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AutoraMagda Maria Damásio Graduada em Administração, pós-graduada em Administração pela Qualidade Total e em Didática e Metodo-logia do Ensino Superior. Professora mestranda em Administração, trabalha na iniciativa privada educacional há mais de 15 anos nas áreas de gestão administrativa, financeira e educacional, com planejamento, organi-zação, orçamento, controle, atendimento a clientes, Gestão da Documentação e Modernização Administrativa, Estrutura Regimental e Organizacional, Coordenação e implantação dos Projetos de Qualidade, Motivação, Mapeamento e Redesenho dos Processos e Programa de Treinamentos. Exerceu por mais de sete anos a coorde-nação de cursos na área de Administração e em atividades de docência superior, nas disciplinas ligadas à ad-ministração. Atualmente, exerce o cargo de diretora geral de três unidades de ensino superior da Rede de Ensino JK.

Copyright © 2014 por NT Editora.Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por

qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.

Damásio, Magda Maria.

Associativismo e Cooperativismo / Magda Maria Damásio – 1. ed. – Brasília: NT Editora, 2014.

112 p. il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN 978-85-68004-24-1

1. Associativismo. 2. Cooperativismo.

I. Título

Design InstrucionalNT Editora

RevisãoClícia Rodrigues

Editoração EletrônicaNT Editora

Projeto GráficoNT Editora

CapaNT Editora

IlustraçãoMarcelo Moraes

NT Editora, uma empresa do Grupo NT SCS Quadra 2 – Bl. C – 4º andar – Ed. Cedro IICEP 70.302-914 – Brasília – DFFone: (61) [email protected] e www.grupont.com.br

LEGENDALEGENDA

ÍCONES

Prezado(a) aluno(a),Ao longo dos seus estudos, você encontrará alguns ícones na coluna lateral do mate-rial didático. A presença desses ícones o(a) ajudará a compreender melhor o conteúdo abordado e a fazer os exercícios propostos. Conheça os ícones logo abaixo:

Saiba maisEsse ícone apontará para informações complementares sobre o assunto que você está estudando. Serão curiosidades, temas afins ou exemplos do cotidi-ano que o ajudarão a fixar o conteúdo estudado.

ImportanteO conteúdo indicado com esse ícone tem bastante importância para seus es-tudos. Leia com atenção e, tendo dúvida, pergunte ao seu tutor.

DicasEsse ícone apresenta dicas de estudo.

Exercícios Toda vez que você vir o ícone de exercícios, responda às questões propostas.

Exercícios Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro.

Bons estudos!

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Sumário

1. ASSOCIATIVISMO ........................................................................................... 71.1 O que é associativismo? .........................................................................................................71.2 Histórico .................................................................................................................................... 121.3 Importância econômica, social e política do associativismo ................................ 21

2. COOPERATIVISMO ....................................................................................... 262.1 O que é cooperativismo? .................................................................................................... 272.2 Qual a sua função? ................................................................................................................ 292.3 Objetivo das Cooperativas ................................................................................................. 302.4 Tipos de Cooperativa ........................................................................................................... 32

3. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES .......................... 403.1 O que são cooperativas? ..................................................................................................... 403.2 O que são sindicatos ............................................................................................................ 433.3 O que são associações? ...................................................................................................... 483.4 Cooperação e Associativismo ........................................................................................... 51

4. FORMAS ASSOCIATIVAS E TIPOS DE ASSOCIAÇÃO .................................. 594.1 Formas associativas .............................................................................................................. 594.2 Tipos de Organizações Associativas ............................................................................... 79

5. ATOS LEGAIS E ÓRGÃOS SOCIAIS ............................................................... 865.1 Atos legais ................................................................................................................................ 865.2 Órgãos sociais .......................................................................................................................104

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 109

APRESENTAÇÃO

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Caro(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao Associativismo e Cooperativismo!

Nele você terá a oportunidade de apreender que o trabalho realizado pelas organizações as-sociativas e cooperativas é extremamente rico, porque permite o desenvolvimento e o crescimento pessoal e profissional na medida em que compartilham habilidades e experiências, gerando um am-biente valoroso e favorável para a troca de informação e conhecimentos, que podem ser apreendidos e disseminados entre todos.

As cooperativas, por suas características e condições, facilitam a comercialização de seus produ-tos e/ou serviços, em função dos preços mais competitivos, em razão de um conjunto de vantagens, que vão desde a isenção de obrigações trabalhistas até a possibilidade de negociar seus insumos por preços mais baixos com seus fornecedores. Isso torna o negócio atrativo e interessante para todos os seus cooperativados. Eles vão realizar juntos, de forma cooperativa, o que sozinhos teriam mais difi-culdade e menores resultados e ganhos.

Sendo assim, neste curso, veremos o conceito de organizações associativas, cooperativas, quais os tipos existentes, seus objetivos, suas vantagens, como criá-las e formalizá-las. Veremos ainda no-ções básicas sobre os princípios, as condições, as regulamentações, os conteúdos e as culturas relacio-nadas à gestão das organizações coletivas ou associativas.

Desse modo, você poderá avaliar a importância do desenvolvimento da cultura da associação e da cooperação no trabalho, tanto nos seus aspectos comportamentais quanto nos valores e nas atitudes indispensáveis às práticas associativas.

Ao final deste curso, você estará preparado para ajudar sua comunidade ou outras pessoas a criar uma organização associativa ou cooperativa e por meio dela gerar emprego e renda, bem como, valores e melhorias de vida social e ambiental.

Portanto, não perca essa oportunidade! Aproveite este curso para aprender um pouco mais sobre o tema e, no futuro, realizar um trabalho que poderá lhe render bons resultados financeiros, profissional e de realização pessoal.

Bons estudos!

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1. ASSOCIATIVISMO

"O nosso planeta está sob pressão de duas forças monstruosas e antagônicas: a globalização e a fragmentação."

Schumann Martin

Olá! Está preparado para aprender? Então, vamos começar?

Esta é a primeira lição do nosso curso e tem como objetivo dar a você o embasamento necessá-rio para o aprendizado do tema relacionado ao associativismo. Neste curso, iremos abordar os concei-tos, princípios, históricos e a importância desse tipo de organização associativa para o fortalecimento do trabalho coletivo.

O convívio associativo é muito importante para o desenvolvimento de atividades comuns entre grupos e pessoas, mais exige a observação de regras, normas e comportamentos, na medida em que conhecimentos, experiências, bens e costumes são compartilhados.

Ao finalizar esta lição, você deverá ser capaz de:

• entender os aspectos históricos relacionados aos movimentos associativos e cooperativos em suas diferentes formas de organização, princípios e valores;

• entender a importância delas no processo de trabalho rural e/ou urbano;

• compreender o significado das associações e cooperações no que elas podem contribuir para a melhoria dos processos de trabalho coletivo.

1.1 O que é associativismo?Quando empregamos o termo associativismo, o que vem a sua mente? Que tipo de conceito

você consegue associar a essa palavra?

Vamos refletir?

O termo associativismo vem do latim associare, que significa formar sócios ou juntar com-panheiros.

Esse significado nos remete a outro, muito semelhante, que é associar e designa: agregar, juntar, reunir pessoas e/ou companheiros. Este termo também é derivado do latim. Interes-sante observar que ele não deriva da palavra associare e, sim, da palavra sequi que significa seguir no sentido de acompanhar e não de perseguir. Quando juntamos as palavras seguir com socius, também oriunda do latim, que significa companheiro, chegamos ao termo associar que é uma conjugação do ad, junto e socius, formando o conceito de juntar com-panheiros.

Esse é o sentido primário da palavra ASSOCIATIVISMO. Significa reunir pessoas, companhei-ros, amigos e formar um grupo, tendo como objetivo um alvo comum. Algo que venha atender aos interesses dos membros do grupo ou da comunidade a qual pertencem, ou ainda do trabalho que se pretende desenvolver.

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Esse termo é muito antigo e nos remete aos primórdios da vida humana em sociedade. O homem, como ser social, tem por necessidade viver em grupos ou em sociedade, ou seja, em união com outros indivíduos de sua própria espécie.

Essa união tem como objetivo a preservação da espécie humana e o atendimento das necessidades de cada indivíduo no contexto social, pois não conseguimos so-breviver ou atender a essas necessidades se vivermos isolados. Necessitamos uns dos outros para atingir os nossos objetivos de sobrevivência e realização social, pessoal e profissional.

A associação das pessoas com seus valores, sua força, seus co-nhecimentos e suas experiências nos permite aumentar a segu-rança, reduzir riscos, alcançar objetivos e ganhar sinergia na busca pela satisfação das necessidades humanas, sociais, po-líticas e organizacionais.

Cada indivíduo tem ou teve ao longo de sua vida, necessidade de ajudar ou ser ajudado por outro. Existe uma velha máxima que diz: “A união faz a força”. Nesse sen-tido, o associativismo encontrou forças para permanecer e se ressignificar ao longo das eras e dos processos políticos, econômicos e sociais.

Diuturnamente vivemos exemplos práticos dessa necessi-dade de ajudar e apoiar os outros, ou seja, de unirmos nossas forças para atender às necessidades do outro ou dos outros e a nossa própria. A força coletiva reside na união dos membros individuais.

Nesse sentido, podemos entender que associação é o reconhecimento de que há uma necessi-dade ou dependência do apoio de outros indivíduos para facilitar a sobrevivência e a manutenção da vida, uma vez que ninguém sobrevive sozinho. E a união dessas forças interdependentes fornecerá a energia suficiente para remover os obstáculos e proporcionar os resultados que se pretende alcançar. Nas sociedades humanas, quando nos associamos, permitimos que a união das forças individuais pro-mova o aperfeiçoamento social e o reconhecimento inteligente dessa premissa.

O que aprendemos sobre associação até agora, nos permite aprofundar no conceito e na com-preensão do termo associativismo, agora relacionado à organização corporativa.

Quando empregamos o termo associação no contexto da atividade organizacional, estamos nos referindo ao associativismo, agora relacionado a um tipo de atividade coletiva, cooperativa e par-ticipativa, a fim de alcançar os objetivos comuns dos membros do grupo, que atuam dentre as diver-sas atividades econômicas, culturais e sociais praticadas em sociedade.

O associativismo nessa perspectiva representa uma forma de organização de grupos de pesso-as ou de empresas com interesses comuns, quer sejam eles econômicos, sociais, políticos, religiosos, educacionais, sendo autossustentáveis ou não, visando à união das forças e à conjugação dos esfor-ços, a fim de obter o máximo de aproveitamento dos recursos e o alcance dos objetivos propostos.

Nesse sentido, o conceito de associativismo está relacionado à utilização de métodos e técnicas específicas de trabalho capazes de estimular a confiança, exercitar a ajuda mútua entre os participan-tes, estimular a parceria, fortalecer o capital humano, melhorar a qualidade de vida, apoiar ações de produção e comercialização coletivas, entre outros.

Diuturna-mente : Há muito tempo; que tem lon-ga duração.

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Para o Instituto Ecológica (2007, p. 5), o “associativismo é uma forma de organização que tem como finalidade conseguir benefícios comuns para seus associados por meio de ações coletivas”.

Segundo o Guia para o Associativismo: “O Associativismo é a expressão organizada da socieda-de, apelando à responsabilização e intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social e consti-tuiu um importante meio de exercer a cidadania” (VALADARES, 2001, p. 5).

Em concordância com Meister, Viegas considera o associativismo ou associação como:

Consideramos como associação todo o grupo de indivíduos que decidem, volunta-riamente, pôr em comum os seus conhecimentos ou atividades de forma continuada, segundo regras por eles definidas, tendo em vista compartilhar os benefícios da coo-peração ou defender causas ou interesses (MEISTER, 1972 apud VIEGAS, 2004, p. 34).

De forma ampla, podemos dizer que o associativismo é uma forma organizada de reunir pesso-as, que pode ser formal ou informal, ter personalidade jurídica própria, ser com ou sem fins lucrativos, e que reúne pessoas ou empresas como objetivos comuns, visando à união de esforços e de recursos de forma a realizar uma atividade de interesse de todo o grupo, gerando benefícios para todos.

Sendo uma reunião de pessoas com visões e até interesses distintos, tendo, porém um objetivo comum, como deve ser então uma associação que realmente atua no cumprimento das necessidades ou finalidades do seu propósito?

Uma verdadeira associação é aquela que resguarda e trabalha para a realização dos interesses e objetivos comuns de seus associados, fazendo com que as metas e os projetos sejam realizados nos prazos e nas condições estabelecidos. Por meio da soma das forças e da abrangência de suas ações, a associação buscará cumprir os objetivos e atender ao interesse comum de seus membros, bem como os da própria organização associativa.

Desse modo, a organização associativa cresce, fortalece e firma sua soberania, já que não atua para atender a interesses individuais de seus associados, mas sim, o seu próprio objetivo, que é também o de todos aqueles que dela fazem parte. Essa é exatamente a base que norteia a relação entre associação e seus associados, ou seja, a conjugação de esforços para a consecução de objeti-vos comuns a todos e que não poderiam ser obtidos isoladamente, por pessoas físicas e/ou jurídicas (PINHO, 1986).

Sendo assim, pensar em associativismo é muito mais abrangente do que pensar apenas em um tipo de atividade ou ramo de negócio, ou ainda, em uma relação puramente comercial ou orga-nizacional. Significa refletir, analisar, avaliar, conhecer e adotar a melhor alternativa para o alcance dos objetivos comuns de toda a coletividade. Esses devem ser escolhidos, priorizados e largamente difundidos entre os membros do grupo, a fim de superar os interesses individuais. Pensar em associati-vismo é refletir na oportunidade de criar estratégias e formular ações que possam produzir resultados satisfatórios para todos os associados, até porque, mesmo sendo a grande maioria das organizações associativas sem fins lucrativos, seus membros almejam atingir resultados satisfatórios, além do cres-cimento e desenvolvimento dos negócios da organização.

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Segundo Rech (2000, p. 8), os objetivos de uma associação formal, definida sob uma sociedade sem fins lucrativos, e com base em ações estratégicas são, basicamente:

1. promover a implementação e a defesa dos interesses dos seus associados e,

2. incentivar a melhoria técnica, profissional e cultural dos seus integrantes.

Além desses objetivos elencados por Rech (2000), ainda podemos relacionar mais alguns que já foram considerados acima em vários pontos de nossa exposição. Falamos que uma organização associativa tem como objetivo:

• Permitir o fortalecimento dos laços de amizade, solidariedade, camaradagem e companhei-rismo entre os seus membros.

• Permitir a reunião e a conjugação dos esforços de forma a contribuir para melhorias das ações e uso dos bens, serviços e equipamentos em toda comunidade a fim de alcançar os melhores resultados.

• Servir para defender os interesses coletivos dos seus associados.

• Permitir o desenvolvimento dos interesses coletivos de trabalho.

• Permitir a produção, armazenagem e comercialização de forma cooperada, produtiva e por isso mais rentável.

• Proporcionar a melhoria da qualidade de vida de seus associados e cooperados.

• Participar do desenvolvimento da região na qual a associação está inserida.

Você sabia...

• que a união das empresas ou de pequenos produtores em associações facilita a venda e reduz até o valor das aquisições de insumos e de equipamentos que podem ser adquiridos por meno-res preços e maiores prazos e condições de pagamento? Ou ainda, que mediante as associações, o pequeno produtor pode ter acesso ao uso coletivo de máquinas, equipamentos, transporte, etc., reduzindo seus custos e ampliando sua produção?

• que atualmente até mesmo as grandes empresas atualmente estão se utilizando de algum tipo ou forma associativa para realizar negócios com maior rentabilidade e competitividade?

Tudo bem até aqui? Você entendeu o que é associativismo? Vamos

exercitar esse aprendizado?

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Curiosidade

O patrimônio de uma organização associativa é formado por doações e contribuições de cada um de seus membros. Assim elas não possuem capital social e são sem fins lucrativos.

Exercitando o conhecimento

De acordo com o que estudamos até aqui, em relação ao termo associativismo, é correto afirmar que:

a) é uma forma organizada de associação.

b) tem personalidade jurídica própria.

c) tem como objetivo a união de esforços e de recursos.

d) promove o desenvolvimento de uma atividade que pode ser rentável.

Comentário

Se você marcou todas as alternativas, está correto. O associativismo tem personalidade jurídica própria, está organizado em forma de associação e tem como objetivo a conjuga-ção dos esforços a fim de desenvolver uma atividade que seja rentável para todo o grupo.

Exercitando o conhecimento

A partir do que você entendeu sobre o termo Associativismo, seria importante ter uma organização associativa em sua comunidade? Se sim, qual seria ela? Justifique sua resposta.

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Estudo de caso

Com os conhecimentos que você adquiriu até agora, vamos ajudar o sr. Antônio Carlos, que é um líder em sua comunidade, a entender o que é uma associação formal e informal?

Por estar sempre em contato com todos os moradores, ele conheceu um pequeno grupo de senhoras, 13 no total, que são exímias costureiras e trabalham para diferentes confecções.

O sr. Antônio Carlos, conversando com uma delas, a dona Joana, descobriu que, além de exímia costureira, ela era também excelente modelista. Ficou extremamente encantado ao ver os desenhos e as lindas peças do vestuário feminino e masculino que ela produzia.

De volta a casa, pensou: “e se eu reunisse essas treze mulheres e formasse uma equipe de trabalho multidisciplinar? O que poderíamos conquistar juntos? A dona Joana poderia de-senhar os modelos, a dona Maria, faria os cortes, e as outras costureiras com certeza costu-rariam e fariam os acabamentos nas peças. E eu, como vendedor e negociador, daria uma mãozinha e venderíamos as peças para as lojas ou quem sabe, até mesmo para os mora-dores de nossa comunidade. Poderíamos com isso, fazer um preço melhor para as pessoas que viessem comprar no atacado e com certeza isso representaria uma melhoria nas con-dições de vida dessas costureiras, que poderiam ter uma remuneração maior e mais justa.”

Em sua reflexão o sr. Antônio Carlos perguntou-se: “Será que isso é uma associação? E se for, será que ela é formal ou informal?”

Você, aluno, que acabou de estudar sobre associativismo, por favor, dê uma mãozinha para ao sr. Antônio, explicando o que é uma associação, e como ela pode ser formal ou informal.

1.2 Histórico

Surgimento do associativismo

O associativismo sempre esteve relacionado ou associado ao atendimento das necessidades básicas de sobrevivência e preservação dos indivíduos. Por isso, teve início há milhares de anos, desde a era histórica da pedra lascada, quando o homem primitivo necessitava formar laços e construir rela-cionamentos que pudessem facilitar a vida e permitir mais segurança aos grupos.

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Nessa era, os homens eram nômades, viviam basicamente da caça e do que conseguiam coletar da natureza e habitavam em cavernas sem nenhuma segurança ou proteção. Por isso, a associação e cooperação entre os seus membros era a única forma de garantir sua sobrevivência, porque permitia a união dos esforços e das experiências a fim de se protegerem dos perigos, conseguirem alimentos, abri-go e sobreviverem às intempéries daqueles tempos, cuja vida era muito difícil e extremamente perigosa.

Dessa forma, a cooperação e o apoio associativo não eram atos puramente irracionais, produzidos simplesmente pela necessidade ou instinto de sobrevivência, mas uma resposta inteligente e criativa do homem frente aos desafios da natureza e o atendimento de suas necessidades. Um reconhecimento de suas limitações como indivíduos e da imperatividade da vida em grupo para a manutenção e preserva-ção da espécie humana.

Quando lemos a história da evolução humana, percebemos que o homem sempre viveu em gru-pos ou esteve associado a outros, nunca estando só ou isolado, mais foi no período histórico conhecido como Neolítico ou idade da Pedra Polida, que as associações e o trabalho cooperativo foram se amplian-do. O homem deixou de ser nômade e passou a viver em comunidades à margem de rios e lagos, criando e plantando sua subsistência, passando a ser sedentários e ampliando suas relações. Agora não eram mais apenas grupos, mas também comunidades. Com o surgimento das cidades, as formas associativas foram expandidas e vários tipos de sociedade implantadas, dando forma às novas relações de trabalho, de assistência, de subsistência e manutenção da vida em comunidade.

Com o desenvolvimento das cidades e a crescente necessidade de organização do trabalho e da produção para atendimento das demandas que cresciam a cada dia, novas formas de exploração e domi-nação também foram ampliadas. Desse período em diante, a história registra milhares de experiências e tentativas de organização do trabalho entre as sociedades.

Na antiguidade, por exemplo, o sistema de produção baseava-se na exploração do trabalho es-cravo, não existindo, portanto, pagamento pela prestação dos serviços. O homem simplesmente usava o outro para produzir e realizar aquilo que ele necessitava. As condições de trabalho eram precárias, obriga-tórias e impostas pelos proprietários aos seus escravos. Foi mais ou menos nessa época que começaram a surgir instituições cooperativas e associativas com estruturas muito semelhantes as que temos hoje.

Com a exploração do homem pelo homem, os mais fracos, pobres ou menos favorecidos come-çaram a se juntar para terem condições de sobreviver à exploração e à dominação dos senhores e donos de terras. Reuniam-se em grupos para terem condições de enterrar seus familiares, criar seus animais, protegerem-se dos perigos, construírem suas moradias, realizar tarefas sociais e atividades econômicas que pudessem melhorar as condições de vida na comunidade.

Durante o período histórico denominado de feudalismo, apesar do regime de dominação e servi-dão reinante, as relações de trabalho foram organizadas e desenvolvidas igualitariamente e sob a forma cooperativada. As comunas, que eram organismos sociais e unidades econômicas formadas na Idade Média, registraram a existência de vários agrupamentos de camponeses, pastores, agricultores e aldeões, que tinham como propósito unir forças para produzir mais alimentos, ampliando sua capacidade de pro-dução e armazenamento, obter segurança e proteção e com isso, mais qualidade de vida.

As comunidades fechadas e os mosteiros religiosos tinham também sua produção organizada de forma cooperativada, nos quais a produção de bens e serviços era realizada visando o bem comum de toda aquela comunidade, bem como o consumo de tudo que era produzido. Assim tudo era distribuído de forma igualitária a cada um na medida da sua necessidade.

Nas cidades, antes da industrialização, os bens e serviços também eram desenvolvidos pelos arte-sãos, que se agrupavam em associações de categoria, a fim de produzir e ensinar o ofício aos mais jovens. Esse tipo de atividade foi aos poucos transformada em organizações econômicas e políticas mais evoluí-das e bem mais próximas das formas econômicas que conhecemos hoje.

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No Brasil, por suas condições históricas de descoberta, colonização e exploração, sofremos mui-to a influência dos europeus, nossos descobridores; dos índios, habitantes antes da descoberta; e dos negros, oriundos do continente africano, trazidos como escravos. Tanto os negros quanto os índios tinham em sua estrutura social anterior, uma economia baseada no comunitarismo agrário. Entre seus princípios e valores, encontravam-se: o respeito mútuo entre os indivíduos, a hierarquização de fun-ções e de autoridade, o sentimento de companheirismo, de apoio, de justiça e de liberdade, pilares que fortaleciam as relações humanas nas comunidades e a participação de todos no processo de desenvolvimento e proteção da própria tribo.

Curiosidade

O Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral no dia 22 de abril de 1500! Isso você já sabia! Agora, você sabia que a expedição orga-nizada por ele tinha como objetivo repetir os feitos de Vasco da Gama e chegar às Índias? Pois é. Esse era seu alvo, mas não se sabe por que, no meio do caminho, desviou o rumo e veio parar aqui no Brasil. Ele estava, a pedido do rei de Portugal, Dom Manuel, em uma expedição em busca de conquistar novas terras e encontrar especiarias, como ouro e outros metais preciosos como a prata e o cobre no continente asiático, especialmente na Índia.

No Brasil colonial, a exploração portuguesa baseada na escravização, tanto do índio quanto dos negros, quebra esse equilíbrio. Diferentes movimentos de revolta eclodem no país. Alguns de maior e outros de menor expressão, mas todos buscando o fim da exploração e novas formas de cooperação e associação para suprir as necessidades desses novos grupos. Todos que se revoltavam contra a ordem vigente de dominação e exploração, passavam a fazer parte de algum tipo de associação, tendo seus interesses defendidos por todos.

Algumas dessas associações ficaram muito famosas por conta do impacto social que causa-ram. Tivemos a Organização Social dos Palmares, também conhecida como Quilombo dos Palmares, constituída basicamente por escravos que busca-vam a liberdade, fugindo de seus donos no Nordes-te do Brasil. Esse movimento foi tão grande e impor-tante que chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas, sendo depois reconhecido como República dos Palmares. Ele foi constituído por um pequeno gru-po de escravos fugitivos, que foram se organizan-do e se fortalecendo até construírem esse grande agrupamento de pessoas e de interesses coletivos. Formou-se um grande agrupamento de escravos e todos juntos plantavam e colhiam tudo o que ne-cessitavam para a manutenção da comunidade. Era

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uma atividade intensa e diversificada e para complementar o que precisavam, faziam permuta com seus vizinhos brancos e indígenas. Esse grupo era muito organizado, tanto social quanto politicamente, e alta-mente preparado para o combate e as lutas sociais em prol de seus interesses e objetivos.

Abdias Nascimento, um dos grandes expoentes e defensor da cultura e igualdade de direito para os povos afrodescendentes no Brasil, narra a saga de Chico Rei, suas vitórias e derrotas como líder e defen-sor dos direitos sociais dos menos favorecidos, em um movimento em Minas gerais, no período do Brasil colonial. Ele nos conta que:

um rei africano foi escravizado com sua família e sua tribo e vendido a um proprietário de uma mina de ouro em Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto. Um dia por semana, se-gundo a norma da época, Francisco podia trabalhar em seu próprio benefício. Ele traba-lhou, ganhou e economizou até juntar o bastante para comprar a liberdade de seu filho. Ambos, pai e filho, trabalharam e juntaram dinheiro suficiente para adquirir a liberda-de do próprio Francisco. Mas não descansaram até comprar a liberdade de um terceiro membro da tribo. Assim, formando uma cadeia de trabalho e economia, conseguiram libertar toda a tribo. Sob sua orientação, a tribo fez economia que permitiu comprar a mina de ouro, chamada Encardideira, propriedade coletiva de todos os membros da tribo e organizada na base de trabalho cooperativo, nos moldes tradicionais africanos. O prestígio e o poder de Francisco cresceram, ele tornou-se o que se poderia chamar de Chefe de Estado, passando a ser tratado como “Chico Rei”. A comunidade que ele organi-zou atingiu enorme esplendor. Mas o poder do rei branco não suportou a concorrência do rei negro africano, e Chico Rei com seus súditos, foram completamente esmagados no século XVIII (NASCIMENTO, 1978).

Além desses exemplos de associativismo e cooperativismo, o Brasil também registra outros mo-vimentos sociais muito bem organizados e estruturados, e que fizeram história, pela sua grande impor-tância no cenário social e político brasileiro. A República dos Guaranis, no Rio Grande do Sul, ainda no período colonial, tinha como princípio a unidade social baseada no regime comunista, cuja propriedade da terra era coletiva, ou seja, não existia propriedade privada, a terra era de todos e tudo que ela produ-zia era distribuído a todos, segundo a sua necessidade e produtividade.

Juntos produziam seu sustento, enquanto cuidavam igualmente dos seus abrigos, proteção e in-teresses comuns. O que sobrava era comercializado e/ou permutado com outras comunidades e assim, viviam de forma cooperativada e associativa. O site da Formação para o Trabalho fala desse movimento, mostrando que:

Todas as construções públicas, casas de habitação, oficinas, edificadas à custa da comu-nidade, conservavam-se como propriedade inalienável, eram por ela administradas e funcionavam para seu serviço, para satisfação das necessidades de toda a população. Em todos os textos relativos à República Guarani não se encontra um único exemplo de oficina privada. Todas as indústrias e oficinas eram exercidas nas oficinas comunais e nos pátios dos colégios, sob a direção de contramestres nomeados pelos próprios traba-lhadores. Só o trabalho de fiação, entregue às mulheres, era realizado no domicílio, por conta da comunidade. Os meios de transporte eram monopolizados pela comunidade. Quanto ao comércio, o sistema privado não existia; foi substituído por uma distribuição equitativa e racional dos produtos, evitando o parasitismo. A remuneração do traba-lho era efetuada sob a forma de prestação dos mais diversos serviços, abrangendo, em suma, todas as necessidades: alojamento com casa particular no momento do matrimô-nio, alimento para os artesãos, objetos manufaturados para os agricultores, instrução da juventude e sua colocação profissional, seguro velhice, seguro doença e acidente, sustento e manutenção das viúvas e órfãos. Tudo isso organizado, funcionava de manei-ra flexível e simples, verdadeiramente orgânica e livre, porque um princípio justo estava no centro de tudo, uma vez que o princípio fundamental da sociedade humana fora ad-mitido sem restrições, ou seja, o destino comum de todos os bens da terra. A República dos Guaranis existiu por mais de 150 anos, e assim como os quilombos, foi exterminada pelos conquistadores portugueses e espanhóis (BRASIL, 2012).

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Desse período histórico até os dias atuais, o Brasil, como um país rico em diversidade socio-cultural e formas associativas e cooperativas de participação, tem a cada dia constituído novos e modernos meios de defender os interesses coletivos por meio de associação de pessoas ou de em-presas. Do mesmo modo que no passado, existem hoje grandes movimentos que agregam pessoas e lutam por seus interesses.

Há mais de dez décadas da primeira cooperativa implantada no Brasil (1899), na cidade de Ouro Preto, interior paulista, criada por servidores públicos, as pessoas continuam alimentando o sonho de uma sociedade mais justa, livre, baseada na fraternidade, na democracia e nos princípios de unidade e igualdade social. Um país em que podemos viver em paz e com todos os nossos direitos respeitados e resguardados.

Nos tempos atuais, os sistemas cooperativo e associativo guardam uma grande similaridade. Amauri Crozariolli (2013) escreve que: “A lógica é a da união como ferramenta para desenvolver talen-tos e para estimular o empreendedorismo de resultados”. Na sua ótica e na da grande maioria das pes-soas que buscam uma forma de cooperação e associação, o atuar de forma conjunta, unindo forças, somando competências e talentos e reunindo recursos, gera e estimula resultados satisfatórios que atendem aos interesses de todo o grupo.

Exercitando o conhecimento

Vamos exercitar nosso conhecimento? Comente, com base nos conceitos apreendidos, porque a Organização Social dos Palmares, também conhecido como Quilombo dos Palmares, reuniu tantas pessoas e o que elas de fato buscavam ao se organizarem em grupo?

Tipos de Associativismo

Vimos no item 1.1 que o associativismo pode ser uma atividade formal, tendo em vista a sua forma organizada em associação de grupos de produção com personalidade jurídica própria, tendo fins lucrativos ou informais, criada na forma de associações comunitárias de produtores, de artesãs, de mu-lheres, de drogados, de obesos etc.

Enfim, todos os interesses coletivos podem ser tratados por meio de associações e cooperativas. Neste item, trataremos de dois tipos de associativismo: o formal e o informal.

O associativismo formal é aquele criado por grupos de produção solidária, cujo objetivo econômi-co está centrado na valorização do ser humano e nos benefícios sociais que podem ser distribuídos para toda a comunidade e não apenas na remuneração de capital ou nos interesses puramente econômicos.

As pessoas ou empresas reúnem-se por meio de associações ou cooperativas com o objetivo de valorizar seus produtos ou serviços, facilitando a produção, a comercialização, a distribuição e a renda para todos os indivíduos ou empresas associadas, a fim de garantir a sustentabilidade e produtividade dos seus negócios ou atividades.

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Esses associados criam uma associação ou cooperativa e se filiam a ela formalmente, conferin-do-lhes poderes jurídicos e legais, o que os ampara legalmente perante o estado. Para isso, é neces-sário observar a legislação que trata das questões que regem as associações e as suas formalidades jurídicas. Os interessados em criar associações formais precisam primeiramente discutir os valores, os princípios, a missão, a visão, as metas e os objetivos da associação ou cooperativa, para então, poder desenvolver o projeto de constituição e o estatuto social que darão a credibilidade e o amparo jurídico a essa associação, após ser registrada em cartório e na junta comercial do estado.

Esse tipo de organização formal fortalece o associativismo e seus pequenos negócios, gerando mais renda e produtividade para os pequenos grupos, cujos interesses podem ser melhor avaliados, discutidos e implementados. Por isso, entendemos que esse tipo de associação é fruto dos interesses e das necessidades de sobrevivência; porque além de constituídas formalmente e devidamente regis-tradas em cartório, elas são instituídas pela livre iniciativa de seus membros, que buscam a melhoria dos seus processos produtivos e das condições de vida para o grupo e a comunidade.

O associativismo por ser uma forma básica de interação social, também pode ser constituído ou utilizado informalmente. Nesse sentido, essas interações são normalmente formadas por associa-ções comunitárias de produtores rurais, urbanos, comerciais, de classes, de mulheres, de jovens, de estudantes, de professores etc. e/ou cooperativas de produção, de crédito, de comercialização, de profissionais autônomos, de consumo etc.

Nesse tipo de associação, as pessoas ou empresas não criam estatutos nem registram formal-mente suas atividades e/ou negócios, apenas se filiam ou se ajuntam em associações, visando melho-rias, fortalecimento das condições e apoio social e atendimento de seus interesses pessoais, enfim, uma união de interesses que lhes permite alcançar êxito no seu empreendimento.

Exercitando o conhecimento

Quais os tipos de benefícios ou vantagens podem ser adquiridos pelos associados for-mais e pelos não formais?

Princípios do Associativismo e CooperativismoCada tipo de organização associativa ao ser constituída traz no seu DNA o conjunto de infor-

mações que representam sua missão, visão, seus objetivos, valores etc. Entretanto, possui princípios básicos que são universais e reconhecidos em todo o mundo e, por isso, estão presentes nas mais diversas e variadas formas de organizações, como: as cooperativas, as associações, os sindicatos, as fundações, as organizações sociais, os clubes, as organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), as organizações não governamentais (ONGs), as federações, os conselhos de classe etc. Esses princípios são:

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1. PRINCÍPIO DA ADESÃO VOLUNTÁRIA E LIVRE: demonstra uma das principais características das organizações associativas, que é a livre iniciativa que todos têm de associar-se a ela ou não, desde que aceitem suas condicionantes e responsabilidades, e a de ser laica, não per-mitindo qualquer tipo de discriminação social, racial, política, religiosa, ou outras.

2. PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PELOS SÓCIOS: pela sua característica associativa e sem dono, as organizações associativas são organismos altamente democráticos, sendo, portanto, dirigidas por seus associados, que nela atuam, participam e estabelecem suas políticas e tomada de decisões. Os dirigentes podem ser homens ou mulheres, desde que sejam eleitos pelo número mínimo de associados estabelecido em seu estatuto, empossa-dos como representantes dela, para um determinado tempo de mandato, assumindo total responsabilidade pelos seus atos administrativos e de gestão.

3. PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA DOS SÓCIOS: nas organizações associativas e/ou cooperativas, os sócios contribuem para a formação do capital, que se torna bem co-mum dos associados. Os rendimentos ordinários (comuns, normais, ligados à missão da organização) serão derivados das contribuições diretas ou indiretas dos associados, dos valores recebidos por conta da prestação de serviços realizada pela organização, pelo alu-guel de possíveis imóveis caso existam, ou por outros tipos de rendimentos aprovados por resolução da Diretoria.

Os rendimentos extraordinários (aqueles que não estão diretamente ligados à missão da orga-nização) normalmente serão provenientes de auxílios, subvenções, dotações do poder público, doa-ções e legados dos valores eventualmente recebidos ou outras participações aprovadas pela Diretoria.

A totalidade dos rendimentos apuradas será obrigatoriamente aplicada integralmente no país, sempre em benefício e manutenção dos objetivos institucionais. Os saldos ou superávits apurados no final de cada exercício deverão ser aplicados na manutenção e no desenvolvimento das suas finalida-des e atividades sociais, inclusive no aumento de bens móveis e imóveis e na melhoria dos benefícios concedidos a todos os associados.

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4. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA: qualquer organização associativa é uma or-ganização independente, livre e de ajuda mútua, portanto autônoma e, controlada por seus membros. Essa é outra característica marcante desse tipo de atividade econômica. A trans-crição exata desse princípio em relação às cooperativas diz que:

As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, geridas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações – incluindo instituições pú-blicas – ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus associados e se mantenha a autonomia das cooperativas.

5. PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO: demonstra claramente outra carac-terística inconfundível das associações e cooperativas que é a educação, formação e infor-mação para pessoas nela envolvidas e/ou dela participantes. É por meio da educação que se consolida os princípios e valores cooperativos e se fortalecem os laços, permitindo que todos cresçam juntos. Segundo Gadotti:

A educação para a cooperação e para a autogestão é necessária para formar as pes-soas envolvidas em empreendimentos solidários, a compreender sua empresa e admi-nistrá-la adequadamente. Não se pode entrar numa cooperativa com uma mentalida-de capitalista. Seria o mesmo que dar continuidade ao projeto capitalista (GADOTTI, 2009, p. 35).

6. PRINCÍPIO DA INTERAÇÃO: este predomina nas bases associativas e cooperativas. Para que a interação possa crescer e desenvolver, atendendo a sua finalidade e/ou missão, é necessário haver inter-relação, cooperação e influência mútua entre os membros associados, a fim de fazer com que a troca de informação e experiências produza resultados satisfatórios para to-dos, e ainda, a intercooperação entre as demais cooperativas do mesmo ramo, tendo como objetivo o fortalecimento do movimento associativo/cooperativo.

7. INTERESSE PELA COMUNIDADE: Segundo Valadares (2002, p. 8): as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades, por meio de políticas aprovadas pelos membros. Ao constituir uma organização associativa ou fundar uma cooperativa, a principal razão ou objetivo de seus fundadores é atender aos interesses coletivos de seus membros, gerar emprego e promover o desenvolvimento sustentável de suas comunida-des, municípios, regiões, estados e país, através da adoção de políticas aprovadas pela as-sembleia ou conselho.

Exercitando o conhecimento

Você conseguiu entender tudo que foi discutido neste item? Vamos exercitar esse co-nhecimento respondendo a questão abaixo?

As associações ou cooperativas contribuem para o desenvolvimento econômico, cultu-ral ou social da comunidade na qual está inserida? Justifique:

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Aspectos Legais e Administrativos Comuns às Organizações Associativas

Assim como o item anterior apresenta princípios comuns a todos os tipos de organizações asso-ciativas e/ou cooperativas, existem também alguns aspectos legais e administrativos que são comuns e fazem parte da constituição de todas elas.

I. Precisam ser constituídas por no mínimo duas pessoas autônomas, independentes, livres e que compartilhem dos mesmos interesses e objetivos.

II. Essas pessoas precisam delinear a missão, a visão, os objetivos, os princípios, os valores e as metas, para depois, elaborar o Estatuto Social que irá regê-la, com base nessas informações e princípios. Esse estatuto, para ter efeito legal, após aprovado pela assembleia constituin-te, deverá ser imediatamente registrado em cartório.

III. Para a aprovação do estatuto, os sócios constituintes deverão fazer uma convocação, por meio de edital, chamando todos os associados que têm direito a voto, para participarem da assembleia geral e nela, votarem os temas propostos relacionados à criação da associação.

IV. Antes de dar prosseguimento aos trabalhos, a mesa diretora da assembleia geral consti-tuinte, normalmente constituída pelos associados fundadores, deverá ser eleita e empos-sada para um mandato com prazo determinado, sendo assim estabelecida e fundada pelo conjunto dos membros presentes, tendo no mínimo um presidente e um secretário.

V. Concluída a assembleia geral, é preciso lavrar uma ata, relatando todos os fatos ocorridos e os temas debatidos e aprovados. O documento deverá ser assinado por todos os presen-tes. Essa é chamada de ATA DE CONSTITUIÇÃO.

VI. A Ata de Constituição deverá ser juntada ao Estatuto Social aprovado pela assembleia constituinte e ambos deverão ser imediatamente registrados em cartório para que surta os efeitos legais.

VII. Ter sempre em mente que o princípio das organizações associativas e cooperativas é a união conjunta de esforços para a realização de uma finalidade comum a todos os mem-bros associados.

VIII. Todas as organizações associativas ou cooperativas para usufruírem dos atributos relacio-nados à denominação, à capacidade jurídica, ao domicílio, ao patrimônio e à nacionalida-de, devem observar os requisitos legais de normas, as regras, enfim, os aspectos jurídicos, pertinentes a cada uma delas. Vale observar que a personalidade jurídica da organização associativa é totalmente distinta das pessoas físicas que compõem o quadro de associados.

IX. IO patrimônio das organizações associativas ou cooperativas é formado pelas taxas pagas pelos associados, pelas doações e pelos legados, dos valores eventualmente recebidos me-diante convênios e contratos, fundos e reservas, pagamento ou remuneração pela presta-ção de serviços desenvolvida pela organização, ou ainda, por meio de outras participações aprovadas pela Diretoria. Essas associações não possuem capital social e por isso têm res-trições para a obtenção de financiamento junto às instituições financeiras.

X. São entidades de direito privado, com ou sem fins lucrativos, constituídas por pessoas físicas, em alguns casos também de pessoas jurídicas, dirigidas por uma diretoria eleita, cujas funções estão subordinadas à vontade coletiva e democrática de seus associados, delineadas e estabelecidas no seu Estatuto Social, aprovado em assembleia geral, e devidamente registrado.

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Saiba mais

Você sabia que quando se trata de associações e cooperativas não existe remuneração para seus dirigentes nem distribuição de lucros entre seus associados?

1.3 Importância econômica, social e política do associativismo

Nos últimos anos, estudos realizados sobre o franco desenvolvimento da agricultura familiar e o crescimento de associações e cooperativas, em todas as áreas e ramos da atividade humana, confir-mam que o sistema socioeconômico, baseado no associativismo e no cooperativismo, tem-se trans-formado em um importante instrumento para unir povos, gerar renda, promover o desenvolvimento local, tornar o uso da terra sustentável e fortalecer os laços sociais e de trabalho.

Fica evidente a importância da implantação das cooperativas, quer sejam agrícolas, pecuaristas, comerciais, de produção de bens e serviços etc., para o fortalecimento das unidades familiares. Elas proporcionam qualidade de vida e condições de sobrevivência digna às famílias, além do desenvolvi-mento socioeconômico de uma determinada comunidade, na medida em que gera renda, crescimen-to e progresso econômico.

Nos últimos anos, as organizações associativas e cooperativas cresceram e se fortaleceram tan-to no Brasil, que, hoje, juntas somam mais de 4 mil tipos de instituições e segmentos diferenciados, gerando um volume de negócios e convênios que chegam a representar mais de 5% do faturamento bruto do produto interno bruto (PIB) nacional e geram mais de 150 mil empregos diretos.

Um exemplo desse alto faturamento são as cooperativas agropecuárias, que podem ser con-sideradas um dos segmentos mais fortes e atuantes no país. Juntas, elas somam mais de 1.300 insti-tuições singulares e 43 centrais, quase 1 milhão de associados, mais federações e confederações, que operam em diversas áreas econômicas e sociais, movimentando mais de US$ 16 bilhões anuais.

Desse modo, podemos afirmar que o associativismo e o cooperativismo é uma atividade eco-nômica e social importante, promissora, rentável e tende a crescer e se fortalecer mais ainda nos seus mais diversos segmentos e categorias.

Todas as classes e profissões como as de agricultores, pecuaristas, vendedores, costureiros, médicos, taxistas, artesãos, dentistas, professores e profissionais liberais, dentre outros, procuram se organizar e defender interesses comuns a sua categoria. Buscam assim, por meio da união das compe-tências, recursos e valores intrínsecos do cooperativismo, realizar grandes conquistas para a profissão, como o desenvolvimento da comunidade e aumento da renda para as famílias que dela participam.

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Exercitando o conhecimento

Agora que você já conseguiu entender um pouco mais sobre o associativismo, em sua opinião, qual a importância desse tipo de organização para o desenvolvimento do país?

Chegamos ao final desta lição. Aprendemos até aqui o que é associativismo, conhecemos um pouco da sua história, conhecemos seus princípios e valores, vimos os aspectos legais e administrativos e, finalmente, falamos da sua importância no processo econômico e social.

Agora, veja se você se sente apto a:

1. Entender os aspectos históricos relacionados aos movimentos associativos e coope-rativos em suas diferentes formas de organização, princípios e valores.

2. Entender a importância delas no processo de trabalho rural e/ou urbano.

3. Compreender o significado das organizações associativas e cooperativas e como elas podem contribuir para a melhoria dos processos de trabalho coletivo?

Exercícios

Questão 01 – Assinale “V” ou “F”.

Das alternativas abaixo, são definições de associativismo:

( ) Significa reunir pessoas, companheiros, amigos e formar um grupo, tendo como objetivo um alvo comum.

( ) Dependência que temos como ser humano do apoio de outros, para facilitar a sobrevivência e a manutenção da vida, uma vez que ninguém sobrevive sozinho.

( ) Organizações que atendem os interesses dos membros do grupo ou da comuni-dade a qual pertencem, ou ainda do trabalho que se pretende desenvolver.

( ) Todas as afirmativas estão corretas.

Questão 02 – Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:

a) Associativismo Formal

b) Associativismo Informal

c) Associativismo Formal e Informal

( ) Sem o devido registro nos órgãos competentes.

( ) Possui personalidade jurídica própria.

( ) Pode ter ou não fins lucrativos.

Parabéns, você fina-lizou esta lição!

Agora responda às questões ao lado.

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( ) Tem seu registro em cartório e na jun-ta comercial do estado.

( ) São instituídas por pessoas que se jun-tam, não criando estatutos, mas buscando a melhoria das condições de vida para o grupo.

Está correta a sequência:

a) a, b, b, a, c

b) b, a, a, a, b;

c) b, a, c, a, b;

d) a, b, c, a, a.

Questão 03 – Analisando as afirmativas abaixo:

a) incentivar a melhoria técnica, profissional e cultural dos seus integrantes.

b) Permitir o fortalecimento dos laços de amizade, solidariedade, camaradagem e com-panheirismo entre os seus membros.

c) Permitir a reunião e a conjugação dos esforços de forma a contribuir para melhorias das ações e uso dos bens, serviços e equipamentos em toda comunidade a fim de alcançar os melhores resultados.

d) Servir para defender e desenvolver os interesses coletivos dos seus associados.

e) Permitir a produção, armazenagem e comercialização de forma cooperada, produti-va e por isso mais rentável.

Podemos afirmar que são objetivos de uma organização associativa, devidamente for-malizada, os itens:

a) b, d, e.

b) a, b, c, e.

c) b, c, d.

d) a, b, c, d, e.

Questão 04 – Relacione o princípio abaixo com seu significado:

a) Participação econômica dos associados;

b) Cooperação entre cooperativas;

c) Interesse pala comunidade;

d) Livre adesão;

e) Educação treinamento e informação;

f ) Gestão democrática/autonomia e independência.

( ) Responsabilidade social que contribui para a geração de empregos, produção, preservação do meio ambiente, etc.

( ) Todos contribuem para formar o capital social, propriedade comum para o desen-volvimento da cooperativa, que é revertido em serviços e benefícios.

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( ) Visam ao crescimento socioeconômico dos cooperados e fortalece o sistema cooperativo.

( ) Investimento no desenvolvimento cultural e profissional, que garante serviços de qualidade e incentiva a colaboração mutua.

( ) Os cooperados donos e usuários da cooperativa, elegem diretores e conselheiros, além de deliberarem sobre a administração.

( ) Associação voluntária e trabalho em conjunto para que a iniciativa prospere.

Questão 05 – Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:

a) Rendimento ordinário

b) Rendimento extraordinário

( ) Doação ofertada por empresário nesse mês.

( ) Locação de imóvel de propriedade da associação.

( ) Contribuições mensais de associados.

( ) Juros sobre valores depositados.

( ) Produtos e serviços comercializados.

( ) Repasse de verba proveniente convênio com órgão público.

Questão 06 – Assinale nas alternativas a seguir, a única alternativa verdadeira:

Os associados e funcionários de uma organização associativa podem se sentir mais ou menos motivados conforme o modelo de gestão adotado pela diretoria. Você líder de uma instituição, motivaria seus associados e colaboradores utilizando:

a) ( ) Aumento significativo de salários, capacitação profissional, ambiente rígido de trabalho, benefícios mais abrangentes.

b) ( ) Cobrança de resultados, cumprimento de metas, gestão autoritária, aumen-to salarial.

c) ( ) Capacitação profissional, investir nas pessoas, gestão participativa, ambien-te agradável.

d) ( ) Elevação da autoestima, cumprimento de metas obrigatório, ambiente de tra-balho agradável, cobrança de resultados.

Questão 07 – Marque V ou F nos itens a seguir:

( ) Para termos uma gestão democrática e efetiva, é necessário que a missão, os ob-jetivos, as metas estejam claros e compreendidos.

( ) A eleição de uma diretoria comprometida e engajada com a organização, não alte-ra em nada a eficácia do cumprimento do objeto da associação.

( ) A direção eleita é capaz de gerir a organização sem a ajuda de seus associados.

( ) Os associados são fontes preciosas de informação, conhecimentos e motivação no cumprimento dos objetivos da organização.

( ) O princípio da gestão democrática ajuda a criar e assegurar o compromisso de participação dos associados.

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( ) A cooperação entre organizações associativas e cooperativas enfraquece a conse-cução dos objetivos e acirra a concorrência entre elas.

Questão 08 – Marque com V a alternativa correta:

Quando em uma organização associativa ou cooperativa, elegemos uma diretoria ges-tora, devemos ter em mente:

a) ( ) O conhecimento e influência política dos futuros gestores.

b) ( ) Conhecimento burocrático e político.

c) ( ) Conhecimento de mercado e financeiro.

d) ( ) Liderança democrática e vivência dos princípios associativos.

Questão 09 – Marque com V ou F as afirmativas a seguir.

Se lembrarmos do histórico do associativismo e cooperativismo visto neste capítulo, podemos afirmar:

a) ( ) O associativismo e cooperativismo são práticas surgidas no século XVIII.

b) ( ) A história do homem em períodos mais remotos é uma demonstração da sua necessidade de formar os grupos de ajuda mútua, caracterizando assim formas associativas.

c) ( ) Podemos elencar o Quilombo dos Palmares, a República dos Guaranis e a histó-ria de Chico Rei como exemplos de trabalhos coletivos e de ajuda mútua.

d) ( ) Logo após o início da Revolução Industrial, a exploração da mão de obra asseme-lhava-se ao associativismo e cooperativismo.

Questão 10 – Um dos princípios das organizações associativas e cooperativas é o inte-resse pelo desenvolvimento sustentável das comunidades.

Com base nesse princípio, é correto afirmar que seus associados devem aprovar políticas:

a) Buscando basicamente os melhores processos produtivos.

b) Buscando integração com os programas de desenvolvimento local, regional e nacional.

c) Atendendo exclusivamente o interesse dos membros.

d) Atentando fundamentalmente para os processos internos.