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Page 1: AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS_9ºano

Avaliações Bimestrais - 2013 – 6º ao 9º ano – 1

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AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3º BIMESTREEscola: Aluno:

Prof.(a) Ano/ Turma: 9º ano

01. O trecho em que a expressão destacada indica uma relação de tempo é(A) “As alegres meninas que passam na rua...” (B)“As alegres meninas que estão sempre rindo...”(C) “Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir...”(D) “O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo.”

02. No trecho: “O fato que revela as condições em que o corpo da menina foi encontrado” é(A) a frequência em que são noticiados nos jornais. (B) o lugar esquisito em que estava.(C) a forma em que o jornal noticiou.(D) a pouca frequência em que aparece na mídia.

03. O conto revela ao leitor que o amadurecimento das meninas surgiu(A) da convivência com criminosos.(B) do confronto com a violência.(C) da impossibilidade de rir.(D) do desrespeito às meninas estudantes.

04. “Eram de uma negrinha mirrada, raquítica, um fiapo de gente”. A expressão destacada é uma sequência(A) narrativa.(B) descritiva. (C) injuntiva.(D) argumentativa.

05. “Entra aí que eu te levo”. O termo destacado é marca de linguagem(A) formal. (C) científica. (B) informal. (D) regional.

06.“Nada não senhor ‒ repetiu. ‒ Tou esperando o ônibus...” As reticências usadas no trecho indicam(A) afirmação. (C) continuação. (B) enumeração. (D) explicação.

07. “Ela vacilou, intimidada. Insisti, abrindo a porta:”Nesse trecho, a palavra destacada tem o mesmo sentido de (A) hesitou (C) esbravejou..(B) fraquejou. (D) testemunhou.

Essas Meninas

Carlos Drummond de Andrade

AS ALEGRES MENINAS que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância. O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem. Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera a notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir. As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

Contos plausíveis. 7. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 84.

Na escuridão miserável

Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava enquanto punha o motor em movimento. Voltei-me e dei com uns olhos grandes e parados como os de um bicho, a me espiar através do vidro da janela junto ao meio-fio. Eram de uma negrinha mirrada, raquítica, um fiapo de gente encostado ao poste parecia animalzinho, não teria mais que uns sete anos. Inclinei-me sobre o banco, abaixando o vidro:

‒ O que foi minha filha? - perguntei, naturalmente, pensando tratar-se de esmola.

‒ Nada não senhor - respondeu-me, com medo, um fio de voz infantil.

‒ O que é que você está me olhando aí?

‒ Nada não senhor - repetiu. - Tou esperando o ônibus...

‒ Onde é que você mora?

‒ Na Praia do Pinto.

‒ Vou para aquele lado. Quer uma carona?

Ela vacilou, intimidada. Insisti, abrindo a porta:

‒ Entra aí, que eu te levo. […]

Histórias sobre ética. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 197-199.

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Avaliações Bimestrais - 2013 – 6º ao 9º ano – 1

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08. De acordo com o texto, o objetivo da proibição da compra de armas é(A) combater a criminalidade. (B) desarmar os cidadãos honestos.(C) garantir o cumprimento de leis.(D) promover a auto-defesa.

09. “ A questão é simples: é preciso desarmar e punir os criminosos, não os cidadãos honestos”. O uso dos dois pontos nesse trecho indicam(A) enumeração. (C) explicação. (B) conclusão. (D) oposição.

10. Os termos destacados indicam(A) adição. (B) conclusão.(C) explicação.(D) alternância.

11. Segundo o texto, proibir a compra de armas não diminuiria a criminalidade porque(A) é um direito natural inerente ao ser humano.(B) os crimes são praticados por bandidos que tem armas ilegais.(C) a lei garante o acesso ao instrumento de defesa.(D) na situação atual de violência, o instrumento é a arma de fogo.

12. “Ademais, o desarmamento compulsório das pessoas idôneas em nada contribuirá para a diminuição dos índices de criminalidade...”(A) adequado. (C) conservado.(B) forçado. (D) condicionado.

13. A finalidade principal desse texto é(A) convencer. (B) relatar.(C) descrever.(D) informar.

14. O assunto do texto é(A) um bicho faminto.(B) a imundice de um pátio.(C) a triste situação de um homem.(D) a comida que as pessoas jogam fora.

15. A expressão “Meu Deus” significa que o autor(B) ficou indiferente.(A) alegrou-se com a cena. (C) solucionou um problema social.(D) fiou chocado com o espetáculo

16. A intenção do autor ao usar a palavra “Bicho” parece que (A) a história é mesmo sobre um lixo. (B) o homem deve ser tratado como animal.(C) um homem se viu reduzido a condição de animal.(D) procurou chamar a nossa atenção para animais do lixo.

A compra de armas pelo cidadão comum deve ser proibida?

Edson Luiz Ribeiro.

Não. O direito à legítima defesa da vida e da integridade física, pessoal ou de terceiros, e do patrimônio é reconhecido por todas as religiões, civilizações e legislações há milênios; é um direito natural, inerente ao ser humano. [...]

A lei reconhece a legítima defesa e procura, acertadamente, garantir o acesso ao instrumento de defesa; se privado dos instrumentos adequados, o direito à legítima defesa virará letra morta.

Na situação atual de violência, o instrumento é a arma de fogo.

Em um Estado democrático de direito nenhum cidadão que atenda os requisitos legais pode ser impedido de, com a utilização dos meios adequados e necessários, defender a vida e a integridade física de sua pessoa e de seus familiares e os seus bens. Ademais, o desarmamento compulsório das pessoas idôneas em nada contribuirá para a diminuição dos índices de criminalidade, pois até as pedras de nossas ruas sabem que a quase totalidade dos crimes é praticada por bandidos, geralmente reincidentes, com armas ilegais que não serão entregues; os cidadãos de bem não se armam para cometer crimes, e sim para se defender. A questão é simples: é preciso desarmar e punir os criminosos, não os cidadãos honestos.

Folha de S. Paulo, São Paulo, 4 jun. 2000, Caderno Mais!, p.3

Não. O direito à legítima defesa da vida e da integridade física, pessoal ou de terceiros, e do patrimônio é reconhecido por todas as religiões,

civilizações e legislações há milênios; é um direito natural, inerente ao ser humano.[...]

O bicho

Vi ontem um bichoNa imundice do pátio

Catando comida entre os detritos.Quando achava alguma coisa;Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.O bicho não era um cão,

Não era um gato,Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947

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17. O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de(A) surgir um lobo faminto.(B) o cordeiro desafiar o lobo.(C) o lobo devorar o cordeiro.(D) o cordeiro saciar sua sede num límpido regaço.

18. O argumento usado pelo lobo para justificar sua ameaça ao cordeiro foi(A) “um cordeiro, sereno, bebia.”(B) “Eis que surge um lobo faminto:”(C) “‒ Como ousas sujar minha água?”(D) “...seria impossível macular tua água daqui?” 19. “‒ Não o tenho”. Nesse trecho, o termo destacado está substituindo a palavra(A) irmão. (C) lobo.(B) bicho. (D) cordeiro.

20. Esse texto serve para(A) noticiar um fato.(B) mandar um recado.(C) dar um ensinamento.(D) instruir procedimentos.

O lobo e o cordeiro

Jean de La Fontaeire(Tradução de Luciano Vieira Machado)

A razão do mais forte vai sempre vencer é o que adiante vocês hão de ver.

Num límpido regato um diaum cordeiro, sereno, bebia.Eis que surge um lobo faminto:‒ Como ousas sujar minha água? -diz o lobo com fingida mágoa:‒ Logo vais receber o castigopor assim desafiar o perigo.‒ Senhor – O cordeiro responde -,não te zangues: não vês que me encontro vinte panos abaixo de tie, portanto, seria impossívelmacular tua água daqui?‒ Tu a sujas – diz o bicho feroz -;além disso estou informadoque falaste de mim ano passado.‒ Como poderia ter te ofendidose não era nascido então,e o leite materno ainda bebo?‒ Ora, ora, se não foste tu,com certeza foi teu irmão.‒ Não o tenho.‒ Então foi algum dos teus:

[…]

Histórias sobre ética. São Paulo: Ática, 2003, p. 11-12.

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