SEMINÁRIO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DO SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL:

A INCLUSÃO SOCIAL E PRODUTIVA DA AGRICULTURA FAMILIAR NOS 10 ANOS DO PNPB

Dezembro de 2015

Brasília - DF

Balanço dos 10 anos do Selo Combustível Social

O PNPB e o Selo Combustível Social

Introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira

Alcançou uma produção de 3,4 bilhões de litros em 2014

SCS é o instrumento inovador de inclusão social e produtiva da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel

Concedido pelo MDA à unidade industrial que trabalha em parceria com agricultores familiares;

Permite acesso à benefícios tributários e comerciais para asunidades industriais:

Alíquotas diferenciadas de tributos federais incidentes sobre o biodiesel comercializado;

Participação em lote reservado dos leilões de comercialização de biodiesel.

Instrumentos Legais

Decreto nº 5.297 de 6 de dezembro de 2004 (diretrizes gerais)

Instrução Normativa do MDA Nº 01 de 20 de junho de 2011 (habilitação de cooperativas)

Portaria do MDA nº 337 de 18 de setembro de 2015 (selo combustível social)

Regras Básicas

1) CONTRATOS

2) ASSISTÊNCIA TÉCNICA GRATUITA

3) COMPRAS

% MIN =Aquisições da agricultura familiar (R$)

Aquisições para produção de biodiesel (R$)

Região % mínimo

Sul 40%

Sudeste e Nordeste 30%

Centro Oeste e Norte 15%

1

1

1

1

1

2

2

2

3

4

5

8

11

RN

CE

MG

RJ

SC

BA

PR

TO

MS

SP

GO

RS

MT

Fonte: SAF/MDA, MME e ANP - 2015

Forte Adesão do Setor Industrial 42 Das 51 Usinas Possuem o Selo Combustível Social

82% das usinas

91% da capacidade

99% da produção

Localização das 51 usinas com autorização para comercialização

0,74 69,00404,33

1.167,13

1.608,45

2.386,40 2.672,76 2.717,48 2.930,39

3.419,84

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Produção anual de biodiesel (mil m³)

96,6% 99,8% 99,6% 98,9% 96,1%95,7%

89,1%

99,3% 99,5% 99,6%

3,4% 0,2% 0,4% 1,1% 3,9% 4,3%10,9%

0,7% 0,5% 0,4%

Participação das uninas com SCS Participação das usinas sem SCS

Fonte: MME e ANP - 2015

Fonte: SAF/MDA 2014

361,57

857,02

1.652,57 1.911,29

2.205,12

2.793,00 3.033,29

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Volume de matéria-prima adquirida da agricultura familiar no âmbito do Selo Combustível Social (mil toneladas)

99% soja: PNPB utiliza de 15-20% da soja produzida por agricultores familiares do Brasil

276,52677,35

1.058,691.519,17

2.110,50

2.855,203.252,82

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Valor de matéria-prima adquirida da agricultura familiar no âmbito do Selo Combustível Social (milhões R$)

Para cada R$ 2,53

investidos na aquisição de

matéria primas de outros

fornecedores (agricultura

patronal e agroindústrias)

Temos R$ 1,00 investido na

compra de grãos e óleos da

agricultura familiar

Ou seja:

Aquisições de grãos/óleos 2014 (bilhões de R$)

Agricultura Familiar R$ 3,2 28%

Outros Fornecedores R$ 8,2 72%

Total R$ 11,5 100%

1,17

1,61

2,392,67 2,72

2,93

3,42

0,28

0,68

1,06

1,52

2,11

2,86

3,25

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Produção anual de biodiesel (bilhões de litros) x Valor das aquisições da agricultura familiar (bilhões R$)

Produção anual de biodiesel (bilhões de litros)

Valor de matéria-prima adquirida da agricultura familiar no âmbito do Selo Combustível Social (bilhões R$)

R$ 0,95 VAI PARA A AGRICULTURA

FAMILIAR

CADA LITRO DE BIODIESEL PRODUZIDO

Fonte: SAF/MDA 2014.

Aquisições de matéria-prima da Agricultura Familiar por tipo de cultura(milhões R$)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

0,11 1,22 1,05 0,83 1,25 1,47 0,66

0,62 0,35 1,17 1,90 1,78 0,79 1,13

2,45 2,50 3,35 - - - -

- 0,18 4,17 0,24 - - -

1,95 1,12 1,18 1,65 7,15 5,45 -

5,14 26,79 46,36 7,73 0,92 1,94 4,70

10,27 32,16 57,28 12,35 11,10 9,65 6,49

266,25 645,19 1.001,41 1.506,82 2.099,40 2.845,52 3.246,34

276,52 677,35 1.058,69 1.519,17 2.110,50 2.855,17 3.252,83

Soja

Total Aquisições

Subtotal Diversificação

Matéria-Prima

Amendoim

Canola

Dendê

Gergelim

Girassol

Mamona

Fonte: SAF/MDA

28.656

51.047

100.371104.295

92.673

83.754

73.479

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Evolução do nº de nos arranjos do Selo Combustível Social

Fonte: CGBIO/DGRAV/SAF 2014

9,65

13,2710,55

14,57

22,77

34,09

44,26

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Evolução da receita média obtida pelos agricultores familiares beneficiados pelo Selo Combustível Social – (mil R$ / ano)

Fonte: SAF/MDA 2014.

20

42

5965

74 77 78

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de cooperativas fornecedoras de matéria prima no âmbito do Selo Combustível Social

141,60 134,94 245,36431,98 329,26

729,44497,04

1.022,12

646,76

1.463,72

918,58

1.937,26

1.078,73

2.174,09

Ind. Coop. Ind. Coop. Ind. Coop. Ind. Coop. Ind. Coop. Ind. Coop. Ind. Coop.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Aquisições individuais x cooperativas(milhões R$)

Somente nas últimas 4 safras foram gastos R$ 158,8 milhões com ATER e R$ 20,8 milhões com fomento a título de doações aos agricultores familiares

Em média, são gastos por safra R$ 39,6 milhões com ATER e R$ 5,2 milhões em fomento

ATER Fomento ATER Fomento ATER Fomento ATER Fomento

10/11 11/12 12/13 13/14

R$ 34,22

R$ 6,39

R$ 48,50

R$ 10,77

R$ 33,32

R$ 1,97

R$ 42,54

R$ 1,74

Gastos com Assistência Técnica e Fomento (doação) no âmbito do Selo Combustível Social Após a Vigência do B5 (milhões R$)

UNIDADE DA FEDERAÇÃO NÚMERO DE MUNICÍPIOSRS 342PR 190SC 135GO 96SP 92MS 31MG 27MT 27BA 22CE 14TO 9PA 7PI 7PE 3

Total Geral 1.003

SCS beneficia agricultores de 14 estados e 970 municípios

144,16 423,70

723,24

1.157,12 1.575,97

2.189,58 2.615,33

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Famílias Cooperativas

Aquisições (MM R$)

8.767

29.152

52.187

60.994 60.512 63.058 61.815

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

18

28

42

49 52

55 57

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Região Sul

121,27

202,71 243,20

294,99

434,02

526,36 527,51

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

2.400 2.550

3.388 3.533

4.513

5.133 4.757

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

1

8 6

9

14 16

12

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Região Centro Oeste

Famílias Cooperativas

Aquisições (MM R$)

87

1.457

3.297

2.486 2.378 2.287

1.837

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

-

1 1

2 2 2

-

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

3,98

21,80

42,07 54,08

92,60

129,80

97,84

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Região Sudeste

Famílias Cooperativas

Aquisições (MM R$)

215 177

246

56 60

327 313

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

2,450 2,460 3,570

5,630

7,360 8,280 7,808

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Região Norte

Famílias

Aquisições (MM R$)

Nº de famílias -

projetos

Valor financiado

(R$)

Valor médio/AF

(R$)

1.170 R$ 77 milhões R$ 65 mil

Programa da Palma de Óleo e criação do

PRONAF ECO DENDÊ

Fonte: Banco da Amazônia (2013).

4,66

26,68

46,61

7,35

0,55 1,184,34

11,86

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 (Parc.)

Estiagem

17.187 17.711

41.253 37.226

25.210

12.949

4.757

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

1

5

10

5 6

4

9

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Região Nordeste

Famílias Cooperativas

Aquisições (MM R$)

• Produção de alimentos

• Disponibilidade de alimentosDisponibilidade

Há grande convergência entre as cadeias do biodiesel, soja e de carnes

8 maiores capacidades de processamento de

soja

RS MT

GO SP

BA MS

MG PR

~94% da capacidade Brasil

8 maiores capacidades de produção de

biodiesel

RS MT

GO SP

BA MS

SC PR

~90% da capacidade Brasil

8 maiores abates de

bovinos, suínos e aves

RS MT

GO SP

BA MS

SC PR

~80% da capacidade Brasil

Mato Grosso Mato Grosso do SulGoiás

CONVERGÊNCIA ENTRE AS CADEIAS DA SOJA, DE CARNES E BIODIESEL

Esmagadoras de soja Usinas de biodiesel Frigorífico aves Frigorífico suínos

Fonte:CGBIO/DGRAV/SAF 2014

Fonte:CGBIO/DGRAV/SAF 2014

Rio Grande do Sul Santa CatarinaParaná

Esmagadoras de soja Usinas de biodiesel Frigorífico aves Frigorífico suínos

CONVERGÊNCIA ENTRE AS CADEIAS DA SOJA, DE CARNES E BIODIESEL

28.706 29.860

28.332

31.485 32.325 30.426

35.506 37.270 36.434 36.237

37.622

25.308

40.500

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 (Ago) 2016 (E)

1.0

00 tonela

das

PNPB contribuiu para o aumento do esmagamento de soja no país

Pré mistura compulsória Mistura compulsória

B5 B7

Parcial 2015 Projeção 2016

Fonte: Elaborado por CGBIO/DGRAV/SAF – Dados ABIOVE/2015

31% de 2004 a 2014

Atualização periódica das regras do selo combustível social

Em média, atualizamos as normas a cada 2 anos

Instrução Normativa N° 01 de 05 de Julho de 2005

Instrução Normativa N° 01 de 19 de Fevereiro de 2009

Instrução Normativa N° 01 de 20 de Junho de 2011 (habilitação de cooperativas)

Portaria N° 60 de 06 de Setembro de 2012

Portaria N° 81 de 26 de Novembro de 2014

Portaria N° 337 de 18 de Setembro de 2015

Criação do Sistema de Gerenciamento das Ações do Biodiesel(SABIDO)

Portaria N° 80 de 26 de Novembro de 2014 - Criação da Câmara

Técnica de Avaliação e Acompanhamento do SCS.

Esclarecimento das regras para aquisições de matéria prima deorigem animal

Criação de fatores de multiplicadores em 2012 valorizando:

Diversificação de aquisição de matéria-prima;

Especificidades regionais

Organização produtiva (Cooperativismo)

30% 30% 30%

35%

40%

30% 30% 30% 30% 30%

10% 10%

15% 15% 15%

10% 10%

15% 15% 15%

50%

30% 30% 30% 30%

2006 2010 2011 2013 2014 2006 2010 2011 2013 2014 2006 2010 2011 2013 2014 2006 2010 2011 2013 2014 2006 2010 2011 2013 2014

Sul Sudeste Centro-Oeste Norte Nordeste/Semiárido

Variação do percentual mínimo de aquisições da agricultura familiar por região

Desafios e Perspectivas para os Próximos Anos

Brasil poderá se tornar o maior produtor mundial de biodiesel

Arranjo único de programa de Biodiesel com ênfase na inclusãosócioprodutiva.

Há capacidade ociosa de produção de biodiesel no Brasil e no mundo

Tendência econômica à verticalização direta (agroindústria) ou indireta(modelo de parceria/integração da indústria com agricultura). Baixacompetitividade de usinas cujo único negócio é o biodiesel.

Modelo Tributário Federal foi e é ineficiente para diversificação,regionalização e agricultura familiar.

Soja é (e continuará??) dominante. Outras matérias-primas têm desafios aenfrentar como escala produtiva e preço.

Palma e espécies nativas poderão ser reais alternativas à soja no médio-prazo. Oportunidade para já se focar no desenho de estratégias para incluiragricultura familiar nesses segmentos.

OBRIGADO!

Coordenação-Geral de BiocombustíveisCGBIO/DGRAV/SAF/MDA

marco.pavarino@mda.gov.br

(61) 2020-0542/0544