avaliação da eficiência dos serviços de saneamento básico no combate às endemias nos...
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Avaliação da eficiência dos serviços de saneamento básico no combate às endemias nos municípios do
estado do Tocantins
Autores:Júlio César Medeiros de LimaAdriano Firmino V. de AraújoAdriano Nascimento da PaixãoAurélio Pessôa Picanço
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSCURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E AGRONEGÓCIO
HIPÓTESE BÁSICA
O número de casos de endemias de veiculação hídrica e de doenças relacionadas à condição de vida está negativamente relacionado com as condições de saneamento básico
HIPÓTESE BÁSICA
FUNASA (2006):
Piora do quadro epidemiológico resultante da inexistência ou precariedade dos serviços de saneamento básico;
Para cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 4,00 em medicina curativa.
CARMO & TÁVORA JÚNIOR (2004): precariedade dos serviços de saneamento básico e altos custos em tratamento de doenças relacionadas a esgoto e água não tratados.
HIPÓTESE BÁSICA
HELER (1998): problemas metodológicos associados à delimitação dos grupos analisados.
SOARES et al. (2002): efeitos deletérios de intervenções a partir do saneamento na saúde humana e no meio ambiente.
Intervenções a partir de saneamento básico como estratégia em Saúde Pública na área de medicina preventiva.
HELLER (1998)
SANTOS & WESTPHAL (1999)
BUSS (2000)
SANTOS (2007)
OBJETIVO
Avaliar os serviços de saneamento básico dos
municípios tocantinenses quanto a sua
eficiência no combate endemias relacionadas
à falta ou precariedade desses serviços,
especialmente às endemias de veiculação
hídrica..
METODOLOGIA
Análise Envoltória de Dados (DEA)
Fundamentação Teórica: Teoria Microeconômica da Firma
Conceitos Básicos:
Eficácia
Eficiência
Produtividade
Fronteira de Produção
Rendimentos de Escala
METODOLOGIA
Análise Envoltória de Dados (DEA)
O Método DEA fornece índices de eficiência a partir de medidas radiais e de funções de distância entre a unidade produtiva real e uma unidade produtiva virtual inserida na fronteira de produção.
Consiste em um método não paramétrico, fundamentado em programação linear.
DEA – Rendimentos de Escala
Fonte: Elaboração Própria.
DEA – Orientação
Fonte: Adaptado de MELLO et al. (2005)
METODOLOGIA
Análise de Clusters
Dado um conjunto de variáveis ou características adotadas, a análise de clusters permite dividir uma amostra ou população em grupos, de tal forma que os elementos pertencentes ao mesmo grupo sejam homogêneos entre si e heterogêneos quando comparados com os elementos de outro grupo.
DADOS UTILIZADOS
Endemias (output)
Variável: Inverso do número total de casos de endemias de veiculação hídrica.
Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação de Agravos de Notificação (2008).
Ano de referência: 2006. Casos por local de residência.
Obs.: Os dados sobre população foram coletado no Ministério das Cidades – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2008) para o ano de 2006.
DADOS UTILIZADOS
Endemias (output)
Doenças causadas pela ingestão de água contaminada: Febre Tifóide Leptospirose
Doenças causadas pelo contato com água contaminada: Tracoma Esquistossomose
Doenças transmitidas por insetos que se desenvolvem na água:
Dengue Malária
DADOS UTILIZADOS
Indicadores de Saneamento Básico (input)
Ligações totais de água tratada (ativas e inativas) em 2006.
Volume de água produzido (1.000m3/ano) em 2006.
Despesa total com produtos químicos (R$/ano) em 2006.
Investimento realizado pela prestadora de serviços de fornecimento de água tratada (R$/ano) em 2005.
Obs.: os dados foram coletados junto ao Ministério das Cidades – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2008).
DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
Foram analisados os 93 municípios tocantinenses que não apresentaram valores nulos para as variáveis estudadas;
Ressalta-se que alguns dos municípios considerados na pesquisa apresentaram valores nulos para alguma das endemias
RESULTADOS
Os 10 Municípios mais Eficientes – DEA CCR
Fonte: Elaboração Própria.
MunicípiosÍndice de Eficiência
Número de Casos de Endemias -
Real
Número de Casos de Endemias -
Alvo
Paranã 1,000000 1 1,00
Palmeirante 1,000000 1 1,00
Bernardo Sayão 1,000000 1 1,00
Maurilândia do Tocantins 1,000000 2 2,00
Sandolândia 1,000000 1 1,00
Filadélfia 0,999506 3 3,00
Marianópolis do Tocantins 0,902882 1 0,90
São Bento do Tocantins 0,899369 2 1,80
Lizarda 0,886807 1 0,89
Rio da Conceição 0,785106 1 0,79
Os 10 Municípios menos Eficientes – DEA CCR
Fonte: Elaboração Própria.
MunicípiosÍndice de Eficiência
Número de Casos de Endemias -
Real
Número de Casos de Endemias -
Alvo
Almas 0,003779 219 0,83
Santa Rosa do Tocantins 0,003225 323 1,04
Alvorada 0,002654 197 0,52
Colinas do Tocantins 0,002097 289 0,61
Miracema do Tocantins 0,001405 456 0,64
Porto Nacional 0,000793 727 0,58
Araguaína 0,000638 941 0,60
Gurupi 0,000586 924 0,54
Paraíso do Tocantins 0,000460 1053 0,48
Palmas 0,000209 2633 0,55
Os 10 Municípios mais Eficientes – DEA BCC
Fonte: Elaboração Própria.
MunicípiosÍndice de Eficiência
Número de Casos de Endemias -
Real
Número de Casos de Endemias -
Alvo
Arraias 1,000000 1 1,00
Paranã 1,000000 1 1,00
Bernardo Sayão 1,000000 1 1,00
Palmeirante 1,000000 1 1,00
Sandolândia 1,000000 1 1,00
Filadélfia 1,000000 3 3,00
Maurilândia do Tocantins 1,000000 2 2,00
Rio da Conceição 1,000000 1 1,00
São Bento do Tocantins 1,000000 2 2,00
Piraquê 1,000000 3 3,00
Os 10 Municípios menos Eficientes – DEA BCC
Fonte: Elaboração Própria.
MunicípiosÍndice de Eficiência
Número de Casos de Endemias -
Real
Número de Casos de Endemias -
Alvo
Cristalândia 0,007444 90 0,67
Gurupi 0,007192 924 6,65
Figueirópolis 0,005965 99 0,59
Porto Nacional 0,005916 727 4,30
Pium 0,005661 97 0,55
Miracema do Tocantins 0,005651 456 2,58
Natividade 0,005568 163 0,91
Alvorada 0,004858 197 0,96
Paraíso do Tocantins 0,003667 1053 3,86
Santa Rosa do Tocantins 0,003484 323 1,13
Análise de Clusters
Fonte: Elaboração Própria.
Análise de Clusters
Fonte: Elaboração Própria.
Grupo Município
G1 Palmas
G2 Colinas do Tocantins
G3 Porto Nacional
G4 Gurupi
G5 Araguaína
G6 Paraíso do Tocantins
G7 Peixe
G8 Guaraí
G9 e G10 Demais Municípios
CONCLUSÃO
Políticas em Saúde Pública devem considerar intervenções a partir dos serviços de saneamento básico, em especial quando de aspectos preventivos;
Os índices de eficiência permitiram comparar os municípios quanto à sua eficiência no combate de endemias a partir dos serviços de saneamento básico;
CONCLUSÃO
Os municípios menos eficientes devem reduzir drasticamente os números de caso de endemias para atingirem a fronteira de eficiência;
A Análise de Clusters apresentou evidências da existência de outliers;
Nenhum dos municípios considerados como outliers atingiu a fronteira de eficiência;
CONCLUSÃO
Considera-se a hipótese de que a condição de outliers e, em parte, a ineficiência destes municípios estão associados a:
Melhores serviços de atendimento hospitalar;
Comportamento estratégico dos agentes.
AGRADECIMENTOS