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Balanço das Incidências Criminais e Administrativas no Estado do Rio de Janeiro (2010) Diretor-Presidente Paulo Augusto Souza Teixeira Coordenação Marcus Ferreira Organização Orlinda Claudia Rosa de Moraes Equipe Andréia Soares Pinto Emmanuel Rapizo João Batista Porto de Oliveira Leonardo de Carvalho Silva Marcello Montillo Provenza Renato Dirk Equipe de apoio Renan Alves de Oliveira / Pedro Assis Senna Madureira / Karina Silva Marques / Nubia Silva dos Santos Programação visual Kelson Moreira Assessoria de imprensa Renata Fortes / Karina Nascimento Revisão e edição Thaís Chaves Ferraz

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Balanço das IncidênciasCriminais e Administrativas

no Estado do Rio de Janeiro(2010)

Diretor-Presidente Paulo Augusto Souza Teixeira

Coordenação Marcus Ferreira

Organização Orlinda Claudia Rosa de Moraes

Equipe Andréia Soares Pinto Emmanuel RapizoJoão Batista Porto de Oliveira Leonardo de Carvalho SilvaMarcello Montillo Provenza Renato Dirk

Equipe de apoio Renan Alves de Oliveira / Pedro Assis Senna Madureira / Karina Silva Marques / Nubia Silva dos Santos

Programação visual Kelson Moreira

Assessoria de imprensa Renata Fortes / Karina Nascimento

Revisão e edição Thaís Chaves Ferraz

Balanço das Incidências Criminais e Administrativasno Estado do Rio de Janeiro (2010)

Sérgio Cabral FilhoGovernador do estado do Rio de Janeiro

Dr. José Mariano BeltrameSecretário de Estado de Segurança

Paulo Augusto Souza TeixeiraDiretor-Presidente do Instituto de Segurança Pública

Contatos:Av. Presidente Vargas, 817, 16° andar, Centro - Rio de Janeiro/RJ

Telefone: (21) [email protected] - www.isp.rj.gov.br

Sumário

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4

Notas Metodológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

01. Vítimas de crimes violentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8

02. Vítimas de crimes violentos de trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

03. Comparativo de homicídio doloso por PAF e homicídio culposo de trânsito . . . . . .12

04. Vítimas de mortes com tipificação provisória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

05. Registros de crimes contra o patrimônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14

06. Atividade policial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

07. Outros registros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

08. Totais de registros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

ANEXO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

introdução

Este relatório apresenta um balanço das incidências criminais e administrativas ocorridas no estado do Rio de Ja-neiro no ano de 2010, comparado ao ano de 2009. Para uma reflexão mais aprofundada da evolução das incidências criminais e administrativas no estado do Rio de Janeiro, nas Considerações Finais apresentamos um comparativo dos títulos que mais se destacaram, considerando a série do período de 2000 a 2010.

Além do balanço anual foram realizadas análises mais detalhadas referentes aos títulos “Apreensão de drogas”, “Apreensão de armas” e “Apreensão de artefatos explosivos”, com utilização de informações advindas do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil, assim como da Coordenadoria de Inteligência do Estado-Maior da PMERJ. A utilização de outras fontes de dados, além daquelas que regularmente apoiam a análise das estatísticas oficiais, possibilita um olhar diferenciado sobre o mesmo tema e enriquece este relatório com informações adicionais.

Com relação aos delitos classificados como “Crimes violentos”, observou-se em 2010 uma redução de 17,7% no total de homicídios dolosos (foram menos 1.026 vítimas), em comparação com o ano anterior. Também houve redução do número de vítimas de latrocínio (29,4%) e tentativa de homicídio (7,3%).

Nos crimes violentos de trânsito, os dados mostram que a lesão culposa acumulou um aumento, de 2009 para 2010, da ordem de 3,9%: foram mais 1.618 vítimas.

Na análise dos homicídios provocados por PAF e daqueles provenientes de acidentes de trânsito, percebeu-se a redução nos homicídios por PAF e o aumento nos homicídios de trânsito. Ao se comparar os anos de 2009 e 2010, foi possível observar que o “Homicídio doloso provocado por PAF” apresentou 687 vítimas a menos (16,6%). Já o homicídio culposo proveniente de acidentes de trânsito apresentou um aumento número de vítimas: foram mais 27, em relação a 2009 (ou mais 1,1% de mortes ligadas ao trânsito em 2010).

Dos crimes contra o patrimônio registrados em 2010, destacam-se as reduções de registros de roubos e furtos de veículos. Foram menos 4.984 e 1.590 veículos, respectivamente. Em relação ao roubo de estabelecimento comercial também houve uma queda (5,6%): foram 277 casos a menos. O roubo em coletivo reduziu-se em 8,2%, ou seja, menos 728 casos. O roubo a transeunte apresentou redução de 10,9%. Quando comparado com o ano anterior, vê-se que houve menos 7.720 registros. O mesmo ocorreu com o roubo à residência, que também teve um decréscimo 11,9% no período: em termos absolutos, foram menos 197 casos.

Nas atividades policiais observou-se um aumento do número de prisões no período em questão, com mais 1.409 casos (7,6%). Entretanto, os registros de apreensões de drogas diminuíram 14,5%, ou seja, menos 1.600 registros. Da mesma forma as apreensões de armas diminuíram em 15,3%, ou seja, foram menos 1.360 armas apreendidas, segundo a comparação entre os anos de 2009 e 2010.

Com relação ao título “Armas apreendidas”, foram acrescentados esclarecimentos sobre os tipos de armamentos apreendidos, segundo seu poder destrutivo ou grau de periculosidade, bem como informações sobre apreensões de artefatos explosivos. Em 2010, apesar de haver redução de 15,3% no total de armas apreendidas em relação a

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 5

2009, observa-se que houve aumento nas apreensões de armamento com maior potencial destrutivo. Foi o caso das apreensões de fuzis, metralhadoras/submetralhadoras e pistolas, classificadas como armas de “Categoria A”, que aumentaram de 30,8% do total de armas apreendidas em 2009 para 35,8% em 2010.

A análise sobre apreensão de drogas contou com dados sobre o tipo de substância apreendida e a quantidade periciada pelo ICCE no ano de 2010. Inicialmente, cumpre esclarecer que o detalhamento acerca dos tipos de drogas apreendidas foi feito com base na leitura dos registros de ocorrência em que houve apreensões de substâncias a princí-pio identificadas como drogas. A partir daí, foram identificados e computados os tipos de substâncias mencionadas em cada registro (maconha, cocaína, crack, etc.). Nesse sentido, mais de um tipo de droga pode ser apreendido através de um mesmo registro. Cabe ainda destacar que, nesse detalhamento, os percentuais de drogas apresentados se referem ao total dos tipos de drogas mencionadas nos registros de apreensão, não se tratando, portanto, de quantidade (massa, unidade, etc.). Partindo-se dessa metodologia, constatou-se que a maconha aparece como a droga mais apreendida em 2010, com 42,8% dos casos, seguida pela cocaína, com 39,4%. Cumpre destacar o aumento da participação do crack nas apreensões de um ano para outro: o percentual foi de 11,9%, em 2009, para 15,4%, em 2010. Com relação à quantidade de drogas periciadas em 2010, observa-se que os maiores montantes foram de maconha, com 39.157,4kg, e cocaína, com 537,4kg. Em 2009 foram periciados 79,7kg de crack apreendido, e em 2010 esse número aumentou em 150%, chegando a 199,2kg.

Na seção “Outros registros” observou-se aumento de 7,2% no número de ameaças. Em termos absolutos, mais 5.119 registros dessa natureza. Em 2010, percebeu-se ainda a redução de 18,4% no total de autos de resistência: foram menos 193 mortes nessas circunstâncias. Outro aspecto observado é a redução do número de policiais civis e militares mortos em serviço, que totalizou menos 11 mortes em relação a 2009.

O total de registros no estado aumentou em 2010. Houve mais 4.331 ocorrências registradas, o que correspondeu a um acréscimo de 0,6% em relação a 2009.

notaS metodológicaS

Este relatório apresenta um balanço das incidências criminais e administrativas ocorridas no estado do Rio de Janeiro em 2010. As informações foram obtidas a partir dos registros das Delegacias de Polícia Civil e comparadas aos dados de 2009. A análise é baseada em todos os títulos discriminados no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, nas seguintes seções: “Vítimas de crimes violentos”, “Vítimas de crimes violentos de trânsito”, “Vítimas de mortes com tipificação pro-visória”, “Registros de crimes contra o patrimônio”, “Atividade policial”, “Outros registros policiais” e “Totais de registros”.

A categoria “Crimes violentos” utilizada neste relatório se refere a crimes contra a pessoa, praticados com o uso de violência; crime contra o patrimônio, com resultado morte; e crimes contra a dignidade sexual.

Com relação aos crimes violentos contra a pessoa nos quais houve morte, dois tipos foram analisados: homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Dentre os casos sem morte de crimes violentos contra a pessoa foram estudadas a tentativa de homicídio e a lesão corporal dolosa.

Os crimes contra o patrimônio que resultaram em morte referem-se a roubo seguido de morte, também chamado de latrocínio.

O crime contra a dignidade sexual integrante da seção que trata dos “Crimes violentos” é o estupro. Entretanto, cabe esclarecer que a categoria “estupro” corresponde ao somatório dos crimes anteriormente registrados como “atentado violento ao pudor” e aqueles registrados como “estupro”. Essa mudança na metodologia foi necessária em virtude da promulgação da lei que alterou, em parte, o Código Penal Brasileiro, ou seja, a Lei 12.015/09, referente aos crimes contra a dignidade sexual. Com isso, o crime de atentado violento ao pudor anteriormente previsto no artigo 214 do Código Penal foi revogado integralmente pelo artigo 7º da referida lei. Porém, a Lei 12.015/09 também mudou a re-dação do artigo 312 do CP, que passou a incluir no rol das condutas previstas como estupro aquela que anteriormente era definida como atentado violento ao pudor, destacando-se que, a partir de então, tanto homens quanto mulheres podem ser vítimas de estupro. Por essa razão e atendendo a fins metodológicos, os crimes de atentado violento ao pudor foram somados aos de estupro e analisados conjuntamente. Da mesma forma, as séries históricas desses dois crimes foram somadas, permitindo uma análise comparativa desses delitos ao longo do tempo. A utilização desse re-curso metodológico buscou respeitar o tempo de adaptação necessário para a implementação e aplicação dos novos títulos aos registros de ocorrência na Polícia Civil.

Na seção “Vítimas de crimes violentos de trânsito” são tratados os delitos que envolvem os casos de acidentes de trânsito, de caráter involuntário ou não-intencional, que resultaram em vítimas fatais ou não-fatais. Dessa forma, são analisados os homicídios culposos de trânsito, nos casos em que houve vítimas fatais, e as lesões culposas de trânsito, com vítimas não-fatais.

O segmento “Vítimas de mortes com tipificação provisória” refere-se às ocorrências nas quais não foi possível caracterizar, no momento do registro, a causa da morte como natural ou externa. Nesses casos, dois tipos foram considerados: encontro de cadáver e encontro de ossada.

Balanço Anual 2010

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Os crimes analisados na seção “Registros de crimes contra o patrimônio” dizem respeito aos roubos, furtos, ex-torsão e estelionato. Conforme o Código Penal Brasileiro, o crime de roubo consiste em subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência contra a pessoa, enquanto o furto é o ato de subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Cabe ressaltar, no entanto, que este se distingue do roubo por se tratar de uma abordagem sem grave ameaça ou violência. O crime de extorsão consiste em constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça (e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica), a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa. Estelionato se caracteriza pela obtenção, para si ou para outrem, de vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.

Os crimes contra o patrimônio apresentados neste relatório foram: roubo a estabelecimento comercial, roubo a residência, roubo de veículo, roubo de carga, roubo a transeunte, roubo em coletivo, roubo a banco, roubo de aparelho celular, roubo com condução da vítima para saque em instituição financeira, furto de veículos, extorsão mediante sequestro (sequestro clássico), extorsão, extorsão com momentânea privação da liberdade (sequestro-relâmpago) e estelionato.

A atividade policial constitui uma agregação de várias ocorrências policiais, intituladas como: apreensão de drogas, armas apreendidas, prisões, apreensão de menores, recuperação de veículos e cumprimento de mandado de prisão.

A seção “Outros registros policiais” apresenta títulos que se enquadram em definições variadas e que não se ade-quavam às categorias já apresentadas: “Ameaça”, “Pessoas desaparecidas”, resistência com morte do opositor, ou seja, “Auto de resistência”, “Policiais militares mortos em serviço” e “Policiais civis mortos em serviço”.

O detalhamento das informações sobre apreensões de drogas teve como fontes o sistema ROWEB e dados pro-venientes do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). O sistema ROWEB, gerenciado pelo Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (DGTIT) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, permite a consulta on-line dos registros de ocorrência de todas as delegacias policiais.

A partir dos tipos de drogas especificados no sistema ROWEB foram utilizadas as seguintes categorias: cocaína (somatório de cocaína e pó branco), maconha (somatório de cannabis sativa e erva seca), crack e outros tipos de drogas (somatório de LSD, “Cheirinho da Loló”, ecstasy, haxixe e heroína).

Vale ressaltar que considerou-se pó branco como cocaína e erva seca como cannabis sativa por se tratar de um procedimento de caracterização da droga quando ainda não há um laudo pericial.

O Instituto de Criminalística Carlos Éboli disponibilizou informações sobre a quantidade de drogas periciadas no ano de 2010. As categorias e unidades de medida usadas nesta análise seguem o modelo enviado pelo ICCE ao ISP.

As categorias de armas apreendidas utilizadas nas análises tiveram como fontes de dados a Polícia Civil e a Po-lícia Militar do estado do Rio de Janeiro. Os tipos de armas apreendidas foram agregados por técnicos, da seguinte forma: fuzil, metralhadora/submetralhadora e pistola (Categoria A); carabina, rifle, espingarda e escopeta (Categoria B); revólver (Categoria C); e arma de fabricação caseira, garrucha/garruchão e trabuco (Categoria D).

Balanço Anual 2010

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01. VítimaS de crimeS ViolentoS

Esta seção traz informações sobre os títulos “Homicídio doloso”, “Lesão corporal seguida de morte”, “Latrocínio” (roubo seguido de morte), “Tentativa de homicídio”, “Lesão corporal dolosa” e “Estupro”.

No ano de 2010 houve uma redução no número de vítimas de homicídio doloso em comparação com o ano de 2009. Foram menos 17,7%, ou 1.026 vítimas (Gráfico 1.1). O maior valor da série observada ocorreu no mês de mar-ço de 2009, com 588 vítimas. O mês que apresentou menor número de vítimas foi julho de 2010, com 324 pessoas mortas. Vale destacar que totais de vítimas observados, mês a mês, durante todo o ano de 2010 ficaram abaixo dos registrados em 2009 no mesmo período. Outro aspecto que se observa é a semelhança no comportamento das cur-vas de 2009 e 2010.

Gráfico 1.1 - Homicídio doloso

397432 433 419 438

476

324 344 360406

364417

439522

588 542551 556

347361

492432447

473

0

100

200

300

400

500

600

700

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =5.793 4.767

Variação anualAbs. = % = -1.026 -17,7

Fonte: DGTIT/PCERJ

Lesão corporal seguida de morte apresentou, no ano de 2010 em relação a 2009, um aumento de 6 vítimas (Gráfi-co 1.2). O maior número de vítimas ocorrido em 2010 se deu no mês de agosto: foram 8 pessoas. No total, 2010 teve 50 vítimas, enquanto 2009 registrou 44.

Gráfico 1.2 - Lesão corporal seguida de morte

2

45

0

3 3 3

1

4

10

67 7

1 1

634

7

1

3

8

23

0

2

4

6

8

10

12

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =44 50

Variação anualAbs. = % 6 13,6

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

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Em 2010 houve menos 65 vítimas de latrocínio em relação a 2009, ou seja, uma redução de 29,4% nos roubos seguidos de morte (Gráfico 1.3). Foram 156 vítimas em 2010, enquanto o ano de 2009 totalizou 221. O menor valor da série, 6 vítimas, ocorreu no mês de fevereiro de 2010. Já o maior número pode ser verificado em março de 2009, que totalizou 30 vítimas.

Gráfico 1.3 - Latrocínio

19

1418

12

21

13

25

12

21

18

3027

1311 12

7

1211

1612

19

6

11

17

0

5

10

15

20

25

30

35

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =221 156

Variação anualAbs. = % =-65 -29,4

Fonte: DGTIT/PCERJ

A tentativa de homicídio teve, no ano de 2010, uma redução de 7,3% no total de vítimas. Foram menos 326 vítimas em relação ao ano de 2009 (Gráfico 1.4 ). O maior valor da série histórica analisada se deu no mês de março de 2009, com 444 vítimas. O menor valor foi em junho de 2010, com 278 vítimas.

Gráfico 1.4 - Tentativa de homicídio

Fonte: DGTIT/PCERJ

333346316

365322398

378 383 378444

423 386372368

408

310288333

278329377

391347 345

0

100

200

300

400

500

600

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =4.472 4.146

Variação anualAbs. = % =-326 -7,3

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 10

No ano de 2010, lesão corporal dolosa teve um aumento de 2,3% no total de vítimas: foram 1.832 pessoas a mais na comparação com o ano de 2009 (Gráfico 1.5). O maior número de vítimas da série histórica ocorreu no mês de de-zembro de 2010, que totalizou 8.019 pessoas, e o menor número foi verificado em junho de 2009, com 5.640 vítimas.

Gráfico 1.5 - Lesão corporal dolosa

6.4526.132

6.7057.183

6.5956.631

6.565

5.640

6.6787.137

5.669

7.8577.116

6.412

6.1856.767

7.201

6.153

6.267

7.716

6.6066.584

8.019

6.050

01.0002.0003.0004.0005.0006.0007.0008.0009.000

10.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =79.244 81.076

Variação anualAbs. = % =1.832 2,3

Fonte: DGTIT/PCERJ

Nesta edição do balanço anual foram necessárias algumas mudanças metodológicas quanto à apresentação e à análise dos dados relativos aos crimes de estupro, tendo em vista a promulgação da Lei 12.015/09, referente aos “crimes contra a dignidade sexual”, que altera, em parte, o Código Penal Brasileiro. Com isso, o crime de atentado violento ao pudor previsto no artigo 214 do Código Penal foi revogado, e o artigo 312 do CP recebeu uma nova redação, passando a incluir no rol das condutas previstas como estupro aquela anteriormente definida como atentado violento ao pudor. A partir de então, tanto homens quanto mulheres podem ser vítimas de estupro. Com base no exposto, os totais de estupro aqui apresentados correspondem ao somatório desses dois crimes, tendo em vista que ainda se verifica, mesmo que residualmente, a utilização do título “Atentado violento ao pudor”.

Estupro teve, no ano de 2010 em relação ao ano de 2009, um aumento de 11,4%, ou de 469 vítimas (Gráfico 1.6). Foram 4.589 vítimas em 2010 e 4.120 vítimas em 2009. O maior valor da série ocorreu em dezembro de 2010, com 476 registros. O menor verificou-se em novembro de 2009, com 230 vítimas.

Gráfico 1.6 - Estupro

363

230

329

330334 322337

441

322

381 359372

476402

359

402442

402

341

391347

345 337 345

0

100

200

300

400

500

600

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010Total anual2009 = 2010 =4.120 4.589

Variação anualAbs. = % =469 11,4

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

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02. VítimaS de crimeS ViolentoS de trânSito

Nesta seção encontram-se análises sobre os crimes de homicídio culposo de trânsito e de lesão corporal culposa de trânsito.

Homicídio culposo de trânsito teve um aumento de 27 vítimas de um ano para outro, ou 1,1% (Gráfico 2.1). Em 2010 foram 2.400 pessoas, e em 2009 foram 2.373 vítimas. O mês com maior número de vítimas fatais no trânsito foi dezembro de 2010, com 250 pessoas, e o mês que apresentou o menor número de vítimas foi janeiro de 2010, que totalizou 161.

Gráfico 2.1 - Homicídio culposo de trânsito

206204

165

203187

175

219203

194

239

189206

189198

211250

219

182178

208

186161185

216

0

50

100

150

200

250

300

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =2.373 2.400

Variação anualAbs. = % =27 1,1

Fonte: DGTIT/PCERJ

No ano de 2010, lesão corporal culposa de trânsito apresentou um aumento de 3,9% no total de vítimas. Na comparação com o ano anterior, foram 1.618 vítimas a mais (Gráfico 2.2). O maior número de vítimas observado no período analisado ocorreu em agosto de 2010, que teve 3.889 vítimas. Já o menor número foi verificado no mês de abril de 2009: houve 3.073 vítimas.

Gráfico 2.2 - Lesão corporal culposa de trânsito

3.167 3.230 3.440 3.402 3.534

3.5113.267

3.6363.889

3.673 3.720 3.772

3.5843.5713.073

3.493 3.241 3.291 3.740

3.8323.6743.209

3.661 3.462

0

5001.000

1.500

2.0002.500

3.000

3.5004.000

4.500

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =41.227 42.845

Variação anualAbs. = % =1.618 3,9

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

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03. comparatiVo de homicídio doloSo por paF e homicídio culpoSo de trânSito

Esta seção traz informações sobre as vítimas de homicídio doloso causado por projétil de arma de fogo (PAF) nos anos de 2009 e 2010, no estado do Rio de Janeiro. Também é apresentado um comparativo entre o quantitativo de homicídios dolosos por PAF e as mortes ocasionadas por acidentes de trânsito no estado nesse mesmo período.

Os homicídios provocados por projétil de arma de fogo (PAF) tiveram uma redução de 16,6% no ano de 2010 em relação a 2009, totalizando 687 vítimas a menos (Gráfico 3.1). O maior valor da série histórica analisada foi registrado em março de 2009, com 434 vítimas, enquanto o mês de julho de 2010 registrou o menor número de homicídios por PAF, com 228 vítimas. Observa-se que durante o ano de 2010, com exceção do mês de outubro, os demais meses apresentaram totais de vítimas inferiores aos observados no mesmo período de 2009.

Gráfico 3.1 - Homicídio doloso por PAF

277 290321 343

228255 266

299301307293385398

434388397 312

277252

275315

358315

295

050

100150200250300350400450500

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =4.134 3.447

Variação anualAbs. = % =-687 -16,6

Fonte: DGTIT/PCERJ

Os homicídios dolosos provocados por projétil de arma de fogo (PAF) apresentaram redução de 16,6% na compa-ração entre os anos de 2009 e 2010 (Gráfico 3.2), ao passo que, no mesmo período, os homicídios culposos de trânsito sofreram aumento de 1,1%. No ano de 2010, 72% dos homicídios dolosos foram provocados por arma de fogo.

Gráfico 3.2 - Comparativo entre homicídio doloso por PAFe homicídio culposo de trânsito – Vítimas

4.134

2.373

3.447

2.400

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

Homicídio doloso por PAF Homicídio culposo de trânsito

2009 2010

Redução de 687 vítimas ou 16,6%

Aumento de 27 vítimas ou 1,1%

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 13

04. VítimaS de morteS com tipiFicação proViSória

Os títulos que tratam das mortes com tipificação provisória são: “Encontro de cadáver” e “Encontro de ossada”.Considerando as mortes que tiveram como tipificação provisória o título “Encontro de cadáver”, observou-se que

2010, em relação ao ano de 2009, houve um aumento de 50 vítimas (10,1%). Em 2009 foram registrados 495 encontros de cadáver, enquanto em 2010 foram 545. O menor número de vítimas da série histórica se deu nos meses de maio de 2009 e julho de 2010 (foram 29), e o maior número, em janeiro de 2010 (foram 69), conforme se verifica no Gráfico 4.1.

Gráfico 4.1 - Encontro de cadáver

4150

43 4137

4449

69

2933 36

4045

3229

3950 40

464445

5767

34

0

10

20

30

40

50

60

70

80

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =495 545

Variação anualAbs. = % =50 10,1

Fonte: DGTIT/PCERJ

As mortes tipificadas provisoriamente como “Encontro de ossada” tiveram seu número reduzido em 2010: foram dois casos a menos em relação ao ano anterior (Gráfico 4.2). Os maiores valores encontrados na série histórica ana-lisada foram em julho e setembro de 2009, com 5 vítimas.

Gráfico 4.2 - Encontro de ossada

1

0 0

2

5

3

01

2

433

5 4

2

44

21

3

21

3 3

0

1

2

3

4

5

6

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010Total anual2009 = 2010 =30 28

Variação anualAbs. = -2

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 14

05. regiStroS de crimeS contra o patrimônio

Os crimes contra o patrimônio apresentados nesta seção são: “Roubo a estabelecimento comercial”, “Roubo a residência”, “Roubo de veículo”, “Roubo de carga”, “Roubo a transeunte”, “Roubo em coletivo”, “Roubo a banco”, “Roubo de aparelho celular”, “Roubo com condução da vítima para saque em instituição financeira”, “Furto de veículo”, “Extorsão mediante sequestro (sequestro clássico)”, “Extorsão”, “Extorsão com momentânea privação da liberdade (sequestro-relâmpago)” e “Estelionato”.

Considerando-se a distribuição percentual de roubos no estado no ano de 2010 (Gráfico 5.1), observou-se que o roubo a transeunte concentrou 52,7% do total de roubos. Roubo de veículos correspondeu a 15,6%, enquanto 5,8% do total de roubos estão relacionados a roubos de aparelho celular e 6,8%, a roubos em coletivo. Roubo em estabelecimento comercial somou 3,9%. Os outros tipos de roubos totalizaram 15,2% das ocorrências de roubo registradas em 2010. Na categoria “Outros” estão agregadas titulações de roubo como: “Roubo em interior de veículo”, “Roubo a residência”, “Rou-bo em estabelecimento industrial”, “Roubo a turista”, “Roubo de documento de veículo” e “Roubo de carga”, dentre outras.

Gráfico 5.1 - Distribuição do percentual de roubos – 2010

52,7%

15,6%

6,8%

3,9%5,8%

15,2%

Roubo a transeunteRoubo de veículo

Roubo em coletivoRoubo em estab. comercialRoubo de aparelho celular

Outros

Fonte: DGTIT/PCERJ

No ano de 2010, o roubo a estabelecimento comercial apresentou redução de 277 casos (5,6%) em relação a 2009 (Gráfico 5.2). O maior número de ocorrências observado na série histórica analisada aconteceu em março de 2009, to-talizando 465 casos. O menor número de ocorrências foi registrado em novembro de 2010, quando houve 338 casos.

Gráfico 5.2 - Roubo a estabelecimento comercial

392424

394446465

385383

396381 410

418

450

373411

362372363 371338

427

441

348420

441

0

100

200

300

400

500

600

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010Total anual2009 = 2010 =4.944 4.667

Variação anualAbs. = % =-277 -5,6

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 15

Roubo de veículo apresentou uma redução de 4.984 casos, ou 19,9%, comparando-se 2010 com 2009. O maior valor da série histórica analisada ocorreu no mês de janeiro de 2009, com 2.573 ocorrências (Gráfico 5.3). O menor valor foi em novembro de 2010, com 1.413 ocorrências. Em 2009 foram registrados 25.036 roubos de veículo, ao passo que em 2010 esse valor diminuiu para 20.052. Cabe destacar que todos o totais mensais de roubos de veículo registrados durante o ano de 2010 se mantiveram abaixo daqueles verificados no mesmo período de 2009.

Gráfico 5.3 - Roubo de veículo

2.3671.968 1.982 1.928

1.728 1.758 1.688 1.830

1.739 1.699 1.666 1.558 1.489 1.5901.413 1.480

2.3402.3102.5642.573

1.6481.7842.0411.945

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =25.036 20.052

Variação anualAbs. = % =-4.984 -19,9

Fonte: DGTIT/PCERJ

Furto de veículos teve uma redução de 1.590 casos (ou 7,8%) no ano de 2010, em comparação com o ano anterior (Gráfico 5.4). Em 2009 foram 20.342 ocorrências, e em 2010 esse número sofreu redução, caindo para 18.752. O maior valor da série ocorreu em março de 2009, com 1.830 veículos furtados. O menor número de casos ocorreu em novembro de 2010, quando foram registrados 1.318 furtos de veículos.

Gráfico 5.4 - Furto de veículo

1.789 1.6911.830

1.679 1.638 1.659 1.699 1.619 1.680 1.5761.723

1.683 1.669 1.713 1.670 1.585 1.557 1.6281.408

1.5451.318 1.382

1.759

1.594

0

400

800

1.200

1.600

2.000

2.400

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =20.342 18.752

Variação anualAbs. = % =-1.590 -7,8

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 16

Roubo de carga teve uma redução de 31 ocorrências (ou menos 1,2%) no ano de 2010 em relação a 2009 (Gráfi-co 5.5). Outubro de 2010 apresentou o menor valor da série histórica analisada, com 170 casos. Já o maior valor foi observado em dezembro de 2010, com 287 casos. Em 2009 houve 2.650 ocorrências de roubo de carga, e em 2010 houve 2.619 casos.

Gráfico 5.5 - Roubo de carga

236 226 236 221 228 217187

229 215 212184

211170

269

206188212 224

287

209

181

221234 266

050

100150200250300350400450

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =2.650 2.619

Variação anualAbs. = % =-31 -1,2

Fonte: DGTIT/PCERJ

Roubo em coletivo apresentou uma redução de 728 casos (ou menos 8,2%) no ano de 2010, se comparado ao ano de 2009 (Gráfico 5.6). O maior valor da série histórica analisada foi observado no mês de março de 2009, com 926 casos. O mês de janeiro de 2010 registrou o menor valor, com 568 ocorrências. Em 2009, foram 8.930 ocorrências. Já em 2010 esse valor sofreu redução, indo para 8.202 casos. Observando o gráfico verifica-se que durante o primeiro semestre de 2010 todos os totais mensais se mantiveram abaixo daqueles registrados no mesmo período do ano anterior.

Gráfico 5.6 - Roubo em coletivo

829 780 745

568691 695

593625660737 676

802926

769788620

646765

671784

669795

582716

0

200

400

600

800

1.000

1.200

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =8.930 8.202

Variação anualAbs. = % =-728 -8,2

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 17

Roubo a banco apresentou uma redução de 20 casos, na análise comparativa entre 2009 e 2010 (Gráfico 5.7). No ano de 2009 houve 42 roubos, enquanto em 2010 o total registrado foi de 22 ocorrências. Observando-se a série his-tórica, verifica-se que o mês de junho de 2009 responde pelo maior número de roubos a banco, registrando 6 casos.

Gráfico 5.7 - Roubo a banco

3

5

0

6

45

3

2 23

533 3

111

5

1 12 21

2

0

2

4

6

8

10

12

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010Total anual2009 = 2010 =42 22

Variação anualAbs. = -20

Fonte: DGTIT/PCERJ

Roubo com condução da vítima para saque em instituição financeira apresentou, na análise comparativa entre os anos de 2009 e 2010, uma redução de 51 casos (Gráfico 5.8). Em março de 2009 foi registrado o maior valor de todos os meses analisados: 18 casos.

Gráfico 5.8 - Roubo com condução para saque em IF

148

4

1212 11

17

108

1312 13

18

10 12

9 10

3

11

6

14

10

6 6

0

5

10

15

20

25

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =150 99

Variação anualAbs. = % =-51 -34,0

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 18

No ano de 2010, em comparação com o ano de 2009, roubo a transeunte apresentou uma redução de 7.720 casos, ou menos 10,9% (Gráfico 5.9). Em 2009 foram 71.066 casos, e em 2010 esse número se reduziu para 63.346 ocorrên-cias. Observa-se que durante o ano de 2010, com exceção do mês de outubro, todos demais meses apresentaram totais de casos inferiores aos observados no mesmo período de 2009.

Gráfico 5.9 - Roubo a transeunte

6.0636.2776.5066.3696.686

6.2796.1455.2475.3365.3545.557

5.2475.1435.0835.7495.581

6.0365.3615.292

4.5444.9255.2005.166

5.266

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =71.066 63.346

Variação anualAbs. = % =-7.720 -10,9

Fonte: DGTIT/PCERJ

No ano de 2010, em relação ao ano de 2009, roubo de aparelho celular apresentou uma redução de 1.511 casos, ou 17,8% (Gráfico 5.10). O maior valor da série histórica analisada foi registrado no mês de maio de 2009, com 799 casos. O mês de dezembro de 2010 teve o menor número de registros, com 443 eventos. Observando-se o gráfico é possível perceber que todos os totais mensais registrados em 2010 ficaram abaixo daqueles verificados em 2009. Outro aspecto observável através do gráfico é que as curvas de 2009 e 2010 têm comportamentos semelhantes.

Gráfico 5.10 - Roubo de aparelho celular

758766782718 701687661 621636659799

711

589613693622543

443518607590

546 574650

0

200

400

600

800

1.000

1.200

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =8.499 6.988

Variação anualAbs. = % =-1.511 -17,8

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 19

No ano de 2010, roubo a residência apresentou uma redução de 197 casos, ou menos 11,9% em relação a 2009 (Gráfico 5.11). Em 2009 foram registrados 1.662 roubos a residência, enquanto em 2010 foram 1.465 casos. O mês com maior número de ocorrências foi março de 2009, com 156 casos. O menor número de episódios ocorreu em julho de 2010, que totalizou 103 roubos.

Gráfico 5.11 - Roubo a residência

146

123116

150145129

147143135134156

125 136120

124107103

135121132113

148

123 116

020406080

100120140160180200

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =1.662 1.465

Variação anualAbs. = % =-197 -11,9

Fonte: DGTIT/PCERJ

O ano de 2009 registrou 11 vítimas de extorsão mediante sequestro. No ano seguinte, 2010, esse número decres-ceu, com 7 vítimas (Gráfico 5.12).

Gráfico 5.12 - Extorsão mediante sequestro

0 0

1 1

2

0

2

0

2

0

1

22 2

0 0 0

1 1

0

0 0 0

1

0

1

2

3

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =11 7

Variação anualAbs. = -4

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 20

Os registros de extorsão apresentaram um aumento de 187 casos na análise comparativa entre os anos de 2009 e 2010, ou seja, foram 15,3% casos a mais (Gráfico 5.13). O mês que registrou o maior número de ocorrências foi março de 2010, com 169 casos, e o mês com o menor número de casos foi fevereiro de 2010, com 65 registros.

Gráfico 5.13 - Extorsão

77

129

73

128

118 112

120

95 96 10085 95

123

89

169

140122

107

65

99119 113 122

135

0

40

80

120

160

200

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =1.222 1.409

Variação anualAbs. = % =187 15,3

Fonte: DGTIT/PCERJ

Extorsão com momentânea privação da liberdade (sequestro-relâmpago) apresentou um aumento de 10 vítimas no ano de 2010, em comparação com o ano de 2009 (Gráfico 5.14). O maior valor da série ocorreu em agosto de 2010, 14 vítimas, e o menor, em fevereiro de 2009, quando houve 2 vítimas.

Gráfico 5.14 - Extorsão com momentânea privação da liberdade

7

2

6 6

14

7

5

12

9

6

7

4

8

65 57

12

455

6

11

7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =78 88

Variação anualAbs. = % =10 12,8

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 21

No ano de 2010, em relação a 2009, houve um aumento de 2.034 casos nos registros de estelionato no es-tado, ou 9,2%. Em 2009 foram registrados 22.019 casos, e em 2010, 24.053 (Gráfico 5.15).

Gráfico 5.15 – Estelionato

2.0641.918

1.752

2.096 2.035 2.150

1.6971.8121.9481.8921.956

1.6091.975

1.752 1.6442.0791.946

2.0942.032

2.215

1.813

2.249

1.716 1.628

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =22.019 24.053

Variação anualAbs. = % =2.034 9,2

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 22

06. atiVidade policial

Os títulos que tratam da atividade policial são: “Apreensão de drogas”, “Armas apreendidas”, “Prisões”, “Apreensão de criança/adolescente”, “Recuperação de veículo” e “Cumprimento de mandado de prisão”.

No ano de 2010, em relação ao ano de 2009, houve a redução de 1.600 casos de apreensão de drogas, o que correspondeu a um decréscimo de 14,5% (Gráfico 6.1). O maior número de registros desse tipo ocorreu em setembro de 2009, com 1.127 casos. O menor número foi registrado em fevereiro de 2010, com 653 ocorrências. Observa-se que no ano de 2010, até o mês de outubro, os totais mensais de apreensões de drogas se mantiveram inferiores aos totais verificados em 2009 no mesmo período. Porém, os meses subsequentes (novembro e dezembro de 2010) apre-sentaram números de apreensões significativamente superiores aos verificados em novembro e dezembro de 2009. Analisando-se comparativamente os últimos bimestres de 2010 e 2009, verifica-se que nos meses de novembro e de-zembro de 2010 houve um aumento de 599 registros de apreensão de drogas em relação ao mesmo período de 2009.

Gráfico 6.1 - Apreensão de drogas

828683 666

1.0511.1271.043

916946

912881 892 8881.053

8891.059

814931

763765653657

741658700

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =11.058 9.458

Variação anualAbs. = % =-1.600 -14,5

Fonte: DGTIT/PCERJ

A seguir, apresentamos informações detalhadas sobre os tipos e quantidades de drogas mais apreendidas. Com base nos dados disponibilizados no sistema ROWEB, da PCERJ, foram analisadas as seguintes categorias: cocaína, maco-nha, crack e outros. Inicialmente, cumpre esclarecer que o detalhamento acerca dos tipos de drogas apreendidas foi feito a partir da leitura dos registros de ocorrência em que houve apreensões de substâncias a princípio identificadas como drogas. A partir daí foram identificados e computados os tipos de substâncias mencionadas em cada registro (maconha, cocaína, crack, etc.). Nesse sentido, mais de um tipo de droga pode ser apreendido através de um mesmo registro. Cabe ainda destacar que nesse detalhamento os percentuais de drogas apresentados se referem ao total dos tipos de drogas mencionadas nos registros de apreensão, não se tratando, portanto, de quantidade (massa, unidade, etc.).

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 23

A partir da metodologia acima descrita, consta-tou-se que no ano de 2010 a droga mais apreendida, em termos de registro, foi a maconha, representando 42,8% do total das drogas mencionadas nos regis-tros de apreensão, seguida pela cocaína, com 39,4%. Outro aspecto observado é que o período analisado registrou aumento da participação de crack no total de apreensões, que passou de 11,9% em 2009 para 15,4% em 2010 (vide gráfico 6.2). Cabe esclarecer que eventuais alterações provenientes de aditamen-tos dos registros de ocorrência feitos pela Polícia Civil, no decorrer de um ano para o outro, podem pro-mover pequenas alterações em relação aos percen-tuais constantes de publicações anteriores, uma vez que foram utilizadas para a confecção deste relatório as informações mais atualizadas disponíveis.

Quadro 1 - Quantidade de drogas apreendidas e periciadas pelo Instituto de Criminalística

Carlos Éboli (ICCE)

Substância 2009 2010Variação

Abs. %Maconha (Kg) 8.057,1 39.157,4 31100 386

Cocaína (Kg) 557,4 537,4 -20 -4

Haxixe (kg) 20,5 226,0 205 1001

Crack (Kg) 79,7 199,2 119 150

Outras Substâncias controladas

MDMA (g) 160,4 123,9 -36 -23

LSD (unid.) 59,0 3.790,0 3731 6324

Cannabis sativa L. frutos (g) 44,1 71,3 27 62

Cannabis sativa L. vegetal (unid.) 67,0 171,0 104 155

Cloreto de etila (ml) 1.695,0 177.645,0 175950 10381

Fonte: DGTIT/PCERJ e ICCE

Gráfico 6.2 - Tipos de drogas apreendidas - Valores Percentuais

38,5

47,9

11,9

1,8

39,442,8

15,4

2,40,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Cocaína Maconha Crack Outros

2009 2010

Fonte: DGTIT/PCERJ e ICCE

De acordo com dados do ICCE, em relação ao total de drogas apreendidas e periciadas em 2010, a maior quantidade é de maconha (39.157,4kg), se-guida pela cocaína (537,4kg). Entretanto, observa-se uma redução de 4,0% na quantidade de cocaína e o significativo aumento de 386% no montante de ma-conha apreendida e periciada no ano de 2010, em comparação com 2009. Também é de se notar o significativo aumento nos percentuais de drogas tais como, LSD (6.324%), cloreto de etila , vulgarmente conhecido como “cheirinho da loló”, (10.381%) e cra-ck (150%), conforme é possível observar logo abaixo através do Quadro 1. Vale destacar que a discrepante diferença observada entre os totais de drogas apre-endidas e periciadas em 2009 e 2010 não pode ser interpretada sem que se leve em consideração as volumosas apreensões de drogas efetuadas na área do Complexo do Alemão (AISP16) durante os meses de novembro e dezembro de 2010, período em que se iniciou a ocupação da referida área pela polícia e forças armadas. Não obstante o fato de que a maior parte das drogas periciadas em 2009 e 2010, tenham sido apreendidas nos mesmos períodos de referên-cia, é possível que no montante periciado em um de-terminado ano estejam incluídas drogas oriundas de apreensões realizadas no ano anterior, uma vez que o tipo de processo ao qual esteja associada a droga apreendida (por exemplo, casos em que o acusado esteja preso), ou ainda, a necessidade de incinera-ção da droga em virtude do grande volume, podem determinar a prioridade da perícia de um certo tipo de material em relação aos demais.

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 24

O número de armas apreendidas diminuiu em 1.360, ou 15,3%, na comparação entre os anos de 2010 e 2009 (Gráfico 6.3). Em 2009 foram apreendidas 8.914. armas. No ano seguinte, foram 7.554 armas.

Gráfico 6.3 - Armas apreendidas

716 704

923

739 789669

641541

623 638736

631

647737

760 716 750764

642

796

579 556 505

666

0

200

400

600

800

1.000

1.200

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =8.914 7.554

Variação anualAbs. = % =-1.360 -15,3

Fonte: DGTIT/PCERJ

Apesar da redução nas apreensões de armas, é possível observar o aumento no número de armas de maior po-tencial destrutivo (ou grau de periculosidade) apreendidas.

Em 2010, 35,8% das armas apreendidas referiam-se a fuzis, metralhadoras / submetralhadoras e pistolas (Categoria A), sendo que no mesmo período de 2009 esse percentual foi de 30,8%. Observa-se que, dentre o total de armas apre-endidas, o maior percentual é de revólveres, que no ano de 2010 correspondeu a 46,7% do total das apreensões (vide Gráfico 6.4). No entanto, esse percentual é menor do que aquele verificado em 2009, quando os revolveres corresponde-ram a pouco mais da metade das armas apreendidas (51%).

Gráfico 6.4 - Categoria de armas apreendidassegundo grau de periculosidade - %

30,8

13,8

51,0

4,4

35,8

13,8

46,7

3,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Categoria A Categoria B Categoria C Categoria D

2009 2010

Categoria A: fuzil, metralhadora/submetralhadora e pistolaCategoria B: carabina, rifle, espingarda e escopetaCategoria C: revólverCategoria D: arma de fabricação caseira, garrucha/garruchão e trabuco

Fontes: DGTII/PCERJ e Coordenadoria de Inteligência da PMERJ

Deve-se destacar que os dados aqui tratados, para os anos de 2009 e 2010, referem-se a identificações provi-sórias feitas por policiais no momento da apreensão das armas, carecendo ainda de apreciação pericial para uma classificação definitiva quanto às características do material apreendido.

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 25

Analisando-se os dados fornecidos pela Coordenadoria de Inteligência da PMERJ, observa-se que em 2010 houve uma redução de 4,8% no número de apreensões de artefatos explosivos em relação ao ano de 2009 (Gráfico 6.5). Essa categoria apresentou aumento constante no período de 2004 a 2007, ano que registrou a maior quantidade de apreensões de artefatos explosivos de toda a série histórica, com 1.297 casos, mostrando queda contínua a partir de 2008. Cabe esclarecer que o total de artefatos explosivos apreendidos compreende granadas e outros materiais bélicos explosivos, além das chamadas “bombas de fabricação caseira”.

Gráfico 6.5 - Artefatos explosivos apreendidos - N° Artefatos apreendidos

9931.043

1.2621.297

1.041

893

741

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

+16,6%

+ 24,6%

- 2,7%

- 17,4%+20,5%

- 4,8%

Fonte: Coordenadoria de Inteligência da PMERJ

O número de prisões aumentou em 1.409 casos no ano de 2010 em relação a 2009, ou 7,6% (Gráfico 6.6). A maior quantidade de prisões ocorreu no mês de maio de 2010, com 1.909 registros. O menor valor ocorreu em janeiro de 2009, com 1.317 episódios. Observa-se que, com exceção dos meses de agosto e setembro, todos os totais mensais verificados em 2010 foram superiores aos correspondentes ao mesmo período de 2009.

Gráfico 6.6 - Prisões

1.3361.600 1.569 1.534 1.475

1.6921.516 1.502

1.4791.677

1.909 1.836 1.7591.765 1.661

1.5011.317

1.689

1.705

1.533

1.5761.534

1.6671.513

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =18.468 19.877

Variação anualAbs. = % =1.409 7,6

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 26

Em 2010 houve um aumento de 23,5% no total de crianças/adolescentes apreendidos, o que correspondeu a um acréscimo de 534 menores em relação a 2009 (Gráfico 6.7). Novembro de 2010 teve o maior número de apreensões, com 306 casos, enquanto o menor valor foi verificado em 2009, no mês de junho: 138 episódios. Em 2009 houve 2.272 apreensões, ao passo que em 2010 esse número subiu para 2.806.

Gráfico 6.7 - Apreensão de criança/adolescente

243 253

182216

253

295 306

228

201 192198 199174

138159

182163 170

220199 218 222

254

213

0

50

100

150

200

250

300

350

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =2.272 2.806

Variação anualAbs. = % =534 23,5

Fonte: DGTIT/PCERJ

No ano de 2010, em relação ao ano de 2009, houve um aumento de 0,8% no número de cumprimentos de man-dado de prisão, o que correspondeu a mais 93 prisões (Gráfico 6.8). Em 2009 foram 11.865 mandados cumpridos, enquanto em 2010 esse número subiu para 11.958.

Gráfico 6.8 - Cumprimento de mandado de prisão

1.247

886 879788

1.341

1.036 1.046 9891.1261.173

1.017

800803944

1.1051.097

1.0021.146

727755693

960

1.198

1.065

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =11.865 11.958

Variação anualAbs. = % =93 0,8

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 27

O total de cumprimentos de mandado de prisão apresenta a seguinte subdivisão: prisão por sentença judicial, pri-são cível, prisão preventiva e prisão temporária. A prisão por sentença judicial corresponde ao somatório das prisões provenientes de mandado de prisão, sentença judicial definitiva e sentença judicial não-definitiva, o que no ano de 2010 correspondeu a 73,3% do total de cumprimentos de mandado, ou em termos absolutos, 8.771 prisões. A prisão cível corresponde ao somatório das prisões cíveis, sendo estas provenientes do não pagamento de pensão alimentícia e das prisões de depositário infiel, o que, em 2010, representou 10,9% do total de cumprimentos de mandado de pri-são, com 1.306 casos. Em 2010 houve, ainda, 1.271 casos de prisão preventiva, o que corresponde a 10,6% do total de cumprimentos de mandado de prisão, assim como também ocorreram 610 prisões temporárias, que significaram 5,1% do total (vide Gráfico 6.9).

Gráfico 6.9 - Tipos de cumprimento de mandado de prisão

73,3%10,9%

10,6%

5,1%

Sentença judicial

Prisão cível

Preventiva

Temporária

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 28

07. outroS regiStroS

Os títulos apresentados na seção “Outros registros” são: “Ameaça”, “Pessoas desaparecidas”, “Resistência com morte do opositor – Auto de resistência”, “Policiais militares mortos em serviço” e “Policiais civis mortos em serviço”.

O delito “Ameaça” apresentou aumento de 5.119 vítimas, ou 7,2%, em 2010, se comparado ao ano de 2009 (Gráfico 7.1). Em 2009 foram 71.242 vítimas, e em 2010 esse valor aumentou para 76.361.

Gráfico 7.1 - Ameaça

5.9475.352 5.447 5.956 6.009

6.688

5.922

6.719

5.8896.033

5.904

5.376

6.5246.146 6.458 6.3726.873

6.4496.051

6.6186.403

5.707

5.892

6.868

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =71.242 76.361

Variação anualAbs. = % =5.119 7,2

Fonte: DGTIT/PCERJ

O número de pessoas desaparecidas teve um aumento de 0,9% em comparação com 2009 (Gráfico 7.2). Foram mais 48 desaparecidos. O maior número de pessoas desaparecidas na série histórica analisada foi registrado em março de 2009, com 553 vítimas. O menor número de desaparecidos figura em agosto de 2009: foram 392 pessoas.

Gráfico 7.2 - Pessoas desaparecidas

447 455427442392

546

450451

401

553

414 429465

462494472436 527439402

403473481

437

0

100

200

300

400

500

600

700

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =5.425 5.473

Variação anualAbs. = % =48 0,9

Fonte: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 29

No ano de 2010, em relação ao ano de 2009, houve redução de 193 casos no total de mortes em decorrência de auto de resistência. Em termos percentuais percebe-se uma diminuição de 18,4% (Gráfico 7.3). O maior número de casos pode ser observado no mês de maio de 2010, com 109 mortos. O menor número, por sua vez, ocorreu em agosto desse mesmo ano, com 30 mortos. Em 2009 houve 1.048 registros de autos de resistência, e em 2010 esse número baixou para 855.

Gráfico 7.3 - Auto de resistência

102

80

30 34

74

9382

7587

76

103

75

94107

62 55

71

58

102109

102

81 7477

0

20

40

60

80

100

120

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =1.048 855

Variação anualAbs. = % =-193 -18,4

Fonte: DGTIT/PCERJ

O ano 2010 registrou menos 9 casos de policiais militares mortos em serviço em comparação ao ano de 2009 (Gráfico 7.4). Em 2009 houve 24 mortes, e em 2010 foram 15 casos.

Gráfico 7.4 - Policiais militares mortos em serviço

Fonte: DGTIT/PCERJ

3 3

2

1

3

4

1

0

2

3

0

2

1

0 0

1

0

3

0

2

3

0

2

3

0

1

2

3

4

5

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =24 15

Variação anualAbs. = -9

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 30

Em 2010 também houve redução no número de policiais civis mortos em serviço: foram menos 2 vítimas em relação ao ano anterior (Gráfico 7.5). Em 2009 foram 7 policiais civis mortos, e em 2010 houve 5 mortes.

Gráfico 7.5 - Policiais civis mortos em serviço

0

2

1

2 2

0 0 0 0 0 00 0 0

1 1

0

3

0000 00

0,0

1,0

2,0

3,0

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009= 2010 =7 5

Variação anualAbs. = -2

FONTE: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 31

08. totaiS de regiStroS

Nesta seção são apresentados os totais de roubos, furtos e registros de ocorrência do estado do Rio de Janeiro.Entre os anos de 2009 e 2010, o total de roubos teve uma redução de 17.980 ocorrências, ou 13% (Gráfico 8.1).

Através do gráfico é possível observar que todos os totais mensais de roubos registrados em 2010 se mantiveram abaixo daqueles observados no mesmo período de 2009. O maior valor foi registrado em março de 2009, com 13.463 ocorrências. O menor valor, em dezembro de 2010, com 8.890 casos. Em 2009 houve 136.280 roubos, e em 2010 esse número se reduziu para 120.300 casos.

Gráfico 8.1 - Total de roubos

11.601 10.910 10.291 10.203 10.164 10.297

9.881 9.634 9.718 10.0329.162 8.890

11.87012.57312.33113.463

12.332 12.245

9.79510.64910.49711.647

10.04810.347

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =138.280 120.300

Variação anualAbs. = % =-17.980 -13,0

FONTE: DGTIT/PCERJ

O total de furtos aumentou em 4.531 ocorrências, ou 2,7%, entre os anos de 2009 e 2010 (Gráfico 8.2). O maior valor observado foi em fevereiro de 2010, com 16.356 furtos. Já o menor valor ocorreu em novembro de 2010, mês que teve 13.470 casos. Em 2009 foram 170.245 furtos, e 2010 registrou 174.776 casos. Excetuando-se apenas os meses de agosto e novembro, todos os demais meses de 2010 apresentaram totais de furtos superiores aos observados no mesmo período de 2009.

Gráfico 8.2 - Total de furtos

14.685 14.728 14.92913.570 14.433 14.839

13.79515.170 14.859

13.536 13.962 13.768 13.728

14.04014.02714.26415.542

16.35614.850 14.152 14.371 14.086

13.47013.861

02.0004.0006.0008.000

10.00012.00014.00016.00018.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =170.245 174.776

Variação anualAbs. = % =4.531 2,7

FONTE: DGTIT/PCERJ

Balanço Anual 2010

Instituto de Segurança Pública | 32

No ano de 2010, em relação a 2009, houve um acréscimo de 0,6% nos registros de ocorrências do estado (Grá-fico 8.3). Em termos absolutos foram mais 4.331 registros. O menor número pôde ser observado em abril de 2010, com 53.658. O maior número de ocorrências aconteceu em março de 2009: foram 61.430 registros. Em 2009 houve 669.716 registros de ocorrência, e em 2010 foram 674.047.

Gráfico 8.3 - Registros de ocorrência

56.360 55.116 55.197 54.526 54.919 55.145

56.534 56.299 55.674 56.596 54.971 57.60456.00055.492

53.531

54.41557.585

61.430

54.44753.658

56.35859.907

58.057

53.942

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2009 2010 Total anual2009 = 2010 =669.716 674.047

Variação anualAbs. = % =4.331 0,6

FONTE: DGTIT/PCERJ

conSideraçõeS FinaiS

As análises apresentadas neste relatório tiveram como base comparações entre os anos de 2010 e 2009. No entanto, para uma reflexão mais aprofundada da evolução das incidências criminais e administrativas no estado do Rio de Janeiro, é interessante que se leve em conta a série histórica desses títulos nos últimos anos.

Para a maioria dos títulos, tomou-se o ano 2000 como referência de análise, tendo em vista que nesse ano a Polícia Civil começou a disponibilizar os registros de ocorrência de modo automático, por meio de microdados.

Considerando a variação anual de vítimas de homicídio doloso desde 2000 até 2010, observa-se que o ano de 2010 apresentou o menor número de mortes (ver Gráfico 1.A, no Anexo A). A série histórica demonstra que a incidência de homicídio teve seu ápice em 2002, ano que apresentou um total de 6.885 vítimas. A partir de en-tão, verifica-se uma discreta tendência de queda nos homicídios, interrompida em 2009, que registrou aumento de 76 mortes em relação a 2008. Do ano 2000 para 2010, a redução percentual foi de 24,2%, ou ainda, menos 1.520 vítimas. Nesse sentido, de 2009 para 2010 ocorreu uma redução percentual de 17,7, ou seja, menos 1.026 mortes por homicídio.

O mesmo ocorreu com o homicídio provocado por arma de fogo (PAF), que também registrou seu menor nú-mero de vítimas no ano de 2010, considerando todos os anos desde 2001 (ver Gráfico 2.A , no Anexo A). O ano de 2002 apresentou o maior número de toda série histórica, com 5.723 vítimas. Desde então, o número de mortes veio apresentando uma tendência de queda, a qual é interrompida em 2008 e 2009. Do ano 2001 para 2010 houve uma redução percentual de 32,0%, o que significou menos 1.619 vítimas, e de 2009 para 2010 houve redução de 16,6%, ou seja, menos 687 pessoas mortas por arma de fogo.

Sobre as mortes com tipificação provisória, verifica-se que o encontro de cadáver, em 2009, apresentou o menor número de vítimas, o que é possível constatar pela observação da série desde 2000 (ver Gráfico 3.A, no Anexo A). Os valores dessa tipificação provisória se reduziram ao longo da série, mais especificamente desde 2003, quando houve a maior quantidade de vítimas, 1.625 pessoas. Do ano 2000 até 2010, a redução percentual foi de 48,1%, o que representou menos 505 vítimas. No entanto, de 2009 para 2010 houve um aumento da ordem de 10,1%, ou seja, mais 50 vítimas.

Nos crimes contra o patrimônio, destaca-se o roubo de carga, que teve no ano de 2010 seu menor número de ocorrências, considerando-se todos os anos desde 2000. Pela análise do Gráfico 4.A, observa-se que os roubos de carga sofreram redução de 22,7% de 2000 para 2010, o que representou menos 771 ocorrências. Já a redução percentual de 2009 para 2010 foi da ordem de 1,2%, ou menos 31 episódios. Esse tipo de delito vem se reduzindo desde 2004, quando alcançou o maior número da série (4.714 casos), porém, é de 2007 para 2008 que se verifica a mais significativa redução (29,1%).

O ano de 2010 teve o menor número de roubos de veículo desde 2000, apresentando uma queda 27,7% na com-paração entre 2000 e 2010. Observa-se ainda que, de 2009 para 2010, a redução percentual foi de 19,9%, ou em

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termos absolutos, menos 4.984 veículos roubados de um ano para o outro. O maior número da série histórica pode ser verificado em 2002, quando esse tipo de roubo atingiu o total de 34.432 ocorrências (ver Gráfico 5.A, Anexo A).

Em 2010 o roubo a transeunte registrou a primeira interrupção na tendência de aumento verificada nos últimos sete anos (Gráfico 6.A, no Anexo A). No ano 2000 foram 19.219 roubos a transeunte, menor valor da série, e em 2010, foram 63.346 casos, o que representou um aumento relativo de 229,6%. De 2009 para 2010 houve redução de 10,9%, ou ainda, menos 7.720 registros.

Em relação à atividade policial, merece atenção o aumento do número de cumprimentos de mandado de prisão. Com base na série histórica de 2001 a 2010 (ver Gráfico 7.A, Anexo A), observou-se que em 2001 houve 5.594 cumprimentos de mandado, ao passo que em 2010 foram 11.958 mandados cumpridos (maior valor da série), isso representou um crescimento da ordem de 113,8%. De 2009 para 2010, o aumento foi de 0,8%, ou mais 93 manda-dos. O cumprimento de mandados vem aumentando ininterruptamente desde o início da série, em 2001.

Em relação às séries históricas dos totais de roubos, furtos e registros de ocorrência (Gráficos: 8.A; 9.A e 10.A), observa-se que em 2010 houve redução nos totais de roubo (13%), ao passo que em relação aos totais de furtos, assim como dos registros, o que se observa é a manutenção da tendência de aumento desses números.

O total de roubos (Gráfico 8.A) registrados em 2010, em comparação com 2009, teve uma redução de 13%, ou seja, menos 17.980 casos. Porém, na comparação estabelecida entre 2010 e 2000, observa-se um aumento de 44,5%.

O total de furtos (Gráfico 9.A) apresenta curva ascendente durante toda a série observada, com exceção no ano de 2004 quando houve redução de 0,7% em relação a 2003, o menor número de ocorrências foi contabilizado em 2000, ano em que foram registrados 88.358 casos. O maior valor ocorreu em 2010: houve 174.776 ocorrências. Nesse espaço de tempo, a diferença relativa foi de 97,8% de aumento. De 2009 para 2010, o aumento foi de 2,7%, ou ainda, mais 4.531 furtos registrados.

Os totais de registros de ocorrência do estado (Gráfico 10.A) também se mantiveram em alta no período obser-vado. Em 2010 se deu o maior valor da série, com 674.047 registros, e o menor aconteceu em 2000, com 432.470 registros em todo o estado. A diferença entre esses anos foi de mais 55,9%. A diferença entre 2009 e 2010 foi da ordem de 0,6%, ou seja, mais 4.331 registros de ocorrência de um ano para o outro.

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aneXoNeste Anexo estão os delitos que mereceram destaque em todo o ano de 2010. Tais delitos foram representados

por gráficos de suas séries históricas desde o ano 2000. Os gráficos em colunas foram compostos a partir da conta-gem de vítimas ou ocorrências, conforme o título de cada delito.

Os gráficos trazem, ainda, as diferenças percentuais do ano de 2009 para o ano de 2010, assim como do ano 2000 para 2010. Vale ressaltar que a série histórica dos homicídios dolosos provocados por PAF e a série de cumprimento de mandado começam no ano de 2001.

Gráfico 1.A - Vítimas de homicídio doloso no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

6.287 6.1636.885 6.624 6.438 6.620 6.323 6.133

5.717 5.793

4.767

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-24,2

-17,7

Gráfico 2.A - Vítimas de homicídio doloso provocado por PAF no estado do Rio de Janeiro2001 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

5.0665.723 5.488 5.184 5.168

4.443 4.208 4.090 4.1343.447

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-32,0

-16,6

Balanço Anual 2010

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Gráfico 3.A - Vítimas de encontro de cadáver no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

1.050 1.129

1.383

1.625

1.230

911 826 766611

495 545

0200400600800

1.0001.2001.4001.6001.8002.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-48,1

10,1

Gráfico 4.A - Ocorrências de roubo de carga no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

3.390 3.243

4.275

3.463

4.714 4.622 4.566 4.472

3.1722.650 2.619

0500

1.0001.5002.0002.5003.0003.5004.0004.5005.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-22,7

-1,2

Balanço Anual 2010

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Gráfico 5.A - Ocorrências de roubo de veículo no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

27.728 28.099

34.432 33.531 32.408 32.690 34.32431.490

25.036 25.036

20.052

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-27,7

-19,9

Gráfico 6.A - Ocorrências de roubo a transeunte no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

19.21914.498

19.053 17.88422.256

36.080

46.340

59.49468.039 71.066

63.346

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-10,9

229,6

Balanço Anual 2010

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Gráfico 7.A - Ocorrências de cumprimento de mandado no estado do Rio de Janeiro2001 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

5.594 5.6996.897 7.409

8.667 8.856

10.633 10.78511.865 11.958

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

0,8

113,8

Gráfico 8.A - Total de roubos no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

83.24397.973

114.720 118.982110.988 113.437

124.087137.422 141.175 138.280

120.300

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

-13,0

44,5

Balanço Anual 2010

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Gráfico 9.A - Total de furtos no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

88.35897.868

107.258119.766 118.925 126.233

140.874157.150

170.245 170.245 174.776

020.00040.00060.00080.000

100.000120.000140.000160.000180.000200.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

2,7

97,8

Gráfico 10.A - Registros de ocorrência no estado do Rio de Janeiro2000 a 2010 - Valores absolutos e percentuais

432.470 453.577502.333 536.163 550.262 581.416 609.251 631.684 654.745 669.716 674.047

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

55,9

0,6