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Estudos em Pedagogia Douglas Freitas AVALIAÇÃO Desmistificada Charles Hadji

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Destinado a todos que querem estudar ou apresentar trabalhos referentes a alguns autores que falam de avaliação.

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Page 1: Avaliação desmistificada

Estudos em Pedagogia

Douglas Freitas

AVALIAÇÃO Desmistificada Charles Hadji

Page 2: Avaliação desmistificada

CONTEXTO ATUAL

CONSTITUIÇÃO DE 1988

LDB 9394/1996

LEI 8069 – ECA

Page 3: Avaliação desmistificada

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e

privadas de ensino;

Page 4: Avaliação desmistificada

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o

trabalho e as práticas sociais.

Page 5: Avaliação desmistificada

Palavras chaves: ética, cidadania, democracia, inclusão repeito às diferenças; Diversidade compromisso

Page 6: Avaliação desmistificada

O que o autor defende?

Quais são seus argumentos?

O que ele chama de avaliação desmistificada?

Qual a sua proposta para o trabalho com a

avaliação na escola?

AVALIAÇÃO Desmistificada Charles Hadji

Page 7: Avaliação desmistificada

A representação de avaliação como medida.

Desconhecimento da teoria que fundamenta a interpretação dos dados coletados e ausência de um quadro teórico que dê conta de sua multiplicidade.

Preguiça, medo dos professores que não usam imaginar remediações.

OBSTÁCULOS À EMERGÊNCIA DA AVALIAÇÃO FORMATIVA

Page 8: Avaliação desmistificada

Na escola não deveria a atividade de avaliação ser construída como uma prática a serviço das aprendizagens?

Sua idéia central é que a avaliação deve fazer com que os alunos evoluam rumo ao êxito, é o que o autor designa por aprendizagem assistida por avaliação.

Trabalha com a idéia de avaliação formativa (Scriven).

Seu objetivo com esse texto é contribuir para que essa avaliação evolua de utopia para realidade.

Para tanto, entende que é preciso saber o que está em jogo, ( pesquisas)

Uma atividade autônoma de avaliação é o que está em jogo.

Page 9: Avaliação desmistificada

Para uma aprendizagem assistida por avaliação,propõe materiais para a construção de um dispositivo de avaliação com intenção formativa

4 tarefas para o professor avaliador:

Desencadear comportamentos a observar; Interpretar comportamentos observados; Comunicar os resultados da análise; Remediar os erros e as dificuldades analisadas.

Page 10: Avaliação desmistificada

Compreender que a avaliação formativa não passa

de uma utopia promissora. Aborda a Avaliação a partir da convicção de que na

escola deve-se por a avaliação a serviço das aprendizagens, ou seja, avaliar deve ser auxiliar do aprender.

Entende que ensinar significa ajudar os alunos a construir os saberes e competências.

Compreender o conceito de avaliação formativa, seus sentidos, seu alcance, seu estatuto e quais aspectos são necessários para que se possa colocá-la em prática.

Compreensão e Ação

Page 11: Avaliação desmistificada

Avaliação implícita Avaliação espontânea Avaliação instituída Estatuto epistemológico do conceito de avaliação

formativa que não é uma mera questão de forma

Normativa – Prova da Cidade, Prova São PauloCriteriada

Prognóstica – produz um ajuste recíproco aprendizagem/ programa de estudo

Formativa – contribui para uma boa regulação da atividade de ensino.

Cumulativa – verifica com vistas a certificação

Page 12: Avaliação desmistificada

O que permite julgar a formatividade da avaliação é a identificação de seu benefício.

É a intenção dominante do avaliador que torna a avaliação formativa.

Nela nenhuma modalidade de coleta é descartada. Articulação entre coleta de informação e ação remediadora. O remédio baseia-se no diagnóstico

COLETA, DIAGNÓSTICO INDIVIDUALIZADO, AJUSTE DA AÇÃO.

É na sua destinação, no sentido do projeto, no âmbito do qual ela se inscreve que se lê a formatividade da avaliação.

Page 13: Avaliação desmistificada

A dimensão utópica da avaliação formativa reside na impossibilidade de determinação de um dispositivo padrão, ou modelo ideal operatório.

Não é um modelo científico, tampouco um modelo de ação, mas um modelo regulador de uma utopia promissora que indica o objetivo, não o caminho.

Essa avaliação será sempre parcialmente sonhada.

Page 14: Avaliação desmistificada

Medir significa atribuir um número a um objeto, a um acontecimento. Como faço isso?

É possível apreender um objeto ou acontecimento de forma isolada sob uma única dimensão?

A avaliação na sua forma dominante de prática de notação não equivale precisamente a atribuir números a coisas?

Há uma ilusão aparente de que as operações de medida e notação possuem uma identidade comum.

Avaliar não é medir, mas confrontar num processo de

negociação

Page 15: Avaliação desmistificada

Trás as pesquisas para falar da objetividade/subjetividade.

Defende que o prof. É um ator de uma comunicação social, porque seu julgamento se inscreve em uma construção social em movimento.

O que pensar de um instrumento de medida sensível ao contexto social?

Fica claro que é inútil insistir em tornar a avaliação tão objetiva quanto a medida.

O que se pretende medir exatamente? O trabalho? Mas o que há a medir no trabalho, o objeto multidimensional?

Page 16: Avaliação desmistificada

Vai na defesa de que a avaliação não é uma medida pelo simples fato de que o avaliador não é um instrumento e porque o que é avaliado não é um objeto no sentido imediato do termo.

Se não é uma medida, então em que consiste? Para o autor é um ato que se inscreve num

processo de comunicação e negociação, é uma troca entre o avaliador e o avaliado, porque o desempenho é uma função com muitas variáveis: valor escolar objetivo; história das interações do aluno com o professor e a formulação do problema que lhe é proposto no exame, ou seja a percepção que o avaliador tem do desempenho é igualmente dependente do contexto, a saber:

Page 17: Avaliação desmistificada

Conhecimento das notas anteriores do avaliado; o conhecimento do estatuto escolar do aluno (forte, fraco); informações de ordem socioeconômica. A avaliação é sempre influenciada pelas considerações de informações a priori

Em suma para por a avaliação a serviço dos alunos é preciso compreender que ela se inscreve num processo de negociação e confronto entre expectativas e uma realidade e que as expectativas são essencialmente sociais, que o julgamento de valor produzido destina-se a atores sociais.

Page 18: Avaliação desmistificada

Deve-se abandonar toda pretensão à objetividade quantitativa?

Avaliação oficialmente reconhecida é a resulta de uma adição de ptos o notas adquiridas por ocasião de exercícios ou testes regulamentados e tratados por cálculos. Se a avaliação não é uma medida, qual é a sua relação com o quantitativo? Sobre o que ela se pode basear?

1ª hípótese: é um ato sincrético baseado na intuição do avaliador;

2ª Hipótese: é uma ato que tem mais a função de explicar do que de descrever.

Compreender que é possível responder a três questões pertinentes.

Page 19: Avaliação desmistificada

Professor quem mais conhece o aluno – verdade de

intuição; Os professores são os que mais conhecem as regras

do jogo e do êxito escolar: eles correlacionam as características não somente escolares, como tambem comportamentais e sociais de seus alunos diferente dos especialistas externos

A avaliação é um procedimento interativo e social, ou seja, o êxito escolar é definido não somente pela obtenção de melhores resultados escolares, mas pela presença de comportamentos valorizados pela sociedade e pelo corpo docente da escola.

1ª Hipótese Limites do quantitativo na avaliação escolar

Page 20: Avaliação desmistificada

O jogo escolar esconde o jogo social dominante. Os professores tem a possibilidade de ajustar os

resultados escolares às suas representações dos alunos. Nesse caso pode-se evidenciar procedimentos de ajuste passando por práticas corretivas.

A validade de previsão dos professores expressa o fato de que eles são em parte produtor do sucesso ou do fracasso dos alunos.

Desvincular o escolar e o social para garantir uma maior objetividade? O autor diz não ser fácil, porem não se deve permitir sofrer todos os vieses sociais que pesam sobre a atividade e afirma. Entende que apreciar o êxito das aprendizagens do que o grau de conformidade social é uma exigência da avaliação formativa.

Page 21: Avaliação desmistificada

O autor debate o papel e a importância dos indicadores para apreciar seu lugar justo em uma prática de av formativa – ranking das escolas – descarte dos alunos com dificuldades –

questão referente e referido. O que se quer saber? Se a escola é eficaz, produtiva, eficiente, tudo isso é ambíguo, ou seja, não há eficácia senão com referência a objetivos.

As informações quantificáveis servem de base para interpretação, não falam por si mesmas.

2ª Hipótese: é uma ato que tem mais a função de explicar do que

de descrever.

Page 22: Avaliação desmistificada

O que especifica a avaliação é a noção de valor no sentido filosófico e não no sentido econômico do termo. Da cifra ao valor muda-se de registro opera-se uma ruptura. Só haverá avaliação no momento em que se declara que uma nota é ou não aceitável.

As cifras podem ser úteis quando se sabe a que objetivo e portanto a que valor elas remetem.

DEVE-SE SE RECUSAR A JULGAR?

3ª hipótese – descontinuidade dos valores, não a continuidade das

cifras

Page 23: Avaliação desmistificada

A partir da idéia de que o avaliador deve estar presente para ajudar o aluno a progredir NÃO. Toda relação de ajuda exclui o julgamento.

O mais importante não é julgar o grau de êxito dos alunos, mas dar-lhes a informação de que precisam para compreender e corrigir seus erros.

Avaliação em espelho ou em primeira pessoa, ocorre cada vez que o sujeito tem o poder de se observar do exterior, através por exemplo de seu boletim, seu cabedal de competências, seu currículo vitae.

Contribuir para tornar o aluno cada vez mais autor de suas aprendizagens.

Não é possível avaliar sem julgar, o problema do avaliador é fornecer informações que lhe permita julgar com conhecimento de causa.

Implicar o aluno no seu processo de aprendizagem.

Page 24: Avaliação desmistificada

Agir desencadeando de maneira adequada. A questão dos dispositivos – exercícios, provas, avaliação oral

ou escrita? O que será avaliado, quando ocorrerá, o tempo concedido, as tarefas a realizar,o tipo de atuação que será levado em conta, o suporte (escrita, fala). O disposistivo articula modalidades determinadas de observação do comportamento do aluno.

Levantar os dispositivos não nos afasta do problema da construção do referente.

Não há avaliação formativa se não for informativa. Não há avaliação sem pergunta feita à realidade. Construir o objeto de avaliação é dizer, sobre o que se dá o questionamento. Designar: o saber, o saber-fazer, saber-ser; a competência, a capacidade, a habilidade.

O autor coloca a tarefa como desencadeador privilegiado: O alvo; critérios de realização – operação de construção dos

referentes; critério de êxito – o que quer verificar e através do que verá que é aceitável; critério de avaliação – examinar em função de uma expectativa; critério de realização

AGIR DESENCADEANDO DE MANEIRA ADEQUADA

Page 25: Avaliação desmistificada

Encontrar os observáveis capazes de manifestar a competência de maneira menos ambígua: comportamento observável aspecto quantitativo; procedimento utilizado aspecto qualitativo; generalizações, transposições, reflexões.

Explicitar melhor os objetivos; munir-se de instrumentos de análise dos erros sabendo de sua provisoriedade, mas passível de racionalização.

Para análise dos erros, os ítem retidos devem ser informativos – exato, parcialmente exato inexato inexistente ao invés de certo e errado.

Facilitar um procedimento de auto-avaliação

AGIR OBSERVANDO/INTERPRETANDO

DE MANEIRA PERTINENTE

Page 26: Avaliação desmistificada

A ética é a busca de imperativos categóricos

que expressem regras necessárias, que valham universalmente, quaisquer que sejam as circunstâncias.

O único valor universal possível é o ser humano, que vale porque jamais se reduz ao que é atualmente, sendo sempre capaz de desenvolvimento.

AGIR, COMUNICANDO DE MODO ÚTIL

Page 27: Avaliação desmistificada

Controle, condução e avaliação como atividades

de orientação. Avaliar é informar-se para julgar. Remediar é

ajustar a ação, apoiando-se no feedback. Pode haver remediação sem avaliação prévia – reajuste imediato e contínuo feedback – remediação;

remediação após a avaliação – feedback – julgamento – remediação.

Avaliação cumulativa – não seguida de remediação.

A avaliação formativa é um mito se não levar a uma ação corretiva.

AGIR REMEDIANDO DE MODO EFICAZ

Page 28: Avaliação desmistificada

Colocar o julgamento de avaliação, que o aluno começa por sofrer, a serviço de uma dinâmica que lhe permitirá tornar-se ele próprio soberano, e não mais submeter, este é o desafio àqueles que desejam tornar a avaliação formativa.