[bandeira vermelha] teses sobre o movimento revolucionário nos países coloniais e semicoloniais
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7/31/2019 [BANDEIRA VERMELHA] Teses sobre o movimento revolucionrio nos pases coloniais e semicoloniais
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Coletivo Bandeira Vermelha Teses sobre o movimento revolucionrio nos
pases coloniais e semicoloniais Teses adotadas pelo VI Congresso Mundial da Internacional Comunista (Komintern), realizado em 1928, em Moscou
Construir a Revoluo Democrtica e derrotar o imperialismo! Coletivo Bandeira Vermelha - www.bandeiravermelha.org
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1I INTRODUO
1 - O VI Congresso da Internacional Comunista declara que as teses sobre a questo
nacional e colonial escritas por Lenin e adotadas no II Congresso ainda possuem total
validade, e devem servir como linha diretriz para o futuro trabalho dos partidos
comunistas. Desde a poca do II Congresso, a importncia das colnias e das
semicolnias, como fatores da crise do sistema imperialista mundial, se tornou muito
maior.
2 - A insurreio em Xangai em abril de 1927 levantou a questo da hegemonia do
proletariado no movimento nacional-revolucionrio, e finalmente ps a burguesia
nacional no campo da reao, provocando o golpe de Estado contrarrevolucionrio de
Chiang Kai Shek. A atividade independente da classe operria em luta pelo poder, e
acima de tudo o crescimento do movimento campons pela revoluo agrria, levou o
governo de Wuhan, que havia sido estabelecido sob a liderana da ala pequeno-
burguesa do Kuomintang, para o campo da contrarrevoluo. A onda revolucionria, por
isso, comeava j a declinar. A ltima grande ao foi a insurreio do heroico
proletariado de Canto, que, sob o banner de um governo sovitico, tentou ligar-se
revoluo agrria para derrubar o Kuomintang e estabelecer a ditadura dos operrios e
camponeses.3 - Na ndia, a poltica do imperialismo britnico, que retardou o desenvolvimento da
indstria nacional, causou grande insatisfao entre a burguesia indiana. Sua
consolidao de classe, substituindo a antiga diviso religiosa em seitas e catas,
confrontou o imperialismo britnico com uma frente nica nacional. O medo do
imperialismo britnico do movimento revolucionrio durante a guerra fez com que o
mesmo fizesse concesses burguesia nativa, como mostrado, na esfera econmica; em
maiores tarefas para bens importados e, na esfera poltica, insignificantes reformas
parlamentares introduzidas em 1919. No obstante, o forte fermento, expresso em
seguidos choques revolucionrios contra o imperialismo britnico, foi produzido entre
as massas indianas como resultado das consequncias catastrficas da guerra
imperialista (fome e epidemias, em 1918), da deteriorao catastrfica das condies de
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2vida das massas trabalhadoras, da influncia da Revoluo de Outubro e de uma srie de
outras insurreies em outros pases coloniais (como, por exemplo, a luta do povo turco
pela independncia). O primeiro grande movimento anti-imperialista na ndia (1919-
1922) terminou com a traio da burguesia indiana causa da revoluo nacional. A
razo principal para isso foi o medo do crescimento das insurreies camponesas, e das
greves contra a burguesia nativa. O colapso do movimento nacional-revolucionrio e o
declnio gradual do nacionalismo burgus possibilitou ao imperialismo britnico manter
sua poltica de frear o desenvolvimento industrial da ndia. As recentes medidas dos
britnicos na ndia mostram que as contradies objetivas entre o monoplio colonial
britnico e as tendncias para o desenvolvimento econmico independente na ndia
esto se tornando cada vez mais acentuadas a cada ano, e esto levando a uma novaprofunda crise revolucionria.
4 - No norte da frica, em 1925, foi iniciada uma srie de rebelies das tribos Rifrianas e
Kabyles contra o imperialismo espanhol e francs, seguidas pelas rebelies das tribos
Druze no territrio da Sria contra o imperialismo francs. Em Marrocos, os
imperialistas conseguiram negociar com tais rebelies aps uma prolongada guerra. A
penetrao do capital estrangeiro est j levando ao aparecimento de novas foras
sociais. O nascimento e o crescimento do proletariado urbano so manifestados na ondade greves massivas que est tomando pela primeira vez a Palestina, Sria, Tunsia e
Arglia. De maneira gradual, mas muito lentamente, o campesinato de tais pases
tambm comea a ser arrastado para a luta.
5 - A crescente expanso econmica e militar do imperialismo norte-americano para os
pases da Amrica Latina est transformando esse continente em um dos pontos mais
importantes do antagonismo do sistema colonial. A influncia da Gr-Bretanha, que
antes da guerra era decisiva era decisiva nesses pases, e que os reduziu posio desemicolnias, est sendo substituda pela dependncia cada vez maior para com os
Estados Unidos. Atravs do aumento da exportao de capitais, o imperialismo norte-
americano est tomando controle de setores estratgicos das economias em tais pases,
subordinando seus governos ao seu controle financeiro e, ao mesmo, incitando uns
pases contra os outros.6 - Na maioria dos casos, o imperialismo teve sucesso em reprimir o movimento
revolucionrio nos pases coloniais. Porm, as questes fundamentais levantadas por
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3tais movimentos permanecem no resolvidas. A contradio objetiva entre a poltica
colonial do imperialismo mundial e o desenvolvimento independente dos povos
coloniais no foi eliminada, nem na China, nem na ndia, nem em quaisquer outros
pases coloniais e semicoloniais. Ao contrrio, est se tornando cada vez mais aguada; e
ela s poder ser superada pela vitria da luta revolucionria das massas laboriosas das
colnias. Enquanto tal acontecimento no toma lugar, a contradio continuar a atuar
em cada colnia ou semicolnia como um dos poderosos fatores objetivos para levar a
cabo a revoluo. Ao mesmo tempo, a poltica colonial das potncias imperialistas atua
como um poderoso estimulante para os antagonismos e guerras entre essas potncias.
Tais antagonismos se aguam cada vez mais, especialmente nas semicolnias, onde, a
despeito das alianas estabelecidas entre os imperialistas, cumprem papel de relevo. Omaior significado, entretanto, para o desenvolvimento no movimento revolucionrio nas
colnias, a contradio entre o mundo imperialismo, de um lado, e a Unio das
Repblicas Socialistas Soviticas e o movimento operrio revolucionrio nos pases
capitalistas de outro.
7 - O estabelecimento de um front de luta entre as foras ativas da revoluo socialista
mundial (Unio Sovitica e o movimento operrio revolucionrio dos pases capitalistas)
de um lado, e entre as foras do imperialismo de outro, de importncia decisiva para apresente poca da histria mundial. As massas laboriosas das colnias, lutando contra a
escravido imperialista, representam a fora aliada mais poderosa da revoluo
socialista mundial. Os pases coloniais so o setor mais perigoso do front imperialista. O
movimento revolucionrio de libertao das colnias e semicolnias est seguindo sob o
banner da Unio Sovitica, convencido pela prpria experincia de que no salvao fora
da revoluo proletria. O proletariado da URSS e o movimento operrio dos pases
capitalistas, liderado pela Internacional Comunista, seguem apoiando-o e o apoiar maisefetivamente nas aes para a luta de libertao dos povos coloniais ou dependentes;
tais so os baluartes dos povos coloniais em luta pela libertao do jugo imperialista.
Mais ainda, a aliana com a URSS e o proletariado revolucionrio abre para as massas da
China, ndia e de todos os outros pases coloniais e semicoloniais o prospecto para a
independncia econmica e o desenvolvimento cultural, evitando a etapa da dominao
capitalista, evitando provavelmente o prprio desenvolvimento das relaes de
produo capitalistas em geral. H uma possibilidade objetiva do caminho no
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4capitalista para o desenvolvimento das colnias atrasadas, a possibilidade de que a
revoluo democrtico-burguesa nas colnias mais avanadas seja transformada, com a
ajuda das ditaduras do proletariado vitoriosas em outros pases, numa revoluo
proletria socialista. Em favorveis condies objetivas, essa possibilidade pode se
converter em realidade, e que o caminho para o desenvolvimento seja determinado
somente pela luta. Consequentemente, a defesa terica e prtica de tal caminho e a mais
sacrificante luta pelo mesmo so tarefas dos comunistas. Todas as questes bsicas do
movimento revolucionrio nas colnias e nas semicolnias esto intimamente ligadas
luta de nossa poca entre os sistemas capitalista e socialista, uma luta sendo conduzida
em escala mundial pelo imperialismo contra a URSS. E, dentro de cada pas capitalista, a
luta entre a classe dominante capitalista e o movimento comunista.
II OS ASPECTOS CARACTERSTICOS DA ECONOMIA COLONIAL E DA POLTICA
IMPERIALISTA COLONIAL
9 A histria recente das colnias s pode ser entendida se vista como parte orgnica
do desenvolvimento da economia capitalista mundial como um todo. Onde quer que o
imperialismo necessite de apoio social nas colnias, ele se alia primeiramente com acamada dominante da estrutura social retrgrada como os senhores feudais e a
burguesia comercial contra a maioria do povo. Em todos os locais, o imperialismo
procura preservar e perpetuar todas as formas pr-capitalistas de explorao
(especialmente no campo), onde servem de base para a existncia dos aliados
reacionrios. O aumento da fome e das epidemias, particularmente entre o campesinato
pauperizado; a expropriao em massa das terras da populao nativa, as condies
desumanas de trabalho (nas plantaes e nas minas dos capitalistas, e assim por diante),so muitas vezes ainda piores do que a escravido aberta tudo isso mostra o efeito
devastador entre a populao colonial e frequentemente leva runa de nacionalidades
inteiras. A misso civilizadora dos Estados imperialistas nas colnias , na realidade, a
de um carrasco.
10 necessrio distinguir as colnias que serviram aos pases capitalistas para
colonizarem regies para seu excedente populacional, e que dessa maneira se tornaram
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5extenses do sistema capitalista (como Austrlia, Canad etc.), daquelas que so
exploradas pelos imperialistas principalmente como mercados de commodities, como
fonte de matrias-primas e esferas para investimento de capital. As colnias do primeiro
tipo tornaram-se Domnios, isto , membros do sistema imperialista com direitos iguais
ou quase iguais.
11 Em sua fundao de explorador colonial, o imperialismo dominante relacionado
sua colnia como um parasita, sugando seu sangue por meio de organismos econmicos.
O fato de este parasita, em comparao com sua vitima, representar uma civilizao
altamente desenvolvida, torna-o um explorador muito mais perigoso e agressivo, mas
isso no altera o carter parasitrio em outras funes. A explorao capitalista em cada
pas capitalista comeou com o desenvolvimento das foras produtivas. As formascoloniais especficas de explorao, entretanto, feita pela Gr-Bretanha, Frana e outros
pases burgueses, no final das contas, entravam o desenvolvimento das foras
produtivas nas colnias. As nicas construes feitas (como portos, estradas de ferro,
etc.) so aquelas indispensveis para manterem o controle militar do pas, para garantir
a operao ininterrupta da mquina de taxao, para as necessidades comerciais do pas
imperialista.
12 Desde que, entretanto, a explorao colonial pressupe o incentivo produocolonial, isso feito de maneira e em tal grau que corresponde aos interesses das
metrpoles e, em particular, com os interesses da preservao de seu monoplio
colonial. Uma parte do campesinato, por exemplo, pode converter seu cultivo de gros
em produo de algodo, acar, borracha (como no Sudo, Cuba ou Egito), mas isso
feito de uma forma que no s no promove o desenvolvimento econmico
independente do pas colonial, como, ao contrrio, refora sua dependncia sobre a
metrpole imperialista. A verdadeira industrializao do pas colonial, em particular aconstruo de uma indstria de engenharia que promovesse o desenvolvimento
independente das foras produtivas, no incentivada, mas, ao contrrio, entravada
pela metrpole. Tal a essncia da escravido colonial: o pas colonial compelido a
sacrificar os interesses de seu desenvolvimento independente e tomar parte (como
economia agroexportadora ou fornecedora de matrias-primas) para se tornar um
apndice do capitalismo estrangeiro.
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613 Desde que a imensa massa da populao colonial e ligada terra e mora no campo,
o carter da explorao do campesinato pelo imperialismo e seus aliados (a classe dos
latifundirios, comerciantes e financeiros) adquire especial significado. Por conta da
interveno imperialista (imposio de taxas, importao de produtos industriais das
metrpoles, etc.), a transformao do campo pela economia mercantil e monetria
acompanhada pela pauperizao do campesinato, pela destruio da indstria artesanal
no campo, etc., processo que avana de maneira muito mais rpida do que no caso dos
pases capitalistas centrais. Por outro lado, o retardamento do desenvolvimento
industrial impe estreitos limites ao processo de proletarizao. A enorme
desproporo entre o alto grau de destruio das velhas formas de economia e o baixo
grau de desenvolvimento das novas levou que pases como China, ndia, Indonsia, Egito,etc., se tornassem terras de fome, de sobrepopulao agrria, especulao e extrema
fragmentao da terra cultivada pelo campesinato. As deplorveis tentativas de se
introduzir reformas agrrias sem causar danos ao regime colonial so facilitadas pela
converso gradual de latifundirios semi-feudais em latifundirios capitalistas, que em
certos casos cria um estrato limitado de camponeses kulaks. Na prtica, s leva
pauperizao ainda maior da imensa maioria dos camponeses, que por sua paralisa o
desenvolvimento do mercado interno. Na base de tais processos econmicoscontraditrios, as mais importantes foras sociais do movimento colonial se
desenvolvem.
14 No perodo do imperialismo, o papel cumprido pelo capital financeiro nos ganhos
do monoplio poltico e econmico nas colnias proeminente. Isso mostrado
claramente nos resultados econmicos da exportao de capital para as colnias. O
capital utilizado principalmente na troca; suas funes ocorrem principalmente como
capital usurrio de emprstimo e direcionado tarefa de preservar e fortalecer omaquinrio imperialista do pas colonial (atravs de emprstimos estatais, etc.), ou para
ganhar controle total dos supostos rgos independentes do Estado da burguesia nativa
dos pases semicoloniais. A exportao de capital para as colnias acelera l o
desenvolvimento das relaes capitalistas. Parte do que investido na produo acelera,
em certa extenso, o desenvolvimento industrial, mas isso no feito de maneira a
promover a independncia; a inteno , ao contrrio, fortalecer a dependncia da
economia colonial sobre o capital financeiro do pas imperialista. A principal forma de
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7investimento da agricultura em grandes plantaes, com o objetivo de se produzir
comida barata e monopolizar vastas fontes de matrias-primas. A transferncia da maior
parte da mais-valia extrada da fora de trabalho barata dos escravos coloniais, para a
metrpole, retarda o crescimento da economia colonial e do desenvolvimento de suas
foras produtivas, e torna-se um obstculo para sua emancipao poltica e econmica.
15 Toda poltica econmica do imperialismo para com as colnias determinada por
sua ansiedade em preservar e aumentar a dependncia, para intensificar a explorao e,
dentro das possibilidades, impedir o desenvolvimento independente. S sob a presso
de circunstncias especiais pode a burguesia dos pases imperialistas se encontrar na
situao de encorajar o desenvolvimento industrial em larga escala das colnias. Todos
os alaridos dos imperialistas e seus lacaios sobre a poltica de descolonizao sob a asa
do imperialismo, sobre encorajar o livre desenvolvimento das colnias, no nadaalm de uma mentira do imperialismo. de suma importncia que os comunistas dos
pases imperialistas ou coloniais exponham tais mentiras.
III SOBRE A ESTRATGIA E A TTICA NA CHINA, NDIA E OUTROS PASES
COLONIAIS SIMILARES
16 Como em todas as colnias e semicolnias, na China e ndia, o desenvolvimento das
foras produtivas e a socializao do trabalho encontra-se num nvel baixo. Tais
circunstncias, em conjunto com a dominao estrangeira e a forte presena do
feudalismo e de relaes pr-capitalistas, determinam o carter da prxima etapa da
revoluo nesses pases. O movimento revolucionrio em tais locais se encontra na
etapa da revoluo democrtico-burguesa, ou seja, a etapa em que os pr-requisitos
para a ditadura do proletariado e a revoluo socialista esto sendo preparados. Emcorrespondncia com isso, as tarefas bsicas gerais para a revoluo democrtico-
burguesa nas colnias e nas semicolnias so os seguintes:
Mudar a correlao de foras em favor do proletariado; emancipar o pas do jugo do
imperialismo (nacionalizao de concesses estrangeiras, bancos, estradas de ferro, etc.)
e estabelecer a unidade nacional que no foi ainda conquistada; derrubar o poder das
classes exploradoras sobre as quais o imperialismo se mantm; organizao de sovietes
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8de operrios e camponeses e do Exrcito Vermelho; estabelecimento da ditadura dos
operrios e camponeses; consolidao da hegemonia do proletariado;
Levar a cabo a revoluo agrria; libertar os camponeses de todas as formas coloniais e
pr-capitalistas de explorao e saque; nacionalizar a terra; tomar medidas radicais para
aliviar a posio dos camponeses com o objetivo de estabelecer a possibilidade
econmica mais prxima de estabelecer a unio poltica e econmica entre cidade e
campo;
Combinar o desenvolvimento da indstria, transporte, etc., com o crescimento
correspondente do proletariado, aumentar os sindicatos, fortalecer o Partido Comunista
e conquistar uma slida posio de liderana entre as massas; lutar pelo
estabelecimento da jornada de oito horas dirias de trabalho.O quanto a revoluo democrtico-burguesa ser capaz de cumprir tais tarefas bsicas, o
quanto essas tarefas sero conquistadas sero cumpridas somente pela revoluo
socialista, dependero somente do curso do movimento revolucionrio dos operrios e
camponeses, suas vitrias e derrotas na luta contra os imperialistas, os latifundirios
feudais e a burguesia. Em particular, a emancipao colonial do jugo imperialista ser
facilitada pelo desenvolvimento da revoluo socialista no mundo capitalista e s ser
completamente garantida pela vitria do proletariado nos pases capitalistas. Atransio da revoluo para a etapa socialista demanda a presena de pr-requisitos
mnimos, como, por exemplo, certo nvel de desenvolvimento industrial, organizao de
sindicatos e um forte Partido Comunista. O mais importante o desenvolvimento de um
forte Partido Comunista com influncia massiva; isso seria um processo extremamente
lento e difcil onde no est sendo acelerado pela revoluo democrtico-burguesa, que
j est se desenvolvendo como resultado das condies objetivas nesses pases.
17 A revoluo democrtico-burguesa nas colnias se distingue da revoluodemocrtico-burguesa num pas independente, principalmente em sua ligao orgnica
com a luta de libertao nacional contra a dominao imperialista. O fator nacional
exerce considervel influncia no processo revolucionrio em todas as colnias, assim
como nas semicolnias onde a escravido imperialista j aparece em sua forma explcita
e leva as massas revolta. De um lado, a opresso nacional que leva ao aprofundamento
da crise revolucionria, intensifica a insatisfao das massas de operrios e camponeses,
facilita sua mobilizao, e fortalece o carter elementar de uma genuna revoluo
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9popular. De outro, fator nacional no s influencia o movimento da classe operria e do
campesinato, mas tambm modifica a atitude de todas as outras classes no curso da
revoluo. Acima de tudo, a pequena-burguesia pobre e outras camadas da pequena-
burguesia so postas sob grande influencia das foras revolucionrias ativas em diversas
etapas da revoluo; segundo, a posio da burguesia colonial na revoluo
democrtico-burguesa em parte ambgua, e suas vacilaes, correspondendo ao curso
da revoluo, so ainda maiores do que em pases independentes. Junto com o
movimento de libertao nacional, a revoluo agrria constitui o eixo da revoluo
democrtico-burguesa nos pases coloniais mais avanados. por isso que os
comunistas devem seguir com grande ateno o desenvolvimento da crise agrria e a
intensificao das contradies de classe sobre a terra; devem dar direo conscienteaos operrios descontentes e ao incipiente movimento campons, pondo-os contra a
explorao imperialista e o jugo de vrias condies pr-capitalistas (feudais e
semifeudais) sob a qual a economia camponesa est sofrendo.
18 A burguesia nacional dos pases coloniais no adota uma atitude uniforme para
com o imperialismo. Uma parte, mais especificamente a burguesia comercial, serve
diretamente aos interesses do capital imperialista (tambm chamada de burguesia
compradora). Em geral, eles mantem, de forma mais ou menos consistente, um ponto devista antinacional e pr-imperialista, direcionado contra todo o movimento nacionalista,
assim como fazem os feudais aliados do imperialismo e seus funcionrios nativos mais
bem pagos. As outras partes da burguesia nativa, especialmente aquelas que
representam os interesses da indstria nativa, apoiam o movimento nacional; tal
tendncia, vacilante e com poucos compromissos, pode ser chamada de reformismo
nacional. Para fortalecer sua posio em relao com o imperialismo, o nacionalismo
burgus nas colnias tenta ganhar apoio da pequena burguesia, do campesinato, etambm em parte da classe operria. Dado que o nacionalismo burgus possui poucos
prospectos de sucesso entre os operrios (a partir de quando j tenham sido
despertados politicamente), torna-se mais importante para ele obter apoio do
campesinato eis aqui o ponto mais fraco da burguesia colonial. A explorao
deplorvel do campesinato colonial s pode ser terminada pela revoluo agrria. A
burguesia da China, ndia e Egito tem interesses imediatos e to ligados aos
latifundirios, ao capital usurrio e explorao das massas camponesas em geral que
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10ela se ope no s revoluo agrria como tambm a qualquer reforma agrria
decisiva. Eles temem, e no sem motivo, que mesmo a formulao aberta da questo
agrria possa estimular e acelerar o fermento revolucionrio das massas camponesas.
Portanto, a burguesia reformista no pode tratar tal questo urgente de maneira prtica.
Em cada conflito com o imperialismo, ela tenta, de um lado, mostrar grande firmeza
nacional em princpi os e, de outro, espalhar iluses sobre a possibilidade de
compromisso pacfico com o imperialismo. Em ambos os casos as massas se pem
desapontadas, desiludidas com iluses reformistas.
19 Uma avaliao incorreta da tendncia nacional-reformista da burguesia nos pases
coloniais pode abrir margem para srios erros de estratgia e ttica dos partidos
comunistas em questo.20 A pequena-burguesia nos pases coloniais e semicoloniais cumprem um papel
muito importante. A mesma consiste em vrios estratos, que em diferentes etapas do
movimento nacional-revolucionrios cumprem papeis muito diferentes. A
intelectualidade pequeno-burguesa, os estudantes, e vrios outros so muito
frequentemente os representantes mais determinados no s dos interesses especficos
da pequena-burguesia, mas tambm dos interesses objetivos gerais de toda a burguesia
nacional. Nos primeiros estgios do movimento nacional, eles aparecem frequentementecomo porta-vozes da luta nacionalista. O papel dos mesmos na superfcie do movimento
comparativamente importante. Em geral, no podem representar os interesses dos
camponeses, porque o estrato social de origem possuem conexes com o latifndio. O
avano de sua luta revolucionria pode leva-los ao movimento operrio, para o qual
difundem a hesitante e irresoluta ideologia pequeno-burguesa. Apenas poucos deles, no
curso da luta, podem quebrar com a prpria origem de classe e seguirem no
entendimento das tarefas da luta de classe do proletariado, e se tornarem defensoresativos dos interesses do proletariado. Frequentemente, intelectuais pequeno-burgueses
do certas cores socialistas ou mesmos comunistas a sua ideologia. Na luta contra o
imperialismo, especialmente em pases como ndia e Egito, cumpriram um papel
revolucionrio. O movimento de massas pode pux-los, mas tambm podem ser puxados
para o campo da extrema reao, ou incentivados a espalharem tendncias utpicas
reacionrias em suas fileiras. O campesinato, assim como o proletariado e como seu
aliado, uma fora motriz da revoluo. A imensa massa de milhes de camponeses
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11constitui a imensa maioria da populao mesmo nas colnias mais desenvolvidas (em
muitos casos, constituem 90% da populao). O campesinato s pode conquistar sua
emancipao sob a liderana do proletariado, enquanto o proletariado s pode levar a
revoluo democrtico-burguesa vitria em unio com o campesinato. O processo de
diferenciao de classes entre os camponeses nas colnias e semicolnias, onde os
resqucios feudais e semifeudais esto largamente espalhados, acontece a um baixo
nvel. No obstante, as relaes mercantis em tais pases se desenvolveram a tal grau
que os camponeses no mais constituem uma massa homognea. No campo da China e
da ndia, particularmente em certas partes desses pases, j possvel encontrar
elementos exploradores, originariamente camponeses, que exploram trabalhadores do
campo atravs da usura, da troca, do emprego do trabalho assalariado, da venda ou doemprstimo da terra, de emprstimos de implementos agrcolas, etc. etc. Em geral,
possvel que, nas primeiras etapas da luta do campesinato contra os latifundirios, o
proletariado possa conquistar a liderana de todo o campesinato. Porm, medida que a
luta se desenvolver, o estrato abastado do campesinato passa para o campo da
contrarrevoluo. O proletariado s pode conquistar a liderana sobre o campesinato se
lutar por suas demandas parciais, para levar a cabo completamente a revoluo, se leva
as massas camponesas para a luta revolucionria pela soluo da questo agrria.21 A classe operria nas colnias e semicolnias possuem caractersticas que so
importantes na formao do movimento independente da classe operria e da ideologia
proletrias nesses pases. A maior parte do proletariado colonial tem suas origens no
campo pauperizado, campo esse com o qual o proletariado mantem sua ligao mesmo
quando se insere na indstria. Na maioria das colnias (com exceo de algumas
grandes cidades industriais como Xangai, Mumbai, Calcut, etc.), encontramos, como
regra geral, somente a primeira gerao de um proletariado inserido na produo emlarga escala. O restante composto de artesos arruinados por conta da decadncia da
produo artesanal, muito presente mesmo nas colnias mais avanadas. O arteso
arruinado, o pequeno proprietrio, leva com ele, mesmo no proletariado, os sentimentos
e a ideologia atravs dos quais o nacional-reformismo pode penetrar e exercer
influencia no movimento operrio colonial.22 primeira vista, os interesses da luta pelo domnio de classe levam os partidos
burgueses na ndia e no Egito (Swarajistas, Wafdistas) a demonstrarem sua oposio ao
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12bloco dominante imperialista-feudal. Embora tal oposio no seja revolucionria, mas
reformista e oportunista, isso no significa que no tenha significado especial. A
burguesia nacional no possui significado como uma fora na luta contra o imperialismo.
No obstante, tal oposio burguesa-reformista ao bloco imperialista-feudal, mesmo que
no v longe, pode acelerar o despertar da conscincia polticas das amplas bases
trabalhadoras; conflitos abertos entre a burguesia nacional-reformista e o imperialismo,
embora possuam poucos significados, podem, sob certas circunstncias, servir
indiretamente como ponto de partida para grandes aes revolucionrias de massas.
verdade que a burguesia reformista tenta verificar de maneira oportuna os melhores
perodos para as atividades de oposio. Mas, enquanto existirem condies objetivas
para uma profunda crise poltica, as atividades da oposio nacional-reformista, mesmoque resultem em conflitos insignificantes com o imperialismo que no tenham conexo
com a revoluo, podem adquirir sria importncia. Os comunistas devem aprender a
manobrar todo e qualquer conflito, para expandi-los e aumentar seu significado, para
liga-los com a agitao para slogans revolucionrios, para espalhar as notcias desses
conflitos entre as massas, para chamar as massas para a independncia, para
manifestaes abertas em apoio a suas prprias demandas, etc.
23 A ttica correta na luta contra partidos como os Swarajistas e Wafdistas durante taletapa consiste em expor de maneira correta o real carter do nacional-reformismo. Tais
partidos traram a luta de libertao nacional mais de uma vez, embora no tenham
passado abertamente para o campo contrarrevolucionrio como o Kuomintang. No h
dvidas de que eles passaro no futuro, mas no atual momento eles so particularmente
perigosos porque sua real fisionomia no foi ainda exposta aos olhos das massas. Se os
comunistas no obtiverem sucesso na etapa de quebrar a confiana das massas na
liderana da burguesia nacional-reformista sobre o movimento nacional, o prximoavano da onda revolucionria sob tal liderana representar um perigo enorme para a
revoluo. necessrio expor a vacilao de tais lideres na luta nacional, suas barganhas
e suas tentativas de encerrarem em compromisso com o imperialismo britnico, suas
capitulaes passadas e seus avanos contrarrevolucionrios, sua resistncia
reacionria s demandas de classe do proletariado e do campesinato, sua fraseologia
nacionalista vazia, sua disseminao de iluses prejudiciais sobre a descolonizao
pacfica do pas e suas sabotagens aplicao de mtodos revolucionrios na luta
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13nacional pela libertao. A formao de qualquer tipo de bloco entre o Partido
Comunista e a oposio nacional-reformista deve ser rejeitada; isso no exclui acordos
temporrios e a coordenao de atividades em particular com aes anti-imperialistas,
desde que as atividades da oposio burguesa possam ser utilizadas para desenvolver o
movimento de massas, e que tais acordos no restrinjam de maneira alguma o limite da
agitao dos comunistas entre as massas e suas organizaes. Claro, em tal trabalho, os
comunistas devem manter uma luta de princpios, poltica e ideolgica, contra o
nacionalismo burgus e seus menores desvios dentro do movimento operrio.
24 Um entendimento incorreto do carter bsico do partido da grande burguesia
nacional levanta o perigo da avaliao incorreta do papel dos partidos pequeno-
burgueses. O desenvolvimento de tais partidos, em regra geral, segue um curso daposio nacional-revolucionria nacional-reformista. Mesmo movimentos como o
sunyatsenismo na China, o gandhismo na ndia e o islamismo Sarekat na Indonsia eram,
em ideologia, movimentos radicais pequeno-burgueses que, contudo, se converteram
depois em grandes serviais da grande burguesia nos movimentos burgueses nacional-
reformistas. Desde ento, na ndia, Egito e Indonsia, a ala radical cresceu novamente
entre grupos pequeno-burgueses (como o Partido Republicano, Watanistas, Sarekat
Rakjat), que possuem pontos de vistas nacional-revolucionrios mais ou menosconsistentes. Num pas como a ndia, o crescimento de grupos e partidos radicais
pequeno-burgueses uma possibilidade. absolutamente essencial que os partidos
comunistas nesses pases deixem clara uma linha de demarcao que diferencia os
partidos e grupos pequeno-burgueses dos comunistas. Caso seja uma demanda da luta
revolucionria, a cooperao temporria permissvel. E, em certas circunstncias,
mesmo uma aliana temporria entre o Partido Comunista e o movimento nacional-
revolucionrio, desde que seja um genuno movimento revolucionrio, que lute de fatocontra o poder dominante e cujos seus representantes no impeam os comunistas no
trabalho revolucionrio entre as massas operrias e camponesas, torna-se necessria.
Em toda cooperao, contudo, essencial tomar as precaues que possam degenerar
numa fuso entre o movimento comunista com o movimento revolucionrio pequeno-
burgus.
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14IV AS TAREFAS IMEDIATAS DOS COMUNISTAS
27 A construo e o desenvolvimento dos partidos comunistas nas colnias e
semicolnias, a eliminao da discrepncia excessiva entre a situao revolucionria
objetiva e a fraqueza do fator subjetivo, uma das tarefas mais importantes e urgentes
da Internacional Comunista. Essa tarefa encontra uma srie de dificuldades objetivas,
determinadas pelo desenvolvimento histrico e a estrutura social desses pases. Os
partidos comunistas dos pases coloniais e semicoloniais devem fazer todo o esforo
para criarem quadros de militantes do partido que venham das fileiras da prpria classe
operria, utilizando intelectuais no partido como professores para crculos
propagandsticos e escolas do partido legais e ilegais, para treinar operrios avanadoscomo agitadores, propagandistas, organizadores e lderes temperados no esprito do
Leninismo. Os partidos comunistas nos pases coloniais devem se tornar tambm
genunos partidos comunistas em termos de composio social. Enquanto forjam em
suas fileiras os melhores elementos da intelectualidade revolucionria, devem adquirir
experincia na luta diria e em grandes batalhas revolucionrias, os partidos comunistas
devem dar ateno ao fortalecimento de organizaes partidrias em fbricas e minas,
entre operrios dos transportes, entre os semiescravos nas plantaes.28 Ao lado do prprio desenvolvimento do Partido Comunista em si, a mais
importante tarefa geral nas colnias e semicolnias o trabalho com os sindicatos. Os
comunistas devem conduzir a propaganda revolucionria entre sindicatos reacionrios
com uma base de massas da classe operria. Nesses pases, onde as circunstncias ditam
a necessidade de se estabelecer a sindicatos revolucionrios independentes (porque a
liderana dos sindicatos reacionrios impede a organizao de operrios no
organizados, atuam em oposio s demandas mais elementares da democracia sindical,convertem os sindicatos em organizaes fura-greves), as lideranas da Internacional
Vermelha de Sindicatos Operrios devem ser consultadas. Uma ateno especial deve
ser dada s intrigas da Internacional de Amsterd nos pases coloniais (China, ndia,
frica do Norte) e expor a natureza reacionria das mesmas ante as massas.
obrigatrio para os partidos comunistas dos pases imperialistas ajudarem a
desenvolver o movimento sindical revolucionrias nas colnias atravs de conselhos e
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15do despacho de instrutores permanentes. At ento, muito pouco tem sido feito nesse
sentido.29 Onde quer que existam organizaes camponesas independente do carter, desde
que sejam genunas organizaes de massas o Partido Comunista deve se compenetrar
nessas organizaes. Uma das tarefas mais urgentes do partido apresentar a questo
agrria corretamente classe operria, explicar a importncia e o papel decisivo da
revoluo agrria, e tornar os membros do Partido familiarizados com mtodos de
agitao, propaganda e trabalho orgnico entre o campesinato. Os comunistas devem
dar um carter revolucionrio a todo e qualquer movimento campons existente. Eles
devem tambm organizar novas organizaes camponesas revolucionrias e comits
camponeses, e manter um contato regular com eles. Tanto nas massas camponesasquanto nas fileiras do proletariado, essencial levar cabo uma enrgica propaganda em
favor do bloco de luta entre o proletariado e o campesinato. Certos tipos de partidos com
operrios e camponeses, independente de mostrarem um carter revolucionrio em
certos perodos, podem facilmente se converterem em partidos pequeno-burgueses
ordinrios; portanto, no aconselhvel tentar organizar tais partidos. O Partido
Comunista nunca deve construir sua organizao na base da fuso de duas classes.
32 Na China, a avalanche cada vez maior da revoluo confrontar o Partido com atarefa imediata de preparar e levar a cabo insurreio armada como nico caminho para
completar a revoluo democrtico-burguesa e derrubar as potncias imperialistas,
latifundirios e a burguesia nacional o poder do Kuomintang. Em dadas circunstncias,
caracterizada primeiramente por uma absteno do impulso revolucionrio entre as
amplas massas do povo chins, a tarefa principal do Partido a luta pelas massas. Ao
mesmo tempo, o Partido deve explicar s massas a impossibilidade de uma mudana
radical na posio das mesmas, na impossibilidade da derrubada da tirania imperialistae na vitria das tarefas da revoluo agrria, enquanto o poder do Kuomintang e dos
caudilhos militares no for derrubado e o regime sovitico no for estabelecido. O
Partido deve se utilizar de qualquer conflito, no importa o quo significante seja, entre
operrios e capitalistas nas fbricas, entre camponeses e latifundirios nas reas rurais,
entre soldados e generais no exrcito, aprofundando e aguando os conflitos de classe
com o fim de ganhar as amplas massas de operrios e camponeses para seu lado. O
Partido deve rechaar cada ato de violncia do imperialismo internacional contra o povo
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16chins, que no momento toma a forma de conquistas militares de diversas regies, assim
como na explorao sangrenta da reao enfurecida, para aumentar os protestos
populares das massas contra as classes dominantes. Dentro do Partido, ateno deve ser
concedida restaurao de clulas e comits locais partidrios destrudos pela reao,
no melhorando da composio social do Partido, estabelecendo clulas em importantes
indstrias, grandes fbricas e estradas de ferro. Uma ateno mais sria deve ser dada
pelo PCCh composio social das organizaes do partido nas reas rurais, para
garantir que ela tenha uma maioria composta pelo proletariado, semi proletariado e
pelos camponeses pobres.33 As tarefas bsicas dos comunistas indianos consistem na luta contra o imperialismo
britnico pela emancipao do pas, pela destruio das sobrevivncias do feudalismo,pela revoluo agrria e pelo estabelecimento da ditadura do proletariado e do
campesinato em forma de repblica sovitica. Tais tarefas s podero ser completadas
com sucesso se um poderoso Partido Comunista for criado, abrindo caminho para se por
frente das grandes massas da classe operria, do campesinato e demais trabalhadores,
e leva-los insurreio armada contra o grande bloco imperialista-feudal. A unio de
todos os grupos comunistas e comunistas dispersos pelo pas num partido nico,
independente, ilegal e centralizado a primeira tarefa dos comunistas indianos.Enquanto devem rejeitar o princpio da construo do partido numa base duplo-
classista, os comunistas devem se utilizar da unio entre os partidos de operrios e de
camponeses com as massas laboriosas para fortalecerem o prprio partido, tendo em
mente que a hegemonia do proletariado no pode ser feita sem a existncia de um
Partido Comunista forte e consolidado, armado com a teoria do Marxismo. Os
comunistas devem desmascarar o nacional-reformismo do Congresso Nacional Indiano
e, em oposio s falas dos swarajistas, gandhistas, etc. sobre a resistncia pacfica,advogar o slogan irreconcilivel luta armada pela emancipao do pas e pela expulso
dos imperialistas. Em relao ao campesinato e s organizaes camponesas, aos
comunistas indianos se impe a tarefa primria de informar s massas camponesas
sobre as demandas gerais do partido na questo agrria, em que tais propsitos se
transformem num programa agrrio para a ao. Atravs de operrios atuando em reas
rurais diretamente, quer dizer , os comunistas devem estimular a luta do campesinato
por suas demandas parciais, no processo de luta para organizar ligas camponesas.
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17essencial assegurar que as organizaes camponesas recm-criadas no caiam na
influencia das camadas exploradoras do campo. Devemos lembrar que, em quaisquer
circunstncias, os comunistas de criticar abertamente as tticas oportunistas e
reformistas das lideranas das organizaes de massas em que trabalhem.
34 Na Indonsia, a supresso da insurreio de 1926, a priso e o exlio de milhares de
membros do Partido Comunista, desorganizaram seriamente as fileiras do Partido. A
necessidade de se reconstruir as organizaes partidrias destrudas demanda do
Partido novos mtodos de trabalho, que correspondam s condies ilegais criadas pelo
regime policial do imperialismo holands. A concentrao das atividades partidrias em
locais onde o proletariado urbano e rural est concentrado, nas fbricas e nas
plantaes; restaurao de sindicatos dissolvidos e a luta por sua legalizao; atenoespecial s demandas parciais prticas do campesinato; desenvolvimento e
fortalecimento do trabalho orgnico campons dentro de organizaes de massa
nacionalistas, nas quais o Partido Comunista deve estabelecer fraes e mobilizar os
elementos nacional-revolucionrios; lutar resolutamente contra os socialdemocratas
holandeses que, apoiados pelo governo, tentam aumentar a influncia entre o
proletariado nativo; ganhar numerosos operrios chineses para a luta de classes e a luta
nacional-revolucionria e estabelecer contatos com o movimento comunista da China eda ndia eis as mais importantes tarefas do Partido Comunista Indonsio.
36 No Egito, o Partido Comunista pode cumprir um importante papel no movimento
nacional se, e somente se, ter como base o proletariado organizado. A organizao de
sindicatos entre operrios egpcios, a intensificao da luta de classes, sua liderana na
luta so, consequentemente, as primeiras e mais importantes tarefas do Partido
Comunista. O maior perigo para o movimento sindicalista no Egito na poca atual reside
na possibilidade de os nacionalistas burgueses tomarem controle dos sindicatos. Semuma decisiva luta contra a influncia dos mesmos, a genuna organizao de classe dos
operrios impossvel. Um dos erros marcantes dos comunistas egpcios no passado foi
a concentrao exclusiva entre operrios urbanos. A formulao correta da questo
agrria, o gradual delineamento da luta revolucionria entre as amplas massas de
operrios agrcolas e camponeses, e a organizao de tais massas so as mais
importantes tarefas para o Partido. Ateno especial deve ser feita prpria
consolidao do Partido, que ainda est muito fraca.
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1837 Nas colnias francesas do Norte da frica, os comunistas devem trabalhar com
todas as organizaes de massas nacional-revolucionrias existentes, com fins de unir os
elementos genuinamente revolucionrios numa plataforma clara, num bloco de luta de
operrios e camponeses. No que concerne questo da organizao Etile Nord
Africaine, os comunistas devem garantir o seu desenvolvimento, no num partido, mas
num bloco de luta de diferentes organizaes revolucionrias, dentro das quais os
sindicatos de operrios urbanos e agrcolas, ligas camponesas etc. esto filiados; o papel
de liderana deve ser assegurado ao proletariado revolucionrio, e por esse propsito
necessrio, acima de tudo, desenvolver o movimento sindical como o canal orgnico
mais importante para a influncia comunista entre as massas. Deve ser nossa tarefaconstante estabelecer cooperao entre sees revolucionrias do proletariado branco e
da classe operria nativa. As organizaes comunistas em cada pas devem atrair para
suas fileiras, em primeiro lugar, os operrios nativos, lutando contra qualquer atitude
negligente para com os mesmos. Os Partidos Comunistas, baseados no proletariado
nativo, devem se tornar sees independentes da Internacional Comunista, de nome e de
fato.
38 Em conexo com a questo colonial, o VI Congresso d uma ateno especial, porparte dos Partidos Comunistas, questo dos negros. A posio dos negros varia em
diferentes pases, e tal questo requer investigao e anlise concretas. Os territrios
que so compostos por massas de negros podem ser divididos nos seguintes grupos:
Nos Estados Unidos e em alguns pases sul-americanos, onde os negros constituem uma
minoria em relao populao branca;
Na frica do Sul, onde os negros so maioria em relao aos colonialistas brancos;
Os Estados negros que so atualmente colnias ou semicolnias do imperialismo(Liberia, Haiti, Santo Domingo); toda a frica central, dividida em colnias e territrios
anexados das vrias potncias imperialistas (Gr-Bretanha, Frana, Portugal, etc.). As
tarefas dos Partidos Comunistas devem ser definidas em ressonncia com a situao
concreta.
Na frica do Sul, as massas de negros, que constituem a maioria da populao, e cuja
terra est sendo continuamente expropriada pelos colonialistas brancos e pelo Estado,
so despojadas de direitos polticos e liberdade de movimento, e so expostas aos piores
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19tipos de opresso classista e racial, sofrem simultaneamente de formas de explorao e
opresso capitalistas e pr-capitalistas. O Partido Comunista, que comeou a ter sucesso
entre o proletariado negro, tem o dever de continuar a lutar mais energicamente pela
igualdade completa de direitos para os negros, pela abolio de todas as regulaes e
leis especiais feitas contra negros, e pelo confisco da propriedade de latifundirios.
Chamando para suas fileiras os trabalhadores negros, organizando-os em sindicatos,
lutando pela admisso dos mesmos em sindicatos de trabalhadores brancos, o Partido
Comunista obrigado a lutar por todos os meios contra a influncia racista entre
trabalhadores brancos e erradicar completamente tal problema de suas fileiras. O
Partido deve vigorosa e constantemente avanar o slogan da criao de uma Repblica
Nativa independente, que garanta os direitos da minoria branca, e traduza essa luta emaes.
39 As tarefas dos Partidos Comunistas dos pases imperialistas quanto questo
colonial possui um triplo carter. Primeiro, o estabelecimento de laos vivos entre os
partidos comunistas e as organizaes sindicais revolucionrias dos pases
metropolitanos e a correspondente organizao nas colnias. As conexes que foram
estabelecidas at ento, no podem, salvo raras excees, serem consideradas
adequadas. Tal problema pode, em parte, ser explicado por dificuldades objetivas. Deveser admitido que, at agora, no foram todos os partidos da Internacional Comunista que
enxergaram a importncia decisiva que o estabelecimento de relaes regulares,
inquebrveis, entre os movimentos revolucionrios nas colnias, tem para desenvolver a
atividade dos movimentos e ajudar na prtica direta. S quando os Partidos Comunistas
dos pases imperialistas apoiarem de fato os movimentos revolucionrios nas colnias
contra o imperialismo que suas posies para com a questo colonial podero ser
consideradas genuinamente bolcheviques. Tal o critrio para a avaliao da atividaderevolucionria no geral. A segunda categoria de tarefas consiste no apoio prtico luta
dos povos coloniais contra o imperialismo atravs da organizao de aes de massa
pelo proletariado. A esse respeito, tambm, a atividade dos Partidos Comunistas dos
grandes pases capitalistas tem sido insuficiente. A preparao e a organizao de
demonstraes de solidariedade devem, sem falha, se tornar um dos bsicos elementos
da agitao entre as massas operrias dos pases capitalistas. Uma tarefa especial em tal
categoria a luta contra organizaes de misses, que agem como alavanca da expanso
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20imperialista para a escravido dos povos coloniais. Enquanto lutam pela retirada
imediata das foras armadas do imperialismo dos pases oprimidos, os partidos
comunistas devem organizar aes de massas para prevenir o transporte de tropas e
munies para as colnias. O trabalho sistemtico de agitao e organizao entre as
tropas pela fraternizao com rebelies de massas nas colnias deve servir como
preparao para a desero de exrcitos de ocupao para o lado das foras armadas
dos operrios e camponeses. A luta contra poltica colonial da socialdemocracia deve ser
vista pelo Partido Comunista como parte orgnica da luta contra o imperialismo. A II
Internacional, pela posio que adotou com relao questo colonial, em seu ltimo
congresso, em Bruxelas, foi finalmente sancionada que a atividade prtica dos diferentes
partidos socialistas dos pases capitalistas durante os anos do ps-guerra j haviadeixado bem claro: a poltica colonial da socialdemocracia uma poltica de apoio ativo
ao imperialismo na explorao e opresso dos povos coloniais. Ele adotou oficialmente o
ponto de vista que a baseda Liga das Naes, segundo a qual as classes dominantes
dos pases capitalistas desenvolvidos tmo direito para tirnizar a maioria dos povos
do globo e submeter esses povos a um terrive de explorao e escravizao. Para
enganar uma parte da classe operria e garantir sua cooperao em manter o tirnico
regime colonial, a socialdemocracia defende a mais deplorvel e repugnante exploraodo imperialismo nas colnias. Concilia com a verdadeira natureza do sistema colonial
capitalista, silencia sobre a ligao entre a poltica colonial e o perigo de uma nova
guerra imperialista que ameaa o proletariado e as massas laboriosas de todo o mundo.
Onde quer que a indignao dos povos coloniais encontre uma sada na luta contra o
imperialismo, a sociademocracia, apesar de todas as frases mentirosas, se pe de fato ao
lado dos carrascos imperialistas da Revoluo.
Texto original, em ingls:
http://ciml.250x.com/archive/comintern/english/english_6congress_theses_colonial_question_sept
ember_1928.html
Traduo: Alexandre RosendoCOLETIVO BANDEIRA VERMELHA
http://ciml.250x.com/archive/comintern/english/english_6congress_theses_colonial_question_september_1928.htmlhttp://ciml.250x.com/archive/comintern/english/english_6congress_theses_colonial_question_september_1928.htmlhttp://ciml.250x.com/archive/comintern/english/english_6congress_theses_colonial_question_september_1928.htmlhttp://ciml.250x.com/archive/comintern/english/english_6congress_theses_colonial_question_september_1928.htmlhttp://ciml.250x.com/archive/comintern/english/english_6congress_theses_colonial_question_september_1928.html