ausência de assinatura no recurso

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Ausência de assinatura no recurso Há certa polêmica acerca da questão relativa à assinatura do recurso. Segundo Humberto Theodoro Junior, a ausência de assinatura do advogado na petição de interposição do recurso especial não constitui vício insanável do ato processual, sendo necessário observar o princípio da instrumentalidade das formas, segundo o qual deve ser aproveitado o ato que atingir sua finalidade, embora praticado sem respeitar as formalidades previstas, desde que não haja prejuízo à outra parte. Assim, havendo dúvida sobre a autoria, deve o magistrado intimar o recorrente para sanar o defeito, porquanto cuida-se de falha sanável (A irregularidade da petição recursal não assinada) . De fato, essa é a jurisprudência do STJ no que diz respeito aos recursos interpostos nas instâncias ordinárias. Contudo, em se tratando de recurso na instância especial, o STJ entende que é inexistente o recurso apócrifo, não sendo possível inclusive a abertura de prazo para sanar o defeito. Nesse sentido: AgRg nos EREsp 613.386/MG, Corte Especial, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 23/06/2008 e AgRg no Ag 660.368/SP, Corte Especial, Rel. Min. Luiz Fux, Rel. p/ Acórdão Min. João Otávio de Noronha, DJ 08/10/2007) Por sua vez, havendo assinatura na petição de interposição do recurso especial, mas não nas razões recursais, ou vice-versa, não ocorrerá a ineficácia absoluta, correspondente à inexistência do recurso, ante a aplicação do princípio da instrumentalidade (AgRg no Ag 812.508/SP, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 05/05/2008 e AgRg no REsp 422.177/DF, 3ª Turma, Rel. Min. Ari Pargendler, DJ 01/02/2006)

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Ausência de Assinatura No Recurso

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Ausncia de assinatura no recurso H certa polmica acerca da questo relativa assinatura do recurso. Segundo Humberto Theodoro Junior, a ausncia de assinatura do advogado na petio de interposio do recurso especial no constitui vcio insanvel do ato processual, sendo necessrio observar o princpio da instrumentalidade das formas, segundo o qual deve ser aproveitado o ato que atingir sua finalidade, embora praticado sem respeitar as formalidades previstas, desde que no haja prejuzo outra parte. Assim, havendo dvida sobre a autoria, deve o magistrado intimar o recorrente para sanar o defeito, porquanto cuida-se de falha sanvel (A irregularidade da petio recursal no assinada) . De fato, essa a jurisprudncia do STJ no que diz respeito aos recursos interpostos nas instncias ordinrias.Contudo, em se tratando de recurso na instncia especial, o STJ entende que inexistente o recursoapcrifo, no sendo possvel inclusive a abertura de prazo para sanar o defeito. Nesse sentido: AgRg nos EREsp 613.386/MG, Corte Especial, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 23/06/2008 e AgRg no Ag 660.368/SP, Corte Especial, Rel. Min. Luiz Fux, Rel. p/ Acrdo Min. Joo Otvio de Noronha, DJ 08/10/2007)Por sua vez, havendo assinatura na petio de interposio do recurso especial, mas no nas razes recursais, ou vice-versa, no ocorrer a ineficcia absoluta, correspondente inexistncia do recurso, ante a aplicao do princpio da instrumentalidade (AgRg no Ag 812.508/SP, 1 Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 05/05/2008 e AgRg no REsp 422.177/DF, 3 Turma, Rel. Min. Ari Pargendler, DJ 01/02/2006)