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Linda Irene Pereira CCDR LVT Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Regional e Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo Virtualidades e constrangimentos na fase de seguimento Conferência comemorativa Avaliação Ambiental Estratégica Uma década depois: desafios e oportunidades Alfragide, Dezembro 2017

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Page 1: Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Regional e ...€¦ · Avaliação Ambiental Integrada O DL 232/2007 determinou que planos e programas com efeitos no ambiente estão sujeitos

Linda Irene Pereira

CCDR LVT

Avaliação Ambiental Estratégica do Plano

Regional e Ordenamento do Território do

Oeste e Vale do Tejo – Virtualidades e

constrangimentos na fase de seguimento

Conferência comemorativa

Avaliação Ambiental Estratégica

Uma década depois: desafios e oportunidades

Alfragide, Dezembro 2017

Page 2: Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Regional e ...€¦ · Avaliação Ambiental Integrada O DL 232/2007 determinou que planos e programas com efeitos no ambiente estão sujeitos

1. Avaliação Ambiental Integrada

2. Objetivos e metodologia da avaliação e

controle ambiental do PROT OVT

3. Conclusões da Avaliação e Controle

Ambiental do PROT OVT

4. Virtualidades e constrangimentos na fase

de seguimento da AAE

Page 3: Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Regional e ...€¦ · Avaliação Ambiental Integrada O DL 232/2007 determinou que planos e programas com efeitos no ambiente estão sujeitos

Avaliação Ambiental Integrada

O DL 232/2007 determinou que planos e programas com

efeitos no ambiente estão sujeitos a Avaliação Ambiental

Estratégica

O PROT OVT foi o primeiro a desenvolver um exercício

de avaliação ambiental

AAE proporcionou:

1. Integração das questões da sustentabilidade no processo de decisão estratégica

2. Avaliação das opções estratégicas relativamente a oportunidades e riscos para o ambiente

Declaração AmbientalSeguimento

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Avaliação Ambiental Integrada

Page 5: Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Regional e ...€¦ · Avaliação Ambiental Integrada O DL 232/2007 determinou que planos e programas com efeitos no ambiente estão sujeitos

Objetivos e Metodologia da Avaliação e

Controlo Ambiental

Objetivos do Programa de Seguimento do PROT OVT:

1. Monitorizar e pós-avaliar de forma documentada os efeitos do

PROT no ambiente;

2. Verificar se os efeitos produzidos pelo plano são os que foram

previstos;

3. Criar condições para a adoção de medidas de mitigação ou de

correção adicionais às que estão previstas na Declaração

Ambiental.

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Objetivos e Metodologia da Avaliação e

Controlo Ambiental

Metodologia adotada no Programa de Seguimento do PROT OVT:

1. Verificação da eficácia e operacionalidade do quadro de

governança para a ação e proposta de ajustamento

2. Consulta às entidades identificadas no quadro de governança para

a ação com o objetivo de avaliar se as suas responsabilidades na

AAE se mantêm atuais

3. Identificação das principais alterações ao Quadro de Referência

Estratégico e às Questões Estratégicas que estiveram na base da

elaboração da AAE do PROT OVT

4. Verificação das diretrizes constantes do Relatório e Declaração

Ambiental

Page 7: Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Regional e ...€¦ · Avaliação Ambiental Integrada O DL 232/2007 determinou que planos e programas com efeitos no ambiente estão sujeitos

Metodologia da Avaliação e Controlo

Ambiental

1 e 2, Verificação da eficácia e operacionalidade do quadro de governança

para a ação e proposta de ajustamento e Consulta às entidades

identificadas no quadro de governança para a ação

Entidades Ações

EMAG

PROT OVT

Manter o diálogo institucional com todas as entidades competentes no âmbito do

desenvolvimento do território

Controlar a extensão e dispersão dos aglomerados urbanos e da ocupação em

espaço rural

Incentivar à aplicação de modelos de ordenamento específicos para a relação

urbano-rural, modelos territoriais de mobilidade sustentável

Desenvolver estimativas de emissões de gases com efeito de estufa (CO2e) para

a Região a partir dos dados de referência disponibilizados pelas entidades

competentes (APA, DGEG, etc.)

APA

Manter atualizadas e disponíveis as metas de emissões de gases com efeito de

estufa (CO2e) no horizonte de 2020, bem como os resultados da monitorização

das medidas do Programa Nacional para as Alterações Climáticas

Manter actualizados os diagnósticos e as respectivas metas e objectivos

ambientais a diferentes prazos e escalas de planeamento

ARHManter atualizadas as perspetivas de proteção e valorização dos recursos hídricos

e das respectivas metas e objectivos a diferentes prazos

DRAFManter atualizadas as perspetivas de proteção e valorização do recurso solo e das

respectivas metas e objectivos a diferentes prazos

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Metodologia da Avaliação e Controlo

Ambiental

3, Identificação das principais alterações ao Quadro de Referência

Estratégico e às Questões Estratégicas que estiveram na base da

elaboração da AAE do PROT OVT

Questões Estratégicas

i) Novo Aeroporto Internacional no Campo de Tiro de Alcochete.

ii) Desenvolvimento turístico;

iii) Intensificação das atividades e produções verdes;

iv) Reforço da rede logística

v) Estruturação de uma rede urbana polinucleada.

Quadro de Referência estratégico

25 Planos, Programas e Estratégias considerados como referencial da

AAE do PROT, 19 foram entretanto alterados ou revistos

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Metodologia da Avaliação e Controlo

Ambiental

4. Verificação das diretrizes constantes do Relatório e Declaração

Ambiental

• 2012 - identificação do instrumento de avaliação para cada uma das

diretrizes (anexo 4 do 2.º Relatório de Monitorização do PROT

OVT)

• 2013 - simplificação do extenso número de diretrizes, tendo por

referência as oportunidades e riscos por fator crítico para a decisão

(Anexos 5 e 6 do 3.º Relatório de Monitorização e Avaliação do

PROT OVT).

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Metodologia da Avaliação e Controlo

Ambiental

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Metodologia da Avaliação e Controlo

AmbientalDiretriz de Planeamento e Gestão Instrumento de avaliação

Ponto de situação

Entidades Responsáveis pelo

reporte de informação

Recursos Naturais e Culturais

1 DPG

Adotar uma estratégia de dinamização cultural mais vasta, que aborde outras valências culturais para além do património edificado (e.g. identidade rural, relação com o Rio Tejo, valorização da qualidade da paisagem em particular ligadas a elevado valor ecológico)

PE - ERPVA/CNB- Ação 2 e

4

Em execução

CM, CIM, ICNF, DGPC,APA – ARH Tejo

PE - TLC Ação 2, 4, 5, 7, 8, 9, 12 e 13

2 DPGAssegurar a nível regional a implementação das medidas preconizadas no Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água

Indicadores 46

Em curso

APA, Concessionárias

Check list para o acompanhamento de projetos, Planos e Programas Setoriais

4 DPG

Assegurar a consolidação das áreas urbanas, evitando o novas expansões, otimizando o património construído e as edificações já existentes, designadamente para fins habitacionais, turísticos, de equipamentos e de serviços

Check list para o acompanhamento dos PMOTIndicadores 52, 53 e 59

Em curso

CCDR

INE, Portal da Habitação, DGOTDU

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Metodologia da Avaliação e Controlo

Ambiental

4. Verificação das diretrizes constantes do Relatório e Declaração

Ambiental

• 2014 - Verificação de correspondência com as ações do Programa

de Execução do PROT- cuja concretização contribui para a

aplicação da diretriz de seguimento. A leitura dos indicadores de

monitorização por fator crítico foi complementada com o resultado

deste exercício.

• Atualização dos indicadores de monitorização e apreciação dos

resultados por fator crítico para a decisão: Recursos Naturais e

Culturais; Energia; Qualidade do Ambiente; Potencial Humano;

Acessibilidade e Mobilidade; Desenvolvimento Rural / Relação

Urbano – Rural; e Fragmentação Territorial.

• 2015 – Atualização do Quadro de Referência Estratégico: Fichas de

Síntese das Políticas Públicas de Âmbito Nacional com incidência

na RLVT; Atualização e apreciação da informação dos indicadores

por FCD

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Conclusões da Avaliação e Controlo

Ambiental

• Dinâmica favorável da reabilitação urbana face à construção nova,

e da aposta em empreendimentos turísticos do tipo Turismo no

Espaço Rural (TER), ou estabelecimentos hoteleiros em solo

urbano em detrimento de empreendimentos turísticos do tipo

Resort.

• Baixos níveis de execução na área dos transportes e mobilidade e

os resultados pouco favoráveis em indicadores de competitividade e

de envelhecimento da população com níveis preocupantes no

Médio Tejo.

• Bons resultados na área das energias renováveis e na valorização

de resíduos, mantém-se níveis elevados de perdas reais de água

sobretudo nos sistemas em baixa.

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Conclusões da Avaliação e Controlo

Ambiental

Deverão ser revistas as oportunidades e potenciais riscos apontados

pela AAE, designadamente:

• o potencial aumento da dispersão do edificado, da artificialização

do solo e do consumo de recursos em consequência da

concretização das novas infraestruturas de internacionalização

• A dinâmica turística, verificada através da monitorização do limiar

da capacidade de alojamento, que tem revelado maior investimento

em empreendimentos de Turismo no Espaço Rural (casas de

campo, hotéis rurais) e Estabelecimentos Hoteleiros em solo

urbano, do que em empreendimentos do tipo resort,

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Virtualidades e Constrangimentos na fase

de seguimento da AAE

Virtualidades da monitorização e avaliação do PROT OVT

A avaliação e controle ambiental é um processo continuo que

implica um trabalho sistemático de várias entidades

A criação e funcionamento da EMAG é uma virtualidade do

PROT OVT que permitiu organizar e desenvolver esse trabalho

Requisitos legais para a fase de seguimento: avaliação e

controle através de relatórios anuais.

Guia de Melhores Práticas em AAE – as atividades de

seguimento devem estar ancoradas em mecanismos existentes

de monitorização e avaliação, para estabelecer ligações

sistemáticas e efetivas entre a AAE e o processo de

decisão

Monitorização Global do PROT OVT, com o propósito do

controlo sistemático do desempenho e conformidade dos

resultados. Elaboração anual de relatórios de Monitorização e

Avaliação do PROT OVT

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Virtualidades e Constrangimentos na fase

de seguimento da AAE

Constrangimentos na monitorização e avaliação do PROT OVT

A abrangência e elevado nível de abstração de um plano desta

natureza;

Elevado nº de entidades envolvidas (para além da entidade

responsável pelo processo de planeamento e seguimento) e

défice de processos decisórios;

A dificuldade em estabelecer relações causais entre as

disposições do plano estratégico e os efeitos ambientais;

1.º PROT a proceder à AAE e a desenvolver a fase de seguimento

(não existe experiência na condução destes processos e na

obtenção de resultados);

Declaração Ambiental com n.º de diretrizes de seguimento

demasiado extenso.

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Virtualidades e Constrangimentos na fase

de seguimento da AAE

Considerações finais

É fundamental efetuar o seguimento da estratégia e detetar

mudanças de contexto e corrigir trajetórias

A avaliação e controle ambiental do PROT OVT já evidenciou

algumas alterações de contexto, que devem ser consideradas no

processo de recondução do PROT a Programa Regional

É fundamental contenção na definição de indicadores e diretrizes

de seguimento, com indicação dos instrumento a adotar no

seguimento.

Trata-se de um processo recente, não existe prática sistemática

em Portugal. É premente partilhar e divulgar experiências e

práticas de avaliação.

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Obrigada!