avaliação psicológica e práticas integrativas i

49
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL DEPARTAMENTO DE PSICOLOGICA Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I Larisse Helena Gomes Macêdo Barbosa [email protected] São Paulo, fevereiro de 2020

Upload: others

Post on 24-Jul-2022

9 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SULDEPARTAMENTO DE PSICOLOGICA

Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Larisse Helena Gomes Macêdo [email protected]

São Paulo, fevereiro de 2020

Page 2: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

O que é Avaliação Psicológica ?

Avaliação Psicológica

Page 3: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Qual a diferença entre testagem e Avaliação Psicológica ?

Avaliação Psicológica

Page 4: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

• Em geral o processo de avaliação

psicológica começa com um

encaminhamento para a avaliação a

partir de uma fonte.

• Normalmente uma ou mais

questões de encaminhamento são

colocadas para o avaliador sobre o

avaliando.

Avaliação Psicológica

Page 5: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

• Uma vez de posse do encaminhamento, cabe ao psicólogo ampliar omotivo, elencando as principais queixas e sofrimentos psíquicosapresentados pelo avaliando (entrevista).

Avaliação Psicológica

Page 6: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (Psicometria)

Avaliação Psicológica

Psicometria

O que é medir?

“Atribuir magnitudes a certa propriedade de um

objeto ou classe de objetos, de acordo com certas

regras pré-estabelecidas e com a ajuda do sistema

numérico, de forma que sua validade possa ser

provada empiricamente”.

Page 7: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (Psicometria)

• Na psicologia e em outras áreas de ciências do comportamento, e usual aconstrução de escalas para medir variáveis, conceitos ou constructos teóricosnão diretamente observáveis, como, por exemplo, inteligência, depressão,traços de personalidade.

• O objetivo, ao construir essas escalas, e que essas medidas sejam o maisprecisas possível (fidedignidade) e que meçam realmente o que se estavaquerendo medir (validade).

Page 8: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (Psicometria)

• A maioria das escalas de medida em ciências do comportamento são escalasaditivas.

• São obtidas a partir da soma de vários itens selecionados como indicadoresdo constructo teórico que estamos interessados em medir.

Page 9: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (Psicometria)

• Construção de escalas aditivas:

1. Decidir quantos e quais itens vão ser selecionados para compor a escala.

Referencial teóricoDefinição operacional das

variáveis

Page 10: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (Psicometria)

2. Analise Fatorial

Tecnica estatistica que tem um papel fundamental para a determinaçãoempírica da dimensionalidade de um conjunto de itens.

Determina o numero de fatores (variáveis latentes ou constructos latentes).

E os pesos (cargas fatoriais) de cada variável ou item sobre o fator.

Page 11: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (Psicometria)

Page 12: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Considere que cada ponto e a media dos escores obtidos em uma aplicação do teste, e que a partemais escura do alvo representa o construto que o teste pretende avaliar. Quanto mais dispersasforem as medias dos escores, menor será a fidedignidade do teste, e quanto mais distantes do alvoforem as medias, menor será a validade do teste. Para que um pesquisador tenha certeza de quetodas as medias de escores estão concentradas no centro do alvo os criterios de validade efidedignidade que devem ser considerados.

Page 13: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ATIVIDADE ANÁLISE FATORIAL COM CAIXA DE CHOCOLATE

- Escolham criterios para agrupar oschocolates em grupos (todos os chocolatesprecisam ter isso em comum para fazeremparte do grupo).

- Escolham nomes para cada grupo dechocolate formado.

- Elenque o chocolate que mais caracteriza ogrupo e o que menos caracteriza.

Page 14: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

O que é fidedignidade?(precisão, constância, consistência interna, confiabilidade,

estabilidade, confiança, homogeneidade)

• Refere-se à estabilidade com que os escores dos testandos conservam-se em aplicações alternativas de um mesmo teste ou em formas equivalentes.

• Quanto mais similares forem os escores dos testandos em aplicações distintas maior será a fidedignidade.

• Permite estimar o grau de flutuações esperado dos escores em aplicações subsequentes.

• Influencia de muitas variáveis nas flutuações.

Page 15: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Fidedignidade

É uma propriedade fundamenta para a validade de um teste, de modo queum teste com baixa fidedignidade não será valido, pois não medeapropriadamente o construto de interesse.

É esperado que o traço latente a sermedido se mantenha constante sobrediferentes ocasiões, como a maioria dostraços de personalidade

Page 16: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Fidedignidade

• Metodo do teste-reteste• Metodo das formas paralelas• Metodo das metades• Coeficientes de consistência interna

Page 17: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Fidedignidade

• Forma Teste Reteste: Uma amostra de sujeitos, um mesmo teste e duas ocasiões

• Aplica-se a uma amostra aleatória de sujeitos um teste na ocasião 1 (O1) e reaplica-se à mesma amostra o mesmo teste em uma ocasião ulterior (O2) e faz correlações entre as distribuições dos dois conjuntos de dados.

• Alta fidedignidade: valores superiores 0,80 .

• Quanto menor a correlação , menor a correspondência dos escores e maior a parcela de variância erro.

Período de aplicação: mudanças, desenvolvimentos e aprendizagens podem ocorrer no intervalo entre asaplicações

Avalia a estabilidade dos escores do teste ao longo do tempo. O cálculo da correlação entre as aplicações produz um coeficiente que permite avaliar o nível de flutuações e estabilidade dos escores.

Page 18: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Fidedignidade

• Formas Paralelas: Uma amostra de sujeitos, dois testes e uma única ocasião

• Aplicam-se a uma amostra aleatória de sujeitos duas formas paralelas doteste ou dois testes paralelos (Teste 1 e Teste 2) numa unica ocasião e faz aanálise da correlação entre as distribuições dos dois testes ou formasparalelas.

• Formas Alternadas: Uma amostra de sujeitos, dois testes e duas ocasiões

Page 19: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Fidedignidade

• Forma Duas Metades : Uma amostra de sujeitos, um mesmo teste e umaúnica ocasião de testagem

• Separar o teste em duas partes e calcular a correlação entre elas.

• Como o teste deve ser dividido?

• Críticas: coeficientes distintos podem ser obtidos dependendo da formacomo o teste e dividido.

Page 20: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Fidedignidade

Coeficientes de consistência interna: Uma amostra de sujeitos, um mesmoteste e uma única ocasião de testagem

• Trata-se de uma serie de tecnicas de estimativa de coeficientes de precisão que resultam da análise estatística dos dados de uma unica aplicação de um teste a uma amostra representativa de sujeitos.

• Esta tecnica visa verificar a consistência interna do teste atraves da análise de consistência interna de seus itens, isto e, verificando a congruência que cada item do teste tem com o restante dos itens do mesmo teste.

• Os coeficientes geralmente mais utilizados tratam-se do Alfa de Cronbach.

Page 21: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Atenção:

A fidedignidade não e condição suficiente para garantir a validade

dos testes!

Page 22: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade

“Um teste é válido se ele mede oque se propõe a medir”

A enfase aqui é dada no que estásendo mensurado.

Para um teste ser válido, ele devemedir o que o pesquisador desejae pensa que está medindo. Avalidade de um teste trata, então,do que o teste mede e através deque conceitos ele mede.

Page 23: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade

A validade relacionada a conteúdo trata, basicamente, da questão do examesistemático do conteudo do teste, para determinar se os itens cobrem uma amostrarepresentativa do universo do comportamento a ser medido e para determinar se aescolha dos itens e apropriada e relevante.

Podemos, operacionalmente, classificar este conceito de validade com a seguintetipologia: validade de conteúdo propriamente dita e validade de face.

Page 24: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade

Validade de conteudo

A validade de conteudo não e determinada estatisticamente, não e expressa por umcoeficiente de correlação, mas sim resulta do julgamento de diferentes juízes oupessoas de reconhecido saber na área da atitude ou traço que está sendo medido.

Esses juízes analisam a representatividade dos itens em relação aos conceitos e arelevância dos objetivos a medir.

Os juízes devem julgar e/ou identificar comportamentos relevantes e, tambem,identificar se as áreas do conteudo em questão foram representativamente amostradas

Page 25: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade

Validade de face (Validade aparente)

A validade de face não se refere ao que o teste mede realmente, mas ao que o testemede aparentemente.

Diz respeito a linguagem, a forma com que o conteudo está sendo apresentado.

Por exemplo, quando um teste e planejado para crianças, mas depois aplicado aadultos, ele não tera validade de face.

Se o teste parece infantil, certamente havera pouca cooperação dos respondentes,independentemente da validade original do teste.

Page 26: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade

Validade Critério

• Concebe-se como validade de critério de um teste o grau de eficácia que ele

tem em predizer um desempenho específico de seu respondente.

• O desempenho do indivíduo torna-se o critério pelo qual a medida obtida por

meio teste é avaliada.

• Validade Preditiva e Validade Concorrente.

Page 27: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade de construto

Se um teste mede comportamentos (itens),

que são representações do traço latente,

este teste está medindo o próprio traço

latente

Um teste é considerado

válido se de fato mede o

que se propõe a medir

Page 28: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade de construto

É considerada a forma

mais fundamental de

validade dos instrumentos

psicológicos

Page 29: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade de construto

A validade relacionada a constructo pode ser classificada em tres tipos:

❑ validade convergente,

❑ validade discriminante e

❑ validade fatorial.

Page 30: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

VALIDADECONVERGENTE

Um teste precisa se correlacionar

significativamente com outras variáveis com as

quais deveria

Page 31: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

VALIDADEDISCRIMINANTE

• Um teste não deve se correlacionar com

variáveis com as quais deveria diferir.

Page 32: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Validade de construto

➢ Análise Fatorial

• Permite identificar fatores (atributos ou as dimensões nas quais os escores

variam de um sujeito para outro)

• Mediante a análise das intercorrelações dos dados comportamentais é

possível reduzir as categorias que descrevem o comportamento a um

pequeno número de fatores.

Page 33: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Análise Fatorial

Metodo de redução de dados a um numero menor de fatores

empregando a interrelaçãoentre os itens .

Page 34: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Análise Fatorial

126 itens 5 fatores

Page 35: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

Atividade Teste de Personalidade BIG FIVE

- Responder o BIG FIVE e agrupar os fatores.

Page 36: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

NORMAS

Interpretar os escores decorrentes do uso de um teste e tão importante quantodesenvolver ou adaptar instrumentos e aplicá-los de maneira correta.

Para interpretar os escores, e necessário que sejam desenvolvidas normas. É por meiodelas que sera possível atribuir significado aos escores obtidos pelo sujeito.

Na testagem de referência normativa, o escore individual do testando adquiresignificado pela comparação com os escores do grupo.

As normas são o referencial utilizado como comparação, ou seja, os dados dedesempenho de um grupo em um teste específico que serão utilizados como referênciapara a interpretação de escores individuais

Page 37: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

NORMAS

Dessa maneira, as normas fornecem um padrão de comparação para a interpretação dos escoresindividuais, utilizando como base os escores de uma amostra representativa da população (amostranormativa).

Todos os escores individuais, de diferentes sujeitos, serão comparados com o mesmo referencial, com omesmo padrão. É como se o psicólogo, ao interpretar o escore individual de um sujeito, utilizasse umpadrão.

Para que a interpretação dos escores seja uniforme, o padrão utilizado para comparação também deveser uniforme, e isso é feito por meio das normas.

Page 38: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

NORMASInterpretar os escores decorrentes do uso de um teste e tão importante quantodesenvolver ou adaptar instrumentos e aplicá-los de maneira correta.

Para interpretar os escores, e necessário que sejam desenvolvidas normas. É por meiodelas que sera possível atribuir significado aos escores obtidos pelo sujeito.

Na testagem de referência normativa, o escore individual do testando adquire significadopela comparação com os escores do grupo.

As normas são o referencial utilizado como comparação, ou seja, os dados dedesempenho de um grupo em um teste específico que serão utilizados como referênciapara a interpretação de escores individuais

Page 39: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Escore Bruto: A medida direta de uma determinada característica mensurável

Essa medida pode ser o numero de acertos em uma prova, o tempo necessário pararealizar um teste, o escore em um teste psicológico, etc.

Page 40: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Os escores brutos não são as melhores medidas para comparações, pois:a) diferenças entre escores brutos podem não representar a real distância entre osindivíduos;b) geralmente não existe um zero absoluto;c) não têm um sentido-padrão.

Page 41: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Exemplo:

Supondo que os candidatos a um emprego fossem submetidos a um teste que medisseraciocínio lógico numa escala de 0 a 100, uma comparação entre os candidatos A e B comrelação aos seus respectivos escores brutos de 20 e 60 nos levaria a conclusão de que ocandidato B tem raciocínio lógico três vezes melhor do que o candidato A.

Mas, se mudássemos a escala para o intervalo de 100 a 200, os resultados seriam 120 e 160,e a diferença entre os candidatos seria bem menor, o que nos mostra a necessidade de umescore onde a escala de medida não tenha influência.

Page 42: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

- Zero absoluto

Medidas físicas: Zero e ausência deMedidas psicológicas: Zero e arbitrário

Um instrumento que meça a depressão, não podemos dizer que um indivíduo comescore zero, em tal instrumento, tenha total ausência de depressão.

Page 43: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Os escores mais conhecidos são o percentilico e o padronizado:

- O escore percentilico é calculado através dos percentis, que também são medidasestatisticas, e representam qual o percentual de sujeitos da população que estãosituados abaixo deles.

- Ele indica quantos por cento da amostra normativa se encontra abaixo do testando.

- Isto e, vamos supor que um indivíduo tivesse um QI de 92, numa escala Wechsler,que corresponde ao percentil 30, o que nos indica que 30% da população têm QIinferior a 92.

Page 44: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Exemplo 2: Se o escore percentílico do participante e de 5%, isso significa que odesempenho dele, quando comparado ao desempenho da amostra normativa, coloca-o em uma posição ocupada por até 5% da amostra. Assim, ha até 5% dos sujeitos daamostra normativa com desempenho menor ou igual ao dele e 95% com desempenhosuperior.

Exemplo 3: Se o escore percentílico do sujeito fosse de 70%..Seria possível afirmar que 70% do desempenho da amostra normativa está igual ouabaixo do seu escore, sendo que os 30% restantes estão acima.

Page 45: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Exemplo 4:

Uma pessoa adulta vai responder a Escala de Satisfação de Vida, composta por cincoitens, e ela pode responder entre 1 e 7 para cada item, dependendo de seu grau deconcordância.Ela marcou as seguintes respostas para os itens 1 a 5, respectivamente: 7, 5, 6, 7 e 2.Seu escore bruto, portanto, e de 27.

É possível verificar que o escore bruto 27 equivale ao percentil 70. Ou seja, 70% do desempenho das pessoas está abaixo da posição ocupada por esse testando. O resultado sugere que essa pessoa está satisfeita com sua vida, pois ocupa posição na metade superior da distribuição, e apenas 30% da amostra normativa está mais satisfeita que ela.

Page 46: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

O escore Z expressa a posição do escore bruto de um indivíduo em relação a media daamostra normativa em termos de desvio-padrão. A media e o desvio-padrão do escoreZ são respectivamente 0 e 1. Assim, calculá-lo e bastante simples; pode-se fazer issoutilizando a seguinte fórmula:

Onde, X e o escore bruto,μ e a media,e σ e o desvio-padrão.

Page 47: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Exemplo: a media dos escores brutos da Escala de Satisfação de Vida e 21,8. O desvio-padrão dessa escala e 7,3 (ver Tab. 3.1).

Portanto, utilizando os escores do sujeito em satisfação de vida e os dados da Tabela, se o escore bruto do sujeito for 27, seu escore padrão Z será:

Z = (27 – 21,8) / 7,3Z = 0,71

Page 48: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Transformações adicionais do escore Z têm como objetivo expressar o escore demaneira mais conveniente ao pesquisador, evitando numeros negativos.Entre as transformações possíveis, o escore T e um dos mais utilizados em psicologia. ATabela 3.1 apresenta uma coluna informando o valor dos escores T para os respectivosvalores dos escores brutos. A transformação consiste em multiplicar o valor do escorepadrão por um numero e adicionar o resultado a uma constante. A fórmula e aseguinte:

T = 50 + 10Z.

T = 50 + (10).(0,71)T = 57

Page 49: Avaliação Psicológica e Práticas Integrativas I

ESCORES BRUTOS E PADRONIZADOS: DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Todos esses escores e outros que possam ser derivados desses são importantes pelapossibilidade que eles nos oferecem de compararmos indivíduos ou de compararmoshabilidades distintas de um mesmo indivíduo.