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LEANDRO JOSÉ RECKERS AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE ENXERTOS HOMÓLOGOS DE MENISCOS ULTRACONGELADOS DE COELHOS, SUBMETIDOS A QUATRO TÉCNICAS DE FIXAÇÃO Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título de Doutor em Ciências. SÃO PAULO 2006

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Page 1: AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE … · DEDICATÓRIA Aos meus pais José Bernardo e Elory, pelo exemplo de luta, perseverança, humildade e respeito ao próximo. Agradeço

LEANDRO JOSÉ RECKERS

AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE ENXERTOS

HOMÓLOGOS DE MENISCOS ULTRACONGELADOS DE COELHOS,

SUBMETIDOS A QUATRO TÉCNICAS DE FIXAÇÃO

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título de Doutor em Ciências.

SÃO PAULO 2006

Page 2: AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE … · DEDICATÓRIA Aos meus pais José Bernardo e Elory, pelo exemplo de luta, perseverança, humildade e respeito ao próximo. Agradeço

LEANDRO JOSÉ RECKERS

AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE ENXERTOS

HOMÓLOGOS DE MENISCOS ULTRACONGELADOS DE COELHOS,

SUBMETIDOS A QUATRO TÉCNICAS DE FIXAÇÃO

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título de Doutor em Ciências.

ORIENTADOR: Prof. Dr. Djalma José Fagundes

SÃO PAULO 2006

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Reckers, Leandro José Avaliação da repopularização celular de enxertos homólogos de

meniscos ultracongelados de coelhos, submetidos a quatro técnicas de fixação/Leandro José Reckers – São Paulo, 2006

xxiv, 110f Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de

Medicina. Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação. Evaluation of cell repopulation of homologous frozen menisci grafts of

rabbits submitted to four fixation techniques . 1. Meniscos mediais. 2. Adesivo de fibrina. 3. Transplante. 4. Coehos.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCO’LA PAULISTA DE MEDICINA UNIFESP-EPM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA E EXPERIMENTAÇÃO

COORDENADOR: Prof. Dr. José Luiz Martins

TESE DE DOUTORADO

AUTOR: Leandro José Reckers ORIENTADOR: Prof. Dr. Djalma José Fagundes TÍTULO: Avaliação da repopularização celular de enxertos homólogos de meniscos ultracongelados de coelhos, submetidos a quatro técnicas de fixação. BANCA EXAMINADORA: 1- Presidente: Prof. Dr. Djalma José Fagundes Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP-EPM. MEMBROS EFETIVOS: 2 – Prof. Dr. Moisés Cohen Professor Livre-Docente e Chefe do Centro de Traumatologia do Esporte do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo. UNIFESP-EPM. 3 – Prof. Dr. Gilberto Luis Camanho Professor Livre-Docente e Adjunto da Disciplina de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo - USP. 4 – Prof. Dr. Nilson Roberto Severino Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 5 – Prof. Dr. Edgar dos Santos Pereira Professor Titular da Faculdade de Medicina de Santo Amaro-UNISA. Presidente da Sociedade Brasileira de Artroscopia. MEMBROS SUPLENTES 1- Prof. Dr. Hélio Plapler Professor Adjunto da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina. 2 - Prof. Dr. José Luiz Pozo Raymundo Professor Adjunto e Regente da Disciplina de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Católica de Pelotas. Pelotas-RS.

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Não importam quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los.

Tenzin Gyatso, o Dalai Lama(Líder espiritual Tibetano; Prêmio Nobel da Paz)

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais José Bernardo e Elory, pelo exemplo de luta, perseverança, humildade

e respeito ao próximo. Agradeço a Deus por ter me dado vocês como o bem mais valioso que

a vida poderia me proporcionar. Ofereço este trabalho a vocês, fruto de muito esforço e

dedicação. Obrigado por tudo.

À Josiene, mesmo distante por mais de dois anos, não saberia falar neste momento a

grande admiração que sinto por ti. A tua presença sempre esteve comigo. Tento imaginar

quantos anos demorarei para agradecer tudo o que tu fizeste por mim.

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AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao Prof. Dr. Djalma José Fagundes, Professor Adjunto do Departamento de

Cirurgia e Orientador do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação da

Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, orientador deste trabalho,

por me incentivar a vencer os grandes desafios da vida. Muito obrigado pela confiança

depositada em mim. Não tenho palavras para agradecer tanta credibilidade, mas sei que lhe

serei eternamente grato.

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AGRADECIMENTOS

À UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – ESCOLA PAULISTA DE

MEDICINA – UNIFESP-EPM, por ter me recebido como aluno do Programa de Pós-

Graduação em Cirurgia e Experimentação, possibilitando minha titulação.

Ao Prof. Dr. Luiz Francisco Poli de Figueiredo, Livre-Docente, Titular da Disciplina

de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, pela acolhida na

Disciplina.

Ao Prof. Dr. José Luiz Martins, Professor Adjunto, Livre-Docente da Disciplina de

Cirurgia Pediátrica e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e

Experimentação da UNIFESP-EPM, pelos valiosos ensinamentos e orientação.

À Profa. Dra. Edna Frasson de Souza Montero, Professora Afiliada ao Departamento

de Cirurgia da UNIFESP-EPM, pela contribuição e delineamento desta tese e pela experiência

pessoal, tão proveitosamente transmitida.

Ao Prof. Dr. Henri Chaplin Rivoire, Professor Assistente e Chefe do Departamento de

Cirurgia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande-RS, pela sua grande persistência e

espírito de grupo transmitida ao longo destes anos. Seu conhecimento metodológico foi

importante para a formatação desta pesquisa. Muito obrigado pela ajuda.

Ao Prof. Dr. Paulo de Oliveira Gomes, Professor Adjunto da Disciplina de Técnica

Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, pelas informações e conhecimentos

de grande valia.

Ao Prof. Dr. João Luiz Moreira Coutinho de Azevedo, Professor Adjunto da

Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, pelos

ensinamentos dirigidos principalmente à língua portuguesa e à metodologia científica.

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Ao Prof. Dr. Murched Omar Taha, Professor Afiliado ao Departamento de Cirurgia

da UNIFESP-EPM, pelos ensinamentos transmitidos.

À médica veterinária e amiga Vanessa Carla Paiva, Mestre pelo Programa de Pós-

Graduação em Cirurgia e Experimentação da UNIFESP-EPM. Como no mestrado, sua

amizade e alegria transmitidas no decorrer deste longo trabalho foram um estimulante para

chegarmos ao final desta tarefa. Sua competência em Medicina Veterinária foi muito

importante na execução desta pesquisa. Muito obrigado por tudo. Este trabalho também lhe

pertence.

À médica veterinária e amiga Márcia Bento Moreira, Mestre pelo Programa de Pós-

Graduação em Cirurgia e Experimentação da UNIFESP-EPM. Como no mestrado, sua

competência em medicina veterinária foi em grande parte responsável pela execução desta

pesquisa. Muito obrigado pela compressão de sua família. Este trabalho também lhe pertence.

À Simone, pela compreensão nestes meses de convivência no final desta jornada de

muito trabalho e pesquisa. Seu companheirismo me trouxe a tranqüilidade necessária para a

complementação desta etapa tão importante em minha formação.

Ao meu amigo e ortopedista Hilário Boatto, Doutor em Medicina pelo Departamento

de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP-EPM, pela grande amizade em momentos bons e

difíceis. Muito obrigado.

À amiga e funcionária da UNIFESP-EPM Elaine Maria Alves Bazzi Dantas, pela

amizade e pelo apoio nestes anos de muito trabalho. Obrigado pela colaboração nesta

pesquisa.

À estatística Sandra Malagutti, pelo talentoso desempenho estatístico na realização

deste trabalho.

À acadêmica de medicina da Universidade Católica de Pelotas-UCPEL Alessandra

Formigheri pela grande amizade, apoio e colaboração nos momentos de muito trabalho.

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À Adriana Sayury Takamory, acadêmica de Medicina Veterinária da UNIBAN e

PIBIC-Programa de Iniciação Científica da UNIFESP, pela colaboração preciosa no cuidado

com os animais em seu pré-operatório.

Ao funcionário João Custódio de Brito (Fernando), pela sua amizade, colaboração e

paciência, principalmente nos vários finais de semanas em que passamos envolvidos com esta

pesquisa.

À Valdelice Justiniano Soares, secretária do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia

e Experimentação da UNIFESP, pela sua amizade, ajuda e disponibilidade na execução deste

trabalho.

À Benedita Salete Costa Lima Valverde e Rita de Cássia Almeida Bonfim

funcionárias da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP, pela

colaboração durante a realização do presente trabalho.

Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação da

UNIFESP, pela convivência, amizade e ajuda na formação do espírito crítico.

À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-USP – Departamento de Patologia –

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia e Laboratório de Oncologia Experimental,

pela confecção das lâminas.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Biotério da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia

Experimental. Animais alojados em gaiolas individuais.................

5

Figura 2 - Esquema de distribuição dos animais nos diversos grupos de

estudo...............................................................................................

8

Figura 3 - Radiografia na incidência ântero-posterior do joelho direito

mostrando o ângulo frontal..............................................................

9

Figura 4 - Foto representativa da meniscectomia medial (M=menisco)............ 10

Figura 5 - Foto representativa da medição do menisco medial no seu eixo

maior com o uso de paquímetro digital...........................................

11

Figura 6 - Foto representativa da técnica de sutura após fixação do menisco.

(A) Fixação do corno posterior junto ao ligamento cruzado

anterior. (B) Fixação do corno anterior junto à cápsula anterior.....

12

Figura 7 - Foto representativa da técnica de sutura após fixação do menisco.

(A) Fixação do corpo do menisco no ligamento colateral tibial.

(B) Menisco transplantado (imagem em perfil)..............................

12

Figura 8 - Foto representativa do momento da passagem da broca para a

realização do túnel posterior............................................................

13

Figura 9 - (A) Foto representativa do momento da passagem da broca para a

realização do primeiro túnel anterior. (B) Foto representativa do

momento da passagem da broca para realização do segundo túnel

anterior, encontrando o primeiro túnel anterior...............................

14

Figura 10 - (A) Foto representativa do momento da passagem do fio no túnel

posterior. (B) Foto mostrando a realização do ponto em “U” no

corno posterior do menisco medial..................................................

14

Figura 11 - (A) Foto representativa do momento da passagem da agulha no

túnel anterior. (B) Foto representativa do momento da realização

do ponto em “U” no corno anterior do menisco medial..................

14

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Figura 12 - Foto representativa da técnica de túneis tibiais após fixação do

menisco............................................................................................

15

Figura 13 - Foto mostrando os quatro fios na região anterior da tíbia (setas

amarelas) e a passagem do fio de poliamida no ligamento

colateral tibial (seta branca).............................................................

15

Figura 14 - (A) Foto representativa do momento da aplicação de 0,4mL de

cola de fibrina antes da fixação final. (B) Foto representativa do

momento da manutenção do menisco no platô tibial após a

introdução da cola de fibrina...........................................................

16

Figura 15 - (A) Foto da pistola, do frasco e da ponteira onde é adicionada a

cola de fibrina. (B) Foto representativa dos frascos e ponteiras da

cola de fibrina: (1) Ponteiras já utilizadas com a cola de fibrina.

(2) Ponteiras que serão utilizadas no procedimento operatório. (3)

Frascos de cola de fibrina.(C) Foto representativa do momento da

aplicação da cola de fibrina. (D) Foto representativa do momento

da manutenção do menisco no platô tibial após a introdução da

cola de fibrina..................................................................................

17

Figura 16 - Foto de um quadrante sendo quantificado pelo programa Image-

Pro-Plus (setas: células repopularizadas)........................................

19

Figura 17 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de sutura, com duas semanas de

observação.......................................................................................

30

Figura 18 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com duas

semanas de observação. Verificar à direita o corno posterior do

menisco descolado do platô tibial (seta amarela)............................

30

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Figura 19 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina,

com duas semanas de observação. Verificar à direita a presença

de cor amarronzada do menisco transplantado................................

31

Figura 20 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com duas semanas

de observação. Verificar à direita a presença da membrana

sinovial adjacente ao menisco transplantado (setas horizontais)

(seta amarela mostrando fio de sutura)............................................

31

Figura 21 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de sutura, com duas semanas

de observação. Verificar a quantidade significativa de células

invadindo a matriz amorfa (colágeno) desde a periferia do

enxerto (seta longa) até o seu terço proximal (seta curta) (HE-

10X).................................................................................................

34

Figura 22 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com duas

semanas de observação. Verificar a escassa quantidade de células

restrita à periferia do enxerto (seta) (HE-10X)................................

34

Figura 23 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de

fibrina, com duas semanas de observação. Verificar escassa

quantidade de células invadindo a matriz amorfa (colágeno)

restrita à periferia do enxerto (seta) (HE-10X)................................

35

Figura 24 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com duas

semanas de observação. Verificar três a quatro camadas de

células invadindo a matriz amorfa (colágeno) a partir da periferia

do enxerto (setas) (HE-10X)............................................................

35

xi

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Figura 25 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de sutura, com quatro semanas de

observação.......................................................................................

46

Figura 26 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com quatro

semanas de observação. Verificar à direita o corno posterior do

menisco medial descolado do platô tibial........................................

46

Figura 27 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina,

com quatro semanas de observação. Verificar a membrana

sinovial sobre o corno anterior e corpo do menisco (setas

horizontais)......................................................................................

47

Figura 28 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com quatro

semanas de observação. Verificar a ausência do corno anterior e

do corpo do menisco (setas horizontais)..........................................

47

Figura 29 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de sutura, com quatro

semanas de observação. Verificar a quantidade significativa de

células invadindo a matriz amorfa (colágeno) desde a periferia do

enxerto até o seu terço proximal (setas) (HE-10X).........................

50

Figura 30 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com

quatro semanas de observação. Verificar a escassa quantidade de

células invadindo a matriz amorfa (colágeno) restrita à periferia

do enxerto (setas) (HE-10X)............................................................

50

xii

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Figura 31 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória túneis tibiais e cola de

fibrina, com quatro semanas de observação. Verificar a

quantidade pequena de células invadindo a matriz amorfa

(colágeno) restrita à periferia do enxerto (setas) (HE-10X)............

51

Figura 32 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com quatro

semanas de observação. Verificar a quantidade significativa de

células invadindo a matriz amorfa (colágeno) em direção à parte

central do enxerto (setas) (HE-4X)..................................................

51

Figura 33- (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de sutura, com oito semanas de

observação (seta amarela mostrando fio de sutura).........................

63

Figura 34 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com oito

semanas de observação....................................................................

63

Figura 35 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina,

com oito semanas de observação. Verificar a soltura do corpo e

corno posterior do menisco transplantado.......................................

64

Figura 36 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle

à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita,

fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com oito semanas

de observação. Verificar à direita a presença da membrana

sinovial adjacente ao menisco transplantado (setas horizontais).....

64

xiii

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Figura 37 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de sutura, com oito semanas

de observação. Verificar a grande quantidade de células

invadindo a matriz amorfa (colágeno) desde a periferia até a

região central do enxerto (HE-4X)..................................................

67

Figura 38 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com oito

semanas de observação. Verificar a pequena quantidade de

células apenas na periferia do enxerto (seta) (HE-4X)....................

67

Figura 39 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de

fibrina, com oito semanas de observação. Verificar a pequena

quantidade de células apenas na periferia do enxerto (setas) (HE-

4X)...................................................................................................

68

Figura 40 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no

grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com oito

semanas de observação. Verificar a pequena quantidade de

células apenas na periferia (seta curta) do enxerto migrando em

direção central (seta longa) (HE-10X).............................................

68

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo da evolução ponderal

(gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de

fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de duas

semanas de observação.........................................................................

24

Tabela 2 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo do tamanho do

menisco (centímetros) entre os grupos com as diferentes técnicas

operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de

duas semanas de observação................................................................

26

Tabela 3 - Distribuição do número e porcentagem de fixação parcial ou total

dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias,

ao final de duas semanas de observação...............................................

28

Tabela 4 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo das porcentagens de

células que repopularizaram o menisco transplantado, com duas

semanas de observação.........................................................................

32

Tabela 5 - Distribuição da presença ou ausência de infiltrado inflamatório nos

animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do

menisco transplantado, com duas semanas de observação...................

36

Tabela 6 - Distribuição da presença ou ausência de edema nos animais dos

grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco

transplantado, com duas semanas de observação.................................

37

Tabela 7 - Distribuição da presença ou ausência de complicações nos animais

dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco

transplantado, com duas semanas de observação.................................

38

xv

Page 18: AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE … · DEDICATÓRIA Aos meus pais José Bernardo e Elory, pelo exemplo de luta, perseverança, humildade e respeito ao próximo. Agradeço

Tabela 8 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo da evolução ponderal

(gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de

fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de

quatro semanas de observação..............................................................

40

Tabela 9 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo do tamanho do

menisco (centímetros) entre os grupos com as diferentes técnicas

operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de

quatro semanas de observação..............................................................

42

Tabela 10 - Distribuição do número e porcentagem de fixação parcial ou total

dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias,

ao final de quatro semanas de observação............................................

44

Tabela 11 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo das porcentagens de

células que repopularizaram o menisco transplantado, com quatro

semanas de observação.........................................................................

48

Tabela 12 - Distribuição da presença ou ausência de infiltrado inflamatório nos

animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do

menisco transplantado, com quatro semanas de observação................

52

Tabela 13 - Distribuição da presença ou ausência de edema nos animais dos

grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco

transplantado, com quatro semanas de observação..............................

54

Tabela 14 - Distribuição da presença ou ausência de complicações nos animais

dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco

transplantado, com quatro semanas de observação..............................

55

Tabela 15 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo da evolução ponderal

(gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de

fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de oito

semanas de observação.........................................................................

57

xvi

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Tabela 16 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

médias, mediana e valores máximo e mínimo do tamanho do

menisco (centímetros) entre os grupos com as diferentes técnicas

operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de

oito semanas de observação..................................................................

59

Tabela 17 - Distribuição do número e porcentagem de fixação parcial ou total

dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias,

ao final de oito semanas de observação................................................

61

Tabela 18 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da

repopularização celular do menisco entre as diferentes técnicas

operatórias de fixação, ao final de oito semanas de observação..........

65

Tabela 19 - Distribuição da presença ou ausência de infiltrado inflamatório nos

animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do

menisco transplantado, com oito semanas de observação....................

69

Tabela 20 - Distribuição da presença ou ausência de edema nos animais dos

grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco

transplantado, com oito semanas de observação..................................

70

Tabela 21 - Distribuição da presença ou ausência de complicações nos animais

dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco

transplantado, com oito semanas de observação..................................

71

Tabela 22 - Distribuição das médias, da variabilidade (desvio padrão), mediana,

mínimo e máximo dos ângulos dos joelhos medidos a partir das

radiografias, para critérios de exclusão de ângulos anômalos..............

72

xvii

Page 20: AVALIAÇÃO DA REPOPULARIZAÇÃO CELULAR DE … · DEDICATÓRIA Aos meus pais José Bernardo e Elory, pelo exemplo de luta, perseverança, humildade e respeito ao próximo. Agradeço

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da

evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes

técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais

no início e ao final de duas semanas de observação.......................

25

Gráfico 2 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) do

tamanho do menisco (centímetros) entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao

tamanho no início e ao final de duas semanas de observação........

27

Gráfico 3 - Distribuição da porcentagem de fixação parcial ou total dos

meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias,

ao final de duas semanas de observação.........................................

29

Gráfico 4 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

porcentagens de células que repopularizaram o menisco

transplantado com duas semanas de observação............................

33

Gráfico 5 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da

evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes

técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais

no início e ao final de quatro semanas de observação....................

41

Gráfico 6 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) do

tamanho do menisco (centímetros) entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao

tamanho no início e ao final de quatro semanas de observação.....

43

Gráfico 7 - Distribuição da porcentagem de fixação parcial ou total dos

meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias,

ao final de quatro semanas de observação......................................

45

Gráfico 8 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das

porcentagens de células que repopularizaram o menisco

transplantado, com quatro semanas de observação........................

49

xviii

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Gráfico 9 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da

evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes

técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais

no início e ao final de oito semanas de observação........................

58

Gráfico 10 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) do

tamanho do menisco (centímetros) entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao

tamanho no início e ao final de oito semanas de observação.........

60

Gráfico 11 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) entre

os diferentes métodos de fixação em relação à fixação do

menisco, ao final de oito semanas de observação..........................

62

Gráfico 12 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da

repopularização celular do menisco entre as diferentes técnicas

operatórias, ao final de oito semanas de observação......................

66

Gráfico 13 - Apresentação gráfica comparativa das técnicas operatórias

usadas em relação à fixação parcial do menisco transplantado,

nos três tempos de observação.......................................................

73

Gráfico 14 - Apresentação gráfica comparativa das técnicas operatórias

usadas em relação à fixação total do menisco transplantado, nos

três tempos de observação..............................................................

74

Gráfico 15 - Apresentação gráfica comparativa das técnicas operatórias

usadas em relação à repopularização celular do menisco

transplantado, nos três tempos de observação................................

75

xix

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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

∆: variação

AF: Ângulo Frontal

AFT: Ângulo Fêmoro-Tibial

C: Celsius

cm: centímetros

Co: condrócitos

CPU: central processing unit / unidade central de processamento

dp: desvio padrão

Fb: fibroblastos

Fc: fibrocondrócitos (fibrócitos)

g: gramas

GI: grupo I

GII: grupo II

GIII: grupo III

GIV: grupo IV

HE: hematoxilina-eosina

IM: intramuscular

Kg: quilograma

Kv: quilovolt

L: litro

LCF: ligamento colateral fibular

LCT: Ligamento colateral tibial

LP: ligamento da patela

mAs: miliamperes/segundo

ML: menisco lateral

mL: mililitro

MM: menisco medial

mm: milímetro

mseg: milisegundo

PLL: patela luxada lateral

RAM: random access memory / memória de acesso aleatório

xx

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TT: túneis tibiais

UI/Kg: unidades internacionais por quilo de peso

UNIFESP-EPM: Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina

USP: Universidade de São Paulo

µm: micrômetro

xxi

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RESUMO Objetivo: avaliação morfológica da repopularização celular de meniscos ultracongelados,

fixados por quatro diferentes técnicas operatórias. Métodos: retirou-se assepticamente o

menisco medial do joelho direito de 72 coelhos (Nova Zelândia), machos, idade entre 6/8

meses, peso médio de 3.250g. Os meniscos foram congelados a 73°Celsius negativos por um

período de 30 dias. Após este período os meniscos foram transplantados em outros coelhos e

fixados com quatro técnicas operatórias diferentes: sutura, túneis tibiais, túneis tibiais com

cola de fibrina e cola de fibrina. Analisou-se a repopularização celular no menisco

transplantado, duas, quatro e oito semanas após o transplante. Resultados: após duas semanas

de transplante, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os quatro grupos

(p=0,001); o grupo sutura apresentou a maior porcentagem média de repopularização

(30,9%). Após quatro semanas de transplante, foi encontrada diferença estatisticamente

significante entre os quatro grupos (p=0,003), sendo que os grupos sutura e túneis tibiais

apresentaram as maiores porcentagens médias de repopularização e semelhantes entre si

(44,9% e 35,2%). Após oito semanas o grupo sutura apresentou a maior porcentagem média

de repopularização (76,9%), e se diferenciou significantemente dos grupos túneis tibiais

(40,02%), túneis tibiais com cola de fibrina (35,5%) e cola de fibrina (27,2%). Conclusão: a

repopularização por células do receptor no menisco ultracongelado e transplantado, ocorreu

em todos os grupos após duas, quatro e oito semanas de transplante, sendo mais evidente na

oitava semana com a técnica sutura que proporcionou a fixação mais estável dos enxertos.

xxii

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ABSTRACT Objectives: Morphological evaluation of cell repopulation of ultrafrozen menisci fixed by

four different surgical techniques. Methods: Medial right knee menisci were aseptically

removed from 72 male rabbits (New Zealand), aged 6 to 8 months, mean weight of 3,250 g.

Menisci were frozen at minus 73o Celsius for thirty days. Then, menisci were transplanted in

different rabbits and were fixed by four different surgical procedures: suture, tibial tunnels,

tibial tunnels with fibrin glue, and fibrin glue. Transplanted menisci cell repopulation was

evaluated two, four and eight weeks after transplantation. Results: There have been

statistically significant differences among the four groups two weeks after transplantation

(p=0.001): the suture group presented the highest mean repopulation percentage (30.9%).

There have been statistically significant differences among the four groups four weeks after

transplantation (p=0.003): suture and tibial tunnels groups presented the highest mean

repopulation percentages without statistical differences between groups (44.9% and 35.2%).

The suture group presented the highest mean repopulation percentage eight weeks after

transplantation (76.9%) and was significantly different from tibial tunnels (40.02%), tibial

tunnels with fibrin glue (35.5%) and fibrin glue (27.2%) groups. Conclusion: Cell

repopulation, by receptor cells, of ultrafrozen and transplanted menisci was observed in all

groups two, four and eight weeks after transplantation, being more evident and significant in

the eighth week with the suture technique, which provided more stable graft fixation.

xxiii

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1

2. OBJETIVOS....................................................................................................... 4

3. MÉTODOS......................................................................................................... 5

4. RESULTADOS.................................................................................................. 23

5. DISCUSSÃO...................................................................................................... 76

6. CONCLUSÕES.................................................................................................. 86

7. REFERÊNCIAS................................................................................................. 87

8. NORMAS ADOTADAS.................................................................................... 94

APÊNDICE......................................................................................................... 95

xxiv

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1. INTRODUÇÃO

A importância que os meniscos possuem para o funcionamento do joelho foi

adequadamente avaliada somente nos últimos 30 anos. Anteriormente presumia-se que os

meniscos fossem supérfluos e desprovidos de função. Seriam resquícios da evolução da

musculatura da perna e poderiam ser removidos sem provocar disfunção para o joelho.

Atualmente se sabe que os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas semilunares localizadas

no platô tibial, com papel importante na função do joelho, distribuindo o estresse do peso,

auxiliando na lubrificação da articulação e na nutrição da cartilagem articular. A lesão ou a

retirada dos meniscos compromete a transmissão estática do peso através do joelho,

desencadeando a formação e progressão da artrose1-11.

A degeneração cartilaginosa progressiva após meniscectomia continua a ser um grande

desafio desde que King (1936)12 e Fairbank (1948)13 enfocaram este processo. Estudos têm

mostrado que a perda da função total ou parcial dos meniscos acarreta o aparecimento de

evidências radiográficas e artroscópicas de degeneração da cartilagem articular em joelhos.

Estas evidências, quando diagnosticadas, exigem uma conduta eficaz que evite a sua

progressão11-14. A partir destas observações sobreveio um imenso esforço para definir os

modos de preservação ou substituição dos meniscos lesados.

São escassas as estratégias viáveis no intuito de corrigir a perda meniscal e evitar a

artrose precoce. Milachowski et al (1989)15 relataram o primeiro estudo de reposição de um

menisco humano utilizando enxerto retirado de cadáver. Desde então, o número de

transplantes meniscais tem aumentado paulatinamente, com grande expressividade no campo

experimental, permitindo um novo enfoque na conduta terapêutica7,8,15-20.

Passados vinte e dois anos do primeiro procedimento operatório de menisco

transplantado, determinadas dúvidas ainda persistem. Uma delas diz respeito à escolha da

forma mais adequada de preservação do enxerto, o que afetaria as questões sobre o momento

e a velocidade com que ocorre a ocupação do menisco pelas células do receptor, ou seja, a

repopularização celular. A migração de células do receptor no tecido doador seria um fator

positivo para a melhor integração do menisco transplantado, uma vez que as propriedades

anatômicas e funcionais deste enxerto dependeriam de uma adequada atividade celular

mantendo suas características as mais fisiológicas possíveis6,7,8,9,15,21.

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2

Autores partidários do transplante meniscal utilizando o enxerto fresco argumentam que

a existência de células vivas do doador manteria a integridade do menisco e facilitaria a

ocupação celular gradativa pelas células do receptor. Entretanto, autores partidários do

congelamento profundo do menisco, processo que acarretaria a escassez de células vivas,

argumentam que esta maneira de preservar o enxerto minimizaria qualquer possibilidade de

reações imunológicas7,8,10,19,21. Por sua vez, Reckers et al22 verificaram que os meniscos de

coelhos congelados em temperaturas diferentes, mesmo no ultracongelamento, permanecem

com cerca de 30% de células viáveis ao final de trinta dias de estocagem.

A repopularização celular que ocorre no menisco transplantado persiste como fator

pouco relatado na literatura especializada. Arnoczky et al (1992)19 estudaram e identificaram

os estágios de repopularização celular. Na primeira semana após o transplante, nenhuma

célula foi observada no menisco. Em torno da segunda semana, notou-se a presença de células

na superfície tibial e femoral do menisco. No primeiro mês, as células foram observadas por

toda a superfície tibial e femoral, enquanto que no terceiro mês, já havia uma distribuição

mais homogênea, permanecendo acelular apenas o centro do menisco. Após este estudo

pioneiro, não foram identificados outros trabalhos que enfoquem este tipo de avaliação,

analisando o momento e a porcentagem com que as células do receptor preenchem o menisco

transplantado19.

Portanto o conhecimento do processo de integração do menisco transplantado,

principalmente nos aspectos de ocupação celular do enxerto por células do receptor, é um

campo de pesquisa em aberto e cujo equacionamento poderá trazer uma contribuição

relevante no encaminhamento da escolha de um substituto para as situações que exijam a

meniscectomia total23.

Paralelamente a isto, outra dúvida diz respeito ao modo de fixação do menisco

transplantado. A técnica operatória utilizada e o tipo de material usado para manter o enxerto

têm obviamente interferência na capacidade de integração do tecido ao doador. Materiais

inertes e técnicas menos invasivas podem ser decisivas neste aspecto.

Autores têm realizado estudos experimentais, na busca de uma técnica operatória que

permita resultados com êxito e que levem a uma melhor repopularização celular do menisco

transplantado7,9,16,17,19,20,24. Diversas técnicas de fixação já foram testadas e até o momento

não está claro qual a melhor forma de se manter o menisco em uma posição mais adequada

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3

anatomicamente, que evite todo e qualquer dano à cartilagem articular, permitindo uma

migração mais favorável de células do receptor para o enxerto1,4,7,9,15,18,20,24-28.

Na tentativa de manter o menisco transplantado em sua posição mais próxima da

anatomia normal, permitindo sua melhor repopularização, surge como opção a cola de fibrina,

que é um produto complexo derivado de plasma, e que vem sendo utilizada em escala cada

vez maior como um adesivo tecidual biodegradável. Sua aplicação em diversas situações

cirúrgicas busca diminuir ou impedir os sangramentos em estruturas parenquimatosas29-32 ou

proporcionar a aproximação continente de estruturas tubulares. O mecanismo de ação deste

adesivo é explicado por uma reação cruzada com o fator XIII da coagulação, tendo o cálcio

como catalisador, o que faz com que a trombina converta o fibrinogênio em uma rede firme

de fibrina que é mecanicamente estável e com acentuadas propriedades adesivas30,33,34.

O Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação desenvolve uma linha de

pesquisa em Integração Orgânica de Materiais de Sutura, Enxertos e Transplantes, e diante

dos evidentes questionamentos que envolvem os transplantes meniscais, no que tange a forma

mais adequada de preservação e de fixação dos enxertos para se obter sua satisfatória

integração ao receptor, propõe-se a avaliar a repopularização celular ao longo do tempo (duas,

quatro e oito semanas), após transplante de menisco, utilizando quatro diferentes técnicas de

fixação.

Optou-se por um modelo animal em coelhos, usando enxertos ultracongelados retirados

de um animal doador e transplantados para outro animal receptor, criando-se assim uma

situação similar àquela que seria no futuro a encontrada, quando utilizada em humanos.

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2. OBJETIVOS

2.1Geral:

Estudo do transplante meniscal para enxerto homólogo.

2.2 Específico:

Estudo morfológico da repopularização celular no transplante homólogo de menisco medial

em coelhos, utilizando-se quatro diferentes técnicas de fixação: sutura, cola de fibrina, túneis

tibiais e túneis tibiais com cola de fibrina.

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3. MÉTODOS

O experimento foi submetido à apreciação e aprovação do Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP-EPM, protocolo nº1238/03.

3.1 Amostra

Foram utilizados setenta e dois coelhos, Oryctolagus cuniculus, da linhagem Nova

Zelândia, albinos, machos, com idade entre seis e oito meses e peso médio de 3.250 gramas.

Os coelhos permaneceram por um período adaptativo pré-operatório de sete dias no

Biotério da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM,

responsável pelo experimento, alojados em gaiolas individuais, em condições de temperatura

controlada por sistema de ar condicionado, ciclo de luz-escuridão de doze horas e alimentação

com ração própria para a espécie e com água à vontade (Figura 1).

O estudo foi dividido em três etapas, realizadas durante um período de 12 meses.

Devido ao tamanho da amostra sempre trabalhou-se com vinte e quatro animais no biotério. A

distribuição da amostra está esquematizada na figura 2.

Figura 1 - Biotério da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. Animais alojados em gaiolas individuais.

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6

3.2 Avaliação Radiográfica

Previamente à realização dos procedimentos operatórios, os animais sob anestesia,

foram submetidos à radiografias com o intuito de analisar o ângulo frontal do membro inferior

direito.

Para a realização dos exames, utilizou-se um aparelho Orion 500 mAs de ânodo

giratório com 125Kv, com distância focal de um metro, centrado nos joelhos, foco fino de

3.2mAs, 45Kv e 40mseg. Na distância focal de um metro, as dimensões não sofrem distorções

e correspondem à real mensuração. Para a mensuração, utilizou-se um objeto padrão

radiopaco de 10cm na calibragem das medidas radiográficas35. Analisou-se como parâmetro

radiográfico o seguinte ângulo:

• Ângulo frontal: determinado no quadrante superior e lateral, pela união

entre uma reta traçada pelo eixo longitudinal do fêmur e outra tangente à

superfície articular dos côndilos femorais, na incidência ântero-posterior

(Figura 3).

Utilizou-se como critério de exclusão os animais que apresentaram diferenças

estatisticamente significantes entre os grupos, quanto à média dos ângulos encontrados.

3.3 Procedimento Anestésico

Os animais foram privados de ração por seis horas antes do ato operatório e pesados

em balança de precisão, imediatamente antes da medicação pré-anestésica. Previamente à anestesia, foi realizada antibioticoprofilaxia com penicilina procainada

(Ariston®) na dose 40.000UI/Kg dia, mantido por mais dois dias após o procedimento.

Na sala operatória, os coelhos receberam como medicação 2,4mg.Kg-1 de

acepromazina (Acepran®) a 1% e 4mg.Kg-1 de cloridrato de xilazina (Anasedan®) adicionados

na mesma seringa e administrados pela via intramuscular (região posterior da coxa-ventre dos

músculos semitendíneo e semimembranáceo).

Viabilizou-se um acesso venoso por meio da punção da veia auricular marginal, para

infusão de solução salina de cloreto de sódio a 0,9% e das drogas necessárias para a indução

anestésica, como cloridrato de cetamina (Ketamin®) e cloridrato de xilazina, na proporção de

1:1, administrando-se 0,5 mL desta solução.

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7

Na sala cirúrgica, os animais foram mantidos em decúbito dorsal na calha operatória e

intubados com sonda orotraqueal 2,5 sem balão. A manutenção anestésica se fez com

isofluorano a 1,5%, em fluxo constante de 2L por minuto e com uma freqüência respiratória

de dez movimentos respiratórios por minuto, ciclados pelo aparelho Takaoka® (modelo KT12

Sansei).

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8

Figura 2 – Esquema de distribuição dos animais nos diversos grupos de estudo.

Grupo I Sutura

(n=18 meniscos)

Grupo II Túneis Tibiais (TT)

(n=18 meniscos)

Grupo III TT + cola de fibrina

(n=18 meniscos)

Grupo IV Cola de fibrina (n=18 meniscos)

Eutanásia 14 dias (n=6 meniscos)

Eutanásia 14 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 14 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 14 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 30 dias (n=6 meniscos)

Eutanásia 30 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 30 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 30 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 60 dias (n=6 meniscos)

Eutanásia 60 dias(n=6 meniscos)

Eutanásia 60 dias (n=6 meniscos)

Eutanásia 60 dias(n=6 meniscos)

72 coelhos (n=72meniscos)

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9

Figura 3 – Radiografia na incidência ântero-posterior do joelho direito mostrando o ângulo frontal.

3.4 Procedimento operatório no doador

O animal foi posicionado em decúbito dorsal, em calha própria para operações em

coelhos. Com o animal anestesiado foi realizada a tricotomia de todo o membro posterior

direito, desde a raiz da coxa até a pata do animal, sem incluí-la. Posteriormente foi feita a

anti-sepsia com solução de polivinilpirrolidona (Povidine®) e a colocação de panos

esterilizados, delimitando o campo operatório. O procedimento operatório iniciou-se com uma

incisão longitudinal parapatelar medial medindo em torno de cinco centímetros. Foi

divulsionada a tela subcutânea, identificando-se o ligamento da patela, até a exposição da

cápsula articular medial. Um esforço em valgo, flexão do joelho e luxação lateral da patela

foram o suficiente para acessar o menisco medial. A meniscectomia total foi realizada com

um bisturi lâmina número 11 e uma tesoura reta de dez centímetros (Figura 4). Após sua

retirada, os meniscos foram medidos em seu eixo maior (Figura 5) e colocados em pequenos

sacos de plástico estéreis com dimensões de seis por quatro centímetros, lacrados com

esparadrapo, também estéril. Cada conjunto foi novamente armazenado em um novo

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invólucro de plástico duro-rígido, circular, com sete centímetros de comprimento, esterilizado

em óxido de etileno. Após identificação com número, o menisco foi levado para o congelador

e mantido a uma temperatura de 73°Celsius negativos.

Procedeu-se a redução da luxação da patela, seguindo-se o fechamento da cápsula

articular e pele com fio de poliamida (Mononylon®-Ethicon 5.0). Terminado o ato operatório

o animal foi levado para a sala de recuperação e observado por um período pós-anestésico até

a recuperação total da consciência e deambulação espontânea, sendo posteriormente

devolvido à sua gaiola. Os animais foram mantidos em temperatura ambiente e alimentados

com ração e água. Não foi necessária a realização de curativo. Os pontos foram expulsos

espontaneamente, em média com 16 dias de pós-operatório.

Figura 4 - Foto representativa da meniscectomia medial (M=menisco).

M

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Figura 5 - Foto representativa da medição do menisco medial no seu eixo maior com o uso de paquímetro digital.

3.5 Procedimento operatório no receptor

Após 30 dias do primeiro procedimento, foi realizada a segunda etapa do experimento.

Os meniscos foram retirados do congelador e dos invólucros a que se mantinham

armazenados, e colocados em um recipiente com solução salina de cloreto de sódio a 0,9%

em temperatura ambiente, ocorrendo o descongelamento dos mesmos por um período de 15

minutos, em média.

Repetiram-se as etapas do primeiro procedimento operatório quanto a jejum,

anestesia, antibioticoprofilaxia, assepsia e anti-sepsia. Realizou-se uma incisão longitudinal

parapatelar medial, medindo em torno de cinco centímetros. Foi dissecado o tecido celular

subcutâneo até a exposição da cápsula articular medial. A patela foi luxada lateralmente e o

joelho flexionado.

Em seguida, foram reimplantados em coelhos diferentes, sendo o menisco do coelho

número um colocado no coelho número dois, e vice-versa. Previamente à realização dos

transplantes, ocorreu a randomização dos períodos de observação e para a definição de uma

das quatro técnicas operatórias propostas:

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3.5.1 Sutura: a técnica de sutura dos meniscos foi realizada com fio de poliamida 5.0 preto.

Foram realizados três pontos de fixação, sendo o primeiro na região do corno posterior junto à

inserção do ligamento cruzado anterior (Figura 6A), o segundo ponto de fixação foi realizado

na região do corno anterior junto à cápsula anterior20 (Figura 6B) e o terceiro ponto de fixação

foi realizado no corpo do menisco onde foi realizado um ponto em “U”, junto ao ligamento

colateral tibial (Figura 7).

Figura 6 – Foto representativa da técnica de sutura após fixação do menisco. (A) Fixação do corno posterior junto ao ligamento cruzado anterior. (B) Fixação do corno anterior junto à cápsula anterior.

Figura 7 – Foto representativa da técnica de sutura após fixação do menisco. (A) Fixação do corpo do menisco no ligamento colateral tibial. (B) Menisco transplantado (imagem em perfil).

A

B

A

B

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3.5.2 Túneis tibiais: sendo o coelho um animal de pequeno porte, a técnica de túneis tibiais

foi realizada sem a presença do bloco ósseo. Primeiramente, com uma broca de um milímetro

de diâmetro, realizou-se o túnel posterior, iniciando na região ântero-medial da tíbia, em

direção posterior, com finalização na inserção do corno posterior do menisco medial (Figura

8). O túnel anterior também foi realizado com uma broca de um milímetro, iniciando-se na

região do platô tibial, mais precisamente na inserção do corno anterior do menisco medial,

estando a broca paralela à diáfise da tíbia (Figura 9A). Um segundo túnel anterior foi

realizado iniciando na região ântero-medial da tíbia, lateral ao túnel posterior, com o objetivo

de encontrar o primeiro túnel anterior (Figura 9B). Em seguida introduziu-se um fio de

poliamida 5.0 preto através do túnel posterior, que na seqüência foi passado através do corno

posterior do menisco em forma de “U” (Figura 10 A e B). Este fio retornou pelo mesmo túnel

até a região anterior da tíbia. Um segundo fio de poliamida 5.0 preto foi introduzido pelo

túnel anterior (Figura 11A), sendo realizado um ponto em “U” no corno anterior do menisco

(Figura 11B). Este fio retornou pelo mesmo túnel até a região anterior da tíbia, onde foi

realizado o ponto final (nó) (Figura 12). O corpo do menisco foi fixado junto ao ligamento

colateral tibial em forma de “U” (Figura 13).

Figura 8 – Foto representativa do momento da passagem da broca para a realização do túnel posterior.

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Figura 10 – (A) Foto representativa do momento da passagem do fio no túnel posterior. (B) Foto mostrando a realização do ponto em “U” no corno posterior do menisco medial.

Figura 11 - (A) Foto representativa do momento da passagem da agulha no túnel anterior. (B) Foto representativa do momento da realização do ponto em “U” no corno anterior do menisco medial.

A B

A B

AB

Figura 9 - (A) Foto representativa do momento da passagem da broca para a realização do primeiro túnel anterior. (B) Foto representativa do momento da passagem da broca para realização do segundo túnel anterior, encontrando o primeiro túnel anterior.

B

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15

Figura 12 - Foto representativa da técnica de túneis tibiais após fixação do menisco.

Figura 13 - Foto mostrando os quatro fios na região anterior da tíbia (setas amarelas) e a

passagem do fio de poliamida no ligamento colateral tibial (seta branca).

MENISCO TRANSPLANTADO

NÓ NA REGIÃO ANTERIOR DA TÍBIA

PATELA LUXADA LATERAL

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16

3.5.3 Túneis tibiais com cola de fibrina: Primeiramente, com uma broca de um milímetro

de diâmetro, realizou-se o túnel posterior, iniciando na região ântero-medial da tíbia, em

direção posterior, com finalização na inserção do corno posterior do menisco medial (Figura

8). O túnel anterior também foi realizado com uma broca de um milímetro, iniciando-se na

região do platô tibial, mais precisamente na inserção do corno anterior do menisco medial,

estando a broca paralela à diáfise da tíbia (Figura 9A). Um segundo túnel anterior foi

realizado iniciando na região ântero-medial da tíbia, lateral ao túnel posterior, com o objetivo

de encontrar o primeiro túnel anterior (Figura 9B). Em seguida introduziu-se um fio de

poliamida 5.0 preto através do túnel posterior, que na seqüência foi passado através do corno

posterior do menisco em forma de “U” (Figura 10B). Este fio retornou pelo mesmo túnel até a

região anterior da tíbia. Um segundo fio de poliamida 5.0 preto foi introduzido pelo túnel

anterior, sendo realizado um ponto em “U” no corno anterior do menisco (Figura 11B). Este

fio retornou pelo mesmo túnel até a região anterior da tíbia. Um terceiro fio de poliamida 5.0

preto foi passado no corpo do menisco e no ligamento colateral tibial (Figura 13). Antes do

nó final na região anterior da tíbia e no ligamento colateral tibial, adicionou-se 0,4mL de cola

de fibrina na região tibial do menisco (Figura 14A), mantendo-se este pressionado por dois

minutos (Figura 14B). Após este período realizou-se a fixação dos fios cruzados na região

anterior da tíbia e a fixação do corpo do menisco junto ao ligamento colateral tibial.

Figura 14 – (A) Foto representativa no momento da aplicação de 0,4mL de cola de fibrina antes da fixação

final. (B) Foto representativa do momento da manutenção do menisco no platô tibial após a introdução da cola de fibrina.

A B

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17

3.5.4 Cola de fibrina: foi realizada a fixação do menisco com a aplicação de 0,4mL de cola

de fibrina na porção tibial do menisco medial. Realizou-se compressão manual sobre o

menisco na região do platô tibial durante um período de dois minutos (Figura 15).

Figura 15 – (A) Foto da pistola, do frasco e da ponteira onde é adicionada a cola de fibrina. (B) Foto representativa dos frascos e ponteiras da cola de fibrina: (1) Ponteiras já utilizadas com a cola de fibrina. (2) Ponteiras que serão utilizadas no procedimento operatório. (3) Frascos de cola de fibrina.(C) Foto representativa do momento da aplicação da cola de fibrina no menisco medial. (D) Foto representativa do momento da manutenção do menisco no platô tibial após a introdução da cola de fibrina.

A

C D

B

11 22

33

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3.6 Procedimento operatório de coleta dos meniscos transplantados

Após duas, quatro e oito semanas da segunda etapa, os coelhos foram sacrificados com

acepromazina (Acepran®) na dose de 1mg/Kg IM, como medicação pré-anestésica, e após dez

minutos procedeu-se a injeção intravenosa da associação (T-61) de Embutramida, Mebezônio

e Tetracaína, procedendo-se assim a eutanásia.

Para a coleta dos meniscos transplantados realizou-se a tricotomia de todo o membro

posterior direito, desde a raiz da coxa até a pata do animal, porém sem incluí-la. A anti-sepsia

da área tricotomizada foi realizada com polivinilpirrolidona (Povidine®) e isolada com panos

esterilizados, delimitando o campo para o ato operatório. Iniciou-se com uma incisão

longitudinal parapatelar medial medindo em torno de oito centímetros. Foi divulsionada a tela

subcutânea, identificando-se o ligamento da patela até a exposição da cápsula articular

medial. Um esforço em valgo, flexão do joelho e luxação lateral da patela foram o suficiente

para acessar o menisco medial. A meniscectomia total foi realizada com um bisturi lâmina

número 11 e uma tesoura reta de dez centímetros. Após sua retirada os meniscos foram

medidos em seu eixo maior (Figura 5) e encaminhados para processamento histológico. Para a

coleta do menisco medial do joelho controle (joelho contralateral) realizou-se o mesmo

procedimento operatório efetuado no joelho transplantado.

3.7 Critérios de avaliação macroscópica

Os meniscos foram submetidos à análise macroscópica, sendo classificados como

normal, quando apresentavam forma e tamanho comparáveis ao grupo controle (joelho

contralateral), e alterados, quando possuíam tamanho menor e/ou forma distinta. Foi avaliada

também a presença ou não de cicatrização do menisco com a membrana sinovial,

classificando-a como total, quando todo o menisco estava fixo à sinovial, e parcial, quando

pelo menos um dos terços do menisco não estava aderido. Esta avaliação foi realizada por um

ortopedista independente, que desconhecia as técnicas de fixação que estavam sendo

avaliadas e seus respectivos grupos.

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3.8 Processamento histológico e critérios de avaliação

O procedimento histológico incluiu três cortes verticais em relação ao eixo maior do

menisco (10mm), delimitando o menisco em: corno anterior (0,33mm), corpo (0,33mm) e

corno posterior (0,33mm). Estes cortes foram emblocados em parafina e seccionados com

micrótomo rotativo, ajustado para 5µm de espessura, seguindo-se a preparação das lâminas e

coloração pelo método de hematoxilina-eosina (HE).

Para cada corte foram estudadas duas lâminas, e identificados e contados os diferentes

tipos celulares (fibroblastos, fibrocondrócitos e condrócitos) determinados em 250 quadrantes

tomados aleatoriamente. A contagem celular por unidade de lâmina estudada foi realizada

utilizando uma escala de milímetros quadrados em relação ao corte delimitado (Figura 17).

Figura 16 – Foto de um quadrante sendo quantificado pelo programa Image-Pro-Plus (setas:

células repopularizadas).

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As lâminas foram avaliadas pelo sistema computadorizado de análise de imagens, que

consistiu de uma vídeo-câmera Nikon® FDX-35, acoplada a um microscópico óptico Nikon

(Eclipse 800), com objetivas pancromáticas, que transmitiram as imagens a um

microcomputador Pentium IV, com 502 megabytes de memória RAM, trabalhando em

ambiente Windows XP Professional® e equipado com placa digitalizadora e o software

Imagem Pro-Plus® (versão 4.5). O mesmo procedimento foi realizado para os meniscos

controle respectivamente.

3.9 Critérios de classificação do Edema entre fibras colágenas

Nos cortes corados em HE foram analisados vinte campos por lâmina, localizados na

periferia e centro do menisco transplantado, e adotados os seguintes critérios para classificar o

edema:

- edema ausente: quando não ocorreu afastamento entre as fibras de colágeno da

matriz transplantada;

- edema leve: quando o afastamento entre as fibras colágenas (espaço entre duas fibras

contíguas) foi correspondente à largura de uma fibra colágena;

- edema moderado: quando o afastamento entre as fibras (espaço entre duas fibras

contíguas) foi correspondente à largura de duas fibras colágenas;

- edema intenso: quando o afastamento entre as fibras (espaço entre duas fibras

contíguas) foi correspondente à largura de três ou mais fibras colágenas.

3.10 Critérios de classificação da reação imunológica

Nos cortes corados em HE foram analisados vinte campos por lâmina, localizados na

periferia e centro do menisco transplantado, e adotados os seguintes critérios para classificar a

reação imunológica:

- reação ausente: quando identificada a presença de até cinco linfócitos entre as células

componentes da repopularização do menisco transplantado;

- reação leve: quando identificada a presença de 5 a 10 linfócitos entre as células

componentes da repopularização do menisco transplantado;

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- reação moderada: quando identificada a presença de 11 a 20 linfócitos entre as

células componentes da repopularização do menisco transplantado;

- reação intensa: quando identificada a presença de mais de 21 linfócitos entre as

células componentes da repopularização do menisco transplantado.

3.11 Critérios de classificação da reação inflamatória

Nos cortes corados em HE foram analisados vinte campos por lâmina, localizados na

periferia e centro do menisco transplantado, e adotados os seguintes critérios para classificar a

reação inflamatória:

- reação ausente: quando identificada presença de até cinco células inflamatórias

(neutrófilos polimorfonucleados) entre as células componentes da repopularização do menisco

transplantado;

- reação leve: quando identificada a presença de 5 a 10 células inflamatórias

(neutrófilos polimorfonucleados) entre as células componentes da repopularização do menisco

transplantado;

- reação moderada: quando identificada a presença de 11 a 20 células inflamatórias

(neutrófilos polimorfonucleados) entre as células componentes da repopularização do menisco

transplantado;

- reação intensa: quando identificada a presença de mais de 21 células inflamatórias

(neutrófilos polimorfonucleados) entre as células componentes da repopularização do menisco

transplantado.

3.12 Critérios de classificação das complicações macroscópicas

No momento de abertura da cápsula articular e exposição do menisco transplantado

antes e após sua retirada, foram anotadas as eventuais alterações que pudessem ser

consideradas como fatores intervenientes no processo de integração. Assim, foram

considerados fatores de complicação a presença de secreção serosa, secreção caseosa,

secreção purulenta, hematoma ou qualquer coleção sanguinolenta. Adotou-se o critério de

anotar a ausência ou presença da complicação e a sua descrição qualitativa.

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3.13 Estudo Estatístico

Utilizou-se no estudo estatístico software SPSS 10®. As variáveis foram representadas

por média e desvio padrão (dp). Adotou-se o nível de significância de 0,05 (α≤5%) e níveis

descritivos (p) inferiores a esse valor foram considerados significantes e representados por um

asterisco.

As variáveis quantitativas foram representadas por média, desvio padrão (dp),

mediana, valores mínimo e máximo, e as qualitativas por freqüência absoluta (n) e relativa

(%).

Os grupos de diferentes métodos de fixação foram comparados dentro de cada

experimento, definidos pelo tempo de eutanásia, duas, quatro e oito semanas de observação.

Foram aplicados os testes estatísticos:

• Prova de Kruskal-Wallis para comparar os quatro métodos de fixação quanto à

distribuição das variáveis quantitativas: peso inicial, peso final, tamanho do menisco

pré-transplante, tamanho do menisco na eutanásia e porcentagem de células

repopularizadas no menisco transplantado;

• Teste de Comparações Múltiplas de Dunn para localizar as diferenças entre os

métodos de fixação quando o resultado da Prova de Kruskal-Wallis foi significante;

• Teste Exato de Fisher para comparar os métodos de fixação, dois a dois, quanto à

distribuição das variáveis qualitativas: fixação do menisco, infiltrado inflamatório,

edema e complicações.

Foi aplicada a correção de Bonferroni ao nível de significância quando um teste foi

utilizado várias vezes de forma a garantir em cada comparação de grupos um nível de

significância global de 5%.

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4. RESULTADOS

4.1 Observação de duas semanas.

4.1.1 Avaliação da variação ponderal (gramas) com duas semanas de observação.

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final

de duas semanas de observação (p=0,896 no início e p=0,563 no final) [Tabela 1 e Gráfico1].

4.1.2 Avaliação da variação do tamanho do menisco (cm) com duas semanas de

observação.

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho do menisco pré-transplante

e com duas semanas de observação (p=0,546 no pré-transplante e p=0,454 na eutanásia)

(Tabela 2 e Gráfico 2).

4.1.3 Avaliação da fixação do menisco com duas semanas de observação.

Na comparação entre as diferentes técnicas operatórias em relação à capacidade de

fixação do menisco, foram encontrados os seguintes resultados:

Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura (Figura 17) e cola

de fibrina (Figura 18) (p=0,015), onde no grupo sutura 80% dos meniscos apresentou

fixação total, enquanto que no grupo cola de fibrina a proporção foi significantemente

menor com fixação de 0% dos meniscos (Tabela 3; Gráfico 3).

Não houve diferença estatisticamente significante entre os demais grupos (p>0,05 em

todas as comparações).

A correção de Bonferroni para as comparações múltiplas (somente valores de p

menores do que 0,008 que seriam estatisticamente significantes) não foi efetuada, pois a

comparação entre os grupos mostrou diferença significante (p>0,008).

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Tabela 1 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo da evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de duas semanas de observação.

Peso (g)

Inicial Final

Técnica de fixação –

observação com duas semanas Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Sutura

(n = 5)

3108,0 ± 480,7

2800

2740 / 3750

3428,0 ± 481,6

3440

2900 / 4000

Cola de fibrina

(n = 6)

2873,3 ± 185,9

2855

2630 / 3200

3118,3 ± 285,9

3095

2750 / 3520

Túneis tibiais

(n = 6)

2941,7 ± 430,0

2795

2500 / 3650

3085,0 ± 411,2

2955

2770 / 3890

Túneis e cola

(n = 6)

2906,7 ± 196,7

2880

2700 / 3240

3069,5 ± 226,0

2978

2900 / 3500

Prova de

Mann-Whitney

p = 0,896 p = 0,563

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25

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Inicial Final

Méd

ia d

e pe

so d

os a

nim

ais

(g)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

observação em 2 semanas

Gráfico 1 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da evolução ponderal (gramas) entre os

grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de duas semanas de observação.

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Tabela 2 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo do tamanho do menisco (centímetros) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de duas semanas de observação.

Tamanho do menisco (cm)

Pré-transplante Duas semanas Técnica de fixação observação

em duas semanas Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Sutura

(n = 5)

1,14 ± 0,11

1,10

1,00 / 1,30

1,00 ± 0,06

1,00

0,90 / 1,08

Cola de fibrina

(n = 6)

1,08 ± 0,08

1,10

1,00 / 1,20

0,97 ± 0,05

1,00

0,90 / 1,00

Túneis tibiais

(n = 6)

1,07 ± 0,12

1,00

1,00 / 1,30

0,98 ± 0,08

1,00

0,90 / 1,10

Túneis e cola

(n = 6)

1,08 ± 0,12

1,05

1,00 / 1,30

0,92 ± 0,10

0,95

0,80 / 1,00

Prova de

Mann-Whitney p = 0,546 p = 0,454

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27

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Inicial FinalMéd

ia d

e ta

man

ho d

o m

esni

co d

os a

nim

ais

(cm

)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

observação em 2 semanas

Gráfico 2 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) do tamanho do menisco (centímetros)

entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de duas semanas de observação.

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Tabela 3 - Distribuição do número e porcentagem de fixação parcial ou total dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias, ao final de duas semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com duas semanas Fixação do

menisco Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

Parcial

1 ( 20,0)

6 (100,0)

4 ( 66,7)

4 ( 66,7)

Total

4 ( 80,0)

0 ( 0,0)

2 ( 33,3)

2 ( 33,3)

Soma

5 (100,0)

6 (100,0)

6 (100,0)

6 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 0,015*

sutura x túneis tibiais

p = 0,242

sutura x túneis e cola de fibrina

p = 0,242

cola de fibrina x túneis tibiais

p = 0,455

cola de fibrina x túneis e cola

p = 0,455

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola de fibrina

p = 1,000

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29

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Porc

enta

gem

de

anim

ais

(%)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

Observação em 2 semanas

Fixação Parcial Fixação Totala

Gr

*p<0,05, Sutura x Cola de fibrin

áfico 3 - Distribuição da porcentagem de fixação parcial ou total dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias, ao final de duas semanas de observação.

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B

A Figura 17 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do

grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de sutura, com duas semanas de observação.

B

A

Figura 18 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal

do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com duas semanas de observação. Verificar à direita o corno posterior do menisco descolado do platô tibial (seta amarela).

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B F

F

A

igura 19 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina, com duas semanas de observação. Verificar à direita a presença de cor amarronzada do menisco transplantado.

B

A

igura 20 – (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com duas semanas de observação. Verificar à direita a presença da membrana sinovial adjacente ao menisco transplantado (setas horizontais) (seta amarela mostrando fio de sutura).

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4.1.4 Avaliação da repopularização celular do menisco transplantado com duas semanas

de observação.

Na avaliação da repopularização celular, foi encontrada diferença estatisticamente

significante entre as técnicas operatórias de fixação (p=0,001). Os testes de comparações

múltiplas de Dunn com correção de Bonferroni mostraram que o grupo sutura (Figura 21)

[Tabela 4; Gráfico 4], com as maiores porcentagens de repopularização, se diferenciou

significantemente dos grupos cola de fibrina (Figura 22) [Tabela 4; Gráfico 4] e túneis tibiais

com cola de fibrina (Figura 23) [Tabela 4; Gráfico 4] que apresentaram as menores

porcentagens. O grupo túneis tibiais (Figura 24) [Tabela 4; Gráfico 4] com valores

intermediários de porcentagem de repopularização não se diferenciou significantemente dos

demais grupos.

Tabela 4 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo das porcentagens de células que repopularizaram o menisco transplantado, com duas semanas de observação.

Repopularização celular (%)

Técnica de fixação –

observação duas semanas média

dp

mediana

mínimo

Máximo

Sutura (n = 5)

30,9 8,8 31,0 22 42

Cola de fibrina (n = 6)

Túneis tibiais (n=6)

14,4

23,2

5,0

3,7

22,2

14,3

16

10

31

20

Túneis e cola (n = 6)

13,8

5,5

14,2

5

21

Prova de Kruskal-Wallis: p=0,001 *

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Observação em 2 semanas

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

Méd

ia (+

/- 1

dp) d

a re

popu

lariz

ação

cel

ular

(%)

* p < 0,05 quando comparadoao grupo Sutura

Gráfico 4 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das porcentagens de células que

repopularizaram o menisco transplantado com duas semanas de observação.

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Figura 21 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de sutura, com duas semanas de observação. Verificar a quantidade significativa de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) desde a periferia do enxerto (seta longa) até o seu terço proximal (seta curta) (HE-10X).

Figura 22 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com duas semanas de observação. Verificar a escassa quantidade de células restrita à periferia do enxerto (seta) (HE-10X).

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Figura 23 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina, com duas semanas de observação. Verificar escassa quantidade de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) restrita à periferia do enxerto (seta) (HE-10X).

Figura 24 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com duas semanas de observação. Verificar três a quatro camadas de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) a partir da periferia do enxerto (setas) (HE-10X).

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36

4.1.5 Reação imunológica Nenhum dos quatro grupos de métodos de fixação apresentou reação imunológica.

4.1.6 Infiltrado inflamatório

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

infiltrado inflamatório, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os

grupos (p>0,05 em todas as comparações).

Tabela 5 - Distribuição da presença ou ausência de infiltrado inflamatório nos animais dos

grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com duas semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com duas semanas

Infiltrado inflamatório Sutura

Cola de fibrina

Túneis Tibiais

Túneis e

Cola

Não 5 (100,0) 3 ( 50,0) 4 ( 66,7) 4 ( 66,7)

Sim 0 ( 0,0) 3 ( 50,0) 2 ( 33,3) 2 ( 33,3)

Total 5 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 0,182

sutura x túneis tibiais

p = 0,455

sutura x túneis e cola

p = 1,000

cola de fibrina x túneis tibiais

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis tibiais x túneis e cola

p = 1,000

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37

4.1.7 Edema

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

edema, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05 em

todas as comparações).

Tabela 6 - Distribuição da presença ou ausência de edema nos animais dos grupos submetidos

a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com duas semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com duas semanas

Edema Sutura

Cola de fibrina

Túneis

Túneis e Cola

Não 4 ( 80,0) 2 ( 33,3) 2 ( 33,3) 2 ( 33,3)

Sim 1 ( 20,0) 4 ( 66,7) 4 ( 66,7) 4 ( 66,7)

Total 5 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 0,242

sutura x túneis tibiais

p = 0,242

sutura x túneis e cola

p = 0,242

cola de fibrina x túneis tibiais

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis tibiais x túneis e cola

p = 1,000

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4.1.8 Complicações

Em relação à presença de complicações, não foi encontrada diferença estatisticamente

significante entre os grupos (p>0,05 em todas as comparações).

No grupo sutura foi encontrado um caso de secreção serosa e no grupo cola de fibrina

um caso de hematoma e outro de necrose do menisco.

Tabela 7 - Distribuição da presença ou ausência de complicações nos animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com duas semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com duas semanas

Complicações Sutura

Cola de fibrina

Túneis

Túneis e Cola

Não 4 ( 80,0) 4 ( 66,7) 6 (100,0) 6 (100,0)

Sim 1 ( 20,0) 2 ( 33,3) 0 ( 0,0) 0 ( 0,0)

Total 5 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 1,000

sutura x túneis tibiais

p = 0,455

sutura x túneis e cola

p = 0,455

cola de fibrina x túneis tibiais

p = 0,455

cola de fibrina x túneis e cola

p = 0,455

Teste exato de Fisher

túneis tibiais x túneis e cola

p = 1,000

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4.2 Observação de quatro semanas

4.2.1 Avaliação da variação ponderal (gramas) com quatro semanas de observação.

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação à média de peso dos animais no início e

ao final de quatro semanas de observação (p=0,865 no início e p=0,845 no final). [Tabela 8 e

Gráfico5].

4.2.2 Avaliação da variação do tamanho do menisco (cm) com quatros semanas de

observação.

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho do menisco pré-transplante

e com quatro semanas de observação (p=0,542 no pré-transplante e p=0,762 na eutanásia)

[Tabela 9 e Gráfico 6].

4.2.3 Avaliação da fixação do menisco com quatro semanas de observação.

Na comparação entre as diferentes técnicas operatórias em relação à capacidade de

fixação do menisco, foram encontrados os seguintes resultados:

• Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura (Figura 25) e cola

de fibrina (p=0,015) (Figura 26), onde no grupo sutura 16,7% dos meniscos apresentou

fixação parcial e no grupo cola de fibrina essa proporção foi significantemente maior, com

100% dos casos (Tabela 10; Gráfico 7);

• Não houve diferença estatisticamente significante entre os demais grupos (p>0,05 em

todas as comparações).

A correção de Bonferroni para as comparações múltiplas (somente valores de p

menores do que 0,008 que seriam estatisticamente significantes) não foi efetuada, pois a

comparação entre os grupos mostrou diferença significante (p>0,008).

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Tabela 8 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo da evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de quatro semanas de observação.

Peso (g)

Inicial Final Técnica de fixação –

observação com quatro

semanas Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Sutura

(n = 6)

2836,7 ± 299,9

2770

2570 / 3330

3142,5 ± 496,7

3100

2585 / 3990

Cola de fibrina

(n = 5)

2924,0 ± 465,8

2770

2560 / 3700

3067,0 ± 567,6

2995

2580 / 4000

Túneis tibiais

(n = 5)

3044,0 ± 351,0

2960

2560 / 3440

3288,0 ± 486,9

3110

2760 / 3940

Túneis e cola

(n = 6)

2966,7 ± 389,0

2920

2560 / 3640

3078,3 ± 443,9

2960

2670 / 3930

Prova de

Mann-Whitney p = 0,865 p = 0,845

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41

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Inicial Final

Méd

ia d

e pe

so d

os a

nim

ais

(g)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

observação em 4 semanas

Gráfico 5 – Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de quatro semanas de observação.

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Tabela 9 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo do tamanho do menisco (centímetros) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de quatro semanas de observação.

Tamanho do menisco (cm)

Pré-transplante Quatro Semanas Técnica de fixação

observação com quatro

semanas Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Sutura

(n = 6)

1,02 ± 0,04

1,00

1,00 / 1,10

0,95 ± 0,05

0,95

0,90 / 1,00

Cola de fibrina

(n = 5)

1,06 ± 0,15

1,00

0,90 / 1,30

0,96 ± 0,11

1,00

0,80 / 1,10

Túneis

(n = 5)

1,00 ± 0,00

1,00

1,00 / 1,00

0,94 ± 0,09

1,00

0,80 / 1,00

Túneis e cola

(n = 6)

0,98 ± 0,04

1,00

0,90 / 1,00

0,98 ± 0,04

1,00

0,90 / 1,00

Prova de

Mann-Whitney p = 0,542 p = 0,762

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43

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Inicial FinalMéd

ia d

e ta

man

ho d

o m

esni

co d

os a

nim

ais

(cm

)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

observação em 4 semanas

Gráfico 6 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) do tamanho do menisco (centímetros)

entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de quatro semanas de observação.

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Tabela 10 - Distribuição do número e porcentagem de fixação parcial ou total dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias, ao final de quatro semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com quatro semanas

Fixação do

menisco Sutura

Cola biológica Túneis Túneis e Cola

Parcial

1 ( 16,7) 5 (100,0) 3 ( 60,0) 5 ( 83,3)

Total

5 ( 83,3) 0 ( 0,0) 2 ( 40,0) 1 ( 16,7)

Soma

6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0) 6 (100,0)

sutura x cola biológica

p = 0,015

sutura x túneis

p = 0,242

sutura x túneis e cola

p = 0,081

cola biológica x túneis

p = 0,444

cola biológica x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 0,546

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45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Porc

enta

gem

de

anim

ais

(%)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

Observação em 4 semanas

Fixação Parcial Fixação Total a Gr

* p < 0,05, sutura x cola de fibrin

áfico 7 - Distribuição da porcentagem de fixação parcial ou total dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias, ao final de quatro semanas de observação.

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B

F

A

Figura 25 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um

animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de sutura, com quatro semanas de observação.

B

A

igura 26 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com quatro semanas de observação. Verificar à direita o corno posterior do menisco medial descolado do platô tibial.

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A

Figura 27 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) d

animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de túneis tibiais de fibrina, com quatro semanas de observação. Verificar a membrana sinovial sobre o anterior e corpo do menisco (setas horizontais).

Figura 28 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, cquatro semanas de observação. Verificar a ausência do corno anterior e do corpo do meni(setas horizontais).

B

e um

e cola corno

B A um om sco
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4.2.4 Avaliação da repopularização celular do menisco transplantado com quatro semanas de observação.

Na avaliação da repopularização celular, foi encontrada diferença estatisticamente

significante entre as técnicas operatórias de fixação (p=0,003). Os testes de comparações

múltiplas de Dunn com correção de Bonferroni mostraram que os grupos sutura (Figura: 29) e

túneis tibiais (Figura: 32), com as maiores porcentagens de repopularização e semelhantes entre

si, se diferenciaram significantemente dos grupos cola de fibrina (Figura: 30) e túneis tibiais

com cola de fibrina (Figura: 31) que apresentaram as menores porcentagens e foram

semelhantes (Tabela 11; Gráfico 8).

Tabela 11 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo das porcentagens de células que repopularizaram o menisco transplantado, com quatro semanas de observação.

Repopularização celular (%)

Técnica de fixação – observação quatro

semanas Média

Dp

Mediana

Mínimo

Máximo

Sutura (n = 6)

44,9 8,3 44,9 33 56

Túneis (n=5)

35,2 6,4 21,8 11 28

Túneis e cola (n=6)

23,0 9,0 33,9 26 47

Cola de fibrina (n = 5)

20,2 4,3 22,3 19 28

Prova de Kruskal-Wallis: p = 0,003 *

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Observação em 4 semanas

0

10

20

30

40

50

60

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e ColaMéd

ia (+

/- 1

dp) d

a re

popu

lariz

ação

cel

ular

(%)

* p < 0,05 quando comparadoaos grupos Sutura e Túneis

Gráfico 8 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das porcentagens de células que

repopularizaram o menisco transplantado, com quatro semanas de observação.

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Figura 29 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de sutura, com quatro semanas de observação. Verificar a quantidade significativa de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) desde a periferia do enxerto até o seu terço proximal (setas) (HE-10X).

Figura 30 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com quatro semanas de observação. Verificar a escassa quantidade de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) restrita à periferia do enxerto (setas) (HE-10X).

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Figura 31 Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória túneis tibiais e cola de fibrina, com quatro semanas de observação. Verificar a quantidade pequena de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) restrita à periferia do enxerto (setas) (HE-10X).

Figura 32 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com quatro semanas de observação. Verificar a quantidade significativa de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) em direção à parte central do enxerto (setas) (HE-4X).

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4.2.5 Reação imunológica

Nenhum dos quatro grupos de método de fixação apresentou reação imunológica.

4.2.6 Infiltrado inflamatório

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

infiltrado inflamatório, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os

grupos (p>0,05 em todas as comparações).

Tabela 12 - Distribuição da presença ou ausência de infiltrado inflamatório nos animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com quatro semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com quatro semanas

Infiltrado inflamatório

Sutura Cola de fibrina Túneis Túneis e Cola

Não

6 (100,0) 3 ( 60,0) 4 ( 80,0) 3 ( 50,0)

Sim

0 ( 0,0) 2 ( 40,0) 1 ( 20,0) 3 ( 50,0)

Total

6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0) 6 (100,0)

sutura x de fibrina

p = 0,182

sutura x túneis

p = 0,455

sutura x túneis e cola

p = 0,182

cola de fibrina x túneis

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 0,546

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4.2.7 Edema

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

edema, foram encontrados os seguintes resultados:

foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura e cola de

fibrina (p=0,015), onde no grupo sutura 16,7% dos meniscos apresentaram edema e no

grupo cola biológica essa proporção foi significantemente maior, com 100% dos casos

(Tabela 13);

foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura e túneis e

cola (p=0,015), onde no grupo sutura 16,7% dos meniscos apresentaram edema e no

grupo túneis e cola essa proporção foi significantemente maior, com 100% dos casos

(Tabela 13);

não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os demais grupos

(p>0,05 em todas as comparações).

Fazendo a correção de Bonferroni para as comparações múltiplas, somente valores de

p menores do que 0,008 seriam estatisticamente significantes, e dessa forma nenhuma

comparação entre os grupos mostrou diferença significante (p>0,008).

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Tabela 13 - Distribuição da presença ou ausência de edema nos animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com quatro semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com quatro semanas

Edema

Sutura

Cola biológica Túneis Túneis e Cola

Não

5 ( 83,3) 0 ( 0,0) 1 ( 20,0) 0 ( 0,0)

Sim

1 ( 16,7) 5 (100,0) 4 ( 80,0) 6 (100,0)

Total

6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0) 6 (100,0)

sutura x cola biológica

p = 0,015

sutura x túneis

p = 0,080

sutura x túneis e cola

p = 0,015

cola biológica x túneis

p = 1,000

cola biológica x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 0,455

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4.2.8 Complicações

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

complicações, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos

(p>0,05 em todas as comparações).

No grupo túneis tibiais e cola de fibrina foi encontrado um caso de secreção caseosa.

Tabela 14 - Distribuição da presença ou ausência de complicações nos animais dos grupos

submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com quatro semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com quatro semanas Complicações

Sutura

Cola de fibrina

Túneis Túneis e Cola

Não

6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0) 5 ( 83,3)

Sim

0 ( 0,0) 0 ( 0,0) 0 ( 0,0) 1 ( 16,7)

Total

6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0) 6 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 1,000

sutura x túneis

p = 1,000

sutura x túneis e cola

p = 1,000

cola de fibrina x túneis

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 1,000

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56

4.3 Observação de oito semanas

4.3.1 Avaliação da variação ponderal (gramas) com oito semanas de observação.

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final

de oito semanas de observação (p=0,239 no início e p=0,758 no final) [Tabela 15 e Gráfico

9].

4.3.2 Avaliação da variação do tamanho do menisco (cm) com oito semanas de

observação.

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos com as

diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho do menisco pré-transplante

e com oito semanas de observação (p=0,106 no pré-transplante e p=0,733 na eutanásia).

[Tabela 16 e Gráfico 10].

4.3.3 Avaliação da fixação do menisco com oito semanas de observação.

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à fixação do

menisco, foram encontrados os seguintes resultados:

Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura (Figura 33) e cola

de fibrina (p=0,015) (Figura 34), onde no grupo sutura 20,0% dos meniscos

apresentaram fixação parcial e no grupo cola de fibrina essa proporção foi

significantemente maior, com 100% dos casos (Tabela 17;Gráfico 11);

Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura e túneis tibiais e

cola de fibrina (Figura 35) (p=0,048), onde no grupo sutura 20,0% dos meniscos

apresentaram fixação parcial enquanto que no grupo túneis tibiais e cola de fibrina

essa proporção foi significantemente maior, com 100% dos casos com fixação parcial

(Tabela 17;Gráfico 11);

Não houve diferença estatisticamente significante entre os demais grupos (p>0,05 em

todas as comparações).

A correção de Bonferroni para as comparações múltiplas (somente valores de p

menores do que 0,008 que seriam estatisticamente significantes) não foi efetuada, pois a

comparação entre os grupos mostrou diferença significante (p>0,008).

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57

Tabela 15 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo da evolução ponderal (gramas) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de oito semanas de observação.

Peso (g)

Inicial Final Técnica de fixação –

observação com oito

semanas Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Sutura

(n = 5)

2869,0 ± 189,1

2850

2610 / 3125

3599,0 ± 262,0

3600

3300 / 4000

Cola de fibrina

(n = 6)

2992,0 ± 307,9

2925

2650 / 3452

3457,5 ± 294,8

3495

3110 / 3750

Túneis tibiais

(n = 5)

2707,0 ± 162,0

2740

2551 / 2940

3404,6 ± 216,0

3450

3123 / 3650

Túneis e cola

(n = 5)

2760,0 ± 276,7

2640

2500 / 3110

3518,8 ± 268,4

3450

3220 / 3840

Prova de

Mann-Whitney p = 0,239 p = 0,758

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58

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Inicial Final

Méd

ia d

e pe

so d

os a

nim

ais

(g)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

observação em 8 semanas

Gráfico 9 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da evolução ponderal (gramas)

entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao peso dos animais no início e ao final de oito semanas de observação.

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59

Tabela 16 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) das médias, mediana e valores máximo e mínimo do tamanho do menisco (centímetros) entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de oito semanas de observação.

Tamanho do menisco (cm)

Pré-transplante Eutanásia Técnica de fixação

observação em oito semanas Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Média ± d.p.

Mediana

Min./ Máx.

Sutura

(n = 5)

1,06 ± 0,09

1,00

1,00 / 1,20

1,00 ± 0,00

1,00

1,00 / 1,00

Cola de fibrina

(n = 6)

1,08 ± 0,08

1,10

1,00 / 1,20

1,00 ± 0,00

1,00

1,00 / 1,00

Túneis

(n = 5)

0,98 ± 0,04

1,00

0,90 / 1,00

0,96 ± 0,09

1,00

0,80 / 1,00

Túneis e cola

(n = 5)

1,12 ± 0,13

1,10

1,00 / 1,30

0,98 ± 0,08

1,00

0,90 / 1,10

Prova de Mann-Whitney

p = 0,106 p = 0,733

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60

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Inicial FinalMéd

ia d

e ta

man

ho d

o m

esni

co d

os a

nim

ais

(cm

)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

observação em 8 semanas

Gráfico 10 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) do tamanho do menisco (centímetros)

entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias de fixação, em relação ao tamanho no início e ao final de oito semanas de observação.

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61

Tabela 17 - Distribuição do número e porcentagem de fixação parcial ou total dos meniscos entre os grupos com as diferentes técnicas operatórias, ao final de oito semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com oito semanas

Fixação do

Menisco Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais

Túneis e Cola

Parcial

1 ( 20,0) 6 (100,0) 2 ( 40,0) 5 (100,0)

Total

4 ( 80,0) 0 ( 0,0) 3 ( 60,0) 0 ( 0,0)

Soma

5 (100,0) 6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 0,015

sutura x túneis tibiais

p = 1,000

sutura x túneis e cola

p = 0,048

cola de fibrina x túneis tibiais

p = 0,061

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 0,167

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62

0102030405060708090

100

Porc

enta

gem

de

anim

ais

(%)

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

Observação em 8 semanas

Fixação Parcial Fixação Total

* p < 0,05, quando comparado ao grupo Sutura

Gráfico 11 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) entre os diferentes métodos de

fixação em relação à fixação do menisco, ao final de oito semanas de observação.

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63

Figura 33 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de sutura, com oito semanas de observação (seta amarela mostrando fio de sutura).

A B

A

Figura 34 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com oito semanas de observação.

B

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64

B A

Figura 35 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina, com oito semanas de observação. Verificar a soltura do corpo e corno posterior do menisco transplantado.

A B

Figura 36 - (A) Foto representativa do joelho de um animal do grupo controle à esquerda e (B) de um animal do grupo transplantado à direita, fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com oito semanas de observação. Verificar à direita a presença da membrana sinovial adjacente ao menisco transplantado (setas horizontais).

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65

4.3.4 Avaliação da repopularização celular do menisco transplantado com oito

semanas de observação.

Na avaliação da repopularização celular, foi encontrada diferença estatisticamente

significante entre os grupos (p=0,001). Os testes de comparações múltiplas de Dunn com

correção de Bonferroni mostraram que o grupo sutura (Figura 37), com as maiores

porcentagens de repopularização, se diferenciou significantemente dos grupos cola de fibrina

(Figura 38), túneis tibiais (Figura 40) e túneis tibiais com cola de fibrina (Figura 39), que

apresentaram as menores porcentagens e foram semelhantes entre si (Tabela 18; Gráfico 12).

Tabela 18 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da repopularização

celular do menisco entre as diferentes técnicas operatórias de fixação, ao final de oito semanas de observação.

Repopularização celular (%)

Técnica de fixação – observação oito semanas

Média

Dp

Mediana

Mínimo

Máximo

Sutura (n = 5)

76,9 6,6 75,3 70 86

Túneis (n = 5)

40,2 5,0 28,3 18 32

Túneis e cola (n = 5)

35,5 6,1 38,9 34 50

Cola de fibrina (n = 6)

27,2 3,6 35,9 31 40

Prova de Kruskal-Wallis: p = 0,001 *

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66

Observação em 8 semanas

0102030405060708090

100

Sutura Cola de fibrina Túneis tibiais Túneis e Cola

Méd

ia (+

/- 1

dp) d

a re

popu

lariz

ação

cel

ular

(%)

* p < 0,05 quando comparadoao grupo Sutura

Gráfico 12 - Distribuição das médias e da variabilidade (desvio padrão) da repopularização celular do

menisco entre as diferentes técnicas operatórias, ao final de oito semanas de observação.

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67

Figura 37 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de sutura, com oito semanas de observação. Verificar a grande quantidade de células invadindo a matriz amorfa (colágeno) desde a periferia até a região central do enxerto (HE-4X).

Figura 38 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de cola de fibrina, com oito semanas de observação. Verificar a pequena quantidade de células apenas na periferia do enxerto (seta) (HE-4X).

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68

Figura 39 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela

técnica operatória de túneis tibiais e cola de fibrina, com oito semanas de observação. Verificar a pequena quantidade de células apenas na periferia do enxerto (setas) (HE-4X).

Figura 40 - Fotomicrografia representativa da repopularização celular no grupo fixado pela técnica operatória de túneis tibiais, com oito semanas de observação. Verificar a pequena quantidade de células apenas na periferia (seta curta) do enxerto migrando em direção central (seta longa) (HE-10X).

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69

4.3.5 Reação imunológica

Nenhum dos quatro grupos de método de fixação apresentou reação imunológica.

4.3.6 Infiltrado inflamatório

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

infiltrado inflamatório, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os

grupos (p>0,05 em todas as comparações).

Tabela 19 - Distribuição da presença ou ausência de infiltrado inflamatório nos animais dos

grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com oito semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com oito semanas

Infiltrado

inflamatório

Sutura

Cola biológica Túneis Túneis e Cola

Não

5 (100,0) 4 ( 66,7) 4 ( 80,0) 3 ( 60,0)

Sim

0 ( 0,0) 2 ( 33,3) 1 ( 20,0) 2 ( 40,0)

Total

5 (100,0) 6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 0,455

sutura x túneis

p = 1,000

sutura x túneis e cola

p = 0,444

cola de fibrina x túneis

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 1,000

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70

4.3.7 Edema

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

edema, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05 em

todas as comparações).

Tabela 20 - Distribuição da presença ou ausência de edema nos animais dos grupos

submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com oito semanas de observação.

Técnica de fixação – Observação com oito semanas Edema

Sutura

Cola biológica Túneis Túneis e Cola

Não

3 ( 60,0) 0 ( 0,0) 0 ( 0,0) 2 ( 40,0)

Sim

2 ( 40,0) 6 (100,0) 5 (100,0) 3 ( 60,0)

Total

5 (100,0) 6 (100,0) 6 (100,0) 5 (100,0)

sutura x cola biológica

p = 0,061

sutura x túneis

p = 0,167

sutura x túneis e cola

p = 1,000

cola de fibrina x túneis

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 0,182

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 0,444

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4.3.8 Complicações

Nas comparações entre os diferentes métodos de fixação em relação à presença de

complicações não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p >

0,05 em todas as comparações).

Tabela 21 - Distribuição da presença ou ausência de complicações nos animais dos grupos submetidos a diferentes técnicas de fixação do menisco transplantado, com oito semanas de observação.

Método de fixação – observação em oito semanas

Complicações

Sutura

Cola de fibrina Túneis Túneis e Cola

Não

5 (100,0) 6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0)

Sim

0 ( 0,0) 0 ( 0,0) 0 ( 0,0) 0 ( 0,0)

Total

5 (100,0) 6 (100,0) 5 (100,0) 5 (100,0)

sutura x cola de fibrina

p = 1,000

sutura x túneis

p = 1,000

sutura x túneis e cola

p = 1,000

cola de fibrina x túneis

p = 1,000

cola de fibrina x túneis e cola

p = 1,000

Teste exato de Fisher

túneis x túneis e cola

p = 1,000

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72

4.3.9 Radiografias

4.3.9.1 Medida de exclusão

Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos A, B e C

quanto à média dos ângulos (p=0,746). Desta forma, todos os animais selecionados para a

pesquisa foram aproveitados.

Tabela 22 - Distribuição das médias, da variabilidade (desvio padrão), mediana, mínimo e máximo dos ângulos dos joelhos medidos a partir das radiografias, para critérios de exclusão de ângulos anômalos.

Grupo

n

Média

dp

Mediana

Mínimo

Máximo

A

24 4,47 0,38 4,45 3,8 5,0

B

24 4,38 0,45 4,25 3,8 5,1

C

24 4,44 0,41 4,45 3,8 5,1

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73

4.4 Resultados comparativos

Para obter-se uma visão de conjunto dos resultados referentes à fixação (Gráficos 13 e

14) e repopularização celular (Gráfico 15), os dados foram agrupados em gráficos únicos.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Porc

enta

gem

da

Fixa

ção

Parc

ial (

%)

Sutura Cola de Fibrina Túneis Tibiais Túneis e Cola

Fixação Parcial do Transplante de Menisco

2 Semanas4 Semanas8 Semanas

Gráfico 13 – Apresentação gráfica comparativa das técnicas operatórias usadas em relação à fixação parcial

do menisco transplantado, nos três tempos de observação.

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0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Por

cent

agem

da

Fixa

ção

Tota

l (%

)

Sutura Cola de Fibrina Túneis Tibiais Túneis e Cola

Fixação Total do Transplante de Menisco

2 Semanas4 Semanas8 Semanas

Gráfico 14 - Apresentação gráfica comparativa das técnicas operatórias usadas em relação à fixação total do

menisco transplantado, nos três tempos de observação.

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75

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Por

cent

agem

da

Rep

opul

ariz

ação

(%)

Sutura Cola de Fibrina Túneis Tibiais Túneis e Cola

Repopularização Celular do Menisco Transplantado

2 Semanas4 Semanas8 Semanas

Gráfico 15 - Apresentação gráfica comparativa das técnicas operatórias usadas em relação à repopularização

celular do menisco transplantado, nos três tempos de observação.

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5. DISCUSSÃO

Durante anos, pouca ou nenhuma importância foi dada aos meniscos. Atualmente os

meniscos são reconhecidos como estruturas de fundamental importância para a função normal

da articulação do joelho. Colaboram decisivamente na estabilidade, na absorção de impactos,

na manutenção e lubrificação da superfície articular36-53.

Independente de sua origem, de seu mecanismo de produção e de sua extensão, as

lesões de meniscos são tratadas preferencialmente procurando-se restabelecer a sua

integridade anatômica e funcional. A sua retirada parcial ou total, nos casos em que se torna

inviável a sua restauração, está associada a processos degenerativos da articulação, que

fatalmente resultarão em graus variáveis de comprometimento articular. Desta forma, a

procura de um substituto para este tecido fibrocartilaginoso permanece como um desafio para

a cirurgia ortopédica15,16,17,38,54-57.

A literatura biomédica refere mais comumente, três tipos de substitutos para os

meniscos: enxertos autólogos, homólogos e artificiais7,25.

Os enxertos autólogos, provenientes do próprio indivíduo, possuem um apelo

importante a favor de sua utilização, que seria a ausência do risco de transmissão de

doenças7,8. É relatada na literatura pertinente, a utilização de segmento de tecidos obtidos da

gordura pré-patelar, do ligamento da patela, do tendão do músculo quadríceps da coxa, entre

outros. Os resultados devido à variedade de situações empregadas, não são uniformes e por

vezes são conflitantes. A necessidade de intervenções associadas para obtenção do tecido

doador e a dificuldade em obter-se tecido suficiente e resistente para uma substituição

adequada são fatores limitantes para o uso corrente destes substitutos autólogos58-63.

Uma opção oferecida pela tecnologia seria a utilização de materiais sintéticos para a

substituição do menisco lesado6. Dentre os materiais sintéticos, as próteses de dacron e de

teflon são as mais comumente citadas na literatura6,64,65. Os resultados a médio e longo prazo

não se mostram favoráveis, e o fenômeno de osteoartrose acompanha com freqüência estas

substituições protéticas6,64-67.

Frente aos estudos realizados e resultados obtidos com os enxertos autólogos e as

próteses de menisco, o grande alvo das pesquisas tem sido os enxertos homólogos. Estas

opções biológicas apresentam remodelação, tanto nos estudos experimentais como nos

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77

achados clínicos e mantêm as propriedades biomecânicas do menisco original7,8,24,68,69. A

substituição por tecido homólogo, no caso a fibrocartilagem de menisco obtido de doador

morto (no beating donor) ou de doador múltiplo não morto (beating donor), apresenta como

vantagem a possibilidade de utilizar um tecido semelhante em sua morfologia ao tecido que

está sendo substituído. As desvantagens estão na possibilidade do enxerto ser transmissor de

doenças infecto-contagiosas e nos eventuais processos de imuno-rejeição tecidual3,5,8,70.

O papel da resposta imune ao enxerto homólogo não está esclarecido, mas no geral,

não há evidências de rejeição67-69. A experiência clínica mostra que a rejeição é realmente um

fato extremamente raro, ocorrendo somente um relato na literatura21. A baixa taxa de rejeição

estudada em animais de experimentação, é atribuída à matriz densa na qual estão envolvidas

as células do menisco, não permitindo o acesso de células imunorreativas7,15,17,19,71-74. Porém

estes resultados estão diretamente ligados à maneira na qual os meniscos, após serem

retirados de seu doador, são armazenados8.

A liofilização e a criopreservação foram processos de armazenamento idealizados na

tentativa de contornar os óbices da transmissão de doenças.

A liofilização ou congelamento a seco implica em um processo padronizado, no qual o

congelamento ocorre em uma câmara de vácuo com retirada de até 95% do conteúdo de água

do tecido7,8. Embora permita a estocagem por um período de três a cinco anos e a

rehidratação possa ser conseguida em trinta minutos antes do uso, ocorrem alterações de cor,

aparência, assim como de estrutura, propriedade e integridade do colágeno, resultando num

enfraquecimento do enxerto. Há referência de que ocorre um encurtamento de até 2/3 na

extensão do menisco após o transplante5. A estas alterações acrescente-se o fato que ocorre a

completa inviabilidade celular no enxerto. Embora consiga obter uma matriz

fibrocartilaginosa praticamente isenta de microrganismos patogênicos, o processo de

liofilização acaba por alterar a constituição físico-química do futuro enxerto, que ressecado e

retraído não cumpre satisfatoriamente as funções de um substituto adequado1,3,5,7.

Criopreservação é um processo de congelamento controlado com extração da água

celular pelo dimetilsulfóxido e glicerol. É um processo trabalhoso e de custo muito elevado, e

não há evidências de superioridade em relação a outros métodos de preservação. A vantagem

teórica da criopreservação é a manutenção da integridade e viabilidade da membrana celular,

estimando que permaneçam entre 30 a 40% de células viáveis7,8,22,75-84.

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78

O ideal seria utilizar um tecido que mantivesse suas características físico-químicas e

fosse isento de agentes patogênicos. Concomitantemente, seria necessário que este material

pudesse ser preparado e estocado por um tempo razoável até o momento de sua aplicação. O

banco de meniscos já é uma realidade79. No entanto, ainda não há na literatura biomédica um

embasamento suficiente para se estabelecer qual o método de preservação mais adequado

para um enxerto homólogo de menisco. Os trabalhos que tratam do transplante de meniscos

fazem referências pouco aprofundadas aos processos de preservação1,7,8,16,22,23,25,27,38,72,73.

Baseados em modelos de preservação de outros tecidos osteomusculares ou

osteocartilaginosos, são referidos que os meniscos podem ser preservados em temperaturas

ditas de congelamento1,7,8,15,16,80-84.

O congelamento profundo, também referido como de ultracongelamento, implica em

armazenamento e congelamento do tecido em temperaturas negativas a partir de 70ºCelsius. É

um método simples e o mais amplamente utilizado para a preservação de meniscos. As

vantagens incluem um processo menos custoso e, apesar da conjectura teórica a respeito da

extensa ou quase total morte celular, tem mostrado resultado clínico adequado. Há autores

que afirmam que todas as células são destruídas na matriz conjuntiva, mas que não são

notados efeitos clínicos deletérios causados pela relativa acelularidade do tecido meniscal. O

tempo médio de estocagem é referido como sendo entre quatro e oito semanas7,8,16,20.

A escolha do tipo de congelamento é fundamental no que tange à necessidade de que o

processo seja de baixo custo e disponível em situações que não exijam recursos tecnológicos

sofisticados. Dentro da linha de pesquisa, Reckers et al22 demonstraram que a celularidade de

meniscos de coelhos preservados por congelamento nas temperaturas -7,2ºC, -21,4ºC e -73ºC,

apresentam ao final de 30 dias de congelamento 30% de células viáveis. Assim, na

continuidade do estudo optou-se pela escolha do ultracongelamento que tem resultados

semelhantes às outras duas temperaturas pesquisadas e também tem o respaldo de ser a mais

comumente citada na literatura.

Outro aspecto referido na literatura diz respeito à repopularização celular do menisco

transplantado. Uma vez que as células do doador são poucas ou ausentes, a integridade do

enxerto dependeria da infiltração celular na matriz por células do hospedeiro, que de certa

forma permitiria uma segurança maior na reabilitação deste menisco em seu receptor. Há

referências que de um a seis meses após a enxertia, ocorre a repopularização do menisco por

células do hospedeiro7,19 . Após o estudo de Arnoczky (1992) não se encontrou outro trabalho

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79

sistematizado estudando a quantificação das células que preenchem o menisco do receptor,

em períodos diferentes de observação19.

Considerando que a conservação da estrutura matricial do menisco está relacionada

com o processo de preservação, e este também está relacionado com a quantidade de células

viáveis remanescentes nesta matriz, o estudo destas relações é relevante para tentar-se

padronizar métodos confiáveis de preservação de meniscos para transplantes. Nos trabalhos

ditos clínicos, utilizando seres humanos, as variáveis são de difícil controle para

homogeneização da amostra, assim os trabalhos com animal de experimentação ganham

importância para esta linha de pesquisa.

Por outro lado, o procedimento operatório de fixação de meniscos transplantados

também é um ponto de controvérsia. Uma variedade de técnicas operatórias para a fixação

deste menisco tem sido descritas2-5,7,8,15,16,20,24,25.

A fixação do menisco pela sutura, ao longo de sua extensão, ao platô tibial e ao tecido

conectivo adjacente7,15,20,38, assim como a técnica de fixação com a realização de túneis

tibiais, com e sem associação de blocos ósseos, são técnicas operatórias de citação freqüente

na literatura pertinente75,85-88.

Milachowski et al (1989) publicaram a primeira série de transplantes de meniscos

realizados em 22 pacientes15. Os autores utilizaram como método de fixação a sutura simples

em intervalos de cinco milímetros em toda extensão do menisco. Com seguimento médio de

13 meses, apenas dois pacientes apresentavam insatisfação com o resultado cirúrgico, um

devido à infecção pós-operatória e outro devido à instabilidade residual do ligamento cruzado

anterior.

Shelton et al (1994) descreveram uma nova técnica operatória para transplante de

menisco, que difere das demais pela utilização do enxerto não isoladamente, mas

conjuntamente com blocos ósseos88. Segundo os autores, a fixação precária ou inadequada do

transplante é fato determinante para a não integração do enxerto. Yoldas et al (2003)

relataram os resultados de 34 transplantes de meniscos em 31 pacientes com seguimento

médio de três anos, utilizando-se blocos ósseos75. No seguimento final dos resultados, 96%

dos pacientes apresentavam satisfação com o resultado. Entretanto, os autores ressaltam o

pequeno tempo de acompanhamento. Graf Jr et al (2004) relataram os resultados de oito

pacientes submetidos ao transplante meniscal com fixação na tíbia utilizando-se blocos ósseos

81. Ao final do acompanhamento de oito anos, 87% dos pacientes retornaram as suas

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atividades esportivas recreacionais. Verdonk et al (2006) publicaram sua série de 42 casos de

transplante de menisco com um seguimento longo de 14 anos, com a técnica operatória de

sutura simples em intervalos de cinco milímetros em toda extensão do menisco, sem

utilização de blocos ósseos38. Ao final do seguimento, 90% dos pacientes relataram satisfação

com o resultado, afirmando que se necessário, submeter-se-iam novamente ao procedimento.

Já a utilização de adesivos cirúrgicos para a fixação do menisco a ser transplantado é

pouco citada na literatura24,33. Nabeshima et al (1995) realizaram transplante de menisco

profundamente congelado em cães, por meio do procedimento de sutura ou com o uso de cola

de fibrina. Não foi encontrada nenhuma célula no menisco transplantado após a primeira

semana. Na segunda semana, notou-se a presença de células na superfície tibial e femoral do

menisco. No primeiro mês, as células foram observadas por toda a periferia tibial e femoral,

enquanto que no terceiro mês, já havia uma distribuição mais homogênea, permanecendo

acelular apenas o centro do menisco. Concluíram não haver diferenças estatisticamente

significantes entre os dois grupos, após doze semanas de transplante33. Reckers et al (2006)

realizaram transplante autólogo e homólogo de menisco ultracongelado em coelhos,

utilizando adesivo sintético como método de fixação24. Os autores concluíram que os

adesivos cirúrgicos sintéticos, derivados do ácido cianoacrilato, provocaram necrose desde a

cortical até a medular óssea para ambos os grupos, não apresentando fixação do menisco

transplantado.

Deste modo, também em relação ao procedimento operatório de fixação do menisco

transplantado, não há um consenso ou padronização na literatura. Aqui também se procura

estabelecer a relação entre a técnica empregada e a repopularização celular do enxerto,

relacionando-a com o sucesso do transplante. Novamente os ensaios em animal de

experimentação podem ser relevantes no encaminhamento da resolução deste problema, pela

possibilidade de usar uma amostra homogênea e comparativa entre os procedimentos.

No tocante à escolha do animal, seguiu-se a tendência da literatura, na qual o coelho é

tido como adequado. Apresenta um padrão histológico de menisco muito semelhante ao

encontrado em seres humanos, caracterizado por um tecido fibrocartilaginoso composto por

um entrelaçado de fibras colágenas interpostas por fibrocondrócitos6,7,20,22-25,35,36,89-91.

Ressalte-se que os coelhos são animais de fácil obtenção, baixo custo de manutenção e por

serem de médio porte, facilitam o alojamento. Entretanto, alguns autores que estudaram os

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transplantes de menisco, optaram por espécimes de porte maior, como cães17,19,58,92,

ovelhas28,59,93 ou cabras8,72.

Se por um lado o coelho traz as facilidades mencionadas, por outro, o fato de ter que

reimplantar um menisco com comprimento médio de um centímetro por meio centímetro de

largura, em uma superfície de proporções semelhantes, implica em maiores dificuldades

técnicas, tornando o procedimento mais prolongado e exigindo delicadeza no manuseio,

porém sem inviabilizá-lo. Entretanto, diante da dificuldade em se conseguir animais de maior

porte, e o número reduzido de alojamentos disponíveis para esses animais de grande porte em

nosso biotério, optou-se pela utilização do coelho.

Na pesquisa realizada, em virtude do tamanho da amostra, trabalhou-se sempre com

vinte e quatro animais no biotério. A randomização da técnica operatória e do período de

observação ocorreu imediatamente após a medicação pré-anestésica. Os procedimentos

anestésicos foram aqueles já padronizados no Laboratório Experimental do Programa de Pós-

Graduação em Cirurgia e Experimentação, e como todos os demais procedimentos

experimentais, foram avaliados e aprovados pela Comissão de Ética em Pesquisa da

UNIFESP-EPM.

Escolheu-se a retirada do menisco medial do joelho direito dos coelhos na primeira

fase, mantendo-se a temperatura de 73ºCelsius negativos por 30 dias. Após esse período, com

as feridas cirúrgicas completamente cicatrizadas, os meniscos foram reimplantados em

animais diferentes (segunda fase). Dessa maneira procurou-se reproduzir e simular as

condições em que o enxerto homólogo é realizado em seres humanos.

Um dos pontos importantes na técnica operatória realizada em seres humanos para o

sucesso do procedimento, é a fixação estável dos enxertos. Os meniscos podem vir

acompanhados de pequenos fragmentos ósseos, que são encaixados nos túneis tibiais,

conferindo uma fixação osso-osso, e uma boa estabilidade ao enxerto. Quando os meniscos

são retirados sem esses fragmentos, suturas podem ser realizadas na periferia do menisco

através de toda sua extensão, por onde é feita a fixação94-97.

Na pesquisa em foco, os meniscos foram fixados através de quatro técnicas

operatórias, tentando-se desta forma, estabelecer uma adequada fixação e conseqüentemente

uma melhor repopularização celular no seu receptor.

A primeira série de resultados publicados na literatura mundial sobre transplante de

menisco foi realizada com a técnica sutura15. Devido ao seu pioneirismo, a sua fácil

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aplicabilidade e ao relato da literatura de resultados satisfatórios, foi uma opção a ser

pesquisada.

Mesmo diante da maior dificuldade operatória, a técnica túneis tibiais com fragmento

ósseo é amplamente utilizada75,85-88. No entanto, pelo fato de o coelho ser um animal de

pequeno porte, a técnica de túneis tibiais foi realizada sem o uso de fragmentos ósseos.

A cola de fibrina é amplamente utilizada em vários procedimentos operatórios em

diversas situações29-34. Pela sua disponibilidade, facilidade de aplicação, ausência de rejeição

ou reações imunológicas e a capacidade em potencial de manter uma estrutura como o

menisco em posição estável, foi escolhida como uma opção de fixação, usando de forma

isolada ou como adjuvante em associação com a técnica de túneis tibiais.

A avaliação da eficácia das técnicas quanto à capacidade de manter o menisco em

posição e integrado ao seu sítio, foi estabelecida para ser observada com duas, quatro e oito

semanas, tempos considerados básicos para acompanhar o processo de cicatrização e

regressão do processo inflamatório após o transplante.

Com duas semanas de transplante, foi encontrada uma diferença estatisticamente

significante entre os grupos sutura (Figura 17) e cola de fibrina (p=0,015) (Figura 18),

mostrando que no grupo sutura somente 20% dos meniscos estavam fixados parcialmente,

enquanto que no grupo cola de fibrina essa proporção foi significante maior, com 100% dos

meniscos fixados apenas parcialmente. Não foi encontrada diferença estatisticamente

significante entre os demais grupos, ou seja, túneis tibiais e túneis tibiais com cola de fibrina

(p>0,05) (Figuras 20 e 19). Estes resultados coincidem com os trabalhos da literatura, que

também mostram um alto índice de integração do menisco transplantado, apesar de uma

porcentagem elevada de não fixação do corno posterior8,16,18,20. Em relação à técnica que

utilizou cola de fibrina, os resultados observados no presente estudo foram conflitantes

quando comparados com os resultados de Nabeshima, que não encontrou diferenças entre as

técnicas sutura e cola de fibrina, analisando por um período de 12 semanas após o

transplante33. O autor analisou a influência do coágulo de fibrina sobre o processo de

reparação na junção menisco sinovial de meniscos transplantados em cães, utilizando a

técnica operatória sutura e cola de fibrina, ressaltando que o uso de cola de fibrina pode ser

útil com o intuito de reduzir a imobilização pós-operatória e facilitar o processo de

reabilitação em pacientes transplantados. Apesar dos resultados satisfatórios apresentados

pelos autores, não há relatos da continuidade desta linha de pesquisa.

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O grupo sutura apresentou maiores porcentagens de repopularização com duas

semanas (30,9%) (Figura 21) e se diferenciou significantemente dos grupos cola de fibrina

(14,4%) (Figura 22) e túneis tibiais com cola de fibrina (13,8%) (Figura 23) que apresentaram

porcentagens menores e semelhantes entre si. O grupo túneis tibiais com valores

intermediários de porcentagem de repopularização, não se diferenciou de forma significante

dos demais grupos (23,2%) (Figura 24). Os resultados encontrados de repopularização celular

com a técnica sutura após duas semanas de transplante, foram semelhantes aos achados

descritos por Arnoczky et al (1992)19 com quatro semanas de transplante, que relataram 25%

de repopularização celular. A quase totalidade das células que infiltraram a matriz se limitou

à periferia do menisco com duas semanas de transplantes. Aos trinta dias, Arnoczky et al 19

relataram achados semelhantes.

Os resultados encontrados com duas semanas de transplante em relação à fixação do

menisco, seja parcial ou total, com as técnicas sutura, túneis tibias, túneis tibias com cola de

fibrina e cola de fibrina, estiveram diretamente relacionados com a porcentagem de

repopularização celular no enxerto. A fixação estável proporcionada pela técnica sutura

esteve relacionada com uma porcentagem maior de fixação total do menisco e com uma

porcentagem mais elevada de repopularização celular comparado com os outros grupos. Já os

resultados com as demais técnicas mostraram que uma menor taxa de fixação do menisco

estava associada a uma porcentagem inferior de repopularização celular, estabelecendo uma

relação direta entre a fixação do menisco e a infiltração celular do enxerto.

Com quatro semanas de transplante, houve diferença estatisticamente significante

entre os grupos sutura (Figura 25) e cola de fibrina (p=0,015) (Figura 26), onde no grupo

sutura 16,7% dos meniscos apresentou fixação parcial e no grupo cola de fibrina a ocorrência

foi de 100%. Não houve diferença estatisticamente significante entre os demais grupos

(p>0,05 em todas as comparações).

No tocante à avaliação histológica com quatro semanas de transplante, os resultados

verificados neste estudo se assemelham também aos achados de Arnoczky et al (1992)19, com

três meses de transplante. Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os

grupos (p=0,003). Os grupos sutura (44,9%) (Figura 29) e túneis tibiais (35,2%) (Figura 32),

com as maiores porcentagens de repopularização e semelhantes entre si, se diferenciaram

significantemente dos grupos cola de fibrina (20,2%) (Figura 30) e túneis com cola de fibrina

(23%) (Figura 31) que apresentaram as menores porcentagens. Os resultados encontrados

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com quatro semanas de transplante em relação à fixação do menisco, seja parcial ou total,

com as técnicas sutura, túneis tibias, túneis tibias com cola de fibrina e cola de fibrina,

novamente estiveram diretamente relacionados com a porcentagem de repopularização celular

no enxerto. As técnicas sutura e túneis tibias, com suas fixações estáveis de seus enxertos,

demonstraram uma maior porcentagem de repopularização celular, quando comparadas com

as técnicas que utilizaram adesivos cirúrgicos. Esses resultados encontrados em relação à

porcentagem da repopularização celular com quatro semanas de transplante de menisco

ultracongelado de coelhos, ressalta a importância da fixação estável do enxerto no futuro

receptor.

Na avaliação da fixação do menisco com oito semanas de transplante foi encontrada

diferença estatisticamente significante entre os grupos sutura (Figura 33) e cola de fibrina

(p=0,015) (Figura 34), onde no grupo sutura 20,0% dos meniscos apresentou fixação parcial e

no grupo cola de fibrina a proporção foi de 100%. Foi encontrada uma diferença

estatisticamente significante entre os grupos sutura, túneis tibiais e cola de fibrina (p=0,048)

(Figura 35), sendo que no grupo sutura 20,0% dos meniscos apresentou fixação parcial e no

grupo túneis tibiais e cola de fibrina essa proporção foi de100%.

No tocante à repopularização celular com oito semanas de transplante, nossos achados

foram também semelhantes aos encontrados por Arnoscky et al (1992), com seis meses de

transplante (75%). Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos

(p=0,001). O grupo sutura (76,9%) (Figura 37), com as maiores porcentagens de

repopularização, se diferenciou significantemente dos grupos cola de fibrina (27,2%) (Figura

38), túneis tibiais (40,2%) (Figura 40) e túneis com cola de fibrina (35,5%) (Figura 39) que

apresentaram as menores porcentagens e foram semelhantes entre si. Os resultados

encontrados com oito semanas de transplante em relação à fixação do menisco, seja parcial ou

total, com as técnicas sutura, túneis tibias, túneis tibias com cola de fibrina e cola de fibrina,

mostraram novamente uma relação direta da fixação estável do menisco com a

repopularização celular do menisco transplantado. A técnica sutura, com oito semanas de

transplante, apresentou uma melhor fixação do menisco transplantado, quando comparada

com os demais grupos, ressaltando mais uma vez, que a fixação estável e confiável do

menisco no receptor, está associada à uma quantidade maior de células invadindo o enxerto

transplantado.

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Estes achados de repopularização celular, com duas, quatro e oito semanas de

transplante, sugerem que a repopularização da matriz transplantada ocorre por infiltração

celular da periferia para o centro do enxerto, o que dá indícios que essas células devem ser

provenientes do receptor. Deste modo fica à esclarecer qual seria o papel das células

sobreviventes do doador nesta matriz transplantada. Abre-se a perspectiva de tentar descobrir,

por processo de identificação do DNA, o destino das células sobreviventes do doador.

Também fica em aberto para discussão, se outros métodos de preservação de meniscos

terão alguma influência na taxa de repopularização celular em condições comparativas com as

técnicas de fixação usadas nesta pesquisa, ou com outras que possam ser aventadas em outros

estudos. Ficou clara a associação de que a técnica operatória que produz uma maior fixação

do enxerto está associada a uma maior infiltração celular da matriz por prováveis células do

receptor.

No entanto, este estudo limitou-se a avaliar a repopularização celular que ocorre no

menisco transplantado, utilizando a coloração pela hematoxilina e eosina. O material já

coletado poderá ser processado e avaliado por outros métodos de coloração como Picrosirius

red ou microscopia de polarização para identificação do colágeno, além do que, métodos

imunohistoquímicos poderão ser utilizados para identificação e quantificação de elementos

constituintes da matriz inorgânica.

Uma perspectiva muito atraente também seria o estudo destes meniscos

repopularizados, na investigação das qualidades macroscópicas e fisicoquímicas, para

averiguar a sua resistência à tração, deformação e ruptura, em relação ao período e

porcentagem de células repopularizadas.

Os meniscos são estruturas de grande importância para a função normal da articulação

do joelho. A sua substituição e completa integração é certamente, uma das tarefas mais

complexas da ortopedia atual. Os achados encontrados nesta pesquisa acrescentam subsídios

para que o transplante meniscal e sua respectiva repopularização celular demonstrem as

excelentes perspectivas de recuperação para os casos de lesão do menisco humano. No

modelo experimental testado, a ocupação celular por prováveis células do receptor no

menisco transplantado já no 14º dia, abre perspectivas de um resultado promissor também em

seres humanos, assegurando maior resistência ao enxerto, e conseqüentemente permitindo

uma melhoria na qualidade de vida destes pacientes.

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6. CONCLUSÕES 1.

2.

3.

O transplante homólogo do menisco de coelho preservado a 73°Celsius negativos durante

30 dias, levou à ocupação da matriz por células do receptor de modo progressivo na

segunda, quarta e oitava semanas de observação.

O transplante homólogo do menisco de coelho preservado a 73°Celsius negativos durante

30 dias, sofreu diferentes graus de integração ao platô tibial, de acordo com a técnica de

fixação, sendo mais eficaz com as técnicas operatórias de sutura, túneis tibiais, túneis

tibiais com cola de fibrina e cola de fibrina, respectivamente.

O transplante homólogo do menisco de coelho preservado a 73°Celsius negativos durante

30 dias, apresentou uma correlação direta entre o tipo de técnica de fixação e a

porcentagem de repopularização celular, sendo que a eficácia de ocupação foi

respectivamente progressiva com as técnicas operatórias de sutura, túneis tibiais, túneis

tibiais com cola de fibrina e cola de fibrina.

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JOURNALS. INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL EDITORS. Ann Intern

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NOMENCLATURE. NOMINA ANATOMICA VETERINÁRIA. 4 ed, ver. Zurich, 1994

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APÊNDICE

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PROTOCOLO DE ACOMPANHAMENTO RADIOGRÁFICO IDENTIFICAÇÃO = ANIMAL Nº GRUPO ANIMAL: Oryctolagus cuniculus SEXO: masculino

DATA DA RADIOGRAFIA:__/__/__

PRÉ-ANESTÉSICO:_________________________________ DOSE:___________________ - VIA:______ - HORA:_______ ANESTÉSICO: ___________________________________ DOSE:___________________ - VIA:______ - HORA:_______ PLANO ANESTÉSICO: HORA:_________________ DURAÇÃO DA ANESTESIA:__________________ REFORÇO:__________________________________ ANALGÉSICO:______________________________________ DOSE:__________________- VIA:_______- HORA:_________ INTERCORRÊNCIAS:___________________________________________________

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EQUIPE RESPONSÁVEL PELO ACOMPANHAMENTO DO

EXAME RADIOGRÁFICO:

1- PESQUISADOR PRINCIPAL

2- ANESTESISTA VETERINÁRIA

3- MÉDICA VETERINÁRIA

4- ACADÊMICA DE VETERINÁRIA

5- TÉCNICOS DE RADIOLOGIA (2)

6- FUNCIONÁRIOS DA DISCIPLINA DE TÉCNICA OPERATÓRIA (2)

RADIOGRAFIA:

ACOMPANHAMENTO ANESTÉSICO PÓS-RADIGRAFIA

___________________________________________________________________________

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Distribuição dos ângulos dos joelhos medidos a partir das radiografias, para critérios de exclusão de ângulos anômalos.

GRUPOS: A B C

4,7 4,9 4,2 4,2 5 4,3 5 4 4

3,8 4,3 4,7 4,6 5,1 4,3 4,6 4,2 4,5 4,9 4,1 4,9 4,2 4,4 4 4 4,9 4,2 4 4,8 5

4,3 4,2 3,9 4,4 4,7 3,8 4,2 4,5 4,7 4,4 4,6 4,1 4,8 3,8 4,7 4,7 3,9 3,9 4,9 3,9 5 5 4 5,1 5 5 4,8

3,9 5,1 4,9 4 3,8 3,9

4,5 3,8 4,7 4,4 4 4,5 4,9 4,2 4,4

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Distribuição dos ângulos dos joelhos medidos a partir das radiografias, para critérios de exclusão de ângulos anômalos.

GRUPO A Ângulo Frontal

Coelho N° Varo Valgo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

4,7 4,2 5

3,8 4,6 4,6 4,9 4,2 4 4

4,3 4,4 4,2 4,4 4,8 4,7 4,9 5 5

3,9 4

4,5 4,4 4,9

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Distribuição dos ângulos dos joelhos medidos a partir das radiografias, para critérios de exclusão de ângulos anômalos.

GRUPO B

Ângulo Frontal Coelho

N° Varo Valgo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

4,9 5 4

4,3 5,1 4,2 4,1 4,4 4,9 4,8 4,2 4,7 4,5 4,6 3,8 3,9 3,9 4 5

5,1 3,8 3,8 4

4,2

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Distribuição dos ângulos dos joelhos medidos a partir das radiografias, para critérios de exclusão de ângulos anômalos.

GRUPO C

Ângulo Frontal Coelho

N° Varo Valgo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

4,2 4,3 4

4,7 4,3 4,5 4,9 4

4,2 5

3,9 3,8 4,7 4,1 4,7 3,9 5

5,1 4,8 4,9 3,9 4,7 4,5 4,4

PROTOCOLO DE ACOMPANHAMENTO DO ANIMAL

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IDENTIFICAÇÃO = ANIMAL Nº GRUPO ANIMAL: Oryctolagus cuniculus SEXO: masculino

LINHAGEM: Nova Zelândia PESO:__________g

DATA DO 1º PROCEDIMENTO:__/__/__

ANESTESIA:

_____________________________________________________________________

ANTI-SEPSIA:

_____________________________________________________________________

INCISÃO:

_____________________________________________________________________

MENISCECTOMIA TOTAL

_____________________________________________________________________

DURAÇÃO DO ATO OPERATÓRIO:

_____________________________________________________________________

TAMANHO DO MENISCO:

_____________________________________________________________________

ARMAZENAMENTO:

_____________________________________________________________________

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DATA DO 2º PROCEDIMENTO:__/__/__

ANESTESIA:

_____________________________________________________________________

ANTI-SEPSIA:

_____________________________________________________________________

RANDOMIZAÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA:

_____________________________________________________________________

RANDOMIZAÇÃO DA EUTANÁSIA:

_____________________________________________________________________

INCISÃO:

_____________________________________________________________________

DURAÇÃO DO ATO OPERATÓRIO:

_____________________________________________________________________

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DATA DA EUTANÁSIA:__/__/__( SEMANAS)

PESO:

_____________________________________________________________________

ANESTESIA:

_____________________________________________________________________

ANTI-SEPSIA:

_____________________________________________________________________

INCISÃO:

_____________________________________________________________________

ANÁLISE MACROSCÓPICA:

_____________________________________________________________________

ANÁLISE MICROSCÓPICA:

_____________________________________________________________________

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PROTOCOLO DA ANESTESIA (D)

IDENTIFICAÇÃO= ANIMAL Nº GRUPO

DATA:__/__/____ - PESO:________________

PRÉ-ANESTÉSICO:_________________________________ DOSE:___________________ - VIA:______ - HORA:_______ ANESTÉSICO:______________________________________ DOSE:___________________ - VIA:______ - HORA:_______ PLANO ANESTÉSICO: HORA:_________________ DURAÇÃO DA ANESTESIA:__________________ REFORÇO:__________________________________ ANTIBIOTICOPROFILAXIA:__________________________ DOSE:__________________- VIA:_______- HORA:_________ ANALGÉSICO:______________________________________ DOSE:__________________- VIA:_______- HORA:_________ INTERCORRÊNCIAS:____________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________

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PROTOCOLO DA EUTANÁSIA (E)

IDENTIFICAÇÃO = ANIMAL Nº GRUPO

DATA:___/___/____ PRÉ-ANESTÉSICO:_________________________________ DOSE:______________VIA:________HORA:_____________ FÁRMACO PARA EUTANÁSIA: __________________________________________________ DOSE:______________VIA:________HORA:_____________

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PROTOCOLO DA MACROSCOPIA E MICROSCOPIA

MENISCO MEDIAL TRANSPLANTADO

NÚMERO: MENISCO MEDIAL CONTROLE MACROSCOPIA: TAMANHO (cm): FORMA: FIXAÇÃO PARCIAL (SIM OU NÃO): FIXAÇÃO TOTAL (SIM OU NÃO): COMPLICAÇÕES (SIM OU NÃO): MICROSCOPIA: TAMANHO: CORNO ANTERIOR (cm): CORPO (cm): CORNO POSTERIOR (cm): EDEMA ENTRE FIBRAS COLÁGENAS: REAÇÃO IMUNOLÓGICA: REAÇÃO INFLAMATÓRIA: