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Meta 1 Componente 4
Meta: 1 - Caracterização e levantamento de dados.
Componente: 4 - Levantamento qualitativo e quantitativo da fauna de vertebrados e na
Bacia do Rio do Peixe
Coordenador: Profa. Fernanda Maurer D´Agostini/UNOESC
Equipe: Alan Plizzari , David Liposki Biassi, Jéssica Mascarello, Jean Diego Faccini e Tinaísa Piccoli - Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Unoesc
ANEXO 1 - RELATÓRIO PRELIMINAR
DIVERSIDADE DE FAUNA NAS MATAS LOCALIZADAS NA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO DO PEIXE
ProfA. Fernanda Maurer D´Agostini/UNOESC
BIODIVERSIDADE
Conforme consta do relatório M1C4 – 2008, “o Brasil é um dos países com a
maior biodiversidade do mundo, com uma riqueza praticamente inestimável de plantas e
animais. Segundo Lewinsohn e Prado (2005), há no Brasil aproximadamente 13% de
todas as espécies do mundo, representando cerca de 1,8 milhões delas. Entretanto, o
conhecimento a respeito de toda essa riqueza é ainda muito limitado, sendo a cada ano,
descritas centenas de espécies novas, principalmente em países predominantemente
tropicais como o Brasil.
Em termos de biodiversidade, o estado de Santa Catarina se destaca uma vez que sua
área está inserida no bioma Mata Atlântica, considerado um dos hotspots do planeta,
onde ocorre grande biodiversidade de fauna e flora e onde as ações de conservação são
mais urgentes. O estado compreende diversos ecossistemas, tais como a floresta
atlântica e suas vegetações associadas (como restingas, dunas e mangues), campos e
campos de altitude, matas de araucária e florestas deciduais.
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Especificamente na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe, localizada na região
meio-oeste do estado, duas importantes formações florestais estão representadas: a
Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Decidual. Contudo, apesar da
importância ecológica, social e econômica atribuída a estes ecossistemas, são escassas
as informações sobre a flora e a fauna nativas. Neste sentido, a Rede Guarani-Serra
Geral pretende através do levantamento florístico e faunístico das áreas remanescentes
de mata ciliar desta bacia hidrográfica, angariar dados científicos que possam nortear
futuros projetos de conservação da flora e fauna e dos recursos hídricos da região, bem
como, fomentar ações de conscientização e educação ambiental”.
A FAUNA DE VERTEBRADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO PEIXE
O mesmo relatório foi modificado e atualizado pela autora, Prof. Fernanda
Maurer D´Agostini, que assumiu a M1C4 a partir de junho de 2011. É importante
salientar que a maioria dos estudos de vertebrados no Brasil não se limita somente às
matas ciliares, com os peixes sendo, possivelmente, a única exceção, devido à sua óbvia
associação com os riachos nas matas ciliares. Os animais terrestres geralmente se
deslocam entre as matas ciliares e os campos e florestas mais distantes dos corpos
d’água, mas estas matas podem lhes fornecer abrigo e alimento, sendo de grande
importância na manutenção de populações de diversas espécies da fauna. Assim, matas
ciliares bem preservadas fornecem hábitat para animais florestais e funcionam como
corredores de dispersão (JOHNSON; SARAIVA; COELHO, 1999).
As maiores ameaças, resultantes da atividade humana, que podem levar muitas
espécies à extinção, são a destruição e fragmentação do hábitat, a superexploração para
uso humano, a introdução de espécies exóticas e o aumento de ocorrência de doenças
(PRIMACK; RODRIGUES, 2002). Na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe, além dos
problemas com a grande geração de resíduos da suinocultura, tem aumentado o
problema da expansão da silvicultura com espécies exóticas, como Pinus spp. e
Eucalyptus spp. Em muitas regiões ao longo da bacia são realizados grandes plantios
dessas árvores exóticas para obter celulose para a fabricação de papéis e compensados
para móveis, entre outras utilidades. Infelizmente, muitas vezes esses plantios não
respeitam as legislações ambientais, chegando muito próximo das margens dos rios ou
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em outras áreas de preservação permanente. Diversos estudos já mostraram a influência
negativa das extensas monoculturas sobre a diversidade da fauna (e.g. PARRIS;
LINDENMAYER, 2004; KRISHNA; KRISHNA; VIJAYALAXMI, 2005).
A atual Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção apresenta 633 espécies
da fauna em diversas categorias de ameaça, sendo que 424 destes animais são
vertebrados (MACHADO; MARTINS; DRUMMOND, 2005); aves e peixes
representam os grupos mais ameaçados e, juntos, correspondem a cerca de metade de
todas as espécies de animais ameaçadas no Brasil. As águas continentais, no Brasil,
abrigam uma imensa biodiversidade, sendo responsáveis por cerca de 20% das espécies
de peixes no mundo, além de grande parte também de grupos como algas e
invertebrados (AGOSTINHO; THOMAZ; GOMES, 2005).
O estado de Santa Catarina ainda não possui uma lista oficial das espécies
ameaçadas de extinção, porém, desde 2007, a associação civil IGNIS – Planejamento e
In-Formação Ambiental executa o projeto de elaboração da Lista Vermelha da Fauna do
Estado de Santa Catarina (seguindo as normas da IUCN), em conjunto com a FATMA.
Em 2011 uma lista de espécies ameaçadas foi entregue ao governo estadual para os
procedimentos legais de transformação em decreto.
Apesar do longo período de ocupação e urbanização, a fauna em Santa Catarina
permanece ainda pouco conhecida. Provavelmente, grande parte da fauna do Estado foi
muito mais dizimada do que estudada. É consenso geral que nosso nível de
conhecimento sobre a fauna de Santa Catarina ainda é muito restrito, mas também se
pôde observar, nas últimas décadas, um significativo aumento do conhecimento dessa
fauna, comprovado pelas listagens de espécies do Estado, novos registros de espécies
anteriormente não conhecidas e também descrições de novas espécies da fauna,
inclusive de espécies ocorrentes na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe (CHEREM et
al., 2004; GHAZZI, 2008; HARTMANN et al., 2008; RUPP et al., 2008).
Uma listagem dos peixes do Estado de Santa Catarina foi elaborada por Godoy
(1987), mas, desde então, várias espécies novas já foram catalogadas por diversos
pesquisadores. Pouco material realmente provém da Bacia Hidrográfica do Rio do
Peixe, sendo raros os trabalhos que citam exemplares da bacia. Entre esses, pode-se
citar Ghazzi (2008), que descreveu uma nova espécie de Rineloricaria (cascudo-viola)
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ocorrente em trechos na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe, e Quevedo e Reis (2002),
que descreveram uma nova espécie de Pogonopoma (cascudo-preto) também ocorrente
na bacia.
Quanto aos anfíbios, os estudos são muitos escassos no sul do Brasil,
particularmente no Estado de Santa Catarina. Apesar de haver trabalhos envolvendo
descrições de espécies novas, ampliações de distribuição geográfica, discussões
taxonômicas e alguns sobre aspectos da biologia de algumas poucas espécies, Santa
Catarina apresenta um grande vazio em relação ao conhecimento de sua anurofauna
(LINGNAU, 2009). Somente na última década começaram a surgir os primeiros
trabalhos considerando a riqueza específica de anfíbios anuros em algumas regiões do
Estado (HARTMANN et al., 2008; LUCAS; FORTES, 2008). Recentemente, Hartmann
et al. (2008) estimaram uma riqueza de 52 espécies de anuros para o oeste de Santa
Catarina, enquanto Lucas (2008), em extensa revisão sobre os anfíbios de Santa
Catarina, citou 110 espécies de ocorrência confirmada no Estado. A fauna de anfíbios
da Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe ainda é pouco conhecida, pois a maioria dos
trabalhos que citam o Estado se concentra em sua região leste.
Os répteis também estão entre os grupos menos conhecidos em Santa Catarina,
mas. Bérnils et al. (2007) levantaram 110 espécies desse grupo para o Estado porém,
não há trabalhos voltados unicamente à fauna de répteis na Bacia Hidrográfica do Rio
do Peixe; já para a Bacia do Rio Itajaí, Bérnils, Batista e Bertelli (2001) estimaram a
ocorrência de 61 espécies de Squamata, com outras 25 espécies passíveis de serem
encontradas naquela bacia. Vale salientar que espécies novas de répteis ainda são
encontradas no Estado, como a recentemente descrita serpente Clelia hussami, com
registro para a Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe (MORATO; FRANCO; SANCHES,
2003). Há também trabalhos com descrições de espécies novas de outros estados que
utilizaram material coletado em Santa Catarina e mesmo na Bacia Hidrográfica do Rio
do Peixe, para fins de comparação (e.g. PASSOS; FERNANDES; ZANELLA, 2005;
PRUDENTE; PASSOS, 2008).
Quanto à fauna de aves em Santa Catarina, uma obra visivelmente de grande
valor é a de Rosário (1996), resultado de cerca de 20 anos de observação de aves no
Estado. Em seu livro, a autora apresenta 596 espécies de aves registradas para Santa
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Catarina àquela época. A obra foi considerada “referência fundamental para ambos os
leitores: ornitólogos propriamente ditos e amantes da natureza que se deliciam ao
observar o bater das asas de um beija-flor” (MACHADO, 1997). Apesar disso, ainda há
muito a ser estudado sobre as aves de Santa Catarina; e nas últimas duas décadas o
conhecimento a respeito das aves do Estado vem crescendo rapidamente,
principalmente devido à formação de novos ornitólogos e consequente aumento no
número de pesquisas de campo (RUPP et al., 2008). A cada ano ainda são reportadas
novas ocorrências de aves para o Estado, demonstrando que ainda há uma grande lacuna
no conhecimento da ornitofauna do Estado (e.g. ACCORDI; BARCELLOS, 2008;
PACHECO; BRANCO; PIACENTINI, 2009). Especificamente na Bacia Hidrográfica
do Rio do Peixe foi feito um levantamento da avifauna no Parque Natural Municipal
Rio do Peixe, em Joaçaba, onde os encontraram 129 espécies de aves (FAVRETTO;
ZAGO; GUZZI, 2008).
Em Santa Catarina, mesmo os mamíferos, animais geralmente mais
reconhecidos pela população em geral, ainda não foram adequadamente estudados,
principalmente na região oeste e na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe. Entre os
primeiros trabalhos abordando esse grupo no Estado, pode-se citar Cimardi (1996) e
Ávila-Pires (1999). Porém, somente recentemente foi feito um estudo mais completo,
através de extenso levantamento em coleções científicas e levantamento bibliográfico, a
cargo de Cherem et al. (2004). Esses autores registraram 152 espécies de mamíferos
nativos de ocorrência confirmada em Santa Catarina, 60 espécies de possível
ocorrência, além de seis espécies ou subespécies citadas na literatura para o Estado, mas
provavelmente não ocorrentes.
De modo geral, percebe-se, pelo que foi exposto, que há ainda uma enorme
carência por estudos da fauna de vertebrados na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe.
Essa carência não é exclusiva da região da bacia, pois essa situação é compartilhada por
outras regiões de Santa Catarina e do Brasil. Objetivando aumentar o conhecimento
acerca da fauna das matas ciliares e remanescentes de matas do Rio do Peixe, está sendo
realizado um levantamento da fauna de vertebrados ao longo da bacia, vinculado às
atividades da Rede Guarani-Serra Geral, com amostragens sendo realizadas em diversos
pontos ao longo das porções do alto, médio e baixo vale do Rio do Peixe.
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Pela equipe da Profa. Fernanda Maurer D´Agostini, está sendo realizado
levantamento de mamíferos e anfíbios desde junho de 2011, fazendo campanhas
mensais de sete dias em uma área no município de Joaçaba. Desde dezembro de
2011um levantamento de mamíferos em uma área de transição de mata nativa com
monocultura de Pinnus sp, localizada no município de Capinzal – próximo ao rio Santa
Cruz.
Metodologias aplicadas:
a) Observação Direta e Vestígios: Foram levantados dados sobre mamíferos
através de observação direta de animais vivos ou eventualmente encontrados
mortos (por atropelamento ou outros motivos) e vestígios, como pegadas
(BECKER & DALPONTE, 1991), fezes, vocalizações, tocas, regurgitações de
corujas, etc., dentro da área de estudo. Para tanto, os diferentes ambientes nessa
área foram percorridos a pé, em diversos horários, uma vez por mês. Para
complementar o registro de pegadas, serão colocados seis quadrantes de madeira
(40 cm²) preenchidos com areia (Figura 1). Ou terra, próximo às margens dos
córregos e açude para que, quando o animal passasse, ficasse um registro da
pegada.
Figura 1 - Parcela de areia. Fonte: Jéssica Mascarello
b) Gaiolas tipo Young: Os pequenos mamíferos terrestres abrangem marsupiais e
roedores com peso adulto médio inferior a 1.000g. O levantamento dessas
espécies foi realizado através de grade de armadilhas para captura. Foram
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utilizadas cinco armadilhas do tipo mini ratoeira (10 x 11 x 30) cinco do tipo
Young pequenas (de 15 x 16 x 32 cm) (Figura 2), cinco médias (23 x 24 x 54
cm) (Fotografia 3) e três grandes (32 x 36 x 77 cm) (Fotografia 4), instaladas no
solo. Será usada como isca uma mistura de milho com pasta de amendoim bacon
e banana, fazendo a troca da isca quando necessário, que será colocada no
interior de cada armadilha, também será utilizado frutas como laranja e abacate
para chamar a atenção de animais maiores. As armadilhas foram vistoriadas ao
longo dos dias das coletas no horário entre 06h00min e 07h30min com a
finalidade de não deixar os animais capturados expostos ao sol. Após o período
mensal das coletas, estas armadilhas serão recolhidas e guardadas.
Figura 2 - Armadinhas do tipo Young pequena. Fonte: Jéssica Mascarello
Figura 3 - Armadilha do tipo média. Fonte: Jéssica Mascarello
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Figura 4 - Armadilha do tipo grande. Fonte: Jéssica Mascarello
c) Procura Ativa (PA): Esta metodologia foi utilizada para registrar répteis,
mamíferos e anfíbios. Consistiu em lentas caminhadas durante o dia e a noite
através de trilhas, estradas secundárias, afloramentos rochosos, matas ciliares e
de galeria, poças temporárias, açudes, campos alagados e próximos a
construções abandonadas (BALESTRIN, 2008). Nessa metodologia procurou-se
abranger o maior número possível de micro-habitats em busca de animais em
atividade ou em potenciais abrigos (tocas, sob pedras, troncos caídos,
termiteiros, madeiras e restos de construção e/ou demolição). Em cada sessão de
procura por espécimes foi anotado, em caderneta de campo, o número de
observadores, o tempo despendido e coordenadas geográficas obtidas através de
GPS. O esforço de captura empregado foi calculado somando o total de horas de
cada coletor nas atividades de procura (MARTINS & OLIVEIRA, 1998).
d) Encontro Ocasional (EO): Consistiu em todos os animais encontrados por
terceiros ou quando a equipe estava em deslocamento.
e) Procura em estradas (PE): Corresponde ao encontro de animais avistados em
estradas e aceiros durante o deslocamento com veículo na área do
empreendimento e no entorno deste. O esforço foi quantificado em km rodados
e normalmente a velocidade do veículo era de 20 a 30 km/h, no máximo 40
km/h. (SAWAYA, 2004).
f) Armadilhas de Queda: Esta metodologia consiste em criar uma barreira
(sombrite enterrada cerca de 5cm no substrato, com 1m de altura e comprimento
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variável) ao deslocamento de animais que são conduzidos a baldes (20 litros)
enterrados no solo ao longo da barreira, espaçados cerca de 10 metros uns dos
outros, servindo como receptores para os animais. A vistoria das armadilhas de
queda foi realizada nos mesmo horários das gaiolas entre 6:00 e 7:30. No
interior de cada balde foi colocado um quadrado de isopor de cerca de 20 cm² e
um recipiente com água, estes baldes possuem ao fundo pequenos furos para no
caso de alagamento do balde estes pequenos buracos possam fazer a passagem
da água do balde para a terra. Estas armadilhas ficarão tampadas e enterradas
fora do período de observação para evitar a morte dos animais silvestres.
(Fotografias 5 e 6)
Figura 5 - Armadilha de queda. Fonte: Jéssica Mascarello
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Meta 1 Componente 4
Figura 6 - Armadilha de queda. Fonte: Jéssica Mascarello
Os animais foram retirados das armadilhas manualmente ou com a ajuda de um
pinção (o manipulador usará uma luva cirúrgica por baixo de uma luva de couro e
máscara), identificados, fotografados e soltos no próprio ambiente, próximo ao local de
coleta. Como o objetivo do trabalho é apenas demonstrar a diversidade da região
nenhum outro método de marcação será utilizado.
g) A observação de espécies em vocalização: realizada durante o período
noturno, entre 19h00min e 24h00min horas a cada trinta dias. Durante este
período, os ambientes favoráveis a ocorrência das espécies serão percorridos de
forma aleatória em cada um dos sítios de amostragem. A busca noturna será
realizada com auxílio de lanternas-de-cabeça.
Procurou-se abranger o maior número de áreas próximas a córregos, banhados e açudes
(figura 7 e 8)
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Meta 1 Componente 4
Figura 7: Sítio para amostragem de reprodução. Fonte: Alan Plizzari.
Figura 8: Córrego presente no interior da mata.
Resultados preliminares
Durante o período de junho de 2011 a abril de 2012 foram registradas 13
espécies de mamíferos (Dasyprocta azarae, Didelphis albiventris, Micoureus
paraguayanus, Procyon cancrivorus, Pseudalopex gymnocercus, Dasypus
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novemcinctus, Akodon montensis, Oligoryzomys nigripes, Oligorysomis flavescens,
Hydrochoerus hydrochaeris, Sciurus aestuans, Tamandua tetradactyla e Nasua nasua),
13 de anfíbios (Rhinella ictérica, Physalaemus cuvieri, Rhinella crucifer,
Melanophryniscus tumifrons, Rhinella marina, Physalaemus gracilis, Rhinella henseli,
Lithobathes catesbeiana, Dendropsophus minutes, Hypsiboas bischoffi, Hypsiboas
faber, Physalaemus nanus, Odontophrynus americanus) e 4 de répteis (Botropoides
diporus, Micrurus altirostris, Atractus paraguaiensis, Tupinambis merianae).
Os resultados obtidos até o momento indicam uma fauna bastante empobrecida.
A maioria dos animais encontrados é composta por espécies de ampla distribuição, e há
muitas que são favorecidas, de certa maneira, por ambientes antropizados como, por
exemplo, o lagarto Tupinambis maerinae (figura 9) que ocorre desde a Argentina,
Uruguai, Paraguai, e sul, sudeste, centro-oeste, nordeste e norte do Brasil. No estado de
Santa Catarina, o pouco que se conhece dos aspectos ecológicos e comportamentais da
espécie é resultado de observações pontuais/casuais (SILVA & HILLESHEIM, 2004).
Dentre os anfíbios, Dendropsophus minutus é uma espécie que ocupa pequenas
áreas alagadas e banhados.
Figura 9. Tupinambis merianae (Fonte: Fernanda D’Agostini)
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Também são comuns, nas matas ciliares e ambientes antropizados o gambá-
de-orelha-branca (Didelphis albiventris)(figura 10), o cachorro-do-mato ou
graxaim (Pseudalopex gymnocercus) e os pequenos roedores Oligoryzomys nigripes,
Oligorysomis flavescens e Akodon montensis dentre outros mamíferos. A maioria da
mastofauna dessa fauna encontrada ao longo das matas ciliares na Bacia
Hidrográfica do Rio do Peixe é oportunista e generalista, fato que explica sua
abundância nesses ambientes geralmente degradados.
Figura 10 Didelphis albiventris (Fonte: Jéssica Mascarello)
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