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Universidade São Francisco Curso de Fisioterapia AVALIAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL REALIZADO PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2008

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Universidade São Francisco

Curso de Fisioterapia

AVALIAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL REALIZADO PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO

Bragança Paulista

2008

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Kleber Augusto dos Santos

Tatiana Zupardo Raymundo

AVALIAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL REALIZADO PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, sob a orientação da Profª Patrícia Teixeira Costa como exigência para conclusão do curso de graduação.

Bragança Paulista

2008

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RAYMUNDO, Tatiana Zupardo; SANTOS, Kleber Augusto dos. Avaliação do procedimento de aspiração endotraqueal pelos profissionais de saúde do Hospital Universitário São Francisco. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso.

Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, Bragança Paulista.

_______________________________________________________________ Prof.ª Patrícia Teixeira Costa USF – Orientadora Temática _______________________________________________________________ Prof.ª Rosimeire Simprini Padula USF – Orientadora Metodológica _______________________________________________________________ Prof.ª Milena Pelosi Rizk Sperling

USF – Banca Examinadora

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a Deus, pois

sem Ele, nada seria possível e não

estaríamos aqui reunidos, desfrutando,

juntos, destes momentos tão importantes.

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AGRADECIMENTOS

À nossa família, pela base sólida e força para encarar a vida de frente.

Aos nossos pais, por cumprir este papel magistralmente e pelo amor intenso.

À nossa orientadora professora Patrícia Teixeira Costa, uma das pessoas mais

belas, que acreditou no nosso trabalho, por todo o conhecimento passado e pela

excelente orientação.

Aos demais professores, que fizeram parte dessa jornada em sala de aula, na clínica

e nos corredores.

Aos nossos amigos, pelo incentivo que nos deram durante todo o trabalho, tanto

nesta pesquisa quanto no nosso cotidiano.

E, por fim, aos pacientes atendidos, pois só através de vocês foi possível nos

tornarmos Fisioterapeutas.

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“Os homens perdem a saúde para

juntar dinheiro, depois perdem o

dinheiro para recuperar a saúde. E, por

pensarem ansiosamente no futuro,

esquecem do presente de forma que

acabam por não viver nem no presente

nem no futuro. E vivem como se nunca

fossem morrer e morrem como se

nunca tivessem vivido.”

Dalai Lama

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RESUMO

Introdução: A aspiração endotraqueal é um recurso mecânico simples e importante na rotina hospitalar. É amplamente utilizado em pacientes em Unidade de Terapia Intensiva sob ventilação mecânica porém a não uniformidade de sua prática pode se tornar um problema para o paciente e a equipe. Objetivo: Avaliar os procedimentos de aspiração endotraqueal realizado pelos profissionais do Hospital Universitário São Francisco (HUSF). Método: Esta pesquisa foi realizada na Unidade de Terapia Intensiva Adulto, nas Enfermarias da Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Pronto Atendimento Adulto do HUSF no período entre 15 de fevereiro a 30 de junho de 2008. Foram entrevistados 95 profissionais que assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação na pesquisa. Empregou-se na coleta dos dados a aplicação de um Questionário sobre o procedimento de aspiração endotraqueal. Após a coleta, os dados foram analisados por meio de valores descritivos e absolutos e apresentados os resultados em gráficos e tabelas. Resultados: 79% dos profissionais entrevistados eram auxiliares de Enfermagem. Todos os profissionais lavavam as mãos antes do procedimento mas apenas 45,3% interromperam a dieta enteral do paciente. 94,7% utilizavam os materiais de proteção recomendados pela ANVISA. 95% utilizavam soro fisiológico com diluente no procedimento. Conclusão: A maior parte dos profissionais que realizam a aspiração endotraqueal neste serviço hospitalar são auxiliares de Enfermagem e nem sempre estão bem treinados tecnicamente para esse procedimento. Palavras-chave: pneumonia, ventilação mecânica, aspiração endotraqueal, hipoxemia, cuidados intensivos, Fisioterapia, Enfermagem.

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ABSTRACT

Introduction: The endotracheal aspiration is a simple mechanic assistance and it is very important for the hospital routine. It is largely applied to patients in the Intensive Care Unit under mechanical ventilation, but, the non-uniformity of its practice, may become a problem to the patient and the medical staff. Objective: Evaluate the endotracheal aspiration procedure performed by the professional staff from São Francisco University Hospital (HUSF). Method: This research was carried out in the Adult Intensive Care Unit, in the Infirmary of the Medical Clinic, Surgery Clinic and Adult Emergency Department of HUSF from February 15 to June 30 2008. 95 professionals were interviewed, and these signed a Free Permission Term to participate in the research. It was applied, for the collection of the data, a questionnaire about the endotracheal aspiration procedure. After collecting, the data was analised through descriptive and absolute figures and the result was showed in graphics and charts. Results: 79 % of the professional interviewed were nursing assistants. All professional washed their hands before the procedure, but only 45,3 % interrupted the enteral feeding of the pacient. 94,7% were wearing the protection material recommended by ANVISA. 95% used physiologic serum with a diluent in the procedure. Conclusion: The majority of the professional who perform the endotracheal aspiration in this hospital procedure are Nursing assistants and aren’t always tecnicaly well trained to this procedure. Keywords: pneumonia, mechanical ventilation, endotracheal aspiration, hypoxemia, intensive care, Physiotherapy, Nursing.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................13

2. OBJETIVOS..............................................................................................19

2.1. Objetivo Geral.............................................................................................19

2.2. Objetivo Específico.....................................................................................19

3. MÉTODO.......................................................................................................20

3.1. Desenho do Estudo....................................................................................20

3.2. Local do Estudo ........................................................................................20

3.3. Critérios de Inclusão..................................................................................20

3.4. Critérios de Exclusão.................................................................................20

3.5. Materiais....................................................................................................20

3.6. Procedimento.............................................................................................21

3.7. Análise de Dados.......................................................................................21

4. RESULTADOS.............................................................................................22

5. DISCUSSÃO................................................................................................40

6. CONCLUSÃO..............................................................................................44

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................45

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................46

ANEXOS..........................................................................................................49

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Número de profissionais que responderam o questionário sobre

aspiração endotraqueal .............................................................................................22

Gráfico 2. Idade dos profissionais do HUSF.............................................................23

Gráfico 3. Sexo dos profissionais do HUSF ............................................................24

Gráfico 4. Profissão dos profissionais do HUSF ......................................................25

Gráfico 5. Cidade de residência dos profissionais do HUSF ...................................27

Gráfico 6. Percentual de profissionais que lavam as mãos antes do procedimento

...................................................................................................................................28

Gráfico 7. Percentual de profissionais que explicam o procedimento ao paciente

...................................................................................................................................29

Gráfico 8. Percentual de profissionais que interrompem a dieta enteral do paciente

...................................................................................................................................30

Gráfico 9. Materiais de proteção utilizados pelos profissionais ..............................31

Gráfico 10. Seqüência de aspiração utilizada pelos profissionais .........................33

Gráfico 11. Tempo de desconexão utilizado pelos profissionais ...........................34

Gráfico 12. Utilização do ambu pelos profissionais ...............................................36

Gráfico 13. Percentual de profissionais que alteram a FiO2 do paciente ................37

Gráfico 14. Percentual de profissionais que utilizam parâmetros para tempo de

descanso entre cada aspiração endotraqueal .........................................................38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Local de trabalho dos profissionais do HUSF ...........................................26

Tabela 2. Escolha do calibre da sonda de aspiração traqueal .................................32

Tabela 3. Tipos de diluentes utilizados pelos profissionais .....................................35

Tabela 4. Cuidados gerais utilizados pelos profissionais ........................................39

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

FiO2 – Fração Inspirada de Oxigênio

HUSF – Hospital Universitário São Francisco

O2 – Oxigênio

PaO2 – Pressão Parcial de Oxigênio no Sangue Arterial

PEEP – Pressão Positiva Final Expiratória

SatO2 – Saturação Arterial de Oxigênio

TT – Tubo Traqueal

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

VM – Ventilação Mecânica

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1. INTRODUÇÃO

Os mecanismos de defesa das vias aéreas superiores até a árvore brônquica

incluem pêlos, mucosas altamente vascularizadas e revestidas com epitélio ciliar e

um manto mucoso que aprisiona as partículas inaladas trasportando - as até a

orofaringe pelo epitélio ciliado. A entubação endotraqueal é um dos procedimentos

terapêuticos que reduz a eficácia dessas defesas nasais e pulmonares

(SCHWARTZ, 1982).

A aspiração endotraqueal é um recurso mecânico, simples e importante na

rotina hospitalar. É amplamente utilizado em pacientes na Unidade de Terapia

Intensiva, sob ventilação mecânica ou não, ou em pacientes de leito hospitalar que

não conseguem expelir voluntariamente as secreções pulmonares

traqueobrônquicas, sangue e vômitos, com a finalidade de manter as vias aéreas

permeáveis, prevenir infecções, promover trocas gasosas, incrementar a oxigenação

arterial e melhorar a função pulmonar (COSTA, 1999).

Trata-se de uma necessidade apresentada por pacientes em estado crítico

como por exemplo, o paciente entubado em ventilação mecânica. A presença do

tubo artificial impede que o paciente tenha o mecanismo normal de limpeza das vias

aéreas ao tossir. A presença da cânula também aumenta a produção de secreções.

A necessidade de aspiração traqueal é determinada principalmente pela observação

visual do acúmulo de secreções e pela ausculta pulmonar (ZEITOUN, 2001)

A aspiração endotraqueal é um procedimento que visa remover as secreções e

manter as vias aéreas do paciente permeáveis. Tal procedimento deve ser realizado

seguindo técnicas assépticas, o que requer um exaustivo treinamento das equipes

de profissionais que trabalham em hospitais. Portanto, observa-se na prática, que,

muitas vezes, na ânsia de aliviar o paciente hipersecretivo, alguns passos da técnica

de aspiração endotraqueal são ignorados, o que pode somar mais complicações

além daquelas já inerentes ao procedimento como queda na saturação arterial de

oxigênio em pacientes que requerem pressão final expiratória positiva (PEEP) e

fração inspirada de oxigênio (FiO2) elevados, pneumonia nosocomial, aumento da

pressão intracraniana, atelectasia, instabilidade hemodinâmica, hipoxemia, arritmia e

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infecção, entre outras. (RITZ et al., 1986; TAGGART et al., 1988; DEPPE et al.,

1990; CROSBY & PARSONS, 1992; JOHNSON et al., 1994;COSTA,1999).

Segundo CRAVEN et al. (1998), a aspiração endotraqueal é a principal rota de

entrada de bactérias no trato respiratório inferior.

A avaliação prévia da necessidade de aspiração é indispensável, levando-se

em conta o desconforto e iatrogenia provocados, além disso, o intervalo de tempo

entre as aspirações não é consenso nas recomendações e manuais.

Um dos motivos que impedem que a aspiração seja feita mediante avaliação

prévia é que muitas vezes esse procedimento é feito por técnicos e auxiliares de

Enfermagem que não possuem preparo para realizar o julgamento clínico. Se esse

procedimento fosse feito somente por enfermeiros e fisioterapeutas, não seria

necessário programar horários.

Muitos são os critérios de indicação da aspiração endotraqueal. FELL & LACE

(1998) afirmam existir sinais clínicos como queda da saturação de oxigênio, tosse

ineficaz, frêmito brônquico, diminuição da ausculta pulmonar, presença de roncos e

desconforto respiratório, atuando como freqüentes indicadores da necessidade de

terapia de higiene brônquica. Entretanto, KNIPPE, McHUGH em HOFFMAN,

MASKIEWICZ 1987 em GROSSI 1994 atribuem a ausculta de ruídos adventícios

(roncos e estertores) ao aumento da pressão inspiratória detectada no ventilador e à

presença de frêmito brônquico.

Alterações quanto à função cardíaca, estados de agitação e cianose podem

estar relacionados à ansiedade do paciente frente à determinadas situações de

medo e angústia. Fatores psicológicos podem interferir significativamente na

condição clínica do paciente. Segundo DAY (2002), é de grande importância explicar

o procedimento ao paciente com o objetivo de encorajá-lo a participar de seu

tratamento e evolução.

Varias técnicas foram desenvolvidas, entre elas, o sistema de aspiração aberto,

que se faz necessário estetoscópio, fonte de oxigênio e conexões, sistema de vácuo

e conexões, monitor cardiorrespiratório e oxímetro de pulso, óculos protetores,

máscara facial, avental descartável, luva estéril, sondas de aspiração traqueal

adequada à idade ou à compleição física, solução fisiológica a 0,9 %, compressa

estéril, gaze estéril, seringas e AMBU (HINRICHSEN, 2004).

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Na aspiração endotraqueal do paciente adulto, devem ser usadas sondas

traqueais maleáveis, descartáveis, nos tamanhos 12 ou 14, com três orifícios (no

mínimo) na extremidade distal, dispostos lateralmente e na ponta, para que não haja

colabamento na traquéia, o que poderia provocar ulcerações e sangramentos. É

recomendável que essa sonda possua válvula digital para controle da pressão do

vácuo e que o diâmetro externo não exceda 1/3 do diâmetro interno do tubo

endotraqueal ou traqueóstomo. Durante a aspiração, pode ser necessário o suporte

de oxigênio de acordo com o quadro clínico do paciente (COSTA, 1999).

Conforme SALEH & YOKOMIZO (1992), a escolha do número da sonda é um

fator importante por interferir na saturação de oxigênio e ainda facilitar o manuseio

do profissional. DAY (2002) relata que catéteres de grande calibre podem ocasionar

trauma na mucosa traqueal devido ao grande contato com a parede brônquica.

O sistema aberto de aspiração endotraqueal é o mais tradicional e o mais

rotineiramente usado na maioria dos serviços hospitalares. Este sistema requer a

desconexão do paciente do ventilador mecânico para introduzir de forma asséptica,

a sonda para a sucção das secreções (RITZ et al., 1986).

Para que a aspiração endotraqueal seja realizada de forma asséptica, é

necessário, antes de iniciar o procedimento, lavar as mãos com técnica correta, abrir

a ponta do papel da sonda estéril, adaptá-la à conexão do vácuo, abrir o vácuo e,

em seguida, calçar luvas estéreis, segurando com uma das mãos e com a outra

desconectar o ventilador mecânico. Em seguida, introduz-se a sonda na traquéia do

paciente através do tubo endotraqueal ou traqueostomia, a qual deverá estar ligada

a um sistema aspirador. A aspiração será realizada quando a ponta do catéter

estiver no interior da traquéia (DREYER et al., 2003).

Para que haja um cuidado relacionado à prevenção de broncoaspiração é

necessário observar o decúbito em que o paciente é aspirado. WILLEMEN et al.

(2002) observaram controvérsias quanto à posição adequada para se aspirar o

paciente. PRYOR (2002) afirma que pacientes comatosos devem ser aspirados em

decúbito lateral a fim de que sejam evitadas possibilidades de aspiração de

conteúdo gástrico enquanto adultos sem alteração no nível de consciência podem

ser aspirados no decúbito sentado. Por outro lado, DIOGO apud WILLEMEN et al.

(2002) preconiza como ideal, a aspiração nas posições Fowler ou semi- Fowler,

alegando que nesses decúbitos os pacientes que possuem reflexo de deglutição

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terão melhores resultados após a finalização do procedimento no que se refere à

maior expansão torácica e menor chance de broncoaspiração.

O tempo da introdução da sonda de aspiração endotraqueal deve ser o mais

rápido possível e sua retirada deve ser feita com movimentos circulares, produzidos

com os polegares e indicador, permitindo a limpeza das secreções, com o mínimo

de dano à parede traqueal. A duração não deve ser superior a 10 segundos pois o

fator tempo é um determinante muito importante uma vez que o conteúdo aéreo nos

pulmões fica reduzido, podendo causar hipóxia já que, juntamente com as

secreções, aspira-se ar (DREYER et al., 2003).

PERUZZI & SMITH (1995) afirmam que a duração do procedimento não deve

exceder 20 segundos enquanto HERCE et al. (1999) estipulam um tempo máximo

de 15 segundos para a realização da técnica. Porém, DAY et al. (2002) recomendam

que o procedimento de introdução e aspiração da secreção traqueobrônquica

corresponda a um tempo máximo de 10 a 15 segundos uma vez que períodos

maiores do que esse aumentam o risco de trauma na mucosa, hipoxemia e

descompensação hemodinâmica.

Segundo JOHNSON et al. (1994), o método mais comum de aspiração

endotraqueal envolve o uso de hiperinsuflação e hiperoxigenação (FiO2 de 100%)

oferecidas pré e pós aspiração. Essas medidas visam reduzir as complicações

causadas pela aspiração, principalmente em relação à hipóxia. Contudo, quando o

sistema aberto de aspiração endotraqueal é usado, o paciente é desconectado do

ventilador para receber hiperinsuflação e hiperoxigenação através do AMBU, o que

não garante a precisão do método.

Após o término do procedimento, a mesma sonda traqueal pode ser utilizada

para a aspiração da cavidade nasal e, em seguida, da cavidade oral. Naqueles

pacientes que estão recebendo nutrição enteral, deve-se interromper a sua

administração durante o procedimento para prevenir vômitos e broncoaspiração

pulmonar (OLIVEIRA et al., 2001; DREYER et al., 2003).

Para fluidificar, mobilizar as secreções e estimular a tosse, deve ser instilada

intrabronquicamente pequenas quantidades de soro fisiológico (até 5 ml). Quando

há risco de formação de atelectasia devido às rolhas de secreção, associa-se a

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utilização do AMBU, sempre seguindo os cuidados de assepsia indicados (COSTA,

1999).

Se o tampão de secreção traqueal persistir, deve-se instilar solução

bicarbonatada (0,5 ml de bicarbonato de sódio com 2,5 ml de água destilada),

seguida de ventilação com AMBU (OLIVEIRA et al., 2001).

Entretanto, autores como PASSOS et al. (2000), DREYER et al (2003) e

GONZÁLEZ et al. (2004) afirmam que a adequada umidificação dos gases

inspirados e a hidratação do paciente evitam a formação de rolhas de secreção. Não

é recomendada a instilação rotineira de soro fisiológico a 0,9% na traquéia para

fluidificar as secreções exceto após avaliação da real necessidade do paciente. Esse

procedimento provoca hipoxemia além de infecções, podendo prejudicar o bem estar

do paciente.

Segundo NIELSON (1980), a aspiração traqueal pode ocasionar uma irritação

nas vias aéreas, provocando estimulação vagal, com conseqüente broncoespasmo.

Além disto, a excessiva pressão negativa reduz a oferta de oxigênio aos pulmões e

gera microatelectasias. Como conseqüência ao broncoespasmo e à atelectasia, o

paciente desenvolve hipoxemia que, associada à estimulação vagal, desencadeia

graves bradicardias, com vasoconstrição coronariana, comprometendo seriamente o

débito cardíaco e o fornecimento de sangue aos tecidos. Outras complicações como

dispnéia, cianose, agitação, alterações na pressão arterial, confusão mental, acidose

metabólica, isquemia, danos aos sistemas gastrointestinal e renal, hipoglicemia e até

parada cardiorrespiratória têm sido consistentemente documentadas por muitos

pesquisadores.

É importante ressaltar que também existe o sistema fechado de aspiração

endotraqueal. Este sistema envolve o uso de uma sonda de múltiplo uso, que

permanece conectada entre o tubo endotraqueal e o circuito do ventilador mecânico,

eliminando o risco associado à desconexão do paciente de ventilador mecânico para

realizar a sucção. Outras vantagens comprovadas deste sistema incluem:

manutenção dos parâmetros cardiovasculares, proteção da equipe, prontidão para a

sucção e redução do custo com o procedimento pois utiliza uma sonda a cada 24

horas e dispensa o uso de luvas. (GROSSI & SANTOS, 1994; JOHNSON et

al.,1994). Também pode ser realizada a hiperoxigenação e a hiperinsuflação durante

a aspiração endotraqueal através desse sistema porém a mesma é feita no próprio

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ventilador mecânico do paciente para que não haja a descontinuidade da assistência

ventilatória.

Embora as luvas estéreis não sejam utilizadas neste procedimento, as luvas

limpas são recomendadas para evitar os salpicos dos líquidos corporais.

Segundo GROSSI & SANTOS (1994), através deste sistema, evita-se a

contaminação cruzada entre os pacientes e a contaminação do trato respiratório

inferior com microorganismos ambientais, desde que a sonda seja irrigada com

solução salina após cada aspiração endotraqueal.

Tendo em vista a não uniformidade da rotina do procedimento de aspiração

endotraqueal realizado pelos profissionais das áreas de Fisioterapia e Enfermagem,

este trabalho teve a intenção de avaliar esse procedimento no hospital em questão

para que, futuramente, possa se estabelecer um protocolo de aspiração

endotraqueal utilizado por todos os profissionais da Área da Saúde, trazendo

inúmeros benefícios para os pacientes e para toda a equipe.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Avaliar o procedimento de aspiração endotraqueal realizado pelos

profissionais do Hospital Universitário São Francisco.

2.2. Objetivo Específico

Analisar as etapas e os cuidados gerais relativos à aspiração endotraqueal

realizados pelos profissionais do Hospital Universitário São Francisco.

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2020

3. MÉTODO 3.1. Desenho do estudo Estudo de aplicação de questionário com corte transversal.

3.2. Local do Estudo O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva Adulto, nas

Enfermarias da Clínica Médica e Clínica Cirúrgica e no Pronto Atendimento

do Hospital Universitário São Francisco (HUSF), anexo à Universidade São

Francisco, Câmpus de Bragança Paulista, São Paulo.

3.3. Critérios de Inclusão Foram incluídos no estudo enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares de

Enfermagem e técnicos de Enfermagem que trabalhavam na Enfermarias da

Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pronto Atendimento e Unidade de Terapia

Intensiva Adulto do HUSF.

3.4. Critérios de Exclusão Foram excluídos do estudo profissionais que trabalhavam em outras unidades

pertencentes ao HUSF e profissionais que se encontravam de licença médica ou em

férias no período de 15 de fevereiro a 30 de junho de 2008.

3.5. Materiais Foram utilizados para o estudo o Questionário sobre procedimento de

aspiração endotraqueal (ANEXO III) e o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (ANEXO II).

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3.6. Procedimento

Inicialmente, este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade São Francisco para aprovação (Anexo I). Após a autorização do

Comitê, foi solicitado para a enfermeira administrativa do HUSF a escala dos

profissionais que trabalhavam nas unidades avaliadas bem como seus horários de

trabalho. Os profissionais assinaram um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido para a Participação na Pesquisa (Anexo II). Após o preenchimento deste

termo, os dados do estudo foram coletados no período de 15 de fevereiro a 30 de

junho de 2008, através da aplicação do Questionário sobre o procedimento de

aspiração endotraqueal (Anexo III) aos profissionais da Unidade de Terapia

Intensiva Adulto, Pronto Atendimento, Enfermarias da Clínica Médica e Clínica

Cirúrgica do HUSF, que trabalhavam nos períodos matutino, vespertino e noturno.

3.7. Análise de Dados

Após a aplicação do questionário, os dados foram colocados em planilhas

eletrônicas e analisados através de valores relativos e absolutos e, então,

apresentados os resultados em forma de tabelas e gráficos.

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4. RESULTADOS

Foram entrevistados para a pesquisa 106 funcionários do Hospital

Universitário São Francisco (HUSF) no período entre 15 de fevereiro e 30 de junho

de 2008.

O Gráfico 1 representa o número de profissionais do Hospital Universitário

São Francisco que responderam ao questionário sobre aspiração endotraqueal.

90%

10%

ResponderamNão responderam

Gráfico 1. Número de profissionais do HUSF que responderam ao Questionário sobre aspiração endotraqueal

A amostra indica que, dos 106 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 95 (90%) responderam ao questionário sobre aspiração

endotraqueal e 11 (10%) não responderam ao questionário por motivo de licença

médica ou férias (Gráfico 1).

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O Gráfico 2 representa a variação de idade dos profissionais do Hospital

Universitário São Francisco que responderam ao questionário sobre aspiração

endotraqueal.

46%

37%

8% 2% 7%20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anosnão responderam

Gráfico 2. Idade dos profissionais do HUSF

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 43 (46%) apresentavam idade entre 20 e 29 anos; 35 (37%), entre

30 e 39 anos; 8 (8%) entre 40 e 49 anos; 2 (2%), entre 50 e 59 anos e 7 (7%) não

responderam essa pergunta (Gráfico 2).

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2424

O Gráfico 3 representa o sexo dos profissionais do Hospital Universitário São

Francisco que responderam ao questionário sobre aspiração endotraqueal.

68%

32% F

M

Gráfico 3. Sexo dos profissionais do HUSF

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 65 (68%) eram do sexo feminino e 30 (32%) eram do sexo masculino

(Gráfico 3).

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2525

O Gráfico 4 representa a profissão dos funcionários do Hospital Universitário

São Francisco que responderam ao questionário sobre aspiração endotraqueal.

5% 11%

79%

5% Fisioterapeutas

Enfermeiros

Auxiliares deEnfermagemTécnicos deEmfermagem

Gráfico 4. Profissão dos funcionários do HUSF

A amostra indica que, dos 95 (100%) funcionários do Hospital Universitário

São Francisco, 5 ( 5%) eram fisioterapeutas, 10 ( 11%) eram enfermeiros, 5 ( 5%)

eram técnicos de Enfermagem e 75 ( 79%) eram auxiliares de Enfermagem

(Gráfico 4).

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2626

A Tabela 1 representa o local de trabalho dos profissionais do Hospital

Universitário São Francisco que responderam ao questionário sobre aspiração

endotraqueal.

Tabela 1. Local de trabalho dos profissionais do HUSF

Frequência Local de trabalho

Absoluta Relativa Enfermaria da Clínica Médica 23 24,2% Enfermaria da Clinica Cirúrgica 23 24,2% Unidade de Terapia Intensiva Adulto 27 28,4% Pronto Atendimento 17 17,9% Fisioterapeutas (Rotativos) 5 5,3%

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 27 ( 28,4) trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva Adulto, 23

(24,2%) trabalhavam na Enfermaria da Clínica Médica, 23 ( 24,2%) trabalhavam na

Enfermaria da Clínica Cirúrgica, 17 ( 17.9%) trabalhavam no Pronto Atendimento e 5

(5,3%) trabalhavam em esquema de rotatividade mensal (Tabela 1).

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2727

O Gráfico 5 representa a cidade de residência dos profissionais do Hospital

Universitário São Francisco que responderam ao questionário sobre aspiração

endotraqueal.

Gráfico 5. Cidade de residência dos profissionais do HUSF

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 62 (65,3%) residiam em Bragança Paulista, 11 (11,6%) em Atibaia, 7

(7,4%) em Socorro, 3 (3,1%) em Pedra Bela, 1 (1,05%) em Itapeva, 2 (2,1%) em

Bom Jesus dos Perdões, 4 (4,2%) em Vargem, 1 (1,05%) em Toledo, 2 (2,1%) em

Extrema, 1 (1,05%) em Joanópolis e 1 (1,05%) em Mairiporã (Gráfico 5).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

100

%

Brag Pta AtibaiaSocorro Pedra Bela Itapeva Bom Jesus Vargem ToledoExtrema JoanópolisMairiporã

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2828

O Gráfico 6 representa o percentual de profissionais do Hospital Universitário

São Francisco que lavam as mãos antes do procedimento de aspiração

endotraqueal.

100%

Lavam as Mãos

Gráfico 6. Percentual de profissionais que lavam

as mãos antes do procedimento

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 95 (100%) relataram que lavam as mãos antes do procedimento de

aspiração endotraqueal (Gráfico 6).

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2929

O Gráfico 7 representa o percentual de profissionais do Hospital Universitário

São Francisco que explicam o procedimento ao paciente antes da aspiração

endotraqueal.

Gráfico 7. Percentual de profissionais que explicam o

procedimento ao paciente

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 90 (95%) relataram que explicam o procedimento ao paciente antes

da aspiração endotraqueal e 5 (5%) relataram que não explicam o procedimento

(Gráfico 7).

95%

5%S

N

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3030

O Gráfico 8 representa o percentual de profissionais do Hospital Universitário

São Francisco que interrompem a dieta enteral do paciente antes do procedimento

de aspiração endotraqueal.

0

10

20

30

40

50

60

%

SN

Gráfico 8. Percentual de profissionais que interrompem a dieta enteral do paciente antes do procedimento

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 43 (45,3%) relataram que interrompem a dieta enteral do paciente

antes do procedimento de aspiração endotraqueal e 52 (54,3%) relataram que não

interrompem (Gráfico 8) .

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3131

O Gráfico 9 representa os materiais de proteção utilizados pelos profissionais

do Hospital Universitário São Francisco para a realização da aspiração

endotraqueal.

Gráfico 9. Materiais de proteção utilizados pelos profissionais

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 2 (2,1%) relataram que utilizavam somente luva estéril, 1 (1,1%)

relataram que utilizava luva estéril e óculos de proteção, 2 (2,1%) relataram que

utilizavam máscara e luva estéril e 90 (94,7%) relataram que utilizavam máscara,

luva e óculos de proteção para o procedimento de aspiração endotraqueal

(Gráfico 9).

0

20

40

60

80

100Luva eÓculos

Luva Estéril

Máscara eLuva

Máscara,Luva eÓculos

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3232

A Tabela 2 representa o modo de escolha do calibre da sonda de aspiração

traqueal para a realização do procedimento pelos profissionais do Hospital

Universitário São Francisco.

Tabela 2. Escolha do calibre da sonda de aspiração traqueal

Freqüência Calibre da sonda Absoluta Relativa

Espessura da cânula

52 54,7%

Quantidade de secreção

traqueal

38 40%

Idade do paciente

22 23,1%

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 52 (54,7%) relataram que escolhem o calibre da sonda de aspiração

traqueal pela espessura da cânula, 38 (40%) relataram que escolhem pela

quantidade de secreção traqueal e 22 (23,1%) relataram que escolhem pela idade

do paciente (Tabela 2).

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3333

O Gráfico 10 representa a sequência de aspiração endotraqueal utilizada

pelos profissionais do Hospital Universitário São Francisco.

62%

38% TT ou traqueo,nariz / bocaTT ou traqueo,boca / nariz

Gráfico 10. Sequência de aspiração endotraqueal utilizada pelos

profissionais

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 59 (62%) relataram que realizam o procedimento, aspirando

primeiramente o tubo traqueal ou traqueostomia, seguidos de nariz e boca e 36

(38%) relataram que realizam o procedimento, aspirando primeiramente o tubo

traqueal ou traqueostomia, seguidos de boca e nariz (Gráfico 10).

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3434

O Gráfico 11 representa o tempo utilizado em cada desconexão do tubo

traqueal durante o procedimento de aspiração endotraqueal utilizado pelos

profissionais do Hospital Universitário São Francisco.

010203040506070

%

até 5 segde 6 a 10 segde 11 a 20 segmais que 20 seg

Gráfico 11. Tempo de desconexão utilizado pelos profissionais

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 17 (17,9%) relataram que utilizam um tempo de desconexão do tubo

traqueal de até 5 segundos, 64 (67,4%) relataram que utilizam um tempo de 6 a 10

segundos, 9 (9,5%) relataram que utilizam de 11 a 20 segundos e 5 (5,2%)

relataram que utilizam mais de 20 segundos (Gráfico 11).

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3535

A Tabela 3 representa os tipos de diluentes utilizados durante o procedimento

de aspiração endotraqueal pelos profissionais do Hospital Universitário São

Francisco.

Tabela 3. Tipos de diluentes utilizados pelos profissionais

Frequência Tipos de Diluentes Absoluta Relativa

Soro fisiológico

90 95%

Água destilada

3 3%

Soro fisiológico ou Água destilada

1 1%

Nenhum diluente

1 1%

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 90 (95%) relataram que utilizam soro fisiológico como diluente

durante o procedimento de aspiração endotraqueal, 3 (3%) relataram que utilizam

água destilada, 1 (1%) relatou que utilizam soro fisiológico ou água destilada sem

preferência entre um ou outro e 1 (1%) relatou que não utiliza nenhum tipo de

diluente (Tabela 3).

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3636

O Gráfico 12 representa a utilização do AMBU conectado ou não à rede de

oxigênio durante o procedimento de aspiração endotraqueal pelos profissionais do

Hospital Universitário São Francisco.

05

101520253035404550

%

Não

Sim, nãoconectado ao O2Sim, conectadoao O2

Gráfico 12. Utilização do AMBU pelos profissionais

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 13 (13,7%) relataram que utilizam o AMBU não conectado à rede de

oxigênio durante o procedimento de aspiração endotraqueal, 46 (48,4%) relataram

que utilizam o AMBU conectado à rede de oxigênio e 36 (37,9%) relataram que não

utilizam o AMBU durante o procedimento (Gráfico 12).

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3737

O Gráfico 13 representa o percentual de profissionais do Hospital

Universitário São Francisco que alteram a Fração inspirada de oxigênio (FiO2) do

paciente durante procedimento de aspiração endotraqueal.

Gráfico13. Percentual de profissionais que alteram

a FiO2 do paciente

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 50 (53%) relataram que alteram o FiO2 do paciente durante o

procedimento de aspiração endotraqueal e 45 (47%) relataram que não alteram o

FiO2 (Gráfico 13).

53%

47% S N

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3838

O Gráfico 14 representa o percentual de profissionais do Hospital

Universitário São Francisco que utilizam alguns parâmetros para tempo de descanso

entre cada aspiração endotraqueal.

44%

56%

EstabilidadePacienteEstabilidade SatO2

Gráfico 14. Percentual de profissionais que utilizam parâmetros

para tempo de descanso entre cada aspiração endotraqueal

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 41 (44%) relataram que funcionários utilizavam como parâmetro para

tempo de descanso entre cada aspiração endotraqueal a estabilidade geral do

paciente e 53 (56%) relataram que funcionários utilizavam como parâmetro a

estabilidade da Saturação de oxigênio (Sat O2) (Gráfico14).

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3939

A Tabela 4 representa os cuidados gerais após o procedimento de aspiração

endotraqueal utilizados pelos profissionais do Hospital Universitário São Francisco.

Tabela 4. Cuidados gerais utilizados pelos profissionais

Frequência

Cuidados Gerais após o procedimento

Absoluta Relativa

Lavar as mãos

95 100%

Lavar o látex

89 93,7%

Desprezar a secreção traqueal do

aspirador

86 90,5%

Proteger o látex do aspirador

95 100%

Anotar as características da secreção traqueal

94 98,9%

A amostra indica que, dos 95 (100%) profissionais do Hospital Universitário

São Francisco, 95 (100%) relataram que têm como cuidado após o procedimento,

lavar as mãos, 89 (93,7%) relataram que têm como cuidado lavar o látex, 86 (90,5%)

relataram que têm como cuidado desprezar a secreção traqueal do aspirador, 95

(100%) relatam que tem como cuidado proteger o látex do aspirador e 94 (98,9%)

relataram que têm como cuidado anotar as características da secreção traqueal

(Tabela 4).

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4040

5. DISCUSSÃO

Foram selecionados para este estudo 106 profissionais do Hospital

Universitário São Francisco que trabalhavam nos setores que internam pacientes

adultos, a saber: Unidade de Terapia Intensiva Adulto, Enfermaria Cirúrgica,

Enfermaria Clínica Médica e Pronto Atendimento Adulto. Destes, 95 profissionais

foram entrevistados e responderam ao questionário sobre aspiração endotraqueal

que continha perguntas referentes à prática desse procedimento. Entre esses

profissionais, 5% eram fisioterapeutas, 11% eram enfermeiros, 5% eram técnicos de

Enfermagem e 79%, auxiliares de Enfermagem.

Este estudo mostrou que 100% dos profissionais entrevistados responderam

lavar as mãos antes do procedimento. Esse fato é coerente com o que é

preconizado pela literatura, afirmando que as mãos devem ser lavadas sempre

antes e após qualquer procedimento, independente do uso de luvas, pois as mãos

são o principal meio de transmissão de infecções hospitalares (CDC,1997; ANVISA,

2000; BLOOM & LIMA, 2003).

Notou-se que 95% dos profissionais entrevistados explicam o procedimento ao

paciente previamente. DAY (2002) ressalta a importância de se explicar o

procedimento de aspiração ao paciente com o objetivo de encorajá-lo a participar do

tratamento e da evolução. Com a realização de esclarecimentos, observa-se

redução nos níveis de estresse e ansiedade do paciente, fato que minimiza as

complicações. GONZÀLEZ et al. (2004) afirma que, apesar de haver uma

concordância em 100% sobre o fato das enfermeiras na teoria acharem que devem

informar ao paciente previamente sobre o procedimento, um pequeno número não o

fez na prática. Esse dado é atribuído ao fato de que a alteração do nível de

consciência e o menor grau de comunicação das enfermeiras com o paciente com

nível de consciência alterado levam-nas a tomar esse tipo de atitude.

Somente 45,3% dos profissionais entrevistados responderam que interrompiam

a dieta enteral do paciente antes do procedimento. Sobre esse aspecto, vários

autores advertem que a nutrição enteral deve ser interrompida durante o

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4141

procedimento de aspiração endotraqueal para prevenir vômitos e aspiração

broncopulmonar (CDC,1997; OLIVEIRA et al, 2001; COLOMBRINI et al, 2003).

Observou-se que 94,7% dos profissionais entrevistados responderam que

utilizavam materiais de proteção como máscara, luva e óculos de proteção durante o

procedimento de aspiração endotraqueal. Em relação ao uso dos óculos, o

Ministério da Saúde (1999) relata que eles devem ser usados durante os

procedimentos passíveis de respingo de sangue ou de fluidos corpóreos nas

mucosas oral, nasal e ocular dos profissionais. GONZÀLEZ et al (2004) obtiveram

dados semelhantes quando avaliaram a competência prática de enfermeiros sobre o

procedimento de aspiração. Identificaram nesse estudo que as enfermeiras, na

teoria, consideravam o uso dos óculos necessário porém, na prática, não os

utilizavam.

Notou-se que 54,7% dos profissionais entrevistados responderam que

escolhem o calibre da sonda de aspiração traqueal pela espessura da cânula, 40%,

responderam pela quantidade de secreção traqueal e 23,1%, pela idade do paciente.

SALEH & YOKOMIZO (1992) afirmam que a escolha do número da sonda traqueal é

um fator importante por interferir na saturação de oxigênio e ainda facilitar o

manuseio do profissional. DAY (2002) relata que os catéteres de grande calibre

podem ocasionar trauma na mucosa traqueal devido ao grande contato com a

parede brônquica.

Neste estudo, 62% dos profissionais entrevistados responderam que

realizavam o procedimento, aspirando primeiramente o tubo traqueal ou

traqueostomia, seguidos de nariz e boca. A ANVISA (2000) recomenda que quando

houver necessidade de aspirar a boca do paciente intubado, esse procedimento

deve ser realizado usando uma nova sonda de aspiração traqueal.

Observou-se que 67,4% dos profissionais entrevistados responderam que

utilizavam um tempo de desconexão do tubo traqueal entre 6 e 10 segundos.

PERUZZI & SMITH (1995) afirmam que a duração do procedimento de aspiração

não deve exceder 20 segundos. HERCE et al. (1999) estipulam um tempo máximo

de 15 segundos para a realização da técnica. Porém, DAY et al. (2002) recomendam

que o procedimento de introdução e aspiração da secreção traqueobrônquica

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4242

corresponda a um tempo máximo de 10 a 15 segundos, uma vez que períodos

maiores aumentam o risco de trauma na mucosa, hipoxemia e descompensação

hemodinâmica.

Este estudo demonstrou que 95% dos profissionais entrevistados

responderam que utilizavam soro fisiológico como diluente, com o objetivo de

fluidificar a secreção brônquica. SOLE et al (2003), em ampla avaliação em 27

hospitais dos Estados Unidos, com 1.665 enfermeiras e fisioterapeutas respiratórios,

observaram que 74% dos centros estudados incluíam em seus protocolos a

instilação de soro fisiológico quando as secreções estavam espessas. Porém,

THOPSON (2000) e DREYER & ZUÑIGA (2003) afirmam que a instalação de

solução salina pode ter efeito adverso na saturação de oxigênio além do risco de

infecção, não devendo ser utilizada como rotina. Nesse mesmo aspecto,

COLOMBRINI et al. (2003) ressaltam que a instilação de soro fisiológico, além de

causar hipoxemia e infecções, pode prejudicar o bem-estar psicológico do paciente.

Para prevenir a oclusão do tubo traqueal por acúmulo de secreção é recomendado

fazer a umidificação dos gases inspirados e hidratar o paciente adequadamente.

Somente 48,4% dos profissionais entrevistados responderam que utilizavam o

AMBU conectado à rede de oxigênio quando necessário. FERNANDES et al. (2000)

ressaltam que o AMBU é usado para ventilar o paciente intubado, em situações de

urgência, durante o transporte, para hiperinsuflação nos intervalos das aspirações

traqueais e durante a fisioterapia respiratória. Para tanto, esse equipamento deverá

estar estéril ou desinfectado. HINRICHSEN (2004) lembra que as secreções

depositadas nesse equipamento podem ser aerolizadas para dentro da árvore

traqueobrônquica do paciente ou contaminar as mãos da equipe de atendimento,

favorecendo a contaminação cruzada.

Ressaltou-se, com o estudo, que 53% dos profissionais entrevistados

responderam que alteravam a FiO2 antes do procedimento de aspiração. Sobre

essa técnica, DREYER et al. (2003) salientam que deve-se hiperoxigenar o paciente

para prevenir hipoxemia e não agravar o seu quadro clínico. DAY (2002) investigou

os efeitos da pré-oxigenação na hipoxemia e concluiu que as variações existentes

na PaO2 durante a aspiração endotraqueal diminuem com a pré-oxigenação,

devendo então ser utilizada em todos os pacientes.

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4343

Observou-se que 56% dos profissionais responderam que utilizavam como

parâmetro para tempo de descanso entre cada aspiração a estabilidade da

Saturação de Oxigênio. FELL & LACE 1998 afirmam existir sinais clínicos como queda da saturação de

oxigênio, tosse ineficaz, frêmito brônquico, diminuição da ausculta pulmonar,

presença de roncos e desconforto respiratório, que atuam como freqüentes

indicadores da necessidade de terapia de higiene brônquica. Entretanto,

MASKIEWICZ (1987) apud GROSSI (1994) atribuem a ausculta de ruídos

adventícios (roncos e estertores), o aumento da pressão inspiratória (pressão de

pico) detectado no ventilador mecânico e a presença de frêmito brônquico como

indicadores da necessidade de aspiração endotraqueal.

Foram pesquisadas nos profissionais 5 ações realizadas após a aspiração

endotraqueal, a saber: lavar as mãos, lavar o látex do aspirador, desprezar a

secreção traqueal coletada, proteger o látex do aspirador e anotar as características

da secreção traqueal. Neste estudo, a maioria dos profissionais realizava todas

essas ações após o procedimento. DREYER et al (2003) afirma que a técnica de

proteger o látex do aspirador visa evitar a contaminação do ambiente.

Dos profissionais entrevistados, 98,9% responderam que anotavam as

características da secreção traqueal após o procedimento. OCHOA et al. (2003)

salientam a importância dos registros da assistência médica e dos cuidados de

Enfermagem nos prontuários, expressando o reflexo da avaliação periódica do

paciente. PASSOS et al (2000) reforçam a importância de se registrar as

características da secreção traqueal, descrevendo tipo, cor, aspecto e odor.

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4444

6. CONCLUSÃO Todos os profissionais entrevistados responderam que realizavam a lavagem

prévia das mãos e explicavam previamente o procedimento ao paciente. A maior

parte deles responderam não interromper a dieta enteral do paciente durante a

aspiração mas utilizavam todos os materiais de proteção preconizados para este tipo

de procedimento. Houve uma diferença nas respostas em relação a vários cuidados

gerais como o método de escolha do calibre da sonda de aspiração endotraqueal. A

maior parte dos profissionais que realizam a aspiração endotraqueal são auxiliares

de Enfermagem. Na teoria, a maior parte dos profissionais avaliados responderam

que realizam o procedimento de forma adequada.

,

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4545

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sugere-se a continuação deste estudo, associando a aplicação do questionário

com a observação na prática, correlacionando-a com a teoria, obtendo-se, assim,

dados mais reais sobre este procedimento rotineiro e simples, tão utilizado no

ambiente hospitalar.

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4646

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de infecção hospitalar. Caderno B: principais síndromes infecciosas hospitalares. Brasília, 2000, p. 31-54. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/>; [Acesso em 18

mai. 2004].

BARNES, C.A., KIRCHHOFF, K.T. Minimizing hypoxemia due to endotracheal suctioning: a review of literature. Heart Lung, v. 15, n. 2, p. 164-76,1986

BLOM, B.C.; LIMA, S.L. de. Lavagem das mãos. In: COUTO, R.C.; PEDROSA,

T.M.G.; NOGUEIRA, J.M. Infecção hospitalar e outras complicações não-infecciosas da doença: epidemiologia, controle e tratamento. 3ª ed. Rio de

Janeiro: Medsi, 2003. p. 481-496.

BORTOLOZO, Neuce Maria. Técnicas em enfermagem: Passo a Passo. Botucatu,

SP: EPUB, 2007.

CARLON, G.C., FOX, S.I., ACKERMAN, N.I. Evaluation of a closed tracheal suction system. Crit.Care Med., v. 15, p. 522-5,1987

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5151

ANEXO I

Aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco.

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5252

ANEXO II TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

A RELAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL REALIZADO

PELOS FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO

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Responsáveis pelo projeto:

Kleber Augusto dos Santos e Tatiana Zupardo Raymundo

Orientadora: Profª. Patrícia Teixeira Costa

Eu,_______________________________________________________________,

_________ anos, portador (a) do RG ____________________________,

domiciliado ___________________________________________________, dou

meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto

supra-citado, sob a responsabilidade da Profª. Ms. Patrícia Teixeira Costa, docente

da Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Cardiologia e Pneumologia, do curso de

Fisioterapia da Universidade São Francisco, Campus de Bragança Paulista.

Discentes: Kleber Augusto dos Santos e Tatiana Zupardo Raymundo.

Assinado este termo de livre esclarecimento estou ciente que:

1 – O estudo tem por objetivo avaliar o procedimento de Aspiração

Endotraqueal realizado pelos funcionários no ambiente hospitalar na UTI Adulto do

HUSF , nas Enfermarias da Clínica Médica e Cirúrgica e Pronto Socorro Adulto e

Particular do HUSF, pertencente a Universidade São Francisco, Campus de

Bragança Paulista, São Paulo.

2 – Durante o estudo será preenchido um questionário contendo perguntas

pertinentes ao procedimento de Aspiração Endotraqueal.

3 – Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente

sobre a participação do referido estudo.

4 – Estou livre para interromper a minha participação no estudo clínico a qualquer

momento.

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5 – Os resultados obtidos através deste estudo serão mantidos em sigilo, e usados

apenas para alcançar os objetivos do estudo.

6 – Poderei contactar o Comitê de Ética em pesquisa para apresentar recursos ou

reclamações ao ensaio clínico pelo telefone (11) 4034-8028.

7 – Poderei contactar os responsáveis pelo estudo, sempre que necessário pelo

telefone 4034-8133.

8 – Esse termo de consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá

em meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Bragança Paulista, _____ de, ___________________de 2008;

VOLUNTÁRIO ________________________________________________

________________________________

Profª. Patrícia Teixeira Costa

_______________________________ ________________________________

Acadêmico Kleber Augusto dos Santos Acadêmica Tatiana Zupardo Raymundo

ANEXO III

Questionário sobre procedimento de aspiração traqueal

Perguntas

( ) S ( ) N

Lava as mãos antes do procedimento?

( ) S ( ) N

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5555

Explica o procedimento ao paciente?

( ) S ( ) N

Interrompe a dieta interal?

( ) S ( ) N

Usa materiais de proteção?

( ) S ( ) máscara

( ) luva estéril ( ) N

( ) óculos

Usa sonda de calibre adequado?

( ) S ( ) N

Como você escolhe o calibre adequado para

a sonda?

____________________________________

____________________________________

____________________________________

Qual a seqüência que você segue?

( ) TT ou traqueo, nariz / boca.

( ) TT ou traqueo, boca / nariz.

Conecta a VM ao paciente nos intervalos de aspiração?

( ) S ( ) N

Qual o tempo de aspiração você utiliza?

( ) até 5 segundos ( ) de 6 a 10 segundos

( ) de 11 a 20 segundos

( ) mais que 20 segundos

Utiliza Soro Fisiológico ou Água Destilada durante a aspiração?

( ) Soro Fisiológico

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( ) Água Destilada Quantidade? ____ (ml) ( ) nenhum

Utiliza Ambu durante a aspiração?

( ) S ( ) conectado ao O2

( ) N ( ) não conectado ao O2

Altera a FiO2 no procedimento?

( ) S ( ) N

Observa o oxímetro de pulso durante o procedimento?

( ) S ( ) N

Qual o tempo de descanso até o início de nova desconexão?

____________________________________

Quais cuidados utilizados após a aspiração?

Lavar as mãos ( ) S ( ) N

Lavar látex ( ) S ( ) N

Desprezar secreção ( ) S ( ) N

Proteger látex ( ) S ( ) N

Anotar as características da secreção ( ) S ( ) N