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Figura 1 - Títulos sorológicos - Kit A Figura 2 - Títulos sorológicos - Kit B Todos os tratamentos demonstraram um aumento nos títulos sorológicos da 4ª para a 8ª semana após a primeira vacinação (2). Este comportamento de soroconversão indica que para uma melhor monitoria dos títulos vacinais a coleta não deveria ser realizada antes de 4 semanas após a vacinação. Além disso, foi possível observar diferença entre os níveis detectados de anticorpos entre os diferentes kits de ELISA. Embora tenha havido diferença no nível de anticorpos, ambos foram eficazes na detecção da resposta vacinal (3). Porém no dia dia do veterinário, faz-se necessário conhecer a curva de cada kit para uma melhor interpretação dos resultados de campo CONCLUSÃO O estudo foi eficaz em determinar a resposta normal esperada de aves vacinadas para EA, o que serve de parâmetro para interpretação sorológica. BIBLIOGRAFIA 1. Calnek BW, Taylor PJ, Sevoian M. Avian Diseases 1961; 5:297-312 2. Shafren DR, Tannock GA, Groves PJ. Australian Veterinary Journal 1992; 69:272-275 3. Schaaf K. Avian Diseases 1958; 3: 279-289 INTRODUÇÃO A Encefalomielite Aviária (EA) é uma doença infecciosa viral das aves causada por um picornavírus, não envelopado, resistente à variação de pH, o que favorece a sua presença permanente nos ambientes de criação de aves. As estirpes virais são enterotrópicas e neurotrópicas, levando à viremia, o que explica sua importância econômica, clinicamente associada à ataxia, paralisia, tremores e mortalidade de aves jovens e queda de produção e eclosão nas aves adultas. A vacinação para EA é um bom exemplo de sucesso na imunização, pois a vacina comercial tem sido altamente eficiente para controlar a doença desde seu desenvolvimento na década de 60 (1). No entanto, ainda hoje, mesmo com a eficácia das vacinas comerciais, tem-se observado problemas associados com a doença em pintinhos nas primeiras quatro semanas de idade, ou por queda na produção de ovos em plantéis comerciais, particularmente decorrentes de falhas nos processos de vacinação. O objetivo deste estudo foi o de avaliar diferentes protocolos de vacinação bem como diferentes vias de administração da vacina contra a EA. MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização deste estudo foram utilizadas 80 aves Leghorn SPF criadas no aviário experimental do CAPEV em Amparo/SP. As aves foram manejadas e arraçoadas com procedimentos padrão, de acordo com orientação técnica da linhagem. Os tratamentos foram mantidos em boxes separados e identificados com cuidados para não haver contaminação cruzada entre os grupos. Pró-pés, avental e higiene das mãos eram realizadas antes de cada manejo. A vacinação da primeira dose foi realizada na 10ª semana de idade e no grupo com a 2ª dose o reforço foi realizado com 12 semanas. Coletas de 20 amostras de sangue foram realizadas na 4ª e 8ª semana após a primeira dose de vacina (2). Os tratamentos seguiram a distribuição: T1 – dose única de Provac AE na água de bebida, T2 – dose única da Vacina B na água de bebida, T3 – dose única de Provac AE via ocular e T4 – duas doses de Provac AE via água de bebida. As mesmas amostras coletadas foram analisadas tanto pelo kit IDEXX quanto BIOCHEK para determinação da curva sorológica. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da sorologia utilizando diferentes kits de diagnósticos encontram-se nas Figuras 1 e 2. AVALIAÇÃO SOROLÓGICA DA RESPOSTA VACINAL CONTRA ENCEFALOMIELITE EM DIFERENTES PROTOCOLOS E VIAS DE APLICAÇÃO MS Resende *1 , EC Muniz 1 , R Verdi 1 , DK Filho 1 , A Agostinetto 1 , IL Santos 2 1 Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda – São Paulo/Brasil 2 Centro de Amparo a Pesquisa Veterinária – Amparo/Brasil Copyright Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda. Todos os direitos reservados. Material produzido Abril/2017.

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Figura 1 - Títulos sorológicos - Kit A

Figura 2 - Títulos sorológicos - Kit B

Todos os tratamentos demonstraram um aumento nos títulos sorológicos da 4ª para a 8ª semana após a primeira vacinação (2). Este comportamento de soroconversão indica que para uma melhor monitoria dos títulos vacinais a coleta não deveria ser realizada antes de 4 semanas após a vacinação. Além disso, foi possível observar diferença entre os níveis detectados de anticorpos entre os diferentes kits de ELISA. Embora tenha havido diferença no nível de anticorpos, ambos foram eficazes na detecção da resposta vacinal (3). Porém no dia dia do veterinário, faz-se necessário conhecer a curva de cada kit para uma melhor interpretação dos resultados de campo

CONCLUSÃOO estudo foi eficaz em determinar a resposta normal esperada de aves vacinadas para EA, o que serve de parâmetro para interpretação sorológica.

BIBLIOGRAFIA1. Calnek BW, Taylor PJ, Sevoian M. Avian Diseases 1961; 5:297-312

2. Shafren DR, Tannock GA, Groves PJ. Australian Veterinary Journal 1992; 69:272-275

3. Schaaf K. Avian Diseases 1958; 3: 279-289

INTRODUÇÃOA Encefalomielite Aviária (EA) é uma doença infecciosa viral das aves causada por um picornavírus, não envelopado, resistente à variação de pH, o que favorece a sua presença permanente nos ambientes de criação de aves. As estirpes virais são enterotrópicas e neurotrópicas, levando à viremia, o que explica sua importância econômica, clinicamente associada à ataxia, paralisia, tremores e mortalidade de aves jovens e queda de produção e eclosão nas aves adultas. A vacinação para EA é um bom exemplo de sucesso na imunização, pois a vacina comercial tem sido altamente eficiente para controlar a doença desde seu desenvolvimento na década de 60 (1). No entanto, ainda hoje, mesmo com a eficácia das vacinas comerciais, tem-se observado problemas associados com a doença em pintinhos nas primeiras quatro semanas de idade, ou por queda na produção de ovos em plantéis comerciais, particularmente decorrentes de falhas nos processos de vacinação. O objetivo deste estudo foi o de avaliar diferentes protocolos de vacinação bem como diferentes vias de administração da vacina contra a EA.

MATERIAIS E MÉTODOSPara a realização deste estudo foram utilizadas 80 aves Leghorn SPF criadas no aviário experimental do CAPEV em Amparo/SP. As aves foram manejadas e arraçoadas com procedimentos padrão, de acordo com orientação técnica da linhagem. Os tratamentos foram mantidos em boxes separados e identificados com cuidados para não haver contaminação cruzada entre os grupos. Pró-pés, avental e higiene das mãos eram realizadas antes de cada manejo. A vacinação da primeira dose foi realizada na 10ª semana de idade e no grupo com a 2ª dose o reforço foi realizado com 12 semanas. Coletas de 20 amostras de sangue foram realizadas na 4ª e 8ª semana após a primeira dose de vacina (2). Os tratamentos seguiram a distribuição: T1 – dose única de Provac AE na água de bebida, T2 – dose única da Vacina B na água de bebida, T3 – dose única de Provac AE via ocular e T4 – duas doses de Provac AE via água de bebida.

As mesmas amostras coletadas foram analisadas tanto pelo kit IDEXX quanto BIOCHEK para determinação da curva sorológica.

RESULTADOS E DISCUSSÃOOs resultados da sorologia utilizando diferentes kits de diagnósticos encontram-se nas Figuras 1 e 2.

AVALIAÇÃO SOROLÓGICA DA RESPOSTA VACINAL CONTRA ENCEFALOMIELITE EM DIFERENTES PROTOCOLOS E VIAS DE APLICAÇÃO

MS Resende *1, EC Muniz1, R Verdi1, DK Filho1, A Agostinetto1, IL Santos2

1Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda – São Paulo/Brasil2Centro de Amparo a Pesquisa Veterinária – Amparo/Brasil

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