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Anno VIII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 22 de Janeiro de 1913381 aaags!———. .. . , , ,, æ¦ ¦"¦^^^ æ_ """ ¦ . ¦ B- STE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS^SIGNANTES AMACACO ^%^-^V ^anSSSpl^g°sta de acomT<>-'llf Pí\\ ?V^ado bolso | canrhtl oda com todos os seus—^^^ ^ A-A, -# "W\ ?n ffirlLS°s extravagantes, mandou -^^~-- ^S83?.C.' V^ ?o « bolso Xa Saia moderna com um^g ç>S^ *3BL> 7—^/ / 1 ^^j^ll^conforme o uso actual M^^Í=S^^ ^%T^fc il ' o I um ^ísto, um carregador que ia passando, e que trazia tríe caíta.Para botar na primeira caixa-correio que encon- rasse, a vista do «correio» de Faustina, não quiz ir mais ¦unge e tratou logo de enfiar a carta no bolso 4) Antes nunca o tivesse leito! A Faustina, sentindo as apalpadellas do carregador, virou-se enfurecida, descarregou o seu guarda-chuva no pobre homem Foi vigorosa e solemne a pancadaria

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Anno VIII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 22 de Janeiro de 1913 N» 381aaags!———. .. . , , ,, ¦ ¦"¦ ^^^

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STE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS^SIGNANTES

ZÉ MACACO ^%^-^V

^anSSSpl^g°sta de acomT <>-'llf Pí\\ V^ado bolso

|canrhtl oda com todos os seus —^^^ ^ A-A, -# "W\ =í nffirlLS°s extravagantes, mandou -^ ^~-- ^S83?.C.' V^ o «bolso Xa Saia moderna com um ^g ç>S^

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^^j^ll^conforme o uso actual ^^Í=S^^ ^%T^fc il ' • o I

um ^ísto, um carregador que ia passando, e que traziatríe caíta.Para botar na primeira caixa-correio que encon-rasse, a vista do «correio» de Faustina, não quiz ir mais¦unge e tratou logo de enfiar a carta no bolso

4) Antes nunca o tivesse leito! A Faustina, sentindoas apalpadellas do carregador, virou-se enfurecida,descarregou o seu guarda-chuva no pobre homem

Foi vigorosa e solemne a pancadaria

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MANDUCA, LOURO E PERROMAHDUCA CASTIGADO POR SER D—S-vgAZ——-AT3Q

O TICO-TICO

1] Manduca, que estava com vontade de vér figuras,tirouda estante um livro, e, como não o agradasse, jogou-o aochão ao em vez de pôl-o no logar.

á] Tirou mais outro. Também não serviu : fez o mesmo.Tirou mais outro...

3] Botou uma cadeira; trepou-se.. Estava nervoso,botou fora outro livro.

A] Desceu: pegou mais um que também não tinhafiauras._ ;„ ^" —'

51 Foi indo, foi tirando mais livros da estante e nenhum 6] Mas logo ahi chegou o papai e sapecou-lhe urn'elles servia... dúzia de boas palmadas, que fizeram Manduca ver figura

e estrellas a contra gosto.

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EXPEDIENTE h

6 mezes 6$06 mezgs H$000

\h ;,¦ IVA '

O TICO-TICO

Condições da assignatura:interior: 1 anno 11$000exterior : 1 anno 20$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis

As assignaturas começam em qualquer tempo,mas terminam cni Junho é Dezembro de cada anno.l»ão serão acceitas por menos de seis mezes,

A importância das assignaturas deve ser"remet-"aa em carta registrada, ou em vale postal, para a*Ha «o Ouvidor, 164. — A Sociedade Anonyma O

IVdimos aos nossos assignantes, cuias assigna-"iras TEKMI.V4IM.il EM 31 DE DEZEMBRO"•andarem reformai-as em tempo para que não haja,JHlerriipção e não ficarem com suas colleccões inuti-«sadas.

C3D: ???Hi^n;!!fl^,«',r^n»»«»Wa*'»IW«M'Wa»»lfliVMi^^rffí^,|tai,,,,a"""DaauiiiiBU!iBMM

Meus netinhos:Na nossa lição de hoje, vou dar-lhes

algumas explicações sobre o que é pres-tidigitação e prestidigitador, descre-

sar vn» u , vendo-vos uma sorte que ha de interes-PrPar^stame-

nas u, Udl«ltação é umintertinimento muito usadonup to , Clvilisadas, onde se exhibem as pessoasLi,,;?1'^3111 a isso» nos theatros e em salões,dio-ira dinheiro. Geralmente, quando o presti-dor t w"'iu ^uem se dá também o nome de opera-v»> uabalha bem, o publico concorre em grande

ma*=SE>

digTtadL e eenero de espectaculos. O que o presti-etnuiHc ^Pratlca> diante do publico, chama-se sortesws d;essas sortes deixam o publico maravilhado

que se saiba como elle as pratica. Parece que nãoha mais ninguém que possa fazel-as, que só aquellehomem tem esse poder sobrenatural. No entretanto,nao é assim e, como ninguém pôde fazer o que é im-possível, tudo o que elle pratica tem explicação e ásvezes é a cousa mais fácil do mundo, podendo qual-quer operar, como elle. E' questão de estudo, habi-lidade, destreza de mãos e de fazer as coisas de talmodo que quem as vê não se aperceba dos meiosempregados.

¦ 3m'

â

Ha pessoas da sociedade que praticam essassortes em reuniões e salões, divertindo-se e divertindoos outros.Chamam-se essas pessoas prestidigitadores-an|$-Ouçam agora um caso de prestidigitação e atten-

2a,!? nos dous desenhos que, para melhor compre-nensao,lhes apresento.rn7pmrlmÍiramente' ° operador que aqui vêem, comonS.°1sosop.eradoresou prestidigitadores, tem?,™ dad_ode mostrar as mãos muito abertas afim deí£mioSa er a quem ° observa, que elle não oceultanellas cousa alguma.AaãiT0^ ent5° um baralho de cartas e convida trez^SKSenn?ras Presentes a tirar cada uma, ama cartadsnrt,°;nnCt0mendantlo-lhes clue se recordem bemdas cartas que tiraram. Torna a¦ collocar as cartasno baralho e pede a uma outra pessoa que parta obaralho por onde entender 4 paria °

ioeoEti> rf-f^a'° °Perad°r apresenta uma pasinha de '

Ksf/ní?' que anfa de mao em mao entre osIwüm rni',oPara verincarem que não tem preparoá vKH"rW^ca_a'Ím ?esu'da, sobre uma mesa, bemvá oA?rnm0?iedepoispedea um espectador queva jogar com elle uma partida de cricket. -das n?L P0'^ao parceiro que pegue no baralhocasinha n, -lha,s arremesse quando elle, com apasmna na mao, disser «Vá» 1está%ura"d0, áquella voz o espectador que com ellefiatP ^abalhando, arremessa as cartas, o operadornanrnSi3? ?° ar' com a Pasinha e, com grande es-escolhi. 0dos' as mesmas cartas que as senhoraspasinha

a S'd° mostradas Pelo operador, collada na

m-in^K geralmente em todos os casos, neste asSfr^mLque-° operador empregou para dar umtal lesultado, sac muito simples.

Ace^ais manobras chamam-se trues.nnanL nofas' e com ellas todos os espectadores.colhi J ? ieram as cartas, julgaram fazer uma es-coma absolutamente livre. Mas não é assim«nr»„; a'ho de cartas apresentado é um baralhopn,fi ?dOB em que só ha trez cartas differentes,q v a formam de trez em trez.„.i?ída mais fácil d'este modo, a um operador bemnw! ado d0 Que fazer com que cada uma das se-baralho UIXU Caría differente, ao apresentar a

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O TICO-TICO

Ao principio do trabalho, quando 5 operador seapproxima da mesa como quem vai buscar qualquercousa que lhe esquecesse, substitue com habilidadeo baralho «preparado» por um outro em que ha todasas cartas que são dadas aos baralhos, menos as trezescolhidas. Tem em seguida o cuidado de pedir aum espectador que ponha no baralho que apresentaas trez cartas escolhidas.

O principal do segredo está, sobretudo, na ma-neira de collocar a pásinha sobre a mesa.

Antes de começar o trabalho, o operador collocousobre a mesa, que è coberta de verde, as trez cartas,com a face voltada para baixo e cobertas com umpanno da mesma côr do da mesa, sendo assim impôs-»ivel julgar-se que as trez cartas estão alli. Nas costascVessas trez cartas, tem o operador passado um poucode cola bastante forte.

O operador, quando leva a pásinha á mesa, tem ocuidado de a collocar em cima das trez cartas, que aella adherem.

No momento em que o espectador lhe arremessaas cartas do baralho o operador levanta a pásinha,depois faz o gesto ée bater com ella nas cartas, masvira-se depressa e com habilidade, de maneira a queos espectadores não vendo isso, vejam somente astrez cartas escolhidas que elle apresenta colladas napásinha, sem que os mesmos espectadores possamexplicar porque artificio elle obteve tal resultado.

Vocês é que já ficam sabendo. Como esta tantasoutras «sortes» de prestidigitaçãoque,explicadas, sãofacilimas. E todas têm explicação porque o impossívelninguém pôde fazer.

Vovô

A utilidade das lettrasArthur, o bello e louro Arthur, tinha quatro annos.

Creança intelligente e esperta, não é de estranhar queum dia se lembrasse de tomar entre as delicadasmãos um livro cuja leitura terminara na véspera opapai e o folheasse, certo de que iria encontrar íigu-ras engraçadas, provocadoras de gostosas gargalha-das.

Mas... surpreza! vi rara olivro todo, a principio precipi-tadamente, depois pagina porpagina, e nada encontrara.

Diante de si estava apenasum mar de rabiscos pretos queo faziam entontecer.

Que provocaria, então, tantoriso a papai? Que teria allivisto a mamãsinha para comtanta vontade rir?

Naturalmente taes pergun-tas e outras semelhantes occor-reram á mente do louro anji-nho, e quedou-se, olhinhos fixos no espaço, livroaberto entre os joelhos, a scismar 1De repente, levantou-se, correu á secretária: éque suppuzera estar enganado; talvez fosse outro.Tirou quasi todos os livros da estante : seus braci-

nhos, comquanto fortes,estavam fatigadissimos!Era interessante veraquella creaturinha, asubir e a descer da ca-deira em que trepara,para se tornar maisalto, a correr de quandoem quando á porta, afimde espreitar se alguémvinha.

Esparsos pelo chãoalguns livros, poz-se olindo cherubim a folhe-al-os, um por um, sof-fregamente,algumas ve-zes, com muito vagar,varias outras I

Mas, como da pri-meira vez, nem uma fi-gura I encontrava-se

ainda diante de um mundo incomprehensivel de

Mo

Não podendo soffrear por mais tempo a curiosi-dade, correu á mamai :

Querida—disse-lhe —que é isso aquitao preto ?São lettras, meuamor. E para que ser-vem ?

Para que possasdizer num papel tudoo que quizeres que atua maninha se chamaLaura, que irás jantarcom o Gustavo, queterás doce á sobre-mesa...

E' essa, meu anjo,a utilidade das lettras.

A bôa senhora pre-tendia continuar,

qisando muito risonho perguntou-lhe o menino : —Também ellas dizem que hei de ser homem como cpapai, usar de calças compridas, ter bigode, barbas,óculos e fumar cigarros ?—Tudo, tudo!— Ah !—disse suspirando a criança—agora sim,agora comprehendo a utilidade das lettras I

( Uma adjunta da Escola Modelo GonçalvesDias).

Recebemos cartões de boas festas -ainda dasseguintes pessoas :

Alceu César, Orlando dos Reis e Andrada, Tho-maz Stabile, Mauricinho Sebastião Rutavstch, JoséGonzaga Pinheiro, lvo Rodrigues, Oswaldo Silva,Joaquim de Oliveira, Herman de Castro Lima, LuizCarlos Ayres, Gil Barroso da Silva, Oswaldino Lo-pes de Oliveira, Jayme V. Souto, José Rodrigues doPrado, Anna Jurema C. Brasil, José Luiz da Veiga,Luiz Bernardino, Maria Ignacia Pires, José Rodrigues Blandy, Ruz Ribeiro Couto, Maria José e Joséde Andrade, Clovis Mozart Teixeira, ítala de JesusTeixeira. Ernesto Gomes da Silva, Beatriz GonçalvesFerreira, Edith Cotinha Camelia, Gastão Domingos,Mario, Magnolia, Rosana, Isabel e Homero Aguiar,Salvador Freitas de Nunes, Ernesto Velloso, José deMello Malheiro, Luiz Ondino, Octavio de Oliveira,João Etelvino de Carvalho, Humberto Leão Malmo,Ruy de Castro Guimarães, Cyro Clarimundo, MariaGama Cerqueira, Dora Costa, Henriqueta Worms,Maria Ulysséa Malheiro, Adauto de Assis, Yáyá Re-zende,Maria das Dores Gomes Ferreira,Cecília, Jennyde Ávila Machado, Rosa Rodrigues Fernandes e RaulMotta, Jayme de Sa, Alarico Affonso Brandão Maciel,Abner de Britto, Silva Cruz & C, Alberto Moreno deQueiroz, Dario Villares Barbosa, Mario D. Barbosa,J. Fernandes Costa, Augusta A. Rocha, Alice de Mat-.tos, Henrique D. Goulart, Celio Baptista, Anselmo T.Boavista, Dinorah, Mary Espinola, Cairo do Egypto,Luiz Gomes, Graziella Rey, E. B. dos Reis. Raymun-do Ozorio Teixeira, Helvécio Peres de Carvalho, Theo-tonio M. de Barros Filho, Isaura Guimarães Qliveira,Alberto de Figueiredo. Olavo Santos, Manoel Camar-go dos Santos e do. Grêmio Juvenil.

pelioifaçõesIzidoro dos Santos Liberato, completou no dia 14 do cor»

rente, mais um anno de existência.O anniversariante foi muito cumprimentado. O Tico-

Tico saúda-o.—Foi enriquecido com mais um pimpolho, cujo appellid0

é Chiquinho e cujo nome é Francisco, o lar do Dr. Aurélio oaCunha.

Olhai para o futuro de vossos filhos—_———————.——_—_»—__,Dai-lhes Morrhuina (principio activo do óleo do

ligado de bacalhau) de _RUA DOS OURIVES 38

6 QUITANDA 10*assim os tomareis fortes e livres da

muitas moléstias na juventude

fígado de 6

COELHO BARBOSA & G.

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8 O TICO-TICO

n! ífpWlülBlJ ^

Âs bonecas conspiram...Na vida das bonecas, como na dos bonecos, nem

tudo são rosas e o acaso que preside os seus destinosé muitas vezes cruel, sem mesmo se poder explicar arazão.

São mais as bonecas que são maltradas e aban-donadas do que as que são amimadas e acariciadaspor mãosinhas amigas, brancas e macias 1

Era uma vez trez bonecas, do numero das maisinfelizes, que perteciam, victimas interesantes e ínno-centes, a uma menina chamada Paulina, muito ner-"vosa e que não perdia occasião de descarregar emsuas bonecas seus nervos, fazendo-lhes notar sua ty-rannia.

Façamos a apresntação das trez infelizes bonecas:_ MARquEziNHA — Chamava-se assim porque eramuita elegante e trajava bons vestidos. Foi com umueiip vestido de seda que ella fez sua appançao na^'edade e pertencia a Paulina por lh'a ter offfere-1U° uma sua tia, em dia de anno bom. .nm. u cabeça um grande chapéu de palha, cobrindouma bella e loura cabelleira e os olhos de um azul desapnira eram os mais irrequietos de que se tinnanoticia." Em seu coração— feito do machinismo de um pe-queno relógio— havia outr'ora uma pequena cançãogue Marquezinha cantava, mexendo levemente os ia-°'?s, mas que ultimamente não mais cantava, tal eraa tristeza de sua alma; bem desejava ella as vezescantar, mas a voz soffocava-se-lhe na garganta.Chocolate — Era negro retinto, ria sempre paramostrar a alvura de seus bellos dentes. O nariz comotodos os narizes da gente de sua raça — fora noutrotempo largo e chato, mas devido á ultima cólera ae1 aulina, ficáia terrivelmente amassado.Maria Joanna—Essa era pescadora de camarões etinha nascido á beira-mar, numa terra muito frequen-tada por banhistas. Foi na sua terra que Maria Joan-na ficou pertencendo a Paulina, numa occasião emque esta passava alli uma temporada com sua família.

Vé-se -lhe ainda ao hombro a sua rede de pescar,mas tem a cabeça descoberta, completamente despro-vida de cabellos. Porque ficou ella calva ?... So Pau-'ma o poderia explicar bem, mas o que nos disseramsem que, comtudo, nós possamos afíirmar, é que olenço e a cabelleira de Maria Joanna foram-lhes ar-rançados da cabeça pelo vento furioso e foram para° »?°' sem nunca mais voltarem.Marquezinha, Chocolate e Maria Joanna achavam-se a um canto de um salão.na casa de sua dona-Pauli-na, ao abandono, em posições que iaziam pena, sobrewm tapete.

Em volta dos trez, as trevas da noite e o profundosilencio, este apenas interrompido pelo «tic-tao dorelógio que parece ser o bicco de um pas;Qe passa o tempo. pássaro por on-

Marquezinha—Diz Chocolate, estás dormindo?Chocolate—Estava fazendo essa pergunta a mim1ÍÍ10' durmo ou não durmo?Marquezinha — E tu Maria Joanna, dormes ?¦Maria Joanna—E'-me impossível fechar osolhosl...

• Marquezinha—E se nós conversássemos ?Maria Joanna — Acreditas que isso faça vir o so-

mno?Marquezinha—Tens assim tanta vontade de dor-

mir ?Maria Joanna —Eis ahi uma questãoI... Mas

não foi o somno dado ás bonecas para que ellas pos-sam esquecer suas tristesas e acalmar suas revoltas?Quando durmo, ao menos não penso nas pancadasque levo durante o dia nem nas que me esperam aodespertar. /

Chocolate—E' verdade, minha pobre amiga;nem hoje foste poupada 1

Maria Joanna—A quem o dizes!... Durante duashoras fiquei de cabeça para baixo, suspensa pelospés...

Marquezinha —Tive até receio de que o sanguete descesse á cabeça.

MARia Joanna —E' verdade, nem sei como talnão aconteceu.

Chocolate, sempre rindo — E não era precisomais nada para isso. Tens uma bôa e forte cabeça...Maria Joanna—Negro villão, sempre rindo da des- .

graça dos outros !... Não rias assim quando Paulinate amassou esse nariz já chato, nosoalho!...

Chocolate—Que querem vocês ? «Pisar... o ne-gro» é uma expressão que Paulina emprega tanto nosentido verdadeiro, como no figurado.

Maquezinha—E' possível 1. ..Mas podes accres-centar que, pelo que te diz respeito, sem receio de quete desmintam, ella emprega em ti a expressão emsentido próprio e para te desfigurar!...

Chocolate—Ora, eu não me queixo. ..porque, naminha raça, mais nariz ou menos nariz, não faz diffe-rença. Direi mais. E' até uma consolação pensar quenão tenho mais nariz para ser machucado. .

Maria Joanna—Sim... consolação dos afflictos IChocolate —Consolação que vocês afinal não te-

rão, emquanto tiverem uma ponta de nariz pela qualse lhes possa pegar I...Maria Joanna—Estás então contente com a tua

sorte ?. Chocolate—Eu...contente?!...

Marquezinha—Se não estás, porque não te re-voltas-? F

Chocolate—Não faço outra cousa...mas revol-to-me cá por dentro 1...

Marquezinha—E porque estás tu esperando parate revoltares por fora?

Chocolate—Que vocês tenham coragem..-e Qucme ajudem. t aMaria Joanna—Promptamente, estamos ae «»lado. Mas que vais tu fazer? ,oWffle

Chocolate:—Ainda não sei bem, mas parece -que alguma cousa poderemos fazer. (Depois aeJlectir) Vejamos. E se nós deixássemos esta casa. ggMaria Joanna—Para correr aventuras, cfossemos gatos, pelo campo ?... Ah I nao I • • • ^J-tasspectiva de uma fuga, traz-me á lembrança n

^^noites que eu passei tendo o ceu por docei _dura por cama. Ouvi noites inteiras, as curuja

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O TICO-TICO 6

rem nos .telhados e os cães ladrarem á lua e não que-ro expòr-me a isso outra vez. Abandonem esse pro-jecto meus amigos e procurem outro.

Mariqueziniia—Tenho uma idéia!... Que diriamvocês a uma cartinha mandada ao delegado dj po-licia, communicando-lhe que somos trez creanças,queestamos sendo martyrisadas, mal cuidadas, constan-temente espancadas e pedindo-lhe nos interne naAssistência das TBonecas ? Crêm que esse funcciona-rio se apressaria a tirar-nos do poder de nossadama tão má ?

Chocolate—Mas pobre Marquezinha, não sabeso que é um delegado de policia .J... E' um homomque tem um corpo de guarda e que se serve d'ellepara prender as creanças...

Marquezinha—Então nada fará em nosso favor?!Ci:o:olate — Absolutamente, nada. Precisamos

achar outra coisa... Se.. .se...Marquezinha—Ora ! vais ficar eternamente nesse

teu se... se?Chocolate—Já que estás tão apressada acaba tu!...Maria Joanna,„ Marquezinha—Tu dantes cantavas

alguma cousa e se agora...Marquezinha— Eu cantar ! E' verdade, linha uma

voz deliciosa que seria ouvida com prazer até no pa-lacio do rei.

Chocolate, rindo—Oh IMarquezinha— Apenas de todas as vossas pilhe-

rias e gracejos grosseiros, asseguro-lhes que só aminha intelligencia será capaz de nos tirar de apuros.

Chocolate, rindo sempre — Vamos lá ver isso, jáque tanto te gabas. Da ultima vez que cantaste nosalão, sabes o que disse Roberto, primo de Paulina?

Marquezinha, corando — Não IChocolate —Roberto disse : Parece mesmo um

coruja agourenta...Marquezinha — Roberto é um menino muito mal

educado, que não pode nem sabe apreciar a boa mu-sica.

Maria Joanna — Marquezinha tem razão...Se ellasabe ainda cantar estamos salvos !

Choòolate —Queres dizer que, se ella cantar nósdamos o fora, salvamos-nos...

Maria Joanna—Não te rias de Marquezinha...ellateve uma idéia genial I E já que a nossa fuga é coisadecidida, organisemos immediatamente a coisa,vamos ensaiar.

Chocolate —Vamos, Marquezinha, levanta-te ecanta um trecho lindo.

Marquezinha levantou-se, Cumprimentou para a di-reila e para a esquerda, pondo a mão no peito e tomouposição... Mas seus lábios não poderam mover-se ; apretendida ária não sahia...

Chocolate, intrigado— Mas queé isso, Marquezi-nha ? Abres e fechas a bocea como uma gallinha quetem gogó... Estás oora medo ?

Maria Joanna— Anda Marquezinha, não tenhasmedo, toma coragem. E' preciso cantar, subir...

Marquezinha—E' preciso subir, dizes tu ?... E'verdade, e eu que não pensei mais na clave...

Maria Joanna—Mas na clave do sol... que eutenho lá sobre o dorso, toda do-uradal...

Chocolate—Bravo, Marquezinha... Estás fallandolinguagem de solfejo 1

Maria Joanna passa para delraz de Marquezinhae monta o machinismo. Logo que deu a ultima volla achave, o mecanismo começou a trabalhar com uma leu-lidão descsperadora,deixan-do escapar apenas,de tempoa tempo, um som metálico erouco,que provocou o riso aChocolole...

Mrria Jo-anna— Receiomuito, minhapobre Marque-zinha,que con-fias-tedemaisem tuas forças.

firnilíiiiiiviiininiuutiimiii

Marquezinha—E' verdade. E dizer-seque eu tinhanoutro tempo cem mil francos na garganta!... quequalquer empresário theairal me contractava...

Chocolate—Faço idéiaI...Marquezinha—Imbecil I...Maria Joanna—Vamos, vamos meus filhos. Dei-

xemos os insultos, que o tempo urge. E' absoluta-mente preciso achar esta manhã ainda o meio de fu-girmos a Paulina, o meio de deixarmos esta casa.

Chocolate, batendo na lesta — Vocês sabem queha um jornal que se oecupa muito das crianças...

Marquezinha —Nao sei!Chocolate—E'um jornal que todas as semanas

vem para aqui, pois que Paulina o assigna... Temdesenhos... retratos... contos...

Maria Joanna—Ah ! ja sei, o «-Tico-Tico UChocolate — E' mesmo ! Ora nesse jornal, sim-

plesmente para creanças, collabora um bom homem,que se chama 'Pr. Tudo Sabe. Outro dia ouvi dizer áprofessora de Paulina, que elle era o Providencia dascreanças. Vamos escrever-lhe, pedindo-lhe sua pro-tecção.

Maria Joanna — Ora até que essa cabeça semjuízo, teve uma bôa idéia! Bravo, Chocolate Marque-zinha équem vai redigir e escrever a carta.

Chocolate —Sim, sim. Mas ha de ir assignad*por todos trez.

Nossos trez personagens dirigiram-se immedialamente para uma pequena mesa e alli, com ioda a gra-ri Jade em rasão do papel que vai representar, Marque-zinha sentou se e tendo na sua frente uma folha depapel branco preparou-se. para escrever... mas nomomento em que se servia de tinia ouviram-se passos...Era a mãi de Paulina que, como bôa dona de casa,tendo-se já levantado ia preparar o sabão. Quandoella viu os trez em frente da mezinha e a penna entre osdedos de iMarquezinha» que se prepara para escrever,ficou admirada, ? iu muito, e ao mesmo tempo desejosàde prolegir os trez. Ttepois, vindo-lhe á idéia dar a- Paulina uma bôa lição, ella mesma pegou da penna euma folha de papel e escreveu as seguintes palavras.

«Somos trez pequenos bonecos, muito gentis,mas a mamai que a nossa má fortuna nos deu, des-presa-nos e martyrisa-nos.

«Somos por isso muito infelizes. Ignorávamosque fosse tão difficil ser boneca e pensávamos queaqui tudo seriam sorrisos para nós e nós sorrindopara nossa mamai. t

«Apesar de seus caprichos e de seu nervosismoamamos por muito tempo nossa mamai... Mas emvista de esse tratamento, não a estimamos mais. Eisporque somos tão dignos de compaixão.

«Outr'ora éramos bonitos, hoje estamos feios edesbotados!

«Quem terá piedade de nós?

«Terminada a carta de Paulina poz novamente apenna entre os dedos de Marquezinha, ficando estana mesma posição como que comendo, e esperouque Paulina se levantasse.

Quando Paulina entrou no salão, sua mãi escon-deu-se para ver o que se passava sem ser vista.

Paulina, a principio admirada ao ver a posição dostrez, dirigiu-se á mesinha e leu a carta, de um'fôlego.

Quando chegou ao fim,seus olhos derramavamabundantes lagrimas. Alição Droduzira effeito!

Tomou en-tão seus trezbonecos nosbraços, abra-çou-os e bei-j'ou-os muitoe d'ahi parao futuro, foipara elles amelhor dasmais.

_^§à \ §§*''" *_5~i^fe^O^ ^~*M '"\

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O TICO-TICO

üyUlilllliiilllllUTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT

i

0 intelligente Eloy TeixeiraBastos, de 13 annos

de edade,residente nesta

capital

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sSÈB ;4whhC3 V. WÉÊÊ8ÈÈ

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iiiiiüiiiiiiiu i

TTTTTTTTTTTTrHTTT

Iracema e Waldemar, admiradores do Chiquinhoe do Vovô : filhos do Sr. Ismael Passos,

funccionario da Marinha

Nossa collaboradora Guiomar Moreira deSalles

^HE§ _i&^jmWÊmA\ I

í^jf^-*! ÂWBÊImmtmmmml jm^ÊÊmttíBi^mnWk ' ímWmr" •

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HBHl '^BB BB ' :':*tBbbbB »B lÉP ' it í- ^T^

^.:ã?^?W^mmWÊ&33ÊJuho galante filhinho do^r-Joaquim dos SantosBarbosa

Os galantes Olavo e Air, amigos do Tico-Tico,filhos do Sr. A. Fausuno residente em

Lorena, S, Paulo

Milton BartholomeuBasile

¦¦:,,¦ 1

¦

i

. i• Ii

-«.^ i

A pequena Arany Sobrei-ra, com cinco mezes

de edade,filha do brigada do 52-

batalhão Elpidio Sobreirade Carvalho

^1ÍaBaaan<l

A menina Annita, filha daSr. José Bragança, mo-

radora em Campos,E. do Rio

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O TICO-TICO 8

SECCÃO FJLÜJL MENIHAs^__ __ , _-_ ,

A PARTE SUPERIOR DE UMA ALMOFADAVejamos, amiguinhas, como se pode fazer, sem

muita despeza e com pouco trabalho, num bancodo jardim de vossas casas ou descansando ásombra de uma arvore, em passeio, a parte superiorde uma almofadinha, tão útil para alfinetes e para or-namentos da mesa do quarto. Mettam seu dedal suatesoura e algodão de bordar na algibeira do aventalque já lhes ensinei a fazer e de que lhes dei o mo-delo.

Façam uma almofadinha do tamanho que lhesparecer, coberta de seda ou de setineta; supponhamosque a almofadinha, depois de cheia, tem de cada lado14 centímetros. Cortem dous quadrados da fazenda deque queiram fazer a almofadinha, cambraia, forte,linho, etc, etc, tendo cada quadrado vinte centimetrosde c?.5a um dos lados, isto é, são dous quadrados de20 centimetros quadrados. Decalquem o dezenho queaqui se vê e reproduzam-no em cada quadrado pelosmeios que já lhes indiquei, sendo preferível servi-rem-se do papel azulde passar,e comecem o bordado.

Este faz-se a ponto laçado ou a ponto de nó, se-gundo o modelo decorador; os olhosinhos são feitosem bordado inglez, que já lhes ensinei e os recortesem toda a volta, a ponto de recorte.

Escolha para o bordado seda fina e que se possalavar, verde pallido para a í^igagem íus/tes, rosapallido para as pétalas, vermelha, côr de ouro para asestames; os dous pistillos serão bordados, para fa-zer contraste ao verde muito suave, em toda a ex-lremidade, a amarello ou pardo.

O ponto laçado, como já sabem, faz-se passandoa agulha de cima para baixo e reciprocamente. Nodezenho está figurado o sentido a dar aos pontosdiagonaes na folhagem e nas hastes; nas pétalas sãoa direito. O contorno, na folhagem e na flor, faz-se aponto de pé ou a ponto de cordão, muito fino.

A bordadura ingleza em volta de cada olhosinho,faz-se a ponto de cordão.

Quanto ao ponto de recorte, devem tôl-o bem namemória, já porque é muito usado, já porque aindaha pouco tempo o ensinei a fazer.

O quadrado inferior não tem bordado de espécie ,alguma no centro. Somente os olhosinhos e o recorteem toda a volta. n

Terminados assim os dous quadrados, cubramcom elles a almofadinha que prepararam, ligando-o*um ao outro por meio de íitilho de seda, que passapelos olhosinhos. .

Quando quizerem lavar os quadiados, tirem o fi"tilho e assim os podem lavar em separado. E' uj°systema muito commodo, como vêem é muito usadotambém para os travesseiros de cama.

As pontas do fitilho que restarem, depois de 1>~gados os dous quadrados servem para formar laço aum dos cantos da almofadinha, dando-se outros laçosaos outros trez cantos d'ella. Se o fitilho fôr dema'siadO estreito e isso depende do tamanho dos olhinhoSrfaçam laços separados, de fita de seda mais larga, "*mesma côr d'aquella que passam pelos olhosinhospreguem-os aos quatro cantos da almofadinha. .

Esta ahi está completa, ao cimo do desenho aqureproduzido.

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O TICO-TICO AVENTURAS DE KAXIMBOWNNA PANDEGOLANDIA 11

v,Pipoca 1, dorminhoco como poucoílesta-corôada, mal ficava a sós, cediaa cabeça ao peso do nariz e... dor-mia.

Foi o que então se deu Mas Kaximbown tevenecessidade de consultal-o, e como lhe fallasse bas-tante sem ter resposta, resolveu accordal-o. A prin-cipio, Kaximbown procedeu como gente séria. Masexasperado

'^7^)A^-<: ...pegou de um pau e,em dous tempos, arrebentou a cabeça de\^ J& Y Pipoca /.que...

v7^%\^\(7. I fr,^ W\>< )7â I Â A

da •'emrf?ube-Corno se haver para concertal-a. Sabbado e 7omco trouxeram o seu auxilio e com grandes folies enea cabeça de Pipocai Nada, entretanto, resolvia o caso

(Continua)

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12 O URSOSINHO DE PELLO ARREPIADO o tico tico

i) Era uma vez um ursosinho quecom sua mai viera de uma regiãomuito distante

2) . tendo os dous por compa-nheira uma linda catatúa, porémmuito incommodativa, por passar osdias gritando

3; Os primeiros dias passaram semnovidade, porque a mài do urso-sinho, creatura grave e ponderada,evitava discussões.

lj l'm dia porém, estando ella au-sente, o ursosinho e a catatua. porcousa sem importância, tiveram umbatè-bocca e a catatúa.

•r'| .'. que tinha má língua, depoisde palavrões feios, chamou o ursosi-nho «mal lambido», certamente porcausa de seu pello arrepiado e poucolustroso

6) Ursosinho que não admittiadesaforos, cheio de raiva correu so-bre a mal educada catatúa que. ap.e-zar de ter as azas presas por umacorrente .

W /^"feh^ ) "S^P • \A-A-\^\ / T" I > ~l r^ (~~ «o oo o- \ \\ I I /-

a fuind<deva-se

poudegir de seu) installar-um guarJe um pote

voar de fôrmainimigo.se no cimoa-comida Alicom mel de

achaabelha

atatua, empur-i com o "^p bicco, o fezcahir de maneira que se foi enterrarna cabeça do ursosinho

9) . que,coti em mi-emquanto a catatúaerhpoleirada.

aturdido, íi-sero estado,

ria a bom rir,

I. - '^^^^^^^vSSf^^/ '"' ' I \V" s^t^i^s>.^sflKr ¦»_ ^^ _^&&%^~ Ç—"^'""ftf : .: : ^^^ ¦ ¦ ¦ ..'.^ ?!. :¦.'.'. ¦ / f '.-:¦"

I"10) O ursosinho gremià tanto que fez

correi a ursa sua mãi Esta, como boamãi. com toda a solicitude

II) limpou seu filho e lambeu-ode todo o mel de que estava cheio.Pouco depois,o ursosinho com o pellolusidio.

12) ...por causa do mel, data-cava alegremente, pensando quea catatúa não mais o podia cha-mar «pello arrepiado»

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O TICO-TICO AS MALDADES DE LUIZ 13

-—____ . ^-"U_—J _^_ Asrr~"' ^_>-_'i—, .,, ,_..,.. ,,—J ti, i -, ¦,..-¦,¦ , li..-.. r ' ' —" "— ¦—¦.——..¦¦ •—— —¦_¦¦¦¦ , ,-,—,,_.,. ¦ ¦._.¦¦-.__¦— 1

l) A principal victima das travessuras°e Luiz, menino todo levado, era seuav° Uma tarde que este descansava.

¦>) Luiz tendo teito um buraco nascostas da cadeira, prendeu as calçasdo avô com uma torquez, para.

3; elle nao poder levantar-se Maso velho puxou e levantou-se, deixandoum pedaço das calças.

^_». ii ¦ -* __—,-., n ¦' '¦ ~'' * "¦ '¦ — ,i..i ii. i ¦

4) Ap

^^arquevupezar de se esconder, não tardouMUc o avo o

5) Luiz, que era mau, jurou vingai-se. li imaginando pregar um susto aoavô, comprou uma caixa de fulminamtes "IP

(>) .. que lançou no guarda-chuva doavo, paia que este tomasse um sus- Vto «,

^7 .—I ¦—' 1 F>,-. —' ul ao abrir o guarda-chuva Osuimjnantes cahiriam, fazendo expio«ão

H) O avó, porém, tudo viu e, quandochegou perto de Luiz, que pensava ellenada ter visto

9) .. perguntou-lhe : — Que Uzeste,maroto.- Que'deitaste no guarda-chu-va ?—Nada disse Luiz sem se denun-ciar.

^¦TJ—I Hi____i /—~-\ f'.. i ^ rrn Rs B 111 9\ <_-JP^ :;:;:-^ -f^v^^K. í ^üà»* \ ^ A. _B_T-'¦'•'¦"¦"''*'''¦¦¦__!

__1 a_«_Í ''¦ i;^^v_—^*i_''' ^5\ V^â\ '/ ^mffltfÜií——- y/" \V

HbHsW)^^^ ^W —^ I \ -g—U W^CÂ j y\A*lk SSBW^

10) _Mse o avô) cr)Vroso' Ja vamos ver I — dis- 111 .. guarda-chuva... Pim, .ças o casti&,,g4!Iand0 Lujz Pelas cal- os fulminantes explodiram e o avô^"u -om o. nada soífreu

Tríãitratado, comi9) l.uiz e ^^.''^"promettéu tornar-muitas queimaduras rorn^se um bom menino, poiqucsão semprep±i!I!___ -

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14 O TICO-TICO

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Os amiguinhos * leram no numero ultimo do nosso jornal-sinho algumas notas \j. / a respeito de certos animaes.

AJquelles da IJi dos juntamos hoje, os seguintes, de legendados animaes que V{ « ahi se vem.

A marmota \ ^|f ou marta (quadro I) é da família dos roedo-

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res. No quadro II.está o gamo.uma espécie de veado que tem os cornos espalmados, ligeirissimo nacarreira e mui tímido. O texugo 'quadro III é ummammifero carnívoro, plantigrado. O seu pelo emprega-se para fazer pincéis A camurça, no quadro IV.é uma espécie de antílope ou cabra monteza. A suapelle é bastante appliçada no fabrico de luvas.

Iflfl __r Ja*

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.£> O TICO-TICO

"SR. X" E SUA PAGINACURIOSIDADES:

A BORBOLETA DE CABEÇA DE GALGOVê-se na gravura a cabeça de um lebreu ou galgo

de pello sedoso, olhos meigos, ventas feias, não êverdade? Masque exquisito animal é esse que se vêpor detraz da cabeça do galgo.com dous grandes olhose bigodes tão compridos ?

Não se trata de cabeça de galgo. Dá-se neste caso.um dos muitos caprichos da natureza. A maior das

photographias, aqui reproduzida em gravura,é a am-lPtf9^ da menor, que representa uma linda borbo-bo^K^hando-se bem distingue-se na aza matizada daeaWeU.a fórma muito nitida de uma cabeça de caoa StA opressão ainda é maior quando se projectaum .?to?raPhia num grande quadro, por meio de«jma lanterna. A cabeça do cão apparece então a pro-dJ2>r o engano.

BOTINAS ENGENHOSASUm ingiez imaginou um modelo para botinas queJao deixa de ter certo engenho. Na Inglaterra,, como

£m geral em toda a Europa, o tempo é rigorosíssimo«as differentes estações do anno. No verão o calor e

'

est^~te e no inverno ha muito frio. Como sabem, asjam5_?es.do anno são trocadas das nossas. Mas, ve-J,tmos o invento.Urn paginou o ingiez em questão, e mandou fazer,de i%Çar d^ b°tinas, assentando sobre um recipiente^-rro. Esse recipiente abre-se do lado e serve para

receber um carvão que se mantém accesso. Assim,conservam-se os pés quentes e a uma bôa tempera-tura, durante o rigoroso frio do inverno.

No verão mantem-se os pés sempre frescos, ou átemperatura normal,introduzindo no mesmorecipientaágua fria ou mesmo gelo.Para o nosso clima, bastaria fazer uso da segundaparte do invento, pois que a nós não gelam os pés como frio, como acontece aos europeus. Damos um des-enho das engenhosas botinas.

UMA MOSCA NUM PEDAÇO DE ÂMBARComo aqui se vê, uma mosca perfeitamente au-

thentica,perfeitamente conservada, como se estivesseviva. está introduzida, ou seja, encastoada num pe-daço de âmbar.

Mas como iria alli parar a mosca ? Eis como oconhecidissimo e vulgar insecto cahiu no âmbarluando elle ainda estava em seu estado primitivo; istue, no estado de «rezina».

Depois o âmbar endureceu, passando ao seu ver-Jadeiroestado e a mosca, que não poude livrar-se daresina, a que se pegou, alli morreu e alli ficou, encas-toada no âmbar, perfeitamente conservada.

WBBBSBÉÉÊUBS&!d&BSt6S$9.

WÊ*&ÊSL.. '""^tiN ii JMrifw**_£_}_. >3w?;::i >«_*- .JJ&Èka. : Js_||BBH_B_____^_iâN_t^''t__c_nHl

iiÉ_B

A galante Wanda, de 7 mezes de edade, filhadoSr. Dilermanno Silva

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O TICO-TICO 16

CorTesponileiicia do Dr. Tudo SateOrlando Celestine Ferraz (S. Paulo)—

Dirija-se ao secretario do Collegio, capitãoVossio Brigido.

Constantino Velloso—A lithographia é aarte de desenhar sobre pedra lithogra-phica.

Carivaldo Castanheira—A celluloide éuma substancia de base da cellulose nitri-ca e de camphora. A celluluse, por suavez, é o principio especial dos corpos orga-nisados que constitue a parte solida dosvegetaes.

Antônio Silva (Belém)—A barragem doNilo é a obra mais considerável no seu ge-nero. Estabelecida na extremidade meri-dional do Delta, mesmo no ponto em queo Nilo segue duas direcções, uma a este,para Damietta, e outra a oeste, para Ro-setta, ella se compõe de uma grande pon-te-repreza de 134 arcos, dos quaes 72 sobreo braço do Damietta e 62 sobre o de Ro-.¦etta. Um cães circular, de 1.500 metrosde extensão, liga a ponta do Delta, nosdous pontos principaes. Ha em cada ex-tremidade, perto 'do recuo exterior umacaixa com duas reprezas seguidas. A bar-ragem do Nilo encontra-se a 20 kilome-tros, água abaixo, do Cairo; a 160 de Ro-setta e a 190 de Alexandria. Foi pensa-mento de Napoleão I. Um engenheiro fran-cez—M. Mougel propoz a sua construcçãoao pachá do Egypto, Mehemet-Ali. Todosos ministros de Sua Alteza acharam aobra impossível de ser feita, bem assimuma loucura a sua concepção. A invejados europeus e as intrigas políticas se jun-

taram á opposição dos ministros egypcios.O pachá, entretanto, comprehendeu todaa importância da magnífica concepção; osprojectos Mougel e respectivos orçamen-tos, subindo a 20 milhões de francos, 10-ram enviados para Pariz em 1843, e sub-mettidos ao Conselho que entendia deobras semelhantes e que os approvou de-poís de um exame demorado. Em Abril de1846, o velho Mehemet, então octogena-rio, fez começar os trabalhos com um ar-dor sem egual: elle empregou logo 21.000operários e 22 machinas a vapor. Em Ja-neiro de 1850, em menos de quatro annos,trez quartos da ponte-barragem achavam-se construídos, apezar das difficuldadcsprodigiosas dos trabalhos sobre um riocomo o Nilo. Morto Mehemet, seu sueces-sor Abbas recomeçou a construcção em1854, mas sem actividade. Foi, finalmente,terminada a barragem sob sua protecção.Os resultados práticos da barragem doNilo são incontestes, e ninguém existe queviajando o Oriente não admire a monu-mental obra de Mougel.

A. Fernandes—Fazes-me uma serie deperguntas que parecia não acabar mais.Creio para algumas d'ellas ser desneces-saria qualquer resposta. Porque, aqui, metenho demorado, por varias vezes, fallan-do sobre as palavras, cuja significação pe-des. Quanto ás outras, estou ao teu dis-pôr: Kymris era um povo da antiga Eu-ropa, originário do Ponto-Euxmo e esta-belecido na Gallia; Ajax é o nome de dousheroes gregos que se illustraram diantede Troya. Ajax, filho de Oileo, morto porum raio, e Ajax Telamonio que se suici-dou num accesso de loucura; sob o nomede Perseu, houve muita cousa: na Mytho-

logia, rei de Argos e fundador de Myce-nas, filho de Júpiter e Danae, no séculoXIV, antes de Christo; Perseu—ultimo reida Macedonia, vencido por Paulo Emílio(107 annos antes de Christo); Perseu—uma constellação boreal.

Dr. Tudo Sabe

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Leitor e amigo do nosso jornal,Plinio de Campos —S. Joãod'El-Rei,

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é o primeiro eo único dentiíri-cio que impede com absolutasegurança as causas da cariedos dentes. Esta acção- positiva,comprovada scientificamente.consiste na propriedade peculiardo Odol de penetrar nos dente?furados e nas mticosas da gen-giva, que embebe e impregnaaté certo ponto. Comprebenda-se a importância capital d'esta

nova e pecutianssima acção. Emquanto que todos os demaismeios usados para limpar a boca e os dentes só actuam duranteos poucos momentos que se empregam nessa operação, o Odoldeixa nas mucosas e nos dentes furados um deposito antiseptico,cuja acção dura horas inteiras .Obtem-se d'essa maneira uma acçaoantiseptica continua, que limpará seguramente os dentes de todoo germen infeccioso até nos menores interstícios. E' claro, por"-tanto, que as pessoas que lavarem diariamente a bocca com oüdoiprotegem, com toda a certeza os seus dentes da carie.

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17. O TICO-T1CO

BRINQUEDOS .PARA OS DIASDECHIJVADESENHO A RECORTE

^^^^_V^//l»4r^^^^^'"^i1J"'*^-^ mÊÍÊiim^^í* X\\Y "f_s^_^

-a**--*-,*»' •¦-t^T— mu ibiiiiiii imml.iii i._smmims»imi»»»»:""«"'m '" ''' ' ' ^~'~"''TiTssmMrww's-m«rTTrirT~ i_nu—mu ——_¦ iiWt

Fig- i—O desenho no conjunclo

O desenho a recór-te produz effeitos muitoagradáveis á vista epode empregar-se paraenfeitar quebra-luz,resguardos de lampa-das, etc. Vejamos co-mo se íaz, servindo-nosdo modelo que acimadamos.

Tomem cartão bns-tol, bastante grosso ereproduzam nelle o de-senho acima, decalcan-do-o ou copiando-o alápis ou a pènna.

Feito isso façam ocolorido. No modelo, ocasco do navio pôdeser pardo, vermelho,ou azul, as velas embranco um pouco ama-rellado. O mar podeser a tinta verde-escura.tinta prata, bem enten-dido, e os sombreadosdas ondas são a pen-"a ou lápis, bem como os sombreados dos"avios ou suas projecções na água.

As palmas no meio das quaes estão omar e os navios devem ser desenhadas a"ma de côr verde carregado.

Feito isto, passa-se com um canivetetoJi afiado> sem atravessar o cartão, emoaos os traços negros, de maneira a que aparte que se destaca do cartão se possa le-vantar ligeiramente.somK etleitos niais ou menos intensos denDra ou de luz, são obtidos, segundo a in-

f/i f M%Ui

Fig. 2—Detalhe dotrabalho

cisão, mais ou menos profunda, e a profundl-dade d'ella é indicada no desenho pelos traçosque são mais ou menos negros.

Reparem na figura 2, que mostra o traba-lho em execução. No cimo,o canivete fazendoincisões nas folhas das palmas, as quaes sãoindicadas pelos traços bastante negros. Aponta do canivete pára na linha levementeaccentuada traçada em cada folhazinha dapalma. Ja dissemos que a incisão não através-sa o bnstol, mas levanta-o somente a meio.

Continuando a olhar para a figura dous eagora ao fundo, vemos a lamina do canivetefazendo incisões de uma beira a outra, depoisao alto, fazendo uma incisão mais levee maiscurta, imitando uma prega.

t As ondas mais sombreadas fazem-se comincisões mais levantadas.E está concluído. Agora o desenho vaiornamentar um quebra-luz, um resguardo delâmpada, etc. Como fica em transparência,

produz um bello effeito.

PRÊMIOS D"0 TICO-TICO"r,0o+A(^m^nino Eurico de Siqueira Couto, moradornesta Capital á rua General Roca n. 124, foi pago ooremio de dez mil réis que lhe coube no sorteio doconcurso n. 717. Np, . 7;Ao, menino Carlos Arieira, morador â rua Dr.ue Vecchio n- 6, Penha, foi pago o premio de dezmu réis que lhe coube no sorteio do concurso 726.a r-

~a memna Nadir Neiva Magalhães, moradoraa rua Andrade Pertence n. 40, Capital, pagamos opiemio de dez mil réis que lhe coube no sorteio aoconcurso 728.

, - 9 Tico-Tico recebeu a visita do joven andarilho WüsoõMerntt Brown, que concorre ao premio de 100.000 doüars,instituído pelo New-York Herald, e destinado áquelle norte-amencano de 10 a n annos, capaz de fazer a volta do mmaono espaço de 12 annos, devendo regressar sabendo 15 línguas,alem de geographia, musica e desenho,

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O TICO-TICO 18

wt ¦!• r^^lr*

Brutus {M. /.)

Brutus (.Lúcio Junio) era filho de Lúcio Junio e deuma irmã do rei Tarquinio, o Soberbo, o principal auetor darevolução que destruiu a realeza e instituiu a Republica emRoma. A vida de Lúcio Junio Brutus é, em parte, legendáriaPara escapar á morte a que fora condemnado por Tarquinio,que já tinha mandado matar seu pai e seus irmãos, entendeudever mostrar-se imbecil e prever em nada comprehender doque lhe diziam. D'ahi o ser appellidado de Brutus. O que, po-rém é certo é que elle alimentava grandes desejos de vingança.Quando em uma oceasião de peste em Roma, os filhos deTarquinio foram consultar o oráculo em Delfos, Brutusacompanhou-os e offereceu aos deuses um pau grosseiro que,sem que os demais soubessem, encerrava uma barra de ouro,emblema de sua condueta. Como a Pythonisa noticiasse queseria rei de Roma o primeiro dos presentes, de entre elles eos filhos de Tarquinio, que primeiro beijasse sua mãi, Brutusimmediatamente se rojou por terra e beijou essa mãi com-mum de todos os homens. Quando Sexto, filho de Tarquinio,commetteu o ultrage sobre Lucrecia, foi que Brutus mostrouo que era. Pegando do punhal com que Lucrecia, que não quiz

sobreviver á sua deshonra se feriu,vindo a morrer, jurou e fez juraraos que estavam ao seu lado, a per-da dos Tarquinios. Em seguidasublevou o povo e fez decretar aabolição da realeza em Roma e oexilio da família real. O poder exe-cutivo foi confiado a dous magis-trados, annualmente eleitos e es-colhidos de entre a classe patrícia,que primeiramente se chamarampretores e depois cônsules. Os dousprimeiros eleitos foram Brutus eColatino, marido de Lucrecia. Oliados por seus partidários e pelosluta, ponue os Tarquinios, auxi-novo governo não se estabeleceu sem

Etrurios, tentaram retomar o poder. Os próprios filhos deBrutus fizeram parte da conspiração a favor dos Tarquinios,a qual abortou em razão da denuncia do escravo Vindex.Brutus, inflexível para os conspiradores, condemnou á mor-te seus próprios filhos e assistiu á sua execução. Num com-bate que houve entre as forças do governo de Roma e asjustas por Arun, filho de Tarquinio, Brutus foi morto, sendo-lhe prestadas grandes honras por oceasião de seus funcraes.

Essa revolução era puramente da classe aristocrática oupatrícia. Roma teve também de sustentar luta contra os pie-beus, sendo necessários cincoenta annos de Republica paraque esta se equilibrasse e para que Roma reconquistasse opoder que já tinha adquirido no tempo dos reis.

PixavonSabão cTalcatrão sem cheiro

para lavar o cabello.Hygiene do cabello baseada num

principio scientifíco.

ET ineontestavelmenteo melhor produeto parafortificar o couro cabel-ludo e enraizar o ca-bello.

O nome de Brutus passou na lingua latina como uma es-pecie de nome commum que vem para designar um republi-cano feroz, que tudo sacrifica a seus edeaes políticos, mesmoa sua vida e dos seus.

¦— Dizem que eu tenhocara de que comeu e nãogostou; pois, olhe, tenho do-res por todo o corpo, e souperseguido pelo rheuma-tismo, desde 15 annos, atéhoje, mas, agora, depoisque fiz uso do ELIXIRNOGUEIRA, o purificadordo sangue sinto-me me-íhor!...

(_____ -~^^®®^®®_®®®

11 _r.11 Hp|PlXAV0m*___-—_—________(_——-i____S"^

Vende-se nas dro-garias, pharmacias Q

perfumadas.

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19 O TICO-TICO

OS NOSSOS CONCURSOSRESULTADO DO CONCURSO N. 721

O concurso n. 721 agradou á petizada, o que nosvaleu mais um grande êxito e muito trabalho no seuencerramento.As soluções do concurso foram encontradas logo

Por mais de cinco mil leitores, que nol-as enviarampreenchendo as formalidades do nosso regulamento,razão por que entraram em sorteio todos os concur-rentes.

D'esse sorteio sahiram contemplados:1' prêmio —10$.

Clarisse Mattoscom 14 annos de edade, residente á Avenida S."ymo n. 60-B —Belém—Pará.

2' prêmio

Jero-

¦10$

Sarah Cabral13]à annos. Rua Aqueduto, 222—Santa Thereza—CapitalFederal.

_No próximo numero publicaremos o clichê da so-^,vao,uo concurso que á ultima.hora retiramos portaitade espaço.rmi Al4m de muitos outros leitores, cujos nomes não^uDiicamos devido á falta de espaço, foram inscriptosno sorteio:R.aí?-rge JacV de Carvalho, Antônio da Silva Masson,Gnm Dias> Isaacquinho Gollart, Armando LeiteGamJ- Glympio Baptista Monteiro Nogueira daros d ' Carmen Augusta dos Santos, Darcilia Medei-Piprr=oSl* Maria das Dores Ferreira, Virgínia UrsulaLam^lda.Cunha. Maria de Areredo Coutinho, Jaymenho p?luAda MurY Netto, Heloísa de Azeredo Couti-Deiiin;, Â1 de Azeredo Coutinho, Murillo Vasconcellos,Gustavo p Carvalho, José Carlos do Nascimento,randvr h» ,e-rnandes- Suly Lucena, Leonor Coppi, Ju-de AzevM amP°s. José dos Santos Dias, Maria OlivaCrnfinda u e Silva- Miguel Giovannini,Felicio Laysa,

a da Encar°raes' °rmandina Morales, Octavio Bra-iva. Miguel Giovannini,Felicio Laysa

-s, Ormandina Morales, Octavio BraCOurt, Osw^°> Hugo G. Tapajós, Elza Bitten

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Os interessantes meninos Nenette, de 3 annos e meiae Marceau, filhos do Sr. Carré.

da Casa Lorilleux.

'eirrFa^nn\^ubem°Queiroz, RauT Augusto Mo-de Mellr.ai s' Sarah de AlmeidaMagalhães, AntônioBeatriz PrVar?n&a> João LeaJ de Meirelles Jumor,Sohsten i aptlsta> Antônio Riedlinger, Clarisse yonJames ri„JASé Alvares Nogueira, Geraldo da Camine,Filho 1 branco, Carlesbessa de VasconcellosChermonta7r Peixoto, Dora Rebello, José Carlos deo. , Amilcar Osm-in r,a<;tãn Motta. Luiz deGo uvêaR. car Osório, Gastão Motta,

Jumor, Celso Tovar de Castro, StelhsJoão Freire d'Ávila. Alexandre Hercula-nodr0rCost"'

«,'i...a Costa, Carlos Luiz FrechetLe Junio"r, Julieta daFilhn' fcc>nidia"'NerHfto^Iosé Drogo MachadoSy de Carvalho", Eduardo SouzaLucvTÍn^ U12"° tachado da Rocha, Ondina Pires,Faria Àr~r0' Ç-uilherminaGomes de Amorim, Paulofo Duvi^aiid0 Bonilha, Carlos Cardoso Pires, Pau-Haia 9m,!er\Mozart Mericorni, Alberto N. Cardador,nezes t de 0llveira, Hildebrando Gomes de Me-SaleadrV t °" de Albuquerque Costa, Aydée FortunaHellnn°'rLPcia K1oers Werneck, Noemia P. Salvo,Fortun,£ei£er' OUiIia de Souza Braga, LeonidasBarbou °A»Ga.rcez' Maria Luiza Mendes, Severino^a dl Hp Aa"a_da Conceição Ruas da Cruz. lrace-S?nte"- Albuquerque, Fortunato Guimarães, Vi-ino, Resula Áurea Delpino, Iracema Rosa,

ãn * Ce.les^.f Washington Braga Guimarães,^ dpv AnJos, Iracema IzaltinodeAmovim, Rena-

rcrCi

c»;^ RudikaimenÍNOmã

^oncaAVoo c-Udíi ^mtra, Antônio Gonçalves, maunoc0 Àrc ' bl™ao Pedro Assey, Eurydice Martins Ti-rifa ?tfatf Jln!P Carvalho Santos, Ruth Cyntrão, Isau-Va,ho Cam Vraça' Arthur.Barbosa, Luiz de Car-"mo r=m r í"' "l"'"i|MrDusa. luiz uc uo.-dri&ues^P°s'JoaoTi"y Júnior Luzia Ribeiro, Gil Ro-C-Uiz ppri- t't' Emiliano Petersen, José Mazzoni,Teira sffi^a, Henrique D. Goulart, Waldemar de Oli-•!0sé Gnnr.5 Gomes Aranha, Celio Leite, FranciscoAladvm r^Vfs-Penna- F1avio A. Goulart de Andrade,íoio Jos^rto ce-!xa de Azevedo, Augusto José da Silva,arthur Gonli lva' Carmen d'Amore, Grecco "

ncalvesJanico Berra, Lourival VilMachini,

Villar. Aracy

Werneck de Abreu, Georges Leonardes, Luiz Garcia,Mano Pereira de Souza, Nair Gabral da Silveira,Rosa Rodrigues Fernandes, Maria Dolores da CostaCordeiro, Doralice de Castro, Mario Fernando Fontelle,Dolores Campos, João Sampaio, José da Silva Lopes,¦ Francisco Pimentel, Eudoxio Salles Borges, Manoelda Costa Leitão, Engracia Jobim Filho, Parceo Ri-beiro de Assumpção, Maria Magdalena C. FerrazAracy Meirelles Galba, João Rodrigues CecilioJoanna Osman Leone,FaustoGuerner,Manoel da Luz,Zenaide de Souza e Silva, Nathalina Britto, Helena deSaldanha Alcala.Graziella Reyjudith da Gloria Costa,Rodolpho de S. Mondego, José Octavio da Silva Leme,Helvécio Mana Horta Kessebing, Francisco Ferreira$t%Àofíf+ Ribeiro Judith Gonçalves, Zenaide Ribeiro£osnbantos, Nair Ferraz Durão, Octavio P. Hoffmann,. õlc ?c Amazonas Queiroz, Maria Antonia Guima-

.?h^ ?ouza> America C. F. Fontes, Nelson de Car-K,^Junqureir.a'NeyLuiz Calegari,Maria Prestes Al-5r(!,f. ,Luiz Carlos Bordini Flores, Juracy Ra-rfãr:1aJlocha, Othon Mauricto Vianna, Carlos Per-StlfiA3 7a,110?1 Corrêa de Araújo, Mario Sampaio demeno, /.uimira Aguiar de Andrade, Álvaro Felicissi-Aninnf^ n la. X^ier, Alberto Ortemblad. Vicente3o,nior Perrotta, Clarimundo do Nascimento Mes-3a ciliJ0?6 -í- i0rge> A. Aguiar, Edgard Ferreira^n^r peixeira de Mattos, .,Carmen Garcia,Sr,ÇA^il da Câmara, José Marques derin ot-nSMte,es Lima Câmara Alice .Lara, Ma-nna Oliveira, Mano dos Santos Neves, Gezualdo derarvan^' f^1"0, FranÇa Pinto, Carlos Bali alai daAthnne¦°,i^L°.uríes da Costa Reis, Helena Ribeiro.rvina\vSl-ldo^eAssumPÇão, Gastão Menusier, Geor-r^-.X, Jto' 1Víana Lydia Braga da Silva, Paulo dec>ai\ alho Barbosa, Eunice Chagas, José Augustocie Araújo Jorge, Alba Fonseca, Carmen d'Amore, Jl-q!,A ^rS Carvalho, Zulmira Vieira de. Souza Lima.i ?m\ Xr^ag:?-er^ Antonietta Machado, Aida de SouzaL'n?a' Emilia Vieira Cardoso, Gilvandro Pessoa, Des-caues Cunha, Jorge de Medeiros, Magdalena Woíner,

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O TICO-TICQ. 20

_ \'_;: 3 ^SSWEy^^^Mrfj^f^, ^. inh

O galante Wilson (Lili) filho do Sr. Oswaldo XavieiRebello, residente nesta Capital

Maria Irene Araújo, Helena Garcia, Sarah Cabral,Diva Mauchlers, José Ramos Teixeira de Andrade,Seraphim Bernard Santarém, Aluizio Salazar de Ma-cedo, Lavinia Moura, Izabel Chastenet, AntônioCorrêa Barbosa, Haydée P. Giglioni, Jandyra Ga-ertner, Joaquim Vieira Bueno Penteado, ítala de Je-sus Teixeira, Jeny de Ávila Machado, Jayme Ribeiro,Euricyna Conceição de Saules, Luiz Muniz, ArlindoCarvalho, Amadeu Napolitano, Anna Jurema de Cas-tro Brazil, Jahel da Motta Teixeira, Carmita Franco,Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal,Ho-mero Dias Leal, Filhote Dias Leal, Eduardo CaldasVianna, Theocrito de Vasconcellos, Ada MercedesPereira, José da Costa Braga, Euclides Reis, JeanneE. Simões, Antônio Rodrigues de Amorim, ZeliaGomes de Almeida, José Joaquim da Silva, MarioAghina, Marina do Livramento Coutinho, EmiliaGalvão joppert, João Leite de Souza, João Nu-nes de Oliveira, Waldemar Nogueira Cardador.

RESULTADO DO CONCURSO N. 734RESPOSTAS l

1* — Pedro-pedra.2- — Mala.3' — Mesa-mez.4" — Santiago.5- — Noel-Leon.

Eis o resultado do sorteio :r prêmio 10$,

Themis Serzedellocom 8 annos, residente á rua Ignacio Goulart, 161.

2- prêmio, 10$Sabina Ramos Tepedino

com 10 annos de edade. Porto Novo do Cunha, Minas—E. F. Leopoldina.Concorreram ao sorteio:

Antônio Leite Gomes,Roberto Gil, Ary dos SantosRibeiro, Paulo Augusto Vieira, Lavinia de Moura,Rubem Carvalhosa, Zizinho Alvares, Olan ParetoTorres, Maria da Gloria Machado, Sarah Cabral, Ma-rilia Marques deOliveira, Renald Edward Reid, JoséCarlos de Chermont, Leonardes Prazeres Gomes,Cla-rimundo do Nascimento Mesquita, Alberto CarneiroBotelho, Militino Thomaz da Silva, Soledade Ramos,Stella da Silva Nazareth. José Arruda Tamborim,Elvira de Rezende Barbosa, Zaira Martins, DjalmaBarbosa, Gabriela T. Magalhães Gomes, José Ávilade Macedo Sobrinho, Aymar Floresta de Miranda,Helena Bandeira, Francisco da Costa Maia Sobrinho,Alice Medeiros Freitas, Paulo Brandt, Diva Mau-

Ilyeroclio Gonçalves, Mario P.Câmara, Nelson de Oliveira Tii

cklers, Martha Ratto, Maria Lydia Braga da Silva,Arthur Gonçalves, Andréa Dornellas, Domingos Fer-real, Cyro Grohmand, José Luiz da Veiga, LúciaDias, Eugênio Camaratte Júnior, Sylvio Mattos deOliveira, Nadyr Martins Cardoso, Álvaro AntunesJúnior, Raphael T. de Menezes Britto, RobertinaCyntrão, José Olympio de Souza, Henrique de Mattos,Isidoro Liberato, Raphael Corrêa Logullo, EurydicePaim, Waldemar Ignacio Paim, Arlindo Augusto daSilva, Jorge Bernardo de Figueiredo, AgostinhoLeite Rodrigues, Elly E. de Abreu, Gustavo E. deAbreu, Helvécio Pires de Carvalho, Noemia De Mur-gel, Rolando Pereira de Souza, Joaquim M. A. deOliveira, Marina Nogueira, Aldovando Conde Scro-soppi, Hélio Amora Fernandes, Ernesto Gomes daSilva, Oswaldo Gomes, Arthur Ferraz Durão, Benja-min Luiz Leitão, Thiago Nicoláu da Rocha, AlfredoPimentel Brandão, Margarida Antunes Corrêa, LuizNovaes Barros, Lino PauHllo, Juridy Gonçalves-

de Souza, Aristótelesinoco, Benedicta Be-

nildes de Amorim, Filandizia de Castro Sócrates,Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal,Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal, Marilia DiasLeal, HeloizaClotilde de Moura Ribeiro, Eloysa Ca-valcanti, Stella da Silva Nazareth, Antônio Moreirado Nascimento, Augusto Ferreira Figueiredo, BeatrizGonçalves Ferreira, Carlos Lopes de Miranda, Edel-trudes Amorim Muller, Hildet de A. Villas Boas,Mana de Breyne, Alzira- Gama, Amazonio Maciel,Adeha Abrantes, Raul V. Alfredo Bittencourt, ArthurBarbosa, Álvaro Felicíssimo de Paula Xavier, JoãoBaptista Leite de Souza, João José da Silva, LupercioRoso Rodrigues, Iracema Izaltina de Amorim, DivaBastos Carvalho, Asthagialdo de Assumpçao, Fran-cisco Postesnack, Elpidio de Oliveira Carvalho.

CONCURSO N. 739PARA OS LEITORES DOS ESTADOS E D'eSTA CAPITAL

Eis a silhueta de um paiz europeu. Queremos queos amigos digam que paiz é este e quaes as cidadesalli salientadas, escrevendo-lhes os nomes nos logaresrespectivos.

Para o interessante concurso de hoje reservamo?os seguintes prêmios:

fi ~dBr '

José, constante leitor d'0 Tico-Tico, filho do Sr.Antônio Sá, d'esta capital

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21 O TICO-TICO

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2- — Qual é a escriptura que uns fazem, outrosnão fazem, e é formada por duas partes do nossocorpo ?

(Enviada por Castellar José Freire)3- —A flor anteposta a um adjectivo qualificati-

vo é uma capital. Que é ?[Por ítala Silva OliveiraJ4- — E' grande aqui este signal. Que é?(Maria Apparecida de Souza)

Daremos3 prêmios: dous de 10$ cada e um Al-manach do Malho para 1913.

As respostas são recebidas em nossa redacção atéo dia 27 do corrente mez,

Õs leitores devem assignar as soluções com o seupróprio punho. São necessárias na apuração, a eda-de e residência do concorrente.

â"~~ Vt"14 ass'gnatura annual d'0 Tico-Tico. „Krazileir™* assi£natura semestral da Illuslraçao

"Todos" assignatura semestral da Leitura para6- —Um Almanach do Tico-Tico para 1913.— Um Almanach do Malho para 1913.

'39 anf0,uÇões devem vir acompanhadas do vale n.res' rniiSS a^ha a margem de uma das paginas a co-corVentia^° a margem cia solução, da edade do con-

*r»í sua residência e assignatura.Possam Drerr)-se que, comquanto vários trabalhoscadarnnVir em um só enveloppe, é necessário queconcurso venha feito em papeis separados.>o do rieseníe concurso encerra-se no dia 17 de Mar-u corrente anno.^ara os

CONCURSO N. 740LEITORES D'ESTA CAPITAL E ESTADOS PRÓXIMOS

.. 'Perguntas" — Dentes úteis elle tem •Animal elle não é;Lncontra-se em todas as casas,

Que è C tambem não e-

<«emettida oor Bias Pereira Guimarães)

creanças, mais, amas de leite, con-valescentes e velhos devemusar o MYOSTHENIO. Ellereúne elementos tônicos

consideráveis que o recommendam em todos os casos emque a economia reclama o emprego de um reconstituintegeral do organismo. Para as CREANÇAS no período docrescimento tem a vantagem de auxiliar e prevenir o rachi-tismo;é superior ao óleo de figado de bacalhau e suas emul-soes, aos vinhos e aos elixires. As MAIS, durante a gravi-dez, sustenta as forças e durante aamammentacão.favorecea jactação, tornando o leite abundante e phosphatado. Nasconvalescenças é útil para a reparação rápida das forças,fornecendo ao organismo uma considerável quantidade deprincípios tdnicos, o que se verifica pelo rápido augmentodo peso. Emfim, é útil aos velhos, porque neste período davida as funeções orgânicas resentem-se do enfraquecimentodos órgãos, conseqüência natural da edade e do trabalho, esó no MYOSTHENIO encontram o salutar recurso para serevigorar. Não encontrando o MYOSTHENIO nas drogariasd'esta capital, dirigir pedidos para a pharmacia aurora,Rua Aupora n. 57 S. Paulo.

WÊBSÈ ¦ mw — • "^us-ifwj.. .. JL.

— Mister John (lendo) O BROMIL cura qualquertosse em 24 horas...

bwSm ^Bj»*"*E Bjj^]EE»»*l*EEEEJBEjPg^t

Meiir k DAMES mUrug

TELEPHONEN.

1.313

[iiayana, 78

POSTIÇO DE ARTETodos os trabalhos sendofeitos com cabellos natu-raes, a casa nao tem imi-tação.

manda-se catalogo1llustrado

^éL^êbSERVIÇO ESPECIAL EM

CORTES DE ILOS DE CREANÇAS|CABELLOS

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O TICO-TICO 22

Creanças palliias, Lymphaticas, EscropklosasRACHIT1CAS OU ANÊMICAS

Lymphatismo, Rachltismo, Escrophulose.Anemia

O Juglandino d»Giffoni é um excel-lote reconstituintegeral dos organis-mos enfraquecidosdas creanças pode-roso tônico depura-tivo eanti-escrophu-loso.quenuncafalriano tratamento dasmoléstias consum-plivas acima aponta-das.

E' superior aooleode fígado de baca-lhau e suas emul-soes, porque contémem muito maiorpro-porção o iodo vege-talizaclo, tntimamen-te combinadoaotan-nino danogueira(ju-glans regia)eophos-phoro physiologico.medicamento emi-nentemente vitaliza-dor, sob uma fôrma

agradável e inteiramente assimilável. E' um xarope saboroso,quenão perturba o estômago e os intestinos, como freqüentementesuccede ao óleo e ás emulsões; _'ahi a preferencia dada ao Ju-«jiandino pelos mais distinctos clínicos, que o receitam diária-mente aos seus próprios filhos.

Para os adultos preparamos o Vinho lodo-tannico glycerophosphatado. Encontram-se ambos nas boas drogarias epharma-cias cresta Capital e dos Estados e no deposito geral:pharmscia e Progaria de FRANCISCO GIFFONI * Ç.

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Remédio do Fedêlho e do VovôA este, porque regularisa-lhe

as funcções do estômago e do intestino,dá,, além de somno calmo,

vida e vigor;aquelle, porque consolida-lhe os tecidos

ósseo e muscular, dá, além dememória fiel, desenvolvimento e

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Muitas pessoas que precisam de dentaduras, devido á exígtii*datie des seus recursos, «ão, muitas vezes, forçadas a procuraprofissic-naes menos habe-s, que asilludem em todos os sen"tido*, pois es&cs irubalhos exigem muita pratica e conheci1*rr.cntos especiaes.

Para evitar laes prejuízos e facilitar a todos obter dentadura*"dentes a pivot, coroas de ouro, bridge-work, ete., o que •;»de mais perfeito nesse gênero, resolveu o abaixo asstgnado reduzi**o mais possível a sua antiga tabeliã de preços, que'ücam d'essemodo ao alcance do» menos favorecidos da fortuna. No sei»novo consultório, á rua do Carmo n. 71, (canto da do Ouviaor)úi\ informações completas a todos que as desejarem. Acerta e fa*funecionar perfeitamente qualquer dentadura que não estejabem na bocca e concerta as que se quebrarem, por preço*Insignificantes.Os clientesque não puderem vir ao consultório será-

attendidos em domicilio, sem augmento de pre.oBR. SÁ REGO (Especialista)

mudou-se RUA DO CARMO 71 ____.._<,,

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O TICO-TICO YÔYÔ E SUAS DIABRURAS 23

—————— —— :;;;;;,;.';";iM

Enr-ii^'d>0Jera rnesmo das arábia...xávàmm*ad0 ro,que lhe não dei-TOu anctomar banhos de mar, ju-Peca ivseus deuses pregar umaapparacessemeir0 bantl

2) Para isto, carregou até á praia, ali em Copacabana.onde mo-ra, um boneco muito grande de propriedade da mana, o qual pozem posição bellica...

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te de verdacfizer que- dePois de dar-lhe certos ares de gen-

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4] metteu-lhe na mão um revólver,apontando-o para o banhista. Feito isto1 õyô tratou de esconder-se.

MM

&l>ohS'-o^— .¦* A*, *

rra> Ím ° intimanH^U,eviuaque,lafi&uranaPraia'medroso imando a sahtr da água, nadou para a« S™» • °h' furia do banhista, uma vez que se certificoudo logro em que cahira! Yôyô dera o que fazer as pernas.

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^___ eW-Lt-TXll---^ _>_L OH\QU\HWO

qua.E a luta continuava A cabra e o gallo não descansavam, procurando cada Emquanto isto, Chiquinho, Lili e Jagunço—testemunhas do duelo—olhavam áasmelhores posições para as investidas. parte. Mas o gallo bicou a cabra, certa vez. valentemente.. .

.. .a cabra procurou uma revanche, no que foi infeliz, ficando em posição a mais E bradou mesmo para que a cabra e o gallo parassem a luta, porque eracritica. Chiquinho quiz intervir... chegada a hora do descanço

Continua)