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AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO TRÁFEGO E TRANSPORTE
PROJECTO DE GRAFITE DA SUNI RESOURCES S.A.
Preparado para:
Preparado por:
Suni Resources S.A. Coastal & Environmental Services
Edificio Solar das Acácias, Avenida Julius Nyerere 4000,
Loja 05
Avenida da Mozal, Porta 2334 Beluluane
Célula D. Quarteirão 02
Cidade de Maputo, Moçambique Moçambique
JANEIRO DE 2017
AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO TRÁFEGO E TRANSPORTE
PROJECTO DE GRAFITE DA SUNI RESOURCES S.A.
Preparado para:
Preparado por:
Suni Resources S.A. Coastal & Environmental Services
Edificio Solar das Acácias, Avenida Julius Nyerere 4000,
Loja 05
Avenida da Mozal, Porta 2334 Beluluane
Célula D. Quarteirão 02
Cidade de Maputo, Moçambique Moçambique
JANEIRO DE 2017
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services i Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
Coastal & Environmental Services
Título do Relatório: Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte Versão do Relatório: Rascunho Número do Projecto: 168
Nome Responsabilidade Data
Thomas King Autor Janeiro de 2017
Bill Rowlston Revisor Fevereiro 2017
Direitos Autorais Este documento contém propriedade intelectual e informações proprietárias que estão protegidas por direitos autorais a favor da Coastal & Environmental Services (CES) e consultores de especialidade. O documento não pode, portanto, ser reproduzido, utilizado ou distribuído a terceiros sem o consentimento prévio por escrito da CES. O documento é elaborado exclusivamente para apresentação ao Cliente e está sujeito a todos os segredos de confidencialidade, direitos autorais e comerciais, regras de propriedade intelectual e práticas da África do Sul e Moçambique.
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services i Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
SUMÁRIO EXECUTIVO A Suni Resources planeia extrair e processar o minério de grafite no local da mina do Projecto de Grafite Central de Montepuez. A grafite será transportada usando camiões articulados de múltiplos eixos para uma instalação de armazenamento no Porto de Pemba, ou possivelmente no Porto de Nacala, que está sendo considerado como uma alternativa nesta fase. A partir daí, a grafite será carregada em navios para exportação. A fase de construção terá lugar de Setembro de 2017 a Fevereiro de 2019. Estima-se que o material de construção com um peso total de 10 000 toneladas terá de ser entregue no local. Utilizando o cronograma de construção, estima-se que o número médio de entregas por dia seja o seguinte:
A maioria do tráfego de construção ocorrerá nos meses de Janeiro de 2018 a Outubro de 2018. A mina antecipa a produção de 100 mil toneladas por ano de produto de grafite exportável. Este será embalado em sacos de granel de 1 tonelada e transportado para o porto de Pemba ou Nacala como uma alternativa. Assumindo cargas úteis de 25 toneladas, prevê-se o seguinte tráfego na fase de operações.
Fonte Descrição Rota
Entrega de grafite ao porto 13 entregas de 25 toneladas por dia Local para Pemba e retorno
Transporte de pessoal (locais) 4 autocarros de 15 lugares diariamente Estradas locais ao redor do local
Transporte de mão-de-obra (aeroporto)
5 autocarros de 15 lugares a cada 2 semanas
Local para Pemba e retorno
Consumíveis e suprimentos para o local
60 camiões de múltiplos eixos por mês Várias fontes para o local
Foram identificados os seguintes impactos:
Impacto Pré-mitigação Pós-mitigação Construção
Aumento do risco de colisões de veículos e ferimentos MOD - BAIXA - Geração de poeiras MOD - BAIXA - Transporte de cargas anormais BAIXA - BAIXA -
Operação Aumento do risco de colisões de veículos e ferimentos ELEVADO - MOD -
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services ii Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
Impacto Pré-mitigação Pós-mitigação Geração de poeiras ELEVADO - MOD - Danos nas estradas públicas MOD - BAIXA - Ruído de veículos MOD - BAIXA -
Cumulativo Impacto cumulativo de tráfego da mina MOD - BAIXA -
São sugeridas as seguintes medidas de mitigação: Construção:
Recomenda-se o melhoramento da estrada entre Montepuez e o local da mina,
O uso de sinais para controlar a velocidade do tráfego e fornecer outras notificações e avisos úteis,
Evitar o fornecimento de material durante a noite,
Evitar a formação de colunas,
Preparar um Plano de Prontidão e Resposta a Emergências,
O transporte de cargas anormais deve ser organizado com as autoridades de trânsito relevantes.
Operação:
Garantir que os horários de entrega dos condutores não resultem em riscos de fadiga, excesso de velocidade e segurança,
Continuar a aplicar o Plano de Prontião e Resposta a Emergência,
Evitar o transporte e a entrega do produto durante a noite.
Determinar os padrões de concepção das vias públicas.
Assegurar que os veículos da mina não estejam sobrecarregados.
Minimizar motores de veículos individuais, a transmissão e a vibração do corpo. Isto pode ser conseguido através da manutenção regular dos veículos.
Ao projectar as estradas, evitar a necessidade de aceleração e desaceleração excessivas minimizando as inclinações.
Fazer a manutenção da superfície da estrada para evitar corrugações e buracos.
Minimizar a necessidade de os camiões fazerem a retaguarda e activar as sirenes de retaguarda.
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services iii Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
TABELA DE CONTEÚDOS 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5 1.1 Antecedentes do projecto ................................................................................................ 5 1.2 Termos de referência ...................................................................................................... 7 1.3 Abordagem para o estudo ............................................................................................... 7 1.4 Pressupostos e limitações ............................................................................................... 8
2 DESCRIÇÃO DO TRANSPORTE NA FASE DE CONSTRUÇÃOSE DE ................................ 9 2.1 Geração de tráfego .......................................................................................................... 9 2.2 Distribuição da viagem .................................................................................................. 10
3 DESCRIÇÃO DO TRANSPORTE NA FASE OPERACIONAL ............................................. 19 3.1 Transporte de produtos ................................................................................................. 19 3.2 Transporte de mão-de-obra ........................................................................................... 19 3.3 Transporte de equipamentos e suprimentos .................................................................. 20 3.3.1 Suprimentos de produção .......................................................................................... 21
3.4 Resumo volume de tráfego das operações.................................................................... 21 4 DESCRIÇÃO DA ROTA ....................................................................................................... 22 4.1 Estrada sem nome/509: Local para Montepuez ............................................................. 22 4.1.1 Mapa de rota ............................................................................................................. 22 4.1.2 Condições da estrada ................................................................................................ 23 4.1.3 Pontes ....................................................................................................................... 23 4.1.4 Comunidades ............................................................................................................ 24 4.1.5 Curvas e cruzamentos ............................................................................................... 24
4.2 Estrada EN242: Montepuez para Metoro ....................................................................... 25 4.2.1 Mapa de rota ............................................................................................................. 25 4.2.2 Condições da estrada ................................................................................................ 26 4.2.3 Pontes ....................................................................................................................... 26 4.2.4 Comunidades ............................................................................................................ 26 4.2.5 Curvas e Cruzamentos .............................................................................................. 27
4.3 Estrada EN242: Metoro para Pemba ............................................................................. 28 4.3.1 Mapa de rota ............................................................................................................. 28 4.3.2 Condições da estrada ................................................................................................ 29 4.3.3 Pontes ....................................................................................................................... 29 4.3.4 Comunidades ............................................................................................................ 29 4.3.5 Curvas e Cruzamentos .............................................................................................. 29
4.4 Estrada 106: Metoro para Namialo ................................................................................ 29 4.4.1 Condições da estrada ................................................................................................ 29
4.5 Estrada EN8: Namialo para o Porto de Nacala .............................................................. 30 4.5.1 Condições da estrada ................................................................................................ 30
5 DESCRIÇÕES DOS PORTOS .............................................................................................. 31 6 O CÓDIGO DE ESTRADA MOÇAMBICANO ....................................................................... 32 7 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS ............................................................................................... 45 7.1 Impacto da fase de concepção ...................................................................................... 45 7.2 Impactos na fase de construção .................................................................................... 45 7.3 Impacto da fase de operação ........................................................................................ 47 7.4 Impactos da fase de descomissionamento .................................................................... 50 7.5 Impactos cumulativos .................................................................................................... 50
8 RESUMO E RECOMENDAÇÕES ......................................................................................... 52
LISTA DE FIGURAS Figura 1.1: A rota de transporte do produto..................................................................................... 6 Figura 4.1: A rota do local da mina para Montepuez (57km) ......................................................... 22 Figura 4.2: A rota de Montepuez para Metoro (cerca de 110 km) ................................................. 25 Figura 4.3: A rota de Metoro a Pemba (cerca de 92 km) ............................................................... 28 Figura 4.4: Ponte do Rio Lúrio ...................................................................................................... 30 Figura 7.1: Distribuição de viagens durante o período de construção ........................................... 45
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LISTA DE TABELAS Tabela 2.1: Volume de materiais de construção necessários ........................................................ 10 Tabela 2.2: Cronograma simplificado para o estabelecimento da mina. ........................................ 12 Tabela 2.3: Tabela de Resumo de Tráfego de Construção ........................................................... 16 Tabela 3.1: Volume diário de camiões para transporte de produtos .............................................. 19 Tabela 3.2: Necessidades Antecipadas de Pessoal na Fase de Operações (Estimativa de Forca de
Trabalho de Montepuez Rev1) ............................................................................................... 20 Tabela 3.3: Suprimentos de produção (fase de operações) .......................................................... 21 Tabela 3.4: Resumo do tráfego da fase de operações .................................................................. 21 Tabela 4.1: Comunidades e Vilas ao longo da rota de Montepuez para Metoro ............................ 26 Tabela 5.1: Descrições dos Portos ............................................................................................... 31 Tabela 6.1: Limites de carga legal dos veículos de mercadorias ................................................... 36 Tabela 7.1: Resumo do tráfego da fase de operações .................................................................. 47 Tabela 7.2: Tráfego estimado total de camiões associados à entrega de grafite para as minas na
região de Montepuez ............................................................................................................. 50 Tabela 8.1: Resumo dos impactos identificados de tráfego do projecto ........................................ 52
TABELA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 4.1: Estrutura típica das 14 pontes entre o local da mina e Montepuez ........................ 23 Ilustração 4.2: Ponte do Rio Lúrio (-13.0585 ° S; 38.9792 ° E) ...................................................... 23 Ilustração 4.3: Ponte de baixa qualidade localizada a -12.992964 ° S; 38,897874 ° E .................. 24 Ilustração 4.4: Cena típica da estrada através da comunidade (local para Montepuez) ................ 24 Ilustração 4.5: As congestionadas condições nas vilas comerciais de rubis (Namanhumbir e
Nanhupo) ............................................................................................................................... 26
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Coastal & Environmental Services 5 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A
1 INTRODUÇÃO
1.1 Antecedentes do projecto A Suni Resources S.A. (referida como “Suni Resources”) contratou a Coastal & Environmental Services, consultora ambiental e social independente, para realizar uma Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS) para uma mina de grafite proposta no Distrito de Montepuez, Província de Cabo Delgado, Moçambique. Esta Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte é parte de um conjunto de estudos que foram conduzidos como parte da avaliação. A Suni Resources planeia extrair e processar o minério de grafite no local da mina. A grafite será transportada em camiões articulados de múltiplos eixos para uma instalação de armazenamento no Porto de Pemba, ou possivelmente no Porto de Nacala, que está sendo considerado como uma alternativa nesta fase. O Porto de Nacala não é a opção preferida de Porto. A partir daí, a grafite será carregada em navios para exportação. O transporte de produtos para exportação será o contribuinte mais significativo para o tráfego da fase de operações nas vias públicas, mas também haverá menores contribuições devido ao fornecimento de combustível e consumíveis para o local e ao comutamento da equipe da fase de operações. É provável que apenas uma pequena proporção de equipamentos de construção e material esteja disponível localmente, e que uma grande quantidade de material de construção e equipamentos precisarão ser entregues ao local de fontes distantes. A mina planeia produzir aproximadamente 100.000 toneladas por ano (tpa) de produto de grafite vendável. A rota de transporte para o produto é mostrada na Figura 1.1
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Figura 1.1: A rota de transporte do produto
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1.2 Termos de referência Os termos de referência para este estudo são os seguintes:
a) Descrever o processo de mineração, com especial referência às questões de tráfego e transporte, incluindo estimativas dos volumes de tráfego esperados a serem gerados pelo projecto.
b) Descrever as rotas rodoviárias desde o local da mina até os portos de Nacala e Pemba e identificar áreas sensíveis como pontes, cruzamentos, assentamentos próximos à estrada e potenciais estrangulamentos ou áreas perigosas. A condição da estrada também deve ser descrita.
c) Descrever o porto com detalhes de: actividades actuais, infraestrutura e disposição, e capacidade dos portos para acomodar a exportação do produto.
d) Rever a Legislação Moçambicana relativa às questões de tráfego e transporte. e) Apresentar as principais conclusões e recomendações relativas aos acordos de trânsito e de
transporte relacionados com o projecto.
1.3 Abordagem para o estudo Nesta fase do planeamento e concepção do projecto, não é possível quantificar com precisão os volumes de tráfego que serão gerados pelo projecto. No entanto, as estimativas dos volumes de tráfego foram efectuadas com base numa revisão exaustiva dos documentos de planeamento de projectos disponíveis e estes são considerados suficientes para avaliar os potenciais impactos ambientais e sociais do tráfego relacionado com o projecto nas estradas da zona do projecto e, entre o local do projecto e o porto de entrada para o equipamento e os materiais, e para a exportação do produto. Foi realizada uma visita ao local para este estudo de 5 a 9 de Dezembro de 2016. Deve-se notar que o autor não viajou pessoalmente ou avaliou as estradas 106 (Metoro a Namialo) e EN108 (Namialo a Nacala). Detalhes desta rota foram fornecidos por terceiros que trabalham e estão familiarizados com a área. As rotas avaliadas entre o local da mina e o Porto de Pemba são as seguintes:
Estrada não pavimentada sem nome do local da mina ao cruzamento com a estrada 509 (± 36km)
Cruzamento com a estrada 509 até Montepuez (± 21km)
EN242: Montepuez para Pemba (± 203km)
Para alcançar o porto de Nacala, um veículo deve tomar a estrada 106 em Metoro. As estradas associadas a esta opção são as seguintes:
Estrada 106: Metoro a Namialo (± 225km)
Estrada EN108: Namialo para Nacala (± 103km) Ao longo destas estradas, foram tomadas notas do seguinte:
A localização e o estado das pontes;
Assentamentos ao lado ou perto da estrada, tomando nota especial das áreas comerciais perto da estrada;
O estado da estrada. Durante a fase de construção será necessário importar materiais e equipamentos para Moçambique e transportá-los para o local do projecto. O empreiteiro nomeado para a construção da mina será responsável pela obtenção de todo o material e equipamento necessários para a conclusão dos trabalhos de construção. Como os planos de construção detalhados ainda não estão disponíveis, não é possível, nesta fase, quantificar com precisão os volumes de tráfego que se espera que sejam gerados como resultado da importação de materiais e equipamentos. As informações actualmente
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disponíveis foram utilizadas para estimar os volumes de tráfego para a fase de construção. Por fim, o estudo analisa a legislação pertinente em matéria de tráfego e transporte em Moçambique. O documento mais relevante a este respeito é o Código de Estrada: Decreto-Lei 1/2011, de 23 de Março. É apresentado um resumo de informações importantes neste Código.
1.4 Pressupostos e limitações Muitos aspectos da fase de operação estão ainda em fase de planeamento e, como resultado, este estudo incidirá menos sobre a quantificação do número de tráfego e mais sobre as condições actuais no local e ao longo de rotas de transporte potencialmente relevantes para futuros problemas potenciais de tráfego e transporte. Este relatório é baseado nos seguintes planos para a fase de operações:
O Porto de Pemba será utilizado para exportação de produtos, mas o Porto de Nacala também será considerado.
Aproximadamente 100.000 tpa de concentrado de grafite serão exportadas.
O produto será embalado em sacos a granel de 1 tonelada para transporte até o porto, enquanto grande parte dos materiais do porto para o local da mina estará em contentores de transporte. Alguns itens muito grandes de plantas e equipamentos serão transportados em carregadoras baixas.
A fonte de equipamentos e materiais, os meios e as vias de transporte de materiais de construção são detalhes que serão decididos pelo empreiteiro quando a fase de construção começar. Nenhuma quantificação precisa do tráfego que se espera que venha a ser gerado durante a fase de construção pode ser feita até que uma lista detalhada de quantidades esteja disponível, os fornecedores de bens e equipamentos sejam conhecidos e um calendário de actividades de construção tenha sido acordado. No entanto, para fins deste relatório, foram utilizadas estimativas preliminares dos pesos dos bens e materiais necessários para a construção de infraestrutura relacionada com a mina e um cronograma provisório para o estabelecimento da mina para fazer uma primeira estimativa do volume de tráfego durante a construção (Capítulo 2).
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2 DESCRIÇÃO DO TRANSPORTE NA FASE DE CONSTRUÇÃOSE DE A implementação do projecto será conduzida por uma Contratada de Engenharia, Procurement, Construção e Gestão (EPCM), que será nomeada pela Suni Resources S.A. para gerir e supervisionar a engenharia, o fornecimento de equipamentos e materiais e concluir a construção da planta. Nesta fase, sem um plano de construção detalhado formulado pela Contratada EPCM, não é possível quantificar com precisão os volumes de tráfego que serão gerados pela construção da mina; mas algumas estimativas razoáveis, preliminares e indicativas podem ser feitas.
2.1 Geração de tráfego É provável que uma gama de tipos de veículos seja utilizada durante a construção da mina. Os veículos pesados que serão necessários para o transporte de mercadorias, materiais e equipamentos para o local incluem camiões de três, cinco e sete eixos; Semi-reboques e, possivelmente, atrelados rodoviários puxando um número de reboques. Veículos como escavadoras e bulldozers serão transportados para o local em carregadoras baixas. Também é provável que haja algumas cargas anormais para itens grandes, como transformadores que não podem ser montados no local. Será necessário construir um acampamento para abrigar os trabalhadores da construção civil, mas uma vez que o acampamento e a infraestrutura da mina estarão todos dentro de uma área de mina definida e controlada pelo acesso, não serão esperados impactos de tráfego nas estradas externas e públicas. Grandes peças de equipamento serão enviadas para o Porto de Pemba ou Nacala. Em seguida, elas serão transportadas por estrada para o local. O porto para o qual o equipamento será entregue dependerá dos seguintes factores:
Se o porto está na rota da linha de navegação;
Se o porto tem o equipamento em terra necessário para descarregar itens;
Se o porto é grande o suficiente para o tipo de navio que transporta o equipamento;
Tarifas portuárias. Outros factores também podem afectar a decisão do Porto. Componentes menores que não estão disponíveis localmente precisarão ser importadas também.
A seguinte infraestrutura será necessária para facilitar as operações da mina (Coastal & Environmental Services, 2016):
Reabilitação da estrada de acesso principal da Vila Vinte e Cinco para o local da mina;
Estradas internas da mina;
Vila de acomodação para acomodar aproximadamente 250 pessoas, incluindo quartos de acomodação, abluções, área de recreação, refeitório, lavandaria, edifício de administração;
Escritórios localizados ao lado da planta de processo;
Oficina da mina para reparação e manutenção da frota de mineração e equipamentos de perfuração;
Edificio de preparação de amostras e laboratório de geoquímica;
Estações de armazenamento e abastecimento de combustível diesel para a frota da mina e veículos ligeiros;
Serviços e utilidades do local, incluindo instalação de tratamento de água potável, instalação de tratamento de esgoto, instalação de armazenamento de explosivos da mina e paiol;
Barragem de armazenamento de água do processo;
Central eléctrica a diesel, incluindo grupos geradores, sistemas auxiliares, armazenamento e distribuição de combustível, edifício e sala de controlo das centrais eléctricas;
Uma cerca de perímetro ao redor da planta de processo e acampamento;
Uma planta de processamento de minério que inclui oficina da planta e armazéns,
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armazenamento de reagentes e consumíveis, salas de controle, salas de mudança e escritório da planta, Subestação e transformadores e plantas móveis.
Uma instalação de armazenamento de rejeitos (TSF) com sistema de recuperação de água para reutilização de água na planta de processo;
Depósitos de estéril para cada depósito de minério;
Barragem de armazenamento de água bruta;
Comutadores, transformadores e linhas aéreas de energia para reticular a energia a várias cargas no local;
Campo de furos, incluindo bombas e condutas para recuperar água subterrânea para uso nas instalações de processamento e para água potável; e
Uma camara de empréstimo de dolerite/anfibolito será incluída como fonte de material de construção se a rocha não estiver dentro das infraestruturas de rejeitos e represas de água.
A concepção detalhada da mina e das estruturas auxiliares no local ainda não está em uma fase em que estão disponíveis estimativas precisas de quantidades e pesos de materiais e equipamentos. Os principais itens de equipamentos e materiais transportados serão:
Estruturas metálicas estruturais.
Betão pronto, ou agregado, areia e cimento para o loteamento no local.
Trabalho civil geral e materiais de construção (reboco, tijolos, cimento).
Equipamentos pré-montados para a unidade de transformação; Moagem, flotação, re-moagem, manuseio do produto), sistema de distribuição de electricidade e estação de tratamento de águas residuais.
Bombas e condutas para o sistema de abastecimento de água.
Material de enchimento para o aterro da TSF.
Planta de construção de maquinaria.
Serão transportadas para o local aproximadamente as seguintes quantidades de vários materiais durante a fase de construção: Tabela 2.1: Volume de materiais de construção necessários
Material Peso (toneladas) Agregado de betão e areia 5000
Aço de reforço 400
Cimento 1000
Aço estrutural 500
Placas e tanques 150
Tubagem 400
Cabos eléctricos, escada de cabo, materiais diversos 500
Materiais de construção 600
Equipamento Mecânico 500
Equipamentos eléctricos (quadros, transformadores, etc.) 50
TOTAL 9100
Além disso, o pessoal da construção e pessoal terá de ser transportado para o local durante a construção, bem como materiais consumíveis, como combustível e lubrificantes.
2.2 Distribuição da viagem Os detalhes das origens dos vários equipamentos e materiais relacionados com a construção ainda não estão disponíveis e, por consequência, não é possível definir as rotas – avaliação da viagem – a serem definidas bem como as estradas que serão usadas para transportar o equipamento da mina do ponto de origem até o local da mina. No entanto, tal como acima referido, é provável que grandes peças de equipamento, fabricadas fora de Moçambique, sejam entregues ao Porto de Pemba, ou possivelmente Nacala, e transportadas por estrada até ao local. Entregas menores (<10 toneladas) de materiais que não podem ser obtidos em centros urbanos circundantes são provavelmente
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fornecidas por camiões da África do Sul ou do Malawi. Todos os itens serão transportados na EN242 na fase final da rota para o local. Um cronograma de construção simplificado é apresentado na Tabela 2.1.
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Tabela 2.2: Cronograma simplificado para o estabelecimento da mina. Fonte: Suni Resources SA
MES Set 17
Out17
Nov17
Dez17
Jan18
Fev18
Mar18
Abr 18
Mai18
Jun18
Jul 18
Ago18
Sep18
Out18
Nov18
Dez18
Jan19
Fev19
Manufactura e fabricação
Manuseamento e processamento de minério
Manuseamento e processamento de minério
Mecânica e tubagem
Manufactura e entrega: Gruas e guindastes 1 1 1 1 1 1
Britagem, Armazenamento, Recuperação
Mecânica e tubagem
Manufactura e entrega: triturador primário 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: alimentadores de esteira 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: CorreiaTransportadora 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Magnet 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Ciclones de retirada de lama 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Balanças 1 1 1 1 1 1
Moagem e classificação
Mecânica e tubagem
Manufactura: Moagem 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Entrega: Moagem 1 1 1
Flotação
Mecânica e tubagem
Manufactura e entrega: Células de flotação 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Poço colector 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Compressores de Ar HP, secadores 1 1 1 1 1
Rejeitos
Mecânica e tubagem
Manufactura e entrega: Bombas de rejeitos 1 1 1 1 1 1
Filtração
Mecânica e tubagem
Manufactura e entrega: Filtros 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Espessantes 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Bombas de lamas 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Bombas de Solução 1 1 1 1 1 1
Secagem e armazenamento de concentrado
Mecânica e tubagem
Manufactura e entrega: Secador de concentrado 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Alimentador de secador 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Combustão do secador e ventoinha exaustora 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Área de secagem de bomba de diesel 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Colectores de poeira 1 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Correias transportadoras 1 1 1 1 1 1 1
Manufactura e entrega: Triagem do produto e alimentação de ensacamento 1 1 1 1 1 1
Reagentes
Mecânica e Tubagem
Manufactura e Entrega: Mistura de Reagente e Dosagem 1 1 1
Serviços e Utilidades
Mecânica e Tubagem
Manufactura e Entrega: Bombas de Incêndio 1 1 1 1 1 1
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Abr 18
Mai18
Jun18
Jul 18
Ago18
Sep18
Out18
Nov18
Dez18
Jan19
Fev19
Manufactura e Entrega: Planta de Tratamento de Esgoto 1 1 1
Manufactura e Entrega: Estação de Tratamento de Água Potável 1 1 1 1 1 1
Manufactura e Entrega: Tubagem 1 1 1 1 1
Manufactura e Entrega: Agitadores 1 1 1 1 1
Manufactura e Entrega: Água Bruta, Água Potável e Tubos 1 1 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Manufactura e Entrega: Transformadores 1 1 1 1 1
Manufactura e Entrega: MCC / Interruptores 1 1 1 1 1 1
Interruptores e Entrega: VSD 1 1 1 1 1
Interruptores e Entrega: Instrumentação 1 1 1 1 1
Manufactura e Entrega: Sistema de Controlo PLC / SCADA 1 1 1 1 1
Infraestrutura no Local
Edifícios Auxiliares
Edifícios de Infraestrutura
Manufactura e Entrega: Laboratório 1 1 1 1 1
Manufactura e Fornecimento: Edifícios 1 1 1
Fornecimento de Energia e Reticulação
Estação de Energia
Manufactura e Entrega - Estação de Energia 1 1 1 1 1 1 1
Armazenamento e Reticulação de Combustível
Instalação de Combustível
Manufactura e Entrega: Instalação de Combustível 1 1 1 1
Comunicação e Controle
Comunicações
Manufactura e Entrega: Sistemas de Comunicação 1 1 1 1 1 1
Vila de Acomodação
Edifícios de Infraestrutura
Manufactura e Entrega: Acampamento de construção 1
Manufactura e Entrega: Acampamento de Acomodação 1 1
Construção
Manuseamento e Processamento de Minério
Manuseamento e Processamento de Minério
Civil (Terraplenagem)
Terraplenagem em massa: Local da planta 1 1 1
Britagem, Empilhamento, Recuperação
Civil (Terraplenagem)
Terraplenagem em Massa: Britagem 1
Terraplenagem em Massa: Recuperação 1 1
Instalação de Gabioes: Minério Bruto 1 1
Concreto
Britagem: Concreto 1 1
Empilhamento, Recuperação (incl túnel): Concreto 1 1 1 1
Estrutural
Britagem: Aço Estrutural 1 1 1
Silo de ROM 1 1 1
Empilhamento, Recuperação: Aço Estrutural 1 1
Mecânica e Tubagens
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 14 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
MES Set 17
Out17
Nov17
Dez17
Jan18
Fev18
Mar18
Abr 18
Mai18
Jun18
Jul 18
Ago18
Sep18
Out18
Nov18
Dez18
Jan19
Fev19
Britagem: Mecânica e Placas 1 1 1
Britagem, Recuperação: Mecânica e Placas 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Britagem: Eléctrica e Instrumentação 1 1 1
Empilhamento, Recuperação: Eléctrica e Instrumentação 1 1
Moagem e Classificação
Concreto
Moagem e Classificação (incluindo correias transportadoras): Concreto 1 1 1 1
Estrutural
Moagem e Classificação (incluindo correias transportadoras): Aço Estrutural 1 1
Mecânica e Tubagem
Placas Moagem e Classificação (incluindo correias transportadoras): Mecânica e chapa 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Moagem e Classificação (incluindo correias transportadoras): Eléctrica e Instrumentação 1 1 1
Flotação
Concreto
Flotação (incluindo eliminação de rejeitos): Concreto 1 1 1
Estrutural
Flotação (incluindo eliminação de rejeitos): Aço Estrutural 1 1 1 1
Mecânica e Tubagens
Flotação (incluindo eliminação de rejeitos): Mecânica e Placas 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Flotação (incluindo eliminação de rejeitos): Eléctrica e Instrumentação 1 1 1
Rejeitos
Civil (Terraplenagem)
Rejeitos: Terraplenagem em Massa 1 1 1 1 1 1
Concreto
Rejeitos: Concreto 1 1
Estrutural
Rejeitos: Aço Estrutural 1
Mecânica e Tubagem
Rejeitos: Mecânica, Placas e Tubagem 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Rejeitos: Eléctrica e Instrumentação 1 1
Filtração
Concreto
Filtração: Concreto 1 1 1
Estrutural
Filtração: Aço Estrutural 1 1 1
Mecânica e Tubagem
Filtração: Mecânica e Placas 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Filtração: Eléctrica e Instrumentação 1 1
Secagem de Concentrado e Armazenagem
Concreto
Armazenamento de Concentrado: Concreto 1 1 1 1
Triagem de Concentrado e Ensacamento: Concreto 1 1
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 15 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
MES Set 17
Out17
Nov17
Dez17
Jan18
Fev18
Mar18
Abr 18
Mai18
Jun18
Jul 18
Ago18
Sep18
Out18
Nov18
Dez18
Jan19
Fev19
Estrutural
Armazenamento de Concentrado: Aço Estrutural 1
Triagem de Concentrado e Ensacamento: Aço Estrutural 1 1
Mecânica e Tubagens
Armazenamento de Concentrado: Mecânica e Placas 1 1
Triagem de Concentrado e Ensacamento: Mecânica e Placas 1 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Armazenamento de Concentrado: Eléctrica e Instrumentação 1 1
Triagem de Concentrado e Ensacamento: Eléctrica e Instrumentação 1 1
Reagentes
Concreto
Reagentes (Mistura e Armazenamento): Concreto 1 1
Estrutural
Reagentes (Mistura e Armazenamento): Aço Estrutural 1 1
Mecânica e Tubagens
Reagentes (Mistura e Armazenamento): Mecânica e Placas 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Reagentes (Mistura e Armazenamento): Eléctrica e Instrumentação 1
Serviços e Utilidades
Civil (Terraplenagem)
Estradas do Local da Planta & Drenagem: Terraplanagem Detalhada 1 1 1
Concreto
Serviços e Utilidades: Concreto 1 1 1
Estrutural
Serviços e Utilidades: Aço Estrutural 1
Mecânica e Tubagens
Serviços e Utilidades: Mecânica e Placas 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Serviços e Utilidades: Eléctrica e Instrumentação 1
Rejeitos, Gestão de Água e Resíduos
Barragem de Armazenamento de Rejeitos
Civil (Terraplenagem)
Terraplenagem em Massa: Construção da TSF 1 1 1
Água Bruta/Serviços de Água de Processo
Civil (Terraplenagem)
Instalar Tubagem: Eliminação de Rejeitos 1
Infraestrutura no Local
Infraestrutura no Local
Estação de Energia
Edifícios de Estação de Energia e Instalação de Geradores incl Eléctrica 1 1 1
Concreto
Estação de Energia: Concreto 1 1
Oficina da Planta & Armazém: Concreto 1 1 1
Instrumentação Eléctrica e Controles
Instalação: Transformadores 1
Oficina da Planta & Armazém: Instalação de Edifícios 1 1 1
Oficina da Planta & Armazém: Eléctrica 1 1
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 16 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
MES Set 17
Out17
Nov17
Dez17
Jan18
Fev18
Mar18
Abr 18
Mai18
Jun18
Jul 18
Ago18
Sep18
Out18
Nov18
Dez18
Jan19
Fev19
Edifícios Auxiliares
Edifícios de Infraestrutura
Instalação: Acampamento de Construção 1 1 1
Acampamento Permanente: Instalação de Edifícios 1 1 1
Área Administrativa: Instalação de Edifícios incl. Eléctrica 1 1
Oficinas da Mina & Escritório: Instalação de Edifícios incl. Eléctrica 1 1 1 1
Civil (Terraplenagem)
Terraplenagem em Massa: Oficina da Mina, Armazenamento de Combustível e Área de Parqueamento de Camiões 1 1
Terraplenagem em Massa: Área de administração 1 1
Água Bruta / Serviços de Água de Processo
Civil (Terraplenagem)
Terraplenagem em Massa: Construção de Barragem de Água Bruta 1 1 1 1
Instalar a Tubagem: Barragem Bruta para o Local da Planta 1 1 1
Armazenamento e Reticulação de Combustível
Instalação de combustível
Instalação: Instalação de Combustível 1 1 1
Comunicação e Controle
Comunicações
Instalar Sistema de Comunicação incluindo Rede de Telefonia Móvel 1 1
Infraestrutura Externa
Infraestrutura Externa
Civil (Estradas)
Melhorar o Acesso da Estrada Preliminar 1 1 1 1
Construção de Estrada de Acesso Permanente 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SUM 4 4 3 6 23 39 45 50 54 59 44 40 30 19 6 2 3 1
MÊS Set 17
Out17
Nov17
Dez17
Jan18
Fev18
Mar18
Abr18
Mai18
Jun18
Jul 18
Ago18
Set 18
Out18
Nov18
Dez18
Jan19
Fev19
Tabela 2.3: Tabela de Resumo de Tráfego de Construção
Suni Resources S.A.: Avaliação do Impacto do Tráfego e do Transporte
Volume de tráfego: Materiais de construção
Cronograma de estabelecimento simplificado
Nº de Actividades 4 4 3 6 23 39 45 50 54 59 44 40 30 19 6 2 3 1
Mês e Ano Set17 Out17 Nov17 Dez17 Jan18 Fev18 Mar18 Abr18 Mai18 Jun18 Jul18 Ago18 Set18 Out18 Nov18 Dez18 Jan19 Fev19
Estimativa preliminar do peso dos materiais para estabelecimento 10000 toneladas
Carga por veículo 25 toneladas
6 dias de semana de trabalho* 26.1 Days / month
(Nenhum veículo pesado através da comunidades no Domingo) *
Toneladas estimadas/ mês para o local entre Setembro de 2017 e Fevereiro de 2019
Mês e Ano Set17 Out17 Nov17 Dez17 Jan18 Fev18 Mar18 Abr18 Mai18 Jun18 Jul18 Ago18 Set18 Out18 Nov18 Dez19 Jan19 Fev19
Toneladas/mês 93 93 69 139 532 903 1 042 1 157 1 250 1 366 1 019 926 694 440 139 46 69 23
Veículos carregados/mês 3.7 3.7 2.8 5.6 21.3 36.1 41.7 46.3 50.0 54.6 40.7 37.0 27.8 17.6 5.6 1.9 2.8 0.9
Viagens de veículos/mês 7.4 7.4 5.6 11.1 42.6 72.2 83.3 92.6 100.0 109.3 81.5 74.1 55.6 35.2 11.1 3.7 5.6 1.9
Viagens de veículos/dia (semana de 6 dias)*
0.3 0.3 0.2 0.4 1.6 2.8 3.2 3.6 3.8 4.2 3.1 2.8 2.1 1.3 0.4 0.1 0.2 0.1
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 17 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
* Não seria impróprio arredondar estes números até ao número inteiro mais próximo, tendo em conta os pressupostos utilizados para os derivar
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 18 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A
As seguintes informações da Tabela 2.2 (cronograma de construção) são relevantes para a estimativa da distribuição do tráfego
O período durante o qual o material de construção será entregue ao local, e a construção em si, será de 17 meses.
O mês com maior actividade (mês em que coincidem mais tarefas) será Junho de 2018. O período de Janeiro de 2018 a Outubro de 2018 será o mais movimentado.
As estimativas de 9.100 toneladas de material serão entregues entre Setembro de 2017 e Outubro de 2018. Supõe-se que cada camião terá uma carga útil média de 25 toneladas. Aproximadamente 500 - 600 pessoas serão empregadas durante a fase de construção. Todo o pessoal de gestão e de supervisão e alguns trabalhadores-chave serão acomodados no local em um acampamento de construção temporário, excepto para aqueles que são empregados das comunidades vizinhas.
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 19 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A
3 DESCRIÇÃO DO TRANSPORTE NA FASE OPERACIONAL Este capítulo apresenta as informações actualmente disponíveis sobre a fase de operação do projecto, com especial incidência nas questões de tráfego e transporte. O capítulo trata da embalagem, transporte e armazenamento; das vias rodoviárias a utilizar; e o tipo de veículos de transporte a utilizar no transporte.
3.1 Transporte de produtos O produto final do processamento da mina será o concentrado de grafite com um teor de humidade de 0,3%. O concentrado seco será transportado para Pemba em sacos a granel de 1 tonelada carregados em camiões de base plana. Nacala está sendo considerado como um porto alternativo para exportação de produtos. Pemba foi escolhido como prioridade, pois está 236 quilómetros mais perto do local da mina do que Nacala. (Local para Pemba = 260 Km. Local para Nacala = 496 Km). Foi assumida uma carga de 25 toneladas por camião de base plana. O produto será entregue em uma área de armazenamento no porto de Pemba, antes do embarque. Estima-se que a mina produza aproximadamente 100.000 tpa de grafite. Prevêem-se os seguintes valores relevantes na altura de produção: Tabela 3.1: Volume diário de camiões para transporte de produtos
Item Quantidade Unidade Produção anual 100,000 toneladas
Entrega do produto por semana (produção anual / 313)* 320 Toneladas
Carga útil por camião 25 toneladas
Entregas diárias (Local - Pemba) 13 n/a
Viagens diárias (Local - Pemba - Local) (Entregas * 2) 26 n/a
* entregas seis dias por semana. Uma “viagem” é definida como uma viagem de ida entre a mina e Pemba ou de Pemba para a mina. Como os camiões precisarão retornar para a carga do dia seguinte, o número de viagens é o dobro do número de entregas.
3.2 Transporte de mão-de-obra Embora a maior fonte de tráfego de fase operacional seja o tráfego de camiões pesados relacionados ao transporte de produtos, também haverá aumento do tráfego de veículos ligeiros e médios pesados devido ao transporte de funcionários e empreiteiros da mina. O projecto não tem qualquer plano para construir uma pista de aterragem no local, assim todo o pessoal que chega de países estrangeiros ou outras partes de Moçambique terá de voar para o aeroporto mais próximo localizado em Pemba, e transportado por estrada para o local, uma distância de aproximadamente 260 km. Haverá acomodação no local para aproximadamente 250 funcionários. O restante da força de trabalho da fase operacional será das comunidades vizinhas e Montepuez, e será transportado de pontos de colecta para o local e de volta novamente de acordo com os horários de trabalho da mina. Haverá, portanto, um ligeiro aumento no tráfego nessas estradas regionais não pavimentadas, em torno do tempo das mudanças de turno, assumidas como sendo 6H00 a 7H00. 14H00 às 16h00 e 22h00 às 0h00. Prevêem-se os seguintes requisitos de pessoal para a fase de operações.
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 20 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
Tabela 3.2: Necessidades Antecipadas de Pessoal na Fase de Operações (Estimativa de Forca de Trabalho de Montepuez Rev1)
Departamento Número
Acomodação no local
Administração 6
HS/Segurança 7
RH 7
Ambiente e Comunidade 4
Logística 3
Comercial 15
Acampamento 15
Estação de Energia 7
Mineração 35
Serviços Técnicos 15
Serviços de Apoio de Empreiteiros de Mineração 5
Manutenção de Mineração 18
Gestão de Processos e Técnico 15
Laboratório de Processos 14
Operadores de Processo 57
Manutenção do Processo 23
Total 246
Acomodação fora do local
HS/Segurança 28
Acampamento 13
Serviços de Apoio de Empreiteiros de Mineração 1
Operadores de Processo 4
Manutenção do Processo 4
Total 50
Os 50 funcionários que não residem no local serão transportados de autocarro das comunidades próximas para o local da mina durante os períodos de mudança de turno. Seria razoável esperar que uma frota de 4, autocarros de 15 lugares poderiam realizar esta tarefa. Os 246 funcionários acomodados no local irão trabalhar um dia de 8 horas e 6 dias de semana, seguidos por 2 dias de descanso, de acordo com a Lei de Trabalho. O pessoal expatriado sénior irá trabalhar em um cronograma de 6-semanas de trabalho e 2 semanas fora, com vôos de partida e regresso. Isso significa que cada membro do pessoal terá de ser deixado e recolhido em vários destinos, incluindo o aeroporto periodicamente. Os períodos de licença da equipe serão escalonados. Em um dado momento, 75% da força de trabalho dos 246 funcionários estará trabalhando e os outros 25% estarão em descanso. Presume-se que um autocarro de 15 lugares será usado para transportar passageiros entre o aeroporto e o local da mina. 25% do pessoal da mina (62 funcionários) serão transportados para o aeroporto a cada duas semanas, com o pessoal retornando do descanso a retornar com os mesmos autocarros. Para levar 62 funcionários para o aeroporto vai exigir 5 viagens de autocarro a cada duas semanas.
3.3 Transporte de equipamentos e suprimentos O funcionamento diário da mina exigirá a entrega de determinados consumíveis. Espera-se que sejam:
Entrega de suprimentos de produção para a mina, incluindo:
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Coastal & Environmental Services 21 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
o Diesel, o Óleos, o Químicos, o Sobressalentes.
Entrega de suprimentos domésticos para a mina, incluindo: o Alimentos e materiais de cozinha, o Consumíveis tais como sprays de mosquitos, pastas dentifricas, sabão, etc o Substituições de equipamentos e móveis.
O diesel será entregue de Pemba ao local, e armazenado em grandes tanques de armazenamento. O diesel também está disponível na cidade vizinha de Montepuez (58 km por estrada). A energia para o local será fornecida por geradores, que consumirão uma quantidade significativa de combustível diesel. No entanto, a utilização da energia solar combinada com acumuladores é a preferência da Suni Resource. 3.3.1 Suprimentos de produção Tabela 3.3: Suprimentos de produção (fase de operações)
Descrição Consumo
anual Unidade Volume por
entrega Entregas
anuais Entrega mensal
Reagentes
Colector de Flotação 280 886 Litros 10 000 28.1 2.3
Bocal de Flotação 575 357 Litros 10 000 57.5 4.8
Floculante de Rejeitos 89 Toneladas 25 3.6 0.3
Consumíveis
Moinho Primário de Aço media 255 Toneladas 25 10.2 0.8
Moinhos de Polimento de Ceramica media 86 Toneladas 25 3.4 0.3
Diesel 13 000 000 Litros 25 000 520.0 43.3
Comida 250 Pessoal do
Local 8
TOTAL 59.9
3.4 Resumo volume de tráfego das operações Tabela 3.4: Resumo do tráfego da fase de operações
Fonte Descrição Rota
Entrega de grafite no porto 13 entregas de 25 toneladas por dia Local para Pemba e retorno
Transporte de pessoal (locais) 4 autocarros de 15 lugares diariamente Estradas locais ao redor do local
Transporte de mão-de-obra (aeroporto)
5 autocarros de 15 lugares a cada 2 semanas
Local para Pemba e retorno
Consumíveis e suprimentos para o local
60 camiões de múltiplos eixos por mês Várias fontes para o local
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4 DESCRIÇÃO DA ROTA 4.1 Estrada sem nome/509: Local para Montepuez 4.1.1 Mapa de rota
Figura 4.1: A rota do local da mina para Montepuez (57km)
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4.1.2 Condições da estrada A estrada do local da mina a Montepuez é revestida com o material granulado compacto, relativamente fino, que parece ser rolado e compactado sobre algum tipo de pedra britada de tamanho maior. Ela usa duas estradas: uma estrada sem nome que liga o local da mina à Comunidade Vinte e Cinco. Usa então a estrada 509 que conecta Montepuez a Mueda. A maioria das partes da estrada está em condições razoavelmente boas durante a estação seca, mas é improvável que seja facilmente transitável durante a estação chuvosa. Esta estrada não é transitável sem um veículo 4x4, sob todas as condições climáticas. Como parte do desenvolvimento do projecto esta estrada será melhorada. 4.1.3 Pontes Existem 14 pontes ao longo desta rota, incluindo a grande ponte de dupla via sobre o Rio Lúrio, 6km ao norte de Montepuez. Os rios são geralmente secos, excepto o Rio Lúrio. A figura abaixo ilustra a estrutura da maioria das pontes:
Ilustração 4.1: Estrutura típica das 14 pontes entre o local da mina e Montepuez
Ilustração 4.2: Ponte do Rio Lúrio (-13.0585 ° S; 38.9792 ° E)
A estrada que conduz a uma ponte particular ao longo desta rota está em condições muito más que requerem grandes melhorias para torná-la facilmente transitável mesmo para veículos ligeiros. Esta ponte é ilustrada abaixo.
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Ilustração 4.3: Ponte de baixa qualidade localizada a -12.992964 ° S; 38,897874 ° E
Ao longo desta rota há também dois cruzamentos de leito de rio e um número de canaletas. 4.1.4 Comunidades Existem 14 pequenas comunidades ao longo desta rota. Seus nomes e locais são mostrados na Figura 4.1. A estrada tipicamente passa pelo centro de cada comunidade. A estrada é tipicamente flanqueada de cada lado por lojas e casas, para uma distância média de 700 metros ou assim. O lado da estrada é frequentemente usado pelas comunidades como uma frente de loja para vender legumes e amendoas, combustível e oferecendo serviços como reparo de bicicletas.
Ilustração 4.4: Cena típica da estrada através da comunidade (local para Montepuez)
4.1.5 Curvas e cruzamentos Na rota actual, há cruzamentos e curvas apertadas em três das comunidades (Mirate, Mavala e Nqueuene). No entanto, prevê-se que a estrada de transporte final será projectada para contornar essas comunidades. No cruzamento da estrada sem nome e Estrada 509 os camiões serão
obrigados a fazer uma curva de 90⁰. Este cruzamento está localizado em -12.962557° S 38.984985° E, adjacente à Comunidade Vinte e Cinco. As estradas neste cruzamento actualmente (Dezembro de 2016) têm níveis muito baixos de tráfego. Com o melhoramento da estrada, é possível que este cruzamento e a Comunidade Vinte e Cinco sejam contornados. Uma vez em Montepuez, os veículos girarão à esquerda e dirigirão na estrada principal através de Metoro. Esta estrada tem duas faixas em cada sentido, separadas por uma ilha.
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
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4.2 Estrada EN242: Montepuez para Metoro 4.2.1 Mapa de rota
Figura 4.2: A rota de Montepuez para Metoro (cerca de 110 km)
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4.2.2 Condições da estrada A estrada (EN242) está em excelente estado, pavimentada, com uma única via em cada sentido. As bermas da estrada são mantidas afastadas da vegetação. A estrada não tem secções de dupla via ou rebordos pavimentados. A condição da estrada é consistente em todo o caminho até Metoro. 4.2.3 Pontes Não existem pontes ao longo deste trecho da rota. 4.2.4 Comunidades Um total de 13 comunidades e pequenas vilas estão situadas ao longo desta rota, incluindo Metoro. Existem dois mercados movimentados, centrados no comércio de rubis, nas Vilas de Namanhumbir e Nanhupo Tabela 4.1: Comunidades e Vilas ao longo da rota de Montepuez para Metoro
Nome da comunidade Breve descrição do tamanho
Namahaca Tamanho médio, pequeno mercado.
Namanhumbir Um mercado de rubis muito movimentado.
Nanhupo Um mercado de rubis muito movimentado.
Chimoio Pequena comunidade, sem mercado.
Nassimodja Pequena comunidade, pequeno mercado.
Mpuhu Tamanho médio, pequeno mercado.
Muaja Comunidade de tamanho médio e níveis moderados de actividade comercial.
Nsanja Comunidade de tamanho médio com um pequeno mercado na estrada.
Nanjua Vila de tamanho médio com um mercado movimentado do lado da estrada.
Mahera Vila de tamanho pequeno com praticamente nenhuma actividade de mercado.
Nacololo Vila de tamanho pequeno com mercado muito pequeno.
Nanona Vila de tamanho médio com pouca actividade de mercado.
Metoro Grande Vila com um mercado movimentado. Esta Vila é parte de uma rota de autocarros que atrai um grande número de comerciantes tentando vender os bens aos viajantes.
Ilustração 4.5: As congestionadas condições nas vilas comerciais de rubis (Namanhumbir e Nanhupo)
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Coastal & Environmental Services 27 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A.
As condições movimentadas ao longo da estrada através Namanhumbir e Nanhupo não são representativas de todos os assentamentos ao longo desta estrada. Estas são vilas particularmente movimentadas. 4.2.5 Curvas e Cruzamentos Os camiões não precisarão fazer nenhuma curva ao longo desta rota.
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4.3 Estrada EN242: Metoro para Pemba 4.3.1 Mapa de rota
Figura 4.3: A rota de Metoro a Pemba (cerca de 92 km)
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
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4.3.2 Condições da estrada Esta é a EN242 e continua a estar em bom estado (asfalto pavimentado) semelhante à condição da estrada entre Montepuez e Metoro. 4.3.3 Pontes Três pontes de boa qualidade estão localizadas nesta estrada. 4.3.4 Comunidades
Nome da comunidades
Breve descrição do tamanho
Sunate Uma pequena vila com um mercado movimentado porque está ao longo de uma rota de autocarros.
Ntutupue Uma vila de tamanho médio estendida ao longo da estrada, mas com actividade de mercado mínima
Cajarene Uma vila pequena com uma quantidade correspondentemente pequena de actividade de troca do lado de estrada
Aldeia Miguel Uma vila pequena com um mercado pequeno que vende capim para os tetos e os estacas longas de madeira, presumivelmente para a construção de casas
Nipataco Uma pequena vila sem actividade de mercado na estrada.
Impire Uma vila de tamanho médio estendida ao longo da estrada, mas com actividade de mercado mínima
Nanlia Uma pequena vila com uma pequena quantidade de mercado de actividade na estrada
Ncaramo Uma pequena vila com uma quantidade moderada de actividade de mercado, vendendo carvão e roupas.
Muhepane Uma pequena vila, mas ao longo de uma rota de autocarros, criando um mercado movimentado que entra frequentemente na estrada
Miezi Uma vila de tamanho médio.
4.3.5 Curvas e Cruzamentos Os camiões não precisarão fazer nenhuma curva ao longo desta rota.
4.4 Estrada 106: Metoro para Namialo 4.4.1 Condições da estrada De Metoro à junção com a EN8 em Namialo, este trecho da estrada tem 223 km de comprimento. A estrada está em mau estado para os primeiros 74 km, até que a fronteira com a Província de Nampula é alcançada no Rio Lurio, após o que melhora. Para os primeiros 74 km, a rachaduras de borda são comuns e em algumas secções a estrada é reduzida a uma única via. Depois de atravessar o Rio Lúrio, que forma a fronteira entre Cabo Delgado e Província de Nampula, a estrada torna-se uma estrada de boa qualidade e relativamente nova. Existem vários assentamentos e comunidades de vários tamanhos e actividades, e uma série de pontes.
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Figura 4.4: Ponte do Rio Lúrio
4.5 Estrada EN8: Namialo para o Porto de Nacala
4.5.1 Condições da estrada De Namialo ao porto de Nacala a estrada é bem mantida e apropriada para veículos pesados. Na periferia de Nacala, a estrada bifurca-se com a bifurcação à direita que conduz a Nacala e a bifurcação à esquerda que conduz directamente ao porto, evitando quaisquer áreas congestionadas.
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5 DESCRIÇÕES DOS PORTOS Tabela 5.1: Descrições dos Portos
Porto de Pemba Porto de Nacala
Coordenadas: Latitude: -12.96637º Longitude: 40.48712°
Latitude: -14.54161° Longitude: 40.66684°
Proprietário: Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM)
Concessionado ao Portos De Norte SA.
Horas de trabalho:
24 horas 24 horas. Normalmente fechado a 1 de Maio, 25 e 31 de Dezembro. Sábados, domingos e feriados nacionais são trabalhados em taxas de horas extras de 10%
Pilotagem: Obrigatório Obrigatório.
Lugares de ancoragem:
Um.182,5 metros de comprimento.
Quatro ancoradouros de carga geral (comprimento total = 600m) e dois ancoradouros de contentores (comprimento total = 395m).
Calado: Máximo de 7,5 metros Calado máximo na Carga
Geral = 10,5m
Reboques: Não disponível. 1 barco piloto com motor fora de borda de 80hp
Dois rebocadores e um barco piloto.
Equipamento: Não há guindastes disponíveis Guindastes portuários em
alguns ancoradouros.
Instalações de armazenamento:
Sem instalações de armazenamento. Apenas área aberta para contentores. Tamanho = 15.000m2
2500 TEU's
Restrições do navio: Os navios não podem exceder 10 000 m/tonelada de porte morto.
Nenhuma.
Notas especiais:
24 horas de aviso de chegada exigidas através do agente.
24 horas de aviso de chegada exigidas pelo agente.
Aviso 4 horas antes de entrar na Baía Fernão Veloso.
Referência: Grupo LBH - África. 2017
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6 O CÓDIGO DE ESTRADA MOÇAMBICANO Este capítulo apresenta um resumo do Código de Estrada de Moçambique, Decreto-Lei 1/2011, de 23 de Março. Apenas foram apresentadas as secções consideradas pertinentes às operações da mina. O Código de Estrada de Moçambique é um documento abrangente que apresenta o enquadramento para as leis sobre estradas Moçambicanas. Alguns detalhes específicos foram deixados para serem definidos em regulamentos. Os regulamentos necessários para a aplicação efectiva deste código são aprovados pelo Ministro responsável pela supervisão do sector dos transportes. O Artigo 9 (Controle de tráfego), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “O controle de tráfego é da responsabilidade de:
A) Instituto Nacional do Viação (INAV), em todas as estradas; B) Órgãos Administrativos ou Municípios, dentro das cidades.”
O Artigo 10 (Supervisão do tráfego) estabelece o seguinte: A supervisão do cumprimento das disposições do presente Código e de outras disposições legislativas em matéria de transportes incumbirá, sem prejuízo de outras entidades com responsabilidades específicas, a responsabilidade a:
a) A Polícia de Trânsito (PT); b) Instituto Nacional do Viação (INAV); c) A Administração Nacional de Estradas (ANE), no caso de estradas nacionais; e municípios
no caso de estradas municipais, ruas e estradas rurais. O Artigo 14 (Hierarquia de regras), parágrafo 2, estabelece o seguinte: “A hierarquia das regras derivadas da sinalização é a seguinte:”
a) Regras de sinalização temporária, que modificam o regime normal de utilização rodoviária; b) Regras resultantes de sinais luminosos; c) Regras resultantes de sinais verticais; d) Regras resultantes das marcações rodoviárias.
Interpretação prática: Todos os condutores associados com a mina devem estar cientes de que esta é a ordem na qual devem obedecer as regras da estrada.
O Artigo 22 (Tráfego nas intersecções, cruzamentos e rotundas), parágrafo 4, estabelece o seguinte: “Nas interseções e cruzamentos, os condutores não podem ultrapassar.” O Artigo 23 (Sinalização de manobras), parágrafo 1, estabelece o seguinte: Quando um veículo começa a deslocar-se, diminui a velocidade, pára, muda a direcção do percurso ou de pista, começa a ultrapassar ou muda a sua direcção de deslocação e, em todos os cenários em que é necessário indicar a sua aproximação, o condutor deve utilizar um dispositivo mecânico luminoso ou sonoro, ou, na sua ausência, o seu braço, para fazer o sinal correspondente, de acordo com os regulamentos, com a devida advertência ". O parágrafo 2 estabelece o seguinte: “A medida continuará a ser efetuada e cessará assim que for concluída.” O Artigo 24 (Sinais sonoros) estabelece o seguinte:
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“Os sinais sonoros devem ser breves, usados com moderação e não devem, em caso algum, ser utilizados para protestar contra as interrupções do trânsito ou como um meio para chamar os outros.” O parágrafo 3 estabelece o seguinte: “Só será permitido o uso de sinais sonoros nos seguintes casos:
a) Perigo iminente; b) Fora das cidades, para avisar um motorista da intenção de ultrapassa-lo, e também em
curvas, interseções, cruzamentos e declives com visibilidade reduzida.”
Interpretação prática: os condutores terão de utilizar as suas buzinas adequadamente, em conformidade com o n.º 3 do presente Artigo.
O Artigo 31 (Marcha lenta), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “Sem prejuízo dos limites máximos estabelecidos, os veículos não devem deslocar-se de forma tão lenta que causem um entrave injustificado aos restantes utentes da estrada.”
Interpretação prática:Isto tem implicações importantes para os veículos da mina que carregam cargas muito pesadas ou anormais, que consequentemente viajam muito lentamente. A Suni precisará consultar as autoridades de trânsito locais antes de transportar cargas anormais ou nomear um provedor experiente de serviços de logística.
O Artigo 33 (Limites de velocidade), parágrafo 1, estabelece o seguinte “Sem prejuízo do disposto nos Artigos 29 e 32, e os limites inferiores que podem ser impostos em função dos mesmos, os condutores não podem exceder as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetros por hora):
Classes e tipos de veículos Velocidade em km/h
Dentro das vilas Fora das vilas
Ciclomotores e quadriciclos 40 45
Motociclos
Simples: 50 90
Com carro lateral 50 70
Veículos ligeiros
Utilização de passageiros e mistos:
Sem reboque 60 120
Com reboque 60 100
Produtos:
Sem reboque 60 100
Com reboque 60 100
Automóveis pesados:
Passageiro 60 100
Bens e uso misto 60 100
Trator agrícola com ou sem reboque
30 40
Interpretação prática: Os veículos associados à mina são susceptíveis de serem: Utilização de passageiros e mistos, Mercadorias com reboques, Automóveis pesados (passageiros e mercadorias / utilização mista). Os condutores destes veículos terão de estar familiarizados com os limites de velocidade descritos neste artigo e instruídos a obedecê-los.
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Este artigo refere-se aos Artigos 29 e 32. Estes artigos são resumidos como se segue. Artigo 29: estabelece que o condutor deve conduzir o seu veículo com segurança, tendo em conta a condição da estrada e sua própria condição. Além disso, indica que um condutor não pode travar repentinamente sem primeiramente determinar que isto não fará com que ele seja atingido n traseira. Artigo 32: estabelece que a velocidade será ajustada quando o veículo estiver viajando por áreas perigosas, por exemplo: interseções, pontes, rotundas, escolas, em condições de visibilidade reduzida, etc.
O parágrafo 3 estabelece o seguinte: “Sem prejuízo do disposto no Artigo 31, nas auto-estradas, os condutores não podem conduzir os seus veículos a uma velocidade inferior a 40 km/h”. O Artigo 43 (Ultrapassagens), parágrafo 6, estabelece o seguinte: “Todos os condutores de veículos ou de animais são obrigados, sempre que não há impedimento, a facilitar imediatamente a ultrapassagem, movendo-se o mais à esquerda possível e não aumentando a sua velocidade enquanto são ultrapassados.”
Interpretação prática: É provável que os veículos de transporte de movimento lento sejam ultrapassados com frequência por outros utentes da estrada. Eles precisam estar cientes e aderir a este requisito.
O parágrafo 8 indica o seguinte: “Excepto durante o tempo necessário para efectuar as ultrapassagens, os veículos pesados, quando viajam fora das cidades, devem manter uma distância não inferior a 50 metros entre eles.”
Interpretação prática:Uma consideração importante para veículos de minas dirigindo em coluna.
O Artigo 50 (Locais em que é proibido parar ou estacionar), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “É proibido parar ou estacionar:
a) Nas pontes, nos túneis, nos cruzamentos de nível, nas passagens inferiores e subterrâneas e em todos os locais de visibilidade insuficiente;
b) Menos de 5 metros de cada lado de uma intersecção ou cruzamento, sem prejuízo do disposto na alínea a) do parágrafo 2;
c) Menos de 3 metros à frente, ou menos de 15 metros de cada lado, de sinais indicando a paragem dos veículos utilizados para o transporte colectivo de passageiros, consoante se trave ou não sobre carris;
d) A menos de 5 metros das áreas marcadas para o cruzamento de pedestres e bicicletas; e) Menos de 20 metros antes dos semáforos colocados à entrada dos cruzamentos e
interseções e junto a sinais ou semáforos, se a altura dos veículos, incluindo a sua carga, oculta estes sinais;
f) Em pistas de bicicleta, em ilhas direcionais, nas praças centrais de círculos de trânsito com movimentação circular de veículos, em calçadas e em outros locais designados para o percurso de peões;
g) Sobre a calçada, sempre que esta esteja marcada com uma linha longitudinal contínua e a distância entre este e o veículo seja inferior a 3 metros;
h) A 10 metros dos cruzamentos de nível, no caso dos veículos que transportem substâncias explosivas.”
O Artigo 50, parágrafo 2, estabelece o seguinte:
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“Fora das vilas, também é proibido parar ou estacionar:
a) Menos de 50m de interseções, cruzamentos, curvas ou declives de visibilidade reduzida; b) Nas vias de circulação, se for possível parar ou estacionar fora destas.
Interpretação prática: Regulamentações importantes para os condutores de veículos utilizados para o transporte de passageiros e mercadorias, estas regras especificam os locais onde é ilegal parar ou estacionar por qualquer motivo.
O Artigo 54 (Regras gerais) estabelece o seguinte: “É proibido entrar ou sair, carregar, descarregar ou abrir as portas de veículos que não pararam completamente.” O Artigo 55 (Transporte de passageiros), parágrafo 3, estabelece o seguinte: “É proibido o transporte de passageiros de um número que exceda o assento do veículo, ou de uma forma que comprometa a sua segurança ou a segurança da condução.”
Interpretação prática: não permitir que os condutores de veículos de passageiros transportem mais passageiros do que é permitido transportar no veículo.
O parágrafo 4 estabelece o seguinte: “O transporte de passageiros não sentados é igualmente proibido, salvo em situações excepcionais, a ser definido em regulamentos.” O Artigo 56 (Transporte de carga), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “O carregamento e a descarga devem ser efectuados na parte de trás do veículo, ou no lado da borda da calçada contra a qual os veículos estão parados ou estacionados.” O parágrafo 3 estabelece o seguinte “Ao colocar a carga, verifica-se que:
a) O equilíbrio dos veículos está devidamente garantido, seja parado ou em rota; b) A carga não pode cair na estrada, nem oscilar de forma a tornar o transporte perigoso ou
difícil, ou resultar na projeção de detritos na via pública; c) Não reduz a visibilidade do condutor; d) Não arrasta no chão; e) A sua capacidade de transporte de animais não seja excedida; f) Não ultrapassar uma altura de 4,3 metros do solo; g) No caso de veículos destinados ao transporte de passageiros ou de carga mista, que não
ultrapassem os contornos do veículo e que sejam mantidos os dispositivos correctos de sinalização, iluminação e registo;
h) No caso de veículos destinados ao transporte de mercadorias, essas mercadorias enquadram-se dentro dos limites da cabine, em comprimento e largura, salvo em situações excepcionais previstas em regulamentos;
i) No caso de mercadorias a granel, que não excedam a altura do topo das catenárias ou dispositivos similares.”
Interpretação prática: Este artigo fornece especificações para o tamanho da carga que pode ser transportada e as formas em que a carga deve ser carregada no veículo e seguro no lugar.
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Tabela 6.1: Limites de carga legal dos veículos de mercadorias
PAÍS
EIXO SIMPLES
EIXO TANDEM
EIXO TRIDEM
COMBINAÇÃO DE EIXO
EIXO DE DIRECÇÃO
Angola 7 700 kg 10 000 kg 16 000 kg 24 000 kg 38 000 kg
Botswana 7 700 kg 8 200 kg 16 000 kg 24 600 kg 50 200 kg
Lesotho 8 200 kg 16 400 kg 21 000 kg 49 000 kg
Malawi 7 700 kg 8 200 kg 16 400 kg 24 600 kg 55 000 kg
Moçambique 7 700 kg 10 000 kg 16 000 kg 22 000 kg 38 000 kg
Namibia 7 700 kg 8 200 kg 16 400 kg 21 000 kg 48 400 kg
África do Sul
7 700 kg 8 000 kg 16 000 kg 24 000 kg 56 000 kg
(2 rodas) (2 rodas)
África do Sul
9 000 kg 18 000 kg
(4 rodas) (4 rodas)
Swazilandia 7 700 kg 8 200 kg 16 400 kg 21 000 kg 50 200 kg
Tanzania 7 700 kg 10 000 kg 18 000 kg 24 000 kg 52 000 kg
Zimbabwe 8 000 kg 18 000 kg 24 000 kg 56 000 kg
Fonte: http://fleetwatch.co.za/magazines/april01/AxleLoad.htm O parágrafo 4 estabelece o seguinte: “Nos locais de paragem, durante as operações de carga e descarga e quando estacionado, o veículo deve ser posicionado na direcção do tráfego, paralelamente ao bordo da calçada e contra a calçada, sendo permitidas excepções devidamente sinalizadas.” O Artigo 58 (Autorização Especial), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “O Instituto Nacional de Viação (INAV), nas condições estabelecidas nos regulamentos, pode permitir a deslocação de veículos de peso ou dimensões que excedam os previstos na lei ou que transportem objectos indivisíveis que excedam os limites das respectivas cabines.” O parágrafo 2 estabelece o seguinte: As autorizações referidas no número anterior exigem a emissão de parecer favorável da Administração Nacional de Estradas (ANE) e das autoridades municipais, em conformidade com os casos em questão, sobre a natureza da superfície, a impedância causada por sinalização nas vias autorizadas ou pelas características técnicas das vias públicas, tornando-se uma condição de que estes veículos só sejam utilizados em vias públicas com as características técnicas necessárias para o efeito.” O parágrafo 5 estabelece o seguinte: “Os proprietários destes veículos podem ser obrigados a fornecer uma garantia, ou seguro, destinado a garantir o pagamento de responsabilidades civis decorrentes de danos imputáveis a eles, bem como outras garantias necessárias ou convenientes para a segurança do tráfego.”
Interpretação prática: No caso de ter que transportar uma carga anormal para o local, os três parágrafos do Artigo 58 acima fornecem informações essenciais sobre o procedimento legal a ser seguido. Antes de iniciar a construção, a Suni terá de discutir as suas disposições de transporte com todas as autoridades de trânsito relevantes, nacionais e locais, ao longo da rota proposta.
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O Artigo 59 (Regras gerais [Secção VIII - Iluminação]), parágrafo 1, dispõe o seguinte: “Os dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa, bem como os reflectores, com os quais será equipado um veículo, bem como as respectivas características, serão definidos por regulamento.” O Artigo 61 (Situações em que as luzes devem ser utilizadas), parágrafo 2, estabelece o seguinte: “O uso de holofotes é proibido sempre que as condições meteorológicas ou ambientais não o justifiquem.” O Artigo 64 (Viagem de veículos que efectuam transportes especiais), parágrafo 2, dispõe o seguinte: “Os veículos que transportam materiais pulverulentos e inertes devem circular de modo a evitar a dispersão destes materiais para o ar ou para o solo, sendo cobertos por lonas ou telas de dimensões adequadas.”
Interpretação prática: uma vez que a Suni estará principalmente transportando produto de grafite granulado no saco, este artigo é de importância limitada. No entanto, se os veículos da mina transportarem materiais “pulverulentos”, estes devem ser adequadamente cobertos.
O Artigo 72 (Auto-estradas) parágrafo 1 estabelece o seguinte: “Pedestres, animais, veículos de tracção animal, velocipedes, ciclomotores, motociclos com cilindros superiores a 50 cm3, tractores agrícolas, bem como veículos ou comboios de veículos que não possam alcançar velocidades de 40 km/h quando viajam na estrada, não podem viajar nas auto-estradas e respectivos acessos, quando devidamente sinalizado.”
Interpretação prática: Como não existem rodovias ao longo da rota de transporte no momento da redação, este artigo não é relevante actualmente. Uma auto-estrada é definida como segue: “via pública destinada ao transporte rápido, com separação física de estradas, sem interseções de nível, nem acesso a propriedades localizadas nas suas laterais, com acessos condicionados e sinalizada como tal.”
O Artigo 74 (Transporte de veículos pesados de mercadorias ou de comboios de veículos), parágrafo 1, dispõe o seguinte: “Nas auto-estradas ou troços de auto-estradas com três ou mais faixas de tráfego que circulam na mesma direcção, os condutores de veículos pesados de mercadorias ou de comboios de veículos cujo comprimento ultrapasse 7 metros só podem utilizar as duas vias de circulação na via Mais à esquerda.” O Artigo 79 (Poluição sonora) parágrafo 1 refere o seguinte: “A condução de veículos e as operações de carga e descarga devem ser efectuadas de modo a evitar a criação de um ruído perturbador". O parágrafo 2 estabelece o seguinte: “É proibido o transporte de veículos que emitam ruídos de um nível superior aos limites máximos estabelecidos na regulamentação.” O Artigo 81 (Condução sob a influência de álcool, estupefacientes ou substâncias psicotrópicas), parágrafo 3, estabelece o seguinte:
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“Considera-se que um condutor está sob a influência de álcool se o seu nível de álcool no sangue for igual ou superior a 0,3 mg/l quando testado com um bafômetro, ou através de um exame de sangue.”
Interpretação prática: O limite legal de álcool no sangue ao abrigo do qual um condutor pode operar um veículo é definido neste parágrafo.
O Artigo 88 (condução profissional dos veículos de transporte) parágrafo 1cestabelece o seguinte: “A prestação de serviços pagos só é permitida no caso dos titulares de carta de condução profissional.” O parágrafo 2 estabelece o seguinte: “Por razões de segurança, podem ser definidos tempos de condução e de repouso para condutores profissionais de veículos de transporte, podendo ser necessária a presença de mais de uma pessoa qualificada para conduzir os mesmos veículos”.
Interpretação prática: Estes números indicam que os condutores utilizados no transporte de mercadorias devem possuir uma carta de condução “profissional”. Também pode ser necessário que um condutor de alívio esteja presente, se um cronograma de condução e repouso não estiver definido.
O Artigo 91 (Sinais para indicar o perigo), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “Todos os veículos a motor em circulação, com excepção dos que apenas têm duas ou três rodas, motocultivadores e veículos tractores, devem estar equipados com dois sinais reflectores para indicar o perigo e um revestimento reflector.”
Interpretação prática: Este parágrafo estabelece que todos os veículos da mina precisarão ser equipados com 2 triângulos e um colete reflector, para a avaria ou outras situações perigosas em que seu uso é aplicável.
O parágrafo 2 estabelece o seguinte: “A utilização de um sinal para indicar o perigo é obrigatória
a) Durante o dia, sempre que o veículo estiver imobilizado, total ou parcialmente, na calçada, ou sempre que as mercadorias que tenham caído sobre a superfície da estrada não sejam visíveis a uma distância mínima de 100 metros;
b) No crepúsculo, ao amanhecer, em qualquer circunstância ou imobilização do veículo, ou de mercadorias que tenham caído sobre a calçada ou sobre o rebordo, excepto em locais onde as condições de iluminação permitam que seja facilmente visível a uma distância de 100 metros, sem prejuízo às disposições do presente código, no que se refere à iluminação dos veículos;
c) Nas cidades, em situações em que a colocação de triângulos de aviso não é viável, o veículo discriminado deve ser sinalizado através da utilização simultânea de todas as luzes indicadoras.
Interpretação prática: Directrizes para a utilização de triângulos de aviso e luzes de perigo durante as situações de avaria.
O parágrafo 4 estabelece o seguinte: “Os veículos pesados e os reboques com um peso bruto superior a 10 000 kg ou com mais de 6 metros devem estar equipados com marcas reflectoras amarelas, de modo a permitir a sua fácil
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identificação na via pública.” O parágrafo 5 estabelece o seguinte: “Nas circunstâncias referidas no número 2, a pessoa que assistir à colocação do sinal para a indicação de perigo, ou para a reparação do veículo ou a remoção de mercadorias, deve usar um colete reflector.” O Artigo 92 (Identificação em caso de acidente), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “O condutor envolvido num acidente deve fornecer, a todas as outras partes envolvidas, a sua identificação, bem como a do proprietário do veículo e do seu segurador, bem como o número da apólice de seguro e, sempre que solicitado, Produzir documentação em prova disso.”
Interpretação prática: Todos os condutores de transportes devem estar familiarizados com as apólices de seguro da sua empresa, para que possam ser fornecidas em caso de acidente.
Artigo 109 (Classes e tipos de automóveis), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “Os automóveis são classificados como:
a) Ligeiros: veículos com peso bruto até 3.500 kg e com assentos não superiores a nove lugares, incluindo o do condutor;
b) Pesados: veículos com peso bruto superior a 3.500 kg, ou com assentos de mais de nove lugares, incluindo o do condutor, e unidades de tracção.
O parágrafo 2 estabelece o seguinte “Os automóveis ligeiros ou pesados incluem, de acordo com a sua utilização, os seguintes tipos:
a) Veículos de passageiros: os destinados ao transporte de pessoas; b) Veículos de mercadorias: os destinados ao transporte de carga; c) Misto: os destinados ao transporte, alternativo ou simultâneo, de pessoas e carga; d) Tractores: veículos construídos de modo a proporcionar força de tracção, sem transporte de
mercadorias; e) Especial: veículos destinados ao emprego para uma função específica, diferente do
transporte normal de passageiros ou mercadorias.” O Artigo 113 (Reboques), parágrafo 6, estabelece o seguinte: “No máximo, um reboque pode ser ligado a cada veículo motorizado, excepto no caso de veículos denominados “interligações”, que podem rebocar dois semi-reboques.” O Artigo 117 (Características dos veículos) parágrafo 6 estabelece o seguinte: “É proibida a importação de veículos com volante à esquerda para fins comerciais.” O Artigo 118 (Transformação do veículo), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “A transformação de um veículo significa qualquer alteração de suas características de construção, ou funcionamento” O parágrafo 2 estabelece o seguinte: “A transformação de veículos a motor e reboques será autorizada nas condições estabelecidas nos regulamentos.” O Artigo 119 (Inspecções), parágrafo 1, estabelece o seguinte:
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“Os veículos a motor e seus reboques podem estar sujeitos, nos termos estabelecidos na regulamentação, à inspecção para:
a) A aprovação do respectivo desenho ou marca; b) Registo; c) Aprovação da alteração de suas características de construção ou funcionamento; d) Verificação periódica de suas características e segurança.”
O Artigo 120 (Requisito de registro) parágrafo 1, afirma o seguinte: “Os veículos a motor e seus reboques só podem ser conduzidos se possuírem um documento de registo que contenha informações pormenorizadas sobre as suas características de identificação.” O parágrafo 4 estabelece o seguinte: “A matrícula do veículo deve ser solicitada à autoridade competente pela pessoa singular ou colectiva que assiste à sua admissão, importação ou introdução no mercado consumidor, no território nacional.”
Interpretação prática: Uma cópia de todos os documentos de matrícula do veículo deve ser mantida no veículo. Apenas um reboque pode ser ligado a um veículo, veículos da mina de condução à esquerda não podem ser conduzidos em estradas públicas e os veículos com alterações após a sua compra precisam de ser autorizados a circular nas vias públicas.
O Artigo 127 (Carta de Condução) parágrafo 1, estabelece o seguinte: “Uma carta de condução autoriza a condução de uma ou mais das seguintes categorias de veículos:
A1 Motociclos, com ou sem carro lateral, ou motociclos com quatro rodas, com cilindrada inferior a 125 cm3.
A Motociclos, com ou sem carro lateral, ou motocicletas com quatro rodas, e cilindrada superior a 125 cm3.
B
Veículos ligeiros, incluindo os com reboque, desde que o peso bruto deste reboque não exceda 750 kg ou, se exceder 750 kg, que não exceda a tara do veículo e a soma do peso bruto do automóvel e do reboque em conjunto não excedam 3.500 kg.
C1
Veículos pesados ou de passageiros com um peso bruto inferior a 16 000 kg, incluindo os com reboque, desde que o peso bruto destes reboques não exceda 750 kg, que não seja mais pesado do que a tara do automóvel e o peso bruto aa unidade de tracção.
C
Os veículos pesados de mercadorias ou de passageiros com um peso bruto superior a 16 000 kg, incluindo os com reboque, desde que o peso bruto destes reboques não exceda 750 kg ou, se exceder este peso, não seja superior à tara do veículo e o peso bruto do veículo tractor.
BE, CIE e
CE
Veículos articulados ou comboios de veículos.
P Serviços públicos de passageiros. D Transporte de mercadorias perigosas.
G Mercadoria
O parágrafo 3 estabelece o seguinte:
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“Os titulares de uma carta de condução válida para os veículos da categoria B são igualmente considerados aptos a conduzir:
a) Os tractores agrícolas ou florestais, por si só, ou com equipamento montado, desde que o seu peso máximo não exceda 6 000 kg.
b) Máquinas ligeiras agrícolas ou florestais, motocultivadores, tractores e máquinas industriais ligeiras.”
O parágrafo 4 estabelece o seguinte: “Os titulares de cartas de condução válidas para os veículos da categoria C1 devem igualmente estar qualificados para conduzir:
a) Veículos da categoria B; b) Veículos referidos no número anterior [parágrafo 3]; c) Outros tractores agrícolas ou florestais, com ou sem reboque, máquinas agrícolas ou
florestais e máquinas industriais. O parágrafo 5 estabelece o seguinte: “Os titulares de cartas de condução válidas para os veículos da categoria C são igualmente considerados aptos a conduzir:
a) Veículos da categoria C1; b) Veículos referidos nos [parágrafos] 3 e 4 deste artigo; c) Outros veículos agrícolas ou florestais, com ou sem reboque, máquinas agrícolas ou
florestais e máquinas industriais. “
Interpretação prática: Os condutores devem ter licenças de condução para todas as classes de veículos que estarão a conduzir.
O Artigo 129 (Outras licenças) parágrafo 1, estabelece o seguinte: “Além disso, também autorizam a condução de veículos automóveis, para além das licenças referidas nos Artigos 127 e 128:
a) Cartas de condução especial emitidas pelo corpo diplomático e postos consulares acreditados no país;
b) Licenças de condução emitidas por outros Estados membros da SADC; c) Licenças de condução emitidas por um Estado estrangeiro, que o Estado de Moçambique
foi obrigado a reconhecer, por convenção ou tratado internacional; d) Licenças de condução emitidas por um Estado estrangeiro, desde que este estado dê
validade idêntica às licenças nacionais [Moçambicanas]; e) Licença de motorista internacional; f) Autorizações de condução militar.
Interpretação prática: Este parágrafo explica a validade da carta de condução estrangeira em Moçambique.
O Artigo 130 (Requisitos para a obtenção da carta de condução), parágrafo 1, dispõe o seguinte: “Qualquer pessoa que satisfaça cumulativamente os seguintes requisitos pode obter uma carta de condução:
a) Possuir um documento que o identifique, em termos legais; b) Ter a idade mínima, de acordo com a categoria para a qual pretende obter qualificação; c) Ter a aptidão física, mental e psicológica necessária;
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d) Ser residente no território nacional, no caso de estrangeiro; e) Ser capaz de ler e escrever; f) Passaram o respectivo teste de condução.
Interpretação prática: Este parágrafo descreve os atributos necessários de uma pessoa que deseja obter uma carta de condução, incluindo os requisitos de licença de estrangeiros.
O Artigo 140 (Responsabilidade em matéria de infracções), parágrafo 3, dispõe o seguinte: “A responsabilidade pelas infracções previstas no Código de Estrada e na legislação complementar incumbe:
a) O condutor do veículo, no que respeita às infracções relacionadas com a condução; b) O titular do documento de identificação do veículo, no que se refere às infracções relativas
às condições de condução do veículo nas vias públicas, bem como às infracções referidas na linha anterior, quando não seja possível identificar o condutor;
c) Pedestres, no que respeita às infracções relacionadas com o tráfego de pedestres; d) O passageiro, no que diz respeito ao que lhe é aplicável.”
O parágrafo 4 estabelece o seguinte: “Se o titular de um documento de identificação do veículo provar que o condutor usou o veículo abusivamente; Ou infringiu as ordens, instruções ou termos de autorização emitidos, a sua responsabilidade cessará e o condutor será neste caso responsável.”
Interpretação prática: Este número estabelece que os condutores de veículos da mina são responsáveis em caso de acidente quando o acidente foi claramente devido à sua negligência, ou quando pode ser provado pelo proprietário do veículo que o condutor desobedeceu instruções no que diz respeito à segurança de condução.
O parágrafo 7 estabelece o seguinte: “As seguintes pessoas são igualmente responsáveis pelas infracções previstas no Código de Estrada e na legislação complementar:
a) Os empregadores que exigem dos condutores um grau de esforço que torne a condução não segura ou que sujeitam os condutores a um horário de trabalho incompatível com a sua necessidade de repouso, quando os delitos são consequência da fadiga do condutor;
b) Pais ou tutores que estejam cientes da incapacidade ou imprudência de seus filhos menores ou de seus protegidos, e que não os impeçam de dirigir, podendo fazê-lo;
c) Os condutores de veículos que transportam passageiros menores ou aqueles que não podem ser responsabilizados criminalmente e que permitem a estes passageiros não utilizar acessórios de segurança obrigatórios;
d) Aqueles que facilitarem a utilização de veículos por pessoas que não estejam devidamente qualificadas para conduzir, que estejam sob a influência de álcool ou substâncias psicotrópicas, ou em que as faculdades físicas ou psicológicas necessárias para a condução tenham sido reduzidas de qualquer outra forma.”
Interpretação prática: A Suni Resources pode ser responsabilizada por acidentes e infracções quando exigir dos seus motoristas um “grau de esforço que torne a condução não segura” ou “sujeitar os condutores a um horário de trabalho incompatível com a sua necessidade de repouso.”
O parágrafo 8 indica o seguinte: “O titular de um documento de identificação do veículo é responsável pelo pagamento das multas e custas que podem ser devidas pelo infractor, sem prejuízo do seu direito de recurso contra este infractor, excepto quando o veículo foi utilizado de forma abusiva.”
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O Artigo 146 (Infracções médias), parágrafo 1, estabelece o seguinte: “São consideradas infracções de condução médias as seguintes:
a) Atirar objectos ou substâncias para fora do veículo, ou deixá-los na estrada; b) Na ausência de indicação antecipada de um gesto de braço regulamentado ou de uma luz
indicadora da direcção do veículo, do início da viagem, da execução de uma manobra de paragem do veículo ou de uma mudança de direcção de viagem, ou uma pista;
c) Viajar com uma velocidade do veículo inferior a metade da velocidade máxima do veículo estabelecida para essa estrada, retardando ou obstruindo o tráfego, a menos que o tráfego ou as condições meteorológicas não permitam o contrário;
d) Dirigir com um veículo com placas de identificação que não cumpram as especificações e desenhos estabelecidos pelo INAV;
e) Não manter as luzes de estacionamento acesas, à noite, quando o veículo esta parado com o propósito de carregar ou descarregar passageiros e mercadorias, ou descarregar mercadorias;
f) Dirigir com uma parte do corpo fora do veículo; g) Travessia ou condução sem consideração, uma ou duas linhas longitudinais contínuas
delimitando direcções de trânsito, ou uma linha mista com o mesmo significado; h) Dirigir uma motocicleta ou um ciclomotor sem o uso de um capacete de protecção; i) Viajar com um veículo que possa danificar uma estrada, ou instalações ou equipamentos; j) Velocidade excessiva, de acordo com a classificação contida no [parágrafo] 2 do Artigo 33; k) Não usar, ou permitir que um passageiro não use, um cinto de segurança ou capacete de
protecção; l) Transporte de crianças em um automóvel, sem cumprir as regras de segurança especiais
estabelecidas neste código.” O Artigo 147 (Infracções graves) parágrafo 1, sub-secção D, estabelece o seguinte: “Consideram-se infracções graves de condução:
d) Falha por parte de um condutor envolvido num acidente, no qual existe uma vítima:
i. Dar ou provicenciar primeiros socorros à vítima, quando puder fazê-lo; ii. Tomar medidas, quando for capaz de fazê-lo, para evitar perigo de tráfego no local; iii. Preservar a situação do acidente, de modo a facilitar o trabalho da polícia e dos
peritos; iv. Tomar medidas para remover o veículo da cena do acidente, quando exigido pela
polícia ou um oficial de trânsito; v. Identificar-se junto à polícia e fornecer as informações necessárias à elaboração de
um relatório de incidente, quando solicitado pela autoridade e seus agentes.” O Artigo 157 (Obrigação de seguro) estabelece o seguinte: “Os veículos a motor e seus reboques, nas condições a serem estabelecidas nos regulamentos, só podem viajar em uma via pública se tiverem obtido, em termos de legislação especial, seguro de responsabilidade civil.”
Interpretação prática: Os veículos exigem seguro de responsabilidade civil de terceiros.
O Artigo 162 (Apreensão de veículos) parágrafo 1 estabelece o seguinte: “Os veículos serão apreendidos pelas autoridades quando:
f) Forem conduzidos sem placas de matrícula ou não tenham sido registados, excepto nos casos em que tal seja legalmente permitido;
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g) Um acidente foi causado, sem seguro de responsabilidade civil, conforme exigido por lei” O parágrafo 5 estabelece o seguinte: “Em caso de acidente, a apreensão referida na alínea (f) do [parágrafo] 1 permanecerá em vigor até que se prove que a compensação devida foi paga, ou se o respectivo montante não foi determinado, até que um depósito de segurança seja pago em um montante igual ao montante mínimo de seguro obrigatório.” O parágrafo 6 estabelece o seguinte: “O titular do documento de identificação do veículo é responsável pelo pagamento das despesas..” O Artigo 163 (Estacionamento indevido ou abusivo) parágrafo 1 estabelece o seguinte: “O estacionamento é considerado indevido ou abusivo, se:
d) O veículo permanece numa zona de estacionamento limitada durante mais de 2 horas após o termo do período de tempo permitido.”
Interpretação prática: Uma consideração importante para os veículos de transporte que têm de realizar trabalhos de carga e descarga em áreas urbanas.
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7 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
7.1 Impacto da fase de concepção As actividades associadas com a fase de concepção e pré-construção referem-se principalmente a estudos de base, levantamentos e colecta de dados. Os impactos relacionados ao tráfego e ao transporte durante esta fase são insignificantes.
7.2 Impactos na fase de construção
Figura 7.1: Distribuição de viagens durante o período de construção Impacto 1: Aumento do risco de colisões de veículos e lesões corporais Causa e comentário As estradas com as quais o tráfego relacionado ao projecto serão usadas passam por um grande número de assentamentos e, frequentemente, a actividade do mercado está aglomerada ao longo da estrada, onde o volume de tráfego existente, não relacionado a mina é mais alto. As seguintes estradas serão utilizadas pelo tráfego do projecto:
A EN106 entre Pemba e Metoro;
A EN242 entre Metoro e Montepuez
Estrada 509 entre Montepuez e Vinte e Cinco
Uma estrada sem nome entre Vinte e Cinco e o local da mina. Caso Nacala seja utilizado como porto de importação/exportação, serão utilizadas as seguintes estradas:
A EN106 entre Metoro e Namialo;
A EN8 entre Namialo e Nacala; Nestes assentamentos de preocupação, os veículos circulam para dentro e fora da estrada sem usar seus indicadores, os pedestres atravessam a estrada em pontos aleatórios, as crianças brincam ao lado da estrada. O risco de acidentes nesses ambientes, especialmente quando os motoristas estão trabalhando para um cronograma de entrega apertado, é acrescido. Mitigação e gestão
A estrada entre o local da mina e Montepuez deve ser melhorada para garantir que seja suficientemente larga para permitir que dois veículos pesados passem com segurança.
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Todas as melhorias nas estradas públicas terão de ser aprovadas pelas autoridades Moçambicanas.
Deve-se considerar a possibilidade de projectar a estrada para contornar os assentamentos onde habitação e pessoas estão localizadas muito perto da estrada por razões de segurança pública.
Dentro dos limites do local da mina deve ser usada a sinalização para especificar os limites de velocidade e a observância desses limites deve ser monitorada e rigorosamente aplicada. Nas estradas nacionais, o limite de velocidade especificado deve ser estritamente respeitado pela força de trabalho da mina e do empreiteiro.
As entregas de material de construção durante a noite devem ser evitadas.
Todos os condutores devem receber formação para cada tipo de veículo, incluindo treinamento de veículos ligeiros, treinamento de camiões para camiões pesados e treinamento de camiões anormais (incluindo planos e reboques) antes de serem autorizados a dirigi-los.
As entregas de veículos pesados devem, na medida do possível, ser programadas para evitar a formação de colunas. Deve ser mantida uma distância suficiente, tal como especificado no Código de Estrada, entre veículos pesados para permitir que veículos ligeiros ultrapassem com segurança.
Um plano de Prontidão e Resposta a Emergências deve ser preparado e deve incluir disposições para lidar com acidentes de trânsito, particularmente acidentes com lesões corporais, e todos os condutores devem ser informados sobre os procedimentos a serem seguidos.
Declaração de significância
Impacto
Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala
Temporal
Escala
Espacial
Gravidade do impacto
Impacto 1: Aumento do risco de colisões de veículos e lesões corporais
Sem Mitigação Curto prazo Regional Grave Pode ocorrer
MOD -
Com Mitigação Curto prazo Regional Grave Pouco provável
BAIXA -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
Impacto 2: Geração de poeira Causa e comentário Uma grande proporção de estradas utilizadas pelo projecto não são pavimentadas. De Montepuez ao local da mina (aproximadamente 58km) o tráfego usará estradas não pavimentadas. Habitação humana tende a concentrar-se ao lado da estrada, o que significa que elas serão expostas a esta poeira. Mitigação e gestão
O melhoramento da estrada entre a mina e Montepuez deve incluir medidas para reduzir a geração de poeira fugitiva, de preferência por meio de um curso de vedação/agregado padrão da indústria, adequado para uso em todas as condições climáticas, mas por aplicação regular e frequente de supressor de poeira, incluindo água, se estiver disponível em quantidades suficientes.
Realinhamento da estrada entre a mina e Montepuez para contornar os assentamentos.
Redução da velocidade nas comunidades.
Comunicações regulares com as comunidades no que se refere ao transporte de veículos. Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala Espacial
Gravidade do impacto
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Impacto 2: Geração de poeira
Sem Mitigação Curto prazo Regional Moderada Definitivo MOD -
Com Mitigação Curto prazo Regional Moderada Provável BAIXA -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A NA
Impacto 3: Cargas anormais Causa e comentário É provável que alguns itens de equipamentos fabricados fora do local, como transformadores e tanques de armazenamento, sejam suficientemente grandes para serem classificados como cargas anormais. As autoridades de trânsito geralmente exigem veículos de guarda para preceder e seguir esses veículos para avisar outros motoristas de sua aproximação e, muitas vezes, especificar vezes quando grandes veículos de movimento lento devem viajar. Mitigação e gestão
Devem ser tomadas providências com as autoridades de trânsito apropriadas para cargas anormais e seus requisitos estritamente aderidos.
Os limites de velocidade devem ser rigorosamente observados.
Na medida do possível, as entregas de cargas anormais devem ser programadas para evitar períodos em que volumes significativos de tráfego de construção estão fazendo entregas ao local.
Medidas serão tomadas para manter as crianças e adultos longe de cargas anormais enquanto se movem perto de comunidades.
Treinamento de motoristas de carga anormal obrigatório para todos os participantes envolvidos em transporte de carga anormal de e para o local da mina.
Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala Espacial
Gravidade do impacto
Impact 2: Dust generation
Sem Mitigação Curto prazo Regional Ligeira Definitivo BAIXA -
Com Mitigação Curto prazo Regional Ligeira Provável BAIXA -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
7.3 Impacto da fase de operação Tabela 7.1: Resumo do tráfego da fase de operações
Fonte Descrição Rota
Entrega de grafite no porto 13 entregas de 25 toneladas por dia Local para Pemba e retorno
Transporte de pessoal (locais) 4 autocarros de 15 lugares diariamente Estradas locais ao redor do local
Transporte de pessoal (aeroporto)
5 autocarros de 15 lugares cada 2 semanas
Local para Pemba e retorno
Consumíveis e suprimentos para o local
60 camiões de vários eixos por mês Várias fontes para o site
Impacto: Aumento do risco de colisões de veículos e lesões corporais Causa e comentário Prevê-se que seriam necessárias 13 entregas de produto por dia para a Pemba, em cargas úteis de 25 toneladas cada. Assumindo que os camiões que entregaram as cargas do dia anterior estariam retornando ao local para carregar outra carga, 26 viagens por dia serão geradas pelas operações da mina. Além disso, as provisões de minas e consumíveis, combustível e alimentos também serão transportados em camiões pesados. Como resultado dessas entregas, existem riscos relacionados à segurança pública e ao congestionamento rodoviário.
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Mitigação e gestão
O calendário de entrega dos condutores deve ter em conta as condições das estradas, as condições meteorológicas prevalecentes e as prováveis condições de trânsito durante o percurso, para garantir que as entregas possam ser feitas a tempo, sem necessidade de ultrapassar os limites de velocidade ou de conduzir de uma forma que possa prejudicar a segurança pública. A segurança do público, do condutor e dos ocupantes deve permanecer prioritária em todos os momentos.
Dentro da área do projecto, a sinalização deve ser usada para especificar limites de velocidade e a adesão a esses limites deve ser monitorada e rigorosamente aplicada. Nas estradas nacionais, o limite de velocidade especificado deve ser rigorosamente respeitado.
As entregas à noite devem ser evitadas.
As entregas de veículos pesados devem, na medida do possível, ser programadas para evitar a formação de colunas. Deve ser mantida uma distância suficiente, tal como especificado no Código de Estrada, entre veículos pesados para permitir que veículos ligeiros ultrapassem com segurança.
Todos os veículos devem ter sistemas de rastreamento GPS colocados nos veículos para confirmar a localização e registar o comportamento do motorista.
A formação regular de motoristas e o re-treinamento periódico serão obrigatórios para todos os motoristas do projecto.
Um Plano de Prontidão e Resposta a Emergências deve incluir disposições para lidar com acidentes de trânsito, particularmente acidentes com lesões corporais, e todos os condutores devem ser informados dos procedimentos a seguir.
Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala espacial
Gravidade do impacto
Impacto: aumento do risco de colisões de veículos e lesões corporais
Sem Mitigação Longo prazo
Regional Grave Provável ELEVADA -
Com Mitigação Longo prazo
Regional Grave Pode ocorrer
MOD -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
Impacto: Geração de poeiras Causa e comentário Durante a fase de operações, a estrada do local para Montepuez terá sido melhorada para uma estrada de uso em todas as condições climáticas, incluindo medidas de drenagem significativas para a estação chuvosa e medidas de supressores de poeira para a estação seca. A Suni Recursos terá uma frota de mineração dedicada ao melhoramento da estrada e plano para melhorar a estrada antes da construção. A estrada será composta por uma estrada nominal de 6 metros de largura com rebordos adequados, mobiliário rodoviário e drenagem construídos segundo as normas de Moçambique e as condições meteorológicas. Mitigação e gestão Quanto à fase de construção. Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala espacial
Gravidade do impacto
Impacto 2: Geração de poeira
Sem Mitigação Longo prazo
Regional Ligeira Definitivo ELEVADA -
Com Mitigação Longo prazo
Regional Ligeira Provável MOD -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
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Impacto: Danos nas estradas públicas Causa e comentário Os veículos da mina grandes e pesados são susceptíveis de causar danos às estradas públicas se eles estiverem sobrecarregados. Mitigação e gestão
Determinar os padrões de projecto das vias públicas.
Assegurar que os veículos da mina não estejam sobrecarregados.
Investigar pontes ao longo da estrada de Montepuez ao local para assegurar-se de que são fortes bastante para segurar o tráfego do camião do peso e da frequência previstos. Melhorara estrada e as pontes de acordo.
Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala espacial
Gravidade do impacto
Impact 3: Damage to public roads
Sem Mitigação Longo prazo
Regional Legeira Provável MOD -
Com Mitigação Longo prazo
Regional Legeira Pouco provável
BAIXA -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
Impacto: Ruído de veículos Causa e comentário Os seguintes factores são considerados os mais significativos no que se refere à geração de ruído de tráfego rodoviário:
Volume de tráfego, ou seja, tráfego médio diário;
Velocidade média do tráfego;
Composição do tráfego, ou seja, percentagem de veículos pesados;
Gradiente de estrada;
Tipo e condição da superfície da estrada; e
Ruído individual do veículo, incluindo ruído do motor, ruído de transmissão, ruído de contacto (a interacção dos pneus e a superfície da estrada, corpo, bandeja e vibração de carga e ruído aerodinâmico).
Mitigação e gestão
Minimizar o motor do veículo, a transmissão e a vibração do corpo. Isto pode ser conseguido através da manutenção regular dos veículos.
Ao projectar estradas, evitar a necessidade de aceleração e desaceleração excessivas minimizando as inclinações.
Manter a superfície da estrada para evitar corrugações e buracos.
Minimizar a necessidade de os camiões fazerem a retaguarda e activarem as sirenes de retaguarda.
Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala espacial
Gravidade do impacto
Impacto 3: Danos nas estradas públicas
Sem Mitigação Longo prazo
Regional Ligeira Provável MOD -
Com Mitigação Longo prazo
Regional Ligeira Pouco Provável
BAIXA -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
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7.4 Impactos da fase de descomissionamento Os impactos da fase de descomissionamento provavelmente serão semelhantes aos impactos na fase de construção. Alguns dos seguintes resultados são prováveis:
Alguns equipamentos da planta serão removidos para reutilização noutro local.
O equipamento será desmontado e vendido para sucata.
A infraestrutura indesejada será reformada para uso comunitário quando considerada sustentável e um ganho líquido para a comunidade local pode ser alcançado ao fazê-lo.
É provável que os sistemas de gestão de tráfego da mina tenham evoluído para uma fase em que os acidentes são improváveis, ou quando ocorrem, são tratados com rapidez e eficácia.
As medidas de mitigação sugeridas para a fase de construção, também são consideradas necessárias para a fase de descomissionamento:
Dentro da área do projecto, a sinalização deve ser usada para especificar os limites de velocidade e a aderência a esses limites deve ser monitorada. Nas estradas nacionais, o limite especificado deve ser respeitado.
As entregas à noite devem ser evitadas.
As entregas de veículos pesados devem, na medida do possível, ser programadas para evitar a formação de colunas. Deve ser mantida uma distância suficiente entre os veículos pesados para permitir que os veículos ligeiros ultrapassem com segurança.
Se forem transportadas cargas anormais:
• Devem ser tomadas providências com as autoridades de trânsito provinciais para cargas anormais e seus requisitos rigorosamente cumpridos.
• Os limites de velocidade devem ser rigorosamente observados. • Na medida do possível, as entregas de cargas anormais devem ser programadas para evitar
períodos em que existam volumes significativos de tráfego nas estradas afectadas.
7.5 Impactos cumulativos Impacto: Impacto de tráfego acumulado da mina Causa e comentário O Projecto de Grafite de Montepuez é o terceiro de seu tipo na região, com os outras sendo as minas de grafite da Nicanda Hills e Syrah Resources. Poderá haver ainda mais desenvolvimentos no futuro à medida que a extensão do recurso de grafite for atingida. A EN242 foi recentemente melhorada, o que deverá conduzir a um aumento do tráfego de veículos não relacionados com as minas na região, embora seja provável que os veículos relacionados com as minas continuem a ser os maiores contribuintes para o tráfego. Tabela 7.2: Tráfego estimado total de camiões associados à entrega de grafite para as minas na região de Montepuez
Entregas de grafite de fase de operação por dia
Projecto Central de Grafite de Montepuez 13
Nicanda Hills 7
Syrah Resources 60
Total estimado 80
Todo o tráfego irá partilhar a EN242 e 106 para os portos de Pemba e Nacala.
Mitigação e gestão
As medidas de mitigação sugeridas para as fases de construção e operação servirão para mitigar os impactos cumulativos aos quais a mina contribui. Em resumo, estes são:
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Melhoramento da estrada entre Montepuez e o local,
O uso de sinais e dispositivos GPS de monitoramento de veículos para controlar a velocidade do tráfego, monitorar o comportamento do motorista e fornecer outras notificações e avisos úteis,
Programas de treinamento e re-treinamento para todos os motoristas do projecto,
Deve ser desenvolvido um Plano de Prontidão e Resposta a Emergências e todos os condutores devem estar familiarizados com os procedimentos nele descritos,
Controle de poeiras, através de melhoramento ou o uso de supressores de poeira.
No caso de cargas anormais precisarem ser transportadas, estas devem ser organizadas com a autoridade provincial de trânsito.
O calendário de entrega dos condutores deve ter em conta as condições das estradas, as condições meteorológicas prevalecentes e as prováveis condições de trânsito durante o percurso, para garantir que as entregas podem ser feitas a tempo, sem necessidade de ultrapassar os limites de velocidade ou de conduzir de uma forma que possa prejudicar a segurança pública.
Declaração de significância
Impacto Efeito Risco ou
Probabilidade
Significância Geral
Escala Temporal
Escala espacial
Gravidade do impacto
Impacto 2: Geracao de poeira
Sem Mitigação Longo prazo
Regional Moderada Regional
Provável MOD -
Com Mitigação Longo prazo
Regional Moderada Regional
Pode ocorrer
BAIXA -
Opção Não-Avançar N/A N/A N/A N/A
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8 RESUMO E RECOMENDAÇÕES O estudo identificou os impactos listados na Tabela 7.1 abaixo. Tabela 8.1: Resumo dos impactos identificados de tráfego do projecto
Impacto Pré-mitigação Pós-mitigação
Construção Aumento do risco de colisões e ferimentos no veículo MOD - BAIXA - Geração de poeira MOD - BAIXA - Transporte de cargas anormais BAIXA - BAIXA -
Operação Aumento do risco de colisões e ferimentos no veículo ELEVADO - MOD - Geração de poeira ELEVADO - MOD - Danos nas estradas públicas MOD - BAIXA - Ruído do veículo MOD - BAIXA -
Cumulativo Impacto de tráfego acumulado da mina MOD - BAIXA -
Espera-se que o projecto cause um aumento bastante grande no volume de tráfego. Aproximadamente 200km das estradas a serem usadas pelo projecto são pavimentadas, e pela maior parte estão em boas condições. O comprimento da estrada não pavimentada de Montepuez ao local da mina sofrerá o melhoramento e o plano é construir algumas estradas do desvio que desviarão o tráfego pesado da mina dos centros das vilas que as estradas passam actualmente por completo. O tráfego do projecto passará por numerosos assentamentos entre o local da mina e Pemba. Nestas áreas, o risco de acidentes envolvendo veículos da mina e outros utentes da estrada é considerado elevado. Foram sugeridas as seguintes medidas de mitigação para cada uma das fases: Construção:
Recomenda-se o melhoramento da estrada entre Montepuez e o local da mina,
O uso de sinais e dispositivos GPS de monitoramento de veículos para controlar a velocidade do tráfego, monitorar o comportamento do motorista e fornecer outras notificações e avisos úteis,
Programas de treinamento e re-treinamento para todos os motoristas do projecto;
Evitar o fornecimento de material durante a noite,
Evitar a formação de colunas,
Preparar um Plano de Prontidão e Resposta a Emergência,
Transporte de cargas anormais deve ser organizado com as autoridades de trânsito relevantes.
Operação:
Garantir que os horários de entrega dos condutores não resultem em fadiga, a necessidade de excesso de velocidade e os riscos de segurança resultantes,
Continuar a aplicar o Plano de Prontidão e Resposta a Emergência,
Evitar o transporte e a entrega do produto durante a noite.
Determinar os padrões de projecto das vias públicas.
Assegurar que os veículos da mina não estejam sobrecarregados.
Minimizar o motor do veículo, a transmissão e a vibração do corpo. Isto pode ser conseguido através da manutenção regular dos veículos.
Ao projectar as estradas, evitar a necessidade de aceleração e desaceleração excessivas minimizando as inclinações.
Manter a superfície da estrada para evitar corrugações e buracos.
Minimizar a necessidade de os camiões fazerem a retaguarda e activarem as sirenes de retaguarda.
Avaliação de Impacto do Tráfego e Transporte
Coastal & Environmental Services 53 Projecto de Montepuez Suni Resources S.A
REFERÊNCIAS Coastal & Environmental Services, Setembro de 2016, Projecto de Grafite de Montepuez da Suni Recursos S.A, Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Ambito, CES, Cape Town. Código de Estrda de Moçambique, Decreto-Lei Nº 1/2011, de 23 de Março LBH Group - Africa. 2017. Home - LBH Africa. [ONLINE] Disponivel no: http://lbhsouthafrica.com/. [Acessado em 21 de fevereiro de 2017].