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Atualidades Ornitológicas, 208, março e abril de 2019 - www.ao.com.br 53 Avifauna do município de Arari, região da Baixada Maranhense, norte do Maranhão, leste da Amazônia brasileira Eduardo França Alteff 1 , Gustavo Gonsioroski 2 , Thiago Rodrigues 3 & Leonardo Gabriel Campos Torres 4 Recebido: 1/2/2019. Aprovado: 14/5/2019. Resumo. O objetivo do nosso estudo é inventariar as espécies de aves registradas no município de Arari, norte do Maranhão, além de comentar sobre a conservação da avifauna na região e em relação à distri- buição geográfica de algumas espécies. A lista foi elaborada utilizando os dados do trabalho de campo (800 h/homem), as in- formações disponíveis no Portal WikiAves e também o material depositado em cole- ções ornitológicas disponíveis em base de dados online. Foram registradas 277 espécies de aves através do trabalho de campo, 18 espécies possuíam registro no WikiAves e somente uma foi registrada por meio das coleções, totalizando 296 táxons. Merece destaque o registro de um táxon ainda não descrito (Synallaxis sp.); novos registros de sete espécies para o estado; quatro táxons ameaçados de extinção; a apresentação de informações em relação à distribuição geográfica de 45 táxons, dos quais, 23 são ampliações da distribuição com base em dados primários. Entre os registros notáveis para Arari estão Botau- rus pinnatus pinnatus, Ixobrychus involucris, Ixobrychus exi- lis erythromelas, Laterallus exilis, Laterallus jamaicensis ssp., Porzana flaviventer flaviventer, Calidris minutilla, Nyctiprogne leucopyga leucopyga, Hydropsalis maculicaudus, Malacoptila striata minor, Pteroglossus bitorquatus bitorquatus, Herpsilo- chmus pectoralis, Pseudocolopteryx sclateri, Sporophila colla- ris collaris, Sporophila minuta minuta e Sporophila ruficollis. Palavras-chave: Aves, áreas úmidas, conservação, distribuição geográfica, inventário. Abstract. The aim of our study is to inventory the species of birds recorded in the municipality of Arari, north of Maranhão, in addition to commenting on the conservation of avifauna in the region and in relation to the geographic distribution of some species. The list was elaborated using data from the fieldwork (800 h/observer), the information available in the WikiAves Portal and also the material deposited in ornithological collec- tions available in an online database. A total of 277 species of birds were recorded during fieldwork, 18 species had recorded on WikiAves and only one was recorded through the collections, totaling 296 taxa. We highlight the record of a taxon not yet described (Synallaxis sp.), including new records of seven spe- cies for the state; four threatened taxa; and information on the geographic distribution of 45 taxa is presented, of which 23 are distribution expansions based on primary data. Among the no- table records for Arari are Botaurus pinnatus pinnatus, Ixobry- chus involucris, Ixobrychus exilis erythromelas, Laterallus exi- lis, Laterallus jamaicensis ssp., Porzana flaviventer flaviventer, Calidris minutilla, Nyctiprogne leucopyga leucopyga, Hydrop- salis maculicaudus, Malacoptila striata minor, Pteroglossus bi- torquatus bitorquatus, Herpsilochmus pectoralis, Pseudocolop- teryx sclateri, Sporophila collaris collaris, Sporophila minuta minuta and Sporophila ruficollis. Key-words: Birds, wetlands, conservation, geographic distribu- tion, inventory. Introdução Os inventários de fauna permitem acessar a biodiversidade de uma área, em determinado espaço e tempo (Silveira et al. 2010). Os dados primários obtidos pelos levantamentos são instrumen- tos importantes para a tomada de decisões sobre o manejo de áreas naturais (Silveira et al. 2010) e para definição de estraté- gias de conservação (Wilson 1997). Outro ponto importante é a utilização da biogeografia como ferramenta para subsidiar decisões práticas que visam reduzir as taxas de extinção de espécies (Figueiredo et al. 2006), que atu- almente são estrondosas em nível mundial (Pimm et al. 2014). ISSN 1981-8874 9 771981 88700 3 8 0 2 0 0 Figura 1. Localização do município de Arari, norte do Maranhão, região da Baixada Maranhense. Imagem produzida utilizando o Google Earth, 2018.

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Page 1: Avifauna do município de ISSN 1981-8874 Arari, região da ... · se, uma unidade de conservação de uso sustentável, de acordo com o SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação,

Atualidades Ornitológicas, 208, março e abril de 2019 - www.ao.com.br 53

Avifauna do município de Arari, região da Baixada Maranhense, norte do Maranhão, leste da Amazônia brasileira

Eduardo França Alteff1, Gustavo Gonsioroski2, Thiago Rodrigues3 & Leonardo Gabriel Campos Torres4

Recebido: 1/2/2019. Aprovado: 14/5/2019.

Resumo. O objetivo do nosso estudo é inventariar as espécies de aves registradas no município de Arari, norte do Maranhão, além de comentar sobre a conservação da avifauna na região e em relação à distri-buição geográfica de algumas espécies. A lista foi elaborada utilizando os dados do trabalho de campo (800 h/homem), as in-formações disponíveis no Portal WikiAves e também o material depositado em cole-ções ornitológicas disponíveis em base de dados online. Foram registradas 277 espécies de aves através do trabalho de campo, 18 espécies possuíam registro no WikiAves e somente uma foi registrada por meio das coleções, totalizando 296 táxons. Merece destaque o registro de um táxon ainda não descrito (Synallaxis sp.); novos registros de sete espécies para o estado; quatro táxons ameaçados de extinção; a apresentação de informações em relação à distribuição geográfica de 45 táxons, dos quais, 23 são ampliações da distribuição com base em dados primários. Entre os registros notáveis para Arari estão Botau-rus pinnatus pinnatus, Ixobrychus involucris, Ixobrychus exi-lis erythromelas, Laterallus exilis, Laterallus jamaicensis ssp., Porzana flaviventer flaviventer, Calidris minutilla, Nyctiprogne leucopyga leucopyga, Hydropsalis maculicaudus, Malacoptila striata minor, Pteroglossus bitorquatus bitorquatus, Herpsilo-chmus pectoralis, Pseudocolopteryx sclateri, Sporophila colla-ris collaris, Sporophila minuta minuta e Sporophila ruficollis.Palavras-chave: Aves, áreas úmidas, conservação, distribuição geográfica, inventário.

Abstract. The aim of our study is to inventory the species of birds recorded in the municipality of Arari, north of Maranhão, in addition to commenting on the conservation of avifauna in the region and in relation to the geographic distribution of some species. The list was elaborated using data from the fieldwork (800 h/observer), the information available in the WikiAves Portal and also the material deposited in ornithological collec-tions available in an online database. A total of 277 species of birds were recorded during fieldwork, 18 species had recorded

on WikiAves and only one was recorded through the collections, totaling 296 taxa. We highlight the record of a taxon not yet described (Synallaxis sp.), including new records of seven spe-cies for the state; four threatened taxa; and information on the geographic distribution of 45 taxa is presented, of which 23 are distribution expansions based on primary data. Among the no-table records for Arari are Botaurus pinnatus pinnatus, Ixobry-chus involucris, Ixobrychus exilis erythromelas, Laterallus exi-lis, Laterallus jamaicensis ssp., Porzana flaviventer flaviventer, Calidris minutilla, Nyctiprogne leucopyga leucopyga, Hydrop-salis maculicaudus, Malacoptila striata minor, Pteroglossus bi-torquatus bitorquatus, Herpsilochmus pectoralis, Pseudocolop-teryx sclateri, Sporophila collaris collaris, Sporophila minuta minuta and Sporophila ruficollis.Key-words: Birds, wetlands, conservation, geographic distribu-tion, inventory.

IntroduçãoOs inventários de fauna permitem acessar a biodiversidade de

uma área, em determinado espaço e tempo (Silveira et al. 2010). Os dados primários obtidos pelos levantamentos são instrumen-tos importantes para a tomada de decisões sobre o manejo de áreas naturais (Silveira et al. 2010) e para definição de estraté-gias de conservação (Wilson 1997).

Outro ponto importante é a utilização da biogeografia como ferramenta para subsidiar decisões práticas que visam reduzir as taxas de extinção de espécies (Figueiredo et al. 2006), que atu-almente são estrondosas em nível mundial (Pimm et al. 2014).

ISSN 1981-8874

9 771981 887003 80200

Figura 1. Localização do município de Arari, norte do Maranhão, região da Baixada Maranhense. Imagem produzida utilizando o Google Earth, 2018.

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Desta forma, o objetivo do presente estudo é apresentar o levan-tamento da avifauna registrada no município de Arari, além de realizar comentários sobre a conservação na região e acerca da distribuição geográfica de algumas espécies.

Material e métodosÁrea de estudo

O estudo foi realizado no município de Arari, norte do Mara-nhão (Figura 1), no extremo leste da Amazônia brasileira (IBGE 2017). O município está localizado na região da Baixada Mara-nhense, conhecida por possuir influência das águas marítimas nos principais rios da região (Martins 2011). O município está inserido na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhen-se, uma unidade de conservação de uso sustentável, de acordo com o SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Esta área protegida tam-bém faz parte da Lista de Ramsar (Ramsar 2018), composta por áreas úmidas de importância internacional.

A área de estudo encontra-se na bacia hidrográfica do rio Mea-rim, apresentando fragmentos florestais em diferentes estágios de regeneração, marcados pela presença de Atallea speciosa Mart. ex Spreng. (babaçu) e também campos naturais sazonalmente inun-dáveis, em meio a um mosaico de pastagens, áreas destinadas ao cultivo de arroz e à piscicultura, além de outras áreas antropiza-das; o principal curso d’água em Arari é o rio Mearim. Na região da Baixada Maranhense o clima é caracterizado como B1WA’a’, em que B1 representa um clima úmido, W o déficit hídrico mode-rado no inverno, A’ megatérmico e a’ evapotranspiração potencial de verão de 24,7%, com chuvas ocorrendo principalmente entre janeiro e junho (Reschke et al. 2011). As áreas investigadas estão resumidamente caracterizadas abaixo:

Perequeté (03°31’57”S, 44°50’03”W; 8 m): mata ciliar do rio Mearim e áreas de cultivo de arroz.

Mata do mosquito (03°33’54”S, 44°48’49”W; 15 m): floresta secundária em estágio avançado de regeneração.

Mata da macumba (03°34’33”S, 44°48’45”W; 19 m): floresta em estágio médio de regeneração.

Mata de babaçu (03°33’39”S, 44°49’31”W; 22 m): floresta em estágio inicial de regeneração.

Mata do cacau (03°33’40”S, 44°49’38”W; 20 m): floresta em estágio médio e avançado de regeneração, além de áreas antro-pizadas às margens do rio Mearim.

Arrozal do gaúcho (03°31’44”S, 44°48’41”W; 10 m de alti-tude): áreas de cultivo de arroz e tanques utilizados para criação de peixes.

Arrozal (03°32’04”S, 44°49’09”W; 8 m de altitude): planta-ções de arroz e áreas de piscicultura.

Barragem da ferrovia (03°33’59”S, 44°48’10”W; 7 m): bar-ragem e floresta secundária em estágio inicial e médio de rege-neração, às margens da ferrovia Estrada de Ferro Carajás.

Estrada (03°28’22”S, 44º46’09”W a 03º33’13”S, 44º49’13”W; 7-14 m): estrada vicinal cortando campos sazonal-mente inundáveis, áreas de cultivo de arroz, pastagens e outras áreas antropizadas.

MétodosForam realizadas expedições ao município de Arari entre junho

de 2012 e outubro de 2018. Os dados foram obtidos durante a reali-zação de inventários e outras pesquisas ornitológicas no município, totalizando aproximadamente 800 h/homem de esforço. Diante da

dificultade de padronizar os métodos utilizados, decidimos apresen-tar os dados considerando apenas a técnica de observação direta, que se baseia nos registros visuais e auditivos. As observações ocor-reram entre 5:00 h e 22:00 h. Os registros foram realizados com auxílio de binóculos e para documentar as espécies utilizamos gra-vador digital, microfone direcional e também câmera fotográfica. Durante o inventário foram anotadas todas as espécies detectadas e a forma de registro (auditivo, visual, fotográfico ou gravação so-nora). O epíteto “WA” e o número de referência foram enumerados para as espécies que tiveram sua documentação depositada no por-tal WikiAves (www.wikiaves.com.br).

Com intuito de completar a lista de espécies de aves registradas em Arari, foi feita uma pesquisa no WikiAves (WikiAves 2018a), realizada em 27 de dezembro de 2018, buscando por espécies re-gistradas em Arari, e que não foram encontradas durante o nosso trabalho de campo. Também foi realizada uma busca por espé-cies depositadas em coleções ornitológicas disponíveis em base de dados online, por meio do portal VertNet (http://portal.vertnet.org). A localização dos registros históricos foi obtida na literatura (Paynter & Traylor 1991). A classificação taxonômica e a nomen-clatura das espécies estão de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (Piacentini et al. 2015).

A lista de espécies de aves do Maranhão foi definida com base em Oren (1991), considerando também as adições de novas es-pécies realizadas posteriormente (Almeida et al. 2003, Vascon-celos 2004, Pacheco 2004, Hass et al. 2007, Santos & Vascon-celos 2007, Olmos & Brito 2007, Minns et al. 2010, Santos et al. 2010, Oren & Roma 2011, Ferreira 2014, Gonsioroski 2014a, Lima et al. 2014).

ResultadosDurante o trabalho de campo foram identificadas 277 espécies

de aves, 18 espécies continham registro no WikiAves (WikiAves 2018a) e apenas uma foi registrada através de coleções ornitoló-gicas disponíveis na internet, totalizando 296 táxons (Tabela 1).

Foram encontradas sete novas espécies para o estado, sendo apresentadas informações acerca da distribuição geográfica de 45 táxons, que serão discutidas adiante, sendo que 30 caracteri-zam extensões na distribuição geográfica e destes, 23 foram com base em dados primários.

Apesar de ser uma região bastante alterada, foi detectado um táxon ainda não descrito em Arari, pertencente ao gênero Sy-nallaxis e que está em fase de estudo por B.M. Whitney, L.F. Silveira, entre outros pesquisadores.

Quatros espécies registradas encontram-se ameaçadas de ex-tinção (Tabela 1). Três espécies são consideradas ameaçadas no Brasil (Brasil 2014) e três estão ameaçadas em nível internacio-nal (BirdLife International 2018a). Entre as espécies conside-radas quase ameaçadas de extinção em nível global estão Pri-molius maracana, Laterallus jamaicensis e Sporophila ruficollis (BirdLife International 2018a), sendo que P. maracana, também é considerada quase ameaçada no Brasil (ICMBio 2014). Além de espécies ameaçadas de extinção, foram detectadas espécies pouco conhecidas no Brasil, consideradas como deficiente em dados para enquadramento em alguma categoria de ameaça de extinção, como L. jamaicensis, Porzana flaviventer e Calidris minutilla (ICMBio 2014).

Quinze táxons endêmicos do Brasil foram detectados (seguin-do Sick 1997, BirdLife International 2018a). Vinte e um táxons tipicamente amazônicos foram observados e outros dois regis-

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trados somente por dados secundários (veja Tabela 1, Roma 1996, BirdLife International 2018a). Alguns destes táxons são considerados endêmicos do centro de endemismo Belém, como Manacus manacus purissimus, Pteroglossus bitorquatus bitor-quatus, Tolmomyias sulphurescens mixtus, Ramphocaenus me-lanurus austerus (Roma 1996). Esta área de endemismo corres-ponde à área da Amazônia que compreende o nordeste do Pará e o noroeste do Maranhão, delimitada pelo rio Tocantins ao oeste e rio Pindaré ao leste (Silva et al. 2002, Silva et al. 2005, De Luca et al. 2009, Almeida & Vieira 2010). Outros táxons registrados possuem distribuição geográfica restrita a uma pequena área do território brasileiro, embora ocorram também no Cerrado, como Conopophaga roberti, Ortalis superciliaris e Malacoptila stria-ta minor (BirdLife International 2018b, 2018c, 2018d).

Foram detectadas oito espécies que realizam migrações inter-continentais: Pandion haliaetus carolinensis, Falco peregrinus anatum, Tringa solitaria solitaria, Tringa flavipes, Tringa mela-noleuca, Calidris minutilla, Coccyzus americanus americanus e Hirundo rustica, todas visitantes do hemisfério norte (Piacentini et al. 2015).

Foi observada grande representatividade das espécies depen-dentes das áreas úmidas (n = 47, 16% do total; BirdLife Inter-national 2018a). Entre as espécies aquáticas, as famílias mais expressivas foram Rallidae e Ardeidae, com 12 e 10 espécies, respectivamente.

DiscussãoA riqueza de espécies encontrada no município de Arari re-

presenta 43% das 683 espécies registradas no Maranhão e 59% das 503 espécies detectadas na Amazônia maranhense (Oren & Roma 2011). Apesar do significativo esforço amostral, acredita-mos que não foi realizado um levantamento exaustivo na região e novas espécies podem ser inseridas na lista com o aumento do esforço amostral, levando-se em conta que na Reserva Biológica Gurupi, uma das principais unidades de conservação do estado, no oeste do Maranhão, foram quantificadas 424 espécies de aves (Lima et al. 2014). Em outros estudos, como na região de Bal-sas, sul do Maranhão, foram detectadas 225 espécies (Hass et al. 2007); na região da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, locali-zada no rio Parnaíba, na divisa com o Piauí, foram identificadas 209 espécies (Olmos & Brito 2007); no centro-sul do Maranhão foram registradas 168 espécies de aves (Santos et al. 2010); para a região da Baixada Maranhense haviam sido mencionadas 77 espécies (Roth & Scott 1987).

Durante nosso trabalho de campo foram obtidos sete registros novos para o Maranhão. Outras duas espécies foram registradas pela primeira vez no estado por outros autores, em outros muni-cípios (Almeida et al. 2003, Pacheco 2007) e quatro foram re-gistradas em Arari por observadores de aves, que postaram suas fotografias no WikiAves (Filho 2010, 2012, Fenalti 2012a, Bri-to 2016), totalizando 13 novos táxons para o estado e elevando para 696 o número de espécies de aves registradas.

Alguns táxons encontrados necessitam de revisões taxonô-micas, uma vez que foram registrados distantes de sua área de ocorrência original ou mesmo com populações disjuntas e po-dem ainda revelar novos táxons. A Baixada Maranhense foi con-siderada como uma Área Importante para Conservação de Aves - Important Bird Area (IBA), devido à sua relevância para con-servação da avifauna (De Luca et al. 2009, BirdLife Internatio-nal 2018e), o que pôde ser corroborado pelos nossos resultados,

que inclui o registro de uma espécie de ave ainda não descrita (Synallaxis sp.). Este táxon foi incluído na lista de espécies de aves do Brasil em 2015 (Piacentini et al. 2015), mas não foi oficialmente descrito.

Foram detectadas espécies ameaçadas de extinção (Brasil 2014, BirdLife International 2018a), espécies pouco conhecidas no Bra-sil, consideradas como deficientes em dados para enquadramento em alguma categoria de ameaça de extinção (ICMBio 2014). Na lista também constam espécies endêmicas do Brasil, táxons tipi-camente amazônicos (Sick 1997, BirdLife International 2018a) e alguns táxons considerados endêmicos do centro de endemismo Belém (Roma 1996), além de outros com distribuição geográfi-ca restrita a uma pequena área do Brasil (BirdLife International 2018b, 2018c, 2018d), tornando a região de grande importância para conservação destas espécies. O município de Arari encontra--se ao leste do centro de endemismo Belém, mas atualmente as áreas de endemismo na Amazônia têm sido revistas e os rios ama-zônicos apesar de funcionarem como barreiras geográficas, não delimitam áreas de endemismo (Oliveira et al. 2017).

Foram registradas espécies que realizam migrações intercon-tinentais, todas visitantes do hemisfério norte (Piacentini et al. 2015) e também importantes do ponto de vista conservacionista. Outras espécies realizam movimentos migratórios regionais e foram realizados alguns comentários ao longo do texto, contudo, somente com a continuidade das observações esses padrões de migração podem ser elucidados.

A avifauna registrada em Arari é característica de áreas amazô-nicas já alteradas, com grande influência dos ambientes aquáti-cos. A vegetação no norte do Maranhão era formada por floresta ombrófila densa de terras baixas, mas com a remoção da ve-getação primária, o babaçu se propagou pelo estado, juntamen-te com a vegetação secundária, formando a floresta de babaçu (IBGE 2012). A presença dos campos sazonalmente inundáveis e também das áreas destinadas ao cultivo de arroz ao longo do rio Mearim, acabam sendo um refúgio para a avifauna associada aos ambientes aquáticos, contribuindo para a grande represen-tatividade das espécies dependentes das áreas úmidas. Outras espécies estão relacionadas às florestas, que se encontram em diferentes estágios de regeneração, surpreendendo a ocorrência de Nasica longirostris, que na região foi registrada unicamente na mata ciliar do rio Mearim, em trecho com floresta mais alta, habitando um fragmento de 60 ha.

As observações foram praticamente concentradas na região leste do município de Arari, havendo uma série de localidades não exploradas em outros pontos cardeias. Novos inventários devem ser direcionados a estas áreas, onde existe o potencial de ocorrer outras espécies. Alguns táxons foram detectados nos mu-nicípios localizados nas imediações, mas não foram encontrados em Arari, como Sicalis flaveola brasiliensis (Carvalho 2015), Synallaxis rutilans omissa (Arruda 2017) e Micrastur ruficollis concentricus (Gonsioroski 2015), registrados no município de Miranda do Norte. Já em Itapecuru Mirim, foram registrados Euphonia violacea violacea, Lepidocolaptes angustirostris co-ronatus, Suiriri suiriri burmeisteri, Formicarius analis analis, Pyriglena leuconota leuconota e Brachygalba lugubris naum-burgae (Alteff 2013a, 2013b, 2013c, 2013d, 2013e, 2013f). No município de Vitória do Mearim, foi registrado o visitante seten-trional Anas discors (Gonsioroski 2016). Todos os táxons cita-dos acima apresentam potencial de ocorrer em Arari, incluindo Zebrilus undulatus, espécie aquática registrada na Terra Indíge-

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na Caru, nos municípios de São João do Caru e Bom Jardim, oeste do Maranhão (G.G., obs. pess.), possuindo registro tam-bém no município de Carolina, sul do estado (Cintra 2010).

Registros notáveisCrypturellus cinereus

A espécie foi ouvida frequentemente entre 2012-2018 e teve sua vocalização gravada em algumas oportunidades, geralmen-te ocorrendo em florestas em estágios variados de regeneração. Esta informação estende a distribuição geográfica da espécie em aproximadamente 130 km ao leste (BirdLife International 2018f). O táxon também foi detectado no município de Miranda do Norte, município vizinho de Arari (E.F.A., obs. pess.).

Nothura boraquiraFoi fotografada em 17 de fevereiro de 2013 enquanto atra-

vessava a rodovia BR-222 (WA-889464), possuindo registros também em Miranda do Norte (E.F.A., obs. pess.). Apesar de considerada endêmica da Caatinga (Pacheco 2004), existem re-gistros em áreas de Cerrado, embora seja rara sua ocorrência na Amazônia (WikiAves 2018b). O registro em Arari amplia a distribuição geográfica da espécie em 160 km ao oeste (BirdLife International 2018g, Cabot et al. 2018).

Jabiru mycteriaA espécie foi fotografada em 21 de janeiro de 2013 em arro-

zais (Lees 2013), forrageando em poças formadas entre as plan-tas de arroz, em estágio inicial de desenvolvimento. Este registro representa uma ampliação de sua distribuição geográfica (Elliott et al. 2018), em torno de 500 km ao norte, no entanto, já foi reportada para a Amazônia maranhense (Oren & Roma 2011). Outra localidade com registro recente da espécie é o município de Alto Parnaíba, sul do estado (Pacheco 2011).

Botaurus pinnatus pinnatusFoi registrada em áreas de cultivo de arroz entre 2012 e 2018,

sendo fotografada em 26 de outubro de 2012 (WA-787019), re-presentando uma extensão na distribuição geográfica da espécie (BirdLife International 2018h, Martínez-Vilalta et al. 2018), que já havia sido mencionada para a Amazônia maranhense, no oeste do estado (Oren & Roma 2011). Possui registro recente também no município de Godofredo Viana, noroeste do Maranhão (Gi-rard 2014).

Ixobrychus exilis erythromelasA espécie foi registrada em arrozais, entre 2012 e 2018, sendo

fotografado em 26 de outubro de 2012 (WA-786484). Apesar de já terem sido reportados registros na Amazônia maranhense (Oren & Roma 2011), Arari é a única localidade com registros recentes da espécie no estado (WikiAves 2018c). O táxon foi coletado em 1923, no município de São Bento, na Baixada Ma-ranhense (Hellmayr 1929) estendendo a distribuição geográfica da espécie em 20 km ao sul (BirdLife International 2018i) e, desta forma, o registro em Arari já era esperado.

Ixobrychus involucrisFoi detectado entre 2012 e 2018 em áreas de cultivo de arroz,

fotografado em 26 de outubro de 2012 (WA-786483,822587). Este registro amplia a distribuição geográfica da espécie em aproximadamente 1000 km ao sudeste (BirdLife International

2018j), sendo um novo registro para o estado do Maranhão, além de ser a única localidade com registros recentes da espécie no estado (WikiAves 2018d).

Eudocimus ruberA espécie foi registrada em 13 de outubro de 2018 às margens

do rio Mearim, quando aproximadamente 140 indivíduos foram observados e somente quatro indivíduos eram adultos, sendo os demais imaturos. Aparentemente se tratava de indivíduos va-gantes, visto que é uma espécie típica de manguezais e regiões estuarinas (Matheu et al. 2018), bastante comum no litoral ma-ranhense. Sua ocorrência no interior do continente é rara, sendo este registro o mais interiorano da espécie no estado. Provavel-mente, utilizou as matas ripárias ao longo do rio Mearim para se deslocar. O registro representa uma pequena extensão da distri-buição geográfica da espécie, em cerca de 30 km ao sul (Matheu et al. 2018).

Circus buffoniEm 12 de fevereiro de 2016 a espécie foi fotografada (Brito

2016), representando o primeiro registro da espécie no Maranhão. É considerada rara e típica de ambientes campestres, ocorrendo também em arrozais (Bierregaard & Kirwan 2018a). As popula-ções localizadas mais ao sul realizam movimentos migratórios em direção ao Brasil central e nordeste do país, embora seja residente em algumas regiões (Bierregaard & Kirwan 2018a).

Helicolestes hamatusDetectada pela primeira vez em 21 de novembro de 2016 e de-

pois registrada esporadicamente, geralmente observada entre os meses de outubro e dezembro. O registro de Roth & Scott (1987) para a região da Baixada Maranhense estende a distribuição ge-ográfica da espécie (Bierregaard & Kirwan 2018b, BirdLife In-ternational 2018k), possuindo registro também no município de Penalva, na Baixada Maranhense e também em São Pedro da Água Branca, oeste do estado (WikiAves 2018e).

Laterallus exilisA espécie não havia sido mencionada para o Maranhão (Oren

1991), mas foi registrada no município de São Francisco do Brejão em 2005 (Pacheco 2005a). Em Arari, foi registrada entre 2012 e 2018, ocorrendo em arrozais, sendo documentada pela primeira vez em 22 de novembro de 2012 (WA-825799), esten-dendo a distribuição geográfica em aproximadamente 30 km ao nordeste (BirdLife International 2018l). No ano seguinte, a es-pécie foi detectada também nos municípios de Itapecuru Mirim (Alteff 2013g) e Anajatuba, em áreas de campos naturais e an-tropizados (E.F.A., obs. pess.).

Laterallus jamaicensis ssp.O primeiro registro da espécie no Maranhão ocorreu em 26

de outubro de 2012, em arrozais no município de Arari (Fenalti 2012a), sendo novamente documentada em 02, 07 e 10 de no-vembro de 2012, 06 de março de 2013 e 24 de novembro de 2013 (WA-793198,800280,822585,907876,1569737), através de fotografia e gravação da vocalização. Foi registrada entre 2012-2018 em áreas de cultivo de arroz (em avançado estágio de desenvolvimento, com abrigos formados e com lâmina de água). A espécie também foi registrada no município de São Mateus do Maranhão (Gonsioroski 2014c), a cerca de 60 km ao sul de Ara-

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ri. Estes registros estendem a distribuição geográfica da espécie (BirdLife International 2018m), que era conhecida somente para a região de Belém, onde uma fêmea encontrada morta foi cole-tada no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, Pará (MPEG-51002), provavelmente após uma colisão (Novaes & Lima 1994). A espécie também foi encontrada em campos sazonalmente inundáveis no município de Bragança, norte do Pará, em fevereiro e maio de 2013 na mesma localidade (Lees et al. 2014). Taxonomicamente ainda permanece incerta, sendo classificada por Piacentini et al. (2015) como L. jamai-censis ssp., com subespécie ainda a ser definida, apresentando variações morfológicas em relação às populações localizadas no oeste da América do Sul, na América Central e América do Nor-te (BirdLife International 2018m).

Porzana flaviventer flaviventerA espécie foi detectada em áreas de cultivo de arroz entre

2012 e 2018. Foi fotografada em 21 de novembro de 2012 (WA-822589) e 24 de novembro de 2013 (WA-1266216) e sua voca-lização gravada em outras ocasiões. Não foi citada para o Mara-nhão por Oren (1991), sendo relatada por Lima et al. (2014) para a Reserva Biológica do Gurupi, onde a espécie foi incluída na lista final, embora também tenha sido inserida na lista de espé-cies com provável ocorrência, que necessitavam de confirmação (Lima et al. 2014). O registro em Arari é o primeiro registro documentado da espécie para o estado, ampliando a distribuição geográfica da espécie em 250 km ao sudeste (BirdLife Interna-tional 2018n), sendo a única localidade com registros recentes no Maranhão (WikiAves 2018f).

Mustelirallus albicollis albicollisOcorre nos campos sazonalmente inundáveis e áreas de culti-

vo de arroz, detectada entre 2012 e 2018, sendo fotografada em 20 de setembro de 2014 (WA-1458632). A espécie foi reportada para a região de Açailândia em 2003 (Almeida et al. 2003), pos-suindo registros também nos municípios de São Francisco do Brejão (Pacheco 2005b), Balsas (Hass et al. 2007), Centro Novo do Maranhão e Paulino Neves (WikiAves 2018g). O registro em Arari estende a distribuição geográfica da espécie em 290 km ao nordeste de Açailândia, que já representava uma extensão da distribuição geográfica em cerca de 300 km ao norte (BirdLife International 2018o, Taylor & Kirwan 2018).

Neocrex erythrops olivascensA espécie foi registrada a primeira vez em 13 de novembro de

2013 durante a colheita do arroz e, na sequência, foi detectada de forma esporádica, sempre ocorrendo em áreas de cultivo de arroz. É considerada uma espécie discreta (Taylor et al. 2018) e só recentemente sua ocorrência foi mencionada para o estado do Maranhão, registrada no município de Miranda do Norte (Minns et al. 2010).

Pardirallus maculatus maculatusA espécie foi registrada entre 2012 e 2018 em arrozais. Foi

fotografada em 21 de novembro de 2012 (WA-822618) e 17 de fevereiro de 2013 (WA-889538), sendo sua vocalização gra-vada em algumas ocasiões. Foram observados filhotes em no-vembro e janeiro. É um táxon incomum no Maranhão e Arari é a única localidade com registros recentes da espécie (WikiA-ves 2018h).

Gallinula galeata galeataÉ um dos ralídeos mais raros no município de Arari e foi

detectada em uma única ocasião, durante a colheita do arroz, em que um indivíduo foi fotografado em 21 de novembro de 2012. Durante esta atividade, é uma oportunidade de detectar algumas espécies que permanecem, quase o tempo todo, em meio ao arrozal, pois as espécies acabam sendo afugentadas pela colheitadeira, deslocando-se rapidamente para a vege-tação nativa localizada nas proximidades ou para as áreas de cultivo que ainda não foram colhidas. No Maranhão, existem registros recentes nos municípios de São Luís, Timon e Açai-lândia (WikiAves 2018i).

Porphyrio flavirostrisRegistrada em campos sazonalmente inundáveis e também

em arrozais entre 2012 e 2018, sendo documentada através de fotografia e gravação da vocalização. Os registros em Arari re-presentam uma expansão na distribuição geográfica da espécie em aproximadamente 280 km ao sudeste (BirdLife International 2018p).

Gallinago paraguaiae paraguaiaeA espécie foi registrada em algumas ocasiões entre 2012 e

2018, ocorrendo em arrozais e em campo antropizado, fotogra-fado em 26 de outubro de 2012 (WA-786454). É uma espécie incomum no Maranhão, com registros nos municípios de São Bento (Hellmayr 1929), Açailândia, Carutapera (WikiAves 2018j) e em Bacabeira, também na bacia do rio Mearim (E.F.A., obs. pess.).

Calidris minutillaFoi fotografada em 21 de fevereiro de 2016 (WA-2072301)

enquanto forrageava em pequenas poças formadas em meio às plantas jovens de arroz. Em seguida, foi detectada em 28 de março de 2016 (Simas 2016) e 26 de setembro de 2016 (Loreto 2016) no mesmo tipo de ambiente e provavelmente a migração da espécie ocorra entre março e setembro, conforme a data dos registros apresentados, embora existam registros esporádicos em julho e agosto nos municípios de Raposa, São José de Riba-mar e Carutapera (veja WikiAves 2018k). No Maranhão, exis-tem registros na região litorânea e também no interior, como nos municípios de Monção e Penalva, ambos localizados na Baixada Maranhense (WikiAves 2018k).

Uropelia campestris campestrisFoi registrada em Arari no passado, entretanto, não foi reen-

contrada na região. O táxon possui um registro histórico neste município, onde uma fêmea foi coletada no século XIX por J. Beal Steere e depositada no Royal Ontario Museum, Canadá (ROM-94389), mas a data da coleta não foi citada. Este re-gistro significa uma extensão na distribuição geográfica deste táxon (Baptista et al. 2018, BirdLife International 2018q), que costuma ser registrado em ambientes campestres, inclusive campos sazonalmente inundáveis (Baptista et al. 2018). Três indivíduos também foram coletados no município de Codó em 1924 (Hellmayr 1929). Recentemente, o táxon foi registrado nos municípios de Codó (Rodrigues 2014), localizado a cerca de 140 km ao sudeste de Arari e também em Alto Parnaíba, sul do estado (Gonsioroski 2014b) e ainda pode ser reencontrada em Arari.

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Patagioenas picazuro marginalisA espécie foi registrada eventualmente entre 2012 e 2018. O

táxon não constava na lista de espécies do estado (Oren 1991), sendo reportada por Pacheco (2004) para o Maranhão. Nos dias de hoje, vem sendo registrado em áreas tanto da Amazônia, quanto do Cerrado maranhense, ocorrendo em 10 municípios ao longo do estado (WikiAves 2018l) e o registro em Arari estende em cerca de 250 km ao oeste a distribuição conhecida (Baptista et al. 2018, BirdLife International 2018r).

Coccyzus americanus americanusEstá presente no Brasil durante o inverno no hemisfério norte

(Sick 1997). Só recentemente o táxon foi registrado no Mara-nhão (Filho 2010). Em Arari, foi fotografado em 26 de março de 2013 (WA-930182), em área de floresta no estágio inicial de regeneração, sendo documentada novamente em 06 de março de 2016 (Singer 2016). Existem registros também nos municípios de Codó, Caxias, Carolina e Alto Parnaíba, realizados entre de-zembro e abril (WikiAves 2018m).

Asio clamator clamatorEm 03 de novembro de 2012, a espécie foi fotografada pou-

sada em um fio, nas imediações do rio Mearim (WA-793221). Este registro representa uma ampliação da distribuição ge-ográfica da espécie em cerca de 450 km ao norte (Olsen & Marks 2018), embora já tenha sido citada para a Amazônia maranhense (Oren & Roma 2011). Na atualidade, existem registros também nos municípios de São Luís e Caxias (Wi-kiAves 2018n).

Nyctiprogne leucopyga leucopygaO táxon foi registrado entre 2012 e 2018, na borda e no inte-

rior de florestas em diferentes estágios de regeneração, ocorren-do também nas florestas ao longo do rio Mearim e também em áreas abertas. Em 19 de junho de 2012, foi documentado através de fotografia (WA-668068) e gravação da vocalização, fotogra-fado novamente em 03 de novembro de 2012 (WA-793220). O registro em Arari é novo para o estado do Maranhão e atualmen-te existe registro também no município de Monção (Nogueira 2014). Há um registro histórico da espécie no estado do Piauí, na margem direita do rio Parnaíba, onde O. Reiser coletou um ma-cho em 12 de agosto de 1903, região localizada a 30 km ao sul de Teresina (Hellmayr 1929), contudo esse registro é omitido de sua distribuição geográfica (BirdLife International 2018s), não existindo registros recentes da espécie neste estado (WikiAves 2018o). A espécie também não havia sido relatada para a Ama-zônia maranhense (Oren & Roma 2011) e o registro em Arari es-tende sua distribuição geográfica em 300 km ao leste (BirdLife International 2018s).

Hydropsalis maculicaudusO táxon foi detectado em áreas abertas ocorrendo em campos

sazonalmente inundáveis e em campos antropizados entre 2012 e 2018, sendo fotografado em 26 e 27 de outubro de 2012 (WA-787020,786451). O registro em Arari é novo para o Maranhão e representa uma ampliação da distribuição geográfica de 350 km ao leste. No momento atual, há registros em outros municípios do Maranhão, como Timon, Arame (WikiAves 2018p), Bacabal, Buriticupu (G.G., obs. pess.) e também em Vitória do Mearim, município vizinho de Arari (E.F.A., obs. pess.).

Florisuga mellivora mellivoraJá havia sido citado para a Amazônia maranhense (Oren &

Roma 2011), mas o registro em Arari retrata uma pequena ex-pansão de 20 km ao sul na distribuição geográfica deste táxon (BirdLife International 2108t, Stiles et al. 2018). Foi detectado somente em 12 de junho de 2016, quando dois indivíduos fo-ram fotografados (Fontes 2016), havendo registro também nos municípios de Alcântara, Alto Alegre do Pindaré e Bom Jardim (WikiAves 2018q).

Polytmus guainumbi thaumantiasFoi detectado em 21 de novembro de 2012, quando um ni-

nho foi encontrado em campo antropizado presente na borda de arrozal, sendo posteriormente observado de forma esporádica. Um ninho foi visualizado novamente em 14 de julho de 2014 na mesma localidade, sendo o mesmo fotografado (WA-1407355) e, aparentemente, a espécie se reproduz ao longo de todo o ano (Schuchmann & Kirwan 2018). O registro em Arari constitui uma pequena ampliação da distribuição da espécie de 75 km ao sul de sua ocorrência original (BirdLife International 2018u, Schuchmann & Kirwan 2018).

Malacoptila striata minorA subespécie está ameaçada de extinção na categoria em pe-

rigo em nível internacional (BirdLife International 2018d). Foi detectada entre 2012 e 2018 em florestas em estágio médio e avançado de regeneração, documentada através de fotografia em 17 de junho de 2012 (WA-682212) e sua vocalização gravada em outras ocasiões. São relatados registros históricos nos muni-cípios de Humberto de Campos, norte do Maranhão e Barra do Corda, região central do estado (Hellmayr 1929), um dos regis-tros mais ao sul deste táxon.

Pteroglossus bitorquatus bitorquatusTáxon ameaçado de extinção na categoria vulnerável no Bra-

sil (Brasil 2014). Foi registrado entre 2013 e 2018, sendo foto-grafado em 08 de setembro de 2013 e 10 de novembro de 2013 (WA-1268408,1149142). É registrado geralmente na borda e no interior de florestas em estágio médio e avançado de regenera-ção, possuindo registros em vários municípios ao longo da Ama-zônia maranhense, como Açailândia, Buriticupu, Centro Novo do Maranhão, São Pedro da Água Branca, Vitória do Mearim e Penalva (WikiAves 2018r), também registrado em Humberto de Campos, na região dos Lençóis Maranhenses, onde F. Schwanda coletou dois indivíduos em maio de 1907 (Hellmayr 1929).

Herpsilochmus pectoralisA espécie encontra-se ameaçada de extinção na categoria vul-

nerável em nível internacional (BirdLife International 2018v) e uma síntese dos registros obtidos no Maranhão foi apresentada em Alteff et al. (2018).

Berlepschia rikeriFoi detectada em 19 de julho de 2015, em uma área alagada nas

proximidades do rio Mearim, marcada pela presença da palmeira Mauritia flexuosa L.f. (buriti). É uma espécie dependente de pal-meiras (Remsen & de Juana 2018) e a carnaúba [Copernicia runi-fera (Mill.) H.E.Moore] é outra palmeira abundante na região, as-sim como o babaçu. O registro em Caxias, oeste do estado, no ano de 2010 (Rodrigues 2010), caracteriza uma extensão na distribui-

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ção geográfica da espécie, em torno de 120 km ao leste (BirdLife International 2018x, Remsen & de Juana 2018). Posteriormente, foi observada em Barreirinhas no ano de 2011 (Tonizza 2011), e assim, o registro em Arari já era previsível. Na atualidade, existem registros também nos municípios de São José de Ribamar e São Benedito do Rio Preto, norte do Maranhão (WikiAves 2018s).

Synallaxis sp.O táxon foi registrado pela primeira vez em Arari no dia 16 de

junho de 2012 por EFA e GG, quando um indivíduo teve a vocali-zação gravada, não permitindo sua visualização. EFA já conhecia um Synallaxis sp. que havia registrado juntamente com G.B. Ma-lacco em 2008, município de Parauapebas, Pará (Malacco 2008) e considerou as vocalizações do Pará e Maranhão bastante seme-lhantes, encaminhando as vocalizações a B.M. Whitney, que já estudava o Synallaxis sp. do Pará, juntamente com L.F. Silveira, os quais confirmaram que se tratava de um táxon ainda não des-crito. Entretanto, a dúvida que persistia era se as espécies do Pará e Maranhão seriam as mesmas. A partir do primeiro contato com a espécie em Arari, passou a ser registrada esporadicamente entre junho de 2012 e junho de 2018, ocorrendo no interior e nas bordas de florestas em estágio inicial e médio de regeneração, marcadas pela presença do babaçu. Uma das gravações de sua vocalização foi obtida em 07 de março de 2013 (WA-907879), sendo a espécie fotografada em 09 de março de 2013 (WA-914400). O táxon já havia sido mencionado para o Maranhão, contudo, ocorreu um erro de identificação, sendo a espécie denominada, na ocasião, de Synallaxis ruficapilla e teria sido inserida na lista de espécies do Maranhão através de observações de E. Willis (Oren 1991). Há cinco indivíduos depositados no Louisiana State University Mu-seum of Natural Science identificados como S. ruficapilla (LSU-MZ-71655,71656,71657,71658,71659). Segundo Olmos & Brito (2007), estes espécimes foram coletados por Emílio Dente em setembro de 1972, na Fazenda Caximbo, município de Coroatá, leste do Maranhão e recomendaram a obtenção de novos indiví-duos, com amostras das vocalizações e também coleta de material para análises genéticas da forma maranhense, para a devida com-paração com outros táxons (Olmos & Brito 2007). De qualquer forma, o registro do táxon em Arari possibilitou a continuidade dos estudos taxonômicos e atualmente, o mesmo encontra-se sob investigação, sendo o município de Arari a única localidade com registro recentes deste Synallaxis no Maranhão. Apesar de realiza-das observações também nos municípios de São Luís, Humberto de Campos, Barreirinhas, Bacabeira, Itapecuru Mirim, Anajatuba, Miranda do Norte, Vitória do Mearim, Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas, Açailândia, Caxias, Carolina e Riachão, em várias regiões do estado, o táxon não foi encontrado, demonstrando a raridade do mesmo (E.F.A., obs. pess.).

Pachyramphus rufus rufusO táxon foi registrado em Arari a partir de março de 2013, de-

pois observado de forma esporádica, ocorrendo em área aberta, com árvores esparsas, barragem e florestas no entorno, repre-sentando uma expansão da distribuição geográfica da espécie (BirdLife International 2018w, Mobley 2018a) de aproximada-mente 200 km ao oeste. Possui registro também nos municípios de Açailândia (Alteff 2014) e Buriticupu (E.F.A., obs. pess.), também fora da distribuição conhecida (BirdLife International 2018w, Mobley 2018a), no entanto, já foi citada para a Amazô-nia maranhense (Oren & Roma 2011).

Procnias averano averanoA espécie foi registrada eventualmente em Arari entre os

anos de 2012 e 2018. O primeiro registro ocorreu em novem-bro de 2012, posteriormente ocorrendo de forma ocasional (WikiAves 2018t). Não havia registro para a Amazônia ma-ranhense (Oren & Roma 2011), mas na atualidade já existem registros nos municípios de São Luís e São José de Ribamar (WikiAves 2018t).

Taeniotriccus andrei klagesiO táxon foi registrado pela primeira vez em 2015, observado

com frequência a partir daí. Foi detectado na borda de floresta ripária com avançado estágio de regeneração, em um afluente do rio Mearim, nas proximidades deste curso d’água. O registro em Arari representa uma extensão na distribuição geográfica, em cerca de 100 km ao leste (BirdLife International 2018y, Zimmer & de Juana 2018). Geralmente, é considerada rara e distribuí-da de forma irregular, possuindo registro na Reserva Biológica do Gurupi, nos municípios de Bom Jardim e Centro Novo do Maranhão (Lima et al. 2014) e também em Açailândia (Mendes 2014).

Tolmomyias poliocephalus sclateriA espécie foi detectada regularmente entre 2012-2018, no in-

terior e nas bordas de florestas em estágios médio e avançado de regeneração, tendo sua vocalização gravada em 08 de março de 2013 (WA-1155058). O registro em Arari estende em aproxi-madamente 100 km ao leste a distribuição geográfica da espécie (BirdLife International 2018z, Caballero 2018), possuindo re-gistro também em outros municípios, como Carolina e Barra do Corda (WikiAves 2018u), áreas de Cerrado que também estão fora da distribuição da espécie (BirdLife International 2018z, Caballero 2018).

Pseudocolopteryx sclateriA espécie foi registrada esporadicamente entre 2012 e 2018,

somente em áreas de cultivo de arroz em estágio avançado de desenvolvimento, sendo registrada pela primeira vez no Mara-nhão em 26 de outubro de 2012 (WA-796735), uma vez que não havia ainda sido mencionada para o estado. A espécie costuma habitar áreas com gramíneas altas próximas da água (Bostwick 2018), assim como os arrozais e outras áreas brejosas. O registro em Arari amplia a distribuição geográfica da espécie (BirdLife International 2018aa, Bostwick 2018), existindo registros tam-bém em Araioses e Paulino Neves (WikiAves 2018v), também no norte do Maranhão.

Tyrannus albogularisEspécie típica de ambientes abertos (Mobley 2018), fotogra-

fada em 19 de junho de 2012 (WA-668069) às margens de uma barragem com árvores esparsas. Este é o primeiro registro da espécie no Maranhão, já existindo registro também no municí-pio de Carolina (Fernandes 2013). Posteriormente, foi registrada de forma eventual, documentada novamente em 13 de julho de 2014 (WA-1407717). Os registros em Arari estendem a distri-buição geográfica da espécie em aproximadamente 300 km ao nordeste (BirdLife International 2018ab, Mobley 2018). A espé-cie realiza movimentos migratórios em outras regiões (Mobley 2018) e os registros em Arari ocorreram entre maio e setembro (WikiAves 2018x).

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Sturnella superciliaris Recentemente, a espécie foi adicionada à lista de espécie de

aves do Maranhão (Ferreira 2014). Em Arari, foi registrada em 20 de janeiro de 2013 (WA-1264844), sendo detectada ao longo deste ano (WikiAves 2018w). Os registros em Arari estão fora da distribuição geográfica da espécie (BirdLife Internatinal 2018ac, Fraga 2018), apesar de já mencionados registros em Imperatriz (Ferreira 2014), oeste do estado. Atualmente, existem registros em seis municípios do Maranhão (WikiAves 2018w).

Sporophila collaris collaris O táxon foi fotografado pela primeira vez em Arari em 09 de

setembro de 2012 (Filho 2012), sendo este o primeiro registro no Maranhão e depois passou a ser registrado esporadicamente, detectado em novembro 2012, junho de 2014 e julho 2015. Estes registros estendem a distribuição geográfica da espécie (BirdLi-fe International 2018ad, Jaramillo 2018a). Há registros em Arari nos meses de setembro, outubro, novembro de 2012, janeiro, fevereiro, março e abril de 2013, posteriormente, em setembro e novembro de 2013, voltando a ser registrada em janeiro e março de 2016 (WikiAves 2018y). No município de Bacurituba, tam-bém no norte do estado, foi observada em julho de 2016 (Ferrei-ra 2016). A distribuição dos registros ao longo do ano sugere que a espécie realiza movimentos migratórios, assim como indicado na bibliografia (Jaramillo 2018a). Com base nessas informações acreditamos que a espécie seja registrada na região preferencial-mente entre setembro e abril (WikiAves 2018y), aparentemente ocorrendo em menor densidade entre maio e agosto, podendo estar ausente em certas épocas do ano. Contudo, só existem re-gistros em dois municípios do Maranhão (WikiAves 2018y), o que dificulta a visualização de possíveis padrões.

Sporophila caerulescens A espécie não havia sido citada por Oren (1991) para o Ma-

ranhão, mas foi registrada no município de São Pedro da Água Branca em 2007 (Pacheco 2007). Foi detectada em Arari uni-camente em 25 de outubro de 2012 (Fenalti 2012b), estenden-do a distribuição geográfica da espécie (BirdLife International 2018ae, Jaramillo 2018c) em cerca de 400 km ao nordeste de São Pedro da Água Branca. Posteriormente, foi detectada no município de Barra do Corda (Mesquita 2013), no centro do es-tado.

Sporophila leucoptera cinereolaA espécie foi observada em Arari no dia 10 de novembro de

2012 (G.G., obs. pess.); já havia sido registrada no município de Itapecuru Mirim em setembro de 2012 (Gonsioroski 2012), expandindo sua distribuição geográfica em torno de 100 km ao norte (BirdLife International 2018af, Jaramillo 2018b), e assim, sua ocorrência em Arari já era esperada. Na região, foi encon-trada também em Miranda do Norte (E.F.A., obs. pess.) e os únicos registros recentes são no norte do Maranhão (WikiAves 2018z), apresentando padrão migratório. Há um registro históri-co no município de Grajaú, centro do estado, onde um macho foi coletado em 17 de outubro de 1924 (Hellmayr 1929).

Sporophila bouvreuilFoi registrada a primeira vez em 27 de outubro de 2012 (WA-

786452), posteriormente ocorrendo de forma ocasional, com registros realizados entre outubro e fevereiro, de acordo com as

datas dos registros do Portal WikiAves em Arari. Existe um re-gistro histórico no município de Alcântara, indivíduos coletados em setembro de 1923 (Hellmayr 1929).

Sporophila minuta minutaA espécie não constava na lista de espécies do Maranhão e foi

detectada pela primeira vez em 22 de novembro de 2012, ocorren-do em arrozal, onde foi fotografada (E.F.A., obs. pess.). Posterior-mente, foi observada de forma ocasional, sendo que o registro em Arari estende a distribuição geográfica em aproximadamente 300 km ao leste (BirdLife International 2018ag, Rising & Jaramillo 2018), já existindo registros em outros municípios maranhenses, como Barreirinhas, Bom Jesus das Selvas, Carutapera, Centro Novo do Maranhão e Maracaçumé (WikiAves 2018aa).

Sporophila ruficollisConsiderada ameaçada de extinção na categoria vulnerável no

Brasil (Brasil 2014). É um táxon típico de ambientes campestres (Jaramillo 2018d) e foi observada somente em 05 de outubro de 2018, sendo o primeiro registro da espécie no Maranhão. Sua ocorrência foi relatada para os municípios de Dueré, sul do Tocantins (Somenzari et al. 2011) e Santana do Araguaia, sul do Pará (Dornas et al. 2013), e já representava uma ampliação da distribuição geográfica (Dornas et al. 2013). Desta forma, nosso registro caracteriza uma extensão em cerca de 600 km ao norte, em relação ao registro obtido no Pará (BirdLife Inter-national 2018ah, Jaramillo 2018d), sendo este o resgistro mais ao norte da espécie. Possui comportamento migratório, assim como outros integrantes do gênero Sporophila. Proveniente do sul do Brasil e países adjacentes, ela migra em direção ao norte do país, mas sua ocorrência no extremo norte do Brasil é inco-mum, possuindo registros também no município de Humaitá, no Amazonas, em novembro de 2011 e no fim de setembro de 2015 (Czaban 2011, Filho 2015).

ConservaçãoDurante o estudo foi observada a gestão inadequada de resídu-

os sólidos por parte do município de Arari, uma vez que a área utilizada para disposição final dos resíduos sólidos urbanos é praticamente no interior de áreas de campos sazonalmente inun-dáveis, onde possivelmente existem nascentes ou áreas de aflo-ramento do lençol freático, relativamente próximos de cursos d’água, não existindo aterro sanitário no município. A inexistên-cia de aterro sanitário é um problema da maioria dos municípios brasileiros, pois 73% dos municípios não possuem essa infraes-trutura (IBGE 2010). O tratamento e a destinação dos resíduos sólidos urbanos são atividades licenciáveis pelo poder público, de acordo com a Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezem-bro de 1997 e, desta forma, são exigidas uma série de medidas de controle ambiental, destinadas a evitar a contaminação do solo e dos recursos hídricos. A gestão inadequada dos resíduos podem apresentar impactos diretos sobre a fauna, principalmen-te edáfica e aquática (E.F.A., obs. pess.), contribuindo para a degradação das áreas naturais, podendo alterar as características físico-químicas do ecossistema, além de favorecer a prolifera-ção de vetores e a transmissão de doenças (Gouveia 2012, Silva et al. 2013, Andrade & Alcântara 2016).

Uma das principais ameaças à conservação da biodiversidade na região é a agropecuária, a principal atividade realizada no município, que contribui para disseminação de gramíneas exó-

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ticas pelo gado e utilização de produtos químicos nas culturas, como no arroz. A caça e a captura de aves para criação em ca-tiveiro também são atividades corriqueiras na região e podem contribuir para redução das populações de espécies visadas por estas atividades. Espécies pertencentes às famílias Psittacidae, Thraupidae e Icteridae geralmente são as famílias mais visadas para criação em cativeiro, enquanto os representantes da famí-lia Rallidae e Cracidae são mais cobiçados pelos caçadores da região, que utilizam as espécies em sua alimentação. Recente-mente, vem sendo realizada a duplicação da Estrada de Ferro Carajás ao longo do município de Arari e a ampliação do em-preendimento resultou na supressão de uma pequena faixa de vegetação ao longo da ferrovia, resultando na perda de habitat e representando um impacto ambiental negativo para as espé-cies que vivem na região, embora este seja relativamente peque-no, quando comparado à supressão de grandes áreas contínuas. Durante a operação da ferrovia, alguns impactos intrínsecos ao empreendimento são inevitáveis, como a emissão de ruídos, que contribui para o afugentamento da fauna das imediações da fer-rovia, além de poder resultar também no aumento do número de indivíduos atropelados.

É importante a manutenção de fragmentos florestais repre-sentativos e em bom estado de conservação, fundamental para manter grande parte das espécies. Em Arari, a maior parte da vegetação remanescente é formada por campos sazonalmente inundáveis e geralmente os fragmentos florestais não são muito extensos, como por exemplo, na área amostrada, o maior frag-mento florestal possui 60 ha. Outro fator que contribui para a degradação dos ambientes é a ocupação humana, que acaba re-sultando na supressão de parte da vegetação e também na utili-zação do fogo para limpeza de algumas áreas, como já observa-do, entre outros impactos, sendo citadas a geração de resíduos e a ocupação de áreas consideradas de preservação permanente, de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. É difícil encontrar um fragmento florestal em Arari que não tenha casas nas proximidades.

Ainda assim, nossos resultados reforçam a importância de Arari para conservação da avifauna presente na Baixada Ma-ranhense. Foram detectadas espécies ameaçadas, migratórias, endêmicas e com distribuição restrita, incluindo um táxon ainda não descrito. Apresentamos alguns novos registros para o Ma-ranhão, além de extensões na distribuição geográfica de várias espécies, contribuindo para o conhecimento da avifauna na re-gião. Além disso, várias espécies registradas possuem registros recentes somente em Arari e, desta forma, o município merece atenção especial. A grande representatividade das espécies aquá-ticas reforça a importância da manutenção da qualidade da água na região. É importante manter ambientes florestais representati-vos na bacia do rio Mearim, bem como a realização de pesquisas destinadas à conservação das espécies de aves ameaçadas e não descritas, fornecendo dados quantitativos e informações sobre distribuição geográfica e história natural, realizando também a busca por áreas de reprodução das espécies. Outra medida de manejo que pode ser implementada é o desenvolvimento de pro-gramas que visem a recuperação ou a restauração da vegetação, principalmente, ao longo do rio Mearim e seus afluentes.

AgradecimentosSomos gratos ao Royal Ontario Museum por disponibilizar

sua coleção ornitológica em base de dados online e também aos

moradores locais que permitiram a entrada em suas proprieda-des. Agradecemos também a todos os usuários do Portal WikiA-ves por postarem suas fotografias e gravações.

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1Biodiversity Consultoria Ambiental, Rua Dezoito, n° 85, Setor Norte, Ituiutaba, Minas Gerais, CEP 38300-167.

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Tabela 1. Lista das espécies de aves registradas no município de Arari, Maranhão, Brasil. Forma de registro: a - auditivo, v - visual, f - fotografia, g - gravação da vocalização, wa - espécie com registro no Portal WikiAves (WikiAves 2018a), c - coleções científicas. Típicas ou endêmicas: eb - endêmica do Brasil, ec - endêmica do centro de endemismo Belém, am - espécie típica da Amazônia. Aquáticas: espécies dependentes de áreas úmidas (BirdLife International 2018a).

Nome do Táxon Nome em português Forma de registro

Típicas ou endêmicas Aquáticas

Tinamiformes Tinamidae Crypturellus cinereus inambu-pixuna a,v,g amCrypturellus soui albigularis tururim a,v,gCrypturellus undulatus vermiculatus jaó a,gCrypturellus parvirostris inambu-chororó a,v,gNothura boraquira codorna-do-nordeste v,fAnseriformes Anatidae Dendrocygna viduata irerê a,v,f xDendrocygna autumnalis autumnalis marreca-cabocla a,v,f xCairina moschata pato-do-mato v,f xAmazonetta brasiliensis brasiliensis ananaí a,v,f xGalliformes Cracidae Penelope superciliaris jacupemba waOrtalis superciliaris aracuã-de-sobrancelhas a,v,f,g ebPodicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus brachyrhynchus mergulhão-pequeno v,f xCiconiiformes Ciconiidae Jabiru mycteria tuiuiú wa xMycteria americana cabeça-seca v,f xSuliformes Phalacrocoracidae Nannopterum brasilianus brasilianus biguá a,v,f,g xPelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum lineatum socó-boi a,v,f xBotaurus pinnatus pinnatus socó-boi-baio v,f xIxobrychus exilis erythromelas socoí-vermelho v,f xIxobrychus involucris socoí-amarelo v,f xButorides striata striata socozinho a,v,f,g xBubulcus ibis ibis garça-vaqueira v,f xArdea alba egretta garça-branca v,f xPilherodius pileatus garça-real v,f xEgretta thula thula garça-branca-pequena v,f xEgretta caerulea garça-azul v,f xThreskiornithidae Eudocimus ruber guará v xPhimosus infuscatus nudifrons tapicuru v xPlatalea ajaja colhereiro v,f xCathartiformes Cathartidae Cathartes aura ruficollis urubu-de-cabeça-vermelha v,fCathartes burrovianus urubutinga urubu-de-cabeça-amarela v,fCathartes melambrotus urubu-da-mata v,fCoragyps atratus brasiliensis urubu v,f

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Accipitriformes PandionidaePandion haliaetus carolinensis águia-pescadora vAccipitridae Leptodon cayanensis gavião-gato a,v,f,gChondrohierax uncinatus uncinatus caracoleiro waGampsonyx swainsonii swainsonii gaviãozinho v,fElanus leucurus leucurus gavião-peneira v,fHarpagus diodon gavião-bombachinha a,vCircus buffoni gavião-do-banhado waAccipiter bicolor bicolor gavião-bombachinha-grande a,v,gIctinia plumbea sovi v,fRostrhamus sociabilis sociabilis gavião-caramujeiro a,v,f,gHelicolestes hamatus gavião-do-igapó vGeranospiza caerulescens caerulescens gavião-pernilongo v,fHeterospizias meridionalis gavião-caboclo a,v,f,gRupornis magnirostris magnirostris gavião-carijó a,v,f,gGeranoaetus albicaudatus albicaudatus gavião-de-rabo-branco vButeo nitidus nitidus gavião-pedrês a,v,fButeo brachyurus brachyurus gavião-de-cauda-curta a,v,fButeo albonotatus gavião-urubu vSpizaetus tyrannus serus gavião-pega-macaco a,gGruiformes Aramidae Aramus guarauna guarauna carão a,v,f xRallidae Aramides cajaneus cajaneus saracura-três-potes a,v,f,g xLaterallus viridis viridis sanã-castanha a,v,f,g xLaterallus melanophaius melanophaius sanã-parda a,v,f,g xLaterallus exilis sanã-do-capim a,v,f,g xLaterallus jamaicensis ssp. sanã-preta a,v,f,g xPorzana flaviventer flaviventer sanã-amarela a,v,f,g xMustelirallus albicollis albicollis sanã-carijó a,v,f,g xNeocrex erythrops olivascens turu-turu a,v,f,g xPardirallus maculatus maculatus saracura-carijó a,v,f,g xGallinula galeata galeata galinha-d'água v,f xPorphyrio martinicus frango-d'água-azul v,f xPorphyrio flavirostris frango-d'água-pequeno a,v,f,g xHeliornithidaeHeliornis fulica picaparra wa xCharadriiformes Charadriidae Vanellus cayanus mexeriqueira v,f xVanellus chilensis lampronotus quero-quero a,v,f,g xCharadrius collaris batuíra-de-coleira v,f xRecurvirostridae Himantopus mexicanus pernilongo-de-costas-negras v,f xScolopacidae Gallinago paraguaiae paraguaiae narceja a,v,f xTringa solitaria solitaria maçarico-solitário v,f xTringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela v,f xTringa flavipes maçarico-de-perna-amarela v,f xCalidris minutilla maçariquinho v,f xJacanidae Jacana jacana jacana jaçanã a,v,f,g x

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Sternidae Phaetusa simplex simplex trinta-réis-grande a,v,f xRynchopidae Rynchops niger intercedens talha-mar v,f xColumbiformes Columbidae Columbina passerina griseola rolinha-cinzenta a,v,f,gColumbina minuta minuta rolinha-de-asa-canela a,v,f,gColumbina talpacoti talpacoti rolinha a,v,fColumbina squammata squammata fogo-apagou a,v,fClaravis pretiosa pararu-azul a,gUropelia campestris campestris rolinha-vaqueira cColumba livia livia pombo-doméstico a,vPatagioenas speciosa pomba-trocal a,gPatagioenas picazuro marginalis asa-branca v,fLeptotila verreauxi brasiliensis juriti-pupu a,v,f,gLeptotila rufaxilla rufaxilla juriti-de-testa-branca a,v,f,gCuculiformes Cuculidae Coccycua minuta minuta chincoã-pequeno a,v,f,gPiaya cayana hellmayri alma-de-gato a,v,fCoccyzus melacoryphus papa-lagarta a,v,f,gCoccyzus americanus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha v,fCrotophaga major anu-coroca a,v,f,gCrotophaga ani anu-preto a,v,fGuira guira anu-branco a,v,fTapera naevia naevia saci a,gDromococcyx phasianellus peixe-frito a,gStrigiformes Tytonidae Tyto furcata hellmayri suindara a,v,fStrigidae Megascops choliba cruciger corujinha-do-mato a,gPulsatrix perspicillata perspicillata murucututu a,gGlaucidium brasilianum brasilianum caburé a,v,f,gAthene cunicularia grallaria coruja-buraqueira a,v,fAsio clamator clamator coruja-orelhuda v,fNyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus griseus urutau a,v,f,gCaprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus nattereri tuju a,gNyctiprogne leucopyga leucopyga bacurau-de-cauda-barrada a,v,f,g amNyctidromus albicollis albicollis bacurau a,v,f,gHydropsalis parvula bacurau-chintã a,v,f,gHydropsalis maculicaudus bacurau-de-rabo-maculado a,v,f,gPodager nacunda nacunda corucão waApodiformes Apodidae Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal v,fChaetura brachyura brachyura andorinhão-de-rabo-curto a,vTrochilidae Glaucis hirsutus hirsutus balança-rabo-de-bico-torto a,v,f,gPhaethornis maranhaoensis rabo-branco-do-maranhão a,v,f,g

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Phaethornis ruber ruber rabo-branco-rubro a,v,f,gEupetomena macroura macroura beija-flor-tesoura waFlorisuga mellivora mellivora beija-flor-azul-de-rabo-branco wa amAnthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta v,fChrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho v,fChlorestes notata notata beija-flor-de-garganta-azul v,fThalurania furcata furcatoides beija-flor-tesoura-verde a,v,fPolytmus guainumbi thaumantias beija-flor-de-bico-curvo v,fAmazilia fimbriata nigricauda beija-flor-de-garganta-verde a,vCoraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata torquata martim-pescador-grande a,v,f,gChloroceryle amazona martim-pescador-verde a,v,f,gChloroceryle aenea aenea martim-pescador-miúdo vChloroceryle americana americana martim-pescador-pequeno a,v,f,gChloroceryle inda inda martim-pescador-da-mata vGalbuliformes Galbulidae Galbula ruficauda rufoviridis ariramba a,v,f,gBucconidae Malacoptila striata minor barbudo-rajado a,v,f,g ebMonasa nigrifrons nigrifrons chora-chuva-preto a,v,f,gPiciformes Ramphastidae Pteroglossus inscriptus inscriptus araçari-de-bico-riscado a,v,f,gPteroglossus bitorquatus bitorquatus araçari-de-pescoço-vermelho v,f eb,ecPteroglossus aracari aracari araçari-de-bico-branco a,v,f,gPicidae Picumnus pygmaeus picapauzinho-pintado a,v,f,g ebMelanerpes candidus pica-pau-branco a,v,fVeniliornis affinis ruficeps picapauzinho-avermelhado a,v,f,gVeniliornis passerinus cf. passerinus pica-pau-pequeno a,v,f,gColaptes melanochloros nattereri pica-pau-verde-barrado v,fCeleus ochraceus pica-pau-ocráceo a,v,f,g ebCeleus flavus tectricialis pica-pau-amarelo a,v,f,gDryocopus lineatus lineatus pica-pau-de-banda-branca a,v,f,gCampephilus melanoleucos melanoleucos pica-pau-de-topete-vermelho a,v,f,gFalconiformes Falconidae Caracara plancus carcará a,v,fMilvago chimachima chimachima carrapateiro a,v,fHerpetotheres cachinnans cachinnans acauã a,v,f,gMicrastur semitorquatus semitorquatus falcão-relógio a,gFalco rufigularis rufigularis cauré v,fFalco femoralis femoralis falcão-de-coleira v,fFalco peregrinus anatum falcão-peregrino v,fPsittaciformes Psittacidae Primolius maracana maracanã a,v,f,gDiopsittaca nobilis cumanensis maracanã-pequena a,v,f,gPsittacara leucophthalmus leucophthalmus periquitão a,v,f,gAratinga jandaya jandaia a,v,f,g ebEupsittula aurea periquito-rei waForpus xanthopterygius flavissimus tuim a,v,f,gBrotogeris chiriri chiriri periquito-de-encontro-amarelo a,v,f,g

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Passeriformes Thamnophilidae Formicivora grisea grisea papa-formiga-pardo a,v,f,gHerpsilochmus pectoralis chorozinho-de-papo-preto a,v,f,g ebSakesphorus luctuosus choca-d'água a,v,f,g ebThamnophilus doliatus cf. difficilis choca-barrada a,v,f,gThamnophilus palliatus palliatus choca-listrada a,v,f,gThamnophilus pelzelni choca-do-planalto v,f ebThamnophilus amazonicus paraensis choca-canela a,v,f,g amTaraba major semifasciatus choró-boi a,v,f,gHypocnemoides maculicauda orientalis solta-asa waSclateria naevia naevia papa-formiga-do-igarapé a,v,f,g amConopophagidae Conopophaga roberti chupa-dente-de-capuz a,v,f,g ebDendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus cf. reiseri arapaçu-verde waDendroplex picus bahiae arapaçu-de-bico-branco a,v,f,gNasica longirostris arapaçu-de-bico-comprido a,v,f,g amFurnariidae Berlepschia rikeri limpa-folha-do-buriti a,v,f,gFurnarius figulus figulus casaca-de-couro-da-lama a,v,f,g ebFurnarius leucopus assimilis casaca-de-couro-amarelo a,v,f,gCerthiaxis cinnamomeus cinnamomeus curutié a,v,f,gSynallaxis sp. joão-do-norte a,v,f,g ebSynallaxis albescens albescens uí-pi a,v,f,gSynallaxis gujanensis gujanensis joão-teneném-becuá wa amCranioleuca vulpina cf. reiseri arredio-do-rio a,v,f,gPipridae Neopelma pallescens fruxu-do-cerradão waManacus manacus purissimus rendeira a,v,f,g ecTityridae Tityra semifasciata semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra a,v,f,gPachyramphus rufus rufus caneleiro-cinzento a,v,f,g amPachyramphus polychopterus tristis caneleiro-preto a,v,fPachyramphus validus validus caneleiro-de-chapéu-preto a,v,fCotingidae Procnias averano averano araponga-do-nordeste a,v,f,gPlatyrinchidae Platyrinchus mystaceus cf. cancromus patinho a,v,f,gRhynchocyclidae Taeniotriccus andrei klagesi maria-bonita a,v,f,g amMionectes oleagineus wallacei abre-asa v,fLeptopogon amaurocephalus cf. amaurocephalus cabeçudo a,v,f,gTolmomyias sulphurescens mixtus bico-chato-de-orelha-preta a,v,g ecTolmomyias poliocephalus sclateri bico-chato-de-cabeça-cinza a,v,f,g amTolmomyias flaviventris dissors bico-chato-amarelo a,v,f,gTodirostrum maculatum maculatum ferreirinho-estriado a,v,f,g amTodirostrum cinereum cearae ferreirinho-relógio a,v,f,gPoecilotriccus fumifrons fumifrons ferreirinho-de-testa-parda a,v,fPoecilotriccus sylvia schulzi ferreirinho-da-capoeira a,v,f,g amHemitriccus striaticollis striaticollis sebinho-rajado-amarelo a,v,f,gLophotriccus galeatus caga-sebinho-de-penacho a,v,f,g amTyrannidae Zimmerius acer poiaeiro-da-guiana a,v,f,g amEuscarthmus meloryphus meloryphus barulhento v,f

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Camptostoma obsoletum cf. cinerascens risadinha a,v,f,gElaenia flavogaster flavogaster guaracava-de-barriga-amarela a,v,f,gElaenia spectabilis guaracava-grande a,gMyiopagis gaimardii subcinerea maria-pechim a,v,f,gMyiopagis viridicata viridicata guaracava-de-crista-alaranjada v,fTyrannulus elatus maria-te-viu a,g amCapsiempis flaveola cf. flaveola marianinha-amarela waPhaeomyias murina cf. murina bagageiro a,v,f,gPseudocolopteryx sclateri tricolino v,fAttila cinnamomeus tinguaçu-ferrugem a,v,f,g amLegatus leucophaius leucophaius bem-te-vi-pirata a,v,f,gMyiarchus ferox cf. ferox maria-cavaleira a,v,f,gMyiarchus tyrannulus bahiae maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado a,v,f,gCasiornis fuscus caneleiro-enxofre v,f ebPitangus sulphuratus sulphuratus bem-te-vi a,v,f,gPhilohydor lictor lictor bentevizinho-do-brejo a,v,f,gMachetornis rixosa rixosa suiriri-cavaleiro a,v,fMyiodynastes maculatus solitarius bem-te-vi-rajado a,v,f,gTyrannopsis sulphurea suiriri-de-garganta-rajada a,v,f,gMegarynchus pitangua pitangua neinei a,v,f,gMyiozetetes cayanensis cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea a,v,f,gMyiozetetes similis pallidiventris bentevizinho-de-penacho-vermelho a,v,f,gTyrannus albogularis suiriri-de-garganta-branca v,fTyrannus melancholicus despotes suiriri a,v,f,gGriseotyrannus aurantioatrocristatus pallidiventris peitica-de-chapéu-preto v,fEmpidonomus varius rufinus peitica a,v,fMyiophobus fasciatus flammiceps filipe a,v,f,gFluvicola albiventer lavadeira-de-cara-branca v,fFluvicola nengeta nengeta lavadeira-mascarada a,v,fArundinicola leucocephala freirinha v,fCnemotriccus fuscatus cf. fumosus guaracavuçu a,v,f,gLathrotriccus euleri cf. bolivianus enferrujado a,v,f,gVireonidae Cyclarhis gujanensis cf. cearensis pitiguari a,v,f,gHylophilus pectoralis vite-vite-de-cabeça-cinza a,v,f,gVireo chivi agilis juruviara a,v,f,gHirundinidae Pygochelidon cyanoleuca cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa a,v,fStelgidopteryx ruficollis ruficollis andorinha-serradora a,v,f,gProgne tapera tapera andorinha-do-campo a,v,fProgne chalybea chalybea andorinha-grande a,v,fTachycineta albiventer andorinha-do-rio v,fHirundo rustica erythrogaster andorinha-de-bando v,fTroglodytidae Troglodytes musculus cf. musculus corruíra a,v,f,gCampylorhynchus turdinus turdinus catatau waPheugopedius genibarbis genibarbis garrinchão-pai-avô a,v,f,gCantorchilus leucotis albipectus garrinchão-de-barriga-vermelha a,v,f,gDonacobiidaeDonacobius atricapilla atricapilla japacanim a,v,f,gPolioptilidae Ramphocaenus melanurus austerus chirito a,v,g ecTurdidae Turdus leucomelas albiventer sabiá-branco a,v,f,gTurdus fumigatus fumigatus sabiá-da-mata a,v,f,g

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Turdus nudigenis extimus caraxué a,v,f,g amTurdus amaurochalinus sabiá-poca v,fMotacillidae Anthus lutescens lutescens caminheiro-zumbidor a,v,f,gPasserellidae Ammodramus humeralis humeralis tico-tico-do-campo a,v,f,gArremon taciturnus taciturnus tico-tico-de-bico-preto a,v,f,gParulidae Myiothlypis flaveola flaveola canário-do-mato a,v,f,gIcteridaePsarocolius decumanus decumanus japu a,v,f,gProcacicus solitarius iraúna-de-bico-branco a,v,f,gCacicus cela cela xexéu a,v,f,gIcterus jamacaii corrupião v,f ebGnorimopsar chopi cf. sulcirostris pássaro-preto v,fChrysomus ruficapillus frontalis garibaldi a,v,f,gMolothrus oryzivorus oryzivorus iraúna-grande a,v,fMolothrus bonariensis bonariensis chupim a,v,f,gSturnella militaris polícia-inglesa-do-norte a,v,f,gSturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul v,fThraupidae Paroaria dominicana cardeal-do-nordeste v,f ebTangara episcopus episcopus sanhaço-da-amazônia a,v,f amTangara sayaca sayaca sanhaço-cinzento vTangara palmarum melanoptera sanhaço-do-coqueiro a,v,f,gTangara cayana flava saíra-amarela vNemosia pileata cf. pileata saíra-de-chapéu-preto a,v,f,gConirostrum speciosum speciosum figuinha-de-rabo-castanho a,v,fSicalis columbiana leopoldinae canário-do-amazonas waHemithraupis guira guira saíra-de-papo-preto a,v,f,gVolatinia jacarina jacarina tiziu a,v,fEucometis penicillata penicillata pipira-da-taoca a,v,f,gTachyphonus rufus pipira-preta a,v,f,gRamphocelus carbo carbo pipira-vermelha a,v,f,gCoereba flaveola chloropyga cambacica a,v,f,gTiaris fuliginosus fuliginosus cigarra-preta waSporophila lineola bigodinho a,vSporophila collaris collaris coleiro-do-brejo v,fSporophila nigricollis nigricollis baiano a,v,fSporophila caerulescens coleirinho waSporophila leucoptera cinereola chorão a,vSporophila bouvreuil caboclinho v,fSporophila minuta minuta caboclinho-lindo v,f amSporophila ruficollis caboclinho-de-papo-escuro vEmberizoides herbicola sphenurus canário-do-campo a,v,f,gSaltator maximus maximus tempera-viola a,v,f,g,Saltator coerulescens mutus sabiá-gongá a,v,fThlypopsis sordida sordida saí-canário v,fCardinalidae Cyanoloxia rothschildii azulão-da-amazônia a,g amFringillidae Euphonia chlorotica chlorotica fim-fim a,v,f,gPasseridae Passer domesticus domesticus pardal a,v,f