avaliação contínua do programa de desenvolvimento rural...

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Avaliação Contínua do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores PRORURAL

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Avaliação Contínua do Programa de

Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos

Açores

PRORURAL

Relatório Final

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO EXECUTIVO..........................................................................i/xv

I. INTRODUÇÃO......................................................................................11.1. OBJECTIVOS DA AVALIAÇÃO CONTÍNUA DO PRORURAL......................................11.2. METODOLOGIA E FONTES DE INFORMAÇÃO.........................................................4

II. RELEVÂNCIA E QUADRO LÓGICO DO PROGRAMA...................................72.1. QUADRO LÓGICO E OBJECTIVOS DO PROGRAMA...................................................72.2. ANÁLISE DA PERTINÊNCIA, DA COERÊNCIA E DA RELEVÂNCIA DO PROGRAMA.........72.3. ARTICULAÇÃO DO PRORURAL COM OUTROS INSTRUMENTOS DE APOIO...............7

III. SISTEMA DE GESTÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLO......................73.1. ESTRUTURA DE GESTÃO E ACOMPANHAMENTO.....................................................73.2. IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA........................................................................73.3. CIRCUITOS DE FUNCIONAMENTO E MECANISMOS DE CONTROLO............................73.4. DISPOSITIVOS DE DIVULGAÇÃO...........................................................................73.5. SISTEMA DE INFORMAÇÃO.................................................................................7

IV. DINÂMICAS DE CANDIDATURAS, DE APROVAÇÃO E DE EXECUÇÃO.........74.1. VISÃO GLOBAL DO PROGRAMA...........................................................................74.2. ANÁLISE EXTENSIVA DOS EIXOS E DAS MEDIDAS................................................7

4.2.1. Eixo 1 – Aumento da competitividade dos sectores agrícola e florestal..........................................................................................................74.2.2. Eixo 2 – Melhoria do Ambiente e da Paisagem Rural...................74.2.3. Os Eixos 3 e 4 na construção do desenvolvimento local-rural...7

V. ACTIVIDADES DE LIGAÇÃO EM REDE....................................................75.1. ESTRUTURA E OBJECTIVOS.................................................................................75.2. POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO PELOS ESTADOS-MEMBROS........................................7

ANEXOS...........................................................................................................7ANEXO 1 – REPARTIÇÃO FINANCEIRA POR MEDIDA E ACÇÃO.........................7ANEXO II. REGULAMENTOS E NORMAS DE PROCEDIMENTOS DO PRORURAL.....7Anexo III – Configuração do Sistema de Informação - Módulos do Sistema.....................7

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

LISTA DE ABREVIATURAS

AG - Autoridade de GestãoATL - Centro de Actividades de Tempos LivresCAF – Complexo Agro-florestalCCEI - Comissão de Coordenação Estratégica Interministerial CCN - Comissão de Coordenação Nacional do FEADERDRDA - Direcção Regional do Desenvolvimento AgrárioDRRF- Direcção Regional dos Recursos Florestais ELD - Estratégias Locais de Desenvolvimentoe-RURAL - Sistema de Informação da Abordagem LEADERFEADER - Fundo Europeu Agrícola para o Desenvolvimento RuralGAL - Grupos de Acção LocalGPP - Gabinete de Planeamento e Políticas IAMA - Instituto de Alimentação e Mercados AgrícolasIFADAP – Instituto de Financiamento e Apoio à Agricultura e PescasIFAP - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P.INGA - Instituto Nacional de Garantia AgrícolaIPSS - Instituição Particular de Solidariedade SocialIROA - Instituto Regional de Ordenamento AgrárioiSIP - Sistema de Identificação de ParcelasPENDR - Programa Estratégico Nacional de Desenvolvimento RuralPROAMA - Programa de Apoio à Modernização AgrícolaRAA - Região Autónoma dos AçoresRICTA - Regime de Incentivos à Compra de Terras AgrícolasRRN - Rede Rural NacionalSDA - Serviços de Desenvolvimento AgrárioSiAGRI - Sistema de Informação Agrícola da Região Autónoma dos AçoresSIC - Sítio de Interesse ComunitárioSiFAP - Sistema de Informação do IFAPSiRURAL - Sistema de Informação Rural da Região Autónoma dos AçoresSMN - Salário Mínimo NacionalSNIRA - Sistema Nacional de Identificação e Registo AnimalSRAF - Secretaria Regional da Agricultura e FlorestasTER - Turismo em Espaço RuralUG - Unidade de GestãoVAB - Valor Acrescentado BrutoVITIS - Regime de Apoio à Reconversão e Reestruturação das VinhasZPE - Zona de Protecção Específica

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Índice de quadros

Quadro 1. Conjunto de acções-chave possíveis implementar para dar resposta às prioridades comunitárias...................................................................7

Quadro 2. Quadro de instrumentos de apoio disponíveis na RAA.........................7Quadro 3. Medidas com intervenção no sector florestal, de acordo com os Eixos7Quadro 4. Plano de Implementação/operacionalização das Medidas....................7Quadro 5. Elementos de síntese de operacionalização em curso dos Eixos 3 e 4 7Quadro 6. Continuidade dos compromissos..........................................................7Quadro 7. Pedidos de apoio recepcionados no âmbito das Medidas do Eixo 1 do

PRORURAL, até 31/12/2008...................................................................7Quadro 8. Pedidos de apoio / Pagamentos no âmbito das Medidas do Eixo 2......7Quadro 9. Pedidos de apoio recepcionados – Medidas transitadas.......................7Quadro 10. Execução financeira do PRORURAL no biénio 2007/2008 (Despesa Pública).................................................................................................................7Quadro 11. Relação entre objectivos específicos do Eixo 1 e as respectivas Medidas................................................................................................................7Quadro 12. N.º de candidaturas no âmbito da Medida 1.2., até 15/05/2009.......7Quadro 13. Candidaturas no âmbito da Medida 1.2., associadas a projectos de investimento no âmbito da Medida 1.5., até 15/05/2009.....................................7Quadro 14. Indicadores de realização da Medida 1.2...........................................7Quadro 15. Execução da Medida 1.3. Reforma Antecipada, no ano de 2008.......7Quadro 16. Indicadores de realização da Medida 1.3...........................................7Quadro 17. Distribuição regional do investimento proposto no âmbito da

Medida 1.5, até 15/05/2009......................................................................................7

Quadro 18. Classificação dos projectos, segundo o número total de pedidos de apoio e ao investimento proposto..........................................................7

Quadro 19. Incidência das tipologias de investimento nas candidaturas apresentadas no âmbito da Medida 1.5., até 15/05/2009......................7

Quadro 20. Investimento proposto em função das tipologias de investimento, até 15/05/2009.....................................................................................................7Quadro 21. Implementação do modelo de candidaturas por via de concurso......7Quadro 22. Indicadores de realização da Medida 1.5...........................................7Quadro 23. Despesa pública da Medida 2.1. (PRODESA) e 1.5. (PRORURAL).......7Quadro 24. Indicadores de realização da Medida 1.6...........................................7Quadro 25. Projectos de investimento candidatados no âmbito da Medida 1.7.,

até 15/05/2009......................................................................................7Quadro 26. Indicadores de realização da Medida 1.7...........................................7Quadro 27. Candidaturas apresentadas no âmbito da Medida 1.11., até 15/05/2009...........................................................................................................7Quadro 28. Composição do investimento, segundo as aplicações elegíveis.........7Quadro 29. Indicadores de realização da Medida 1.11.........................................7Quadro 30. Relação entre objectivos específicos do Eixo 2 e as respectivas Medidas................................................................................................................7Quadro 31. Área paga no biénio 2007/2008.........................................................7Quadro 32. Indicadores de realização da Medida 2.1...........................................7Quadro 33. Indicador de resultado/Indicador de execução financeira..................7Quadro 34. Nível médio das ajudas por exploração/beneficiário..........................7

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Quadro 35. Acções e intervenções da Medida 2.2................................................7Quadro 36. Candidaturas apresentadas no âmbito das Medidas Agro-ambientais

do PDRu Açores......................................................................................7Quadro 37. Candidaturas apresentadas no âmbito dos Pagamentos Agro-

ambientais do PRORURAL.........................................................................................7

Quadro 38. Pagamentos de MAA e PAA efectuados em 2008, referentes a candidaturas de 2007............................................................................7

Quadro 39. Número de beneficiários pagos no ano de 2008, no âmbito das MAA e dos PAA..............................................................................................................7Quadro 40. Manutenção da extensificação da produção pecuária.......................7Quadro 41. Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha................7Quadro 42. Conservação de Sebes Vivas para Protecção de Culturas Perenes....7Quadro 43. Indicadores de realização da Medida 2.2...........................................7Quadro 44. Indicador de resultado/Indicador de execução financeira..................7Quadro 45. Execução financeira da Acção 2.4.1., até ao final de 2008................7Quadro 46. Indicadores Gerais de Caracterização por Ilha da RAA.......................7Quadro 47. Síntese da Distribuição por Área de Intervenção e Concelhos Abrangidos (a)........................................................................................................7Quadro 48. Peso Relativo da Distribuição Geográfica da Intervenção PRORURAL na RAA..................................................................................................................7Quadro 49. Tipologia das entidades parceiras que constituem os GAL................7Quadro 50. Importância Estratégica das Parcerias que Constituem os GAL.........7Quadro 51. Visões do Desenvolvimento Local-Rural da RAA................................7Quadro 52. Objectivos Estratégicos para o Desenvolvimento Rural da RAA

(PRORURAL, 2007 – 2013)....................................................................7Quadro 53. Objectivos Específicos para o Desenvolvimento Rural da RAA

(PRORURAL, 2007 – 2013).....................................................................7Quadro 54. Contributos esperados das Actividades Propostas nas ELD para o

Desenvolvimento Local-Rural.............................................................................................7

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Índice de Figuras

Figura 1. Etapas do processo de avaliação......................................................2Figura 2. Metodologia de Avaliação por Eixo do Programa..............................7Figura 3. Diagrama lógico................................................................................7Figura 4. Repartição financeira, por Eixo Prioritário do Programa...................7Figura 5. Síntese dos resultados esperados, por Eixo.....................................7Figura 6. Esquema simplificado da estrutura de gestão e controlo do PRORURAL.......................................................................................................7Figura 7. Modelo institucional da Autoridade de Gestão.................................7Figura 8. Estrutura de gestão e controlo do PRORURAL..................................7Figura 9. Tramitação processual simplificada das candidaturas do Eixo 1......7Figura 10. Tramitação processual geral das candidaturas do Eixo 2...............7Figura 11. Tramitação processual geral das candidaturas do Eixo 3...............7Figura 12. Página de entrada do site do PRORURAL........................................7Figura 13. Imagem do SiRURAL.......................................................................7Figura 14. Ciclo de acompanhamento da tramitação dos projectos................7Figura 15. Imagem do SiAGRI..........................................................................7Figura 16. Imagem do e-rural..........................................................................7Figura 17. Formulário de Candidatura SiAGRI.................................................7Figura 18. Perfil dos potenciais beneficiários, segundo o género....................7Figura 19. Número de candidaturas entradas no âmbito da Medida 1.3., até 15/05/2009......................................................................................................7Figura 20. Distribuição regional dos pedidos de apoio no âmbito da Medida

1.5, até 15/05/2009...........................................................................7Figura 21. Investimento proposto, segundo as grandes tipologias de

investimento dos projectos candidatados, até 15/10/2009...............7Figura 22. Estrutura etária dos potenciais beneficiários, nas candidaturas

submetidas até 15/05/2009...............................................................7Figura 23. Número de beneficiários da MAAZD, em 2007 e 2008...................7Figura 24. Classes de SAU para o cálculo de ajudas unitárias dos agricultores

que apresentaram candidatura, em 2008.........................................7Figura 25. Estrutura etária dos beneficiários da MAAZD, 2008.......................7Figura 26. Tipologia dos beneficiários da MAAZD, face ao tempo de

actividade agrícola, em 2007 e 2008...............................................7Figura 27. Estrutura etária dos candidatos às MAA e aos PAA, no ano de 2008........................................................................................................................7Figura 28. Densidade Populacional por Ilhas e Concelhos...............................7Figura 29. Tipologia de Ameaças / Debilidades...............................................7Figura 30. Tipologia de Oportunidade / Potencialidades..................................7Figura 31. Financiamento global do Eixo 3 (%)...............................................7Figura 32. Financiamento da Medida 4.1 (%)..................................................7Figura 33. Financiamento previsto por Medida do Eixo 3 (%).........................7Figura 34. Financiamento do Desenvolvimento Rural por Acção.....................7

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Pertinência e relevância do Programa

O grande objectivo estratégico do Programa tem subjacente a promoção da competitividade como o fio condutor da política de desenvolvimento rural, atribuindo prioridade à promoção da competitividade das explorações agro-pecuárias e empresas agro-transformadoras e dos territórios, de forma ambientalmente sustentável e socialmente estável e atractiva, tendo como preocupação latente a coesão territorial e social e a diminuição das assimetrias entre as ilhas que constituem o Arquipélago.

As Medidas definidas no PRORURAL revelam uma correspondência fiel e muito próxima dos objectivos principais/sub-objectivos dos quatro Eixos prioritários, sendo clara a coerência entre as Medidas implementadas e os objectivos visados.

Do ponto de vista estratégico, este enquadramento dos instrumentos de incentivo ao sector agro-rural empreende numa linha de continuidade face ao anterior, nomeadamente:

na execução de projectos que contribuam fortemente para o dinamismo das fileiras do leite e da carne;

no estímulo à modernização e diversificação do mosaico produtivo;

no reforço das infra-estruturas de apoio ao sector agro-florestal e agro-industrial;

nos incentivos à sustentabilidade das produções e à preservação do ambiente e da paisagem; e

i

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

no estímulo à manutenção de um tecido económico e social nas zonas rurais (em particular nas ilhas com menores dinâmicas socio-económicas).

A estratégia de intervenção do PRORURAL encontra-se claramente presente na afectação de recursos financeiros, constante da repartição financeira indicativa, por Medida e Acção do PRORURAL. Uma visão global permite concluir pelo maior peso das Medidas que contribuem para a vertente de competitividade (46,8%) e uma menor concentração de recursos financeiros na vertente sustentabilidade (41,9%), ainda que esse peso seja ampliado pelo montante relativo aos compromissos transitados, e na vertente desenvolvimento local-rural (6,8%).

Esta estrutura de distribuição orçamental é coerente com a estrutura de prioridades e com a arquitectura de objectivos do PRORURAL, que atribui maior relevo às dimensões modernização, reestruturação e competitividade do sector agro-industrial e dos sectores agrícola e florestal (particularmente através da melhoria das infra-estruturas de que depende o desenvolvimento da agricultura) e ambiente e paisagem rural mas que induz, igualmente, intervenções associadas melhoria da qualidade de vida e à diversificação da economia nas zonas rurais.

Esta repartição evidencia uma linha de continuidade com o período de programação anterior se considerarmos a contribuição conjunta do PDRu (Medidas Agro-Ambientais, Indemnizações Compensatórias, Florestação de Terras Agrícolas e Reforma Antecipada) e do PRODESA, cujas Medidas foram destinadas, sobretudo, à modernização das agro-indústrias, à criação de uma rede regional de abate, ao ordenamento agrário e à modernização das explorações agrícolas.

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Em síntese, a estrutura dos Eixos prioritários e respectivo quadro de objectivos, apresentam uma adequação satisfatória aos condicionamentos que afectam fortemente o desenvolvimento das actividades no sector agro-florestal, com destaque para o ajustamento estrutural, infra-estrutural, a organização das fileiras produtivas, a formação técnica dos activos agrícolas e a manutenção da respectiva actividade associada a boas condições agrícolas, florestais e ambientais e a revitalização dos territórios rurais.

As Medidas implementadas oferecem uma capacidade de resposta potencial às necessidades de intervenção de política em diferentes segmentos do sector agro-rural regional, dependendo os seus resultados efectivos da dinâmica de absorção dos recursos e da exequibilidade e sustentabilidade dos projectos, assim como da sustentabilidade das explorações beneficiárias das ajudas.

Em termos estatísticos, não existem novos dados que permitam avaliar o grau de actualização dos principais indicadores do CAF apresentados no PENDR e PRORURAL. No entanto, considera-se não terem ocorrido alterações significativas no biénio 2007/2008, mantendo-se, as principais linhas de tendência, sobretudo nas vertentes seguintes:

redução do número de explorações agrícolas, envelhecimento da estrutura etária dos chefes de exploração;

melhoria da estrutura física e económica média das explorações agrícolas;

ligeira melhoria, da integração em fileiras económico-produtivas;

trajectória positiva das iniciativas no âmbito do ordenamento agrário;

iii

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

estímulo ao emparcelamento com regulamentação do Regime de incentivos à compra de terras agrícolas;

reestruturação/modernização em curso do sector agro-industrial.

Neste momento de avaliação, a (re)análise da relevância do Programa deve ter, entretanto, em conta alguns vectores-macro da evolução recente, com influência potencial nas dinâmicas de adesão e de absorção dos apoios existentes no PRORURAL. De entre esses elementos, destaca-se os seguintes:

Exame de saúde da PAC (CAP Health Check).

Regulamentação da União Europeia relativa às actividades agrícolas e florestais, exigente com o reforço das componentes ambiental (aplicação obrigatória da condicionalidade), qualidade e segurança alimentar e bem-estar animal.

Enquadramento económico instável e em contracção, determinando a deterioração económica e financeira dos agentes do sector e consequente abrandamento no investimento.

Na sequência do Exame de saúde ao processo de revisão da PAC, foi publicada a Decisão do Conselho 2009/61/CE, de 19 de Janeiro, que estabelece os novos desafios para a agricultura europeia: alterações climáticas, energias renováveis, gestão da água, biodiversidade e reestruturação do sector leiteiro. Os objectivos ligados a estas prioridades comunitárias deverão ser reforçados no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural da RAA, sobressaindo a importância da reestruturação do sector leiteiro, a qual é sobremaneira importante para a economia regional.

2. Condições de suporte à gestão e acompanhamento

iv

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Em matéria de gestão e acompanhamento, destaque-se a vertente de operacionalização do PRORURAL, cometida à Autoridade de Gestão, responsável pela gestão e execução eficiente e eficaz do Programa, a qual exerce as competências definidas nos termos previstos no artigo 75º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, de 20 de Setembro, e na legislação comunitária, nacional e regional aplicável.

O modelo implementado contempla as características, a estrutura e as competências adequadas à boa gestão, acompanhamento e controlo ao nível dos Eixos Prioritários do Programa e das Medidas, respondendo às necessidades em matéria de análise, de controlo administrativo e de acompanhamento dos projectos, ou seja, requisitos que devem contribuir para uma maior celeridade e fiabilidade do processo de atribuição das ajudas veiculadas pelas intervenções do Programa.

No âmbito das reuniões do Comité de Acompanhamento, as entidades representadas (incluindo os parceiros económicos e sociais) tiveram oportunidade de expressar a sua visão e contribuir para aspectos estruturantes de implementação e operacionalização do Programa (p.e., apreciação e aprovação dos regulamentos específicos de funcionamento de cada Medida e dos critérios de selecção).

No que se refere a iniciativas de divulgação, a Autoridade de Gestão desenvolveu as seguintes iniciativas:

criação de um site específico para o PRORURAL;

divulgação do PRORURAL no programa de televisão e rádio “Estação de Serviço”;

envio de informação às associações representativas do sector agrícola, nomeadamente, dos diplomas que regulamentam o PRORURAL;

v

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

realização de sessões de divulgação e informação, com a presença de centenas de pessoas (potenciais beneficiários, técnicos das Cooperativas e Associações, …);

realização de sessões de informação e esclarecimento aos técnicos dos Serviços operativos de Ilha da SRAF;

participação em feiras do sector agro-pecuário e outras, com impacto junto dos agricultores.

Estas acções de largo espectro evidenciam um grande esforço por parte da Autoridade de Gestão em levar ao conhecimento dos potenciais beneficiários e Associações representativas do sector as diversas Medidas e respectivo conteúdo, objectivos, obrigações e nível da ajuda e co-financiamento, etc.

Em resposta às actividades de gestão e acompanhamento, foi concebido um Sistema de Informação (SI) que tem por finalidade percorrer todas as fases de gestão, desde a recepção e validação da candidatura até ao pagamento e controlo, extraindo, nesse processo, os indicadores de realização e de resultado definidos no Programa e outros indicadores úteis para a gestão e para os processos de Avaliação do mesmo.

O Sistema de informação é constituído por três sistemas diferentes que, no futuro, vão estar ligados entre si: Sistema de Informação Rural da Região Autónoma dos Açores – SiRURAL (que foi criado de novo e contempla o Eixo 1 e a Medida 2.4. do Eixo 2); Sistema de Informação Agrícola da Região Autónoma dos Açores – SiAGRI (que foi criado em 2007 e contempla as Medidas 2.1. e 2.2. do Eixo 2); e, Sistema de Informação para a gestão da Abordagem LEADER – e-rural, que adapta e melhora o sistema antes utilizado (PICLEADER +) e contempla a gestão dos Eixos 3 e 4.

vi

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

O SiAGRI foi desenvolvido pela Região, em 2007, para a gestão, controlo e acompanhamento do POSEI e das Medidas 2.1. e 2.2. do PRORURAL, assim como para as Medidas Agro-ambientais transitadas. O SiAGRI, à semelhança do que acontece para o SiRural, permite aos técnicos dos SDA de Ilha a recolha de candidaturas online e permite o acesso à informação de forma expedita, apresentando-se como uma melhoria significativa à gestão e acompanhamento das Medidas do Eixo 2 (no período de programação anterior, havia um constrangimento assinalável na obtenção de informação relativa a esta tipologia de Medidas dado que a informação tinha de ser solicitada ao IFAP e a resposta não era imediata). O e-Rural gere todo o programa financeiro relativo ao funcionamento dos GAL, destinando-se às funções de recepção, análise, controlo e acompanhamento administrativo, técnico e financeiro dos pedidos de apoio e dos pagamentos, contribuindo de forma significativa para a transparência do processo de gestão da implementação das Estratégias Locais de Desenvolvimento.

Os mecanismos e fontes utilizadas na recolha de informação são semelhantes, ou seja, de natureza automática e baseiam-se nos formulários de candidatura sendo que, por isso, apresentam um elevado nível de detalhe, particularmente os formulários de candidatura das Medidas de investimento (Eixo 1).

No actual período de programação, foi realizado um esforço assinalável para ultrapassar os constrangimentos identificados no passado em termos de devolução de dados para o cálculo de indicadores para aquelas que são as três utilizações privilegiadas dos mesmos: gestão e acompanhamento, resultados e impactes e orientações de política.

vii

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Os elementos do trabalho empírico realizado nesta fase, vão no sentido de considerar o modelo de gestão adequado à gestão e acompanhamento do PRORURAL. No entanto, observa-se uma relação desproporcionada entre as atribuições e competências de que a DRACA se encontra incumbida e a estrutura técnica de que dispõe para assegurar as mesmas. Não obstante o desempenho pleno das tarefas técnicas que lhe são cometidas, observa-se uma sobrecarga acentuada de funções da equipa da DRACA que, pontualmente, limita o processamento de todas as tarefas com a celeridade esperada pelos beneficiários.

3. Dinâmicas de desenvolvimento do PRORURAL

Apesar do esforço empreendido pela Autoridade de Gestão e pelas entidades directamente envolvidas no PRORURAL, verificou-se um atraso significativo na implementação do Programa. Com base no Exame Anual do Programa de Desenvolvimento Rural (SRAF/DRACA, 2009) e no trabalho empírico realizado, foram os seguintes os principais constrangimentos verificados:

adopção de novas modalidades e procedimentos de articulação e cooperação entre os órgãos de governação dos PDR;

aprovação morosa do PRORURAL (Dezembro de 2007) e definição tardia da estrutura da Autoridade de Gestão e da composição e competências do Comité de Acompanhamento (Março de 2008), com o consequente atraso na organização final da Equipa de Gestão/Secretariado Técnico;

introdução de novas formas de actuação e de articulação no âmbito das estruturas de gestão, de acompanhamento e de controlo;

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

grande diversidade e especificidade dos Eixos e Medidas, que se reflectiu na grande complexidade de regulamentação das mesmas;

absorção de tarefas anteriormente desempenhadas pelo IFADAP/INGA, nomeadamente, de análise e apuramento de algumas ajudas transitadas das Intervenções do PDRu-Açores;

integração da Abordagem LEADER no Programa e necessária criação de ferramentas necessárias à sua gestão;

criação de um sistema de informação capaz de assegurar a recolha, controlo e acompanhamento dos pedidos de apoio e de pagamento, bem como a avaliação da execução do Programa, nomeadamente, através da produção de indicadores.

No que respeita à operacionalização específica das Medidas, os constrangimentos registados foram os seguintes:

implementação de um novo modelo de governação, com a criação de uma estrutura orgânica e funcional distinta da estrutura de gestão, controlo, acompanhamento e avaliação anteriores;

adaptação às exigências impostas pelas regras e procedimentos de execução dos apoios no âmbito do FEADER;

publicação lenta dos regulamentos específicos de suporte à operacionalização de cada uma das Medidas/Acções, sem a celeridade desejável para iniciar a execução do Programa após a sua aprovação;

adaptação à utilização de meios electrónicos para submissão das candidaturas, através da Internet;

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

necessidade de acreditação do Organismo Pagador para as Medidas FEADER (situação que não ocorreu no anterior período de programação); e

desenvolvimento de métodos adequados à execução das novas competências atribuídas aos órgãos de governação, compatíveis com as estratégias definidas a nível comunitário e nacional.

Em termos de avaliação dos projectos de investimento foram definidos critérios de selecção e prioridades, sobre os quais são sistematizadas as apreciações seguintes:

Elevada ventilação nas prioridades e critérios de selecção do objectivo de reforço da competitividade, segundo dois vectores:

o apoio a projectos que articulem objectivos operacionais (p.e., 1ª instalação associada a projecto de investimento, projecto de investimento associado a pedido de apoio apresentado ao abrigo da Medida 1.2.);

a referência à viabilidade económica da exploração e à viabilidade e sustentabilidade dos investimentos.

Elevada ventilação de prioridades e critérios de selecção associados à qualidade e racionalidade técnica dos projectos de investimento.

Elevada ventilação de prioridades e critérios de selecção associados ao ambiente e à preservação da paisagem, encontrando-se presente em Medidas de investimento dos Eixos 1 e 2 (p.e., projectos que prevejam investimentos de natureza ambiental, conteúdos formativos na área da valorização da paisagem e da protecção ambiental e valências ambientais promovidas no âmbito da biodiversidade e dos recursos hídricos).

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Média ventilação das prioridades e critérios de selecção dos objectivos ligados à diversificação da produção, promoção da qualidade e inovação dos produtos, com significativas referências nas Medidas do Eixo 1.

Média ventilação das prioridades e critérios de selecção dos objectivos ligados à reestruturação fundiária.

Fraca ventilação das prioridades e critérios de selecção dos objectivos ligados ao emparcelamento, limitados à Medida 1.3.

Na óptica da Avaliação, os objectivos do PRORURAL encontram sequência no conjunto de critérios de selecção e prioridades definidas, nomeadamente, em termos de competitividade. No entanto, considera-se que a abordagem da multifuncionalidade não encontrou essa sequência, apesar de a Avaliação ex-ante ter recomendado uma aposta forte na promoção da multifuncionalidade do sector agrícola.

A metodologia utilizada para a aprovação/reprovação de projectos de investimento não assenta, todavia, em critérios de selecção mas em condições de elegibilidade.

4. Elementos de aproximação ao desempenho dos Eixos Prioritários do PRORURAL

Em 2008, verificou-se a abertura de candidaturas de diversas Medidas do Programa, tendo sido apresentados os pedidos de apoio em quatro Medidas do Eixo 1, com destaque para a Medida relativa à Modernização das Explorações Agrícolas (153 candidaturas).

No Eixo 2, a Manutenção da Actividade Agrícola em Áreas Desfavorecidas reúne o maior número de pedidos de apoio e áreas abrangidas (estáveis entre 2007 e 2008). Neste último ano, a generalidade das Intervenções da Medida relativa aos Pagamentos

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Ambientais recepcionaram pedidos de apoio com crescimentos muito significativos face a 2007.

Na execução financeira do Programa no biénio 2007/2008 são de salientar os vectores seguintes:

A taxa de execução do Eixo 1 é residual e respeita, apenas, aos compromissos transitados da Intervenção Reforma Antecipada do PDRu-Açores e do Regulamento (CE) 2079/92.

A taxa de execução do Eixo 2 ascendeu a cerca de um quarto da dotação financeira disponível para o período 2007-2013, expressão que contém os compromissos financeiros que resultam do elevado número de compromissos no âmbito do PDRu-Açores e também do Regulamento 2080/92, relativo à Florestação de terras agrícolas.

Eixo 1 – Aumento da Competitividade dos sectores agrícola e florestal

A Avaliação realizada nesta fase, teve como suporte uma breve análise da dinâmica de candidaturas das Medidas operacionalizadas até meados de Maio de 2009. Embora este período não seja objecto da Avaliação Contínua do ano de 2008, considerou-se importante evidenciar as dinâmicas instaladas na apresentação de pedidos de apoio na Região.

A análise dos pedidos de apoio à 1ª instalação evidencia, ainda, um reduzido número de candidaturas face à meta ambiciosa definida. Os pedidos de apoio centram-se na Ilha da Terceira, à semelhança do que ocorreu no período de programação anterior.

Na Reforma Antecipada foram submetidas 46 candidaturas para apreciação (15,3% da meta programada), sendo aguardada uma

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

aceleração da dinâmica de candidaturas no período final da vigência do Programa.

No âmbito da Medida 1.5., cerca de 60% das candidaturas de projectos de investimento contempla a compra de um tractor, num padrão de abordagem da Medida em que cada candidatura apresenta como intenção de investimento, em média, entre 4 a 5 aplicações na rubrica “Máquinas e Equipamentos”.

As ilhas de São Miguel e da Terceira concentram 75% do investimento proposto no âmbito desta Medida. Dos 291 pedidos de apoio, a grande maioria dos projectos de investimento são de unidades produtivas que se dedicam à produção de leite; apenas 13 pedidos (4,5%) respeitam às actividades de diversificação (5 pedidos na apicultura, 3 na fruticultura, 3 na floricultura e 2 na horticultura).

A análise das candidaturas apresentadas, destinadas ao investimento nas explorações agrícolas, evidencia o elevado volume de investimento proposto (cerca de 24 milhões de Euros), tendo já ultrapassado o limite inferior do volume total de investimento previsto, num contexto em que o volume de candidaturas apresentadas, permanece muito inferior às expectativas.

A Medida de Melhoria do Valor económico das florestas tem pedidos de apoio com um elevado volume de investimento proposto (cerca de 1,219 milhões de Euros) de apenas 18 potenciais beneficiários, que corresponde a 29,4% do volume total de investimento previsto para a Medida.

A apreciação dos indicadores de realização deixa antever uma taxa de realização financeira elevada. As metas referentes ao número de explorações silvícolas apoiadas e à área total a beneficiar, são ambiciosas face às dinâmicas dos pedidos de apoio recepcionados.

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A Medida 1.7. atingiu 14% do número de projectos previsto e 30% da dotação orçamental programada (os projectos de investimento submetidos para análise ascendem a 21.829.999,08 Euros)

Parte das candidaturas apresentadas para apreciação refere-se a projectos que já foram executados ou que se encontram na fase final de execução. As cinco candidaturas recebidas pela Autoridade de Gestão são de empresas que se dedicam, sobretudo, à indústria do leite e derivados, apresentando os projectos de investimento uma linha de continuidade com o período de programação anterior, em termos de ramos de actividade.

As candidaturas apresentadas revelam um investimento médio por projecto de 4.365.999,80 Euros, o dobro do previsto (média de 2.121.504, 34 Euros).

Eixo 2 – Melhoria do ambiente e da paisagem rural

No Eixo 2 destaca-se a acentuada preocupação com as terras agrícolas e florestais, em termos de utilização e gestão sustentável apostando, sobretudo, na manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas e no incentivo à adequação dos modos de produção ao ambiente, à conservação e melhoramento dos recursos genéticos e florestais.

O grau de cumprimento das metas traçadas para Medida 2.1. aponta para a relativa estabilidade do número de beneficiários, face ao período de programação anterior (o número médio de beneficiários no período 2001-2006, cifrou-se nos 3.918), ao contrário das expectativas, as quais sugeriam um aumento do volume de beneficiários, sobretudo, decorrente daqueles que não exercem a actividade a tempo inteiro. Em consequência, os resultados apurados

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associados à meta situam-se a 74,0% do limite inferior do intervalo e a 49,3% do limite superior.

No que se refere à componente financeira, a Medida apresentou uma taxa de execução muito favorável no biénio 2007/2008 (26,2%), estando próxima do valor previsto para os 6 anos de vigência do Programa.

Na Medida 2.2 – Pagamentos Agro-ambientais e Natura 2000, e em comparação com o período de programação anterior, o número de beneficiários mantém-se constante, assim como a área beneficiada.

A execução física da Medida 2.2., em termos de número de beneficiários, está muito próxima das metas estabelecidas (intervalo), no caso da Acção 2.2.1., e um pouco mais afastada no caso da Acção 2.2.2. Em 2008, algumas intervenções não tiveram candidaturas (p.e., Protecção de Lagoas) e outras, embora tenham tido candidaturas, não deram lugar a pagamentos (p.e., Agricultura Biológica), pelo que não foram contabilizadas. No que respeita à área beneficiada, constata-se a ultrapassagem da meta da Acção 2.2.1.

Em termos de execução financeira, a Medida apresenta um bom resultado tendo absorvido os montantes disponíveis para este período de execução.

Eixo 3 - Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia rural

Os critérios de avaliação das candidaturas ao Eixo 3 consideram-se transparentes e adequados. Para além da informação geral no que respeita ao processo inicial de candidatura [âmbito, objectivos, beneficiários, territórios abrangidos pelas Estratégias Locais de Desenvolvimento (ELD)] e respectivos critérios de selecção foram

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também definidas as medidas a contemplar e o seu modelo de desenvolvimento, bem como os recursos passíveis de afectação.

A avaliação efectuada permite considerar que os objectivos dos Eixos III e IV apresentam uma relação directa com os objectivos gerais, específicos e operacionais das ELD. Os impactes esperados fazem parte do ideário do desenvolvimento local-rural: melhoria da qualidade de vida, fixação de população, criação de postos de trabalho, diversificação de actividades económica dentro e fora das explorações, aumento da atractividade dos territórios; melhoria da auto-estima das populações e preservação das heranças/memórias locais.

Apesar da normalização dos procedimentos de candidatura, que confere alguma homogeneidade processual às ELD, as especificidades das áreas de intervenção e as visões das parcerias que constituem os GAL permitiram alguma diversidade nos desenhos do desenvolvimento local-rural, ainda que seguindo de perto as actividades referenciadas no PRORURAL.

A apreciação das principais actividades propostas nas ELD, cruzada com os resultados esperados para o desenvolvimento local-rural, exprime-se numa análise qualitativa em três níveis de relação: forte, média e fraca. A “melhoria da competitividade territorial” (77,8%) e a “diversificação da economia” e “melhoria da criação de emprego” (44,4%) são os dois resultados esperados mais evidentes. A melhoria da qualidade de vida, pela relação directa e indirecta que estabelece com a maioria das actividades, também tem relevância, apesar dos relacionamentos considerados se focarem apenas nos aspectos directamente evidentes.

Relacionando estes dados com os quatro grandes pilares do desenvolvimento rural em Portugal, apenas a promoção da inovação se encontra claramente sub-representada, revelando como os GAL têm xvi

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dificuldade em dar este salto qualitativo nas suas estratégias. Também preocupante, é a sub-representação da preservação do ambiente e da promoção da certificação e gestão da qualidade (ISO 9001).

Quanto às actividades que foram consideradas com um maior número de relações com os resultados esperados seleccionados, destacam-se a “criação de iniciativas de apoio ao bem-estar social, as “iniciativas empresariais promotoras do saber-fazer tradicional” e o “apoio à criação de ateliers de artes e ofícios”.

5. Actuações Recomendáveis

5.1. Visão compreensiva das necessidades de reestruturação nas áreas de especialização produtiva

No actual contexto económico-produtivo e social da R. A. Açores, a supressão gradual das quotas leiteiras em 2015 deve ser preparada sem demoras sendo necessário reforçar os sinais para o ajustamento das lógicas de investimento das explorações leiteiras regionais. As reflexões da Equipa de Avaliação vão no sentido de enfatizar as perspectivas de actuação seguintes:

(i) A filosofia das orientações estratégicas/prioridades comunitárias relacionadas com a reestruturação ao sector leiteiro é relativamente clara: face ao termo do regime de quotas leiteiras, existe necessidade de reestruturar as actividades agro-rurais, segundo uma lógica que responda às novas condições de mercado e à necessidade de atenuar os elevados custos de produção.

(ii) A aplicação às explorações pecuárias regionais dos requisitos do Regime de Exercício da Actividade Pecuária e de outras directivas de carácter ambiental, aponta para estruturas de

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custos fortemente penalizadoras da competitividade--preço das produções leiteiras da Região. Em face disto, deve ser prioritariamente apoiado todo o investimento que, sendo elegível, possa contribuir para melhorar as estruturas de custos das explorações.

(iii) O estímulo aos investimentos nas explorações deve beneficiar de prioridade quando os mesmos respondam a: necessidades de carácter ambiental (p.e., instalação de estações de tratamento de efluentes, intervenções nas áreas da higiene e bem-estar animal e diminuição da pressão animal sobre os solos); requisitos de eficiência na utilização de recursos (terra, água e energia), p.e., através do apoio ao emparcelamento e às infra-estruturas de captação de água, de instalação de electricidade e de unidades de frio e à construção de caminhos.

(iv) A integração de actividades de produção e agro-transformação, num contexto de aproveitamento de oportunidades de (re)estruturação da Fileira do leite, constitui uma condição sine qua non para assegurar níveis de competitividade das produções regionais, através de acções que facilitem a concentração de unidades e a integração de actividades, a par do apoio a linhas de investigação para a criação de novos produtos (p.e., através de parcerias entre produtores ou organizações de produtores com as Universidades e Centros de Competência), bem como do apoio a iniciativas que visem a melhoria da qualidade do leite.

Estas propostas têm acolhimento em diversas Medidas/Acções do PRORURAL, nomeadamente, 1.5., 1.7. e 1.11., o que deve ser encarado como um desafio para as entidades envolvidos na dinamização das Medidas e em áreas de tutela relevantes. Um desafio,

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sobretudo, na óptica de uma absorção mais racional e dinâmica dos recursos de financiamento.

No imediato, as condições de acesso e as prioridades associadas aos critérios de selecção, constituem uma base de trabalho importante para (re)orientar os projectos dos promotores. Assim, é desejável que esses critérios enfatizem aspectos ligados a prioridades de carácter ambiental, de eficiência energética e de gestão de recursos hídricos, bem como de associação dos investimentos económicos nas explorações à frequência de acções de reconversão profissional, e a outros investimentos em factores dinâmicos de competitividade e na diversificação de actividades agro-rurais.

Em termos de actuação a montante, no domínio das condições de suporte à reestruturação das explorações agro-pecuárias, formulam-se, ainda, as seguintes recomendações:

Reestruturação Agro-pecuária e Desenvolvimento Rural. A curto/médio prazo, os problemas estruturais tenderão a tornar-se muito problemáticos. As actividades de especialização vão conhecer uma deterioração acentuada das condições regulamentares (requisitos de actividade associados às directivas, perfil das ajudas comunitárias, …) e das condições de mercado (concorrência de países e regiões com vantagens comparativas de factores de produção, qualidade e preço).

A gestão estratégica do PRORURAL deve explorar todo o capital de documentos (trabalhos realizados de agricultura e desenvolvimento rural dos Açores) e de reflexão existentes (dentro e fora da Região) com vista a estabelecer um quadro de orientação estratégica para os Organismos públicos, Associações e agentes privados, ou seja, para o sistema de actores do desenvolvimento rural.

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Em face disto está em aberto a necessidade de levar a cabo uma abordagem estratégica do complexo de actividades da carne e do leite, bem como da nebulosa “diversificação de actividades”, aspectos que justificariam a realização de um Estudo Estratégico ao longo dos próximos 12 meses, que constituísse uma base para a negociação política do Governo Regional com as instâncias comunitárias, o Governo da República, as Associações de produtores e os agricultores.

Formação profissional. A inclusão de uma Medida de Formação Profissional no PRORURAL constitui uma inovação relevante das intervenções da política agrícola regional co-financiadas pelo FEADER. Trata-se de um instrumento que, se bem interpretado e utilizado, poderia representar uma mais-valia interessante para melhorar as competências dos agricultores não só na óptica da inovação produtiva e tecnológica para a modernização das explorações, mas também na perspectiva do rejuvenescimento do tecido empresarial e humano da agro-pecuária regional e da reconversão profissional dos agricultores de idade mais avançada, p.e., para as actividades da gestão do ambiente e dos recursos naturais.

A implementação da Medida, na qual a DRDA tem responsabilidades de coordenação e dinamização, encontra-se atrasada e o seu lançamento deveria associar uma lógica de articulação activa com os processos em curso de reestruturação económica-empresarial das explorações, de modo a aproveitar e a reconverter competências profissionais dos produtores.

Nesta perspectiva, justifica-se a realização de um Diagnóstico de Competências e Necessidades de Formação Profissional que fundamente uma abordagem estratégica indispensável a uma

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utilização dotada de eficácia e eficiência das verbas destinadas à formação profissional. Esse Documento deverá definir as áreas prioritárias de actuação dos operadores públicos, associativos e privados e contribuir para uma definição rigorosa dos critérios de selecção das acções de formação a co-financiar.

5.2. Recomendações de natureza operacional

Reforço da estrutura técnica do PRORURAL (não efectivado durante o ano de 2008). Esse reforço poderá ocorrer mediante a integração plena de técnicos anteriormente afectos ao IFAP regional, que suprimiu os seus serviços na Região, passando a funcionar centralmente.

Estruturar web-services que permitam agilizar o fluxo de informação entre o IFAP e a AG, o envio e recepção de ficheiros de pagamento, bem como a realização de controlos cruzados com as bases dados alojadas no Organismo Pagador.

Organizar a informação constante dos Sistemas de informação numa óptica de produção de dados que permitam o cálculo de indicadores. Estes indicadores devem ser previamente definidos pela AG e devem ser específicos, mensuráveis, disponíveis de forma célere e fiável, pertinentes e adequados aos processos de gestão, de acompanhamento e de avaliação do Programa.

Organização de acções de capacitação técnica para os prestadores de serviços na área dos projectos de investimento de modo a melhorar os níveis de valia técnica e de mérito, adequados à natureza dos objectivos e resultados esperados das Medidas.

Limite temporal à resposta aos pedidos de esclarecimento por parte da AG inflexível, sob pena de a candidatura não ser analisada. O processo de análise dos pedidos de apoio recepcionados na 1ª fase (até ao dia 15 de Maio de 2009),

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deparou-se com um elevado volume de candidaturas com má qualidade administrativa e, na maioria dos casos analisados, foi necessário solicitar elementos aos potenciais beneficiários, sendo que o tempo médio elevado de resposta aos mesmos reduziu a eficácia da análise dos projectos de investimento.

Estabilização de metodologia de análise para o cálculo do indicador “aumento do valor acrescentado”, com critérios de quantificação uniformes, para que os modelos de análise tenham capacidade para calcular esse mesmo indicador com base nos dados de natureza económica constantes dos pedidos de apoio.

Ponderação da elegibilidade de tractores e alfaias agrícolas na tipologia de investimento máquinas e equipamentos, a qual deverá evoluir para uma expressão mais limitada nas lógicas de investimento da Medida, mediante o preenchimento de um conjunto de requisitos mais exigente (p.e., apresentação de um plano de utilização anual do tractor e respectivas alfaias; prova efectiva da melhoria das condições de produção agrícola e/ou ambiental; e limitação do montante máximo de investimento proposto nos projectos que tenham como objectivo a substituição de tractores e alfaias agrícolas).

Apresentação de candidaturas por via de concurso (Medida 1.5), de modo a tornar mais abrangente a base para selecção das candidaturas, permitindo aprovações de acordo com a valia técnica das mesmas e com o contributo efectivo para os objectivos da Medida e do Programa.

Reforçar a dotação orçamental para a Medida 1.5. Contudo, esse reforço da dotação orçamental deve ser acompanhado pelo esforço na aprovação de candidaturas que contribuam fortemente para os objectivos da Medida.

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Ampliar os esforços orientados para a diversificação dos segmentos de actividade apoiados pelas Medidas 1.5. e 1.7., dado que a quase totalidade dos projectos de investimento apresentados pertencem a unidades produtivas cuja actividade se centra na produção de leite.

Reforço da integração/articulação das estruturas empresariais do sector agro-industrial açoreano com a Universidade dos Açores, entre outras entidades, de forma a reforçar a componente de investigação no âmbito dos processos e dos produtos.

Orientar a aprovação dos projectos da Medida 1.11. de forma a assegurar: (i) uma maior distribuição regional dos projectos para atenuar as disparidades entre as ilhas; (ii) um maior investimento em infra-estruturas fora dos perímetros de ordenamento agrário (POA), para atenuar as desigualdades entre os produtores da mesma ilha; e (iii) um direccionamento dos apoios para a estruturação fundiária e o abastecimento de energia eléctrica de forma a superar a lacuna nesse tipo de intervenção no período de programação anterior.

Acelerar os processos de controlo das Medidas do Eixo 2, para que o pagamento das ajudas seja estabilizado, ou seja, ocorra no ano a que se refere a candidatura, facilitando a gestão dos recursos financeiros.

Organização da lista das espécies/variedades tradicionais dos Açores no âmbito do apoio da intervenção Conservação do Pomares Tradicionais dos Açores da Acção 2.2.2. Cada Freguesia tem pomares que se consideram tradicionais, pelo que estão definidas mais de duzentos tipos de pomares.

Reanalisar a conformidade da Acção Pagamentos Rede Natura 2000 em terras agrícolas. O facto de não ter havido quaisquer

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candidaturas até ao momento, sugere que não existe um número substancial de agricultores com parcelas privadas agrícolas inseridas nos Sítios de Importância Comunitária definidos, situação que importa reavaliar.

Reforço das acções relativas ao empreendedorismo jovem, à inovação sócio--local e produtiva e à valorização do património ambiental, no âmbito da implementação das ELD dinamizadas pelos GAL, nas respectivas Zonas de Intervenção (Eixo 3).

Melhoria dos níveis de flexibilidade do modelo de governação e do funcionamento das acções enquadradas nas ELD atenuando a excessiva normalização, limitadora do potencial inovador do Método LEADER.

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I. INTRODUÇÃO

1.1. OBJECTIVOS DA AVALIAÇÃO CONTÍNUA DO PRORURAL

Conforme disposto no Regulamento (CE) n.º 1698/2005, Artigo 84º, o processo de Avaliação tem como principais objectivos: (i) melhorar a qualidade, a eficiência e a eficácia das condições de implementação e da execução dos Programas de desenvolvimento rural, (ii) verificar os resultados face aos objectivos propostos, identificando concretamente os eventuais desvios; e (iii) avaliar o impacte dos programas face às orientações estratégicas comunitárias (previstas no artigo 9º do mesmo Regulamento), compreendendo os requisitos ambientais e de desenvolvimento sustentável, constantes da legislação comunitária, nacional e regional aplicável.

Os documentos de trabalho da Comissão Europeia constituem uma referência bastante aprofundada para situar os objectivos e os procedimentos em torno de um instrumento que se afigura dotado de utilidade potencial para proporcionar à Autoridade de Gestão perspectivas actualizadas sobre a trajectória de implementação do Programa (função acompanhamento), consentâneas com a produção de contributos orientados para a concretização dos objectivos estabelecidos (função avaliação). Os mesmos documentos referem, ainda, a necessidade de adoptar para a monitorização estratégica uma forte complementaridade entre essas duas funções.

O Manual sobre o Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação – Documento de Orientação (CE, Direcção Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Setembro de 2006), contextualiza a Avaliação Contínua como compreendendo todas as actividades de Avaliação a realizar ao longo do período de programação 2007-2013/5, incluindo a Avaliação ex-ante, Intercalar e ex-post, bem como qualquer outra

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actividade relacionada com a avaliação, útil para melhorar a gestão dos Programas, incluindo a interacção entre as actividades de avaliação, a compilação sistemática e regular de dados e o aperfeiçoamento dos indicadores (de realizações ou de resultados), disponíveis no Sistema de informação.

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Figura 1. Etapas do processo de avaliação

Com a Avaliação ex-ante verificou-se a coerência e a pertinência do Programa aquando da sua concepção, sendo, por isso, de grande importância na clarificação de objectivos e no estabelecimento de prioridades face às necessidades de intervenção na superação de problemas diagnosticados. Na Avaliação Intercalar observar-se-ão, essencialmente, os primeiros resultados das intervenções, avaliando recursos dispendidos e objectivos alcançados. A Avaliação ex-post vai determinar a eficácia e eficiência das intervenções, tendo em conta os factores de sucesso ou de insucesso, os resultados alcançados e sua sustentabilidade, bem como os seus impactes.

EntidadesBeneficiárias

Avaliação ex-ante

Ava

liaç

ão

Int

erc

ala r

Identificação de problemas e necessidades

Definição de objectivos

Concepção e implementação de intervenções

Execução

Realizações

Avaliação Final (ex-post)

Resultados

Impactes

Ava

liaç

ão

Con

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3

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

No que respeita especificamente à Avaliação Contínua, a mesma é efectuada anualmente durante o ciclo de vida do Programa (com a excepção dos anos em que se realiza a Avaliação Intercalar e a Avaliação ex-post). A Avaliação Contínua tem um carácter multidimensional, na perspectiva em que utiliza diversos critérios de avaliação; permite o acompanhamento dos processos, tendo em conta as realizações e, eventualmente, os resultados; identifica eventuais constrangimentos no desenvolvimento da aplicação do Programa; e possibilita a introdução atempada de ajustamentos face à eficácia e eficiência manifestada (numa óptica de melhoria do Programa).

Em termos regulamentares, o Artigo 86.º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, descreve as funções da Avaliação Contínua de acordo com os itens seguintes:

“examinar os progressos verificados no Programa em relação aos seus objectivos, por meio de indicadores de resultados e, se for caso disso, de impacto;

melhorar a qualidade dos programas e a sua execução;

examinar propostas para alterações substanciais dos Programas;

preparar a Avaliação Intercalar e ex-post”.

Neste enquadramento regulamentar e de conteúdos, a presente Avaliação Contínua do PRORURAL constitui uma primeira oportunidade para apreciar aspectos-chave da implementação e operacionalização do Programa enquanto elementos estruturantes/facilitadores das dinâmicas de adesão às tipologias de intervenção e da concretização do conjunto de objectivos definidos: aspectos regulamentares, de divulgação, de definição e aplicação de critérios de selecção, de tramitação processual, de gestão, etc.

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

Em matéria de critérios de avaliação, a presente Avaliação Contínua faz uma primeira aproximação à aplicação dos seguintes:

Adaptabilidade à realidade, de modo a criar soluções ajustadas quer às necessidades/dimensões-problema, quer ao orçamento disponível;

Processo de implementação, realçando as questões de eficácia e de eficiência.

Oportunidade dos investimentos e ajudas face aos objectivos fixados; e

Selectividade e priorização dos projectos de investimento, no sentido de uma resposta mais eficaz às necessidades de intervenção identificadas.

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AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO CONTÍNUA DOCONTÍNUA DO

1.2. METODOLOGIA E FONTES DE INFORMAÇÃO

No plano metodológico, o Manual Sobre o Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação – Documento de orientação, da Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Setembro de 2006), apresenta detalhadamente os requisitos específicos da Avaliação Contínua. Estamos, assim, perante uma Avaliação cujos objectivos se encontram traçados, com base na sistematização das dimensões avaliativas a equacionar (e responder) no quadro do Estudo.

Neste sentido, apresenta-se uma descrição detalhada dos elementos metodológicos que suportaram as actividades e produtos da Avaliação Contínua, compreende:

A metodologia adequada a cada componente do Estudo;

A metodologia adequada à especificação dos resultados de cada nível de estruturação (Programa, Eixo e Medida);

As técnicas associadas à recolha directa de informação.

O quadro seguinte evidencia este esquema metodológico, cruzando as componentes específicas de avaliação com os elementos e conteúdos analisados e os instrumentos utilizados. Num segundo patamar é definido, de forma particularizada, a metodologia seguida de acordo com a segmentação do Programa (Eixos, Medidas e Acções).

A apresentação opta por um registo sucinto que pretende evidenciar a relação entre os pontos estratégicos a analisar e os instrumentos de recolha/produção de informação empírica utilizados.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Componentes específicas Conteúdos e elementos analisados

Elementos metodológicos/instrumentos de

avaliação

Avaliar a qualidade do sistema de gestão e acompanhamento

Identificação dos actores intervenientes na gestão e execução do Programa e respectivas responsabilidades;

Articulação entre os vários actores e entre os diferentes níveis de responsabilidade;

Participação dos parceiros sociais (p.e., integração das prioridades horizontais na execução do Programa);

Adequação e compreensibilidade do quadro normativo (critérios de selecção de projectos, condições de elegibilidade dos beneficiários e de investimentos, etc.).

Dispositivo de acompanhamento dos Eixos e respectivas Medidas;

Circuitos administrativos, técnicos e financeiros; Mecanismos de informação e divulgação; Oportunidade de acesso à informação; Eficácia dos mecanismos de apreciação e

selecção de candidaturas.

Análise documental/regulamentar em matéria de gestão e acompanhamento ao nível do Programa (Documento e Avaliação ex-ante do PRORURAL).

Análise documental ao nível dos projectos (p.e., circulares de aplicação das Medidas, formulários de candidatura e circuitos de gestão dos projectos de investimento).

Análise documental e dos mecanismos em matéria de informação e divulgação (sessões de esclarecimento, sites, …).

Entrevistas à Autoridade de Gestão, IFAP, Organizações de Agricultores, Direcção Regional de Desenvolvimento Agrário (DRDA), Direcção Regional de Recursos Florestais (DRRF), Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA); Instituto Regional de Ordenamento Agrário (IROA); e Grupos de Acção Local (GAL).

Reuniões tipo “brainstorming”.

Avaliar o sistema de informação e os procedimentos de recolha e de produção de dados

Métodos organizados para recolher e processar dados que representam informação necessária à gestão do Programa;

Eficácia do sistema de informação no tocante à produção de informação atempada, fidedigna e útil para os vários procedimentos inerentes à execução, acompanhamento e avaliação do Programa;

Entrevistas à Autoridade de Gestão, IFAP, Organizações de Agricultores, DRDA, DRRF, IAMA e IROA.

Análise documental (Relatórios de Execução, Manual sobre o Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação - Documento de Orientação, Setembro de 2006).

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Diversos dispositivos de concentração de dados, em termos de disponibilidade de informação e grau de utilização;

Capacidade de acesso à informação; Indicadores de resultado e de realização, em

termos de adequação e utilidade para responder aos indicadores de impacto e de contexto e às Questões de Avaliação Comuns.

(continua)

Componentes específicas Conteúdos e elementos a analisar

Elementos metodológicos/instrumentos de

avaliação

Avaliar a eficácia e a eficiência do PRORURAL

Níveis de realização física e execução financeira;

Resultados alcançados face ao previsto e se os objectivos fixados foram alcançados - ao nível dos objectivos operacionais e específicos;

Adequação do peso financeiro de cada Medida e Acção face aos resultados esperados/observados;

Contributo de cada Medida a dois níveis: para os objectivos dos respectivos Eixos e para os objectivos do Programa;

Pertinência dos indicadores previamente definidos face à capacidade de resposta no que respeita aos objectivos (específicos e operacionais), sugerindo a introdução de outros indicadores se se revelar necessário.

Entrevistas à Autoridade de Gestão e aos responsáveis de cada Eixo, Organizações de Agricultores, DRDA, DRRF, IAMA e IROA

Análise documental (Relatórios de Execução e Documento do PRORURAL)

Análise estatística Quantificação dos indicadores de

acompanhamento e de avaliação das Medidas

Indicadores de Execução Financeira

Indicadores de Realização (output)

Indicadores de Resultado Reuniões tipo “brainstorming”.

Avaliar a necessidade Identificar factores que confirmem (ou não) a Análise documental (resultados de

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

de introduzir ajustamentos face a alterações de contexto, fruto de factores externos ou resultantes do próprio Programa.

pertinência da estratégia definida ou que influenciem as respectivas execução e eficácia;

Reanálise da adequação dos objectivos e da hierarquia de prioridades às necessidades.

avaliações anteriores, informação técnica e económica sobre domínios de intervenção em áreas da agricultura e do desenvolvimento rural, documentos de política agrícola nacional e comunitária, publicações)

Análise estatística Entrevistas à Gestão do Programa,

IFAP, Organizações de Agricultores, DRDA, DRRF, IAMA e IROA.

Na óptica da identificação das eventuais alterações globais e específicas a introduzir na programação e nos instrumentos de suporte à gestão e desenvolvimento dos Eixos (ajustamentos às condições de elegibilidade, aos critérios de selecção, às estratégias de divulgação, aos mecanismos de análise e selecção de candidaturas,…).

Síntese dos outputs das componentes específicas anteriores

Reunião de trabalho com a Autoridade de Gestão.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

O quadro metodológico estruturado contemplou, ainda, componentes de avaliação por Eixo, de modo a valorizar a natureza distinta das Medidas que os constituem (objectivos, tipologia de projectos e destinatários, …) e o perfil de entidades intervenientes e de fluxos de informação. No quadro seguinte, apresenta-se a metodologia específica adoptada por Eixo que ilustra os campos de estruturação da Avaliação.

Figura 2. Metodologia de Avaliação por Eixo do Programa

10

Gestão e Acompanhamento

Análise do sistema de informação;

Análise do modelo de gestão e dos circuitos associados à tramitação processual das

candidaturas;Análise dos dispositivos de

acompanhamento e controlo;Análise das questões de

operacionalização e relação entre o conjunto de entidades que intervêm na aplicação e

execução da mesma.

Candidaturas, Aprovações e Execução

Análise da operacionalização (tipologia de destinatários, distribuição regional, …);

Análise das oportunidades e condicionantes da implementação;

Análise da dinâmica de candidaturas;

Análise da taxa de execução física e financeira.

Componentes de estudo

Análise documental/ /regulamentar em

matéria de gestão e acompanhamento

(circulares de aplicação das Medidas,

formulários de candidatura e circuitos de gestão dos projectos

de investimento)Análise documental

(documentos sectoriais) relativa aos domínios de

intervençãoRelatórios de ExecuçãoEstudo de Avaliação ex-

anteEntrevistas à

Autoridade de Gestão, IFAP, Organizações de Agricultores, DRDA;

Direcção Regional do Ambiente (DRA); DRRF,

IAMA; IROA.Análise estatística

(documentos do INE, Bases de Dados dos

Eixos/Medidas).

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

II. RELEVÂNCIA E QUADRO LÓGICO DO PROGRAMA

2.1. QUADRO LÓGICO E OBJECTIVOS DO PROGRAMA

O Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores (PRORURAL) foi instituído com base no Regulamento (CE) n.º 1698/2005, que determinou a preparação de um Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural por cada Estado-Membro e, como base nesse Documento, a concepção de um Programa de Desenvolvimento Rural que garantisse o desenvolvimento sustentável das zonas rurais através de um conjunto limitado de objectivos fundamentais: a competitividade dos sectores agrícola e florestal; a gestão sustentável do espaço rural e do ambiente; a qualidade de vida; e a diversificação das actividades nessas zonas.

Tendo em conta as especificidades regionais, o PRORURAL estabeleceu as regras gerais para a implementação de um conjunto alargado de Medidas integradas em 4 Eixos, acolhendo um perfil assente no trinómio competitividade produtiva/sustentabilidade ambiental/desenvolvimento económico-social rural. O Programa foi aprovado em 4 de Dezembro de 2007, através da Decisão C(2007) 6162 da Comissão Europeia, sendo financiado pelo Fundo Europeu Agrícola e de Desenvolvimento Rural (FEADER).

Numa perspectiva de estruturação de instrumentos de política, o PRORURAL vem dar continuidade à política sectorial agrícola e de desenvolvimento rural definida para a Região, ainda que o Programa adopte um formato ligeiramente diferente dos apoios ao sector agro-rural vigentes no período 2000-2006, ao integrar três Programas que, nesse período, foram geridos e aplicados autonomamente (PRODESA,

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

PDRu e LEADER+)1. O Programa encontra-se estruturado em torno de quatro Eixos prioritários:

Eixo 1. Aumento da competitividade dos sectores agrícola e florestal

Eixo 2. Melhoria do ambiente e da paisagem rural

Eixo 3. Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia rural

Eixo 4. Abordagem LEADER – Execução de Estratégias de Desenvolvimento Rural.

O quadro lógico do Programa define-se a partir do perfil de domínios de intervenção, de objectivos e dos principais resultados esperados. No âmbito de cada Eixo prioritário foram definidos os domínios de actuação, os quais consideram a tripla dimensão económica/ambiental/social da actividade agrícola. O perfil de domínios de intervenção, veiculado pelos objectivos principais associados aos Eixos prioritários do PRORURAL, encontra-se sistematizado no Diagrama lógico da página seguinte.

O grande objectivo estratégico para a RAA tem subjacente a promoção da competitividade como o fio condutor da política de desenvolvimento rural, atribuindo prioridade à promoção da competitividade das explorações agro-pecuárias e empresas agro-transformadoras e dos territórios, de forma ambientalmente sustentável e socialmente estável e atractiva, tendo como preocupação latente a coesão territorial e social e a diminuição das assimetrias entre as ilhas que constituem o Arquipélago.

1 PRODESA - Programa Operacional para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores - EIXO 2 - Incrementar a Modernização da Base Produtiva Tradicional; PDRu Açores – Plano de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores; LEADER+ - Ligação Entre Acções de Desenvolvimento da Economia Rural.12

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Figura 3. Diagrama lógico

Objectivos transversais

4. Reforçar a coesão territorial e social5. Promover a eficácia da intervenção dos agentes públicos, privados e

associativos na gestão sectorial e territorial

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

2.2. ANÁLISE DA PERTINÊNCIA, DA COERÊNCIA E DA RELEVÂNCIA DO PROGRAMA

A pertinência, coerência e relevância da estratégia definida para o Programa, são sustentadas: (i) na correspondência entre os objectivos principais dos domínios de intervenção e as dimensões-problema que limitam o desenvolvimento agrícola e rural da Região Autónoma dos Açores; (ii) na articulação da estrutura de Medidas e Acções em função dos objectivos globais de desenvolvimento agrícola e rural da Região Autónoma dos Açores; e (iii) no enquadramento desses objectivos, no contexto actual do sector agro-rural.

Em termos gerais, a análise da pertinência consiste em aferir em que medida os objectivos do Programa são adequados para satisfazer as dimensões-problema/necessidades que resultaram do diagnóstico efectuado aquando da concepção do Programa.

Tendo em conta os principais desafios estratégicos ventilados pelo Documento do PRORURAL, importa inscrever os mesmos à luz das perspectivas de actuação associadas aos respectivos objectivos. Os quadros seguintes realizam esse exercício procurando cruzar as principais necessidades de intervenção, identificadas pela análise SWOT desse Documento, e as grandes vertentes estratégicas de intervenção do PRORURAL.

Com base na leitura interpretativa da Avaliação ex-ante, o conjunto dos objectivos principais dos Eixos do PRORURAL foi estruturado em três grandes tipologias de intervenção que correspondem aos três grandes Eixos de intervenção do Programa.

Na Tipologia I são organizadas respostas às condicionantes identificadas a nível das explorações e empresas do sector agro-florestal, nomeadamente em matéria de desenvolvimento das fileiras 14

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

produtivas, de valorização dos produtos “Açores”, de diversificação da produção, de formação de competências, de rejuvenescimento do sector, de qualidade e inovação/actualização tecnológica, do aumento da área florestal, da valorização da multifuncionalidade da floresta, de reestruturação fundiária, etc.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Necessidades de intervenção vs. Domínios de actuação do PRORURALEIXO 1 – AUMENTO DA COMPETITIVIDADE DOS SECTORES AGRÍCOLA E FLORESTAL

Principais dimensões-problema/necessidades

Principais domínios de actuação

Aumento dos níveis de instrução e qualificação dos produtores.

Rejuvenescimento dos empresários agrícolas.

Aumento da produtividade do trabalho. Reforço da capacidade de organização,

gestão e inovação. Aumento da dimensão física e económica

das explorações. Diversificação da estrutura produtiva/da

economia agrícola. Consolidação das actividades associadas à

produção pecuária. Melhoria da organização e da integração

em fileiras e desenvolvimento de novos produtos.

Aumento do VAB e da produtividade da produção agrícola e da indústria agro-alimentar.

Modernização, reestruturação e inovação ao nível dos produtos, tecnologias e processos de produção.

Desenvolvimento e valorização de produções regionais de qualidade diferenciada e de modos de produção adaptados às condições naturais regionais.

Especialização em raças de carne, promoção e valorização da “Carne dos Açores” e desenvolvimento e valorização dos produtos transformados.

Criação de melhores condições de acesso ao mercado.

Aumento e melhoria da rede de infra-estruturas públicas de apoio à actividade agrícola e florestal

Expansão e melhoria das infra-estruturas de produção de plantas em quantidade e qualidade.

Alargamento e diversificação das áreas florestais.

Modernização e expansão das empresas de transformação e prestação de serviços na área florestal.

Articulação entre empresas, Universidade e centros de investigação e

Utilização das terras e estrutura das explorações

Infra-estruturas de apoio à actividade agrícola, agro-industrial e florestal

Produtores agrícolas Desenvolvimento do sector

agrícola, agro-industrial e florestal

Organização em fileiras: leite, carne e sectores de diversificação

Organização e espírito empresarial

Potencial de inovação e de transferência de conhecimento

Qualidade e cumprimento das normas comunitárias

Aumento dos conhecimentos e melhoria do potencial humano do sector agro-florestal

Promoção da inovação e da qualidade e reestruturação e desenvolvimento das fileiras do sector agro-florestal

Melhoria das infra-estruturas de apoio à actividade agrícola e florestal

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

desenvolvimento com o objectivo de valorização e qualificação das produções regionais.

Aumento, organização e concentração da produção de produtos de qualidade diferenciada e respectiva promoção nos mercados interno e externo.

Na Tipologia II, o enfoque vai para os valores ambientais, contemplando uma abordagem estruturada e transversal, numa óptica de maior sensibilização ambiental e acréscimo de práticas culturais ambientalmente sustentáveis, numa perspectiva de estímulo à protecção, preservação e valorização do património de elevado valor natural.

Necessidades de intervenção vs. Domínios de actuação do PRORURALEIXO 2 – MELHORIA DO AMBIENTE E DA PAISAGEM RURAL

Principais dimensões--problema/necessidades

Principais áreas e domínios de actuação

Actuação numa óptica de ordenamento do território.

Compensação dos agricultores para a manutenção da actividade agrícola de forma sustentável nas zonas desfavorecidas.

Incentivos a comportamentos ambientais com efeitos positivos adicionais.

Incentivo à introdução ou manutenção de práticas agrícolas e modos de produção que promovam a protecção da biodiversidade e de sistemas de alto valor natural e paisagístico; a protecção dos recursos hídricos e do solo; e a atenuação das alterações climáticas.

Estímulo ao aproveitamento da biomassa. Alagamento e melhoria da

sustentabilidade dos povoamentos florestais.

Reforço do papel protector da floresta quanto à biodiversidade, aos recursos hídricos e do solo, à prevenção de riscos naturais e à atenuação das alterações climáticas.

Risco de abandono e marginalização

Biodiversidade e paisagem Água Ar e alterações climáticas Resíduos Solos Produção biológica Utilização de fertilizantes e

pesticidas Bem-estar dos animais Energias renováveis e

bioenergia Florestas

Promoção da utilização continuada e sustentável das terras agrícolas

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Promoção da gestão sustentável das terras agrícolas

Promoção da gestão sustentável das terras florestais

Na Tipologia III, a actuação centra-se numa perspectiva de desenvolvimento das economias rurais através do reforço das competências locais, da identificação de oportunidades e da diversificação de actividades económicas criando, por essas vias, condições atractivas para a permanência/fixação de população.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Necessidades de intervenção vs. Domínios de actuação do PRORURALEIXO 3 – QUALIDADE DE VIDA NAS ZONAS RURAIS E DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA RURAL

Principais dimensões-problema/necessidades

Principais áreas e domínios de actuação

Diversificação da economia e do emprego nas comunidades rurais.

Desenvolvimento de serviços básicos de apoio à economia e populações das comunidades rurais.

Esforço continuado de conservação e valorização do património rural.

Esforço continuado de conservação e valorização do património rural.

Desenvolvimento da animação e de competências ao nível local.

Empresas Artesanato e Turismo Acessibilidades Serviços de comunicações Serviços de saúde, de educação,

culturais e de lazer Integração social Património Capacidade local para o

desenvolvimento

Promoção da diversificação da economia e do emprego em meio rural

Promoção da melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais

Desenvolvimento de competências a nível local

Necessidades de intervenção vs. Domínios de actuação do PRORURALEIXO 4 – ABORDAGEM LEADER

Principais dimensões-problema/necessidades

Principais áreas e domínios de actuação

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Aumento da massa crítica de alguns territórios.

Incremento da relação de proximidade com as populações locais.

Maior envolvimento de todos os parceiros no processo de desenvolvimento local.

Maior participação efectiva do conjunto dos membros da parceria na decisão.

Qualificação para melhoria das competências de dinamização local.

Delineamento de estratégias fortes suportadas num processo de participação alargada.

Melhoria da qualidade das Estratégias de Desenvolvimento Local.

População coberta e território abrangido

Parcerias e estratégias

Integração da Abordagem LEADER na programação

Como se pode observar nos quadros anteriores, os domínios de intervenção respondem de forma globalmente positiva às dimensões-problema/necessidades identificadas e que orientaram a concepção do PRORURAL, sendo ramificados num conjunto de objectivos operacionais que dão corpo a um conjunto alargado de Medidas, Acções e Sub-acções. No quadro seguinte sistematiza-se o quadro lógico de intervenção do Programa, segundo as perspectivas de actuação associadas às suas diferentes Medidas. Matriz de relação Domínios prioritários de intervenção x Eixos Prioritários

x Medidas

Eixos Prioritár

ios

Domínios prioritários de intervenção

(Sub-objectivos)Medidas

Eixo

Pri

orit

ário

1

Aumento dos conhecimentos e melhoria do potencial humano do sector agro-florestal

1.1. Formação profissional e acções de informação

1.2. Instalação de jovens agricultores

1.3. Reforma Antecipada1.4. Serviços de gestão e

aconselhamento

20

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

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Promoção da inovação e da qualidade e reestruturação e desenvolvimento das fileiras do sector agro-florestal

1.5. Modernização das explorações agrícolas

1.6. Melhoria do valor económico das florestas

1.7. Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais

1.8. Cooperação para a promoção da inovação

1.9. Criação e desenvolvimento de novos instrumentos financeiros

1.10. Catástrofes naturais Melhoria das infra-

estruturas de apoio à actividade agrícola e florestal

1.11. Melhoria e desenvolvimento de infra-estruturas

Eixo

Pri

orit

ário

2M

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ria

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e

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al

Promoção da utilização continuada e sustentável das terras agrícolas

2.1. Manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas

Promoção da gestão sustentável das terras agrícolas

2.2. Pagamentos agro-ambientais e Natura 2000

2.3. Apoio a investimentos não produtivos

Promoção da gestão sustentável das terras florestais

2.4. Gestão do espaço florestal

(continua)Eixos

Prioritários

Domínios prioritários de intervenção

(Sub-objectivos)Medidas

Eixo

pri

orit

ário

3Q

ualid

ade

de v

ida

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zona

s ru

rais

e

dive

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caçã

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Promoção da diversificação da economia e do emprego em meio rural

3.1. Diversificação da economia e criação de emprego em meio rural

Promoção da melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais

3.2. Melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais

Desenvolvimento de competências a nível local

3.3. Formação e informação

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO Ei

xo 4

Abo

rdag

em

LEA

DER Integração da

Abordagem LEADER na programação

4.1. Execução de estratégias locais de desenvolvimento

4.2. Cooperação LEADER4.3. Funcionamento dos GAL,

aquisição de competências e animação dos territórios

As Medidas definidas no PRORURAL revelam uma correspondência fiel e muito próxima dos objectivos principais/sub-objectivos dos quatro Eixos prioritários, sendo clara a coerência entre as Medidas implementadas e os objectivos visados. Do ponto de vista estratégico, este enquadramento dos instrumentos de incentivo ao sector agro-rural empreende numa linha de continuidade face ao anterior, nomeadamente:

na execução de projectos que contribuam fortemente para o dinamismo das fileiras do leite e da carne;

no estímulo à modernização e diversificação do mosaico produtivo;

no reforço das infra-estruturas de apoio ao sector agro-florestal e agro-industrial;

nos incentivos à sustentabilidade das produções e à preservação do ambiente e da paisagem; e

no estímulo à manutenção de um tecido económico e social nas zonas rurais (em particular nas ilhas com menores dinâmicas económica e social).

A estratégia de intervenção do PRORURAL encontra-se claramente presente na afectação de recursos financeiros, constante da repartição financeira indicativa, por Medida e Acção do PRORURAL. De acordo com esse Plano Financeiro, vão ser transferidos para a RAA cerca de 320 milhões de Euros no período de aplicação do Programa, traduzindo 22

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

o reconhecimento da especificidade do Complexo Agro-Florestal regional e do perfil de ocupação do território, caracterizado por vastas áreas rurais, com a presença de importantes valores naturais e culturais.

Uma visão global permite concluir pelo maior peso das Medidas que contribuem para a vertente de competitividade (46,8%) e uma menor concentração de recursos financeiros na vertente sustentabilidade (41,9%), ainda que esse peso seja ampliado pelo montante relativo aos compromissos transitados, e na vertente desenvolvimento local-rural (6,8%).

Figura 4. Repartição financeira, por Eixo Prioritário do Programa

41,9%

3,2% 6,8% 1,3% 46,8%

Eixo 1Eixo 2Eixo 3Eixo 4Assistência Técnica

Fonte: PRORURAL.

Estes elementos de análise carecem, todavia, de uma abordagem mais fina ao nível das Medidas (cf. Anexo 1 – Repartição financeira indicativa por Medida e Acção):

a Medida 2.1. Manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas, é a Medida com maior peso relativo no investimento total programado no PRORURAL (21,5%), peso fundamentado pela grande abrangência da Medida quer em termos de número de agricultores, quer em termos de área;

a Medida 2.2. Pagamentos agro-ambientais e Natura 2000 é a segunda Medida mais importante do Programa em termos

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financeiros (16%), realçando o peso da vertente sustentabilidade ambiental (note-se que a dotação orçamental para esta Medida é absorvida maioritariamente pela intervenção Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária da Acção 2.2.1. Promoção de modos de produção sustentáveis);

no Eixo 1, a Medida 1.7. Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais, tem o maior peso financeiro, ocupando o 3º lugar na ranking de Medidas com maior peso financeiro do Programa (14,0%), seguida de perto pela Medida 1.11. Melhoria e Desenvolvimento de infra-estruturas (13,8%). A elevada dotação orçamental destas duas Medidas está de acordo com a sua abrangência e, sobretudo, com os seus objectivos de ampla modernização das unidades agro-industriais e de ampla reestruturação das infra-estruturas de apoio às actividades agrícolas e florestais;

a Medida 1.5. Modernização das explorações agrícolas que, por excelência, vai enquadrar o desenvolvimento da competitividade das fileiras estratégicas e que deverá enquadrar, no futuro, o reforço do apoio a reestruturação das explorações leiteiras tem um peso financeiro que não ultrapassa os 6,2% da despesa pública;

o elevado peso da Medida 1.3. Reforma Antecipada (4,7%) face a outras de importância estratégica aproximada, está associado aos compromissos transitados;

nos Eixos 3 e 4, é a Medida 4.1. Execução de Estratégias Locais de Desenvolvimento que tem mais peso em termos de dotação

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orçamental, seguida de perto pela Medida 3.2. Melhoria da Qualidade de vida nas zonas rurais2.

Esta estrutura de distribuição orçamental é coerente com a estrutura de prioridades e com a arquitectura de objectivos do PRORURAL, que atribui maior relevo às dimensões modernização, reestruturação e competitividade do sector agro-industrial e dos sectores agrícola e florestal (particularmente através da melhoria das infra-estruturas de que depende o desenvolvimento da agricultura) e ambiente e paisagem rural mas que induz, igualmente, intervenções associadas à melhoria da qualidade de vida e à diversificação da economia nas zonas rurais. Esta repartição evidencia uma linha de continuidade com o período de programação anterior se considerarmos a contribuição conjunta do PDRu (Medidas Agro-Ambientais, Indemnizações Compensatórias, Florestação de Terras Agrícolas e Reforma Antecipada) e do PRODESA, cujas Medidas foram destinadas, sobretudo, à modernização das agro-indústrias, à criação de uma rede regional de abate, ao ordenamento agrário e à modernização das explorações agrícolas.

Em termos de resultados esperados, a presente Avaliação elencou o conjunto de necessidades identificadas e de objectivos operacionais das Medidas (constantes do Documento do PRORURAL), e procurou organizar os mesmos criando elos de relação com os principais efeitos das Medidas (identificados na Avaliação ex-ante), de acordo a própria lógica de intervenção e o seu campo de aplicação específico.

Eixo 1 – Aumentar a competitividade dos sectores agrícola e florestal Melhorar a qualificação e a valorização profissional dos activos

agrícolas Colmatar insuficiência em termos de informação agrícola

2 Cerca de 50% desse montante será, no entanto, utilizado pela SRAF para a conservação e valorização do património rural.

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Instalação de jovens agricultores – rejuvenescimento do sector agrícola

Estimular o emparcelamento agrícola Aumento da produtividade do trabalho Estimular a utilização de serviços de gestão e de aconselhamento

agrícola Promoção, (re)organização e consolidação das fileiras Aumentar o valor da produção agrícola, sobretudo ligada a

sistemas de qualidade reconhecida Introduzir factores de inovação e desenvolvimento de novos

produtos, processos e tecnologias Ajustamento estrutural e infra-estrutural – modernização e

capacitação das empresas agrícolas, florestais e agro-transformadoras – melhorar a competitividade global do complexo agro-florestal

Aumento do valor acrescentado nos sectores e unidades produtivas apoiados

Melhoria das condições ambientais, de segurança no trabalho, de higiene e bem-estar dos animais nas explorações

Melhoria da produtividade e da gestão florestal.

O PRORURAL posiciona-se para responder às necessidades dos sectores agro-pecuário, agro-industrial e florestal regionais, partindo da consideração de que a RAA tem vindo a consolidar uma base de desenvolvimento, nomeadamente, através da melhoria estrutural e das condições de produção, bem como da melhoria da qualidade dos produtos.

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Eixo 2 – Melhoria do Ambiente e da paisagem rural

Preservação e melhoria do ambiente e das paisagens naturais e protecção e melhoria dos recursos naturais – reforço da prestação de serviços ambientais à sociedade em geral

Manutenção da actividade agrícola associada a boas condições agrícolas, florestais e ambientais

Aplicação de práticas culturais menos intensivas Preservação de sistemas de produção tradicionais Implementação dos planos de gestão e ordenamento do território Melhoria da biodiversidade, da qualidade do solo e da água Gestão sustentável das terras e das florestas preservação dos ecossistemas florestais

Numa lógica relativamente agregada, deduz-se uma arquitectura centrada na

competitividade das empresas agro-pecuárias, mas também na sustentabilidade dos recursos

naturais e na revitalização dos territórios rurais.

Eixos 3 e 4 – Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia rural e LEADER

Reforço dos equipamentos e serviços de apoio nas populações rurais

Diversificação das economias rurais e criação de empregos, favorecendo as actividades não agrícolas

Reforço das dinâmicas e competências de animação locais Conservação e valorização do património rural e natural Fixação da população rural e, desejavelmente, de novos residentes Desenvolvimento de projectos de cooperação

Os elementos aqui sistematizados deixam identificados vários domínios em matéria de resultados e de efeitos face aos objectivos e aos recursos. No essencial, os resultados esperados vão de encontro ao padrão de necessidades identificadas no Estudo de Avaliação ex-ante e sistematizadas no PRORURAL, e remetem estruturalmente para os respectivos objectivos estratégicos.

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Em síntese, a estrutura dos Eixos prioritários e respectivo quadro de objectivos apresenta uma adequação satisfatória aos condicionamentos que afectam fortemente o desenvolvimento das actividades no sector agro-florestal, com destaque para o ajustamento estrutural e infra-estrutural, a organização das fileiras produtivas, a formação técnica dos activos agrícolas e a manutenção da respectiva actividade associada a boas condições agrícolas, florestais e ambientais e à revitalização dos territórios rurais.

Figura 5. Síntese dos resultados esperados, por Eixo

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As Medidas implementadas oferecem uma capacidade de resposta potencial às necessidades de intervenção de política em diferentes segmentos do sector agro-rural regional, dependendo os seus resultados efectivos da dinâmica de absorção dos recursos e da exequibilidade e sustentabilidade dos projectos, assim como da sustentabilidade das explorações beneficiárias de ajudas “forfetárias”.

Outro factor que pode influenciar, de forma mais ou menos importante, as dinâmicas de concretização de resultados são as alterações de contexto. A estratégia definida para o PRORURAL foi delineada com base num diagnóstico sectorial sustentado num vasto conjunto de indicadores estatísticos sobre a agricultura e o desenvolvimento rural da RAA, apresentado pelo PENDR e vertido no Documento do PRORURAL. Esse diagnóstico de suporte à concepção do Programa3, foi elaborado em 2007, tendo sido identificado um conjunto de pontos fortes e pontos fracos/disparidades; necessidades/lacunas e potencialidades do sector; e o potencial de oportunidades, para o qual o PRORURAL deverá contribuir.

Em termos estatísticos, não existem dados actualizados que permitam avaliar a contemporaneidade dos principais indicadores do CAF apresentados no PENDR e PRORURAL. No entanto, considera-se não terem ocorrido alterações significativas no biénio 2007/2008, mantendo-se, no essencial, a tendência registada, sobretudo nas vertentes seguintes:

redução do número de explorações agrícolas, envelhecimento da estrutura etária dos chefes de exploração;

3 Análise da situação base do contexto socio-económico geral; do desempenho dos sectores agrícola florestal e alimentar; do ambiente e do espaço rural; e da economia rural e qualidade de vida.

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melhoria da estrutura física e económica média das explorações agrícolas;

ligeira melhoria, da integração em fileiras económico-produtivas;

trajectória positiva das iniciativas no âmbito do ordenamento agrário, designadamente, nos Perímetros de Ordenamento Agrário;

estímulo ao emparcelamento com regulamentação do Regime de incentivos à compra de terras agrícolas4;

reestruturação/modernização do sector agro-industrial.

No entanto, a (re)análise da relevância do Programa faz sentido, neste momento de avaliação, tendo em conta alguns vectores-macro de evolução recente que podem, eventualmente, influenciar as dinâmicas de adesão e de absorção dos apoios existentes no PRORURAL. De entre esses elementos, destaca-se os seguintes:

Exame de saúde da PAC (CAP Health Check).

Regulamentação da União Europeia relativa às actividades agrícolas e florestais, particularmente exigente com o reforço das componentes ambiental (aplicação obrigatória da condicionalidade), qualidade e segurança alimentar e bem-estar animal.

Enquadramento económico instável e em contracção, determinando a deterioração económica e financeira dos agentes do sector (dificuldades financeiras provocadas pelo aumento dos custos dos factores de produção, diminuição da procura, redução dos preços dos produtos agrícolas no produtor, etc.).

4 Este novo sistema de apoio (RICTA), tem dois objectivos principais: a aquisição de terrenos destinados a acções de emparcelamento com a bonificação da taxa de juro e atribuição de uma comparticipação no valor da aquisição, a fundo perdido; e o apoio à aquisição de prédios rústicos por agricultores na qualidade de arrendatários, bonificando a taxa de juro do empréstimo contraído para o efeito.30

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Perspectivas negativas para o futuro próximo dos indicadores do estado da economia, reflectindo a conjuntura internacional, que pode provocar um abrandamento no investimento.

No que respeita ao Exame de saúde da PAC, o mesmo consiste no ajustamento da Reforma da PAC no sentido de: (i) tornar o regime de pagamento único mais simples e eficaz; (ii) adaptar os mecanismos de mercado a novas oportunidades; e (iii) responder aos novos e aos actuais desafios (alterações climáticas, bio-energia, gestão da água, conservação dos solos e da biodiversidade e reestruturação do sector leiteiro).

Na sequência do Exame de saúde ao processo de revisão da PAC, foi publicada a Decisão do Conselho 2009/61/CE, de 19 de Janeiro, que vem alterar a Decisão 2006/144/CE relativa às orientações estratégicas comunitárias de desenvolvimento rural (período de programação 2007-2013). Esta Decisão vem reconhecer as alterações climáticas, as energias renováveis, a gestão da água, a biodiversidade e a reestruturação do sector leiteiro, como os novos desafios cruciais para a agricultura europeia.

Os objectivos ligados a estas prioridades comunitárias deverão ser reforçados no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural da RAA, sobressaindo a importância da reestruturação do sector leiteiro, o qual é sobremaneira importante para a economia regional.

A Decisão do Conselho refere o contributo significativo dos produtores leiteiros para a manutenção do espaço rural através de uma actividade agrícola sustentável (aspecto que assume especial relevância no caso da RAA) e a necessidade de serem criadas/ajustadas medidas que facilitem a adaptação desses produtores às novas condições de mercado.

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Neste sentido, a Decisão do Conselho refere que cada Estado-Membro deverá rever o respectivo Plano Estratégico Nacional, que constituirá o quadro de referência para a revisão dos Programas de desenvolvimento rural, no sentido do reforço das medidas relacionadas com essas prioridades/desafios, enumerando um conjunto de acções-chave passíveis de implementar e de investimentos possíveis de realizar, nomeadamente:

Eixo 1: compra de máquinas e equipamentos que permitam poupar energia, água e outros factores de produção, bem como para a produção de energia renovável e sua utilização na exploração agrícola. Nos sectores agro-alimentar e silvícola, o apoio ao investimento deve contribuir para desenvolver formas mais inovadoras e mais sustentáveis de transformação de bio-combustível.

Eixo 2: as Medidas Agro-ambientais e as medidas silvícolas podem ser utilizadas em especial para aumentar a biodiversidade, mediante a conservação de tipos de vegetação com grande variedade de espécies e a protecção e manutenção de prados e formas extensivas de produção agrícola.

Eixos 3 e 4: podem ser apoiados processos de cooperação e projectos em matéria de energias renováveis, assim como a diversificação das actividades dos agricultores através da produção de bioenergia. A conservação do património natural pode contribuir igualmente para proteger “habitats”.

No actual contexto económico-produtivo e social da RAA, a supressão gradual das quotas leiteiras em 2015 deve ser preparada sem demoras sendo necessário reforçar os sinais para o ajustamento das lógicas de investimento das explorações leiteiras regionais. As 32

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reflexões da Equipa de Avaliação vão no sentido de enfatizar as perspectivas de actuação seguintes:

(i) A filosofia das orientações estratégicas/prioridades comunitárias relacionadas com a reestruturação ao sector leiteiro é relativamente clara: face ao termo do regime de quotas leiteiras, há necessidade premente de reestruturar as actividades agro-rurais, segundo uma lógica que responda às novas condições de mercado e, designadamente, à necessidade de atenuar os elevados custos de produção.

(ii) A aplicação às explorações pecuárias regionais dos requisitos do Regime de Exercício da Actividade Pecuária e de outras directivas de carácter ambiental, aponta para estruturas de custos fortemente penalizadoras da competitividade--preço das produções leiteiras da Região. Em face disto, deve ser prioritariamente apoiado todo o investimento que, sendo elegível, possa contribuir para melhorar as estruturas de custos das explorações.

(iii) O estímulo aos investimentos nas explorações deve beneficiar de prioridade quando os mesmos respondam a: necessidades de carácter ambiental (p.e., instalação de estações de tratamento de efluentes, intervenções nas áreas da higiene e bem-estar animal e diminuição da pressão animal sobre os solos); requisitos de eficiência na utilização de recursos (terra, água e energia), p.e., através do apoio ao emparcelamento e às infra-estruturas de captação de água, de instalação de electricidade e de unidades de frio e à construção de caminhos.

(iv) A integração de actividades de produção e agro-transformação, num contexto de aproveitamento de oportunidades de (re)estruturação da Fileira do leite, constitui uma condição sine

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qua non para assegurar níveis de competitividade das produções regionais, através de acções que facilitem a concentração de unidades e a integração de actividades, a par do apoio a linhas de investigação para a criação de novos produtos (p.e., através de parcerias entre produtores ou organizações de produtores com as Universidades e Centros de Competência, bem como do apoio a iniciativas que visem a melhoria da qualidade do leite).

Estas propostas têm acolhimento em diversas Medidas/Acções do PRORURAL, nomeadamente, 1.5., 1.7. e 1.11., o que deve ser encarado como um desafio para as entidades envolvidos na dinamização das Medidas e em áreas de tutela relevantes. Um desafio, sobretudo, na óptica de uma absorção mais racional e dinâmica dos recursos de financiamento.

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Quadro 1. Conjunto de acções-chave possíveis implementar para dar resposta às prioridades comunitárias

Prioridades

Domínios prioritários de intervenção

(Medidas)Acções-chave

Med

idas

de

Acom

panh

amen

to d

a Re

estr

utur

ação

do

Sect

or L

eite

iro Modernização das Explorações

Agrícolas Aumento do valor dos Produtos

Agrícolas e Florestais Cooperação para a promoção da

inovação Pagamentos Agro-ambientais

Apoio ao Investimento relacionado com a produção leiteira

Melhorias na Transformação e Comercialização

Inovação relacionada com o sector leiteiro

Prémios às pastagens e produção extensiva, produção biológica relacionada com a produção de leite, prémios às pastagens permanentes em zonas desfavorecidas

Biod

iver

sida

de

Pagamentos Agro-ambientais Investimentos não produtivos Pagamentos silvo-ambientais Conservação e valorização de

património rural Formação Profissional e acções de

informação

Formas Extensivas de gestão de animais

Produção Integrada e Biológica

Informação e divulgação de conhecimentos

Não aplicação de fertilizantes e pesticidas em terras agrícolas de elevado valor natural

Ges

tão

da Á

gua

Modernização das Explorações Agrícolas

Aumento do valor dos Produtos Agrícolas e Florestais

Pagamentos Agro-ambientais Investimentos não produtivos Melhoria e desenvolvimento de

infra-estruturas Primeira Florestação de Terras

Agrícolas e Não agrícolas Conservação e valorização de

património rural Formação Profissional e acções de

informação

Tecnologia de produção que permitam poupar água

Armazenamento de água Informação e divulgação de

conhecimentos relacionados com a gestão da água

Práticas de gestão o solo Instalação de tratamento de

águas residuais em explorações agrícolas e no sector da transformação e comercialização

Conversão de terras agrícolas em sistemas florestais e agro-sílvicolas

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO En

ergi

as R

enov

ávei

s Modernização das Explorações

Agrícolas Aumento do valor dos Produtos

Agrícolas e Florestais Diversificação para actividades

não agrícolas Criação e desenvolvimento de

micro-empresas Formação Profissional e acções de

informação Melhoria e desenvolvimento de

infra-estruturas Cooperação para a promoção da

inovação

Produção de biogás Informação e divulgação de

conhecimentos

Quadro 1. Conjunto de acções-chave possíveis implementar para dar resposta às prioridades comunitárias

Prioridades

Domínios prioritários de intervenção

(Medidas)Acções-chave

Alte

raçõ

es

Clim

átic

as

Modernização das Explorações Agrícolas

Aumento do valor dos Produtos Agrícolas e Florestais

Cooperação para a elaboração de novos produtos

Pagamentos Agro-ambientais Investimentos não produtivos Primeira Florestação de Terras

Agrícolas e Não agrícolas

Melhoramento da eficácia energética

Práticas de gestão do solo Mudanças da utilização das

terras Extensificação da produção

animal

No imediato, as condições de acesso e as prioridades associadas aos critérios de selecção, constituem uma base de trabalho importante para (re)orientar os projectos dos promotores. Assim, é desejável que esses critérios enfatizem aspectos ligados a prioridades de carácter ambiental, de eficiência energética e de gestão de recursos hídricos, bem como de associação dos investimentos económicos nas explorações à frequência de acções de reconversão profissional, e a outros investimentos em factores dinâmicos de competitividade e na diversificação de actividades agro-rurais.

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2.3. ARTICULAÇÃO DO PRORURAL COM OUTROS INSTRUMENTOS DE APOIO

Os contributos do PRORURAL para os objectivos da estratégia regional de modernização do complexo agro-industrial e de desenvolvimento rural, ainda que com graus de intensidade diferenciados, encontram-se reflectidos no perfil de Medidas e Acções do Programa. No entanto, importa não menosprezar as complementaridades que essas Intervenções do PRORURAL estabelecem com outros instrumentos de política, sendo de destacar três grandes linhas de ajudas comunitárias, relativamente às quais as sinergias são relevantes, face aos objectivos específicos do PRORURAL:

POSEI: Programa de apoios específicos no domínio agrícola para as regiões ultraperiféricas.

VITIS: Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão das Vinhas.

PROAMA: Programa de Apoio à Modernização Agrícola. RICTA: Regime de Incentivos à Compra de Terras Agrícolas.

A análise seguinte procura: estabelecer, de forma sucinta, a ponte entre as potencialidades dos instrumentos de apoio (sintetizados nas suas especificidades e vertentes de intervenção); confirmar o enquadramento do PRORURAL na Estratégia Regional para as Florestas; e validar a complementaridade com a Rede Rural Nacional (RRN). Do ponto de vista metodológico, recorreu-se à análise documental.No quadro do objectivo estratégico global do PRORURAL da promoção da competitividade das explorações agrícolas, os três instrumentos de apoio acima referidos apresentam uma forte complementaridade com o Programa, na medida em que contribuem para alguns dos respectivos objectivos específicos. De acordo com o enquadramento regulamentar de cada um dos três instrumentos referidos, os

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objectivos para os quais contribuem são fundamentalmente os organizados no quadro seguinte.

Quadro 2. Quadro de instrumentos de apoio disponíveis na RAAInstrume

nto de apoio

ObjectivosObjectivos das Medidas/objectivos específicos do PRORURAL para os

quais contribuemPOSEI Contribuir para compensar

os elevados sobrecustos que atingem as fileiras agrícolas numa região fortemente marcada por “handicaps” persistentes e decorrentes da ultraperificidade;

Aprofundar a diversificação da base produtiva regional e aumentar a produção e a qualidade dos produtos alternativos e favorecer a sua comercialização;

Apoiar as actividades económicas predominantes (leite) e a melhoria da produção de carne de bovino;

Contribuir para a manutenção da produção interna e para a satisfação dos hábitos de consumo locais.

Medida 1.5. Melhorar os rendimentos agrícolas e as

condições de vida e de trabalho; Manter e reforçar um tecido económico e

social viável nas zonas rurais; Melhorar a competitividade dos sectores

estratégicos da Região; Promover o desenvolvimento de actividades

e práticas potenciadoras do aproveitamento das condições edafo-climáticas da Região, da preservação do meio ambiente e da criação de ocupações e rendimentos alternativos para os agricultores;

Produzir produtos de qualidade e com elevado valor acrescentado, de acordo com a procura crescente destes produtos por parte dos consumidores;

Incentivar um modelo de desenvolvimento rural abrangente dos diversos tipos de agricultores e zonas rurais.

VITIS

Aumentar a competitividade dos produtores de vinho através da reestruturação da vinha e melhoria da qualidade do vinho.

Promover o desenvolvimento de actividades e práticas potenciadoras do aproveitamento das condições edafo-climáticas da Região, da preservação do meio ambiente e da criação de ocupações e rendimentos alternativos para os agricultores;

Produzir produtos de qualidade e com elevado valor acrescentado, de acordo com a procura crescente destes produtos por parte dos consumidores;

Incentivar um modelo de desenvolvimento rural abrangente dos diversos tipos de agricultores e zonas rurais.

Quadro 1. Quadro de instrumentos de apoio disponíveis na RAA (cont.)

Instrumento

de apoioObjectivos

Objectivos das Medidas/objectivos específicos do

PRORURAL para os quais contribuem

PROAMA Contribuir para reforçar os indicadores da modernização, mecanização e produtividade

Medida 1.5. Modernização das explorações agrícolas Melhorar o desempenho económico

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das explorações agro-pecuárias Melhorar as condições de

trabalho e das produções desenvolvidas segundo processos sociais e ambientalmente sustentáveis.

das explorações agrícolas através de um melhor uso dos factores de produção, incluindo a introdução de novas tecnologias e da inovação.

Melhorar o desempenho económico das explorações através de uma melhor gestão dos factores de produção, incluindo a introdução de novas tecnologias;

Melhorar a competitividade dos sectores estratégicos da Região;

Melhorar os rendimentos agrícolas e as condições de vida e de trabalho.

RICTA

Reforçar o ordenamento agrário, com efeitos positivos nas condições de produção que determinam uma melhor eficácia económica do sector e na sua contribuição para o desenvolvimento da região.

Melhorar estruturalmente contribuindo, de forma significativa, para a garantia de melhores níveis de produção;

Facilitar a implementação de medidas estruturais de modernização e de segurança da empresa agrícola,

Melhorar o nível de aproveitamento das benfeitorias introduzidas.

Medida 1.2. Instalação de Jovens agricultores Promoção da capacidade competitiva

do sector agrícola.Medida 1.3. Reforma Antecipada Favorecer o emparcelamento agrícola

de exploração ou parcelas de modo a permitir uma maior viabilidade económica das novas explorações.

Medida 1.5. Melhorar a competitividade dos

sectores estratégicos da Região.

No que respeita ao princípio da complementaridade, a aplicação (e absorção) dos vários instrumentos aconselha, nomeadamente, a uma articulação ao nível dos dispositivos práticos de interligação entre o PRORURAL e essas mesmas ajudas, sendo, por excelência, instrumentos de actuação regional muito próximos dos agentes económicos.

No que se refere ao POSEI, este Programa tem como principais orientações: a estabilização de regime extensivo da produção pecuária (leite e carne) e dos rendimentos dos agricultores; a criação de um novo impulso das culturas vegetais tradicionais como a vinha,

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beterraba, chicória, chá, frutas, legumes, plantas e flores; e a redução dos custos de produção das explorações açorianas.

A grande maioria dos beneficiários e potenciais beneficiários do PRORURAL também beneficia de ajudas no âmbito do POSEI, o qual concede ajudas às produções locais, não colidindo com o PRORURAL na medida em que o conceito de pagamento de ajudas é diferente, pois são directamente pagas em função das actividades das respectivas explorações.

Os objectivos do POSEI concorrem com os objectivos do PRORURAL (designadamente do Eixo 2) na medida em que contribuem, em larga medida, para o aumento do rendimento das explorações e, consequente, para o reforço de um tecido económico e social e viável nas zonas rurais.

De acordo com resultados da inquirição das explorações agro-pecuárias no âmbito do Estudo do Sector Agrícola da Região Autónoma dos Açores (IESE, 2008), o principal impacte das ajudas deste Programa remete para a “atenuação dos efeitos dos condicionalismos da situação geográfica e para a redução dos custos de produção; na perspectiva dos produtores agro-pecuários, a melhoria das condições de produção também foi considerada um impacte importante.

Esta avaliação foi de encontro à apreciação geral resultante das entrevistas a interlocutores privilegiados, sendo que, na sua concepção, as medidas específicas a favor das regiões ultraperiféricas no domínio agrícola têm tido um impacte global positivo no desenvolvimento económico e social do sector agro-pecuário da Região”.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

O apoio do VITIS tem como objectivos a reconversão varietal e a melhoria da gestão da vinha, sobretudo, através da alteração dos sistemas vitícolas e a melhoria das infra--estruturas fundiárias (p.e., remoção e reconstituição de muros de pedra e a construção de reservatórios).

Actualmente encontram-se em reestruturação dezenas de hectares de vinha nas ilhas de São Miguel, Terceira, Graciosa, Pico e São Jorge, apoiados através deste regime, o qual tem especial importância na reestruturação das Zonas Vitivinícolas dos Biscoitos na Ilha Terceira, Pico e Graciosa (três regiões demarcadas, criadas em 1994 - as duas primeiras para produção de vinhos licorosos (VLQPRD) e a Graciosa para vinhos de qualidade (VQPRD)).

Relativamente ao PROAMA, aprovado em Agosto de 2008 (Portaria n.º 64/2008 de 7 de Agosto de 2008), observa-se uma complementaridade potencial entre os investimentos realizados no quadro do PRORURAL (que envolve, por natureza e perfil de elegibilidades, montantes maiores) com os investimentos canalizados via PROAMA que visa aspectos mais particulares, relacionados com a introdução de equipamentos dimensionados e adequados ao perfil da estrutura fundiária (pequenas parcelas). Essa complementaridade que deverá ser estimulada, pode vir a contribuir para uma efectiva potenciação dos dois instrumentos de investimento tornando mais claro para os beneficiários, o perfil de elegibilidades.

O RICTA, aprovado em Junho de 2008, apresenta-se como um instrumento essencial para a reestruturação fundiária, sendo um regime de incentivos que tem como principal objectivo o redimensionamento e, consequentemente, o aumento da competitividade das explorações agrícolas.

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O RICTA estimula a aquisição de terras, através da bonificação dos juros dos empréstimos contratados para esse efeito. Este regime de incentivos visa ainda incentivar o emparcelamento, através da cedência complementar de uma comparticipação a fundo perdido. Em termos de âmbito de aplicação, este instrumento está intimamente ligado com as Medidas 1.2., 1.3. e 1.5., que têm como objectivo melhorar a competitividade do sector agrícola, objectivo para o qual o redimensionamento das terras agrícolas contribui fortemente.

Num contexto mais alargado, onde se incluem outros instrumentos de política, para além das linhas de apoio dirigidas aos produtores, o PRORURAL procurou enquadrar-se na Estratégia Regional Florestal, na rede ecológica, resultante da aplicação da Directiva Aves e da Directiva Habitats.

No quadro do objectivo estratégico global da promoção da competitividade das empresas florestais e da gestão dos espaços florestais de forma ambientalmente sustentável e socialmente estável e atractiva, o PRORURAL tende a desempenhar um papel relevante na prossecução dessa finalidade.

A Estratégia Regional Florestal, consagrada na Estratégia Nacional para as Florestas, concretiza-se segundo cinco grandes eixos de actuação:

Aumentar a competitividade (qualidade e eficiência) do sector florestal com vista a uma floresta rentável e sustentável economicamente;

Apoiar a valorização profissional e promover o aumento de conhecimento florestal;

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Garantir a redução dos riscos associados à flora invasora, pragas e doenças, obtendo-se a melhoria da viabilidade vegetativa e a sanidade dos povoamentos florestais;

Contribuir para um correcto ordenamento físico do território açoriano e para a protecção, valorização e gestão dos seus recursos naturais; e

Dinamizar o uso múltiplo da floresta.

Na Região, a floresta desempenha uma função lúdica e recreativa ímpar e contribui para a tipicidade da paisagem, para o ordenamento do território e para a protecção de culturas agrícolas e das pastagens permanentes, sendo igualmente importante ao nível dos postos de trabalho que ocupa e da riqueza que gera.

As Medidas estabelecidas no quadro do PRORURAL, quer ao nível do aumento da competitividade do sector florestal, quer ao nível da gestão do espaço florestal deixam antever uma coordenação dos objectivos dos apoios com a estratégia regional de desenvolvimento do sector, tal como foi recomendado nas avaliações do PRODESA e do PDRu, do anterior período de programação. O conjunto de Medidas do PRORURAL com intervenção no sector florestal encontra-se sistematizado no quadro seguinte.Quadro 3. Medidas com intervenção no sector florestal, de acordo com os

Eixos

Eixo Medidas

Eixo 1 – Aumento da competitividade dos sectores agrícola e florestal

1.4. Serviços de gestão e aconselhamento (Acção 1.4.2 Serviços de aconselhamento florestal);1.6. Melhoria do valor económico das florestas;1.7. Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais;1.11. Melhoria e desenvolvimento de infra-estruturas

(Acção 1.11.5 Infra-estruturas de apoio à actividade florestal).

Eixo 2 – Melhoria do 2.4. Gestão do espaço florestal.43

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ambiente e da paisagem ruralEixo 3 – Melhoria do ambiente e da paisagem rural

3.2. Melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais(Acção 3.2.2. Conservação e Valorização do Património Rural).

As acções necessárias à implementação das medidas florestais do PRORURAL desencadeadas durante o ano de 2008, com a preparação do quadro regulamentador de aplicação dos apoios. A primeira Medida a ter publicado o seu regulamento de apoio foi a Medida 1.6., opção política que vem de encontro ao principal desafio que se coloca ao sector florestal açoreano – melhorar a competitividade do sector (qualidade e eficiência).

No Eixo 1, merece igualmente destaque a Medida 1.7., cuja intervenção ocorre ao nível da transformação e comercialização de produtos florestais e a Acção 1.11.5. da Medida 1.11. Melhoria e desenvolvimento de infra-estruturas, a qual tem inscrita verbas para a construção, na Ilha de São Miguel, de um Centro de produção em massa de espécies florestais, da responsabilidade da DRRF.

As Medidas do Eixo 2 destacam-se pelas suas duas principais vertentes de actuação: florestação de terras agrícolas e de terras não agrícolas e valorização da utilização sustentável das terras florestais.

No Eixo 3, destaca-se a Acção 3.2.2., cuja actuação passa pela valorização ambiental e social dos perímetros e núcleos Florestais, assim como das áreas baldias submetidas ao regime florestal.

Em conclusão, constata-se que o PRORURAL promove uma abordagem integrada à floresta e ao sector florestal açoriano, sem descurar componentes importantes como a informação e a formação profissional, bem como os serviços de aconselhamento técnico. As medidas preconizadas conferem, assim, aderência às orientações 44

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consagradas na Estratégia Florestal Regional e vão de encontro às principais necessidades do sector florestal açoriano, identificadas durante a avaliação ex-ante do PRORURAL:

reforço da valorização dos produtos e apoio ao desenvolvimento de novos produtos e tecnologias;

melhoria das infra-estruturas e a maior acessibilidade a serviços de apoio e equipamentos;

promoção da multifuncionalidade da floresta; apoio a técnicas de produção sustentáveis e combate a espécies

invasoras; e reforço dos planos de gestão.

O PRORURAL consubstancia um conjunto de Medidas e orientações consideradas adequadas à integração das actividades agrícolas na Rede Natura 2000, na medida em que contempla Acções que funcionam como um instrumento de gestão territorial e de conservação da diversidade biológica.

Estas Acções, integradas no Eixo 2, têm como objectivo a promoção da competitividade a par da consolidação e melhoria da multifuncionalidade, garantindo e aumentando a sua valorização económica e ambiental.

Relativamente ao Plano Sectorial da Rede Natura 2000, o PRORURAL contribui de forma relevante para a concretização das orientações estratégicas ao nível da gestão do território, designadamente através da Acção 2.2.3. Pagamentos Rede Natura 2000, e, embora indirectamente, através das Acções relativas à promoção de modos de produção sustentáveis e à protecção da biodiversidade e dos valores naturais e paisagísticos.

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Note-se, ainda, a entrada em vigor da Rede Rural Nacional que tem como objectivo principal criar oportunidades de melhorias para alguns aspectos considerados factores de ineficácia da política (cf. Rede Rural Nacional, MADRP, pág. 25):

Deficiente articulação entre os instrumentos de política e coerência entre as políticas;

Fraca ou nula execução de algumas políticas face às estratégias definidas;

Dificuldades na orientação dos projectos para sectores/actividades estratégicas;

Inexistência ou frágil procura para os instrumentos de política, em algumas regiões;

Falta de qualificação de agentes e de atractibilidade da actividade, falta de empreendedorismo;

Dificuldade de implementação de “novas acções” em matéria agro-ambiental e de capacidade para monitorizar/avaliar os efeitos destas políticas;

Dificuldade de envolvimento de populações e agentes; e

Dificuldade no desenvolvimento de relações de cooperação entre agentes/territórios.

A Rede pretende, assim, estimular e facilitar a aplicação das oportunidades oferecidas no âmbito do PRORURAL com vista, por um lado, a reforçar o seu conhecimento e, por outro lado, a promover a sua aplicação/execução de uma forma orientada à prossecução dos seus objectivos, através das suas principais linhas de actuação, nomeadamente as sistematizadas na Figura seguinte.

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De uma forma transversal, e de acordo com os objectivos do PRORURAL nessa matéria (Reforçar a coesão territorial e social e Promover a eficácia da intervenção dos agentes públicos, privados e associativos na gestão sectorial e territorial) há dois instrumentos na RAA que se entrecruzam com a política sectorial agrícola e de desenvolvimento rural enquadrada neste período de programação (2007-2013) no PRORURAL, designadamente os seguintes:

Programa Operacional dos Açores para a Convergência (PROCONVERGÊNCIA): a estratégia definida assenta em grandes prioridades estratégicas com intervenção, nomeadamente, no âmbito da economia/investimentos em empresas em meio rural, dos recursos humanos/animação local e inclusão social e da valorização do território/serviços

Área da competitividade

Identificação de experiências de sucesso, de boas práticas e novos conhecimentos relativos a factores de competitividade transferíveis para as empresas, nomeadamente inovação de produtos e práticas.

Analisar o efeito das políticas de desenvolvimento rural na prossecução dos

Área da conservação dos recursos naturais

Identificação de experiências de sucesso, boas práticas e de novos conhecimentos relativos à preservação dos recursos naturais e biodiversidade no âmbito da gestão sustentável das actividades agrícolas e florestais.

Divulgar informação sobre os apoios disponíveis dirigidos à gestão sustentável

Área da revitalização dos territórios rurais

Estimular a cooperação entre agentes na procura e desenvolvimento de ideias e práticas que contribuam para a revitalização dos territórios rurais.

Acompanhar a evolução do contexto sócio-económico das zonas rurais.

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básicos em meio rural. Este Programa envolve, igualmente, um eixo prioritário que apoia a compensação dos sobrecustos nas RAA.

Neste contexto, realça-se o Eixo prioritário 1, que canaliza apoios para estimular a investigação e para fomentar iniciativas de I&D, no sentido da inovação de processos e de produtos.

Programa Operacional co-financiado pelo Fundo Social Europeu para os Açores (PROEMPREGO): assenta em três grandes orientações estratégicas, designadamente, a qualificação e diversificação das condições de empregabilidade; a valorização do sistema científico produtor de conhecimento relevante para a inovação e competitividade do modelo de desenvolvimento açoriano; e a promoção de condições de coesão social no desenvolvimento emergente na economia açoriana.

Neste âmbito destaca-se as intervenções no domínio do aumento do número de activos qualificados, de acções de sensibilização/formação, p.e., para o fomento e disseminação do empreendedorismo, da investigação em meio empresarial e da formação e acreditação de consultores.

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III. SISTEMA DE GESTÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLO

3.1. ESTRUTURA DE GESTÃO E ACOMPANHAMENTO

As orientações globais relativas ao modelo de governação a vigorar no novo período de programação do desenvolvimento rural (2007-2013) foram definidas pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 147/2006, sendo o modelo composto por seis diferentes níveis: coordenação estratégica interministerial; coordenação nacional do FEADER; órgãos de gestão; órgãos de acompanhamento; organismo pagador; e organismo de certificação.

A Avaliação Contínua irá apreciar, sobretudo, os níveis que asseguram as funções de gestão e acompanhamento do PRORURAL.

Os elementos específicos do modelo de governação dos instrumentos de programação do desenvolvimento rural para o período de 2007-2013 constam do Decreto-Lei n.º 2/2008, de 4 de Janeiro, o qual estabeleceu, igualmente a estrutura orgânica relativa ao exercício das respectivas funções de gestão, controlo, informação, acompanhamento e avaliação, nos termos dos regulamentos comunitários aplicáveis. A aplicação em concreto do Programa de Desenvolvimento Rural, é regulada pelo Decreto-Lei n.º 37-A/2008, de 5 de Março, que estabeleceu as regras gerais.

Na sequência da aprovação deste quadro legal, e nos termos da Orientação n.º 5/2006 do Governo Regional da Região Autónoma dos Açores, de 2 de Março, o modelo de governação e gestão do PRORURAL foi definido pela Resolução do Conselho do Governo n.º 35/2008 de 5 de Março de 2008, a qual: atribuiu competências ao Secretário Regional da Agricultura e Florestas em matéria de governação do PRORURAL; definiu a representação da Região na Comissão de Coordenação Estratégica Interministerial (CCEI) e na

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Comissão de Coordenação Nacional do FEADER (CCN); estabeleceu a composição e competências da Autoridade de Gestão do PRORURAL; nomeou o respectivo Gestor; e definiu os órgãos das administrações regionais nos quais podem ser delegadas as competências do Organismo Pagador.

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Figura 6. Esquema simplificado da estrutura de gestão e controlo do PRORURAL

A Autoridade de Gestão (AG) é constituída pelo seu Gestor e é apoiada por um Secretariado Técnico, organizando-se nas quatro áreas-chave ilustradas na figura anterior (identificadas a amarelo). A AG é apoiada pela Unidade de Gestão, à qual compete apreciar a evolução da gestão e execução do Programa.

Neste modelo, a DRACA assume as funções de AG do PRORURAL recaindo sobre esta entidade a operacionalização e gestão de grande parte das Medidas do Programa. A DRACA delegou também essa função em Organismos Intermédios, estabelecendo protocolos para o efeito, de acordo com a especificidade das Medidas e dada a experiência adquirida por esses organismos no período de programação anterior.

Órgão de Coordenação

Estratégica Inter-Órgão de Orientação

Política para as Intervenções Comunitárias

Órgão de Aconselhamento Estratégico para as Intervenções

Órgão de Coordenação

Nacional do FEADER

Nível Operacional

Nível Estratégico

Órgãos de âmbito nacional

Órgãos de âmbito regional

Comité de Acompanhamento

Outras entidades de âmbito regional,

nacional e comunitário

Estrutura de Apoio Técnico

Autoridade de Gestão (Gestor)

Unidade de Gestão

Informação e

Operacionalização das

Acompanhamento e

Articulação com outras

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De salientar, ainda, a integração da Abordagem LEADER, com o seu método de gestão bottom-up, corporizado pelos Grupos de Acção Local (GAL), cuja selecção teve a responsabilidade da DRACA a qual deverá assegurar, igualmente, a operacionalização do Eixo 4 através da análise e proposta de decisão relativa a candidaturas apresentadas pelos GAL (no âmbito das Medidas 4.1, 4.2 e 4.3).

A AG do PRORURAL é a DRACA, sendo que, neste modelo recai sobre essa entidade a operacionalização e gestão de grande parte das Medidas do PRORURAL tendo delegado também essa função em organismos intermédios (cf. Figura 7), estabelecendo protocolos para o efeito, de acordo com a especificidade das Medidas e dada a experiência adquirida por esses organismos no período de programação anterior.

Figura 7. Modelo institucional da Autoridade de Gestão

Legenda: DRDA – Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário; IROA – Instituto Regional de Ordenamento Agrário; DRRF – Direcção Regional de Recursos Florestais; DRACA – Direcção Regional dos Assuntos Comunitários para a Agricultura; GAL – Grupos de Acção Local.

Secretariado Técnico

DRDA Medida 1.1.(componente

privada)

IROA Medida 1.3.

DRRFMedidas 1.6.

e 2.4.

IAMAControlo in

loco das Medidas

2.1. e 2.2.

GALExecução do Eixo 4

Gestor

Órgãos de gestão intermédia

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Para além das entidades reflectidas na Figura anterior, a estrutura de gestão do PRORURAL conta, ainda, com o envolvimento dos Serviços de Desenvolvimento Agrário (SDA), os quais, em cada Ilha, prestam apoio na recepção e validação de candidaturas e realizam as acções de vistoria às explorações candidatas a projectos de investimento no âmbito do Eixo 1. O IAMA, para além de assegurar o controlo das Medidas 2.1. e 2.2., emite pareceres sobre as candidaturas apresentadas no âmbito das Medidas 1.7. e 1.8.

A operacionalização do PRORURAL está cometida à Autoridade de Gestão, responsável pela gestão e execução eficiente e eficaz do Programa exercendo as competências definidas nos termos previstos no artigo 75º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, do Conselho, de 20 de Setembro, e na legislação comunitária, nacional e regional aplicável. Para além desta estrutura, a DRACA vai ser responsável pela montagem e gestão da Rede Rural Nacional.

O modelo implementado dispõe das características, estrutura e competências adequadas à boa gestão, acompanhamento e controlo ao nível dos Eixos Prioritários do Programa e das Medidas, respondendo às necessidades em matéria de análise, de controlo administrativo e de acompanhamento dos projectos, contribuindo para uma maior celeridade e fiabilidade do processo de atribuição das ajudas veiculadas pelas intervenções do Programa.

Figura 8. Estrutura de gestão e controlo do PRORURAL

COMOrganismo

de certificação

IGF

Organismo Pagador

IFAP 53

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Fonte: PRORURAL.

Numa análise mais fina, este modelo/forma de governança de proximidade, tal como está implementado e aproveitando a experiência e as boas-práticas do período de programação anterior, é facilitador da maximização de sinergias, uma base indispensável para a boa eficiência e rigor da gestão e execução do Programa.

O acompanhamento do PRORURAL é assegurado por um Comité de Acompanhamento, onde se encontram representadas as entidades seguintes:

Autoridade de Gestão do PRORURAL, representada pelo Gestor, que preside;

Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário (DRDA);

Direcção Regional dos Recursos Florestais (DRRF);

Gabinete de Planeamento da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas (GP – SRAF);

Entidade PagadoraComité de

Acompanhamento

Unidade de Gestão

Estrutura de Apoio Técnico

Autoridade de Gestão

(Gestor)

Organismos intermédios de

gestãoDRDA, IROA,

Organismos de controlo in loco

IFAP/AG

Organismos de controlo ex-post

IGAP

Organismo de supervisão dos

GALDRACA

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Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA);

Instituto Regional de Ordenamento Agrário, SA (IROA);

Vice-presidência do Governo Regional;

Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM);

Secretaria Regional dos Assuntos Sociais (SRAS);

Autoridades de Gestão das Intervenções FEDER/Fundo de Coesão, FSE e FEP;

Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores;

Grupos de Acção Local (GAL);

Parceiros económicos e sociais e outros organismos em representação da sociedade civil, particularmente organizações ambientais e organismos responsáveis pela promoção da igualdade entre homens e mulheres;

Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP);

Comissão Europeia (CE);

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP); e

Organismo de Certificação.

O Comité de Acompanhamento tem como competência geral certificar-se da eficácia da execução do PRORURAL, reunindo ordinariamente uma vez por ano. Da leitura interpretativa das Actas do Comité de Acompanhamento, foi possível constatar que as reuniões consistem na criação de um espaço de participação activa e construtiva, onde todos os membros se podem pronunciar e participar, de acordo com as suas competências e interesses.

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No âmbito dessas reuniões, as entidades representadas tiveram oportunidade de expressar a sua visão e contribuir para aspectos estruturantes de implementação e operacionalização do Programa (p.e., apreciação dos critérios de selecção de cada uma das Medidas do Eixo 1). No que respeita à participação dos parceiros económicos e sociais, a sua intervenção é considerada indispensável na medida em que veicula a perspectiva dos beneficiários finais face a todo o processo, desde a candidatura até à execução (informação e divulgação, formulários de candidatura, elegibilidades e critérios de selecção, realizações e resultados, alterações necessárias, etc.).

A Unidade de Gestão do PRORURAL tem como principal objectivo apreciar os aspectos mais relevantes da execução do Programa, designadamente os seguintes:

A evolução da execução física e financeira;

O funcionamento da estrutura de gestão, acompanhamento e controlo;

As propostas de alterações do Programa;

Os Relatórios anuais de execução e os Relatórios de avaliação.

A Unidade de Gestão reúne pelo menos uma vez por ano e nela têm assento os seguintes elementos:

Gestor do PRORURAL, que preside;

Director Regional do Desenvolvimento Agrário;

Director Regional dos Recursos Florestais;

Director do Gabinete de Planeamento da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas;

Presidente do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas;

Presidente do Conselho de Administração do IROA, SA;56

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Representantes das seguintes entidades: DRACA; Direcção Regional do Orçamento e Tesouro (DROT); SRAM; SRAS; GAL e IFAP.

A Unidade de Gestão tem como princípio assegurar a tomada de medidas que contribuam para elevar os níveis de eficácia na gestão e execução do Programa, constituindo um primeiro nível de coordenação e concertação entre os diferentes intervenientes. As reuniões têm potencial para decidir no sentido de agilizar os procedimentos de validação de candidaturas (p.e., tramitação especial para projectos estruturantes) e para resolver problemas de natureza operacional.

A Autoridade de Gestão articula-se funcionalmente com o IFAP, enquanto Organismo Pagador, tendo sido estabelecido para o efeito um protocolo que atribui, em termos gerais, responsabilidades relativas à validação de despesas, ao controlo ao cumprimento das exigências das regras de acreditação e à preparação dos elementos solicitados pela Inspecção Geral das Finanças.

No que se refere ao controlo, o sistema implementado (sob a responsabilidade da Autoridade de Gestão/DRACA) prevê: (i) num primeiro patamar, um mecanismo de controlo administrativo que verifica a elegibilidade dos pedidos de apoio e a fiabilidade do potencial beneficiário através do cruzamento de informação (p.e., com o Parcelário); e (ii) num segundo patamar, um dispositivo de controlo físico, com base em amostras definidas pela AG que, no caso das Medidas 2.1. e 2.2, é efectuado pelo IAMA; e, no caso das restantes Medidas, vai ser efectuado por uma empresa particular. O IFAP delegou competências na DRACA para assegurar o controlo de todas as Medidas dos Eixos 1 e 3, contudo, devido à falta de elementos técnicos da Equipa de Gestão disponíveis para assegurar esse trabalho, a DRACA vai lançar um concurso público para adjudicar essa

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incumbência a uma empresa particular. A DRACA é, ainda, o organismo competente que vai assegurar a supervisão dos quatro GAL.

Em matéria de acompanhamento e gestão, foi concebido um Sistema de Informação (SI) que tem por finalidade percorrer todas as fases de gestão, desde a recepção e aprovação até ao pagamento e controlo, extraindo, nesse processo, os indicadores definidos no Programa.

Os elementos do trabalho empírico realizado nesta fase, vão no sentido de considerar o modelo de gestão adequado à gestão e acompanhamento do PRORURAL. No entanto, observa-se uma relação desproporcionada entre as atribuições e competências de que a DRACA se encontra incumbida e a estrutura técnica de que dispõe para assegurar as mesmas. Não obstante o desempenho pleno das tarefas técnicas que lhe são cometidas, observa-se uma sobrecarga acentuada de funções da equipa da DRACA que, pontualmente, limita o processamento de todas as tarefas com a celeridade esperada pelos beneficiários.

3.2. IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O processo de concepção dos programas de desenvolvimento rural iniciou-se aquando da publicação do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do Conselho, de 20 de Setembro de 2005, relativo ao apoio ao desenvolvimento rural pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), que estabeleceu um conjunto de objectivos estratégicos, delineados pela União Europeia, para o desenvolvimento rural.

A concepção do Programa teve em consideração os elementos estruturantes seguintes:

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Orientações estratégicas comunitárias para o desenvolvimento rural (competitividade dos sectores agrícola e florestal, a gestão do espaço rural e o ambiente, a qualidade de vida e a diversificação das actividades nas zonas rurais) e as regras para a aplicação dessas directrizes;

Plano Estratégico Nacional, que evidenciou as principais linhas de tendência de natureza socio-económica globais e de tendência dos sectores que constituem o Complexo Agro-Florestal e também as principais necessidades e potencialidades desses sectores;

Sub-programa da Região Autónoma dos Açores “Adaptação da Política Agrícola Comum à realidade Açoriana” (elaborado no âmbito do Regulamento nº. 247/2006, do Conselho, de 30 de Janeiro de 2006), que estabelece medidas específicas no domínio agrícola a favor das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia;

Avaliações independentes (ex-ante e ambiental), que tiveram como principais objectivos melhorar a qualidade, a eficácia e a coerência e melhorar a estratégia e as condições para a execução do PRORURAL; e

Discussão pública alargada, cujos resultados foram analisados com parte das sugestões a serem acolhidas no Programa.

O PRORURAL constitui, assim, um Programa no qual foram vertidos os contributos de cada um dos documentos assinalados e reflecte perspectivas e soluções que se afiguram ajustadas à concretização dos objectivos estratégicos delineados pela Comissão Europeia em matéria de desenvolvimento rural, bem como potencialmente contributivas para a resolução das necessidades do sector agro-rural da Região Autónoma dos Açores.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

O primeiro ano do período de programação foi utilizado, essencialmente, para: concepção do Programa tendo a discussão pública decorrido até meados do mês de Maio de 2007; e organização dos recursos humanos. O PRORURAL foi aprovado apenas em Dezembro de 2007.

No primeiro ano de vigência do Programa o trabalho da equipa da Autoridade de Gestão foi dedicado, sobretudo, às seguintes tarefas: (i) elaboração dos regulamentos específicos por Medida, os quais definem os objectivos, os beneficiários, os critérios de elegibilidade e de selecção, a tipologia de projectos, os níveis de apoio e o modelo de gestão; (ii) produção de normas de procedimentos transversais (em consonância com os procedimentos do Organismo Pagador e com os Regulamentos da Comissão Europeia, relativos ao FEADER) e de procedimentos específicos de cada Medida (cf. Anexo 2 – Regulamentos, Normas e Procedimentos do PRORURAL); (iii) definição e quantificação de indicadores de realização, de resultado e de impacte; e (iv) criação de um Sistema de Informação capaz de assegurar todo o processo inerente à gestão das candidaturas e dos projectos de investimento, assim como garantir todo o processo ligado às ajudas “forfetárias”.

Apesar do esforço empreendido pela Autoridade de Gestão e pelas entidades directamente envolvidas no PRORURAL, verificou-se um atraso significativo na implementação do Programa. Com base no Exame Anual do Programa de Desenvolvimento Rural (SRAF/DRACA, 2009) e no trabalho empírico realizado, os principais constrangimentos verificados na implementação dos PRORURAL foram os seguintes:

adopção de novas modalidades e procedimentos de articulação e cooperação entre os órgãos de governação dos PDR;

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aprovação morosa do PRORURAL (Dezembro de 2007) e definição tardia da estrutura da Autoridade de Gestão e da composição e competências do Comité de Acompanhamento (Março de 2008), com o consequente atraso na organização final da Equipa de Gestão;

introdução de novas formas de actuação e de articulação no âmbito das estruturas de gestão, de acompanhamento e de controlo, que resultaram na criação de um vasto conjunto de normas de procedimentos transversais e específicas de cada Medida;

grande diversidade e especificidade dos Eixos e Medidas, que se reflectiu na grande complexidade de regulamentação das mesmas;

absorção de tarefas anteriormente desempenhadas pelo IFADAP/INGA, nomeadamente, de análise e apuramento de algumas ajudas transitadas das Intervenções do PDRu-Açores;

integração da Abordagem LEADER no Programa e necessária criação de ferramentas necessárias à sua gestão;

criação de um sistema informático capaz de assegurar a recolha, controlo e acompanhamento dos pedidos de apoio e de pagamento, bem como a avaliação da execução do Programa, nomeadamente, através da produção de indicadores;

resistência às novas regras da política comunitária de desenvolvimento rural no presente período de programação, nomeadamente, por parte dos beneficiários do anterior Quadro Comunitário de Apoio.

No que respeita à operacionalização específica das Medidas, os constrangimentos registados foram os seguintes:

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implementação de um novo modelo de governação, com a criação de uma estrutura orgânica e funcional distinta da estrutura de gestão, controlo, acompanhamento e avaliação anteriores;

adaptação às exigências impostas pelas regras e procedimentos de execução dos apoios no âmbito do FEADER, em termos de rigor, de transparência e de não-discriminação de beneficiários, princípios que exigem um tratamento cuidado na elaboração de toda a documentação inerente à operacionalização de cada uma das Medidas/Acções;

publicação lenta dos regulamentos específicos, sem a celeridade desejável para iniciar a execução do Programa após a sua aprovação;

adaptação à utilização de meios electrónicos para submissão das candidaturas, através da Internet;

necessidade de acreditação do Organismo Pagador para as Medidas FEADER (situação que não ocorreu no anterior período de programação); e

desenvolvimento de métodos adequados à execução das novas competências atribuídas aos órgãos de governação, compatíveis com as estratégias definidas a nível comunitário e nacional.

No que se refere à operacionalização das Medidas, pelos motivos enumerados, embora tenham sido criadas todas as condições para a sua implementação, a mesma foi desencadeada apenas em Abril/Maio de 2008 e de forma parcial. Assim, no final de 2008 faltava publicar a

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regulamentação de um terço das Medidas previstas no PRORURAL5 (cf. Cronograma de Implementação das Medidas do PRORURAL).

Até final de Dezembro de 2008, embora tenham sido apresentadas cerca de duas centenas de pedidos de apoio, não foram contratados quaisquer projectos de investimento no âmbito dos Eixos 1, 3 e 4, tendo havido execução essencialmente no Eixo 2. Esta situação deveu-se, sobretudo, ao processo de avaliação das candidaturas e ao processo de acreditação do Organismo Pagador.

O processo de análise dos pedidos de apoio recepcionados, na 1ª fase (considerada, no âmbito desta Avaliação, até ao dia 15 de Maio de 2009), deparou-se com um elevado volume de candidaturas, a par da novidade dos procedimentos e da complexidade na respectiva apreciação, num contexto de insuficiência de meios técnicos indispensáveis para conduzir a tramitação processual do ciclo de candidaturas. A acrescer, refira-se a má qualidade técnica e administrativa dos pedidos de apoio apresentados no âmbito da Medida 1.5. (a Medida de investimento com maior número de pedidos de apoio entrados e analisados): na maioria dos casos analisados até 15 de Maio de 2009 (cerca de 90%) foi necessário solicitar elementos aos potenciais beneficiários, sendo que o período de resposta dos mesmos aos pedidos de esclarecimento da AG tem sido elevado. Neste âmbito recomenda-se que a resposta aos pedidos de esclarecimento tenha um limite temporal inflexível (de acordo com o estipulado no respectivo Regulamento), sob pena de o projecto não ser analisado se os documentos necessários à sua instrução não forem entregues, nesse período.

5 Medida 1.1 – Formação profissional e Acções de Informação; Medida 1.4 – Serviços de Gestão e Aconselhamento Agrícola; Medida 1.8. Cooperação para a promoção da inovação; Medida 1.9 – Criação e desenvolvimento de novos instrumentos financeiros; Medida 1.10 – Catástrofes Naturais; Medida 2.3 – Investimentos não produtivos; Medida 2.4. – Gestão do espaço florestal; Medida 3.3. – Formação e informação; e Medida 4.2 – Cooperação LEADER.

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Relativamente à valia técnica, os projectos apresentados são válidos tecnicamente na medida em que cumprem os requisitos ligados às elegibilidades, no entanto, não possuem mérito no que toca ao seu contributo para os objectivos da Medida (note-se que uma fatia considerável dos projectos candidatos contempla apenas a aquisição de máquinas e equipamentos – procede-se a uma análise mais aprofundada desta matéria no Capítulo IV).

Estes elementos contextuais, explicam em grande parte os atrasos significativos nas dinâmicas de aprovação de candidaturas que a Autoridade de Gestão tentou atenuar através de um esforço adicional, alargando os tempos de trabalho e procurando reforçar a respectiva equipa.

O reforço da estrutura técnica do PRORURAL, contudo, não foi efectivado durante o ano de 2008, passando essa intenção para o final primeiro semestre do ano de 2009. Esse reforço vai decorrer da integração de técnicos anteriormente afectos ao IFAP regional (note-se que o IFAP suprimiu os seus serviços regionais, passando a funcionar centralmente).

No que se refere à acreditação do Organismo Pagador (o IFAP), a questão da acreditação prende-se com a fusão dos dois organismos que estão na génese da sua constituição: (Instituto Nacional de Garantia Agrícola (INGA) e Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e das Pescas (IFADAP). Esse processo de fusão motivou a elaboração de um Plano de Acção, na sequência da detecção de algumas inconsistências por parte da Comissão Europeia, sendo que esse Plano foi aprovado apenas no final de Outubro de 2008.

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Quadro 4. Plano de Implementação/operacionalização das MedidasEixo 1

Medidas/Fases2008 2009

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

Jun Jul Ago

Set Out

Nov

Dez

Jan Fev

Mar

Abr Mai

Jun

1.2 - Instalação de jovens agricultores1.3 - Reforma antecipada1.4 - Serviços gestão e aconselhamento1.5 - Modernização das explorações agrícolas1.6 - Melhoria do valor económico das florestas1.7 - Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais1.11 - Infra-estruturas de Apoio a Actividade Agrícola2.3 - Apoio a Investimentos não produtivos2.4 - Gestão do Espaço florestal

Regulamentação Apresentação dos pedidos

Recepção de Pedidos

Controlo administrativo/Análise/Decisão /Homologação

Contratação

Em concepção

Eixo 2

Medidas/Fases2008 2009

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

Jun Jul Ago

Set

Out

Nov

Dez

Jan Fev Mar

Abr

Mai Jun

2.1 - Manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas2.2 - Pagamentos agro-ambientais e Natura 2000 (Acção 2.2.1)

Aprovação/regulamentação

Período de Candidaturas

Controlo Documental

Controlo administrativo; Controlo in loco; Apuramentos

Eixo 4

Medidas/Fases2008 2009

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

Jun Jul Ago

Set

Out

Nov

Dez

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

4.1 Execução de estratégias locais de desenvolvimento 4.2 Cooperação LEADER4.3 Funcionamento dos GAL e aquisição de competências

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C1 - Funcionamento C2 – Plano Animação e Competências

Recepção do Pedido Controlo administrativo/Análise/Decisão/Homologação

Contratação

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Em consequência, no que respeita às Medidas constantes do Protocolo de articulação funcional entre a Autoridade de Gestão e o IFAP (que incide sobre os processos de candidatura, de contratação e de pagamento), e no seguimento da orientação da Comissão Europeia, optou-se por um processo de acreditação gradual, de acordo com a fase de operacionalização de cada Medida. O processo de acreditação, por resultar da aplicação de regras comunitárias exigentes à estrutura já de si complexa do PRORURAL, encontra-se, ainda, em curso. No entanto, a Autoridade de Gestão espera que em breve todos os procedimentos estejam concluídos e as Medidas operacionalizadas.

Em termos de modelo funcional, a experiência adquirida no primeiro ano de implementação do Programa, aconselha que sejam estabilizados: os processos dependentes do Organismo Pagador; os procedimentos relativos à regulamentação das Medidas e os processos concernentes à estabilização dos modelos de análise informáticos dos pedidos de apoio apresentados (embora não limite o trabalho dos técnicos, pressupõe uma afectação elevada dos mesmos), para que seja possível uma maior e melhor organização interna, contribuindo para a operacionalização efectiva do PRORURAL.

O reforço dos recursos humanos, na perspectiva de constituição de uma equipa que assegure a componente operacional (sobretudo, no âmbito das funções de análise e de controlo), representaria uma solução objectiva para promover uma gestão eficiente e eficaz do Programa.

3.3. CIRCUITOS DE FUNCIONAMENTO E MECANISMOS DE CONTROLO

No processo de implementação/operacionalização do PRORURAL, a Autoridade de Gestão privilegiou três componentes que se afiguram 68

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essenciais ao cumprimento de todas as regras impostas pela Comissão Europeia:

Transparência, através da definição de um quadro normativo claro que inclui todas as fases do processo: condições de elegibilidade, regras de candidatura, critérios de selecção, forma e nível dos apoios, etc.;

Simplificação, nomeadamente, através de candidaturas electrónicas e de validações automáticas dos dados constantes das candidaturas, nomeadamente referentes à fiabilidade dos potenciais beneficiários; e,

Monitorização estratégica, através da criação de formulários de candidatura ricos em informação e de um sistema de informação robusto, capaz de produzir os diversos indicadores definidos, a nível comunitário e regional.

Neste ponto, procede-se a uma análise sumária e preliminar do quadro normativo, dos circuitos de gestão/tramitação processual, dos critérios de selecção e prioridades e dos mecanismos de controlo das diversas Medidas, que assenta numa avaliação com base, fundamentalmente, nos dispositivos regulamentares.

No tocante ao quadro normativo, pautado pela transparência, destaca-se a produção de um conjunto alargado de dispositivos, que compreende:

Disposições regulamentares mais ou menos específicas (Resoluções, Portarias, …), que abrangem as regras de implementação do sistema de gestão e acompanhamento, os regulamentos de aplicação das várias Medidas, etc.;

Disposições administrativas, que compreendem as normas transversais (apresentação dos pedidos de apoio, gestão

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documental, sistema de informação, …) e as normas de procedimento específico para cada uma das Medidas, que abrangem todo o processo de candidatura e gestão dos projectos de investimento e das ajudas (condições de elegibilidade dos beneficiários e dos pedidos de apoio, despesas e investimentos elegíveis, tramitação do processo, …); e

Orientações GAL, que, até ao final do ano de 2008, consistiu em orientações para a elaboração da Estratégia Local de Desenvolvimento.

Este quadro normativo está disponível no site do PRORURAL, sendo de fácil acesso e de fácil compreensão. Este tipo de informação tem vantagem em ser organizado por Medida e com actualização das disposições regulamentares em função das alterações, ou seja, que haja republicação dos regulamentos que compile as alterações efectuadas para que os beneficiários (e potenciais beneficiários) não tenham que consultar informação dispersa no acesso às ajudas.

No tocante à tramitação processual, a mesma difere em pormenores de acordo com a Medida mas mantém-se, no essencial, no âmbito de cada Eixo. Tendo como base a experiência do período de programação anterior, bem como as orientações dos regulamentos comunitários, foram sendo preparados regulamentos e normas que desenharam os circuitos de tramitação processual, contemplando as seguintes fases:

apresentação/submissão, análise e decisão das candidaturas; comunicação da decisão e contratação das ajudas; e execução, controlo e pagamento.

Uma das novidades deste processo, face ao período de programação anterior, é a realização de um controlo/vistoria anterior à análise do projecto. Esta vistoria tem como principal objectivo assegurar que o 70

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potencial beneficiário respeita as normas comunitárias, nacionais e regionais no domínio do ambiente e do bem-estar animal; e assegurar que a zona da exploração tem aptidão para desenvolver determinadas actividades.

No domínio do ambiente são controladas as questões relativas à Directiva Aves e Habitats (79/409/CEE, de 02/04; 92/43/CEE, de 21/05), à Directiva valorização agrícola de lamas (86/278/CEE, de 12/06), à Directiva colocação de produtos fitofarmacêuticos no mercado (91/414/CEE, de 15/07), à Directiva protecção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola (91/676/CEE, de 12/12).

No âmbito do bem-estar animal são avaliadas as condições das instalações e alojamento, de alimentação, entre outras, de acordo com a Directiva protecção dos animais nas explorações pecuárias (98/58/CEE, de 20/07), a Directiva relativa às normas mínimas de protecção de vitelos (91/629/CEE, de 19/11) e a Directiva relativa às normas mínimas de protecção de suínos (91/630/CEE, de 19/11).

É ainda avaliada a aptidão do local da exploração para o desenvolvimento das produções hortícolas, frutícolas e florícolas, das culturas industriais e para a instalação de pastagens.

Os dados organizados no Relatório de vistoria não são carregados informaticamente nem o Relatório está estruturado de forma a permitir o processamento desses dados, no entanto, já que ocorre sempre o controlo após a execução do projecto de investimento, a Equipa de Avaliação considera importante utilizar esse primeiro momento de controlo para se poder avaliar a evolução das unidades produtivas, designadamente se o investimento realizado contribuiu para melhorar as condições ambientais e de bem-estar animal.

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Figura 9. Tramitação processual simplificada das candidaturas do Eixo 1

Fonte: Normas para apresentação, recepção, controlo administrativo (análise), decisão, homologação e contratação do pedido de apoio, disponível no site do PRORURAL (http://prorural.azores.gov.pt).SDA – Serviços de Desenvolvimento Agrário de Ilha, da SRAF.Após a primeira validação do pedido de apoio, os formulários de candidatura são distribuídos pelas entidades responsáveis pela sua

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Efectuada, por via electrónica no SiRURAL, através dos formulários disponíveis no Portal do PRORURAL.No prazo de 30 dias após a submissão da candidatura os beneficiários devem entregar ou enviar via correio para os SDA, o formulário em suporte papel devidamente assinado e a documentação exigida, sendo esta a data considerada como data da apresentação da candidatura.

Controlo administrativo, que compreende, nomeadamente, a verificação da elegibilidade do beneficiário (situação perante a segurança social, aptidão e competência profissional, registo da exploração no iSIP, …) e da operação (tipologia dos investimentos, licenciamento, …).Análise Tecnico-económica e emissão de parecer técnico e proposta de decisão devidamente fundamentada. Nesta fase, participam no processo, de acordo com as tarefas definidas previamente para cada interveniente, bem como com os perfis atribuídos,Audiência prévia se a proposta de decisão for desfavorável.Homologação se a proposta de decisão for favorável.Assinatura de um contrato de financiamento entre o

beneficiário e o IFAP.

Deve iniciar-se no prazo máximo de seis meses a contar da data de celebração do contrato de financiamento e estar concluída no prazo máximo de dois anos a contar da mesma data. Em casos excepcionais, devidamente justificados, pode haver prorrogação do prazo estabelecido.Acompanhados dos documentos comprovativos das despesas efectuadas

Apresentação dos

pedidos de apoio

Análise dos pedidos de

apoio

Contratação

Execução

Pedidos de Pagamento

Controlos in loco e ex post

Durante a execução do projecto e até 5 anos após a data da assinatura do contrato e, em qualquer caso, até ao termo do projecto de investimento.

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análise (Organismos Intermédios de Gestão), sendo que, na sequência do parecer de decisão, efectuado com base na análise tecnico-económica, se opera a retroacção do circuito. O facto de existirem várias entidades às quais se encontram associadas funções diferenciadas no processo, tem sido referido, generalizadamente, como um factor valorizador da valia técnica da análise e favorecedor uma maior rapidez na mesma. Este aspecto é também abordado a propósito da existência de uma boa articulação institucional, no caso das Medidas já operacionalizadas.

Face ao período de programação anterior, constitui inovação a possibilidade de visualização/consulta, via internet, do estado do pedido de apoio na cadeia de recepção, análise e tomada de decisão e, no caso de ser homologado, de pagamentos (funcionalidade que não se encontra, ainda, disponível mas está prevista até ao final do ano de 2009). Esta funcionalidade revela-se muito útil, particularmente, para os potenciais beneficiários.

As modalidades aplicáveis à apresentação dos pedidos de apoio são as seguintes:

Apresentação de candidaturas em contínuo até que se verifiquem restrições orçamentais, isto é, até ao momento em que 95% da dotação FEADER da Medida/Acção se encontrar comprometida com as aprovações realizadas. Os pedidos que são decididos favoravelmente (que satisfaçam todos os critérios de elegibilidade) são aprovados e homologados desde que esteja garantida a cobertura orçamental para assegurar o seu financiamento.

Apresentação de candidaturas em períodos pré-definidos e com uma dotação FEADER associada, aplicável a partir do momento em que se verifiquem restrições orçamentais. Os pedidos são ordenados por ordem decrescente da pontuação (obtida pelo

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somatório das classificações atribuídas a cada critério de selecção) e, em caso de igualdade, em função da data da sua apresentação.

Os critérios de selecção foram aprovados pelo Comité de Acompanhamento e publicitados em sede de regulamentos específicos da respectiva Medida para seleccionar projectos que contribuam de forma mais efectiva para a prossecução dos objectivos da Acção/Medida/Eixo/Programa. No entanto, como não existe um conceito de concurso (abertura de um período de candidatura com dotação orçamental limitada), aqueles critérios de selecção não são realmente aplicados. Apenas na segunda modalidade de apresentação dos pedidos de apoio se aplica o verdadeiro conceito, na medida em que os pedidos de apoio são aprovados com base na hierarquia definida e até ao limite orçamental previsto.

No âmbito da apresentação dos pedidos de apoio, são, ainda, concedidas prioridades na análise e decisão (cf. regulamentação específica de cada uma das Medidas) a candidaturas que prevejam, p.e., associação da primeira instalação a um processo de reforma antecipada (Medida 1.2.); acções de natureza ambiental (Medida 1.5.); investimentos inseridos em bacias hidrográficas de lagoas com Planos de Ordenamento aprovados (Medida 1.6.); investimentos com o objectivo de valorização dos produtos açorianos (Medida 1.7.).

A partir da análise documental das prioridades e critérios de selecção e do trabalho de campo da Avaliação Contínua, são sistematizadas as apreciações seguintes:

Elevada ventilação nas prioridades e critérios de selecção do objectivo de reforço da competitividade, segundo dois vectores:

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o apoio a projectos que articulem objectivos operacionais (p.e., 1ª instalação associada a projecto de investimento, projecto de investimento associado a pedido de apoio apresentado ao abrigo da Medida 1.2.);

a referência à viabilidade económica da exploração e à viabilidade e sustentabilidade dos investimentos.

Elevada ventilação de prioridades e critérios de selecção associados à qualidade e racionalidade técnica dos projectos de investimento.

Elevada ventilação de prioridades e critérios de selecção associados ao ambiente e à preservação da paisagem, encontrando-se presente em Medidas dos Eixos 1 e 2 (p.e., projectos que prevejam investimentos de natureza ambiental, conteúdos formativos na área da valorização da paisagem e da protecção ambiental e valências ambientais promovidas no âmbito da biodiversidade e dos recursos hídricos).

Média ventilação das prioridades e critérios de selecção dos objectivos ligados à diversificação da produção, promoção da qualidade e inovação dos produtos, com significativas referências nas Medidas do Eixo 1.

Média ventilação das prioridades e critérios de selecção dos objectivos ligados à reestruturação fundiária.

Fraca ventilação das prioridades e critérios de selecção dos objectivos ligados ao emparcelamento, limitados à Medida 1.3.

Na óptica da avaliação, os objectivos do PRORURAL encontram sequência no conjunto de critérios de selecção e prioridades definidas, nomeadamente, em termos de competitividade. No entanto, considera-se que a abordagem da multifuncionalidade não encontrou essa sequência,

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apesar de a Avaliação ex-ante ter recomendado uma aposta forte na promoção da multifuncionalidade do sector agrícola.

Figura 10. Tramitação processual geral das candidaturas das Medidas 2.1. e 2.2. do Eixo 2

Fonte: Portarias que aprovam o Regulamento de aplicação das Medidas do Eixo 2, disponíveis no site do PRORURAL (http://prorural.azores.gov.pt).

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Efectuada na aplicação informática SIAGRI, nos Serviços de Desenvolvimento Agrário de cada Ilha, de acordo com o calendário definido anualmente em Despacho Normativo Regional.

Recepção de candidaturas

Realizado segundo as normas estipuladas no “Manual de Normas de Controlo Documental de Candidaturas”.Este controlo e o arquivo das candidaturas é efectuado pela DRACA.

Controlo document

al

Efectuado pela DRACA, segundo as normas estipuladas no Manual “Normas de Controlo Administrativo”.Verificação de elegibilidades (transferência de propriedade, situação perante a segurança social – p.e., ATP, não ATP -, …)

Controlo administrati

vo

O controlo no local é realizado pelo IAMA a uma amostra de pedidos efectuada pela DRACA.Verificação de elegibilidades (área mínima, área máxima, encabeçamento, regras de condicionalidade, …)

Controlo local

O apuramento dos montantes a pagar são calculados com base na área ou no número de animais determinados (após controlo administrativo e controlo no local).

Apuramento

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Em termos gerais, todo o processo associado às Medidas do Eixo 2 encontra-se rotinado quer por parte dos técnicos dos SDA de Ilha, quer por parte dos beneficiários, já que a tramitação processual apresenta uma grande semelhança com o período de programação anterior. No entanto, a tramitação da parte da Medida 2.4 que permite investimentos segue a tramitação do Eixo 1 e a parte da Medida 2.4 que não é investimento segue a tramitação do Eixo 2, sendo que as candidaturas são apresentadas nos Serviços Florestais de Ilha.

As principais diferenças face ao período de programação 2000-2006 são: a possibilidade de os beneficiários interromperem o compromisso durante um ano, sendo que, para que essa situação ocorra, basta não apresentar o pedido de ajudas nesse ano tendo, no entanto, que manter as condições de elegibilidade, nomeadamente, associadas à condicionalidade; e o preenchimento do Formulário em ambiente Web pelos SDA.

Relativamente ao preenchimento do Formulário em ambiente Web, a Autoridade de Gestão promoveu Acções de Reciclagem SIAGRI para os técnicos de todos os SDA para apresentar/explicar a estrutura do Sistema de informação e esclarecer eventuais dúvidas. A formação incidiu, entre outros, nos seguintes conteúdos: Formulário de candidatura, alterações à candidatura e ao plano de exploração e novas siglas. Estas componentes que tornam possível imprimir, ao processo de preenchimento e de validação de candidaturas, a qualidade e eficiência adquirida no período de programação anterior.

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O controlo no local é realizado pelo IAMA a uma amostra de pedidos efectuada pela DRACA.Verificação de elegibilidades (área mínima, área máxima, encabeçamento, regras de condicionalidade, …)

Controlo local

O apuramento dos montantes a pagar são calculados com base na área ou no número de animais determinados (após controlo administrativo e controlo no local).

Apuramento

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Figura 11. Tramitação processual geral das candidaturas do Eixo 4

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A apresentação dos pedidos de apoio efectua-se através de formulário electrónico disponível no sistema informático e-Rural alojado em http://prorural.azores.gov.pt/.O período de apresentação decorre durante o mês de Setembro do ano anterior a que respeitam. Excepcionalmente para o ano de 2009 os pedidos foram apresentados em Novembro de 2008, podendo abranger as despesas efectuadas nesse ano.

Apresentação dos pedidos de apoio

Os pedidos de apoio são analisados, verificando-se a coerência do Plano para a Aquisição de Competências e Animação (PACA) relativamente à Estratégia Local de Desenvolvimento (ELD), à execução da mesma em termos de projectos de divulgação e à dotação financeira disponível.

Análise dos

pedidos de apoio

Os pedidos de apoio são objecto de decisão pela Autoridade de Gestão e homologados pelo Secretário Regional da Agricultura e Florestas.

Decisão

A concessão dos apoios é formalizada por dois contratos escritos, um para a Componente 1 e outro para a Componente 2, a celebrar entre o GAL e o IFAP.

Contrato de Financiamen

to

A execução do PACA deve estar concluída até ao final do ano a que respeita sendo que, em casos excepcionais e devidamente justificados, pode haver a prorrogação dos prazos estabelecidos.

Operacionalização das decisões de aprovação - Execução dos

Planos

Enviados via internet através do Sistema de Informação do IFAP (SiFAP).

Apresentação dos

pedidos de pagamento

As operações estão sujeitas a controlos, a efectuar durante o período de vigência do PRORURAL e até 24 meses após a realização do pagamento final respeitante à última operação.

Controlo

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Fonte: Portaria n.º 66/2008 de 8 de Agosto de 2008, disponível no site do PRORURAL (http://prorural.azores.gov.pt).Os critérios de avaliação das candidaturas ao Eixo 4 consideram-se transparentes e adequados. Para além da informação geral no que respeita ao processo inicial de candidatura [âmbito, objectivos, beneficiários, territórios abrangidos pelas Estratégias Locais de Desenvolvimento (ELD) e respectivos critérios de selecção, peças de reflexão e documentos obrigatórias a incluir], foram também definidas as medidas contidas na ELD e o seu modelo de desenvolvimento, bem como os recursos passíveis de afectação.

A informação relativa à definição dos Grupos de Acção Local (representatividade, requisitos de parcerias, atribuições, composição, órgãos de gestão, estrutura técnica local, obrigações, …) é objectiva e permite a identificação clara de critérios no processo de avaliação das candidaturas.

Relativamente ao processo de avaliação de candidaturas apresentadas (quatro, no total), reitera-se a adequação do processo, consubstanciado nas seguintes fases: Análise pelo Júri de Selecção | Realização de audiência prévia em 29 de Outubro de 2008 | Elaboração do Relatório final, em 26 de Novembro de 2008 | Comunicação da Decisão aos GAL, em 3 de Dezembro de 2008 | Auscultação dos GAL sobre o texto de Protocolo a estabelecer com a AG, em 15 de Dezembro de 2008 | Consulta aos parceiros sobre as propostas de regulamentos específicos para o Eixo 3.

Os procedimentos e calendário para reconhecimento dos Grupos de Acção Local (GAL), foram também alvo de informação para apresentação de pedidos com vista ao reconhecimento dos GAL e à aprovação das ELD, tendo ainda sido descrito e difundido todo o processo de reconhecimento

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dos GAL e aprovação das ELD e respectivas fórmulas de cálculo para pontuação das mesmas. A Avaliação releva a preocupação, importante, de garantir a informação de todos os procedimentos para selecção dos pedidos de apoio pelos GAL, tipo de apoios, procedimentos de análise dos pedidos de pagamento pelos GAL e efectivação do pagamento.

Todas as ELD cumpriram, sem excepção, a submissão dos seguintes elementos e regras estabelecidas na abertura de concurso:

Diagnóstico do território (caracterização física e socioeconómica);

Estratégia de Desenvolvimento;

Plano Financeiro;

Dispositivos de execução das Estratégias Locais de Desenvolvimento, respeitando as orientações de distribuição dos recursos financeiros pelas várias medidas, de acordo com os intervalos pré-estabelecidos;

Documentação administrativa complementar ao processo.

Para análise da operacionalização das decisões de aprovação, marcada por dificuldades, procurou-se auscultar os GAL envolvidos nos Eixos 3 e 4, tendo em vista conhecer a respectiva apreciação relativamente a dois pontos considerados prioritários:

Acesso à informação relativa à abertura de concurso, apresentação geral do PRORURAL, timings de candidatura e aprovação;

Pontos fortes e fracos do processo de operacionalização das ELD.

A partir desta informação a avaliação reflectirá sobre algumas recomendações de cariz eminentemente prático a integrar, a nível processual.

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Nesta fase, a resposta à informação solicitada ocorreu apenas por parte de um GAL. Apesar do défice de representatividade em termos do número de respostas requeridas, tendo em conta o esforço do GAL para responder ao Questionário entendeu-se, mesmo assim, sintetizar no quadro seguinte os aspectos mais relevantes destacados, os quais deverão ser, entretanto, aprofundados com o processamento das restantes respostas, na versão final da Avaliação Contínua.

No quadro seguinte sintetizam-se os pontos de vista dos GAL, informação que irá auxiliar a avaliação a reflectir sobre algumas recomendações de cariz eminentemente prático a integrar ao nível processual.

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Quadro 5. Elementos de síntese de operacionalização em curso dos Eixos 3 e 4

Questões Evidência1) Acesso a informação

relativa a: abertura de concurso, apresentação geral do PRORURAL, elaboração de estratégias, timings de candidatura e aprovação

Acesso à informação – Adequado e disponibilizado em tempo útil.Abertura de concurso – Acesso no dia da sua publicação.Apresentação geral do PRORURAL – Apresentado em vários eventos e reuniões.Elaboração de estratégias – Condicionadas pela própria concepção do Programa.Timings de candidatura – Adequado.Aprovação – Prazo cumprido de acordo com a legislação em vigor.

2) Pontos fortes e fracos do processo de operacionalização das ELD

Pontos Fortes Alteração positiva em relação ao LEADER + no processo

de apresentação dos pedidos de pagamento e no pagamento aos promotores (poderá ter reflexos positivos na execução dos investimentos).

Alterações positivas no software de gestão (e-rural) que facilitam o processo de análise dos pedidos de apoio.

Apoio e disponibilidade da Autoridade de Gestão, apesar dos atrasos que se têm verificado na operacionalização das ELD.

Aquisição de um conhecimento bastante alargado sobre o território.

Consolidação de parcerias. Desenvolvimento de processos de colaboração

(contactos e ligações com várias entidades com intervenção directa ou indirecta na economia e desenvolvimento do território).

Imposição de prazos máximos para o início e conclusão dos investimentos, o que poderá, igualmente, trazer benefícios a nível da execução das operações.

Pontos Fracos Atraso na operacionalização das ELD, que não tiveram

ainda início por morosidade processual. Condicionalismos em termos financeiros e um certo

sentimento de descrença pelos sucessivos atrasos. Curto período de tempo para iniciarem e concluírem a

execução física das operações. Dificuldade na obtenção de informação estatística

regional, nalguns indicadores desagregada por ilha (balança comercial, TIC).

Falta de um manual com FAQ’s para a elaboração da Estratégia.

Lenta abertura dos pedidos de apoio após a aprovação das candidaturas.

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Os GAL deixarem de fazer os reembolsos aos beneficiários.

Perda de autonomia das associações relativamente aos anteriores Programas LEADER II e LEADER +, relativamente à operacionalização das Estratégias Locais de Desenvolvimento.

- Prazo de partilha do processo de decisão muito alargado, devido aos 180 dias para proceder à homologação pelo Secretário Regional da Agricultura e Florestas, situação que irá condicionar significativamente a execução e fará desaparecer a celeridade nos processos de decisão, vantagem reconhecida à Iniciativa LEADER por parte dos promotores.

Em termos globais e independentemente dos atrasos que se têm verificado na operacionalização das ELD, há um reconhecimento comum do apoio e disponibilidade por parte da Autoridade de Gestão que tem revelado flexibilidade para incorporar novas preocupações. Todavia, os GAL como a maioria das outras associações de desenvolvimento local-rural cujo planeamento financeiro está muito condicionado por projectos, têm, nos atrasos verificados um evidente constrangimento, agravado pelo excessivo prolongamento do período de transição entre os dois períodos de programação.

Apesar do problema não estar no período para a aprovação das candidaturas, apesar de um GAL referir que poderia ter existido mais tempo para a sua elaboração, de forma a efectuar uma distribuição mais reflectida de verbas por acções e adequar estratégias às realidades das tecnologias de informação, o que obviamente se justifica tendo em conta os atrasos subsequentes, a dificuldade em operacionalizar as ELD começa a gerar algum descrédito, o que tem sempre reflexos evidentes ao nível dos beneficiários, gerando inevitavelmente nos agentes de desenvolvimento local algum desalento, até porque são eles o rosto visível do Programa e da construção do desenvolvimento local-rural.

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Para além dos aspectos já referidos, há outros dois que merecem ser relevados no quadro desta avaliação, porque estão directamente relacionados com questões operacionais, como o “excessivo” prazo de homologação por parte do Secretário Regional da Agricultura e Florestas ou a existência de uma excessiva estruturação do Programa numa lógica de top-down. Dada a disponibilidade revelada pela Autoridade de Gestão, é de todo aconselhável que se tente melhorar alguns dos aspectos referidos por quem no terreno tem de ter o pragmatismo necessário para dar corpo ao teorizado.

Há aspectos referidos e que são recorrentes se considerarmos o todo nacional, porque têm sido referidos por diferentes GAL associados da Animar – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, uma das estruturas de cúpula do movimento associativo:

processo tardio, nomeadamente para a selecção dos GAL;

défice de incorporação das aprendizagens, condições operacionais e resultados de 15 anos de experiência da Iniciativa LEADER;

excessiva formatação do Programa numa lógica top-down.

Atendendo ao facto de a Autoridade de Gestão ter revelado flexibilidade para incorporar as preocupações das entidades, recomenda-se que os aspectos atrás referidos sejam, já nesta fase, objecto de ponderação.

Relativamente ao controlo, após os circuitos de candidatura, aprovação e contratação de pedidos de apoio, onde estão previstos controlos administrativos, o Programa enquadra um conjunto de acções que visam assegurar o funcionamento eficaz e sem irregularidades da execução do mesmo. Assim, depois dos dados administrativos, o controlo contempla a verificação da documentação de despesas e a verificação física.

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No que se refere ao controlo in loco, de acordo com o Documento “Descrição do Sistema de Informação do PRORURAL” (SRAF/DRACA, Fevereiro 2008), encontram-se definidos cinco tipos de controlo, em função da tipologia de Medidas/Acções e de operações em questão, e que são determinados com base no Regulamento (CE) n.º 1975/2006 da Comissão, de 7 de Dezembro de 20066:

Medidas 2.1, 2.2 e 2.4.: controlo sobre 5%, no mínimo, do total de beneficiários sujeitos a um compromisso, a título de uma ou mais das Medidas abrangidas. Os resultados deste tipo de controlo serão processados através do SIAGRI, no caso das Medidas 2.1, 2.2 e 2.4 (componente rendimento), de acordo com Artigo 12º do Regulamento.

Medidas 2.1, 2.2 e 2.4: controlos referentes à condicionalidade, aplicados, no mínimo, a 1% de todos os beneficiários que apresentem pedidos de pagamento. De acordo com Artigo 20º do Regulamento.

Medidas do Eixo 1 e Eixo 3 (fora da abordagem LEADER) e Medidas 2.3 e 2.4.7 (componente de investimento): os controlos a realizar representarão, no mínimo, 4% das despesas públicas declaradas à CE anualmente, e, no mínimo, 5% das despesas declaradas à CE durante todo o período de programação. (cf. Artigo 27º do Regulamento).

Medida 4.3 do PRORURAL: estes controlos obedecem às regras definidas pelo Artigo 27º do Regulamento.

6 Estabelece as regras de execução do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do Conselho relativas aos procedimentos de controlo e à condicionalidade no que respeita às medidas de apoio ao desenvolvimento rural.7 Acção 2.4.1.: acções de controlo relativas a custos de implantação; Acção 2.4.2.: acções de controlo relativas ao apoio ao restabelecimento do potencial silvícola e à introdução de medidas de prevenção e aos investimentos produtivos.

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Controlos ex-post: de acordo com Artigo 30º do Regulamento, incidirão anualmente em, pelo menos, 1% das despesas elegíveis respeitantes a operações de investimento que ainda estejam sujeitas a compromissos e relativamente às quais o pagamento final tenha sido efectuado.

O Sistema de Informação emite o relatório de controlo, onde o técnico insere os dados após a acção de controlo presencial. Os resultados dos controlos podem ser extraídos, permitindo compreender quais as principais irregularidades cometidas, uma peça-chave para a gestão do Programa.

Os dados da avaliação efectuada, centrados na análise regulamentar e nos resultados de entrevistas a intervenientes da estrutura de gestão do Programa, permitem concluir, em termos globais, uma visão positiva de racionalidade e eficácia. Esta visão valoriza, sobretudo, o estabelecimento de rotinas e procedimentos na relação de proximidade entre a Autoridade de Gestão e os Organismos Intermédios de Gestão e entre estes e os beneficiários, procurando agilizar os circuitos de tramitação processual, ainda que com nuances que são assinaladas, sobretudo, no tocante aos atrasos na operacionalização das Medidas do PRORURAL.

Esta paleta densa e diversificada de tarefas, num contexto impulsionado pelas preocupações associadas à montagem de sistemas de informação e de organização interna, explica, em grande medida, os atrasos que foram sendo registados.

Este balanço global é influenciado por um padrão predominante de orientação do Programa, com efeitos no período 2009/2010. Ou seja, face à baixa execução física e financeira inicial, trata-se de alcançar ritmos elevados de candidaturas e, consequentemente, de 86

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aprovações/homologações, visando níveis de compromisso razoáveis das dotações financeiras das diversas Medidas/Acções. Este objectivo pressupõe assegurar níveis de eficácia a montante (divulgação eficaz de apoios, análise expedita de candidaturas – e à luz de critérios de selecção/prioridades –, contratação, verificação de documentação de despesa, verificação física, pagamentos aos beneficiários,...).

3.4. DISPOSITIVOS DE DIVULGAÇÃO

A Autoridade de Gestão apostou fortemente nas iniciativas de publicitação e informação do PRORURAL quer no período que precedeu o Programa, quer no respectivo período de implementação. De acordo com a documentação disponibilizada à Equipa de Avaliação, a AG desenvolveu o trabalho de divulgação assente em diversos dispositivos: internet, mailings, meios de comunicação social (televisão, rádio e imprensa), informação escrita e publicações (panfletos, cartazes, …), eventos de informação e actividades de esclarecimento, através do contacto directo com as Organizações de produtores e com potenciais beneficiários.

No que se refere a iniciativas de divulgação e informação, a Autoridade de Gestão desenvolveu as seguintes iniciativas:

criação de um site específico para o PRORURAL;

divulgação do PRORURAL no programa de televisão e rádio “Estação de Serviço”, difundidos respectivamente na RTP-Açores e Antena1-Açores;

envio de informação às associações representativas do sector agrícola, nomeadamente, dos diplomas que regulamentam o PRORURAL;

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realização de sessões de divulgação e informação, com a presença de centenas de pessoas (potenciais beneficiários, técnicos das Cooperativas e Associações, …);

realização de sessões de informação e esclarecimento aos técnicos dos Serviços operativos de Ilha da SRAF;

organização de reuniões com beneficiários do anterior período de programação e com organizações do sector, informando-os das alterações existentes em relação ao período anterior e da abertura dos pedidos de apoio a algumas medidas;

publicação de folhetos de divulgação/informação sobre o PRORURAL, pretendendo transmitir informação sintetizada, de simples compreensão, sobre o Programa e respectivas Medidas;

participação em feiras do sector agro-pecuário e outras, com impacto junto dos agricultores.

Estas acções de largo espectro evidenciam um grande esforço por parte da Autoridade de Gestão em levar ao conhecimento dos potenciais beneficiários e Associações representativas do sector as diversas Medidas e respectivo conteúdo, objectivos, obrigações e nível da ajuda e co-financiamento, etc. Na estratégia de divulgação foram contempladas acções de carácter genérico e outras mais específicas dirigidas aos potenciais beneficiários e a técnicos das Associações e dos Serviços operativos de Ilha da SRAF, particularmente sobre os novos trâmites processuais e sobre a condicionalidade.

Neste particular, evidencia-se a grande inovação em termos de publicitação e informação, face ao período de programação anterior: a criação do site do PRORURAL. Este site consiste numa plataforma informática de divulgação e troca de informação, disponível desde

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Fevereiro de 2008 e constitui o principal veículo de informação para o público em geral e, em particular, para os agentes do sector (site público – http://prorural.azores.gov.pt/) e para os técnicos directamente envolvidos na gestão do Programa (site privado).

O site contém, igualmente, orientações para o preenchimento dos diversos formulários, portarias, regulamentos comunitários, informação para correcta utilização do site e links para as diversas entidades intervenientes, entre outros.

Figura 12. Página de entrada do site do PRORURAL

Fonte: http://prorural.azores.gov.pt/

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3.5. SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Para que o PRORURAL fosse dotado de uma adequada gestão, criou-se um Sistema de Informação (SIRURAL) que abrange todo o circuito dos pedidos de apoio e dos projectos de investimento, desde a recepção e análise até à execução, controlo e acompanhamento administrativo, técnico e financeiro. O Sistema de Informação tem como objectivos os seguintes:

integrar num único Sistema de informação todos processos efectuados pelas várias entidades com responsabilidade no controlo e execução do PRORURAL;

garantir a integração com os sistemas de informação do IFAP, que gere processos de informação comuns à gestão do PRORURAL, nomeadamente, gestão financeira, gestão de garantias, identificação de beneficiários, Sistema de Identificação de Parcelas (iSIP), Sistema Nacional de Identificação e Registo Animal (SNIRA);

garantir o cruzamento de dados do potencial beneficiário com a Segurança Social e a Inspecção Geral de Finanças, para apurar a fiabilidade do mesmo.

disponibilizar atempadamente e de forma fácil e expedita a informação orçamental e financeira e os indicadores necessários ao acompanhamento, gestão e avaliação da execução do Programa.

Para além destas funcionalidades, o SI disponibiliza e permite o preenchimento dos formulários de candidatura online. Esta funcionalidade implicou um aumento substancial do volume de trabalho, sobretudo, associado aos processos de automatização de procedimentos/auto-validações e à fiabilidade dos dados inseridos em

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sede de candidatura (note-se que os dados, depois de terminada a candidatura não podem ser manuseados), componente que exigiu a ligação aos sistemas de informação do IFAP (p.e., iSIP).

O sistema de informação está estruturado nos seguintes módulos: candidaturas e análise das mesmas, acompanhamento e controlo da execução dos projectos (selecção da amostra, emissão de relatórios e recolha dos resultados do controlo), gestão física e financeira e indicadores e relatórios estatísticos (cf. Anexo III - Configuração do Sistema de Informação - Módulos dos Sistema).

A Autoridade de Gestão foi a responsável pela criação do Sistema de Informação e é igualmente responsável pela sua gestão, estando em permanente contacto com a empresa responsável pela aplicação informática.

3.5.1. Estrutura do sistema, recolha, processamento e partilha de informação

O Sistema de informação é, na realidade, constituído por três sistemas diferentes ligados (ou previstos ligar) entre si: SiRURAL (que foi criado de novo e contempla o Eixo 1 e as Acções 2.4.1 e 2.4.2. (restabelecimento do potencial silvícola e investimentos não produtivos) do Eixo 2); SIAGRI (que foi criado em 2007 e contempla as Medidas 2.1. e 2.2. e Acção 2.4.2. do Eixo 2); e, e-rural (que vem adaptar e melhorar o sistema anteriormente utilizado (WinLEADER) e contempla a gestão dos Eixos 3 e 4. Os mecanismos e fontes utilizadas na recolha de informação são semelhantes, ou seja, de natureza automática e baseiam-se nos formulários de candidatura sendo que, por isso, apresentam um elevado nível de detalhe, particularmente os formulários de candidatura das Medidas de investimento (Eixo 1).

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O SiRURAL é composto por dois sites, um público e um privado, ambos alojados nainfra-estrutura da SRAF. O site privado está em permanente sincronismo com o site público, mantendo actualizadas as componentes mencionadas atrás.

O site público abrange a fase de apresentação do pedido de apoio, permitindo consultas sobre o estado do processo de candidatura. O site privado compreende as restantes fases: recepção do pedido de apoio, controlo administrativo, análise, decisão, homologação e acompanhamento.

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Figura 13. Imagem do SiRURAL

A análise dos pedidos de apoio é efectuada após a validação dos mesmos e com base em modelos de análise, os quais tiveram, na sua génese, a incorporação das exigências comunitárias e nacionais em termos de informação, designadamente, em termos de resposta aos indicadores (de realização, de resultado e de impacte) definidos no Programa. O ciclo de acompanhamento da tramitação dos projectos é apresentado na figura seguinte.

Figura 14. Ciclo de acompanhamento da tramitação dos projectos

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Recepção de

Análise eDecisão

Contratação e

Formulário de candidaturaValidação e distribuiçãoVisualização das candidaturasAnálise e emissão de parecerControlo AdministrativoDecisão candidaturas

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A informação no âmbito das Medidas que são operacionalizadas pelos outros sistemas (SIAGRI e e-Rural), vai ser exportada para o SIRURAL.

As principais melhorias face ao período de programação anterior referem-se à diminuição da carga de trabalho dos técnicos (candidaturas realizadas online suprimindo o passo relativo ao carregamento desses dados no sistema, pré-preenchimento de muitos campos obrigatórios, controlo cruzado automático, …); e à maior agilidade e flexibilidade do Sistema (layout mais agradável e menu melhor estruturado, …). Em termos de devolução de dados, p.e., para o cálculo de indicadores, o Sistema apresenta grandes melhorias pois manifesta potencialidade para reproduzir os dados que estão encerrados nos formulários de candidatura.

O SiAGRI foi desenvolvido pela Região, no ano de 2007, para a gestão, controlo e acompanhamento do POSEI e das Medidas 2.1. e 2.2. do PRORURAL, assim como para as Medidas Agro-ambientais transitadas. O SIAGRI, à semelhança do que acontece para o SiRURAL, permite aos técnicos dos SDA a recolha de candidaturas online.

Ao contrário do que acontecia no período de programação anterior, em que havia um constrangimento assinalável na obtenção de informação relativa a esta tipologia de Medidas (a informação tinha de ser solicitada ao IFAP e a resposta não era imediata, podendo mesmo demorar semanas), o SIAGRI permite o acesso à informação de forma expedita, apresentando-se, este Sistema como uma melhoria significativa à gestão e acompanhamento das Medidas do Eixo 2.

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Encerramento

Integração com o IFAP

Controlo

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A funcionalidade relativa aos pedidos de pagamento e aos pagamentos propriamente ditos não está, ainda, disponível. No entanto, espera-se que no futuro próximo seja possível o carregamento dessa informação no SiAGRI, via web service com o Sistema do IFAP, mantendo sempre actualizada essa componente tão importante no processo de gestão deste tipo de apoios.

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Figura 15. Imagem do SiAGRI

O e-Rural, consiste numa aplicação que funciona em ‘ambiente browser’, numa linha de continuidade com o período de programação anterior, em que os GAL utilizavam o WinLEADER. O sistema de informação é, na base, o mesmo, absorvendo melhorias introduzidas que tiveram como objectivo ultrapassar um conjunto de constrangimentos (p.e., incorporação de campos pré-preenchidos para evitar erros de classificações, automatizar a análise dos pedidos de apoio, cálculo dos orçamentos disponíveis por rubrica).

O e-Rural gere todo o programa financeiro relativo ao funcionamento dos GAL, destinando-se às funções de recepção, análise, controlo e acompanhamento administrativo, técnico e financeiro dos pedidos de apoio e dos pagamentos. O acesso via internet, obriga a um registo no sistema e permite a visualização da informação de forma orientada e agregada, contribuindo de forma significativa para a transparência do processo de gestão da implementação das Estratégias Locais de Desenvolvimento.

Este sistema de informação assenta em 3 grandes segmentos:

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Eixo 3 – Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia: o SI gere todo o programa financeiro desde a ELD, orçamentos (controlo orçamental), fichas de candidatura/pedidos de apoio, fichas de projecto (após análise do pedido de apoio), informação adicional para efeitos de contratação, contratação, Desistências, Anulações e Módulo Estatístico.

Eixo 4 – Abordagem LEADER: o SI gere todo o programa financeiro relativo ao Funcionamento dos GAL e à Cooperação. Inclui os mesmos segmentos de informação listados no Eixo 3.

Módulo de agregação DRACA: este módulo tem como objectivo gerar/visualizar todos os quadros de uma forma agregada, podendo a DRACA visualizar a respectiva informação de várias entidades (GAL). Esta funcionalidade não existia do período de programação anterior, sendo extremamente útil para controlar a execução de cada uma das Acções (cada GAL tem acesso apenas à sua estratégia e a AG tem acessos a todas as estratégias, permitindo visualizar o global).

A possibilidade de efectuar as candidaturas on-line foi avançada, no entanto, a AG não decidiu, ainda, se esta funcionalidade tem interesse devido ao tipo de público-alvo e ao tipo de relação que se pretende estabelecer com o mesmo, sendo que é privilegiado o contacto entre os GAL e os beneficiários finais.

No final de 2008, a integração/exportação da informação do e-Rural no/para o SiRURAL e do/para o IFAP não era, ainda, possível. No entanto, a Autoridade de Gestão prevê que essa condicionante seja ultrapassada antes do final do ano de 2009. O processo inerente à contratação e aos pedidos de pagamento far-se-á directamente em ligação via web service com o site do IFAP (os pedidos de pagamento são carregados no site do

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IFAP e, por sua vez, o IFAP alimenta o e-Rural com os pagamentos efectivamente realizados).

A primeira fase de desenvolvimento do sistema consistiu na operacionalização do Eixo 4, para que pudesse ocorrer a selecção dos GAL. Actualmente a AG trabalha na integração de pormenores associados ao desenvolvimento do processo de análise dos pedidos de apoio.

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Figura 16. Imagem do e-rural

No que respeita a sistemas de informação externos, cuja ligação é imprescindível, a Autoridade de Gestão presta ao IFAP a informação e colaboração necessárias ao eficaz funcionamento dos sistemas informáticos, nas componentes associadas à gestão, de modo a habilitar o Organismo Pagador a efectuar os pagamentos aos beneficiários e a prestação de contas final, mas também, de modo a assegurar o bom desenvolvimento das missões, auditorias e conciliações e prestação de contas intermédias.

O fluxo de informação entre as duas entidades processa-se numa base constante, utilizando web-services que permitem quer o envio e recepção de ficheiros de pagamento, quer a realização de controlos cruzados com as bases dados alojadas no Organismo Pagador. O IFAP tem permissão de consulta aos sistemas de informação do PRORURAL, tendo o processo de fluxo de informação sido previsto no protocolo de articulação funcional entre a AG e o IFAP.

Em suma, os três sistemas de informação contemplam todas as fases do processo de gestão, desde a recepção e análise dos pedidos de apoio, até ao pagamento, dotação orçamental e controlo e produção de

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indicadores de acompanhamento e de avaliação. O SiRural, no final do ano de 2008, integrava o SiAGRI e permitia a interface com o Sistema de Informação do IFAP utilizado, sobretudo, para efeitos de conciliação dos pagamentos efectuados aos beneficiários. A Autoridade de Gestão espera que, até ao final de Junho de 2009, seja possível a integração do e-Rural, concentrando toda a informação no SiRURAL, desse modo facilitando o acesso e o processamento da mesma.

3.5.2. Estrutura de indicadores

A adequada monitorização, gestão e avaliação de qualquer Programa de desenvolvimento rural só pode ser efectuada com base num sistema de indicadores abrangente, pertinente e fiável. No período de programação anterior verificaram-se grandes constrangimentos a este nível, sobretudo, porque os sistemas de informação criados para o efeito não tinham capacidade suficiente para devolver indicadores com essas características, pelo que a riqueza dos dados continuou a ser escassa, particularmente na óptica de avaliação dos resultados.

No caso do PDRu-Açores, e de acordo com Avaliação ex-post, o sistema implementado não permitiu uma visão global da implementação das Intervenções em termos de execução física e de execução financeira, nem permitiu a organização de informação útil para responder aos indicadores definidos para a avaliação das Intervenções, nomeadamente a resposta às Questões de Avaliação Comuns.

Relativamente ao PRODESA, a Actualização da Avaliação Intercalar identificou os principais constrangimentos, os quais se verificaram ao nível da disponibilização expedita de indicadores de realização física e da quantificação dos indicadores de resultado e de impacte. Em

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consequência o sistema de indicadores do Programa não foi considerado nem eficaz, nem fiável.

No actual período de programação, foi realizado um esforço assinalável para ultrapassar os constrangimentos identificados no passado. Neste sentido houve uma preocupação em adequar os indicadores, bem como na respectiva quantificação para aquelas que são as três utilizações privilegiadas dos mesmos: gestão e acompanhamento, resultados e impactes e orientações de política.

No primeiro caso – gestão e acompanhamento – todos os indicadores de realização das Medidas operacionalizadas já são devolvidos pelo SiRURAL e pelo SiAGRI. Se se analisar a bateria de indicadores do PRORURAL (Eixo 1 e Eixo 2), constata-se que a mesma contempla uma estrutura simples, de resposta fácil, respondendo às exigências da Comissão Europeia. No entanto, essa bateria de indicadores revela-se estéril em termos de avaliação e de formulação de estratégias para o sector (p.e., necessidade de orientar os apoios para determinados sectores de actividade ou tipologia de beneficiários).

Em matéria de automatismos, dos três sistemas de informação, dois têm potencialidade para devolver toda a informação integrada nos formulários de candidatura de forma mais ou menos imediata, havendo, ainda, flexibilidade para alterar/adicionar elementos que respondam às necessidades que possam surgir ao longo da vigência do Programa, em termos de informação (esta potencialidade não é tão flexível no caso do SiAGRI devido à sua interligação com o Sistema de Informação do IFAP8).

8 Os formulários de candidatura foram concebidos para suportar apenas a gestão física e financeira (conferir elegibilidades e proceder a pagamentos), não tendo um nível de detalhe que permita uma avaliação de natureza mais abrangente, necessário para suportar uma análise mais qualitativa.

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Entre os elementos passíveis de ser processados em termos de avaliação qualitativa dos apoios concedidos, destacam-se os seguintes:

Perfil das explorações agrícolas: data de início de actividade, número de parcelas, tipo de actividade agro-pecuária, área total e área utilizada, encabeçamento, tipologia de infra-estruturas, localização, com ou sem apoio de serviços de gestão e/ou de aconselhamento, etc.

Perfil dos promotores/beneficiários: idade, sexo, qualificação, formação profissional, ATP ou tempo parcial, jovem ou outro agricultor, pessoa singular ou colectiva, etc.

Perfil dos projectos de investimento: objectivo do projecto de investimento (modernização, diversificação, etc.), montante total por tipo de investimento (bem-estar animal, factores ambientais, inovação, …) e por natureza do investimento (melhoramentos fundiários, animais, máquinas e equipamentos, …), etc.

No que respeita ao perfil das explorações agrícolas também era útil uma melhor caracterização em termos económicos, p.e., unidades de dimensão económica, acréscimo do VAB, da produtividade e do rendimento.

Neste particular, saliente-se a dificuldade no cálculo/apuramento de alguns indicadores de resultado, designadamente, dos indicadores de natureza ambiental, p.e., área em que a gestão do espaço rural é bem sucedida em termos de aumento de biodiversidade ou de melhoria da qualidade da água. O cálculo do indicador ‘Aumento da biodiversidade’ é complexo na medida em que a obtenção destes dados implica um estudo ao nível da área sobre a qual o apoio vai ser concedido e em dois ou três

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momentos diferentes (antes da candidatura e durante e após o fim do compromisso).

De salientar, ainda, a dificuldade no cálculo do indicador de resultado Valor Acrescentado Bruto (VAB), requerido nas diversas Medidas do Eixo 3, na Medida 1.3. Reforma Antecipada e na Medida 1.4. Serviços de Gestão e Aconselhamento. O indicador ‘Acréscimo de VAB’ pressupõe que haja uma maior incidência de dados de natureza económica nos pedidos de apoio, criando condições para que o modelo de análise tenha capacidade para calcular esse mesmo indicador, relativamente a cada um dos projectos.

Neste âmbito, é necessário haver uma estabilização de metodologias, com critérios de quantificação uniformes, para que os modelos de análise possam suportar a produção destes indicadores. Até ao final do ano de 2008, o trabalho neste sentido era intenso, prevendo-se frutos do trabalho conjunto entre os três Programas de Desenvolvimento Rural (Continente, Açores e Madeira) e o Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP).

Em termos de indicadores de impacte9, a sua disponibilização depende essencialmente de indicadores de contexto que, por sua vez, dependem de produção estatística externa ao Programa (p.e., Instituto Nacional de Estatística, Direcção Regional do Ambiente). Neste contexto, refira-se a dificuldade em fazer coincidir os períodos temporais, os próprios sectores de actividade ou mesmo o tipo de informação requerida, havendo indicadores inexistentes, demasiado agregados ou produzidos em períodos não coincidentes com as Avaliações do PRORURAL, designadamente, Avaliação Intercalar e ex-post.9 Crescimento económico; Criação de emprego líquido; Produtividade do trabalho; Inversão do declínio da biodiversidade; Manutenção do elevado valor natural das terras agrícolas e florestais; Melhoria da qualidade da água; Combate às alterações climáticas.

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A resposta aos indicadores de resultado e de impacte deve ser, assim, perspectivada à luz dos fluxos de informação disponível sendo necessário, do lado do Programa, haver um avanço tanto quanto possível para demonstrar o contributo do PRORURAL para os mesmos. Neste sentido, o primeiro patamar de trabalho consiste em identificar o perfil de informação/dados necessário e, o segundo patamar, determinar a forma de cálculo desses indicadores. Neste âmbito existe, disponível no site relativo à Monitorização e Avaliação dos Programas de Desenvolvimento Rural10, um conjunto de Guias de avaliação e fichas de orientação sobre os Indicadores Comuns para a Monitorização e Avaliação, que compreendem, nomeadamente, o conceito dos indicadores, a metodologia de recolha de dados e a respectiva fonte.

Face às lacunas de informação para a produção dos Indicadores de impacte, uma segunda e terceira alternativas são apresentadas pelo Manual sobre o Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação – Documento de Orientação (Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Setembro de 2006), que refere o seguinte; “Quando os dados necessários para um indicador comum não estão disponíveis a nível nacional ou regional, devem ser compilados indicadores nacionais ou regionais alternativos com os dados adequados. Caso não existam dados disponíveis a nível da União Europeia ou a nível nacional, é admissível uma avaliação qualitativa” (cf. Nota de orientação A – Selecção e utilização dos indicadores, pg. 4).

Por último, no que se refere à resposta das Questões de Avaliação Comuns, as mesmas encontram-se elencadas na Nota de orientação B – Orientações de avaliação, do Manual sobre o Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação. No entanto, ao contrário do período de

10 http://ec.europa.eu/agriculture/rurdev/eval/index_en.htm.104

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programação anterior, as Questões de avaliação não têm associados nem os critérios de avaliação, nem os indicadores que permitem a resposta a essas mesmas questões, pelo que será prematuro aferir a capacidade e potencialidade do sistema de informação, face às necessidades que daí decorrem.

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IV. DINÂMICAS DE CANDIDATURAS, DE APROVAÇÃO E DE EXECUÇÃO

A avaliação da realização física e dos resultados, a par da avaliação da eficácia e da eficiência são consideradas fundamentais, num exercício de Avaliação Contínua. No entanto, essa avaliação é, ainda, prematura nesta fase de vigência do Programa, sobretudo devido aos atrasos verificados na operacionalização de parte significativa das Medidas.

Nesta fase, esta abordagem será parcial na medida em que vai incidir a sua análise apenas em dados quantitativos, prevendo-se a incorporação dos elementos qualitativos no Relatório Final. Esta opção prende-se com o facto de haver, ainda, um amplo trabalho empírico planeado fazer nesta última fase do trabalho. Assim, este Capítulo, no caso do Eixo 1 vai reflectir a sua análise baseada na dinâmica de candidaturas; no caso do Eixo 2, onde de facto houve execução, a análise vai incidir sobre a execução física e financeira e indicadores de resultados; e nos Eixos 3 e 4 , a análise vai privilegiar a aferição de adequabilidade do conteúdo das Medidas aos objectivos traçados, com base na abordagem veiculada pelas Estratégias Locais de Desenvolvimento.

4.1. VISÃO GLOBAL DO PROGRAMA

O facto de o PRORURAL só ter sido aprovado em Dezembro de 2007, limitou a realização de pagamentos relativos às Medidas do Programa cuja regulamentação e intervenção transitava do período de programação anterior. Para ultrapassar este constrangimento, foram publicadas duas portarias excepcionais e transitórias que criaram as condições para se proceder à recolha de candidaturas nesse ano,

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partindo dos seguintes princípios: que o Programa teria efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007 e que se continuava a aplicar as disposições dos regulamentos anteriores.

Assim, apesar de o PRORURAL ainda não ter sido aprovado, as Intervenções Indemnizações Compensatórias (IC’s) e as Medidas Agro-ambientais (MAA) encontraram sequência, em medidas do Programa, respectivamente, na Medida 2.1. Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas (Portaria nº 23/2007, de 26 de Abril) e na Medida 2.2. Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000 (Portaria n.º24/2007, de 26 de Abril), embora com “nuances” diferentes em termos de compromissos pois o seu enquadramento ficou condicionado à aprovação da regulamentação específica na sequência da aprovação do Programa.

Quadro 6. Continuidade dos compromissos

Medida Condições de enquadramento no PRORURAL

MAAZD

1. Os beneficiários da Portaria n.º 17/2001, de 1 de Março, que mantenham compromissos activos, ao candidatarem-se no âmbito da presente Portaria, não reiniciam um novo compromisso por cinco anos, mantendo-se o mesmo compromisso até perfazer os cinco anos após o primeiro pagamento. Contudo, aplica-se as disposições do Regulamento anexo à Portaria.2. Os beneficiários nas condições previstas no número anterior, mas que não se candidatem aos apoios dessa Portaria, não incorrem em quebra do compromisso, desde que mantenham a actividade agrícola até perfazerem os cinco anos após o primeiro pagamento.3. O enquadramento das candidaturas apresentadas em 2007, ao abrigo do Regulamento anexo à Portaria e que dela faz parte integrante, fica condicionado à regulamentação específica que vier a ser estabelecida no seguimento da aprovação do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores.

Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000

3. O enquadramento das candidaturas apresentadas em 2007, ao abrigo do Regulamento anexo à Portaria n.º 24/2007, de 26 de Abril e que dela faz parte integrante, fica condicionado à regulamentação específica que vier a ser estabelecida no seguimento da aprovação do PRORURAL.

Fonte: Adaptado de Portarias nº 23/2007 e n.º 24/2007, de 26 de Abril.108

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As Portarias 23 e 24/2007, de 26 de Abril, continham um artigo que condicionava o pagamento dos apoios à aprovação do Programa, pelo que o pagamento só se veio a concretizar no mês de Abril do ano seguinte (apenas os compromissos antigos das MAA foram apurados e pagos pelo IFAP em 2007). Em suma, em 2007, foram recepcionados pedidos de apoio no âmbito das Medidas seguintes:

Intervenção Medidas Agro-Ambientais no âmbito do PDRu-Açores, ao abrigo da Portaria n.º 52-A/2001, de 19 de Julho.

Medida 2.1. Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas (MAZD), do Eixo 2 do PRORURAL, ao abrigo Portaria nº 23/2007, de 26 de Abril.

Medida 2.2. Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000 (PAA), do Eixo 2 do PRORURAL, ao abrigo da Portaria n.º24/2007, de 26 de Abril.

Estes pedidos de apoio foram recepcionados, ainda, de acordo com a tramitação processual do período de programação anterior, ou seja, apresentação de candidaturas nos Serviços de Desenvolvimento Agrário da SRAF, introduzidos no Sistema de Informação do IFAP (iDigital) e apuramento e pagamento executados pela mesma entidade.

Para além da execução das Medidas 2.1. e 2.2. do Eixo 2 do PRORURAL e das MAA do PDRu-Açores, o Programa também executou financeiramente os compromissos transitados quer relativos ao PDRu-Açores, quer relativos a outros compromissos (Regulamento (CE) n.º 2078/92 e 2080/92).

No ano de 2008, os beneficiários e potenciais beneficiários das Medidas 2.1. e 2.2. do PRORURAL e das Medidas Agro-Ambientais, no âmbito do PDRu-Açores, fizeram os seus pedidos de apoio no novo sistema de

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informação (SiAGRI), no período 2 de Abril até 15 de Maio. A aplicação das Medidas do PRORURAL foi regulamentada pela Portaria n.º 26/2008, de 18 de Março, no caso da Medida 2.1. Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas; e pela Portaria n.º 25/2008, de 17 de Março, no caso da Medida 2.2. Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000. Os pedidos de apoio/pagamento apresentados no ano de 2007, são enquadrados no âmbito destas Portarias.

Também em 2008, verificou-se a abertura de candidaturas de diversas Medidas do Programa, tendo sido apresentados os pedidos de apoio sistematizados nos quadros seguintes, por Eixo.

Quadro 7. Pedidos de apoio recepcionados no âmbito das Medidas do Eixo 1 do PRORURAL, até 31/12/2008

PRORURAL – Medidas Nº

1.2 – Instalação de Jovens Agricultores 8

1.3 – Reforma Antecipada 271.5 – Modernização das Explorações Agrícolas 153

1.7 – Aumento do Valor dos Produtos Agrícolas e Florestais 2

Fonte: SIRURAL.

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Quadro 8. Pedidos de apoio / Pagamentos no âmbito das Medidas do Eixo 2

PRORURAL - Medidas Acção Intervenção

Pedidos de Apoio Recepcionados/Pagame

ntosPedidos de Apoio Recepcionados

2007 2008Nº Área CN Nº Área CN

2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas 3.817 83.806,5

7 - 3.878 83.659,68 -

2.2 - Pagamentos Agro-ambientais

2.2.1 – Promoção de Modos de

Produção Sustentáveis

Agricultura Biológica - - - 17 143,49 -Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária

230 5.819,13 - 1.203 32.413,47 -

2.2.2 – Promoção da Biodiversidade

e dos Valores Naturais e

Paisagísticos

Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

111 101,45 - 239 201,12 -

Conservação de Sebes Vivas para a Protecção de Culturas Hortofrutícolas, Plantas Aromáticas e Medicinais

- - - 52 53,27 -

Conservação dos Pomares Tradicionais dos Açores

- - - 84 133,54 -

Protecção da Raça Autóctone Ramo Grande

65 - 380,00 134 - 717,6

Fonte: SIAGRI.

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As diferenças registadas em termos de número de candidaturas às Medidas Agro-ambientais do ano de 2007 para o ano de 2008, devem-se aos beneficiários que transitaram os seus compromissos para o PRORURAL. Com efeito, o Formulário de candidatura contém um campo que permite essa opção (cf. Figura seguinte), havendo lugar a um novo compromisso, ainda que não tivesse terminado o período de compromisso no âmbito do PDRu-Açores.

Figura 17. Formulário de Candidatura SiAGRITransição do PDRu Açores para PRORURAL, de acordo com o artigo 11º do

Reg. (CE) nº 1320/2006

A confirmar a situação referida, note-se a diminuição significativa de compromissos no âmbito das MAA, entre 2007 e 2008.

113

X

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Quadro 9. Pedidos de apoio recepcionados – Medidas transitadas

Intervenções do PDRu e Outras

2007 2008Nº Área CN Nº Área CN

MAA

212 - Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária

1.235

32.422,67 - 31

97.923,2

0 -

221-Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

129 117,35 - 22 11,89 -

222 - Conservação de Sebes Vivas para a Protecção de Culturas Perenes

45 46,88 - 25 26,23 -

232 - Protecção da Raça Autóctone Ramo Grande

65 - 304,40 19 - 59,

8Florestação de Terras Agrícolas 83 83 950

Reforma Antecipada 158 158

Reg. (CE) nº 2078/92

209- Retirada de Terras para Protecção de Lagoas

4 27,93 - 4 27,93 -

Reg. (CE) nº 2079/92

Cessação da Actividade Agrícola 255 25

5Reg. (CE) nº 2080/92

Florestação de Terras Agrícolas 76 76

Fonte: Relatório de Execução do PRORURAL – 2007, DRACA/SRAF, 2008.

Com base nestes elementos introdutórios que contextualizam, sobretudo, a operacionalização das Medidas do Eixo 2 do PRORURAL, apresenta-se, no quadro seguinte, a execução financeira do Programa no biénio 2007/2008.

A taxa de execução do Eixo 1 é residual e respeita, apenas, aos compromissos transitados da Intervenção Reforma Antecipada do PDRu-Açores e do Regulamento (CE) 2079/92.

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No que se refere ao Eixo 2, a taxa de execução ascendeu a um quarto da dotação financeira disponível para o período 2007-2013. Contudo, os valores contêm os compromissos financeiros que resultam do elevado número de compromissos no âmbito do PDRu-Açores e também do Regulamento 2078/92, referente à protecção das lagoas e o Regulamento 2080/92, relativo à florestação de terras agrícolas.

Em suma, não foram aprovados nem efectuados pagamentos relativos aos pedidos apresentados em 2007, no âmbito do PRORURAL; os quadros de apuramento respeitam aos compromissos transitados do FEOGA (G), relativos ao PDRu-Açores e que, de acordo com o Relatório de Execução do PRORURAL – 2007, correspondem às actuais medidas código CE 113 (Reforma Antecipada), 212 (Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, anteriormente designadas Indemnizações Compensatórias), 214 (Pagamentos Agro-ambientais, anteriormente designados Medidas Agro-ambientais) e 221 (Apoio à Primeira Florestação de Terras Agrícolas).

No ano de 2008 ocorreram pagamentos de candidaturas efectuadas em 2003, 2005 e 200611, 2007 e 2008, sendo que, para este último ano, os dados disponíveis respeitam apenas aos primeiros dois apuramentos. Em 2009 espera-se a regularização da situação relativa aos pagamentos, ou seja, efectuar pagamentos no mesmo ano a que se refere a candidatura.

Como se pode observar no quadro seguinte, a execução financeira do Programa no biénio 2007/2008 foi de 13,2%, 11 Os pagamentos ficaram retidos, nomeadamente, por motivos relacionados com o controlo, que foi transitando de ano para ano.

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decorrendo, sobretudo, de compromissos transitados dos períodos de programação anteriores.

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Quadro 10. Execução financeira do PRORURAL no biénio 2007/2008 (Despesa Pública)

Medidas/AcçõesRepartição

financeira/dotação disponível para o período

2007-2013

1/01/2007 a 31/12/2007

01/01/2008 a 30/12/2008

Acumulado 2007/2008

Taxa de Execução no

biénio 2007/2008

(%)Despesa Pública

Despesa Pública

Despesa Pública

Despesa PúblicaEixo 1

1.1.3. Reforma AntecipadaDos quais despesas transitadas em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1320/2006

15.294.118,00 2.299.549,15 1.565.413,27 3.864.962,42 25,3

Sub-total Eixo 1 151.176.470,00 2.299.549,15

1.565.413,27

3.864.962,42 2,6

Eixo 22.1. Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas DesfavorecidasDos quais despesas transitadas em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1320/2006

69.411.765,00 568.975,97 17.644.706,19 18.213.682,16 26,2

2.2. Medidas Agro-Ambientais e Pagamentos Agro-AmbientaisDos quais despesas transitadas em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1320/2006

51.764.706,00 5.986.258,80 7.900.283,47 13.886.542,27 26,8

Acção 2.4.1. Intervenção Apoio à primeira florestação de terras agrícolasDos quais despesas transitadas em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1320/2006

10.688.235,00 941.120,43 793.439,84 1.734.560,27 16,2

Sub-total Eixo 2 135.294.118,00 7.496.355,2 26.338.429, 33.834.783, 25,0

117

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0 50 77Total Eixo 1 e 2

Dos quais despesas transitadas em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1320/2006

286.470.588,00 9.795.904,35

27.903.842,77

33.834.783,95 13,2

Fonte: Fonte: Relatório de Execução do PRORURAL – 2007, DRACA/SRAF, 2008; IFAP, 2009.

118

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4.2. ANÁLISE EXTENSIVA DOS EIXOS E DAS MEDIDAS

Este ponto, tal como referido anteriormente, vai incidir exclusivamente sobre as Medidas que tiveram execução no biénio 2007/2008 e sobre o Eixo 3 e 4, embora num registo que vai privilegiar a aferição de adequabilidade do conteúdo das Medidas aos objectivos traçados, com base das Estratégias Locais de Desenvolvimento.4.2.1. EIXO 1 – AUMENTO DA COMPETITIVIDADE DOS SECTORES AGRÍCOLA E FLORESTAL

O Eixo 1 é caracterizado por uma marcada segmentação das tipologias de actuação em benefício do aumento da competitividade dos sectores agrícola e florestal. Os três principais segmentos onde incidem as ajudas disponíveis, são os seguintes:

Aumento do conhecimento, informação e qualificação dos activos do complexo agro-florestal;

Estímulo à inovação e promoção da reestruturação das fileiras do sector agro-florestal, a par do aumento da qualidade dos produtos;

Melhoria das infra-estruturas de apoio às actividades agrícola e florestal.

Quadro 11. Relação entre objectivos específicos do Eixo 1 e as respectivas Medidas

Objectivos específicos Medidas Assegurar um nível apropriado de formação

técnica e económica e de conhecimentos aos activos do sector agrícola, florestal e agro-alimentar, que permita acompanhar os requisitos da evolução do sector agro-florestal.

Medida 1.1. Formação profissional e acções de formação

119

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Facilitar a instalação de jovens agricultores e os ajustamentos estruturais das suas explorações.

Medida 1.2. Instalação de jovens agricultores

Assegurar uma alteração estrutural significativa em explorações transferidas.

Medida 1.3. Reforma Antecipada

Melhorar a gestão sustentável das explorações e ajudar os agricultores e proprietários florestais a adaptar e melhorar a sua capacidade de gestão e o desempenho das suas explorações

Medida 1.4. Serviços de gestão e aconselhamento

(cont.)

120

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Quadro 10. Relação entre objectivos específicos do Eixo 1 e as respectivas Medidas (cont.)

Objectivos específicos Medidas Melhorar o desempenho económico das

explorações agrícolas através de um melhor uso dos factores de produção, incluindo a introdução de novas tecnologias e da inovação.

Medida 1.5. Modernização das explorações agrícolas

Alargar o valor económico das florestas, aumentar a diversificação da produção e potenciar as oportunidades de mercado, mantendo uma gestão sustentável.

Medida 1.6. Melhoria do valor económico das florestas

Melhorar a transformação e comercialização de produtos primários da agricultura e floresta através de investimentos relacionados com a modernização e reestruturação das empresas relacionados, nomeadamente, com novas tecnologias e novas oportunidades de mercado.

Medida 1.7. Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais

Aproveitar as oportunidades de mercado através da disseminação de abordagens inovadoras relacionadas com o desenvolvimento de novos produtos, processos e tecnologias.

Medida 1.8. Cooperação para a promoção da inovação

Actuar ao nível da adequação dos sistemas de financiamento e gestão de risco à especificidade das empresas e projectos inerentes às actividades produtivas do sector agrícola, florestal e alimentar, contribuindo para o aumento da competitividade do sector.

Medida 1.9. Criação e desenvolvimento de novos instrumentos financeiros

Restabelecimento do potencial de produção agrícola afectado por catástrofes naturais e introdução de medidas de prevenção adequadas que contribuam para a competitividade.

Medida 1.10. Catástrofes naturais

Melhorar as infra-estruturas necessárias ao aumento da competitividade do sector agrícola e florestal

Medida 1.11. Melhoria e desenvolvimento de infra-estruturas

Fonte. PRORURAL.

Das 11 Medidas a operacionalizar no âmbito do Eixo 1 do PRORURAL falta, ainda, regulamentar 5 Medidas (1.1.; 1.4.; 1.8., 1.9.; e 1.10.). Neste ponto do Capítulo IV vai fazer-se uma breve análise da dinâmica de candidaturas das Medidas operacionalizadas até meados de Maio de 2009. Embora este tipo

121

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de análise não seja objecto da Avaliação Contínua do ano de 2008, considerou-se importante evidenciar a existência das dinâmicas instaladas na apresentação de pedidos de apoio na Região.

No decorrer dos trabalhos de avaliação prevê-se um aprofundamento de natureza qualitativa relativo às condições de implementação das diversas Medidas regulamentadas. No entanto, como a Equipa de Avaliação não deu, ainda, por terminado o trabalho de tratamento da informação, essa componente de trabalho será reflectida apenas no Relatório Final.

As Medidas do Eixo 1 do PRORURAL surgem, na sua maioria, na sequência das Medidas integradas no âmbito do Eixo Prioritário 2 do PRODESA – Programa Operacional para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores (há tipologias de investimento novas – p.e., software, energias renováveis – e a actualização dos máximos elegíveis mas, de forma geral, optou-se pela continuidade). As principais diferenças decorrem da própria aplicação do Regulamento comunitário 1698/2005.

Uma das novidades importantes é a introdução dos critérios de selecção dos projectos de investimento. Embora a aprovação de projectos não seja decidida com base nesses critérios de selecção, os mesmos ficam registados no Sistema de informação sob a forma de pontuação, sendo possível avaliar a valia técnica dos projectos e a tendência dominante dos investimentos em cada Medida.

122

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Medida 1.2. Instalação de jovens agricultores

A Medida 1.2. foi regulamentada pela Portaria n.º 38/2008, de 13 de Maio, tendo sido criada, sobretudo, para atenuar o peso das faixas etárias mais elevadas no sector agrícola e florestal, apoiando a instalação de jovens agricultores. Os principais objectivos desta Medida são os seguintes:

Renovação do tecido empresarial agrícola;

Manutenção e reforço de um tecido económico e social viável nas zonas rurais;

Melhoria dos rendimentos agrícolas e das condições de vida e de trabalho; e

Promoção da capacidade competitiva do sector agrícola.

Esta Medida apresenta as mesmas condições de elegibilidade que a Medida correspondente no período de programação anterior. O aumento do valor do prémio, a introdução de majorações e a exigência de um plano empresarial (apresentação dos objectivos/expectativas, do plano de formação, etc.,ao longo dos cinco anos) constituem as principais diferenças.

Até meados de Maio de 2009, deram entrada no Sistema de Informação do PRORURAL, 27 candidaturas no valor de 990.000,00 Euros, cuja distribuição abrange praticamente todo o Arquipélago, embora com bastante mais incidência nas Ilhas da Terceira e de São Miguel.

Quadro 12. Número de candidaturas no âmbito da Medida 1.2., até 15/05/2009

IlhaTota

l

123

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Ilha da Graciosa 1Ilha de São Jorge 1Ilha de São Miguel 9Ilha do Faial 1Ilha do Pico 1Ilha Terceira 14Total 27

Fonte: SiRURAL.

No que se refere ao perfil dos potenciais beneficiários da Medida 1.2., refira-se que a totalidade tem natureza jurídica de “pessoa singular”, apenas cinco são do sexo feminino e a média de idades situa-se nos 29 anos.

124

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Figura 18. Perfil dos potenciais beneficiários, segundo o género

19%

81%

Sexo femininoSexo masculino

Fonte: SiRURAL

Para que os objectivos propostos sejam alcançados, o Programa propõe-se apoiar jovens agricultores na sua instalação como chefes de exploração, atribuindo um prémio base de 35 mil Euros, que pode ser majorado em duas circunstâncias: beneficiário com habilitações ou formação na área da actividade em que vai assumir responsabilidades e agregação de duas ou mais explorações.

Da análise da informação disponibilizada à Equipa de Avaliação pode constatar-se que 10 candidaturas pertencem a jovens sem habilitações ou formação e cujo projecto de investimento não prevê a agregação de duas ou mais explorações; 16 candidaturas pertencem a jovens com habilitações/formação; e apenas 1 candidatura combina as duas componentes de majoração.Estas candidaturas não se encontram associadas a processos de reforma antecipada. Todavia, todas as candidaturas (com a excepção de uma), estão associadas a projectos de investimento no âmbito da Medida 1.5. Os projectos de investimento dos potenciais Jovens Agricultores oscilam entre mil e quinhentos mil

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Euros (esta última candidatura foi majorada nas duas vertentes previstas).

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Quadro 13. Candidaturas no âmbito da Medida 1.2., associadas a projectos de investimento no âmbito da Medida 1.5., até 15/05/2009

Candidaturas no âmbito da Medida

1.2.

Candidaturas no âmbito da Medida

1.5.Média do

investimento

35.000,00 €

22.985,00 €

102.783,76 €

58.268,06 €68.150,00 €76.550,43 €89.962,90 €94.898,44 €

106.706,75 €143.997,75 €163.292,49 €203.025,82 €

37.500,00 €

1.000,00 €

96.595,37 €

22.344,00 €55.023,74 €88.372,16 €93.093,16 €96.736,96 €99.995,66 €

100.765,58 €101.296,63 €104.627,36 €107.356,53 €109.760,82 €113.006,56 €128.947,56 €226.603,89 €

40.000,00 € 499.999,30 € 499.999,30 €Fonte: SiRURAL

No que se refere aos indicadores de realização da Medida, o quadro seguinte oferece pistas sobre a prossecução das metas definidas, utilizando a informação sobre as candidaturas efectuadas até dia 15 de Maio de 2009.

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Quadro 14. Indicadores de realização da Medida 1.2.

Indicadores de realização Pedidos de Apoio

Descrição Metas Descrição Valores

N.º de jovens agricultores instalados 200-230 N.º de instalações 27

Volume total de investimento associado a primeiras instalações (€):

8.823.529,00

Volume total de investimento proposto (€)

990.000,00

A primeira conclusão que resulta da análise dos pedidos de apoio prende-se com o reduzido número de candidaturas face à meta definida, a que corresponde uma taxa de 13,5-11,7%, se se utilizar, respectivamente, 200 e 230 primeiras instalações.

Medida 1.3. Reforma Antecipada

A Medida 1.3. Reforma Antecipada tem como principal finalidade a mudança estrutural das explorações agrícolas. Para a prossecução desse objectivo os apoios desta Medida concentram-se em duas frentes de actuação: (i) rejuvenescimento dos titulares das explorações agrícolas; e (ii) redimensionamento físico e económico das explorações agrícolas.No contexto dessas duas frentes de actuação a Medida 1.3. Reforma Antecipada guia-se pelos objectivos seguintes:

Favorecer o emparcelamento agrícola de exploração ou parcelas de modo a permitir uma maior viabilidade económica das novas explorações.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Proporcionar um rendimento adequado aos agricultores que decidam cessar as suas actividades agrícolas; e

Favorecer a substituição desses agricultores idosos por agricultores que possam melhorar a viabilidade económica das explorações resultantes.

De acordo com os dados fornecidos pela Autoridade de Gestão o número de candidaturas a esta Medida foi de 46, até ao dia 15 de Maio de 2009. Das candidaturas entradas, evidencie-se o número elevado na Ilha da Terceira (17), aliás, seguindo uma tendência já manifestada no período de programação anterior. Figura 19. Número de candidaturas entradas no âmbito da Medida 1.3., até 15/05/2009

2% 7%9%

24%

17%4%

37%Ilha da GraciosaIlha das FloresIlha de Santa MariaIlha de São JorgeIlha de São MiguelIlha do PicoIlha Terceira

Fonte: SiRURAL

O montante associado aos 46 pedidos de apoio ascendeu a 2.223.746,82 Euros No que se refere ao perfil dos potenciais beneficiários, cerca de 78% tem menos de 60 anos de idade e 33% é do sexo feminino.

No âmbito desta Medida tem de se ter em conta os compromissos transitados dos dois períodos de programação anteriores, sendo que o valor desses compromissos foi contabilizado para calcular a taxa de execução do Eixo 1, aliás,

129

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

foi a única Medida do Eixo 1 a apresentar execução (cf. Quadro 10. Execução financeira do PRORURAL no biénio 2007/2008 (Despesa Pública)).

130

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Quadro 15. Execução da Medida 1.3. Reforma Antecipada, no ano de 2008

Tipo de beneficiári

o

N.º de pedidos aprovad

os

Número de Beneficiários N.º hectare

s libertad

os

Despesa Pública (milhares de

euros)Sexo

MasculinoSexo

Feminino Total FEADER Total55-

64 >64 55-64 >64Autorizaçõe

s de períodos de programação anteriores

- Reg. 2079/92

255 1 167 10 77 255 N/D 497.184,89 584.922,99

Autorizações de

períodos de programação anteriores

- PDRu

158 75 42 33 8 158 N/D 833.417,14 980.490,28

Autorizações de

períodos de programação anteriores

TOTAL

413 76 209 43 85 413 --- 1.330.602,03

1.565.413,27

Notas: O nº de pedidos aprovados diz respeito ao nº de projectos com pagamentos no período; Relativamente ao nº de beneficiários apenas foi considerado o beneficiário principal do projecto, havendo casos de candidaturas conjuntas em que a ajuda é paga ao casal.

Relativamente ao período de programação actual, o quadro seguinte mostra o alcance das metas preconizadas, embora com valores indicativos baseados nos pedidos de apoio apresentados.

Quadro 16. Indicadores de realização da Medida 1.3

Indicadores de realização Pedidos de Apoio

Descrição Metas Descrição Valores

N.º agricultores apoiados 300

N.º agricultores que apresentaram candidatura

46

Nº de trabalhadores 10 Nº de trabalhadores -

131

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

assalariados apoiadosassalariados que apresentaram candidatura

Nº de hectares libertos 1.600 Nº de hectares a libertar s.d.

Como se pode constatar, as 46 candidaturas que foram submetidas para apreciação correspondem apenas a 15,3% da meta preconizada, no entanto, este valor não é inquietante dado que se espera que a dinâmica de candidaturas acelere no período final da vigência do Programa.

Medida 1.5. Modernização das explorações agrícolas

A Medida 1.5. Modernização das explorações agrícolas, tem um conjunto de objectivos estabelecidos em função das condicionantes identificadas ao nível da produção, nomeadamente, em matéria de competitividade das actividades de especialização regional, de valorização dos produtos, de desempenho ambiental e de gestão económica. Os objectivos definidos para esta Medida são os seguintes:

Melhorar o desempenho económico das explorações através de uma melhor gestão dos factores de produção, incluindo a introdução de novas tecnologias;

Melhorar os rendimentos agrícolas e as condições de vida e de trabalho;

Manter e reforçar um tecido económico e social viável nas zonas rurais;

132

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Melhorar a competitividade dos sectores estratégicos da Região;

Promover o desenvolvimento de actividades e práticas potenciadoras do aproveitamento das condições edafo-climáticas da Região, da preservação do meio ambiente e da criação de ocupações e rendimentos alternativos para os agricultores;

Produzir produtos de qualidade e com elevado valor acrescentado, de acordo com a procura crescente destes produtos por parte dos consumidores;

Incentivar um modelo de desenvolvimento rural abrangente dos diversos tipos de agricultores e zonas rurais.

A abertura das candidaturas ocorreu após a data de publicação da Portaria de regulamentação da Medida 1.5. (Portaria n.º 36/2008, de 9 de Maio). No entanto, a apresentação da primeira candidatura de um projecto de investimento ocorreu apenas em Outubro, data a partir da qual se instalou uma dinâmica de candidaturas elevada: até 15 de Maio de 2009, deram entrada 291 projectos que ascenderam a um total de investimento proposto na ordem dos 24.102.670,40 Euros. Na análise da distribuição regional dos pedidos de apoio apresentados, constata-se que são as Ilhas da Terceira e de São Miguel que têm maior volume de projectos, representando 71% do número de projectos e 75% do investimento proposto.Figura 20. Distribuição regional dos pedidos de apoio no âmbito da

Medida 1.5, até 15/05/2009

133

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

1%1% 13%

37%

6%8%

34%

Ilha da GraciosaIlha de Santa MariaIlha de São JorgeIlha de São MiguelIlha do FaialIlha do PicoIlha Terceira

Fonte: SiRURAL.

Quadro 17. Distribuição regional do investimento proposto no âmbito da Medida 1.5, até 15/05/2009

IlhaInvestimen

to proposto

(€)

Investimento

proposto (%)

Graciosa 785.101,76 3,26Santa Maria 173.930,84 0,72São Jorge 2.210.315,5

0 9,17

São Miguel 9.199.988,31 38,17

Faial 891.236,77 3,70Pico 1.363.956,3

8 5,66

Terceira 9.478.140,85 39,32

Total 24.102.670,41 100,00

Fonte: SiRURAL.

A maioria dos projectos estão enquadrados na classificação ‘pequenos projectos’, ainda que grande parte do investimento se encontre afecto à classificação ‘outros projectos’ (cf. quadro seguinte).

134

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Quadro 18. Classificação dos projectos12, segundo o número total de pedidos de apoio e ao investimento proposto

Micro-projecto

sPequenos projectos

Outros projectos

Pedidos de apoio (%) 13,7 52,9 33,3

Investimento proposto (%) 2,3 36,3 61,4

Fonte: SiRURAL.

No que respeita às grandes tipologias de investimento, como se pode observar na figura seguinte, foi a tipologia Máquinas e Equipamentos que predominou nas opções de investimento dos potenciais beneficiários da Medida 1.5., representando 69,2% do montante associado ao investimento proposto. Esta é uma realidade que se tem vindo a verificar ao longo de todos os períodos de programação, não representando o PRORURAL uma excepção. Figura 21. Investimento proposto, segundo as grandes tipologias

de investimento dos projectos candidatados, até 15/10/2009

24,6%

4,7%

69,2%

0,7% 0,7%

0,010,020,030,040,050,060,070,0

Construções Agrícolas e RuraisDespesas GeraisMáquinas e EquipamentosMelhoramentos FundiáriosPlantações

Fonte: SiRURAL.

12 Micro-projectos: 3.000€ a 25.000€; Pequenos projectos: 25.000€ a 75.000€; outros projectos: 75.000€ a 500.000€.

135

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Ainda no que se refere à tipologia de investimentos, o quadro seguinte sistematiza as principais aplicações de investimento que os potenciais beneficiários pretendem efectuar no âmbito dos projectos submetidos à apreciação da Autoridade de Gestão. A elaboração do projecto (despesas gerais) e a aquisição de tractores (máquinas e equipamentos) dominam em termos de número/incidência nos pedidos de apoio.

Quadro 19. Incidência das tipologias de investimento nas candidaturas apresentadas no âmbito da Medida 1.5., até 15/05/2009

Tipologia de investimentoIncidência

nos projectos

(%)Elaboração do Projecto 89,7Tractor 4RM 59,1Carregador frontal, balde, forquilha 32,3Distribuidor de adubo 29,2Reboque cisterna para água 23,7Máquina de ordenha móvel 19,9Reboque 18,6Trela para transporte gado 15,5Corta-mato 13,7Fresa 13,4Escarificador 13,1Pulverizador para tractor 13,1Máquina de ordenha fixa 10,3Reboque Unifeed 10,3Gadanheira 10,0

Fonte: SiRURAL.

O quadro anterior revela que cerca de 60% das candidaturas a projectos de investimento no âmbito da Medida 1.5. contempla a compra de um tractor. Estabelecendo uma relação entre o número de máquinas e equipamentos e o número de candidaturas foi possível chegar à conclusão de que cada candidatura apresenta, em média, como intenção de investimento 4,4 itens na rubrica máquinas e equipamentos.

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Em termos de investimento proposto é a aquisição de tractores que detém o maior peso, de forma destacada (32,1%). Para além dos tractores, também se evidencia algum peso das máquinas de ordenha móveis e fixas (10,8%), da elaboração dos projectos (4,4%) e da construção de armazéns e estufas de plástico.

Quadro 20. Investimento proposto em função das tipologias de investimento, até 15/05/2009

Tipologia de investimento

Peso no investime

nto proposto

(%)Tractor 4RM 32,1Máquina de ordenha móvel 5,8Máquina de ordenha fixa 5,0Elaboração do Projecto 4,4Armazém 4,3Estufa plástico 4,1Reboque Unifeed 3,2Carregador frontal, balde, forquilha 3,0Cobertura 2,1Reboque cisterna para água 2,1ETAR (construção) 1,8Sala de ordenha 1,5Tanque de refrigeração leite 1,5Reboque 1,2Reservatórios de água 1,2

Fonte: SiRURAL.

A elegibilidade da tipologia de investimento máquinas e equipamentos13, designadamente, de tractores e alfaias agrícolas 13 Este tipo de investimento já se encontra limitado, face a outro tipo de investimentos, na medida em que os investimentos que visem a simples substituição de máquinas e equipamentos não são elegíveis. No entanto, podem ser elegíveis os investimentos destinados a operações de substituição de máquinas e equipamentos desde que melhorem, as condições de produção agrícola e/ou ambiental (vantagens ambientais: menores consumos, diminuição da emissão de CO2, etc; melhoria das condições de segurança e de trabalho; inovação/melhorias tecnológicas; aumento da capacidade de produção em pelo menos 25%.

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deverá ser objecto de atenta ponderação com vista a limitar a sua expressão nas lógicas de investimento da Medida. No trabalho empírico realizado surgiu um conjunto de requisitos que poderão ser utilizados para que essa limitação ocorra:

Apresentação de um plano de utilização anual do tractor e respectivas alfaias. Este plano teria associado (i) a afectação das máquinas e equipamentos às actividades agrícolas em termos de tempo (horas de trabalho); (ii) a estimativa de custos e proveitos, sendo que o proveito da sua utilização teria de ser superior aos custos de utilização (p.e., combustível), de manutenção (p.e., reparação de peças, substituição de pneus) e de amortização.

Prova efectiva da melhoria das condições de produção agrícola e/ou ambiental: apresentação de uma justificação das vantagens ambientais, melhoria das condições de segurança e de trabalho; inovação/melhorias tecnológicas; e aumento da capacidade de produção em pelo menos 25%.

Circunscrição das condições em que a substituição de investimento é permitida à melhoria das condições ambientais da exploração e atribuir mínimos de diferença face às máquinas já existentes na exploração (p.e., à diferença do consumo de combustível e à diminuição da emissão de CO2).

Limitação do máximo de investimento proposto nos projectos que tenham como objectivo a substituição de

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tractores e alfaias agrícolas, mesmo que essa substituição seja justificada.

Majorar o critério de demonstração da viabilidade económica aplicável para um Salário Mínimo Nacional (SMN).

Para além do preenchimento destes requisitos, existe outra modalidade para condicionar as ajudas a projectos de investimento centrados na aquisição de máquinas e equipamentos que consiste na apresentação de candidaturas por via de concurso. Nesta modalidade, a base para selecção das candidaturas é mais abrangente, permitindo aprovações de acordo com a valia técnica das mesmas e com o contributo efectivo para os objectivos da Medida e do Programa.

Esta opção tem muitas vantagens, sendo a mais importante a possibilidade de orientar a aprovação dos projectos de investimento no sentido da prossecução dos objectivos da Medida. No entender Equipa de Avaliação, as dificuldades de implementação dessa modalidade de apresentação de candidaturas são ultrapassáveis pelo trabalho e experiência acumulados pela Autoridade de Gestão.

Quadro 21. Implementação do modelo de candidaturas por via de concurso

Vantagens Principais dificuldades Orientação mais dirigida das

aprovações de candidaturas para a prossecução dos objectivos da Medida Revisão dos critérios de selecção

Estabelecimento de prioridades em cada concurso

Gestão mais eficaz dos recursos Montagem e organização de uma

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humanos afectos à análise das candidaturas

equipa de análise capaz de dar resposta à análise das candidaturas a entrar num curto espaço de tempo. A estrutura técnica da DRACA teria de ser reforçada tendo em conta a sua limitação actual para o processamento de todas as tarefas com a celeridade esperada pelos beneficiários

Apresentação de candidaturas bem instruídas, sob pena de não serem analisadas no período de análise do concurso a que respeitam

Sensibilização dos projectistas e beneficiários para instruir bem os processos de candidatura

No que se refere ao perfil dos potenciais beneficiários, a análise dos dados relativos aos pedidos de ajudas regista uma predominância da natureza jurídica ‘pessoa singular’ (94%) e da faixa etária dos produtores singulares entre os 35 e os 44 anos de idade (a média de idades situa-se nos 40,6 anos).

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Figura 22. Estrutura etária dos potenciais beneficiários, nas candidaturas

submetidas até 15/05/2009

5,1%20,8%

43,4%

21,9%6,6%2,2%

0%20%40%60%80%

100%>=6555-6445-5435-4425-34<=25

Fonte: SiRURAL.

No quadro seguinte, procede-se a uma análise sucinta da relação entre o investimento proposto nos 291 pedidos de apoio submetidos à apreciação da AG e os indicadores de realização. Esta análise é meramente indicativa, na medida em que estamos a considerar candidaturas e não projectos de investimento aprovados.

Quadro 22. Indicadores de realização da Medida 1.5.

Indicadores de realização Pedidos de Apoio

Descrição Metas Descrição Valores

N.º explorações apoiadas

1.200-1.500 N.º explorações 291

Volume total de investimento (€)

21.947.874 -

27.434.842

Volume total de investimento proposto (€)

24.102.670,40

Média do investimento por projecto 18.290,00€ Média do investimento

proposto por projecto 82.827,00€

Fonte: SiRURAL.

A primeira ilação que resulta da análise das candidaturas apresentadas respeita ao elevado volume de investimento proposto, cerca de 24 milhões de Euros, tendo já ultrapassado o

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limite inferior do volume total de investimento previsto. Outra constatação prende-se com o baixo número de candidaturas apresentadas face ao que foi preconizado, embora se considere que existe uma dinâmica muito positiva.

Esta análise leva, assim, à consideração de que o volume total de investimento é reduzido face ao número de projectos instituído como meta. De notar que a média prevista do investimento total se situa nos 18.290€ por projecto de investimento, enquanto que a média do investimento total proposto nos 291 pedidos de apoio apresentados até 15 de Maio de 2009 se cifrou nos 82.827€ por projecto.

Em termos de comparação com o período de programação anterior (Medida 2.2.1. Apoio ao investimento nas explorações agrícolas, no âmbito do PRODESA), utilizou-se os montantes relativos à despesa pública total e ao apoio cedido pelo respectivo fundo. Neste contexto, refira-se que, da análise efectuada, concluiu-se que o valor da dotação orçamental para 2007-2013 é inferior no que respeita à despesa pública total mas superior no que se refere ao apoio do FEADER. De acordo com o Relatório de Execução do PRODESA – 2007, a despesa pública total no período 2000-2007 foi de 34.787.744,95€, sendo que a contribuição do FEOGA ascendeu a 14.161.762,89€. O quadro seguinte sistematiza essa informação.Quadro 23. Despesa pública da Acção 2.2.1. (PRODESA) e 1.5. (PRORURAL)

Período 2000-2007

PRODESA

Período 2007-2013

PRORURALDiferenç

a %

Despesa pública 34.787.744,95 20.000.000,00 -42,5

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total (€)Apoio Fundo (€) 14.161.762,89 17.000.000,00 +16,7

Fonte: Relatório de Execução do PRODESA – 2007; PRORURAL.

Esta situação recomenda um reforço da dotação orçamental para a Medida 1.5. Contudo, sendo que, na óptica da Avaliação, esse reforço da dotação orçamental deve ser acompanhado pelo esforço na aprovação de candidaturas que contribuam fortemente para os objectivos da Medida, p.e., através da implementação do modo de apresentação de candidaturas por via de concurso ou, pelo menos, a limitação das elegibilidades no que se refere à rubrica máquinas e equipamentos.

Medida 1.6. Melhoria do valor económico das florestas

A Medida 1.6. Melhoria do valor económico das florestas visa apoiar projectos que, no seu todo, contribuam para uma floresta rentável e economicamente sustentável, em consonância com a Estratégia Florestal da Região Autónoma dos Açores. Esta Medida prossegue os seguintes objectivos:

Melhorar a competitividade global e o valor acrescentado da produção florestal contribuindo, simultaneamente para um correcto ordenamento do território e para a protecção do ambiente;

Reconverter povoamentos visando o aumento da sua produtividade;

Melhorar a rede de infra-estruturas associadas aos povoamentos, em conformidade com as acessibilidades necessárias à gestão florestal;

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Garantir a produção de materiais florestais de reprodução de qualidade;

Promover a gestão florestal sustentável, através do uso da floresta sem comprometer as suas funções económica, social e ambiental.

Esta Medida tem como principal objectivo a promoção da gestão activa dos povoamentos florestais para a produção de material lenhoso de qualidade. A beneficiação dos povoamentos instalados e a reconversão florestal constituem os principais eixos estratégicos desta Medida, que tem como objectivo estratégico a melhoria do valor económico das florestas açorianas. De certa forma, esta Medida recupera os objectivos inscritos no âmbito do PRODESA – Sub-acção 2.2.3.1 – Beneficiação do Sector Florestal, no anterior período de programação.

Para garantir a eficácia da Medida, as intervenções a apoiar deverão incidir sobre uma área igual ou superior a 1 hectare, e estar sujeitas a um Plano Orientador de Gestão e ao cumprimento das Boas Práticas Florestais. Nos projectos de investimento com área superior a 10 ha é exigida a apresentação do Plano de Gestão Florestal.

De facto, constata-se que a actividade de produtor florestal na Região Autónoma dos Açores tem associado um conjunto de especificidades regionais que condicionam a rentabilidade da actividade. Devido aos elevados declives, a instalação e condução dos povoamentos é totalmente manual, bem como as acções de controlo de infestantes (conteira, incenso, etc.), que

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aumentam os custos de produção. Acresce que a Criptomeria, que corresponde à principal espécie produzida nos Açores com fins comerciais, tem na construção civil a sua principal utilização, donde resulta uma menor valorização económica do material lenhoso produzido.

A estrutura de gestão da Medida 1.6 “Melhoria do valor económico das florestas” é composta pela Autoridade de Gestão do PRORURAL (DRACA), pela Direcção Regional dos Recursos Florestais (DRRF), enquanto Organismo Intermédio de Gestão e pelo IFAP, IP, na qualidade de Organismo pagador. A DRRF é responsável pela análise dos pedidos de apoio, sobre os quais emite parecer técnico e a proposta de decisão.

A Portaria que regulamenta a aplicação da Medida 1.6 foi publicada em Agosto de 2008,

tendo posteriormente sido objecto de alteração em Fevereiro de 2009, conforme se

apresenta no quadro seguinte.

Medida Regulamento de aplicação

1.6 Melhoria do valor económico das florestas

Portaria n.º 69/2008, de 12 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 11/2009, de 25 de Fevereiro.Nota: a Portaria n.º 69/2008 entrou em vigor no dia seguinte à sua publicação.

A Portaria n.º 11/2009, de 25 de Fevereiro introduziu algumas pequenas alterações ao regulamento de aplicação da Medida 1.6, que esclarecem aspectos pontuais da tramitação processual dos pedidos de apoio e dos pedidos de pagamento. Esta portaria derrogou o prazo de elegibilidade das despesas efectuadas antes da apresentação dos pedidos de apoio, desde que tenham

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ocorrido após 1 de Janeiro de 2007 e os candidatos apresentem os respectivos pedidos de apoio até 30 de Abril de 2009.

Na sequência da publicação da Portaria n.º 11/2009, de 25 de Fevereiro, a Autoridade de Gestão aprovou em 23.3.2009 a Norma de Procedimentos n.º 23/2008 (versão 2), com o objecto de estabelecer os procedimentos específicos a adoptar pela DRRF na gestão, até à contratação das operações aprovadas ao abrigo desta Medida. Igualmente está disponível para consulta no sitio digital do SiRURAL um guia de apoio ao preenchimento do formulário do pedido de apoio, cuja versão data de 1.4.2009.

Os beneficiários desta Medida são os produtores/proprietários privados, as associações florestais e as organizações de produtores florestais e os Organismos da Administração Pública Regional, com competências no sector florestal.

De seguida procede-se a uma análise sucinta da informação disponibilizada pela Autoridade de Gestão relativamente aos 24 pedidos de apoio (de 18 potenciais promotores) submetidos ao SiRURAL entre 12.01.2009 e 15.05.2009.

Quadro 24. Indicadores de realização da Medida 1.6

Indicadores de realização Pedidos de Apoio

Descrição Metas Descrição Valores

N.º explorações silvícolas apoiadas 400 N.º explorações

silvícolas 18

Volume total de investimento (€)

4.152.249

Volume total de investimento proposto (€)

1.218.826,78

Área total beneficiada (ha) 1.600 Área total proposta

(ha) ---

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A primeira constatação que resulta da análise dos pedidos de apoios prende-se com o elevado volume de investimento proposto, perto de 1,219 milhões de Euros, que corresponde a 29,4% do volume total de investimento previsto para a Medida 1.6.

A análise da tipologia de beneficiários, registou que todos os potenciais beneficiários são de natureza privada, apenas três deles com o estatuto de pessoa colectiva.

Numa leitura mais fina do investimento proposto por tipo de beneficiário, verifica--se que aquelas “pessoas colectivas” representam um investimento de 360.336,71€, ou seja, 29,6% do total. Os outros beneficiários apresentaram projectos de investimento cifrados em 858.490,07€. Apenas três projectos (um de pessoa colectiva e dois de pessoa singular) representam 54,7% do total de investimento proposto (666.103,64€).

A informação disponibilizada à Equipa técnica de Avaliação não permite a análise do investimento proposto face à tipologia dos investimentos elegíveis e às áreas beneficiadas.

Numa primeira leitura dos dados disponibilizados, a apreciação dos indicadores de realização deixa antever uma taxa de realização financeira elevada. Já relativamente à meta do número de explorações silvícolas apoiadas, considera-se bastante ambiciosa. O mesmo sucede para a área total a beneficiar, se bem que não foi disponibilizado para a análise o numero de hectares proposto em cada pedido de apoio, bem como a

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indicação da espécie florestal objecto de intervenção e a informação administrativa do investimento (ilha, concelho).

No período 2000-2006, de acordo com a informação constante do Relatório de Avaliação ex-ante do PRORURAL, foram aprovados 331 projectos de investimento ao abrigo do PRODESA, relativos a arborizações e reflorestações, que totalizaram um investimento elegível de cinco milhões de euros (não dispomos de informação sobre a área intervencionada). Atendendo a que se verifica uma redução de 12,5% da despesa pública associada a esta Medida, parece-nos, de facto, muito ambiciosa a meta estabelecida de intervenção em 1.600 ha de floresta de produção.

Medida 1.7. Aumento do Valor dos Produtos Agrícolas e Florestais

A Medida tem como objectivo geral a modernização do parque agro-industrial da RAA visando abranger um vasto conjunto de objectivos específicos, designadamente:

Reforço da competitividade do sector da colheita, transformação e comercialização de produtos agrícolas e florestais;

Aumento do valor acrescentado da produção regional; Reforço do desempenho empresarial; Redução dos efeitos negativos da actividade produtiva

sobre o ambiente;

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Promoção da qualidade, da inovação e da diferenciação ao nível dos produtos em resposta às novas exigências da procura em matéria de qualidade e segurança alimentar;

Promoção do processo de modernização e capacitação das empresas do sector agrícola, alimentar e florestal através do aumento da eficiência das actividades produtivas, do reforço do desempenho empresarial e da orientação para o mercado;

Promoção do desenvolvimento da competitividade das fileiras estratégicas;

Melhoria da gestão empresarial, promover a incorporação de sistemas de qualidade e assegurar a compatibilidade com as normas ambientais e de segurança;

Reforço da integração/articulação das estruturas empresariais do sector agro-industrial açoriano;

Promoção do desenvolvimento de parcerias comerciais na internacionalização dos negócios.

Os três últimos objectivos, quando analisados em conjunto, contribuem, sobretudo, para o reforço da integração das empresas em fileiras estratégicas, um dos grandes desafios para o sector agro-industrial dos Açores.

O número de projectos a apoiar no actual período de programação foi ajustado, tendo em conta o número de projectos executados no período de programação anterior, cujo objectivo era claramente ambicioso (100 a 150).

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Parte das candidaturas apresentadas para apreciação no âmbito da Medida 1.7. refere-se a projectos que já foram executados ou que se encontram na fase final de execução (de acordo com a Portaria n.º 78/2008, de 19 de Setembro, para os pedidos de apoio apresentados até 31 de Março de 2009, são consideradas elegíveis as despesas efectuadas antes da data da respectiva apresentação, desde que as operações não tenham sido concluídas antes de 1 de Janeiro de 2007). Esses projectos já tinham sido apresentados no âmbito da Medida 2.2. do PRODESA mas não foram aprovados por indisponibilidade orçamental. O quadro seguinte lista as candidaturas apresentadas no âmbito da Medida 1.7.

Quadro 25. Projectos de investimento candidatados no âmbito da Medida 1.7., até 15/05/2009

Promotor IlhaActividades Económicas

abrangidas peloInvestimento

total proposto (€)CAE Designação

Açorcarnes, lda. Terceira 10130 Fabricação de produtos à base de carne 6.627.976,86

Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, Crl

São Jorge 10510 Indústrias de leite e

derivados 8.475.366,62

Rações Souto e Vargas, Lda. Faial 10912

Fabricação de alimentos para animais de criação (excepto para aquicultura)

775.000,00

“O MORRO” – Fabricação de Queijos, Lda.

Faial 10510 Indústrias de leite e derivados 380.000,00

Finançor - Agro-alimentar, S.A.

São Miguel

10611 Moagem de cereais

5.571.655,0010912

Fabricação de alimentos para animais de criação (excepto para aquicultura)

46214Comércio por grosso de cereais, sementes, leguminosas,

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oleaginosas e outras matérias-primas agrícolas

Fonte: SiRURAL.

As cinco candidaturas recebidas pela Autoridade de Gestão são de empresas que se dedicam, sobretudo, à indústria do leite e derivados, apresentando os projectos de investimento uma linha de continuidade com o período de programação anterior, em termos de ramos de actividade. Neste âmbito, recomenda-se um esforço para a diversificação das actividades apoiadas por esta Medida.

O quadro seguinte ilustra a situação da Medida 1.7. perante os seus indicadores de realização, tendo por base as candidaturas apresentadas até 15 de Maio e 2008.

Quadro 26. Indicadores de realização da Medida 1.7

Indicadores de realização Pedidos de Apoio

Descrição Metas Descrição Valores

N.º de projectos apoiados 35 N.º de candidaturas a

projectos 5

Volume total de investimento (€)

74.252.652,00

Volume total de investimento proposto (€)

21.829.999,08

Investimento médio previsto por projecto (€)

2.121.504, 34

Investimento médio proposto por projecto (€)

4.365.999,80

Fonte: PRORURAL e AG-PRORURAL.

Os projectos de investimento submetidos para análise ascendem a 21.829.999,08 Euros, representando cerca de 30% da dotação orçamental para esta Medida. À semelhança do que acontece para a Medida 1.5., está previsto um valor médio por projecto de

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investimento inferior àquele que se verificou nas candidaturas apresentadas: os indicadores de realização da Medida 1.7. registam 35 projectos aprovados e um volume total de investimento de 74.252.652,00 Euros, apresentando uma média de 2.121.504, 34 Euros; as candidaturas apresentadas revelam um investimento médio por projecto de 4.365.999,8 Euros.

Se os projectos de investimento apresentados continuarem com estas características financeiras, o Programa não terá disponibilidade financeira para apoiar os 35 projectos de investimento.

A dotação da Medida foi substancialmente reduzida face ao período de programação anterior porque nesse período a grande maioria das empresas foi beneficiária e porque neste Programa foi considerado prioritário outro tipo de intervenções (cf. Avaliação ex-ante). Ainda assim, esta Medida é uma das mais importantes em termos de peso financeiro, representando cerca de 14% da dotação orçamental do Programa.

Medida 1.11. Melhoria e desenvolvimento de infra-estruturas

Esta é a segunda Medida mais importante em termos financeiros do Eixo 1 do PRORURAL, representando uma importância indiscutível para a Região e para o sector agrícola, dado que a ampliação e a melhoria da rede de infra-estruturas públicas de apoio à actividade agrícola e florestal foi considerada uma das necessidades mais prementes aquando do diagnóstico que serviu de base para a concepção do Programa.

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À semelhança de outras Medidas, apresenta uma forte linha de continuidade com a Acção 2.1.1. Ordenamento Agrário, do PRODESA, cujas. Sub-acções relativas à estruturação fundiária e ao abastecimento de energia eléctrica não tiveram qualquer execução, num contexto em que foi conferida prioridade a outras intervenções (p.e., abastecimento de água às explorações agrícolas e construção de uma rede de estruturas de abate regional).

O Regulamento de aplicação da Medida 1.11. foi publicado em 4 de Novembro de 2008, através da Portaria n.º 87/2008. Todas as candidaturas foram apresentadas pelo IROA, S.A. e os projectos de investimento destinam-se a apoiar infra-estruturas de interesse colectivo, não se encontrando contemplada a realização de investimentos nas explorações agrícolas.

No âmbito desta Medida, foram apresentados 50 projectos, grande parte dos quais se encontra já executada ou na fase final da sua execução.

De acordo com o Regulamento da Medida, a execução da operação só pode ter início após a data de apresentação do pedido de apoio (com excepção das despesas inerentes à elaboração de estudos necessários à apresentação do pedido de apoio). Todavia, para os pedidos de apoio apresentados até 31 de Março de 2009 (data limite estipulada pela Portaria n.º 12/2009, de 26 Fevereiro, que altera a Portaria 87/2008, de 4 Novembro), são consideradas elegíveis as despesas efectuadas antes da data da respectiva apresentação, desde que as operações não tenham sido concluídas antes de 1 de Janeiro de 2007.

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Até final do ano de 2008, não houve quaisquer candidaturas a esta Medida, sendo que todas as candidaturas foram apresentadas entre os meses de Março e Abril, sendo que todos os projectos já executados apresentaram a sua candidatura até ao final de Março, de acordo com as disposições da Portaria n.º 12/2009, de 26 Fevereiro, que altera a Portaria 87/2008, de 4 de Novembro.

Os apoios previstos nesta Medida visam, nomeadamente, os objectivos seguintes:

Contribuir para o aumento da competitividade do sector agro-florestal, reestruturando e desenvolvendo o potencial físico através da melhoria das infra-estruturas de apoio ao sector;

Aumentar e melhorar a rede de infra-estruturas de apoio às explorações agrícolas, especialmente caminhos agrícolas e rurais, de abastecimento de água e de fornecimento de energia eléctrica;

Reordenar o espaço rural, modernizando as estruturas fundiárias existentes e/ou promovendo o surgimento de outras;

Dotar a RAA de um centro de produção em massa de espécies florestais.

Para além destes objectivos, a intervenção desta Medida tem como finalidade atenuar as disparidades entre as ilhas com maior dinâmica no sector (São Miguel e Terceira) e as restantes ilhas,

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dotadas de menor dinamismo e com maior dificuldade na fixação de população rural.

Estes objectivos materializam-se através de cinco Acções, sendo que cada uma tem um domínio de intervenção muito específico: Acção 1.11.1. “Caminhos agrícolas e rurais”; Acção 1.11.2. “Abastecimento de água às explorações agrícolas”; Acção 1.11.3. “Fornecimento de energia eléctrica às explorações agrícolas”; Acção 1.11.4. “Ordenamento agrário e estruturação fundiária”; Acção 1.11.5. “Infra-estruturas de apoio à actividade florestal”.

Nas candidaturas apresentadas não há qualquer projecto no âmbito das Acções 1.11.4. e 1.11.5., e é a Acção 1.11.2. Abastecimento de água às explorações agrícolas que representa a maioria ao investimento proposto (72,7%), como se pode constatar no quadro seguinte.

Quadro 27. Candidaturas apresentadas no âmbito da Medida 1.11., até 15/05/2009

AcçãoNº de

pedidos recepciona

dos

Montante de

investimento (€)

Montante do

investimento

proposto (%)

Acção 1.11.1 – Caminhos Agrícolas e Rurais 15 3.511.058,0

0 24,9Acção 1.11.2 – Abastecimento de água às Explorações Agrícolas 28 10.251.271,

83 72,7Acção 1.11.3 – Fornecimento de energia eléctrica às Explorações Agrícolas

7 334.053,33 2,4

Total 50 14.096.383,44 100,0

Fonte: SiRURAL, 2009.

Numa análise mais pormenorizada das candidaturas apresentadas (em termos de tipologia de investimento), a

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execução das redes (viária, de abastecimento de água e de fornecimento de energia eléctrica), é o investimento mais avultado, representando 31,9% do investimento proposto.

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Quadro 28. Composição do investimento, segundo as aplicações elegíveis

Tipologia de investimentoInvestimen

to proposto

(€)

Investimento

proposto (%)

Redes 4.489.888,00 31,9

Obras complementares (limpeza de linhas de água, pavimentação, …)

2.488.324,17 17,7

Revestimento 1.947.616,29 13,8

Drenagem 1.051.431,01 7,5

Armazenamento/regularização (reservatórios) 960.336,44 6,8Características técnicas (terraplanagens, condutas de abastecimento de água às explorações, etc.)

941.763,38 6,7

Captação de águas subterrâneas, superficiais e sub--superficiais

657.941,57 4,7

Elevação e tratamento (electrificação, estações e equipamentos de bombagem) 417.057,70 3,0Obras de arte (serventias, muros, etc.) 400.159,04 2,8Instalações eléctricas (redes de distribuição, postos de transformação, …) 325.704,57 2,3Acompanhamento e fiscalização 222.438,02 1,6Elaboração de Projectos 193.723,25 1,4

Total14.096.383

,44 100,0

Fonte: SiRURAL, 2009.

À semelhança da análise das restantes Medidas, o quadro seguinte ilustra o estado de progresso dos indicadores de realização, com base no investimento proposto.

Quadro 29. Indicadores de realização da Medida 1.11.

Indicadores de realização Pedidos de Apoio

Descrição Metas Descrição Valores

N.º de intervenções apoiadas 300 N.º de explorações 50

Volume total de investimento (€)

44.705.883,00

Volume total de investimento proposto

14.096.383,44

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(€)

Como se pode observar, a Medida atingiu 16,7% do número de projectos previsto e 31,5% do volume de investimento total programado.

Numa avaliação global da Medida, importa referir que o trabalho empírico realizado reforçou os elementos da Avaliação ex-ante na medida em que há diversas recomendações no sentido de acautelar alguns dos constrangimentos identificados no período de programação anterior. Nesse sentido, a Autoridade de Gestão deverá orientar a aprovação dos projectos de forma a que se consiga assegurar (i) uma maior distribuição regional dos projectos para atenuar as disparidades entre as ilhas; (ii) um maior investimento em infra-estruturas fora dos perímetros de ordenamento agrário (POA), para atenuar as desigualdades entre os produtores da mesma ilha; e (iii) um direccionamento dos apoios para a estruturação fundiária e o abastecimento de energia eléctrica de forma a superar a lacuna nesse tipo de intervenção no período de programação anterior.

4.2.2. EIXO 2 – MELHORIA DO AMBIENTE E DA PAISAGEM RURAL

No Eixo 2 destaca-se a acentuada preocupação com as terras agrícolas e florestais, em termos de utilização e gestão sustentável apostando, sobretudo, na manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas e no incentivo à adequação dos modos de produção ao ambiente, à conservação e melhoramento dos recursos genéticos e florestais, etc.

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Quadro 30. Relação entre objectivos específicos do Eixo 2 e as respectivas Medidas

Objectivos específicos Medidas Contribuir para o uso continuado das terras

agrícolas em todo o território, mantendo a paisagem rural e promovendo sistemas agrícolas sustentáveis.

Manutenção da actividade agrícola

em áreas desfavorecidas

Responder ao aumento da procura de serviços ambientais, encorajando os agricultores e outros gestores do espaço rural a introduzir ou manter métodos de produção agrícola compatíveis com a protecção e melhoria do ambiente, paisagem, recursos naturais, solo e diversidade genética e que ultrapassem as normas obrigatórias;

Apoiar os agricultores a enfrentar desvantagens específicas que resultam da implementação das Directivas do Conselho relativas à conservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens.

Pagamentos Agro--ambientais e Natura 2000

(continua)

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Quadro 29. Relação entre objectivos específicos do Eixo 2 e as respectivas Medidas (cont.)

Objectivos específicos Medidas Apoiar o cumprimento dos compromissos assumidos no

âmbito de medidas agro-ambientais ou de outros objectivos ambientais e o aumento do carácter de utilidade pública de uma zona Natura 2000 ou de outras zonas de elevado valor natural.

Investimentos não produtivos

Alargar os recursos florestais em terras agrícolas e não agrícolas, promover a combinação de sistemas de agricultura extensiva e de silvicultura, responder ao aumento da procura de serviços ambientais e ajudar os silvicultores a enfrentar desvantagens específicas que resultam da implementação das Directivas do Conselho relativas à conservação dos “habitats” naturais e da fauna e flora selvagens, contribuindo para a protecção do ambiente e da biodiversidade, a preservação de ecossistemas florestais, a prevenção de riscos naturais e a atenuação das alterações climáticas e reforçando o papel protector das florestas quanto à erosão dos solos, à manutenção dos recursos hídricos e da qualidade das águas e aos riscos naturais.

Apoiar o cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito de medidas silvo-ambientais ou de outros objectivos ambientais e o aumento do carácter de utilidade pública das zonas florestais em questão.

Restabelecer o potencial silvícola em florestas atingidas por catástrofes naturais e incêndios e apoiar a introdução de medidas de prevenção adequadas.

Gestão do espaço florestal

Fonte: PRORURAL

Medida 2.1. Manutenção da actividade agrícola em áreas desfavorecidas (MAAZD)

A. Caracterização e análise crítica

A Medida 2.1. surge na continuidade da Intervenção Indemnizações Compensatórias do PDRu-Açores, assumindo, em termos gerais, os mesmos objectivos e o mesmo formato de aplicação.

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Esta Medida foi criada para compensar os custos adicionais e as perdas de rendimento resultantes do exercício da actividade agrícola em zonas desfavorecidas, contribuindo para a continuidade da utilização de terras agrícolas, a preservação da paisagem rural, a manutenção ou promoção de sistemas agrícolas sustentáveis e, ainda, para a redução de desigualdades e assimetrias de rendimento entre os agricultores. Os objectivos previstos no âmbito desta Medida são os seguintes:

Contribuir para o uso continuado das terras agrícolas nas zonas afectadas por desvantagens naturais, conservando a paisagem rural e mantendo ou promovendo sistemas de exploração agrícola sustentáveis;

Compensar as dificuldades naturais e sociais decorrentes do exercício da actividade agrícola em determinadas zonas agrícolas desfavorecidas.

Com efeito, de acordo com a Avaliação ex-post do PDRu-Açores (IESE, 2008), os principais aspectos positivos da aplicação da Intervenção Indemnizações Compensatórias foram os seguintes:

Contributo importante para a manutenção da actividade agrícola, principalmente, para o segmento das pequenas e médias explorações;

Complemento importante para o rendimento das explorações agro-pecuárias;

Contributo importante, embora de forma indirecta, para a subsistência das famílias rurais;

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Melhoria do desempenho agro-ambiental das explorações, nomeadamente, através da introdução das boas práticas agrícolas;

Contributo para o controlo dos níveis de encabeçamento das pastagens.

Com base na estratégia implementada, e de acordo com a visão dos próprios beneficiários, a Intervenção contribuiu de forma mais perceptível para a manutenção da actividade agrícola e o aumento de rendimento das explorações.

A regulamentação actual desta Medida superou alguns dos constrangimentos identificados no período de programação anterior, nomeadamente, os seguintes:

Flexibilização do encabeçamento – São realizados 5 momentos de leitura (com recurso ao SNIRA ou a controlos no local), para manter 3 registos. A situação é considerada regular sempre que nenhum dos valores ultrapasse 3,00 CN/ha e pelo menos dois sejam iguais ou inferiores a 2,50 CN/ha;

Inibição do pagamento das ajudas quando sujeito a controlo – pagamento de 75% das ajudas mesmo que a exploração seja contemplada na amostra para controlo;

Impedimento do acesso a agricultores não ATP – acesso a agricultores não ATP detentores de explorações até 20 hectares;

Limite máximo da SAU: aumento deste limite máximo de 80 para 100 ha.

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Da análise dos pareceres das Associações de Agricultores aquando da concepção do Programa é possível verificar que parte das recomendações foi acolhida (p.e., a criação de uma classe de SAU de 21 a 28 hectares; a introdução de maior flexibilidade em termos de controlo de encabeçamento aproximando-se mais da realidade do sector agrícola açoreano). A apreciação global da Medida e, em particular, das alterações efectuadas, tendo em conta os constrangimentos identificados no período de programação anterior, é muito positiva, face aos objectivos que a Medida se propõe atingir.

Dessa análise também foi possível perceber que foi comentada a falta de benefício de alguns apoios em termos de resultados efectivos, designadamente, o benefício das explorações agrícolas com dimensão superior a 28 hectares (a diferença entre as classes de SAU foi atenuada quando comparada com o período de programação anterior); e o pagamento deste tipo de ajudas a agricultores a tempo parcial.

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B. Execução física e financeira

No ano de 2007 foram recepcionados (no período entre 2 de Abril a 30 de Junho) 3.817 pedidos de apoio ao abrigo Portaria nº 23/2007, de 26 de Abril, a que correspondeu uma área de 83.806,57 hectares, tendo sido efectivamente pagos (já em 200814) 3.732 beneficiários e 78.295,91 hectares.

No ano de 2008 foram recepcionados nos SDA 3.878 pedidos de apoio, a que correspondeu uma área de 83.659,68 hectares. Estes pedidos decorreram no período de 2 de Abril até 15 de Maio e foram efectuados ao abrigo da Portaria n.º 26/2008, de 18 de Março.

Os dados quantitativos apresentados seguidamente contemplam dois níveis de detalhe, de acordo com as fontes de informação:

Ano de 2007, pelo facto de as candidaturas terem sido, ainda, processadas pelo sistema de informação do IFAP, o tipo de informação disponível tem um nível de detalhe inferior ao ano de 2008, cuja informação foi processada pelo SiAGRI. Neste contexto, para 2007 apresenta-se somente 3 elementos de informação (número de beneficiários (ATP ou não), área apoiada, montantes pagos, por ilha);

Ano 2008, já é possível apresentar outros segmentos de informação, designadamente, relativos ao perfil do beneficiário e ao perfil das explorações. Os dados relativos a 2008 compreendem, apenas o primeiro e segundo apuramentos, significando que alguns montantes e áreas não

14 O pagamento das candidaturas submetidas em 2007 foi efectuado, apenas, em 2008.

164

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são os finais (os apuramentos finais foram efectuados apenas em 2009).

No que respeita ao número de beneficiários (agricultores efectivamente pagos), e como se pode observar na Figura seguinte, de 2007 para 2008, ocorreu um ligeiro decréscimo na generalidade das Ilhas (1,8%).

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Figura 23. Número de beneficiários da MAAZD, em 2007 e 2008

108111

1.039978

982966

105108

465467

536

542

276

269

180184

41 400

200400600800

1.0001.200

SantaMaria

SãoMiguel

Terceira Graciosa SãoJorge

Pico Faial Flores Corvo

2007 2008

Fonte: IFAP, 2009.

No que se refere à área paga, a mesma sofreu igualmente um ligeiro decréscimo (0,6%) de 2007 para 2008, acompanhado, no entanto, por um aumento da área média por beneficiário (1,2%).

Quadro 31. Área paga no biénio 2007/2008

Ilha Área paga (Ha) Média (Ha/Beneficiário)2007 2008 2007 2008

Santa Maria 1.749,24 1.935,37 16,20 17,44São Miguel 20.941,07 20.125,07 20,16 20,58Terceira 17.005,60 17.138,76 17,32 17,74Graciosa 2.195,81 2.090,85 20,91 19,36São Jorge 11.792,73 12.057,13 25,36 25,82Pico 14.803,24 14.927,56 27,62 27,54Faial 5.301,58 4.891,71 19,21 18,18Flores 3.768,43 3.928,31 20,94 21,35Corvo 738,21 725,80 18,01 18,15

Total 78.295,91 77.820,56 20,98 21,23Fonte: IFAP, 2009.

A Figura seguinte mostra a incidência das classes de SAU dos agricultores que apresentaram candidatura, utilizadas para o cálculo das ajudas unitárias, em 2008. Como se pode constatar, a proporcionalidade da distribuição dessas classes é mais ou menos equilibrada, sendo que as explorações melhor

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representadas são as que contemplam classes de SAU entre 7 e 14 ha e superiores a 28 ha.

Figura 24. Classes de SAU para o cálculo de ajudas unitárias dos agricultores

que apresentaram candidatura, em 2008

20%

25%

19%

12%

24%

<=7>7<=14>14<=21>21<=28>28

Fonte: SiAGRI.

No que respeita ao perfil dos agricultores que apresentaram candidaturas à MAAZD no ano de 2008, o processamento dos dados enviados à Equipa de Avaliação permite evidenciar o seguinte:

a média de idades dos beneficiários situa-se nos 47 anos, grande parte dos quais situados na faixa etária entre os 35 e os 54 anos de idade, sendo que 13% tem idade inferior a 24 anos e cerca de 25% tem idade superior a 55 anos (cf. Figura seguinte);

Figura 25. Estrutura etária dos beneficiários da MAAZD, 2008

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1,3

11,9%

27,3%34,8%

22,7%

2,1%

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

<=24

25 - 34

35 - 44

45 - 54

55 - 64

>= 65

Fonte: SiAGRI.

a grande maioria das explorações beneficiárias tem titulares do sexo masculino (76,7%), sendo que apenas 1,1% das explorações se encontra constituída como pessoa colectiva;

menos de 10% dos beneficiários são agricultores não ATP, embora se tenha registado um ligeiro aumento de 2007 para 2008; as Ilhas com maior expressão deste tipo de agricultor, são Santa Maria, Flores e Corvo, por ordem decrescente, como se pode observar na figura seguinte.

Figura 26. Tipologia dos beneficiários da MAAZD, face ao tempo de actividade agrícola,

em 2007 e 2008

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22,2

77,8

25,2

74,8

1,3

98,7

1,5

98,5

4,6

95,4

6,2

93,8

7,6

92,4

7,4

92,6

7,5

92,5

10,7

89,3

8,8

91,2

11,6

88,4

11,6

88,4

11,9

88,1

18,3

81,7

22,8

77,2

17,1

82,9

17,5

82,5

0%

20%

40%

60%

80%

100%

StaMaria

S.Miguel

TerceiraGraciosa SãoJorge

Pico Faial Flores Corvo

Não ATP ATP 2007 Não ATP ATP 2008

Fonte: IFAP, 2009.

a área ou paga média, por ATP e não ATP, era, no ano de 2007, 21,7 ha e 11,0 ha, respectivamente; no ano de 2008 a área média por beneficiário ATP era de 21,9 ha e a área média por não ATP era de 13,5 ha.

C. Grau de cumprimentos dos objectivos/metas fixadas

O grau de cumprimento das metas traçadas para Medida 2.1. está evidenciado nos quadros da página seguinte. A leitura dos quadros aponta para a relativa estabilidade do número de beneficiários, face ao período de programação anterior (o número médio de beneficiários no período 2001-2006, cifrou-se nos 3.918), ao contrário das expectativas, as quais sugeriam um aumento significativo do volume de beneficiários, sobretudo, aqueles que não exercem a actividade a tempo inteiro. Em consequência, os resultados associados à meta situam-se a 74,0% do limite inferior do intervalo e a 49,3% do limite superior (recorde-se, no entanto que os dados sistematizados não

169

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

correspondem ao apuramento final, pelo que o número de beneficiários do ano de 2008 pode ser mais elevado).

No que se refere à componente financeira, a Medida apresentou uma taxa de execução muito favorável no biénio 2007/2008 (26,2%), estando próxima do valor previsto para os 6 anos de vigência do Programa.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Quadro 32. Indicadores de realização da Medida 2.1

Medida Ano N.º Superfície (Ha)

METAS Taxa execução das METAS (%)Nº

explorações

agrícolas

Área agrícolaapoiada

(Ha)

N.º exploraçõ

esSuperfície

2.1. Manutenção da actividade Agrícola em

Zonas Desfavorecidas

2007

Explorações agrícolas apoiadas 3.732 78.295,91 5.000-

7.50080.000-120.000 74,0-49,3 97,6-65,0

2008

Pedidos de apoio recepcionados 3.665 77.820,56

Média 3.699 78.058,24Fonte: IFAP; SiAGRI.

Quadro 33. Indicador de resultado/Indicador de execução financeira

Medida AnoPagamentos METAS Taxa execução das

METAS (%)Despesa

PúblicaApoio

FEADERDespesa Pública

Apoio FEADER

Despesa Pública

Apoio FEADER

2.1. Manutenção da actividade Agrícola em

Zonas Desfavorecida

s

2007

Pagamento de compromissos transitados

568.975,97 483.629,57

69.411.765 59.000.000 26,2 26,2

2008

Explorações agrícolas apoiadas em 2007 e em 2008

17.644.706,19

14.998.000,26

Total 18.213.682, 15.481.629,

171

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

16 83Fonte: IFAP; SiAGRI.

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Uma das razões apontadas para a diminuição do número de beneficiários, quando comparado com o período 2000-2006, é a exigência em termos de condições agro-ambientais. A acrescer a adesão dos agricultores não ATP situou-se abaixo das expectativas, pela razão apontada acima, a demasiada exigência inerente à condicionalidade. A maioria destes agricultores detém explorações de pequena e muito pequena dimensão, não valendo a dificuldade e tempo dispendido quer para assegurar as boas condições das explorações, quer para montar todo o processo de candidatura.

No que se refere aos pagamentos, quando comparados com o último ano de vigência do PDRu-Açores, do ano de 2006 para o ano de 2007, verifica-se um aumento no nível médio das ajudas por exploração/beneficiário (+ 14,2%) e um aumento no valor médio pago por hectare (+ 6,6%). A comparação não pode ser efectuada tendo por base o ano de 2008 porque, nesse ano, foi pago, apenas, 75% das ajudas.

Quadro 34. Nível médio das ajudas por exploração/beneficiário

Ano Valor por exploração(€)

Valor por hectare (€)

2006 2.352,37 122,072007 2.741,62 130,682008 2.022,64 95,26

Fonte: IFAP.

Medida 2.2. Pagamentos Ambientais e Natura 2000

A. Caracterização e análise crítica

Os Pagamentos Agro-ambientais vêm substituir as Medidas Agro-ambientais do anterior período de programação, mantendo a génese e os objectivos, os quais se encontram intimamente ligados com a

173

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preservação, a protecção e a melhoria do ambiente, incluindo a preservação de “habitats” naturais, de raças autóctones e de pomares tradicionais. Um outro objectivo associado à aplicação dos Pagamentos Agro-ambientais remete para o desenvolvimento sustentável das zonas rurais, com base na gestão criteriosa dos valores naturais, que são amplamente procurados pela sociedade em geral.

Neste sentido, a aplicação da Medida 2.2., que consiste na produção agrícola destinada a proteger o ambiente e a manter o espaço natural, tem como principais objectivos os seguintes:

Promover formas de exploração das terras agrícolas compatíveis com a protecção e a melhoria do ambiente, da paisagem e das suas características, dos recursos naturais, dos solos e da diversidade genética;

Incentivar uma extensificação da actividade agrícola e a manutenção de sistemas de pastagem extensivos favoráveis ao ambiente;

Contribuir para a conservação de espaços cultivados de grande valor natural que se encontrem ameaçados;

Permitir a preservação da paisagem e das características históricas e tradicionais nas terras agrícolas; e

Fomentar a utilização do planeamento ambiental nas explorações agrícolas.

A aplicação da Medida é regulamentada pela Portaria n.º 25/2008, de 17 de Março e é materializada através das Acções sistematizadas no quadro seguinte.

Quadro 35. Acções e intervenções da Medida 2.2Acções Intervenções Evidências

2.2.1 – Promoção de modos de

produção sustentáveis

Agricultura Biológica (AB) Recepção de 19 candidaturas em 2008; pagamentos efectuados apenas em 2009

174

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Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária (MEPP)

Protecção de Lagoas (PL)

Não foram apresentadas novas candidaturas, mantendo-se os três compromissos do período de programação anterior

2.2.2 – Protecção da biodiversidade e

dos valores naturais e

paisagísticos

Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha (CCLCV)Conservação de Sebes Vivas para a Protecção de Culturas Horto-frutícolas, Plantas Aromáticas e Medicinais (CSV)

Conservação de Pomares Tradicionais dos Açores (CPT)

Recepção de 84 candidaturas em 2008; pagamentos efectuados apenas em 2009

Protecção da Raça Autóctone Ramo Grande (PRARG)

Recepção de 19 candidaturas em 2008; pagamentos efectuados apenas em 2009

2.2.3 – Pagamentos Natura 2000 em terras agrícolas Não foram apresentadas quaisquer candidaturas

As principais diferenças entre o grupo de intervenções do período de programação anterior e o actual reside na introdução de duas intervenções, a Agricultura Biológica e a Conservação de pomares tradicionais dos Açores, e de uma Acção relativa a pagamentos a terras agrícolas inseridas na Rede Natura.

A Intervenção Agricultura Biológica, embora tenha sido prevista no anterior período de programação, não chegou a ser regulamentada. De acordo com os Relatórios Anuais de Execução do PDRu Açores, os factores que contribuíram para esta decisão foram os seguintes: falta de formação dos agricultores e de técnicos para prestar apoio técnico às explorações com este modo de produção; e reduzido número de produtores biológicos na Região. Todavia, e devido à crescente procura deste tipo de produção, a tutela determinou a sua integração no âmbito da Medida 2.2. do PRORURAL, introduzindo melhorias na sua Portaria de regulamentação (n.º 25/2008, de 17 de Março), face à Portaria Regional [p.e., níveis de ajudas mais elevados para a

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fruticultura, possibilidade de acumulação ajudas de outras Medidas na mesma parcela até ao limite estipulado pelo Regulamento (Artigo 53º)].

Para incentivar o acesso à Medida Agricultura Biológica, retirou-se a obrigatoriedade dos beneficiários recorrerem a assistência técnica específica no modo de produção biológico. A questão da formação também foi parcialmente ultrapassada, desde que o potencial beneficiário se comprometa a frequentar no prazo máximo de um ano, com aproveitamento, uma acção de formação específica sobre agricultura biológica. Neste contexto, refira-se a urgência da regulamentação da Medida relativa à Formação para que seja possível a oferta de cursos no âmbito do modo de produção biológico. Outro aspecto passível de ser ultrapassado através de formação remete para os domínios da concentração e da comercialização dos produtos biológicos, motivos apresentados recorrentemente para justificar o baixo número de candidatos a esta intervenção.

A Intervenção referente à Conservação de sebes vivas foi alargada a outras culturas para além das perenes. Este alargamento foi considerado positivo já que na Avaliação ex-post do PDRu-Açores a exclusão das culturas anuais foi apontada como um dos constrangimentos para a maior adesão à intervenção.

A Intervenção Conservação dos pomares tradicionais dos Açores tem como principal objectivo a preservação do património genético vegetal, através da conservação de espécies tradicionais. Neste sentido, é concedida uma ajuda para a conservação daquilo que é considerado um importante património com interesse agrícola regional, neste caso os pomares tradicionais dos Açores.

No âmbito desta intervenção, a Equipa de Avaliação recomenda a organização da lista das espécies/variedades tradicionais dos Açores,

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constante do Anexo IV do Regulamento n.º 25/2008. Cada Freguesia tem pomares que se consideram tradicionais, pelo que estão definidas mais de duzentos tipos de pomares. No extenso e meticuloso trabalho realizado pelos SDA da Ilha para a confirmação das variedades era útil que houvesse uma aferição das variedades que, de facto, são iguais mas que têm designações diferentes. Para que o esforço de organização ocorra, é necessário dispor de critérios para a selecção das variedades sob pena de o trabalho poder ser considerado tecnicamente insatisfatório.

No que se refere à nova Acção Pagamentos Rede Natura 2000 em terras agrícolas há, actualmente, um debate sobre a conformidade da Acção. O facto de não ter havido quaisquer candidaturas sugere que não existe um número substancial de agricultores com parcelas privadas agrícolas inseridas nos Sítios de Importância Comunitária definidos, pelo que importa reavaliar esta situação.

A Autoridade de Gestão, em colaboração com a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar e a Universidade dos Açores, está a analisar a hipótese de uma redefinição dos “habitats” naturais definidos em Portaria: turfeiras altas activas, turfeiras de cobertura e prados orófilos macaronésicos.

Nas restantes intervenções não ocorreram alterações significativas, havendo uma forte linha de continuidade com o período de programação anterior.

A Avaliação ex-post do PDRu-Açores expôs um conjunto de elementos de avaliação que importa referir neste contexto, enquanto balanço do anterior período de programação:

A Medida Protecção da Raça Bovina Autóctone Ramo Grande teve expressão, apenas, nas Ilhas de São Jorge, do Faial e da Terceira enquanto que a Medida Conservação de Sebes Vivas para a

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Protecção de Culturas Perenes apenas nas ilhas de São Miguel e da Terceira.

A Medida Conservação de curraletas e lagidos da cultura da vinha, revelou-se fundamental para a manutenção da cultura tradicional da vinha e para a conservação da singularidade da paisagem dessa cultura, em particular na Ilha do Pico.

A Medida Conservação de sebes vivas para protecção de culturas perenes, foi considerada de grande importância, sobretudo, para a faixa das explorações de pequena e muito pequena dimensão.

A Medida Protecção de Lagoas teve uma adesão nula à semelhança do que ocorreu no período 2000-2006, apesar dos montantes de apoio terem aumentado bastante. Os compromissos existentes desta Intervenção referem-se a compromissos transitados do Regulamento (CEE) nº 2078/92. Todavia, é necessário estimular a adesão, com observância dos compromissos inerentes à Medida, na medida em que as Lagoas açoreanas15 necessitam alcançar melhorias sensíveis na qualidade das águas, a longo prazo.

B. Execução física e financeira

Os dados quantitativos apresentados nos pontos seguintes contemplam duas fontes de informação principais e, por isso, níveis de detalhe diferentes:

Dados financeiros (pagamentos): este tipo de dados provém do IFAP, pelo que apresenta apenas o número de beneficiários e os pagamentos efectuados por Medida/Intervenção e por Ilha.

15 O Plano Regional da Água (2001) inventariou 88 lagoas distribuídas pelas ilhas S. Miguel, Terceira, Pico, Flores e Corvo; na sua grande maioria, são de pequena e muito pequena dimensão.

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Dados sobre o perfil dos beneficiários: a análise das características dos beneficiários vai ser efectuada utilizando a base de dados do SiAGRI relativa às candidaturas do ano de 2008.

No período entre 2 de Abril a 15 de Maio de 2007, nos SDA foram recepcionadas confirmações anuais por parte de beneficiários com compromissos referentes às seguintes Medidas:

(a)Medida 209 - Retirada de Terras para a Protecção de Lagoas, ao abrigo do Regulamento (CEE) nº 2078/92, do Conselho, de 30 de Junho de 1992;

(b)Medida 212 – Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária;

(c) Medida 221 – Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha;

(d)Medida 222 – Conservação de Sebes Vivas para Protecção de Culturas Perenes;

(e)Medida 232 – Protecção da Raça Bovina Autóctone Ramo Grande.

Apenas a primeira Medida não se refere aos compromissos ao abrigo da Portaria n.º 52-A/2001, de 19 de Julho, no âmbito do PDRu-Açores.

No ano de 2008, a candidatura às MAA e aos PAA ocorreu entre 2 de Abril e 15 de Maio. Este período foi o efectivo período de transição entre o PDRu-Açores e o PRORURAL, tendo a maioria dos beneficiários do PDRu-Açores transitado o seu compromisso para o PRORURAL.

Os quadros seguintes ilustram o número de beneficiários das MAA do PDRu-Açores no ano de 2007 e o número de candidaturas no âmbito dos PAA em 2007 e 2008. Como se pode observar, há diferenças significativas no número de beneficiários de um ano para o outro,

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significando que houve a passagem do compromisso do PDRu-Açores para o PRORURAL, uma possibilidade já referida e desenvolvida atrás. Quadro 36. Candidaturas apresentadas no âmbito das Medidas Agro-ambientais do

PDRu Açores

Medidas

2007 2008Nº

Beneficiários

Ha/CNNº

Beneficiários

Ha

209 – Retirada de Terras para a Protecção de Lagoas

3 13,35 n.d. n.d.

212 - Manutenção da extensificação da produção pecuária

1235 32.422,67

319 7.794,28

221 - Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

129 117,35 22 11,89

222 - Conservação de Sebes Vivas para a Protecção de Culturas Perenes

45 46,88 25 26,23

232 - Protecção da Raça Bovina Autóctone Ramo Grande

65 304,4 19 59,8 CN

Fonte: Autoridade de Gestão do PRORURAL.

Ao invés do que aconteceu no âmbito do PDRu-Açores, houve um aumento significativo no número de candidaturas ao PRORURAL que se deveu, sobretudo, à transferência dos compromissos do PDRu-Açores para o PRORURAL.

Quadro 37. Candidaturas apresentadas no âmbito dos Pagamentos Agro-ambientais do PRORURAL

Medidas2007 2008

Nº Beneficiár

iosHa/CN

Nº Beneficiá

riosHa

Acção 2.2.1

MEPP - Manutenção da Extensificação Pecuária

230 5.819,13 1203 32.355,21

AB – Agricultura biológica

Intervenção não activa em 2007

Intervenção não

activa em 2007

17 143,49

PL – Protecção da Lagoas

Intervenção não activa

Intervenção não

Intervenção sem

Intervenção sem

180

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em 2007 activa em 2007

apresentação de

candidaturas em 2008

apresentação de

candidaturas em 2008

Acção 2.2.2

CCLCV – Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

111 101,45 239 201,12

CSV – Conservação De Sebes Vivas Para Protecção de Culturas Hortofrutícolas, Plantas Aromáticas e Medicinais

Intervenção não activa

em

Intervenção não

activa em 2007

52 53,27

CPT – Conservação de pomares tradicionais dos Açores

Intervenção não activa

em

Intervenção não

activa em 2007

84 133,54

PRBARG – Protecção da raça bovina Ramo Grande

65 380 CN 134 717,6 CN

Acção 2.2.3

N2000 – Pagamentos Natura 2000 em terras agrícolas

Intervenção não

activa em 2007

Intervenção não activa

em 2007

Intervenção sem

apresentação de

candidaturas em 2008

Intervenção sem

apresentação de

candidaturas em 2008

No ano de 2007, ocorreram pagamentos de candidaturas desse ano (efectuados no último trimestre do ano), tendo passado/transitado o pagamento de 762 candidaturas para o ano de 2008 (369 candidaturas no âmbito das MAA e 393 candidaturas no âmbitos dos PAA).

Com base nos ficheiros enviados pelo IFAP, no ano de 2008, foram efectuados pagamentos ainda relativos a candidaturas no ano anterior. Os dados sobre o número de beneficiários, o valor dos pagamentos e a quantidade paga encontram-se sistematizados nos quadros seguintes, os quais se encontram organizados por Medida/Intervenção.Quadro 38. Pagamentos de MAA e PAA efectuados em 2008, referentes a

candidaturas de 2007- Manutenção da extensificação da produção pecuária -

Ilha Beneficiários (nº) Quantidade Montante (Eur)

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MAA PAA MAA PAA MAA PAASanta Maria 12 18 186,67 481,33 33.748,56 91.353,49São Miguel 1 6 0,00 117,75 172,80 24.040,20Terceira 14 20 281,50 517,07 50.742,00 103.495,40Graciosa 5 8 103,48 121,59 18.622,80 28.410,74

São Jorge 121 592.025,6

2 941,71 370.151,45 181.422,84

Pico 117 662.118,6

3 1.812,00 384.720,23 334.395,72Faial 21 14 388,60 444,95 70.550,64 81.328,89Flores 39 25 472,78 422,66 87.158,99 81.846,23Corvo 4 7 41,01 92,02 7.381,80 16.558,60

 Total 334 2235.618,

29 4.951,081.023.249

,27 942.852,11

Conservação de curraletas e lagidos da vinha

IlhaBeneficiários

(nº) Quantidade Montante (Eur)MAA PAA MAA PAA MAA PAA

Terceira 5 9 2,24 4,23 1.120,00 3.384,00Graciosa 1 2 2,42 2,73 1.210,00 2.184,00São Jorge 4 4,51 3.608,00Pico 14 87 7,72 85,60 4.583,88 68.480,00Faial   1   1,10   880,00

Total 20 103 12,38 98,17 6913,88 78.536,00

Protecção da raça bovina autóctone Ramo Grande

IlhaBeneficiários

(nº) Quantidade Montante (Eur)MAA PAA MAA PAA MAA PAA

São Miguel 1 1 0,00 2,60 55,20 520,00Terceira 15 98,89 19.733,95Graciosa 2 9,40 1.880,00São Jorge 6 39 37,60 214,22 5.188,80 42.832,00Pico   3   6,60   1.320,00Faial 1 7 3,00 33,80 414,00 6.760,00

Total 67,00 40,60 365,51 5.658,00 73.045,95Conservação de sebes vivas para protecção de culturas perenes (apenas MAA)

Ilha Beneficiários (nº)

Quantidade

Montante (Eur)

São Miguel 2 0,64 235,20Terceira 3 1,36 409,92São Jorge 1 2,28 684,00Pico 1 0,34 57,00

Total 7 4,62 1386,12Fonte: IFAP

182

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Em síntese, no âmbito dos Pagamentos Agro-ambientais foi efectuado um pagamento no valor de 1.094.434,06 Euros, relativo a candidaturas de 393 beneficiários, a que correspondeu uma área de 5.049,25 ha e 365,51 CN; e, no âmbito das Medidas Agro-ambientais foram efectuados pagamentos de 369 candidaturas a que correspondeu uma área de 5.635,29 ha, um número de CN de 40,60 e um valor de 1.037.207,27 Euros. O valor total (pagamentos de MAA e PAA) ascendeu a 2.131.641,30 Euros.

Durante o ano de 2008, para além do pagamento das candidaturas do ano de 2007, a AG efectuou um pagamento de 75% da ajuda a todos os potenciais beneficiários, com base nas áreas propostas. O quadro seguinte os pagamentos efectuados nesse ano. Quadro 39. Número de beneficiários pagos no ano de 2008, no âmbito das

MAA e dos PAA

AcçãoNº de

beneficiários pagos

Área Montante Pago (€)

PRO

RURA

L Manutenção da Extensificação Pecuária 1153 30.946,69 4.387.571,31Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

219 188,55 113.006,58

Conservação De Sebes Vivas Para Protecção de Culturas Hortofrutícolas, Plantas Aromáticas e Medicinais

44 48,79 21.918,87

Sub-total 1.416 31.184,03 4.522.496,76

PDRu

ores

Manutenção da Extensificação Pecuária 273 6.666,13 1.195.057,30Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

12 5,9 2.942,50

Conservação de Sebes Vivas Para Protecção de Culturas Perenes

15 16,85 5.035,56

Sub-total 300 6.688,88

1.203.035,42

Total Campanha 2008-2009 1.716 37.872,91

5.725.532,12

Campanhas Anteriores - - 43.109,96Campanha 2007/2008 - - 2.131.641,30Total Pagamentos ano de 2008 - - 7.900.283,

47 Fonte: IFAPComo se pode constatar, houve pagamentos referentes à campanha de 2007/2008 (dados processados atrás), pagamentos relativos a campanhas anteriores (64 beneficiários da campanha de 2006; 4

183

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beneficiários da campanha de 2005; e 2 beneficiários da campanha de 2003) e pagamentos relativos às candidaturas do próprio ano. Nos pontos seguintes vai realizar-se o processamento da informação proveniente do IFAP relativa à execução física e financeira da Medida 2.2. do PRORURAL, bem como a análise em pormenor de cada uma das intervenções/medidas.

Quadro 40. Manutenção da extensificação da produção pecuária

Ilha Beneficiários (nº)

Quantidade

Mon-tante (€)

Quantidade/

/ben.

Montante/

/ben. (€)

Mon-tante/

/ha

PDRu

AÇO

RES

Santa Maria 25 402,62 71.249,04 16,10 2.849,96 176,96São Miguel 17 734,29 129.954,42 43,19 7.644,38 176,98Terceira 28 830,11 149.419,80 29,65 5.336,42 180,00Graciosa 13 329,53 59.315,40 25,35 4.562,72 180,00São Jorge 3 23,30 4.114,40 7,77 1.371,47 176,58Pico 104 2.491,10 447.071,90 23,95 4.298,77 179,47Faial 16 463,91 83.503,80 28,99 5.218,99 180,00Flores 61 1.289,66 232.138,80 21,14 3805,55 180,00Corvo 6 101,61 18.289,80 16,94 3048,30 180,00

Total 273 6666,1 1195057,4 24,42 4.377,50 179,27

PRO

RURA

L

Santa Maria 46 1.391,91 198.347,29 30,26 4.311,90 142,50São Miguel 5 120,98 17.239,67 24,20 3.447,93 142,50Terceira 57 2.098,76 295.302,74 36,82 5.180,75 140,70Graciosa 21 401,36 56.223,42 19,11 2.677,31 140,08

São Jorge 439 11.174,36 1.580.566,47 25,45 3.600,38 141,45

Pico 377 11.330,93 1.611.202,91 30,06 4.273,75 142,20

Faial 73 1.817,90 258.097,63 24,90 3.535,58 141,98Flores 99 1.965,19 278.635,86 19,85 2.814,50 141,79Corvo 36 645,30 91.955,32 17,93 2.554,31 142,50

Total 1153 30.946,69

4.387.571,31 26,84 3.805,3

5 141,78

Fonte: IFAP.

O montante da ajuda por hectare foi inferior em 2008 porque, conforme dito atrás, a Autoridade de Gestão, procedeu ao pagamento de apenas 75% das ajudas. Com efeito, o apoio por hectare aumentou

184

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de 180 para 190 Euros por hectare, no caso de se destinar à manutenção do encabeçamento, que corresponde à larga maioria dos casos. Aliás, o aumento do apoio por hectare foi considerado o estímulo mais importante para se dar a transferência dos compromissos do PDRu-Açores para o PRORURAL; em 2008, apenas permaneceram sob as condições do PDRu 273 beneficiários.

Em comparação com o período de programação anterior, o número de beneficiários mantém-se mais ou menos constante, assim como a área beneficiada.

Quadro 41. Conservação de Curraletas e Lagidos da Cultura da Vinha

Ilha Beneficiários (nº)

Quantidade

Mon-tante (€)

Quantidade/

/ben.

Montante/

/ben. (€)

Mon-tante/

/ha

PDRu

ORE

STerceira 4 1,65 817,50 0,41 204,38 123,86Graciosa 1 0,72 360,00 0,72 360,00 500,00Pico 7 3,53 1.765,00 0,50 252,14 71,43

Total 12 5,9 2942,5 0,49 245,21 41,56

PRO

RURA

L

Indefinido 1 0,27 162,00 0,27 162,00 600,00São Miguel 1 0,07 42,00 0,07 42,00 600,00Terceira 29 14,40 8.516,58 0,50 293,68 591,43Graciosa 7 7,96 4.776,00 1,14 682,29 600,00São Jorge 6 6,41 3.846,00 1,07 641,00 600,00Pico 168 150,03 90.018,00 0,89 535,82 600,00Faial 8 9,41 5.646,00 1,18 705,75 600,00

Total 220 188,55 113006,58 0,86 513,67 599,35Fonte: IFAP.

À semelhança do que ocorreu no âmbito da Medida Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária, a maioria dos beneficiários da Medida Conservação de Curraletas e Lagidos da vinha transferiu o seu compromisso para o PRORURAL, sendo que o aumento do apoio por hectare um factor decisivo para que os agricultores seguissem essa opção.

185

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A execução física desta Intervenção, quando comparada com o período de programação anterior, mantém-se estável quer em termos de número de beneficiários, quer em termos de área favorecida.

Quadro 42. Conservação de Sebes Vivas para Protecção de Culturas Perenes

Ilha Beneficiários (nº)

Quan-tidade

Mon-tante (eur)

Quan-tidade//ben.

Montante//bem.

Mon-tante/

/ha

PDRu

ORE

SSão Miguel 8 8,54 2.547,51 1,07 318,44 298,30Terceira 6 7,94 2.377,05 1,32 396,18 299,38Graciosa 1 0,37 111,00 0,37 111,00 300,00

Total 15 16,85 5035,56 1,12 335,70 298,85

PRO

RURA

L

São Miguel 13 13,40 6.002,68 1,03 461,74 447,96Terceira 22 26,00 11.690,69 1,18 531,40 449,64Graciosa 2 2,87 1.291,50 1,44 645,75 450,00São Jorge 1 0,24 108,00 0,24 108,00 450,00Pico 1 0,25 112,50 0,25 112,50 450,00Faial 5 6,03 2.713,50 1,21 542,70 450,00

Total 44 48,79 21.918,87 1,11 498,16 449,25

O número de beneficiários desta Intervenção, ao contrário das expectativas, não aumentou. Esse aumento era, no entanto, esperado pela abertura da possibilidade das sebes vivas servirem de protecção a culturas de plantas aromáticas e medicinais, para além das culturas perenes frutícolas, no período de programação actual. Também a implicação do valor do apoio por hectare (300€/ha no período 2000-2006; 600€/ha no período 2007-2013) faria esperar uma maior adesão.

No que se refere à Tipologia dos beneficiários, a Equipa de Avaliação recorreu à base de dados do SiAGRI, que diz respeito apenas às candidaturas pelo que, neste caso, refere-se a potenciais beneficiários. Os resultados do processamento da informação mostram que 75% das candidaturas apresentadas são de agricultores do sexo masculino com uma média de idades situada nos 48 anos, havendo

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uma predominância do escalão etário que compreende o intervalo de idades entre os 45 e os 54 anos.

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Figura 27. Estrutura etária dos candidatos às MAA e aos PAA, no ano de 2008

1,0%

10,6%

26,2%

32,4%

22,5%

7,2%

0,05,0

10,015,0

20,025,0

30,035,0

<=2425 - 3435 - 4445 - 5455 - 64>= 65

Fonte: SiAGRI

C. Grau de cumprimentos dos objectivos/metas fixadas

O grau de cumprimento dos objectivos/metas estabelecidas para Medida 2.2. encontra--se demonstrado nos quadros seguintes. A leitura dos quadros aponta para uma taxa de execução muito favorável à prossecução das metas fixadas.

Como se pode constatar através dos dados sistematizados no quadro seguinte, a execução física da Medida 2.2., em termos de número de beneficiários, está muito próxima das metas estabelecidas (intervalo), no caso da Acção 2.2.1., e um pouco mais afastada no caso da Acção 2.2.2. No entanto, recorde-se que, em 2008, algumas intervenções não tiveram candidaturas (p.e., Protecção de Lagoas) e outras, embora tenham tido candidaturas, não houve lugar a pagamento (p.e., Agricultura Biológica), pelo que não foram contabilizadas. No que respeita à área beneficiada, constata-se a ultrapassagem da meta da Acção 2.2.1.

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Quadro 43. Indicadores de realização da Medida 2.2

Medida Indicadores Metas ExecuçãoTaxa

execução das Metas

(%)

2.2. Pagamentos Agro-ambientais e Natura 2000

N.º explorações apoiadas, por AcçãoAcção 2.2.1. 1.500-2000 1.446 96,4 - 72,3Acção 2.2.2. 550-750 2.945 53,5 – 39,2

Superfície apoiada, por Acção

Acção 2.2.1. 32.000-37.000 37.927 118,5-102,5

Acção 2.2.2. 300-380 263 87,7 - 89,2Fonte: IFAP.

Em termos de execução financeira, o Programa apresenta um bom resultado, na medida em que absorveu os montantes disponíveis para este período de execução.

Quadro 44. Indicador de resultado/Indicador de execução financeira

Medida AnoPagamentos (€)

METAS (€) Taxa execução das

METAS (%)Despesa Pública

Apoio FEADERDespesa

PúblicaApoio

FEADERDespesa

Pública

Apoio FEADE

R2.2.

Pagamentos Agro-

-ambientais e Natura

2000

Explorações

agrícolas apoiadas

em 2007 e 2008

5.986.258,80

5.088.319,98

51.764.706

44.000.000 26,8 26,8

Fonte: IFAP

Medida 2.4. Gestão do espaço florestal

Acção 2.4.1 – Investimentos para utilização sustentável das terras florestais

A Acção 2.4.1 insere-se no âmbito da Medida 2.4 “Gestão do espaço florestal”, a qual prevê o incremento da gestão sustentável das florestas no Açores, designadamente ao nível da valorização do seu papel multifuncional (cf. Avaliação Ambiental Estratégica).

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Esta Acção é concretizada através de três eixos de intervenção principais:

Primeira Florestação de Terras Agrícolas;

Primeira Implementação de Sistemas Agro-Florestais em Terras Agrícolas;

Primeira Florestação de Terras Não-Agrícolas.

Estes eixos de intervenção projectam potenciais impactos ambientais positivos no aumento da biodiversidade, através da utilização de espécies autóctones e espécies não nativas adaptadas à Região e sem carácter invasor, e também da preservação da fauna e flora associadas a estes povoamentos florestais.

A Portaria n.º 20/2009, de 23 de Março, estabelece o regulamento específico de aplicação da Acção 2.4.1, no que concerne ao “Apoio à primeira florestação de terras agrícolas” e ao “Apoio à primeira florestação de terras não agrícolas”. A “Primeira Implementação de Sistemas Agro-Florestais em Terras Agrícolas” não se encontra, ainda, regulamentada.

Os apoios a conceder no quadro dessa Portaria têm por objectivo promover a expansão florestal em terras agrícolas e não agrícolas, incultos ou outras áreas agrícolas abandonadas, com arborizações de qualidade e ambientalmente bem adaptadas, nomeadamente em bacias hidrográficas de lagoas. Estes apoios visam, ainda, contribuir para a prossecução de um conjunto de objectivos que passam pelo ordenamento do território, pela protecção, valorização e gestão dos recursos naturais e pela protecção/aumento da biodiversidade.

De acordo com a Direcção Regional dos Recursos Florestais (DRRF), entidade que funciona como organismo intermédio de gestão desta Acção, esta é uma área de intervenção importante para o

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cumprimento do objectivo 5 da Estratégia Florestal da Região Autónoma dos Açores, designadamente:

Apoiar e consolidar a arborização de incultos, a reconversão florestal, a beneficiação de povoamentos e ainda a construção/melhoria de infra-estruturas florestais”;

“Apoiar a florestação de terras agrícolas e não agrícolas, nomeadamente em bacias hidrográficas de lagoas e a implementação de sistemas agro-florestais, obtendo-se uma mais valia na melhoria do ambiente e da paisagem rural, bem como na competitividade do sector”; e

“Fomentar a diversidade de essências florestais nos povoamentos”.

Complementarmente, por via da obrigatoriedade da gestão profissional e activa dos povoamentos instalados, também está previsto alcançar o objectivo de “Garantir a redução dos riscos associados à flora invasora, pragas e doenças, obtendo-se a melhoria da viabilidade vegetativa e sanidade dos povoamentos florestais”, igualmente inscrito na Estratégia Florestal Regional.

No âmbito das alterações introduzidas, a DRRF destaca o enfoque colocado na florestação das Bacias Hidrográficas das Lagoas, designadamente daquelas que têm Plano de Ordenamento aprovado, como é o caso das Lagoas das Furnas e das Sete Cidades, na ilha de São Miguel. Este é um dos critérios de prioridade definidos na análise dos pedidos de apoio, a par da qualidade e racionalidade técnica do projecto de investimento e da adesão a serviços de aconselhamento. Um outro critério de prioridade resulta da utilização de espécies autóctones e folhosas, numa perspectiva da diversificação da oferta de material lenhoso na RAA e da importância das espécies autóctones para a conservação da paisagem tradicional açoriana, da natureza e

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da biodiversidade. Da análise desses critérios de prioridade, constata-se que estão de acordo com os objectivos traçados para a Acção.

O PRORURAL tem uma dotação orçamental de 11.156.735 € de despesa pública para a Acção 2.4.1, com a seguinte repartição pelos três eixos de intervenção:

Apoio à primeira florestação de terras agrícolas: 10.688.235 € (95,8%)

Apoio à primeira implantação de sistemas agro-florestais em terras agrícolas: 160.000 € (1,4%)

Apoio à primeira florestação de terras não agrícolas: 308.500 € (2,8%).

Verifica-se que os apoios à primeira florestação de terras agrícolas detêm mais de 95% da dotação orçamental, factor que se deve, sobretudo, ao facto de nesta verba estarem incluídos os pagamentos dos prémios à manutenção e à perda de rendimento dos projectos aprovados nos dois Quadros Comunitários de Apoio anteriores (Reg. n.º 2080/92 – Medidas Florestais na Agricultura e PDRu-Açores, intervenção “Florestação das Terras Agrícolas).

Assim, no final de 2008 estavam comprometidos 10.614.868,37 Euros de programação financeira destinados ao cumprimento de 75 contratos celebrados com o IFAP no âmbito do Regulamento n.º 2080/92; e 77 contratos, no quadro do PDRu-Açores (Intervenção Florestação de Terras Agrícolas).

Quadro 45. Execução financeira da Acção 2.4.1., até ao final de 2008

Medida Prémio Manutenção

Prémio Perda Rendimento Total

PDRu-Açores – FTA 142.790,13 € 2.793.249,50 € 2.936.039,63

€Reg. 2080/92 Açores 45.569,97 € 7.633.258,77 € 7.678.828,74

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Total 188.360,10 € 10.426.508,27 €

10.614.868,37 €

Fonte: IFAP, 2009.

A expansão da floresta açoriana e a sua diversificação com arborizações de qualidade é uma das principais apostas do Governo Regional para o sector florestal. O PRORURAL estabeleceu como meta a arborização uma área de 525 ha, dos quais 450ha de primeira florestação de terras agrícolas, envolvendo 30 beneficiários.

Numa primeira apreciação aos objectivos definidos para a Acção 2.4.1, a Equipa de Avaliação considera que se trata de objectivos realistas e exequíveis, sobretudo se atendermos a que no PDRu-Açores, em final de 2008 estavam aprovados projectos de investimento para a arborização de 319,96 ha de terrenos agrícolas (pastagens permanentes). Nessa óptica, o enfoque na florestação prioritária das bacias hidrográficas com Plano de Ordenamento aprovado, constitui uma decisão que contribui para uma boa gestão dos recursos financeiros disponíveis.

4.2.3. OS EIXOS 3 E 4 NA CONSTRUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL-RURAL

O PRORURAL tem em conta a visão de desenvolvimento rural integrado constante do PENDR, ancorando igualmente a sua construção em quatro pilares fundamentais, respectivamente, melhoria de competências, promoção da inovação, diversificação da economia e melhoria da qualidade de vida.

No que concerne à RAA, a sua forte ruralidade determina que a abordagem LEADER se estenda a 98,08% das freguesias (153 em 156), excepção feita às três freguesias urbanas do concelho de Ponta Delgada (São Pedro, São José e São Sebastião), pelo que a “população coberta pelos GAL (%)” - 93% - é claramente superior ao valor do indicador para o Continente (32,8%), o que de certa forma legitima o

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que nos parece ser uma maior «responsabilidade» atribuída aos Grupos de Acção Local e à sua escala de actuação, considerada a melhor posicionada para “… permitir uma resposta e resultados mais adaptados e «colados» às diversas realidades locais – na detecção e resolução dos constrangimentos e potencialidades que existam …” (PRORURAL, 2007: 349), pelo que as expectativas em relação à continuidade dos seu trabalho estão assim muito elevadas, conforme é visível nas metas preconizadas para o Eixo 3, sobretudo se atendermos a que estamos perante uma região considerada ultraperiférica.

ANÁLISE DA CONCRETIZAÇÃO

(a) Conformidade do PRORURAL com o Abordagem LEADER e Articulação com Outras Intervenções Operacionais

A conformidade com o Abordagem LEADER é evidente devido à experiência processual e de intervenção que os GAL adquiriram ao longo da vigência das diferentes Iniciativas Comunitárias.

(b) Adesão/Participação - Caracterização das áreas de intervenção

No sentido de obter uma radiografia abrangente da Região Autónoma dos Açores (RAA) foram seleccionados 8 indicadores considerados representativos para a caracterização dos territórios abrangidos pelo PRORURAL, de forma a analisar diferentes dimensões transversais avaliadoras da qualidade de vida16 existente nos territórios. A análise

16 Proporção de declarações fiscais do IRS - Modelo 3 entregues on-line (%) por localização geográfica (2006) | Ganho Médio mensal (€) por localização geográfica (2005)| Disparidade no ganho médio mensal (entre os níveis de habilitação -%) da população empregada por conta de outrem por localização geográfica (2006) | N.º médicos por 1000 habitantes e local de residência (2007) | Proporção de águas residuais tratadas (%) por localização geográfica (2006)| Taxa líquida de ocupação cama (%) nos estabelecimentos hoteleiros por localização geográfica (2008) | Taxa de crescimento efectivo (%) por local de residência (2007) | Índice de renovação da população em idade activa (N.º) por local de residência (2007).

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

global do quadro 46 revela que Ponta Delgada se encontra melhor posicionada que os restantes concelhos da RAA, em com 5 dos 8 indicadores, ultrapassando a referência dos dados relativos ao Continente em 3 deles e a RRA em todos eles. Calheta é o município com uma posição mais desfavorável, apresentando-se como o pior posicionado em 4 dos 8 indicadores, nomeadamente o que se refere à taxa de crescimento efectivo, que em muitos concelhos ultrapassa claramente a média do Continente e da RAA.

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Quadro 46. Indicadores Gerais de Caracterização por Ilha da RAA

Indicadores Condições de Vida e Cidadania Educação Saúd

e Serviços População

CONCELHOS

Proporção de

declarações fiscais

entregues on-line (%)

Ganho Médio mensal

(€)

Disparidade do

salário médio

mensal de acordo

com níveis de

habilitação

Médicos/

1000 hab

Proporção de

águas residuais tratadas

(%)

Taxa líquida

de ocupação cama

(%)

Taxa Crescimento Efectivo

Índice de renovação

da pop. activa

ANGRA DO HEROÍSMO

Terceira53,2 798,5 31,0 2,5 76 34,8 0,00 150,3

CALHETAS. Jorge 63,3 655,3 29,1 0,8 0 0 -0,72 155,3

CORVOCorvo 67,8 899,0 32,1 2,1 0 0 2,32 187,2

HORTAFaial 49,2 791,6 28,8 2,4 0 32,8 0,65 142,6

LAGOAS. Miguel 41,1 682,8 22,7 1,4 0 48,2 1,49 227,6

LAJES DAS FLORES

Flores72,2 675,6 21,5 1,3 0 0 1,05 113,0

LAJES DO PICO

Pico50,8 776,2 29,2 0,8 0 … -0,84 109,6

MADALENAPico 53,4 744,7 17,9 0,5 0 … 0,62 133,6

NORDESTES. Miguel 49,7 642,4 23,8 0,8 0 ….. 0,28 178,9

PONTA DELGADA

S. Miguel59,1 916,7 36,7 3,6 27 49,8 -0,21 184,0

POVOAÇÃOS. Miguel 47,4 685,3 22,5 0,7 0 39,1 0,35 203,4

RIBEIRA GRANDE

S. Miguel53,1 735,9 26,9 0,8 0 … 1,44 289,1

SANTA CRUZ DA GRACIOSA

Graciosa28,6 717,4 22,4 0,6 0 27,8 0,84 158,3

SANTA CRUZ DAS FLORES

Flores49,7 903,6 37,5 0,4 0 13,7 0,94 149,8

SÃO ROQUE DO PICO

Pico46,4 770,4 22,8 1,6 0 …. 0,92 150,0

VELASS. Jorge 34,3 720,6 21,3 1,1 100 … 0,29 160,4

VILA PRAIA DA VITÓRIA

Terceira41,1 784,5 23,7 1,3 100 21,3 0,71 158,8

VILA DO PORTO

S. Maria44,8 1 306,5 54,6 0,9 100 19,3 0,29 187,5

VILA FRANCA DO CAMPO

S. Miguel34,4 663,3 25,6 0,4 60 … 0,41 225,8

Continente 60,1 909,20 41,7 3,6 65 41,0 0,16 113,1Região

Autónoma dos Açores

(RAA)

50,9 833,1 33,3 1,9 21 39,8 O,41 180,0

Concelho pior posicionado na análise do indicador por comparação com média do Continente e RRA

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Concelho melhor posicionado na análise do indicador por comparação com média do Continente e RRAReferências

No sentido de aprofundarmos as novas linhas orientadoras para o desenvolvimento local-rural, proceder-se-á de seguida à análise da abrangência da intervenção e sua cobertura regional, bem como à análise da distribuição dos GAL pelo território insular.

No que concerne à distribuição das áreas de intervenção do PRORURAL verifica-se uma cobertura territorial total, tendo em conta as Estratégias Locais de Desenvolvimento dos 4 GAL envolvidos. O equilíbrio regional ao nível da cobertura territorial do Programa, que abarca todas as ilhas, é um ponto forte a considerar. Este permitirá homogeneizar uma estratégia de acção regional concertada e simultaneamente não criar disparidades de desenvolvimento nas diferentes ilhas, já por si territórios geograficamente ultraperiféricos, tendo por isso mais desafios e constrangimentos a ultrapassar.

Quadro 47. Síntese da Distribuição por Área de Intervenção e Concelhos Abrangidos (a)

COD.

AIGAL Concelhos População

TotalSuperfíci

e(km2)

AI1 ADELIAÇOR

Calheta e Velas – S. Jorge | Lajes do Pico, Madalena e S. Roque do Pico | Horta – Faial | Lajes das Flores e Sta. Cruz das Flores (Total 53 freguesias)

43 956 1025,09

AI2 ARDEPonta Delgada – S. Miguel | Vila do Porto – St.ª Maria (Total 29 , verificando-se intervenção em 26 freguesias

71.432 328,99

AI3 ASDEPRLagoa, Nordeste, Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo – S. Miguel | (Total 40 freguesias)

65.755 514,87

A|4 GRATERAngra do Heroísmo e Vila Praia da Vitória – Terceira | Sta. Cruz da Graciosa – Graciosa (Total 34 freguesias)

60.613 460,75

PRORURAL Total 241.756 2.329,7Fonte: Estratégias de Desenvolvimento Local apresentadas pelos GAL(a) Quadro síntese dos dados disponibilizados pelos Grupos de Acção Local (GAL) nas Estratégias de Desenvolvimento Local (EDL). Foram contabilizadas para efeito

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

de avaliação freguesias identificadas como rurais e não rurais, desde que enunciadas pelos GAL nas EDL.

Relativamente à distribuição dos GAL, atendendo à percentagem de território coberto e à população abrangida, verifica-se uma boa adequação no número de GAL aprovados, corroborada pelos indicadores apresentados no Quadro 48, no que respeita ao número de GAL face ao peso relativo da população abrangida.

No que concerne ao peso relativo da área de intervenção, destaca-se que o GAL ADELIAÇOR apresenta um território mais extenso, pelo que o mesmo deverá ter em conta as necessidades de reforço logístico e de equipa técnica que permita cumprir a Estratégia Local de Desenvolvimento da forma mais eficiente e eficaz. Ressalve-se, contudo, que este mesmo GAL apresenta uma vasta rede de parceiros, que certamente ajudarão a suportar toda a implementação da ELD, sendo claramente um contributo para a atenuação deste constrangimento.

Quadro 48. Peso Relativo da Distribuição Geográfica da Intervenção PRORURAL na RAA17

Território

GAL aprovad

os

% Território Coberto pela Intervenção PRORURAL

Peso Relativo da População Abrangida (%)

Peso Relativo do Território

de Intervenção (%)

Faial

ADELIAÇOR 100 18,18 44,0

PicoS. JorgeFlores

S. MiguelARDE 89

56,75 36,22ASDEPR 100Santa Maria

ARDE 100

TerceiraGRATER 100 25,07 19,78

Graciosa

17 Idem.

198

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Território

GAL aprovad

os

% Território Coberto pela Intervenção PRORURAL

Peso Relativo da População Abrangida (%)

Peso Relativo do Território

de Intervenção (%)

Total 4 97% 100% 100%

De acordo com o estabelecido no PRORURAL, para a definição das áreas rurais na Região Autónoma dos Açores (que constituiu no seu conjunto um território NUT II) aplicou-se directamente a metodologia OCDE à população residente em cada um dos 19 concelhos da Região.

A forte ruralidade da RAA poderá ser corroborada pela distribuição geográfica da população pelo território, uma marca de ruralidade expressa em densidades médias ou fracas (cf. figura 28), que dão uma marca e um cunho próprio à paisagem, à qual se associam os constrangimentos característicos dos territórios de baixa densidade.

A densidade populacional média da RAA em 2001 era de 104 hab/km2

(117,5 para a UE 25 e 113,6 para Portugal), à excepção de São Miguel (176,8 hab/km2) com uma característica predominantemente urbana, por oposição ao Corvo (24,8 hab/km2) com uma densidade muito baixa, comparável ao nível do Continente com a Região Alentejo.

Figura 28. Densidade Populacional por Ilhas e Concelhos

199

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0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

AI1 ADELIAÇOR AI2 ARDE AI3 ASDEPR AI4 GRATERGAL

Ambiente| Paisagem e Recursos Naturais Cultura e PatrimónioCidadania e Participação | lgualdade de acesso a recursos, de género, etc DemografiaEconomia EducaçãoFinanças Formação e QualificaçãoEquipamentos | infra-estruturas de apoio e Serviços Proximidade Mobilidade | Redes Comunicação e TransporteOrdenamento do Território Parcerias e Cooperação Institucional | Associativismo e LobbySocial Tecnologia e Inovação

AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Fonte: PRORURAL - Dados 2001 (Habitantes por km2)

Relativamente à tipologia de ameaças/debilidades, as entidades fizeram escolhas diferentes das dimensões que privilegiam. A ADELIAÇOR considera a economia a pior ameaça/debilidade, a ARDE a componente social, a ASDEPR a educação e a GRATER as componentes de tecnologia e inovação e financeira (cf. Figura 29).

Figura 29. Tipologia de Ameaças / Debilidades

As dimensões das análises SWOT que melhor evidenciam as Oportunidades/Potencialidades (cf. Figura 30) são:

A dimensão Económica (25%) é a segunda mais referenciada nas ELD, destacando-se entre os pontos fortes referenciados: existência de “saber fazer” tradicional no ramo alimentar e não-alimentar | artesanato rico e diversificado, com utilização de recursos endógenos | crescimento da fileira do chá | existência de produtos agrícolas de elevada qualidade, tipicidade e competitividade | sector agro-industrial significativo ligado à produção do leite | certificação da carne açoriana, como produto com indicação geográfica protegida | existência de património vitivinícola | produtos regionais de qualidade | modos de

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

produção tradicionais com elevado valor paisagístico e cultural associado | condições propícias à diversificação da produção agrícola, designadamente para a produção hortícola e frutícola | zonas índustriais em crescente expansão | condições para a diversificação das actividades produtivas | economia fortemente terciarizada | importância das empresas do sector terciário | dinâmica na criação de postos de trabalho | artesanato rico e diversificado nas matérias-primas utilizadas e nos trabalhos apresentados | artesãos de qualidade | certificação de produtos artesanais, designadamente os bordados.

A dimensão Ambiente, Paisagem e Recursos Naturais (23%) em que se relevam os seguintes pontos fortes: espaços naturais de elevado valor ambiental e paisagístico sítios de interesse geológico | preservação ambiental com baixos níveis de poluição do ar, mar e solo | elevado número de espaços protegidos | integração na Região da Macaronésia | integração na Rede Natura 2000, com elevado número de Sítios de Interesse Comunitário (SIC) e Zonas de Protecção Específica (ZPE) | criação de Parques Naturais de ilha | ecotecas em todas as ilhas excepto no Corvo | reserva da biosfera – Corvo | abundância de áreas balneares naturais | atribuição de bandeira azul a áreas balneares | diversidade e beleza natural pouco humanizada (lagoas, montanhas, costa, praias, vales,...) | forte imagem do território no exterior | fracos níveis de poluição do território | existência de áreas classificadas e reservas naturais | solos de boa qualidade, que favorecem a produção agrícola | existência de produtos agrícolas de elevada qualidade, tipicidade e competitividade | significativa expressão de solos férteis a baixa altitude | paisagem caracterizada pelas estruturas fundiárias divididas por sebes naturais, constituídas por hortênsias e muros

201

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

| paisagem natural diversificada | clima ameno durante todo o ano | existência de uma orla marítima com inúmeras potencialidades | espaço privilegiado para a observação de cetáceos (whale – whatching) | reservas naturais e ecológicas. | furnas, caldeiras e grutas | aproveitamento de energia térmica, hídrica e eólica | actividades espeleológicas na Gruta das Torres | ZPE ao abrigo da Directiva Habitats: Birdwatching.

A dimensão Equipamentos, infra-estruturas de apoio e Serviços Proximidade (19%) é a terceira referenciada, apresentando-se igualmente alguns dos pontos fortes enunciados: turismo de arquipélago com a existência do “Triângulo” | Peter Café Sport: imagem de marca associada ao Faial | existência de 2 gate-ways: Faial e Pico | marinas de ponto de passagem de veleiros internacionais | ligações marítimas diárias inter-ilhas no Triângulo | número considerável de unidades de Turismo em Espaço Rural (TER) | turismo de aldeia | existência de estruturas logísticas para a realização de congressos | parques de campismo | existência de piscinas municipais | disponibilização de serviços de animação turística diversificada em terra e mar | campeonato Regional de Regatas de Botes Baleeiros | prática do golfe rústico | rede de trilhos classificados nas 5 ilhas | centro Hípico nas Ilhas Faial e Pico | mini-golfe | serviços públicos regionais em todas as ilhas | existência de serviços de saúde ao domicílio | apoio domiciliário (alimentação e higiene) prestado pelas Instituições particulares de solidariedade social (IPSS) às populações idosas | serviços de acção social nas várias ilhas (creches e centros de actividades de tempos livres (ATL)) | centro de acolhimento temporário e de emergência no Pico | Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em todos os concelhos, excepto no Corvo | infra-

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0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

AI1 ADELIAÇORAI2 ARDEAI3 ASDEPRAI4 GRATER

GAL

Tipologia de Oportunidades / Potencialidades (ELD)

Ambiente | Paisagem e Recursos Naturais Cultura e PatrimónioCidadania e Participação | lgualdade de acesso a recursos, de género, etc DemografiaEconomia EducaçãoFinanças Formação e QualificaçãoEquipamentos | infra-estruturas de apoio e Serviços Proximidade Mobilidade | Redes Comunicação e TransporteOrdenamento do Território Parcerias e Cooperação Institucional | Associativismo e LobbySocial Tecnologia e Inovação

AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

estruturas de apoio ao desporto e lazer | infra-estruturas com características específicas, nomeadamente casas rurais, miradouros, fontanários, moinhos de vento, termas | crescimento da capacidade de alojamento na região | unidades hospitalares | centros de saúde | existência de clínicas privadas com consultas de especialidade.

Figura 30. Tipologia de Oportunidade / Potencialidades

(c) Parcerias: competências, missão e valor acrescentado

Na generalidade, os GAL apresentam como parceiros entidades de génese distinta, não sendo todavia claro o seu papel, à excepção de casos raros em que se descreve de forma ténue a sua forma de participação. Nesta fase da avaliação, este facto não deverá provocar inquietação, uma vez que ainda terá de ser operacionalizada toda a estratégia de funcionamento da parceria, com distribuição de papéis activos pelos agentes envolvidos, garantindo que simultaneamente

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

participam de forma activa nos processos de tomadas de decisão. Chama-se a atenção para este facto, uma vez que do universo de ELD analisadas, não é sempre explícito a forma de operacionalização clara deste princípio, pelos menos a partir dos documentos analisados pela equipa de avaliação.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Quadro 49. Tipologia das entidades parceiras que constituem os GAL

Cód. GAL

Designação

do GAL

Nº Asso

cGAL

Entidade

Mun.(Assoc

.)JF

Coop. C.C.A Asso

c Ind.Fed./

Assoc. Nac./

Uniões

Miseric.

Univ./Polité

c/Escola

s

Empresas e

NúcleosEmpres

.

Admin.

Pública

Centros Sociais

e Paroqui

ais

Outras(*)

AI1 ADELIAÇOR 76 34 3 0 5 17 1 0 1 4 1 0 10

AI2 ARDE 7 2 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0AI3 ASDEPR 15 5 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2 6AI4 GRATER 55 23 3 0 9 4 0 0 2 3 0 1 11

Total 152(*) Grupos Recreativos, Casas do Povo, Centros Culturais, Clubes, Confrarias, Fundações, Rádios, Agências de Desenvolvimento, Filarmónicas, Grupos Desportivos, Dioceses, Lares, Centros de Gestão Agrícola, Redes Sociais, Ranchos Folclóricos, Paróquias, Museus, IPSS, Corpo Nacional de Escutas e Centros de Estudos.

Foi solicitada informação adicional aos GAL sobre os órgãos de gestão, sendo que a GRATER e a ASDEPR não facultaram atempadamente à Equipa de Avaliação esses elementos. É esperado que estes dados venham a ser integrados na versão do Relatório Final.

Participam na parceria do GAL

Participam nos Órgãos de Gestão do GAL (Direcção)

A rede de parceiros envolvida é de 152 entidades, sendo que os municípios|associações de municípios|juntas de freguesia (enquanto entidades representativas do poder local), são as entidades com um de peso relativo de presentação superior a qualquer uma das restantes organizações, com mais de 40%. Seguem-se as Outras Organizações18

e as pessoas individuais, com um peso relativo de 17,5% e 14% respectivamente.

Esta análise poderá contudo ser equilibrada aquando da definição estratégica da parceria GAL, envolvendo todos os parceiros em órgãos paralelos à gestão central, com papéis de acompanhamento destas funções, desde que a sua participação possibilite que o seu envolvimento tenha alguma expressão na tomada de decisão. A avaliação aconselha também a uma monitorização desta situação, a fim de garantir a constituição efectiva de parcerias em torno de cada

18 Grupos Recreativos, Casas do Povo, Centros Culturais, Clubes, Confrarias, Fundações, Rádios, Agências de Desenvolvimento, Filarmónicas, Grupos Desportivos, Dioceses, Lares, Centros de Gestão Agrícola, Redes Sociais, Ranchos Folclóricos, Paróquias, Museus, IPSS, Corpo Nacional de Escutas e Centros de Estudos.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

intervenção, porque se entende que desta forma estariam salvaguardados os melhores interesses dos parceiros e simultaneamente facilitar-se-ia uma gestão mais ágil, mais difícil de assegurar com a participação demasiado alargada nos órgãos de gestão directos.

Passando a uma análise mais pormenorizada das ELD no que concerne à constituição de parcerias estratégicas e diversificação de competências nos órgãos de gestão (cf. quadro 49), procurou-se estabelecer um critério de análise que passa por verificar se integram nos referidos órgãos 5 tipologias gerais de entidades: Organizações da Economia Social | Poder Local / Organizações Públicas | Organizações de Ensino e Empresas / Cooperativas. Dos dois GAL analisados relativamente a esta componente verifica-se uma elevada diversificação de tipologias de competências representadas nos órgãos de gestão.

Para averiguar os contributos da rede de parceiros para a Estratégia Local de Desenvolvimento a partir da génese das entidades que a compõe, definiu-se como critério que integrassem 8 das 12 tipologias definidas no quadro 49. Verifica-se que 50% dos GAL satisfazem totalmente este critério e 50% integram pelo menos 5 do universo total das tipologias.

Para análise do valor acrescentado da rede global de parceiros alargada ao nível de envolvimento no GAL, garantindo uma Estratégia Local de Desenvolvimento mais participada, verifica-se que 50% dos GAL envolvem mais de 30 entidades parceiras, 25% entre 15 e 30 entidades e apenas 25% menos de 15 entidades. Atendendo à dimensão dos territórios de intervenção e ao total de indivíduos alvo da intervenção, o envolvimento de menos de 15 entidades parece-nos insuficiente. Contudo, há obviamente que ter em consideração que em

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

territórios mais desfavorecidos em termos de densidade populacional, como é o caso, proporcionalmente a intervenção associativa e participativa será sempre menor e de mais difícil operacionalização. A motivação para participar de uma forma construtiva e promotora de responsabilidade social é um dos problemas de investigação no domínio do desenvolvimento local-rural.

Ressalva-se, todavia, que todos os GAL satisfazem os critérios apresentados para submissão de candidaturas, nomeadamente: serem pessoas colectivas de carácter associativo, agrupamentos complementares de empresas e cooperativas ou parcerias sem personalidade jurídica, designando uma Entidade Gestora enquadrada nas tipologias anteriores.

Também como requerido, os GAL representam diversos sectores socioeconómicos do território de intervenção, sendo que os parceiros privados representam sem excepção mais de 50% da sua composição. Todos os GAL analisados apresentam um órgão de gestão e uma estrutura técnica local (ETL), de acordo com o requisito de candidatura.

Quadro 50. Importância Estratégica das Parcerias que Constituem os GAL

COD.AI

GAL

Diversificação de Competências nos Órgãos de Gestão

Contributos da Rede de Parceiros

para a ELD

Valor Acrescentado de

uma rede de parceiros alargada

ao nível de envolvimento no

GAL AI1 ADELIAÇOR ++ ++ ++AI2 ARDE ++ + -AI3 ASDEPR sem informação + +AI4 GRATER sem informação ++ ++

ESCALA DE ANÁLISE Critérios de definição de diversificação de tipologias de competências representadas nos órgãos de gestão

Elevada (++) Integram os órgãos de gestão Organizações da Economia Social | Poder Local/Organizações Públicas | Organizações Ensino | Empresas/Cooperativas

Moderada (+ ) Pelo menos 3 dos Sectores acima mencionados encontram-se representados

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Baixa (- ) Menos de 3 Sectores acima mencionados encontram-se representados

ESCALA DE ANÁLISE Critérios de definição dos contributos para a ELD a partir da génese das entidades que compõe a rede de parceiros:

Elevada (++) Integram a listagem de parceiros GAL pelo menos 8 das 12 tipologias de entidades definidas do quadro 49

Moderada (+ ) Integram a listagem de parceiros GAL pelo menos 5 das 12 tipologias de entidades definidas do quadro 49

Baixa (- ) Integram a listagem de parceiros GAL menos de 5 das tipologias de entidades definidas do quadro 49

ESCALA DE ANÁLISE Critérios de valor acrescentado de uma rede de parceiros alargada envolvida no GAL

Elevada (++) Integram a rede de parceiros GAL mais de 30 entidades

Moderada (+ ) Integram a rede de parceiros GAL entre 15 e 30 entidades

Baixa (- ) Integram a rede de parceiros GAL menos de 15 entidades

ANÁLISE DA RELEVÂNCIA

(a) Coerência / Conformidade

No início desta avaliação foram colocadas quatro questões de partida consideradas pertinentes para a temática em apreciação, das quais se recordam agora duas delas:

As Estratégias Locais apresentadas facilitam a concretização dos objectivos estratégicos enunciados no PENDR 2007-2013?

Qual o grau de conformidade das Estratégias Locais com os objectivos e desígnios nacionais e regionais?

A análise da coerência e conformidade é imprescindível para responder às duas questões formuladas, através da relação existente entre os objectivos previstos no PRORURAL e os objectivos expressos nas Estratégias Locais de Desenvolvimento. Contudo, a informação disponível recomenda ainda alguma prudência de análise, optando-se antes por considerar que neste momento não se devem tirar conclusões centradas apenas nas matrizes de enquadramento lógico e na descrição global das Estratégias Locais de Desenvolvimento, para

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

além do que consideramos ser a existência de relações directas ou indirectas.

Mesmo assim, a avaliação efectuada permite considerar que globalmente os Eixos III e IV apresentam em 100% das ELD uma relação directa, tanto mais que os objectivos previstos no PRORURAL, para os quais concorrem os objectivos gerais, específicos e operacionais das ELD, têm como impactes esperados anseios que fazem parte do ideário do desenvolvimento local-rural: melhoria da qualidade de vida, fixação de população, criação de postos de trabalho, diversificação de actividades económica dentro e fora das explorações, aumento da atractividade dos territórios; melhoria da auto-estima das populações e a tão propalada preservação das heranças / memórias.

(b) Eficácia/Eficiência

A insularidade, em termos globais, afigura-se cada vez menos um constrangimento ao desenvolvimento endógeno, porque as descontinuidades territoriais outrora símbolo de «prisão» vão sendo aproveitadas para potenciar nichos privilegiados, sobretudo nos domínios das finanças (banca, seguros, impostos) e do turismo, este último por vezes associado a um novo imaginário alternativo aos territórios continentais, mais stressantes e menos seguros.

Assim sendo, a avaliação da eficácia e da eficiência das Estratégias Locais de Desenvolvimento propostas para a RAA é considerada fundamental, apesar de ser ainda precoce neste momento, sobretudo devido aos atrasos verificados no arranque das Estratégias, pelo que esta abordagem será mais um instrumento de medida de adequabilidade entre o regulamentado, os resultados esperados e o proposto pelos GAL, do que um elemento de suporte à gestão, que possibilite verificar se as actividades e os resultados atingem os efeitos

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desejados e os resultados esperados, bem como detectar até que ponto a utilização dos recursos conduz ao mais elevado output.

As orientações estratégicas do PRORURAL e a visão de desenvolvimento local-rural que lhes está subjacente, onde a abordagem LEADER é a matriz comum às diferentes áreas de intervenção, têm uma configuração que se aplica ao conjunto do território rural da Região, com algumas nuances consoante as áreas de intervenção, conforme se pode verificar na formulação das estratégias (visões e objectivos) e nos aspectos que estruturam a sua implementação, a táctica desenhada para alcançar o tão almejado desenvolvimento.

No que concerne às visões promotoras do desenvolvimento local-rural para a Região Autónoma dos Açores, o quadro 51 identifica as enunciadas pelos quatro GAL, em que sobressaem como grandes preocupações a coesão, competitividade, inovação, qualidade de vida e ruralidade.

Quadro 51. Visões do Desenvolvimento Local-Rural da RAA

Visão GAL Área de IntervençãoReforçar a competitividade, coesão, inovação e capacitação territorial.

ADELIAÇOR

Ilhas de S. Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.

Melhorar a qualidade de vida das populações rurais através do desenvolvimento integrado e sustentável.

ARDEConcelhos de Ponta Delgada (Ilha de São Miguel) e Vila do Porto (Ilha de Santa Maria).

Garantir uma “ruralidade” moderna, atractiva e competitiva: um “campo” de oportunidades para quem vive e quem visita.

ASDEPRConcelhos de Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Povoação e Nordeste (Ilha de São Miguel).

Melhorar a qualidade de vida nas áreas rurais. GRATER Ilhas Terceira e Graciosa

Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento.

Os vinte e cinco objectivos estratégicos que suportam as ELD apresentadas (cf. quadro 52) e que alimentam os objectivos específicos essenciais à construção das tácticas a desenhar com as

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acções de terreno, apontam para um desenvolvimento alicerçado em nove pilares, que revelam a mudança que as associações de desenvolvimento local/regional tentam imprimir nas suas áreas de intervenção, obviamente em resposta às directrizes comunitárias, mas também muito porque há uma nova visão de missão no grande movimento que caracteriza estes agentes, enquanto suportes da economia social e solidária e construtores de coesão social: (certificar (qualidade); competir; cooperar (parcerias locais, nacionais e transnacionais); comunicar (associando o marketing); empreender; diversificar (actividades não agrícolas nas explorações); inovar; qualificar; valorizar (a ruralidade em sentido lato - costumes, gastronomia, identidades, património natural e construído, produtos locais, tradições, valores, …).

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Quadro 52. Objectivos Estratégicos para o Desenvolvimento Rural da RAA (PRORURAL,

2007 – 2013)

GAL Objectivos Estratégicos

ADELIAÇOR

Reforçar a competitividade económico-empresarial.Promover a coesão social e animação territorial.Promover e valorizar os recursos ambientais, culturais e patrimoniais.Promover a capacidade de inovação, gestão e modernização do território.

ARDE

Estimular o desenvolvimento económico integrado no meio rural.Requalificar e reaproveitar economicamente os recursos patrimoniais rurais.Promover o empreendedorismo e a qualificação dos recursos humanos.Criar redes de parcerias entre várias entidades locais, nacionais e transnacionais.Dinamizar formação e informação nos meios rurais.

ASDEPR

Elaborar estudos de mercado – definir o posicionamento das produções e necessidades de inovação.Desenvolver planos de marketing e de construção de imagem.Criar sistemas de certificação e avaliação dos padrões de qualidade dos produtos.Monitorizar as necessidades (procura e oferta) e definição de ajustes estratégicos.Diversificar actividades não agrícolas nas explorações (produtos agro-alimentares transformados e embalados; pontos de venda para produtos artesanais; actividades de recreio e lazer; programas associados à caça).Criar e desenvolver microempresas.Promover diversos domínios para a valorização integrada da ruralidade (turismo temático em torno da cultura e paisagem, bem-estar e gastronomia, ….).

GRATER

Aumentar a produtividade da economia.Dinamizar o turismo no respeito pela preservação do ambiente e do património cultural.Diversificar a economia e o emprego no meio rural.Desenvolver serviços de apoio ao artesanato e aos artesãos.Aumentar a capacidade de inovação.Valorizar os produtos e a Imagem Açores.Valorizar e preservar o ambiente e a qualidade de vida nas áreas ruraisConservar e valorizar o património rural

Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento.

Os objectivos específicos (cf. quadro 53) consubstanciam as grandes preocupações inerentes aos objectivos estratégicos, acentuando a importância da cooperação - desenvolvimento rural não agrícola – empreendedorismo – formação – turismo.

212

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Quadro 53. Objectivos Específicos para o Desenvolvimento Rural da RAA (PRORURAL, 2007 – 2013)

GAL Objectivos Específicos

ADELIAÇOR

Diversificar e valorizar os produtos e recursos locais. Promover a diversificação integrada de actividades. Redesenhar e organizar a oferta turística. Reforçar a capacitação das pessoas e do território. Promover a articulação territorial e equidade social. Valorizar o património edificado. Valorizar o património cultural. Valorizar o património natural. Formar e informar para a qualificação do potencial humano. Promover a valorização e complementaridade entre territórios rurais.

ARDE

Estimular a produção de novos produtos, serviços e marcas. Criar e desenvolver microempresas. Estimular o empreendedorismo, inovação e novas iniciativas privadas. Apoiar actividades turísticas e de lazer, associadas a diferentes

produtos e serviços (ecoturismo, turismo natureza, turismo aventura, turismo cinegético, bioturismo, turismo geológico e vulcanológico, entre outros).

Criar Infra-estruturas essenciais à implementação de rotas temáticas, percursos, centros interpretativos e sinalização turística.

Valorizar e proteger o património natural, cultural e edificado. Diversificar a produção para actividades não agrícolas. Promover e reforçar o carácter organizacional e de parcerias

comerciais e de logística. Apoiar o associativismo e o cooperativismo local e valorizar o

voluntariado. Divulgar e promover os produtos locais. Estimular a utilização e rentabilização de equipamentos e estruturas

existentes, colectivas, de carácter social, desportivo e de lazer. Organizar encontros locais de reflexão (Oficinas de Motivação). Criar serviços de apoio técnico aos Agentes Locais de

Desenvolvimento. Qualificar os recursos humanos e informatização das áreas rurais,

incluindo toda a população e sector empresarial.

ASDEPR

Criar e desenvolver empresas de turismo (alojamento, similares, …). Apoiar actividades turísticas e de lazer em diferentes domínios

(ecoturismo, turismo natureza, turismo aventura, turismo cinegético, bioturismo, …).

Imagens de marca, design e meios de divulgação e comunicação das actividades.

Alojamentos turísticos de agro-turismo, turismo de aldeia, casas de campo, turismo de habitação.

Actividades de recreio e lazer agregados a animação turística. Infra-estruturas essenciais à implementação de rotas, percursos,

centros de informação e sinalização turística.

GRATER

Diversificar para actividades não agrícolas. Criar e desenvolver micro-empresas. Incentivar as actividades turísticas e de lazer. Promover serviços básicos para a economia e população rurais. Promover a recuperação, conservação e valorização do património

rural. Formar e informar. Promover a cooperação.

Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Esta análise inicia-se com uma apreciação qualitativa da «eficácia» do contributo das 4 Estratégias Locais de Desenvolvimento para os resultados esperados em qualquer processo de desenvolvimento local-rural e que se encontram expressos ou subentendidos no PENDR e no PRORURAL. A tipologia de actividades foi construída tendo em conta as mais relevantes referidas na ELD. Na prática, estas actividades abrangem a maioria das medidas do Eixo 3, denotando-se um défice de intenções estruturantes para a Formação e Informação, bem como de acções promotoras da cooperação LEADER considerada no eixo 4.Apesar da normalização dos procedimentos de candidatura veiculada pela Orientação nº 1 já anteriormente referida dar alguma homogeneidade processual às ELD, as especificidades das áreas de intervenção e as visões das parcerias que constituem os GAL permitiram alguma diversidade nos desenhos do desenvolvimento local-rural, que no entanto segue muito de perto as actividades referenciadas no PRORURAL, apesar da assumida participação dos agentes locais na construção da estratégia. Esta aparente normalização tem merecido alguns reparos por parte dos beneficiários.O quadro 54 cruza uma amostragem das principais actividades propostas nas ELD com os resultados esperados para o desenvolvimento local-rural, expressos numa análise qualitativa em três níveis de relação: forte, média e fraca. A “melhoria da competitividade territorial” (77,8%) e a “diversificação da economia” e “melhoria da criação de emprego” (44,4%) são os dois resultados esperados mais evidentes. A melhoria da qualidade de vida, pela relação directa e indirecta que estabelece com a maioria das actividades, também tem obviamente relevância, apesar dos relacionamentos considerados focarem-se apenas nos aspectos directamente evidentes.

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Relacionando estes dados com os quatro grandes pilares do desenvolvimento rural em Portugal, apenas a promoção da inovação se encontra claramente sub-representada, revelando como os GAL têm dificuldade em dar este salto qualitativo nas suas estratégias. É também preocupante a sub-representação da preservação do ambiente e da promoção da certificação. A primeira pelos aspectos patrimoniais que envolve e a segunda pelo confronto com o crescimento económico considerado prioritário.Quanto às actividades que foram consideradas com um maior número de relações com os resultados esperados seleccionados, destacam-se a “criação de iniciativas de apoio ao bem-estar social, as “iniciativas empresariais promotoras do saber-fazer tradicional” e o “apoio à criação de ateliers de artes e ofícios”.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Quadro 54. Contributos esperados das Actividades Propostas nas ELD para o Desenvolvimento Local-Rural

Tipologia de ActividadesDiversi-ficar a

economia

Fixar popula-ção nas áreas rurais

Melhorar a

auto-estima

das popu-lações

Melhorar a

competiti-vidade territoria

l

Melhorar a

criação de

empre-gos

Melhorar qualifica-

ções e competê

n-cias

Melhorar a

qualida-de de vida

Preservar cultura, história, identida

de e tradições

Preser-var o

ambiente

Preservar

saberes-fazer

tradicionais

Promover a

certifica-ção

Promover a colaboração, cooperação

e co-res-ponsabilizaç

ão

Promo-ver a inova-

ção

1. Actividades lúdicas de carácter inovador nas explorações agrícolas

2. Alargamento da utilização de suportes de hardware e software e de plataformas locais de ligação à internet e videoconferência

3. Apoiar a criação de ateliers de artes e ofícios

4. Cooperação entre diferentes territórios rurais nos Açores e territórios rurais do espaço da UE ou de Países Terceiros

5. Cooperação inter-ilhas e entre os Açores e os territórios rurais da Madeira e Continente

6. Criação de infra-estruturas de pequena escala dedicadas à implementação de rotas, percursos e sinalética de interpretação da natureza.

7. Criação de iniciativas de apoio ao bem-estar social

8. Criação de novos instrumentos para usufruto e valorização do património natural e cultural

9. Criação de programas associados à caça10. Criação de serviços básicos para as

actividades económicas11. Criação e promoção de estruturas de apoio

ao turismo (agroturismo, casas de campo, ecoturismo, turismo de aventura, cinegético, de habitação, …)

12. Criação e/ou desenvolvimento de serviços de apoio à infância (ex: infantários e creches).

13. Criação ou remodelação de estruturas de suporte ao desenvolvimento da economia rural

14. Criação, modernização e capacitação de microempresas

15. Desenvolvimento de conteúdos e estruturas de promoção turística inovadores

16. Dinamização de locais de informação e de apoio às actividades e aos potenciais investidores e visitantes do meio rural

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

(continua)

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Quadro 54. Contributos esperados das Actividades Propostas nas ELD para o Desenvolvimento Local-Rural (cont.)

Tipologia de ActividadesDiversi-ficar a

economia

Fixar popula-ção nas áreas rurais

Melhorar a

auto-estima

das popu-lações

Melhorar a

competiti-vidade territoria

l

Melhorar a

criação de

empre-gos

Melhorar qualifica-

ções e competê

n-cias

Melhorar a

qualida-de de vida

Preservar cultura, história, identida

de e tradições

Preser-var

o ambie

nte

Preservar saberes-

fazer tradicionai

s

Promover a

certifica-ção

Promover a colaboração, cooperação

e co-res-ponsabilizaç

ão

Promo-ver a inova-

ção

17. Dinamização de produtos e serviços associados a actividades pedagógicas, de recreio e lazer a decorrerem nas próprias explorações e/ou áreas envolventes

18. Dinamização de serviços de apoio social de proximidade e/ou itinerante

19. Dinamização, valorização e promoção dos produtos locais

20. Dinamizar estruturas associativas21. Incentivar a criação de serviços à

economia22. Incentivar a criação de serviços à

população23. Iniciativas empresariais promotoras do

saber fazer tradicional24. Instalação de pontos de venda, nas

explorações, de produtos artesanais e agro-alimentares locais

25. Organização e promoção do produto turístico

26. Potenciar a participação activa e a cidadania

27. Preservação do património edificado tradicional

28. Preservação e recuperação da memória colectiva

29. Preservação e recuperação de práticas e tradições culturais.

30. Produção de branding e de materiais de divulgação e promoção de produtos agrícolas e agro-alimentares locais

31. Promoção e sensibilização do património ambiental

32. Realização de acções de formação e informação específicas

33. Realização de actividades de animação sociocultural

34. Recuperação de infra-estruturas de acesso e delimitação das explorações agrícolas com interesse patrimonial

35. Refuncionalização de edifícios tradicionais para actividades de preservação e valorização cultural

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO 36. Serviços de acompanhamento a idosos e

deficientes residentes em meio rural

Legenda: Relação

Forte Média Fraca

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

A análise dos recursos financeiros centrou-se nos valores propostos nos Planos Financeiros Globais apresentados pelos GAL nas ELD19, desconhecendo-se neste momento se há variações relativamente aos montantes aprovados.

Em termos da partilha do financiamento do desenvolvimento local-rural global há uma considerável diferença entre a iniciativa pública (62,63%) e a privada (37,37%) – Figura 31 – que se esbate no financiamento da Medida 4.1 (Execução de Estratégias de Desenvolvimento Local que engloba as Medidas 3.1, 3.2 e 3.3), em que a quota-parte da iniciativa pública se reduz para 57,11% e a privada sobe para 42,89% - cf. Figura 32), o que acaba por perspectivar um envolvimento dos privados na concretização das visões estratégicas do desenvolvimento local-rural. É evidente que no momento da avaliação contínua em que nos encontramos é impossível tecer considerações sobre a coerência e razoabilidade das candidaturas ou sobre o grau de maturidade das iniciativas propostas, mas independentemente destes indicadores de mérito que serão avaliados num outro momento, consideramos adequado relevar o esforço que se espera por parte da iniciativa privada.

Figura 31. Financiamento global do Eixo 3 (%)

(Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento – Planos Financeiros Globais)19 Em anexo apresentam-se os quadros com toda a informação financeira compilada.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Figura 32. Financiamento da Medida 4.1 (%).

(Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento – Planos Financeiros Globais)

Em termos das componentes desagregadas das Medidas das ELD que contribuem directamente para o desenvolvimento local-rural (cf. 33) verifica-se que está previsto um maior envolvimento na Formação e Informação (50,59%), o que não transparece com a mesma evidência nas intenções de acções apresentadas. Contudo, a ausência da análise de candidaturas específicas não nos permite clarificar devidamente esta discrepância.

Em termos de acções, as grandes apostas das parcerias que constituem os GAL no desenvolvimento rural das suas áreas de intervenção estão direccionadas por ordem decrescente para a Conservação e Valorização do Património Rural (Acção 3.2.2), Criação e Desenvolvimento de Microempresas (Acção 3.1.2), Serviços Básicos para a Economia e População Rurais (Acção 3.2.1), Incentivo a Actividades Turísticas e de Lazer no Espaço Rural (Acção 3.1.3), Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola (Acção 3.1.1), o que centra o modelo na valorização de aspectos patrimoniais que funcionem como âncoras da ruralidade, no micro empreendedorismo e nas actividades de turismo e lazer, como forma de promover uma

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

economia empresarial competitiva, uma das condições preconizadas no PENDR.

Contudo, se as microempresas nem sempre têm sido devidamente valorizadas em Portugal como suporte da economia local e do combate ao desemprego (a actual conjuntura parece poder torná-las mais visíveis), já o turismo (activo/de aventura/de desporto; cinegético; cultural; de negócios; de lazer; de saúde; natureza/ecológico; religioso; TER; sénior) tem recebido inúmeros incentivos, continuando a ser encarado como uma âncora do desenvolvimento local, uma forma de aproveitar as diversas mais-valias patrimoniais existentes nos territórios rurais, em que a Região Autónoma dos Açores tem condições de excepcionalidade.

Figura 33. Financiamento previsto por Medida do Eixo 3 (%).

(Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento – Planos Financeiros Globais)

Figura 34. Financiamento do Desenvolvimento Rural por Acção

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

(Fonte: Estratégias Locais de Desenvolvimento – Planos Financeiros Globais)

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

4.2.4. SÍNTESE DE RECOMENDAÇÕES

Uma das grandes virtualidades da Avaliação Contínua, independentemente do especificado em regulamentos, é o seu carácter eminentemente pedagógico e de acompanhamento sistemático das aprendizagens, quer em contexto escolar quer territorial. É movido por esta noção, de uma avaliação facilitadora de acções correctivas na óptica da gestão da qualidade, que relevamos algumas das principais recomendações efectuadas ao longo deste relatório. Em primeiro lugar considera-se que a observação concreta de acções acabou por inibir uma reflexão mais aprofundada, nomeadamente ao nível da concretização, efeitos e impactes.

Das chamadas de atenção efectuadas ao longo desta avaliação destaca-se:

a necessidade de olhar atentamente para o princípio da inovação, ainda pouco visível neste estádio de evolução das ELD;

a necessidade de dedicar uma atenção mais cuidada ao património ambiental em termos de acções valorizadoras;

tornar mais ágil o modelo de governação, de forma a evitar atrasos no arranque dos projectos construtores do desenvolvimento local-rural;

repensar se a concepção das Estratégias Locais de Desenvolvimento não está excessivamente normalizada, obedecendo a uma lógica de top-down, o que à partida está em contradição com a defesa do Método LEADER, podendo até ser um factor limitativo da criatividade das intervenções possíveis;

tentar agilizar a entrada em funcionamento das acções, de forma a não desmotivar os potenciais promotores e a não criar constrangimentos ao nível do planeamento de tarefas por parte dos GAL;

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

clarificar as formas de participação das entidades parceiras que constituem os GAL;

motivar os GAL para a cooperação, que apesar de anunciada nos parece pouco concretizada;

pensar o desenvolvimento local-rural na óptica das Estratégias de Eficiência Colectiva.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

V. ACTIVIDADES DE LIGAÇÃO EM REDE

5.1. ESTRUTURA E OBJECTIVOS

As actividades de ligação em rede das entidades intervenientes na Avaliação, inscrevem-se na criação de uma Rede Europeia de Desenvolvimento Rural ao nível Comunitário, como parte da Assistência Técnica para as políticas de Desenvolvimento Rural. Esse Artigo estipula, entre outros objectivos, a criação e funcionamento de redes de peritos, com vista a facilitar o intercâmbio de competências e a apoiar a execução e avaliação da política de desenvolvimento rural.

De acordo com o novo Regulamento 1698/2005, relativo ao Desenvolvimento Rural, prevê, no seu Artigo 67º, a Comissão Europeia tenciona organizar, como parte da Rede Europeia de Desenvolvimento Rural, uma Rede de Avaliação para assegurar aquele objectivo. Em termos de organização a Rede de Avaliação actuará sob a responsabilidade da Direcção Geral para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, em estreita colaboração com os Estados-Membros responsáveis pela implementação de programas de desenvolvimento rural.

5.2. POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO PELOS ESTADOS-MEMBROS

A partilha de informação deverá concentrar-se na transferência de conhecimento no âmbito da monitorização e avaliação, potenciando a inovação e a utilização de ferramentas adequadas para melhorar a programação e a implementação das políticas de Desenvolvimento Rural. Este objectivo será alcançado após o estabelecimento de um modelo de parceria integrada entre as entidades e as pessoas envolvidas na Avaliação, de forma a proporcionar boas práticas, bem como o apoio na avaliação dos novos instrumentos políticos orientados

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

para o desenvolvimento rural. Desta forma, os utilizadores da Rede deverão igualmente contribuir para as seguintes actividades:

Recolha, análise, consolidação e divulgação de informação sobre boas práticas de avaliação;

Definição/Estabelecimento das metodologias de avaliação e respectiva divulgação (p.e., através de seminários, workshops e reuniões);

Criação de um helpdesk que assegure o apoio a matérias relacionadas com os indicadores e as questões de avaliação, nomeadamente, no que se refere à criação de bases de dados e fontes de informação;

Identificação de necessidades relativas aos processos de avaliação e apoio na selecção de estudos temáticos;

Criação e funcionamento de redes de experts, com o objectivo de proporcionar o intercâmbio de competências e de favorecer a avaliação das políticas de desenvolvimento rural.

As entidades intervenientes deverão trabalhar em estreita colaboração, permitindo a melhoria e a harmonização de abordagens metodológicas de avaliação, potenciando sinergias entre os vários actores e os diferentes níveis de responsabilidade.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

ANEXOS

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ANEXO 1 – REPARTIÇÃO FINANCEIRA POR MEDIDA E ACÇÃO

Repartição financeira, por Medida e Acção – Eixo 1(Preços correntes, em euros, para a totalidade do período,

incluindo compromissos transitados)

Designação Despesa Pública

Peso no

Eixo (%)

Peso no Programa

(%)Eixo 1 - Aumento da Competitividade dos sectores agrícola e florestal

1.1 - Formação profissional e acções de informação

4.117.647 2,7 1,3

1.1.1 - Formação profissional 3.235.294 2,1 1,01.1.2 - Acções de Informação 882.353 0,6 0,31.2 - Instalação de jovens agriculturas 8.823.52

9 5,8 2,7

1.3 - Reforma Antecipada 15.294.118 10,1 4,7

1.4 - Serviços gestão e acompanhamento 3.529.412 2,3 1,1

1.4.1 - Serviços de gestão e aconselhamento agrícola 3.141.176 2,1 1,0

Criação de serviços 1.750.000 1,2 0,5Utilização de serviços 1.391.176 0,9 0,4

1.4.1 - Serviços de gestão e aconselhamento florestal 388.235 0,3 0,1

Criação de serviços 305.882 0,2 0,1Utilização de serviços 82.353 0,1 0,0

1.5 - Modernização das explorações agrícolas 20.000.000 13,2 6,2

1.6 - Melhoria do valor económico das florestas

3.529.412 2,3 1,1

1.7 - Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais

45.294.118 30,0 14,0

1.8 - Cooperação para a promoção da inovação 4.705.882 3,1 1,5

1.9 - Criação e desenvolvimento de novos instrumentos financeiros 588.235 0,4 0,2

Sector Agrícola 235.294 0,2 0,1Sector Florestal 117.647 0,1 0,0

Sector Alimentar 235.294 0,2 0,11.10 - Catástrofes naturais 588.235 0,4 0,21.11 - Melhoria e desenvolvimento de infra-estruturas

44.705.882 29,6 13,8

1.11.1 - Caminhos agrícolas e rurais 21.000.000 13,9 6,5

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

1.11.2 - Abastecimento de água às explorações agrícolas

14.500.000 9,6 4,5

1.11.3 - Abastecimento de energia eléctrica às explorações agrícolas 4.500.000 3,0 1,41.11.14 - Ordenamento agrário e estruturação fundiária 1.176.471 0,8 0,41.11.5 - Infra-estruturas de apoio à actividade florestal 3.529.412 2,3 1,1

Total Eixo 1 151.176.470 100,0 46,8

Fonte: PRORURAL.

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Repartição financeira, por Medida e Acção – Eixo 2(Preços correntes, em euros, para a totalidade do período, incluindo compromissos

transitados)

Designação Despesa Pública

Peso no Eixo

(%)

Peso no Programa

(%)Eixo 2 - Melhoria do ambiente e da paisagem rural

2.1 - Manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas 69.411.765 51,3 21,52.2 - Pagamentos agro-ambientais e Natura 2000 51.764.706 38,3 16,02.2.1 - Promoção de modos de produção sustentáveis 48.908.235 36,1 15,12.2.2 - Protecção da biodiversidade e dos valores naturais e paisagísticos 1.680.000 1,2 0,5

2.2.3 -Pagamentos Rede Natura 2000 1.176.471 0,9 0,42.3 - Apoio a Investimentos não produtivos 1.176.471 0,9 0,42.4 - Gestão do espaço florestal 12.941.176 9,6 4,02.4.1 - Investimentos para utilização sustentável das terras florestais 11.156.735 8,2 3,5

Apoio à primeira florestação de terras agrícolas 10.688.235 7,9 3,3Apoio à primeira implantação de sistemas agro-

florestais em terras agrícolas 160.000 0,1 0,0Apoio à primeira florestação de terras não

agrícolas 308.500 0,2 0,12.4.2 - Valorização da utilização sustentável das terras florestais 1.784.441 1,3 0,6

Pagamentos Rede Natura 2000 1.176.471 0,9 0,4Pagamentos silvo-ambientais 212.500 0,2 0,1Apoio ao restabelecimento do potencial silvícola

e à introdução de medidas de prevenção 219.000 0,2 0,1Investimentos não produtivos 176.471 0,1 0,1

Total Eixo 2 135.294.118 100,0 41,9

Repartição financeira, por Medida e Acção – Eixo 3(Preços correntes, em euros, para a totalidade do período, incluindo compromissos

transitados)

Designação Despesa Pública

Peso no Eixo (%)

Peso no Programa

(%)Eixo 3 - Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia rural

3.1 - Diversificação da economia e criação de emprego em meio rural (LEADER)

Eixo 43.1.1 - Diversificação das explorações para actividades não agrícolas 3.1.2 - Criação e desenvolvimento de micro-empresas 3.1.3 - Incentivo a actividades turísticas e de lazer no espaço rural 3.2 - Melhoria da qualidade de vida nas zonas 10.262.21 100,0 3,2

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

rurais 63.2.1 - Serviços básicos para a economia e população rurais 4.739.864 46,2 1,5

LEADER Eixo 4Investimentos SRAF 4.379.864 42,7 1,4

3.2.2 - Conservação e valorização do património rural 5.882.353 57,3 1,8Investimentos SRAF 5.882.353 57,3 1,8

3.3 - Formação e informação (LEADER) Eixo 4Total Eixo 3 (sem LEADER) 10.262.21

6 100,0 3,2

Repartição financeira, por Medida e Acção(Preços correntes, em euros, para a totalidade do período, incluindo compromissos

transitados)

Designação Despesa Pública

Peso no Eixo (%)

Peso no Programa

(%)Eixo 4 - LEADER  

4.1 - Execução de estratégias locais de desenvolvimento com vista a atingir os objectivos definidos no Eixo 3

17.203.393 78,1 5,3

Diversificação da economia e criação de emprego em meio rural 7.176.471 32,6 2,2

Diversificação das explorações para actividades não agrícolas 1.411.765 6,4 0,4

Criação e desenvolvimento de micro-empresas 3.647.059 16,6 1,1Incentivo a actividades turísticas e de lazer no espaço

rural 2.117.647 9,6 0,7Melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais (LEADER) 9.321.040 42,3 2,9Serviços básicos para a economia e população rurais 3.778.167 17,2 1,2Conservação e valorização do património rural 5.542.873 25,2 1,7Formação e informação 705.882 3,2 0,2

4.2 - Cooperação LEADER envolvendo os objectivos definidos no Eixo 3 941.176 4,3 0,34.2.1 - Cooperação interterritorial 705.882 3,2 0,24.2.2 - Cooperação transnacional 235.294 1,1 0,14.3 - Funcionamento dos GAL, aquisição de competências e animação dos territórios 3.882.353 17,6 1,2

Funcionamento dos GAL (incluindo formação dos técnicos da EAT) 3.529.412 16,0 1,1

Desenvolvimento de competências e animação nas zonas rurais (não incluindo formação dos técnicos das EAT dos GAL)

352.941 1,6 0,1

Total Eixo 4 22.026.922 100,0 6,8Assistência Técnica  

5 - Assistência Técnica 4.131.655 1,3Total PRORURAL 322.891.381

234

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

ANEXO II. REGULAMENTOS E NORMAS DE PROCEDIMENTOS DO PRORURAL

Disposições Legislativas

Diploma Data Objecto

Decreto-Lei n.º 2/2008

04/01/2008

Modelo de Governação dos instrumentos de programação do desenvolvimento rural para o período 2007-2013.

Decreto-lei n.º 37-A/2008

05/03/2008

Regras Gerais de aplicação dos programas de desenvolvimento rural.

Decreto-Lei nº 66/2009 20/03/2009

Ajustamentos no modelo de gestão e nas regras gerais de aplicação do PRORURAL (alteração do Decreto-Lei n.º 2/2008, de 4 de Janeiro e do Decreto-Lei n.º 37-A/2008, de 8 de Março).

Disposições Regulamentares

Diploma Data ObjectoResolução de Conselho de Governo n.º 34/2008 05/03/2008 Determina a composição do Comité de

Acompanhamento do PRORURALResolução de Conselho de Governo n.º 35/2008 05/03/2008

Define a Autoridade de Gestão do PRORURAL e a composição da Unidade de Gestão.

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Regulamento Especifico Nº

Data de Publicaç

ãoÂmbito

Medida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas

Portaria n.º

23/2007Portaria

n.º 26/2008

26/04/2007

18/03/2008

Aprova o regulamento de aplicação da Medida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, do Eixo 2, do PRORURAL

Medida 2.2 - Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000

Portaria n.º

23/2007Portaria

n.º 25/2008

26/04/2007

17/03/2008

Aprova o regulamento de aplicação da Medida 2.2 - Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000, do Eixo 2, do PRORURAL

Medida 1.5 - Modernização das Explorações Agrícolas

Portaria n.º

36/200809/05/200

8

Aprova o regulamento de aplicação da Medida 1.5 - Modernização das Explorações Agrícolas, do Eixo 1,do PRORURAL

Medida 1.2 - Instalação de Jovens Agricultores

Portaria n.º

38/200813/05/200

8Aprova o regulamento de aplicação da Medida 1.3 - Reforma Antecipada, do Eixo 1, do PRORURAL

Medida 4.1 – Execução de Estratégias de Desenvolvimento LocalMedida 4.3 – Funcionamento dos GAL, Aquisição de Competências e Animação dos Territórios

Portaria n.º

66/200808/08/200

8

Estabelece o regime de aplicação das Medidas 4.1 – Execução de Estratégias de Desenvolvimento Local e 4.3 – Funcionamento dos GAL, Aquisição de Competências e Animação dos Territórios, do PRORURAL

Medida 1.6 – Melhoria do Valor Económico das Florestas

Portaria n.º

69/200812/08/200

8Aprova o regulamento de aplicação da Medida1.6 – Melhoria do Valor Económico das Florestas, do Eixo 1, do PRORURAL

Medida 1.7 – Aumento do Valor dos Produtos Agrícolas e Florestais

Portaria n.º

78/200819/09/200

8

Aprova o regulamento de aplicação da Medida1.7 – Aumento do Valor do Produtos Agrícolas e Florestais, do Eixo 1, do PRORURAL

Medida 1.11 – Melhoria e Desenvolvimento de Infra--estruturas

Portaria n.º 87/2008

04/11/2008

Aprova o regulamento de aplicação da Medida1.11 – Melhoria e Desenvolvimento de Infra-estruturas, do Eixo 1, do PRORURAL

Medida 3.1 – Diversificação da Economia e criação de emprego em meio rural 3.2 – Melhoria da Qualidade de Vida nas Zonas Rurais

Portaria nº 21/2009

24/03/2009

Aprova o regulamento de aplicação da Medida 3.1 – Diversificação da Economia e criação de emprego em meio rural e 3.2 – Melhoria da Qualidade de Vida nas Zonas Rurais, do PRORURAL

Medida 2.4 – Gestão do espaço Florestal

Portaria n.º 38/2009

18/052009

Aprova o Regulamento de aplicação dos “Pagamentos Natura 2000 em terras florestais” e dos “Pagamentos silvo-

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ambientais”, da Acção 2.4.2 “Valorização da utilização sustentável das terras florestais”, da Medida 2.4 “Gestão do Espaço o Florestal”, do Eixo 2 “Melhoria do Ambiente e da Paisagem Rural, do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores 2007-2013, abreviadamente designado por PRORURAL.

Medida 2.4 – Gestão do espaço Florestal

Portaria nº 20/2009

23/03/2009

Aprova o Regulamento do “Apoio à primeira florestação de terras agrícolas” e do “Apoio à primeira florestação de terras não agrícolas”, da Acção 2.4.1 “Investimentos para utilização sustentável das terras florestais”, da Medida 2.4: “Gestão do Espaço Florestal”, do Eixo 2: “Melhoria do Ambiente e da Paisagem Rural, do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores 2007-2013-PRORURAL.

Normas Transversais Nº Norma

Análise dos Pedidos 1/2008

Análise dos Pedidos 2/2008

Decisão dos Pedidos 3/2008

Gestão Documental 4/2008Gestão de Acessos ao Sistema de Informação 5/2008

Pré-contratação 6/2008

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

Medida Normas de Procedimento para as Medidas Nº Norma

Versão

Data aprovaçã

oMedida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em

Zonas DesfavorecidasMedida 2.2 – Pagamentos Agro-Ambientais e

Natura 2000Normas de Recepção de Pedidos de Apoio 1/2008 1 02-04-

2008

Medida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas

Medida 2.2 – Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000

Normas de Controlo Documental de candidaturas/pedidos de ajuda

POSEI/PDRu-Açores/PRORURAL2/2008 1 25-07-

2008

Medida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas

Medida 2.2 – Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000

Normas de Controlo Administrativo de Superfícies 3/2008 2 02-09-2008

Medida 2.2 – Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000 Normas de Controlo Administrativo de Animais 4/2008 1 18-07-

2008

Medida 2.2 – Agro AmbientaisNormas de Apuramento Medidas Agro-ambientais -

Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária – Compromissos Transitados

5/2008 1 16-09-2008

Medida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas

Normas de Apuramento da Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas 6/2008 1 19-09-

2008Medida 2.2 – Pagamentos Agro-Ambientais e

Natura 2000Normas de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais -

Manutenção da Extensificação da Produção Pecuária – Novos Compromissos

7/2008 1 23-09-2008

Medida 2.1 - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas Normas de selecção para Controlo no Local 8/2008 1 24-09-

2008Medida 2.2 – Pagamentos Agro-Ambientais e Natura 2000

Medida 1.3 – Reforma AntecipadaNorma para Apresentação, Recepção, Controlo Administrativo (Análise), Decisão, Homologação e Contratação do Pedido de

Apoio9/2008 2 23/10/2008

Medida 1. 5 - Modernização das Explorações Agrícolas

Norma para Apresentação, Recepção, Controlo Administrativo (Análise), Decisão, Homologação e Contratação do Pedido de 10/2008 2 23/10/2008

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Apoio

Medida 1. 2 - Instalação de Jovens AgricultoresNorma para Apresentação, Recepção, Controlo Administrativo (Análise), Decisão, Homologação e Contratação do Pedido de

Apoio11/2008 2 23/10/2008

Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Medidas Agro-ambientais - Curraletas Vinha - Compromissos Transitados 12/2008 1 17-10-

2008(continua)

240

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AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO C CONTÍNUAONTÍNUA DODO

(cont.)

Medida Normas de Procedimento para as Medidas Nº Norma

Versão

Data aprovaçã

oMedida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Medidas Agro-ambientais - - Sebes

Vivas - Compromissos Transitados 13/2008 1 21-10-2008

Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Pomares Tradicionais - Novos Compromissos 14/2008 1 16-10-

2008Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Medidas Agro-ambientais - Ramo

Grande - Compromissos Transitados 15/2008 1 -

Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Agricultura Biológica - Novos Compromissos 16/2008 1 -

Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Curraletas Vinha - Novos Compromissos 17/2008 1 23-09-

2008Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Sebes

Vivas - Novos Compromissos 18/2008 1 20-10-2008

Medida 2.2 - Agro Ambientais Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Ramo Grande - Novos Compromissos 19/2008 1 -

Medida 2.2 (Agro Ambientais) Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Protecção Lagoas - Novos Compromissos 20/2008 1 -

Medida 2.2 (Agro Ambientais) Norma de Apuramento Pagamentos Agro-ambientais - Pagamentos Natura - Novos Compromissos 21/2008 1 -

Medida 2.2 (Agro Ambientais) Norma de Apuramento - Retirada Terras P. Lagoas 22/2008 1 -Medida 1.6 – Melhoria do Valor Económico das Florestas

Norma para Apresentação, Recepção, Controlo Administrativo (Análise), Decisão, Homologação e Contratação do Pedido de

Apoio23/2008 1 16-10-

2008

Medida 1.11 – Melhoria e Desenvolvimento de Infra-estruturas

Norma para Apresentação, Recepção, Controlo Administrativo (Análise), Decisão, Homologação e Contratação do Pedido de

Apoio24/2008 1 16-10-

2008

Orientações GAL

N.º da Orientação Objecto DataOrientação n.º 1 Orientações para a Elaboração da Estratégia Local de 08/08/2008

241

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DesenvolvimentoOrientação n.º 2 Orientação sobre Conta Bancária Especifica 11/11/2008

242

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ANEXO III – CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO - MÓDULOS DO SISTEMA

Módulos do SI Conteúdos

Pedidos de Apoio/pagamento

Disponível ao público em geral, tem como principal função, submeter candidaturas “On-Line”. No preenchimento das candidaturas, são efectuados cruzamentos administrativos de baixo nível com vista ao correcto preenchimento dos formulários, disponibilizada informação da base de dados do IB – Identificação do Beneficiário, do Parcelário para selecção das parcelas do proponente, com alertas, automatismos e validação de informação complementar quando necessário, tipologias de investimento previamente carregadas pelos OIG’s – Organismos Intermédios de Gestão, entre outras tabelas auxiliares.O site público é actualizado pelo site privado com informação relativamente ao estado em que se encontram as diversas candidaturas submetidas.Distribuição para análise por cada organismo intermédio de gestão.

Análise

Neste módulo ocorre o enquadramento da candidatura no âmbito da Medidas à qual o projecto se propõe, através da verificação de parâmetros técnicos, financeiros ou outros. Em consequência da análise advém a emissão do relatório de análise, que conterá os dados relevantes à fundamentação da decisão.

Acompanhamento dos projectos

A decisão favorável sobre o processo dá lugar à contratação. O sistema permite a emissão do contrato, contendo todas as cláusulas técnicas e financeiras.A execução do projecto consiste no registo dos pedidos de pagamento apresentados pelo promotor:Os Organismos Intermédios de Gestão (OIG) analisam e validam os documentos de despesa e submetem as despesas validadas para autorização de pagamento do Gestor.O organismo pagador efectua os pagamentos aos beneficiários de acordo com as ordens de pagamento comunicadas pelo Gestor.É emitido um relatório de término do projecto.

Controlo

Os controlos in loco incluem a selecção dos projectos a controlar e o registo dos resultados das acções de controlo. Estão definidos quatro tipos de controlo, de acordo com a tipologia de medidas/Acções e operações em causa.O sistema emite o relatório de controlo e após a acção de controlo, é registado no sistema. O resultado do controlo poderá dar origem a um processo de irregularidades.

Gestão FinanceiraO sistema de informação está ligado ao Sistema do IFAP, I.P.. A transmissão da informação é efectuada através do envio de ficheiros técnicos e financeiros, definidos em conjunto com o Organismo Pagador.

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Indicadores e relatórios

estatísticos

Potencialmente, o Sistema de Informação consegue devolver dados e produzir indicadores desde que inseridos através dos formulários de candidatura e analisados pelo modelo de análise, respectivamente.

Fonte: Descrição do Sistema de Informação do PRORURAL, (SRAF/DRACA, Fevereiro de 2008).

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