avaliação-teoria-2-e-3

6
DISCIPLINA TEORIA DA LITERATURA b PROFESSOR Luiz Prado DATA DA PROVA TURMA 2º e 3º períodos CÓDIGO DA TURMA TIPO DE PROVA ALUNO MATRÍCULA SALA As questões de 1 a 6 valem 1,0. A questão 7 vale 4,0 pontos. QUESTÕES 1. A questão a seguir refere-se ao texto de Manuel Bandeira: João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barraco sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.” (Libertinagem, de Manuel Bandeira) Quanto à estrutura, o texto classifica-se como: A. Poema descritivo B. Romance C. Conto D. Novela E. Narração estruturada em poema. 2.Na obra Caminhos da Literatura Infantil, Joana Cavalcanti afirma que “a literatura é uma grande metáfora da vida e do homem.” (CAVALCANTI, 2002, P.12). A partir dessa frase pode-se afirmar que a Literatura: A. é menos importante que o mundo real B. é mais importante que o mundo real C. é cópia fiel do mundo real D. mantém certo vínculo com o real, mas cria sua própria realidade

Upload: fabiana-santos

Post on 11-Feb-2016

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

TEORIA

TRANSCRIPT

Page 1: avaliação-teoria-2-e-3

DISCIPLINA TEORIA DA LITERATURA b

PROFESSOR Luiz PradoDATA DA PROVA

TURMA 2º e 3º períodos

CÓDIGO DA TURMA

TIPO DE PROVA

ALUNO

MATRÍCULA SALA

As questões de 1 a 6 valem 1,0. A questão 7 vale 4,0 pontos.

QUESTÕES

1. A questão a seguir refere-se ao texto de Manuel Bandeira:

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barraco sem númeroUma noite ele chegou no bar Vinte de NovembroBebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.”(Libertinagem, de Manuel Bandeira)

Quanto à estrutura, o texto classifica-se como:A. Poema descritivoB. Romance C. Conto D. Novela E. Narração estruturada em poema.

2.Na obra Caminhos da Literatura Infantil, Joana Cavalcanti afirma que “a literatura é uma grande metáfora da vida e do homem.”

(CAVALCANTI, 2002, P.12). A partir dessa frase pode-se afirmar que a Literatura:

A. é menos importante que o mundo real B. é mais importante que o mundo real

C. é cópia fiel do mundo real

D. mantém certo vínculo com o real, mas cria sua própria realidade

E. não mantém vínculo algum com o real

3. A próxima questão refere-se ao texto abaixo:

“- E você sobe em árvore feito um menino.

Page 2: avaliação-teoria-2-e-3

- Viu só? Ele acha você parecida com um menino. Homem não gosta disso. Agora ele fica pensando que você é um moleque igual a ele e vai levar uma goiaba de presente para aquela menininha bem arrumada e penteada que está esperando quieta na calçada... Finge que se machuca, sua boca, assim ele te ajuda. Chora um pouco, para ele cuidar você...” (p.34).

(MACHADO, Ana Maria. Bisa Bia, Bisa Bel. Rio de Janeiro:Salamandra, 1985).

O trecho acima traz à tona:

A. Valores sociais feministas B. Valores presentes apenas nos séculos passados

C. Discurso que luta pela igualdade dos sexos

D. Luta pela ascensão da mulher

E. Valores patriarcalistas

4.Otto Maria Carpeaux assegura que homens de diferentes épocas “seriam mudos e por consequências esquecidos se certos entre eles não tivessem o dom da expressão artística, realizando-se em obras que ficam” (CARPEAUX, 1978, P.62).

CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1978.

O trecho, entre outros tópicos, destaca que característica das obras de arte?

A. intermitênciaB. O caráter finito

C. metáfora

D. fechamento

E. Eternidade

5. Leia o texto:

A boca

Adélia Prado.

Se olho atentamente a erva no pedregulho

Uma voz me admoesta: mulher! mulher!

como se me dissesse: Moisés! Moisés!

Tenho uma missão tão grave sobre os ombros

E quero só vadiar.

Um nome para mim seria A BOCA

Ou A SARÇA ARDENTE E A MULHER CONFUSA

Ou ainda e melhor A BOCA GRAVE.

Page 3: avaliação-teoria-2-e-3

Gosto tanto de feijão com arroz !

Meu pai e minha mãe que se privaram

Da metade do prato para me engordar

Sofreram menos que eu.

Pecaram exatos pecados,

Voz nenhuma os perseguiu.

Quantos sacos de arroz já consumi?

Ó Deus, cujo Reino é um festim,

A mesa dissoluta me seduz,

Tem piedade de mim.

PRADO, Adélia. Poesia Reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.

No texto, a passagem: “Uma voz me admoesta: ‘Mulher, mulher’ ” elucida um dos discursos mais presentes na literatura contemporânea.

Qual?

A. Paternalista B. Maniqueísta

C. Conservador

D. Patriarcalista

E. Feminista

6.Leia o texto:

Otto Maia Carpeaux assegura que os homens de diferentes épocas “seriam mudos e por consequência esquecidos se certos entre eles não tiveram o dom da expressão artística, realizando-se em obras que ficam” (CARPEAUX, 1978, p.62).

CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1978.

O trecho destaca:

A. A importância da história B. A importância dos homens

C. A importância das bibliotecas

D. A história da literatura

E. A importância do artista

Page 4: avaliação-teoria-2-e-3

7. A partir dos poemas abaixo e dos pressupostos da Teoria Literária, construa um pequeno texto, de 10 a 15 linhas, no qual você “interprete” e correlacione os poemas abaixo, destacando tanto o momento da criação e os conceitos de arte literária, presente nos mesmas enquanto marcador principal de uma ideologia artística, quanto a afirmação: “O texto literário estabelece uma nova ordem, mas não rompe totalmente com a ordem real que lhe dá origem, ficando assim uma ponte estabelecida com o ‘real’.A literatura é uma grande metáfora da vida e do homem” (CAVALCANTI, 2002, p.12). (Valor; 5,0)

Textos de apoio (poemas):

MotivoCecília Meireles

Eu canto porque o instante existee a minha vida está completa.Não sou alegre nem sou triste:sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e diasno vento.

Se desmorono ou se edifico,se permaneço ou me desfaço,— não sei, não sei. Não sei se ficoou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.Tem sangue eterno a asa ritmada.E um dia sei que estarei mudo:— mais nada.

AUTOPSICOGRAFIA Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.

Referências:

BERARDINELLI, Cleonice. Fernando Pessoa- Antologia Poética. São Paulo, Editora: Casa da Palavra, 2006.

Page 5: avaliação-teoria-2-e-3

CAVALCANTI, Joana. Caminhos da literatura infantil e juvenil: dinâmicas e vivências na ação pedagógica. São Paulo: Paulus, 2002.

MEIRELES, Cecília. Cânticos. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1974.

MEIRELES, C. Os melhores poemas de Cecília Meireles. São Paulo: Global, 1994.

MORAIS, Vinicius de. Poemas esparsos. São Paulo . Companhia das Letras .2008

NIETZSCHE, F. Obras incompletas. São Paulo: Nova Cultural, 1999.