento do cultivo de maneira controlada. O objetivo deste trabalho estudar experimentalmente a inuncia da presena ou ausncia do substrato nareproduodeA.brasiliana.Paraefetuaroexperimento300espcimesforamcoletadosdeumbaixioentremarsnovegetado, com declividade pouco acentuada e sedimento areno-lodoso, localizado na Ilha dos Papagaios (2532S; 4826W). O experimento foi executado durante quatro semana em 6 tanques de 100 litros cada, com uxo contnuo de guae recirculao de 4 vezes o volume ao dia. O alimento utilizado no experimento foram as microalgas Isochrysis galban e Chaetoceros calcitrans. Em cada tanque foram distribudos 50 animais com tamanho entre 15 e 35 mm de comprimento. A metade dos tanques continha 8 Kg de sedimento areno-lodoso desfaunado e os demais sem sedimento. Em cada tanque foram coletados 10 exemplares a partir da segunda semana do experimento, estes foram pesados, identicados por sexo e repleo das gnadas (cheio, parcialmente cheio, parcialmente vazio e vazio) e colocados em estufa a 60C por 48 h para determinar os ndices de condio e rendimento da carne. As anlises estatsticas empregadas foram freqncia relativa para sexo e repleo das gnadas e uma anlise de varincia (ANOVA) para ndice de condio e rendimento da carne. A proporo sexual foi de 1 : 1,2 (80 fmeas=45,45% e 96 machos=54,54%), os resultados do ndice gonadal indicaram indivduos comgnadas cheias (50%), parcialmente cheias (39,20%) e parcialmente vazias (10,80%). No houve diferena signicativa quanto presena de substrato para a o ndice de condio (F=0,04; p=084) e rendimento da carne (F=0,14; p=0,70), mas foi vericada uma desova mais precoce nos organismos dos tanques com sedimento. Vericou-se ainda a inuncia da elevao da temperatura no estmulo para a desova. DETERMINAO DO PERODO REPRODUTIVO DO BERBIGO Anomalocardia brasiliana EM AMBIENTE NATURAL DA BAA DE PARANAGU E SUA CORRELAO COM A VARIAO SAZONAL DOS PARMETROS AMBIENTAIS.Aluno de Iniciao Cientfca: Augusto Luiz Ferreira Junior (PIBIC/CNPq).N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022570Orientador: Theresinha Monteiro AbsherColaborador: Ana P. Baldan (Pesquisadora/CPPOM-PUC), Susete W. Christo (Pesquisado-ra/UEPG), Rafaela M. Gonalves (Tcnico/ CPPOM-PUC).Departamento: Centro de Estudos do MarSetor: Cincias da Terra.Palavras-chave: berbigo, reproduo e maturao.rea de Conhecimento: Oceanografa Biolgica - 1.08.01.00-60002LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201022O aquecimento diferencial da superfcie terrestre cria gradientes de presso geradores dos ventos. O comportamento do vento varia no tempo e no espao, devido interao entre inmeros fatores como relevo, rugosidade da superfcie e sistemas atmosfricos. No Estado Paran as direes predominantes de ventos variam entre os quadrantes Nordeste-Sudeste. No litoral paranaense o sistema atmosfrico controlado na maior parte do ano, pelo Anticiclone do Atlntico Sul, as massas polares so mais atuantes no inverno e a tropical atlntica no vero. O objetivo desse trabalho investigar a variabilidade da direo e velocidade do vento em escalas anual, sazonal e dirio, contribuindo para a melhor compreenso da circulao atmosfrica e ocenica na regio. Para isso utilizou-se 10 anos de dados horrios (1999-2009) provenientes da estao meteorolgica localizada prxima a desembocadura sul da Baia de Paranagu, administrada pelo Centro de Estudos do Mar. A mdia da velocidade do vento para os dez anos foi de 3,2 m/s, com os ventos dos quadrantes Sul - Leste representando 52% do total de observaes. A variabilidade anual do vento mostra valores mnimos de velocidade no ms de julho, da ordem de 2,4 m/s. Neste perodo, os ventos predominantes de Sul, Sudeste e Sudoeste representam 18%, 14% e 12%, respectivamente, do total e esto associados a uma maior frequncia de frentes frias. O valor mximo mdio da velocidade do vento encontra-se no ms de novembro, da ordem de 4,1 m/s. As intensidades maiores nos meses de maior aquecimento mostram a inuncia do contraste de aquecimento diferencial oceano-atmosfera no valor do vento sintico mensal. Neste perodo, o vento predominante de Leste e Sudeste cuja frequncia representa 43% do total, provavelmente associados ao anticiclone do Atlntico Sul e a brisa martima. Quando separados em perodos diurnos e noturnos, observa-se que, para os ventos diurnos, as direes Este, Sul e Sudeste so predominantes e representam 60% do vento total enquanto que para o perodo noturno a distribuio de frequncia melhor distribuda. Quanto anlise das componentes zonal e meridional do vento observa-se que as componentes sul e leste predominam em todas as estaes. Suporte Financeiro: UFPR-TN, CNPq.CICLO DIURNO DA ATMOSFERA NA REGIO DE PONTAL DO PARAN.Aluno de Iniciao Cientfca: Elaine Aparecida de Oliveira (Programa- UFPR - TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023575Orientador: Marcelo DouradoDepartamento: Centro de Estudos do Mar Setor: Cincia da TerraPalavras-chave: Vento, Estao Costeira, Paran rea de Conhecimento: Oceanografa Fsica- 1.08.02.00-20004Historicamente, a aquisio de dados oceanogrcos se faz atravs de medies in situ, fornecendo informaes precisas e pontuais. Mas, devido necessidade de um maior entendimento dos processos costeiros e ocenicos em escalas espao-temporal, como por exemplo, a circulao ocenica, estimativas de abundncia toplanctnica, o uso de imagens de satlites se tornou uma ferramenta vivel e imprescindvel nesses estudos. Uma das maiores aplicabilidades desta tcnica est relacionada ao conceito de cor do mar, ao qual se obtm informaes sobre os constituintes pticos da gua do mar. Visto a viabilidade do uso de imagens do sensor MODIS, abordo do satlite Aqua, fez-se a necessidade de uma validao dessas imagens sobre a rea de estudo atravs de comparaes com dados de campo, sendo este o objetivo do trabalho. Foram realizados 6 transectos embarcados pela Baa de Paranagu e plataforma adjacente, sempre no perodo da tarde, coincidindo com o horrio de passagem do satlite, coletando dados hidrogrcos e amostras de gua para anlise laboratorial dos constituintes pticos da gua do mar. Alm do processamento de cerca de 60 imagens, das mais de 400 disponveis neste perodo sobre a regio, para alimentao do banco de dados digital. Os transectos ocorreram entre os meses de novembro do ano passado at junho deste ano. Devido a diculdades metodolgicas e interpretativas, os dados dos constituintes pticos extrados em campo ainda no foram comparados mais detalhadamente com os do satlite, mas vericou-se o esperado e indicado nas imagens, maior absoro de toplncton e material particulado dentro do esturio e nas regies prximas a desembocadura. Com relao aos dados hidrogrcos, deu-se maior ateno a temperatura da superfcie do mar (SST), com 4 transectos apresentando dados comparativos a imagens adquiridas no mesmo dia das coletas de campo. Os dados de campo tiveram uma variao de no mximo 2C entre os pontos em uma mesma coleta, enquanto os de satlite chegaram a variar 8C na primeira coleta, j nas demais estiveram perto do padro gerado em campo. Essa variao, com dados prximos e tambm discrepantes aos de campo pode indicar possvel movimentao das massas d gua, como entradas de pequenos vrtices, uma vez que poucos pontos so coletados no mesmo horrio da passagem do satlite, ou simplesmente a presena de nuvens que distorcem os dados. Um maior nmero de transectos e a comparao dos constituintes pticos daro uma proporo da real relao entre os dados.COMPARAO DE DADOS HIDROGRFICOS DA PLATAFORMA RASA DO PARAN MEDIDOS IN SITU COM DADOS OBTIDOS POR SATLITE. Aluno de Iniciao Cientfca: Eduardo Andreus Meglin Stein (Programa- PIBIC - CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2008022421Orientador: Maurcio Almeida NoernbergColaborador: Bruno Martini MoreiraDepartamento: Centro de Estudos do Mar Setor: Cincias da TerraPalavras-chave: Complexo Estuarino de Paranagu, MODIS, SST.rea de Conhecimento: 1.08.02.00-2 - Oceanografa Fsica0003LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201023Os esturios so corpos aquosos de transio entre o oceano e o continente, sendo reconhecidamente ambientes com importncia ecolgica, jqueservemcomofontedenutrientesparaosoceanos,readealimentao,abrigoereproduoparadiversasespcies.NoEstado do Paran o Complexo Estuarino de Paranagu (CEP) destaca-se pela extenso (612 km2), reas de preservao ambiental e constantes atividades porturias. Este estudo consiste nos trabalhos preliminares de reconhecimento de pores rasas no CEP, de forma a detectar locais propcios a ocorrncia de reas de alimentao para tartarugas marinhas (Chelonia mydas), associadas s caractersticas fsicas de um ambiente estuarino (granulometria, batimetria, declividade do substrato e posio geogrca). Neste contexto o objetivo deste trabalho caracterizar a granulometria dos sedimentos de fundo da rea, dando inicio a construo de um banco de dados a ser integrado a informaes ecolgicas, com o auxlio de tcnicas de geoprocessamento. O local escolhido conhecido localmente como Baixio do Perigo, onde a principal inuencia hidrodinmica ocorre em decorrncia da ao de correntes de mars, a batimetria rasa e so observadas extensas reas cobertas por grama marinha (H. wrightii). Os trabalhos de campo foram planejados para uma freqncia sazonal, resultando em uma comparao de cenrios, onde so amostrados parmetros fsicos e ecolgicos. A caracterizao granulomtrica da primeira campanha de campo foi efetuada pela coleta e anlise de 20 amostras sedimentares, as quais foram submetidas aos processos de peneiramento e pipetagem, e a quanticao, por ataque qumico, dos teores de matria orgnica e carbonatos contidos. De uma forma geral, predominaram as areias nas, entretanto com ocorrncias menos freqentes que variaram entre as areias muito nas e mdias. O grau de seleo granulomtrica variou de sedimentos pobremente a muito pobremente selecionados enquanto que foram observados teores de carbonatos entre 1,4 e 23,4 % e matria orgnica entre 1,2 e 3,7 %. Estes resultados foram comparados com a distribuio das caractersticas granulomtrica mais ampla do CEP, a qual concerne ao respectivo projeto guarda-chuva, possibilitando assim uma anlise preliminar de reas de enfoque para o decorrer dos trabalhos.Este trabalho tem como objetivo avaliar a densidade, abundncia e variao temporal das comunidades zooplanctnicas e a viabilidade na produo de ovos de coppodes na zona de arrebentao da praia de Pontal do Sul, no litoral do Paran. Esta praia apresenta caractersticas de uma praia mais protegida das aes das ondas, com estreita zona de arrebentao e ondas que no passam de um metro. As amostragens foram realizadas quinzenalmente com uma rede cilindro-cnica de 1,5 m de comprimento, 0,5 m de dimetro e malha de 300 m, equipada com uxmetro para clculo do volume ltrado. Os arrastos foram efetuados em frente ao Centro de Estudos do Mar (CEM) por duas pessoas puxando a rede na zona de arrebentao interna numa profundidade mdia de 1,2 m em arrastos de aproximadamente 2 min. Em laboratrio foi realizada a triagem para identicao a nvel especco sob microscpio esteroscpico. As principais espcies registradas foram Acartia lilljeborgi, Acartia tonsa e a invasora Temora turbinata. A espcie Temora turbinata foi dominante apresentando densidade mxima de 102 ind m-3 na coleta do ms de junho, enquanto as espcies Acartia lilljeborgi e Acartia tonsa apresentaram densidades mnimas de 0,4 ind m-3 e 0,3 ind m-3, respectivamente, na coleta do ms de maro. Atravs destes resultados preliminares nota-se que a espcie invasora Temora turbinata est dominando o zooplncton desta rea, o que tambm ocorre em outras regies. Os experimentos para avaliar a produo secundria esto em andamento. CONSIDERAES SOBRE OS SEDIMENTOS DE FUNDO DAS PORES RASAS DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUVARIAO TEMPORAL DA BIODIVERSIDADE, ABUNDNCIA E PRODUO SECUNDRIA DO ZOOPLNCTON EM PONTAL DO SUL, PR.Aluno de Iniciao Cientfca: Felipe Ricardo de Freitas (Fund. Araucria Aes Afrmat.)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023532Orientador: Dr. Marcelo Renato LamourDepartamento: Centro de Estudos do Mar Setor: Cincias da TerraPalavras-chave: caracterizao sedimentarrea de Conhecimento: Oceanografa Geolgica 1.08.04.00-5Aluno de Iniciao Cientfca: Fernanda Pereira de Felipe (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023681Orientador: Prof. Dr. Jos Guilherme Bersano FilhoColaborador: Renata Michelli de Grassi (ESTAGIRIA)Departamento: Centro de Estudos do MarSetor: Cincias da TerraPalavras-chave: Zona de arrebentao, zooplncton, variao temporal.rea de Conhecimento: 1.08.01.00-600050006LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201024O Complexo Estuarino de Paranagu (CEP; 2530S - 4825W) est localizado no litoral paranaense e congura um importante habitat biodiversidade, com atividades porturias desenvolvidas no seu eixo E-W. O eixo N-S corresponde a uma rea com enseadas e baas de pequeno porte contornadas por unidades de conservao. Estes ambientes apresentam uma interao entre a ao antrpica, a hidrodinmica e os sedimentos de fundo, o que pode implicar em mudanas das suas caractersticas geomorfolgicas ao longo do tempo. Desta forma, torna-se necessrio o monitoramento destas mudanas com a aquisio de novos dados, j que os sedimentos de fundo so a base para a xao de formas de vida e destino de contaminantes. Este trabalho tem como objetivo vericar as mudanas ocorridas nas caractersticas granulomtricas dos sedimentos de fundo no CEP, entre os anos de 1966 e 2009, complementando o conhecimento a respeito das suas caractersticas sedimentolgicas. Os dados granulomtricos pretritos foram classicados por cronologia, sendo agregados em conjuntos correlatos(1966,1995e2009).Posteriormente,foramelaboradososrespectivosmapastemticosdascaractersticasgranulomtricas (dimetro mdio, grau de seleo, assimetria e curtose). Os mapas foram comparados digitalmente com o intuito de vericar as possveis mudanas nas caractersticas sedimentares entre os conjuntos de dados, gerando produtos derivados do geoprocessamento indicando reas onde houve aumento, reduo e manuteno das caractersticas estudadas. As anlises mostraram mudanas no tamanho de gro e no grau de seleo do eixo E-W na comparao entre os anos de 1966/1995 e 1995/2009. Na regio de Antonina, entre os anos de 1966/1995, os sedimentos, em geral, engrossaram de areia na para areia mdia e entre os anos de 1995/2009 de areia mdia para areia grossa. Entretanto, na regio de Paranagu, entre os anos de 1966/1995, o dimetro mdio variou de silte grosso para areia muito na e entre 1995/2009 os sedimentos voltaram a classe silte grosso. Na regio prxima a Ilha Rasa da Cotinga, tanto na comparao do dimetro mdio quanto do desvio padro e entre os anos de 1966/1995 e 1995/2009, ocorreu manuteno das caractersticas granulomtricas. Os fatores principais que podem ter contribudo para essas mudanas nas caractersticas sedimentolgcas do CEP so: circulao estuarina, produo de sedimentos associada pluviosidade o que pode potencializar o transporte de nos para a regio de Paranagu, alm dos diferentes mtodos utilizados nas anlises dos conjuntos de dados. OmunicpiodePontaldoParan(2545S/4830W)estlocalizadonaporocentraldolitoralparanaense,delimitadoanortepela desembocadura do Complexo Estuarino de Paranagu (CEP) e a sul pelo municpio de Matinhos. Congura uma regio de grande importncia ecolgica por comportar reas de proteo permanente como restingas e manguezais. O CEP apresenta intensa atividade porturia, com praias adjacentes sua desembocadura, as quais podem ser caracterizadas pelas acentuadas variaes de forma resultantes do transporte sedimentar longitudinal. O objetivo deste trabalho analisar a composio granulomtrica e mineralgica das praias adjacentes a desembocadura do CEP, como subsdio a compreenso dos processos deposicionais vigentes. Os trabalhos de campo consistiram na coleta de amostras de sedimentos em 50 pontos espaados em 500 m, dos quais, 25 esto dispostos em pers normais a costa com coletas realizadas em trs nveis diferentes da praia (zona de espraiamento, poro intermediria e duna frontal) e outros 25 pontos onde foram amostrados apenas os sedimentos da zona de espraiamento, perfazendo 100 amostras. As anlises granulomtricas foram realizadas pelo mtodo convencional de peneiramento, enquanto que a separao dos minerais pesados ser realizada pelos contrastes de densidade entre minerais pesados e leves mergulhados em Bromofrmio (CHBr3). Nesta fase dos trabalhos, foram determinadas as caractersticas granulomtricas dos sedimentos como etapa preparatria para a separao dos minerais pesados. Posteriormente a estes processos, sero confeccionadas lminas delgadas para a anlise quali-quantitativa dos minerais pesados por microscopia petrogrca. No geral, o dimetro mdio dos gros corresponde areias nas, entretanto foram vericadas mudanas locais neste padro associadas s extremidades S e N da rea de estudo. Nas pores sul e central da rea de estudo foram observadas ocorrncias de areias mdias na zona de espraiamento. Na extremidade N as praias sob inuenciadedesembocaduraapresentaramareiasmuito nasnazonamdiadoperlpraial.Ograudeseleodossedimentosvariou de moderadamente a muito bem selecionado ao longo de toda a rea de estudo, contudo predominaram os sedimentos bem selecionados. Entretanto, a regio prxima desembocadura do CEP apresenta um padro de piora do grau de seleo entre a zona de espraiamento (bem selecionado) e a duna frontal (muito bem selecionado).CARACTERIZAO SEDIMENTAR DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGU (PR) MINERAIS PESADOS NO LITORAL DO PARAN: CONSIDERAES SOBRE A COMPOSIO MINERALGICA DE UM ESTURIOAluno de Iniciao Cientfca: Juliane Castro Carneiro (IC - Voluntria)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023532Orientador: Dr. Marcelo Renato LamourDepartamento: Centro de Estudos do MarSetor: Cincias da TerraPalavras-chave: granulometria, sedimentologia, banco de dados.rea de Conhecimento: Oceanografa Geolgica - 1.08.04.00-5 Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Cristina Alves (PIBIC CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023532Orientador: Dr. Marcelo Renato LamourDepartamento: Centro de Estudos do MarSetor: Cincias da TerraPalavras-chave: granulometria, praias de desembocadura.rea de Conhecimento: Oceanografa Geolgica - 1.08.04.00-500070008LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201025A partir da implementao de um modelo numrico tridimensional, com dados orbitais termais superciais para a Costa Sudeste Brasileira, foram analisados 730 campos de velocidade e de temperatura superciais, resultantes de uma simulao de dois anos de dados (2006 e 2007). O objetivo desse trabalho foi identicar a frente trmica da Corrente do Brasil, (CB) a qual indica a regio de maior variao da temperatura no espao, e compar-la com o ncleo de velocidade da prpria corrente, sendo este ncleo por sua vez, a regio de ocorrncia de eventos extremos, como vrtices e meandros. O modelo implementado foi o Regional Ocean Model System (ROMS), pela equipe da Diviso de Projetos Ocenicos (IEAPM - Marinha do Brasil). Para a gerao dos resultados foi utilizada a metodologia de indicao de frentes trmicas, chamada de mdulo quadrtico do gradiente, artifcio que facilita a visualizao dessas regies pelo forte contraste em escala de cinza. Posteriormente, o ncleo de velocidade foi digitalizado manualmente, vericando as regies onde a CB mais intensa, representada pelos maiores vetores de velocidade. As duas curvas digitalizadas foram ento visualmente comparadas e mdias setoriais das distncias normais entre elas foram tomadas. Devido mudana de orientao da costa sudeste brasileira, a localizao de trs setores foiestabelecidaacompanhandoaposiogeogrcadacurvanotempo,conformeosentidoLeste-OesteouNorte-Sul.Osresultados deste trabalho esto sendo analisados e inicialmente observa-se uma frente trmica bem prxima da CB, acompanhando-a elmente nos setores 1 e 3, no sentido N-S. Porm no sentido L-O, a corrente perde intensidade e meandra ocasionalmente, e a sua frente trmica perde o sinal, pela homogeneidade da temperatura no local, sendo identicada em isbatas acima da plataforma continental, onde a CB no ui em sua totalidade. Coube ao observador estimar visualmente o link entre os dois setores, acompanhando a corrente, o que resulta em uma digitalizao por vezes sem preciso, porm coerente. Muitas vezes a frente trmica da corrente pode ser confundida com a de ressurgncia costeira, que ascende guas frias de fundo, uindo do Cabo Frio (22S) ao largo de So Sebastio (23S), se destacando nos resultados do modelo, em isbatas inferiores 200 m. A estimativa visual de frentes trmicas tm sido questionada quanto delidade em se digitalizar feiesoceanogrcasapartirdoconhecimentodeumobservadortreinado,aoinvsdeautomatizarummtodo.Nestetrabalho cou claramente demonstrado que a automatizao facilita, porm no substitui por completo a acurcia da digitalizao manual. Por outro lado, a implementao de um modelo que simula correntes e feies associadas, torna-se uma grande ferramenta de anlise, quando da falta de dados oceanogrcos de boa resoluo espacial em meso e grande escala.Denomina-se micorriza a associao mutualstica entre fungos da ordem Glomales e razes de grande parte das espcies vegetais atuais. Esses fungos produzem uma estrutura chamada arbsculo, responsvel pelo intercmbio bidirecional de molculas importantes: nitrognio e, principalmente, fsforo para a planta e carboidratos para o fungo. Embora os fungos micorrzicos arbusculares (FMAs) sejam indispensveis paraamaiorpartedasespciesvegetais,seuspadresdedistribuioaindapermanecempoucoconhecidosnolitoralbrasileiro,com exceo de trabalhos realizados nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com o objetivo de quanticar a variao na abundncia e composio dos FMAs em escalas espaciais distintas ao longo de gradientes a partir do supra-litoral, em dois balnerios de Pontal do Paran, amostras foram coletadas nas rizosferas de Spartina ciliata em trs praias de morfodinmicas distintas. Em cada praia, trs transectos perpendiculares linha da costa foram medidos a partir da duna frontal at a duna xa. Cada transecto possui um ponto em cada duna e cada ponto possui trs rplicas, totalizando em 54 amostras. Alm disso, uma amostra para quanticar os teores de N e P foi coletada em cada ponto, totalizando 18 amostras.Em laboratrio, os esporos foram extrados atravs de peneiramento mido, centrifugados em um gradiente de sacarose (20% e 60%) e contatos sob microscpio estereoscpico. As anlises de fsforo e nitrognio no sedimento foram realizadasnoLaboratriodeBiogeoqumicadoCentrodeEstudosdoMardaUFPR. Acomposioeabundnciadosesporosforam analisadas atravs de uma ANOVA de modelo misto. As anlises univariadas para os txons dominantes (Gigaspora albida, Scutellospora scutata, Scutellospora gregaria, Acaulospora scrobiculata e Glomus sp. ) mostraram que a interao de dunas com transectos aninhados em praias foi a mais signicativa, ou seja, os padres de diferenas entre as dunas ocorrem em escalas menores do que reportadas em diversos artigos. As anlises multivariadas (nMDS, PERMANOVA), tambm revelaram que a estrutura da comunidade fngica diferiu na interao duna com transecto. Portanto, este trabalho conrma a necessidade de incorporar diferentes escalas espaciais em delineamentos que pretendem avaliar a distribuio de fungos micorrzicos, uma vez que as diferenas encontradas estavam em menores escalas que as usualmente utilizadas em trabalhos anteriores. Suporte nanceiro: CNPq/UFPR, PIBIC.RELAO ENTRE A FRENTE TRMICA E O NCLEO DE VELOCIDADE MXIMA DA CORRENTE DO BRASIL NA COSTA SUDESTE BRASILEIRADISTRIBUIO ESPACIAL DE FUNGOS MICORRZICOS ARBUSCULARES EM RESTINGA DE PONTAL DO PARAN, PARAN, BRASIL.Aluno de Iniciao Cientfca: Larissa Patricio ValrioN de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021334 Orientador: Eduardo Marone Departamento: Centro de Estudos do Mar Setor: Cincias da TerraPalavras-chave: , Corrente do Brasil, frentes trmicas, Costa Sudeste Brasileira.rea de Conhecimento: Oceanografa FsicaAluno de Iniciao Cientfca: Manuela Santos SantanaN de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021268Orientador: Hedda Elisabeth KolmDepartamento: Centro de Estudos do Mar Setor: Cincias da TerraPalavras-chave: fungos micorrzicos arbusculares, vegetao costeira, distribuio espacial.rea de Conhecimento: 2.05.02.00-100090010LIVRO DE RESUMOS - 18.O EVINCI E 3.O EINTI / OUTUBRO / 201026A cidade de Paranagu apresenta um dos maiores ndices demogrcos do litoral do Paran, diversas indstrias e o maior porto graneleiro da Amrica Latina. O sistema de coleta e tratamento de esgoto deciente, fazendo com que a maior parte dos resduos da cidade seja despejada diretamente nos rios que a circundam, alcanando o sub-esturio da Cotinga, (localizado entre 2530-2532S e 4828-4844W) e podendo ser transportados para mar aberto. Esse dejeto composto por material fecal, metais, resduos slidos e uma grande variedade de poluentes orgnicos, como, por exemplo, hidrocarbonetos que, alm de estarem presentes na constituio da matria orgnica de origem vegetal e animal, fazem parte da composio do petrleo e seus derivados, podendo causar srios danos para o ecossistema. O objetivo deste trabalho avaliar a distribuio de hidrocarbonetos do petrleo que chegam ao sub-esturio no entorno da cidade de Paranagu. Para isso, 11 amostras coletadas em pontos distintos desse local foram extradas em Soxhlet por 8 horas, puricadas em coluna de adsoro eanalisadasemcromatgrafogasosoequipadocomdetectordeionizaodechama(GC-FID). Aconcentraodoshidrocarbonetos alifticos totais variou entre 0,187 e 2220,5 g.g-1, com a maior concentrao sendo encontrada prxima ao Porto de Paranagu. O ndice Preferencial de Carbono (IPC) e a razo entre a mistura complexa no resolvida (MCNR) e o somatrio dos hidrocarbonetos alifticos resolvidos indicaram que a maioria dos pontos analisados apresenta matria orgnica predominantemente de origem petrognica, exceto os pontos controle, localizados na parte mais interior do sub-esturio, que indicaram predomnio de matria orgnica biognica. As razes pristano/tano, pristano/n-C17 e tano/n-C18 indicaram que todos os pontos amostrados apresentam hidrocarbonetos de origem antrpica, sendo que em 10 deles, as introdues so classicadas como de origem recente. O ponto mais prximo ao Porto de Paranagu apresentou concentraes de hidrocarbonetos alifticos totais, tpicas de contaminao por hidrocarbonetos (> 500 g.g-1), bem como todos os ndices de avaliao que foram calculados sugerem a presena de leo j degradado, o que pode ser explicado por sofrer inuncia direta dos rejeitos das atividades realizadas neste local.Neste estudo, testamos a hiptese de que a distribuio vertical das populaes de nematides da regio entre-mars de um baixio subtropical (BaiadeParanagu,Brasil)determinadapelasestratgiasdealimentaoprevalecentes.Foramcoletadasquatrorplicascomcorers de 2,5 cm de dimetro at a profundidade de 5 cm (seccionadas em estratos de 0,5 cm)em cada uma de trs reas de 1 m2 escolhidas de forma aleatria no baixio da Ilha dos Papagaios. As variaes na distribuio vertical da abundncia de nematides e da concentrao de clorola-a foram relacionadas com alteraes no substrato durante um ciclo de mar misto semidiurno (T1, perodo imediatamente aps a exposio; T2, quatro horas aps T1, ainda exposto; T3 seis horas aps T1, no inicio da mar enchente). Apesar das diferenas signicativas na densidade de nematides, a resposta das espcies foi similar entre as reas. Pudemos observar um padro geral de migrao para camadas mais profundas do sedimento entre T1 e T2, com um aumento da densidade em funo da profundidade do sedimento, provavelmente em resposta ao aumento da dessecao e da temperatura. Os padres de distribuio vertical no diferiram signicativamente entre T2 e T3, o que sugere uma resposta relativamente lenta inundao. As estratgias de alimentao foram determinantes para a distribuio vertical relativa do comedor de epistrato (2A) Metachromadora sp., conhecido por seu comportamento letrgico, que migrou em direo ao fundo (p