autogestÃo - anarkio.netanarkio.net/pdf/a_autogestao.pdf · a coleção proposta e prática se...
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Proposta e PráticaA Coleção Proposta e Prática se presta a ajudar nossas
conversas e ações para transformação social em que a
exploração e opressão sejam abolidas.
Sujeitase a crítica e alteração que for necessária.
Proposta e Prática são fundamentadas em nossas
experiências nesses quase dois séculos de anarquismo em
todo o mundo.
Desenvolvendo a luta através da autogestão, ação direta e
comunismo libertário, condições de liberdade e justiça para
todxs.
Não se limitam ao período eleitoral.
Não pregamos o voto nulo como protesto, mas como uma
conduta ética e moral de cidadania para um processo
revolucionário.
A política anarquista é um compromisso direto de todxs. A
política será mudada através da população explorada e
oprimida nas ruas, nos bairros, nas escolas, nas fábricas e
nos campos por bem estar e liberdade.
Na construção do comunismo libertário através de práticas
anarquistas!
AutogestãoÉ uma metodologia administrativa
empregada no anarquismo que visa garantir
a participação igualitária de todxs, sem
exceção, no gerenciamento de todos os
aspectos sociais, políticos e econômicos que
mantém uma sociedade comunista libertária
funcionando.
Em cada área se formam os grupos (comitês,
comissões ou algo equivalente) de
gerenciamento com suas regras específicas,
sempre respeitando os aspectos básicos do
anarquismo: não explore, não oprima.
Todas as relações são são descentralizadas,
não esperando mandos ou desmandos de
ninguém. Também as relações são entre
iguais, de forma horizontal, sem hierarquias.
É de conhecimento geral que cada indivíduo
possui um conhecimento e até aprofundado
em algumas áreas, mas não é fator de
desigualdade e nem deve ser em nosso meio.
Não há chefes, donos, diretores, gerentes ou
qualquer forma de relação hierárquica. As
decisões sempre são tomadas em grupo, sem
exceções, tendo também a coerência e o bom
senso para se chegar a posturas e ações de
comum acordo de todos. Nesse aspecto, é
importante que o coletivo tenha e desenvolva
sua própria forma de autogerir, como por
exemplo trocas de afazeres ou rodízios em
atividades, para evitar a monotonia do
processo de execução. Importante que todos
saibam e se eduquem em sempre
aprenderem a fazer todas as atividades ou ao
menos compreendêlas para que não se
acumulem nas costas de um ou outro, ou
pior, se torne base para que se tirem proveito
da ignorância ou da apatia coletiva.
É importante que autogestão se torne um
processo educativo no sentido de preparar a
todxs para as atividades de execução e
administração das diversas áreas da
sociedade.
As possíveis formas de autoadministração
são exercícios necessários para uma
sociedade justa e livre.
Se não houver a participação de todxs nesse
processo, não haverá o desenvolvimento
revolucionário que almejamos.
Para participar, será necessário que cada
grupo crie a dinâmica de reunião, de decisão
e de ação condizente com cada participante.
Não é possível delegar afazeres sem que
todxs participem ou assumam as
responsabilidades que é exigida. Há direitos
e há deveres coletivos que todos precisam
entender, aceitar e realizar para que o
comunismo libertário seja uma realidade
agora.
GRANDES LIBERDADES EXIGEM
GRANDES RESPONSABILIDADES,
GRANDES COMPROMISSOS!
A autogestão organiza os espaços
econômicos, políticos e ecológicos com a
plena participação popular, tanto de forma
local como regional, assumindo o controle
direto das fábricas, empresas, comércios (os
quais se tornaram pontos de distribuição
popular), campos. Com a descentralização do
poder burguês, capitalista e burocrático,
surge a forma de democracia direta, sem que
se espere que os governos façam tudo, pois
na verdade, só dificultam a participação
popular e o controle direto da sociedade. A
abolição do Estado é um dos primeiros
passos para o efetivo controle por parte da
sociedade de sua vida plena. A abolição do
Estado não é o fim das responsabilidades,
mas é o começo do controle direto de nossa
gente sobre sua vida, sem enrolação,
exploração ou opressão.
A autogestão não é uma solução
maravilhosa, mas o começo de um processo
histórico com várias fases, cada uma delas
com mais participação dos trabalhadores,
dos consumidores, dos cidadãos, das
autoadministrações, nas empresas, nos
campos, nas federações de ramos de
produção e de serviços (com a contribuição
anarcossindicalista), nas confederações
nacionais e internacionais.
Desta maneira, as superestruturas políticas
de dominação vão se convertendo em
infraestruturas de democratização, pois a
autoadministração econômica e política
constituirá o governo das coisas, mas não
sobre os homens.
Carregamos um novo mundo em nossos corações enão será o seu imobilismo que impedirá de
florescer, podem impedir uma semente de germinar,mas não milhões sem classe, sem opressão, sem
exploração, sem Estado, sem partidos, sem patrões!