aulas de lab. de transformadores

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  • 7/24/2019 Aulas de Lab. de Transformadores

    1/42

    Faculdade Patos de Minas

    Departamento de Engenharia Eltrica

    Roteiro para Laboratorio de:

    Transform

    adore

    s

    Aulas Praticas e Ensaios

    Prof.: Thiago Vieira da Silva

    27 deagostode2013

    Primeira Edio

  • 7/24/2019 Aulas de Lab. de Transformadores

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    Sumario

    Sumario ii

    1 Ensaio para Determinacao da Rigidez Dieletrica do Oleo Isolante 31.1 Coleta da amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.2 Preparacao do ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.3 Realizacao do Ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    2 Verificacao da Corrente a Vazio e da Corrente Transitoria (INRUSH) 82.1 Componentes do Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.2 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.3 Esquema de Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.4 Obtencao da Corrente a Vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    2.4.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente a Vazio . . . . . . . . 102.5 Obtencao da Corrente Transitoria (INRUSH). . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    2.5.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente Transitoria . . . . . . 102.6 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    3 Ensaio em Vazio de um Transformador Trifasico 123.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123.2 Esquema de Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.3 Levantamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    4 Ensaio em Curto-Circuito de um Transformador Trifasico 174.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174.2 Esquema de Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    ii

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    SUMARIO iii

    4.3 Levantamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184.3.1 Efetuando Ensaio com Corrente Reduzida . . . . . . . . . . . . . . 19

    4.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214.6 Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    5 Ensaio para a Determinacao do Rendimento e Regulacao do Transforma-

    dor 225.1 Rendimento do Transformador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    5.1.1 Rendimento em Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235.2 Regulacao de Tensao em Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245.3 Preparacao do Ensaio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    5.3.1 Execucao do Ensaio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.5 Conclusoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    6 Determinacao da Polaridade e Defasamento Angular de Transformadores

    Trifasicos 286.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286.2 Determinacao da Polaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296.3 Determinacao do Defasamento Angular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    6.3.1 Defasamento Angular: Comparacao das Tensoes . . . . . . . . . . . 30

    6.3.2 Defasamento Angular: Metodo do Golpe Indutivo . . . . . . . . . . 326.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336.5 Conclusoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    7 Operacao em Paralelo de Transformadores 347.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347.2 Ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357.3 Paralelismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 387.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    FPM - Ensaio em Transformadores 27 de Agosto de 2013

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    Apresentacao

    Ao corpo discente

    A disciplina TRANSFORMADORES, obrigatoria no currculo do curso de Engenharia

    Eletrica da Universidade Federal de Uberlandia, e uma disciplina e carater especfico e parte

    de um conjunto de disciplinas que compoem juntamente com Conversao de Energia, Ma-

    quinas Eletricas, Maquinas Sncronas e Projeto de Maquinas, o leque de disciplinas basicas

    para a formacao de um profissional competente, com enfase em Sistemas de Potencia.

    As aulas de Laboratorio ficam reservadas as discussoes de aspecto pratico dos transfor-

    madores tais como: ensaios de rotina, de tipo e cuidados especficos desde a manutencao

    de transformadores de distribuicao.Serao enfocados ate os cuidados especiais com sofisticados transformadores hoje utili-

    zados nas mais modernas instalacoes em Extra-Alta Tensao.

    O nosso intuito e fornecer a voce, nosso estudante, uma ferramenta para aprimorar a

    sua capacidade de crtica construtiva, sua iniciativa e sua criatividade, virtudes sem as

    quais nao existe o profissional de qualidade em Engenharia Eletrica.

    E nosso desejo que trabalhando em conjunto de forma cooperativa nesta disciplina, pos-

    samos todos aprender muito e estimular a criacao de um profissional competente, desen-

    volvendo um curso de qualidade e construindo uma Universidade que prima pela seriedade

    e pelo trabalho.

    Uberlandia, 10 de agosto de 2010

    prof.: Adalton Lima de Aguiar

    prof.: Jose Roberto Camacho

    1

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    Roteiro para Elaboracao de RelatoriosDurante as aulas de laboratorio, realizaremos uma serie de procedimentos e ensaios em

    transformadores de potencia.

    Nos captulos seguintes encontram-se os procedimentos, materiais e ferramentas para

    os ensaios. Cabera ao professor discursar a respeito do referido ensaio e do manuseio das

    ferramentas. Ao aluno, cabera realizar o ensaio conforme os procedimentos zelando de

    sua seguranca e dos demais colegas afim de evitar acidentes, bem como zelar para com osmateriais e ferramentas disponveis para a realizacao do ensaio. Cabe tambem ao aluno a

    confeccao de um relatorio completo referente a aula.

    Ao fazer os relatorios o aluno deve proceder como se estivesse fazendo um relatorio

    para seu chefe na empresa em que trabalha. Logo, e de se supor que os mesmos dever ao

    ter coerencia, aparencia, capricho, e o mais importante, devem estar corretos.

    Cada relatorio devera conter obrigatoriamente estes tens nesta sequencia:

    0. Capa (cabecalho, numero e nome do ensaio, nome do aluno, matrcula, data);

    1. Ttulo;

    2. Objetivos; (0,1 pontos)

    3. Introducao Teorica; (0,4 pontos)

    4. Preparacao:

    (a) Materiais e ferramentas; (0,1 pontos)

    (b) Montagem; (0,1 pontos)

    5. Analise de Seguranca; (0,1 pontos)

    6. Calculos e analise dos Resultados; (0,2 pontos)

    7. Questoes; (0,8 pontos)

    8. Conclusao. (no mnimo 10 linhas) (0,2 pontos)

    9. Referencias Bibliograficas.

    2

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    Laboratorio: Aula1Ensaio para Determinacao da Rigidez

    Dieletrica do Oleo Isolante

    Uma das principais funcoes do oleo em transformadores esta relacionada com a sua

    rigidez dieletrica1.

    Para a execucao deste ensaio sao necessarios:

    Analisador portatil de rigidez dieletrica;

    Amostras do oleo isolante do transformador;

    1.1 Coleta da amostra

    Alguns cuidados devem ser tomados para a coleta da amostra do oleo a ser testado,

    afim de evitar a contaminacao do mesmo, e sao definidos pela Norma Brasileira intitulada:

    NBR-7037 Recebimento, Instalacao e Manutencao de Transformadores, a saber:

    1. Usar um recipiente de vidro transparente com capacidade de aproximadamente 1

    litro, que deve ser previamente lavado com alcool e benzina.

    2. Esse recipiente deve ser seco e em seguida enxaguado com o proprio oleo a ser testado.

    3. Recomenda-se que a rolha do mesmo seja de vidro esmerilhado e que apos a lavagem

    com alcool e benzina, seja levada a estufa para secagem de 100oC.

    4. De preferencia, deve-se mergulhar a rolha em parafina.

    1Capacidade de isolamento

    3

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    1.2 Preparacao do ensaio 4

    5. Os demais recipientes (copos, funis, tubos e depositos) se possvel, devem ser de vidro

    e devem ser submetidos ao mesmo processo de limpeza e secagem.

    6. Limpar cuidadosamente a valvula de drenagem evitando o uso de panos e estopas.

    7. Abrir a valvula de drenagem existente no fundo do tanque do transformador, dei-

    xando escorrer aproximadamente 12

    litro pela mesma antes de coletar a amostra. Isto

    permitira a limpeza do sistema de drenagem propriamente dito.

    8. Encher devidamente o recipiente com oleo, sem usar jato forte, para evitar a formacao

    de espumas e bolhas.

    9. Nao deve ser permitida tambem, a entrada de qualquer impureza.

    10. Se o ensaio nao puder ser feito no proprio local, a amostra devera ser guardada em

    vidro especialmente preparado, evitando o maximo possvel o contato com o ar.

    11. Antes do ensaio o oleo deve ser suavemente agitado, afim de que o conteudo seja

    homogeneizado.

    12. A coleta do oleo nao devera ser efetuada quando a temperatura ambiente for supe-

    rior a do oleo, para evitar-se a absorcao de umidade pelo oleo, ja que esta tende a

    condensar-se em superfcie mais fria, nem tampouco com o ar ambiente agitado ouempoeirado.

    13. Nao colocar o dedo no receptaculo e nem deixar cair nele suor, respingos ou corpos

    estranhos.

    1.2 Preparacao do ensaio

    Atentando aos cuidados para a coleta da amostra citados na secao 1, o procedimento

    para a realizacao do ensaio vem a seguir:

    A tensao maxima do ensaio depende do equipamento. Seu valor mnimo deve ser de35 kV.

    O analisador deve possuir dispositivos de seguranca adequados.

    Retirar a cuba de prova do analisador portatil e lava-la, juntamente com os eletrodos,com uma parte do oleo de amostra. Neste momento verifique se o espacamento entre

    as placas e o tabelado pelas normas (0,1 polegada).

    UFU-Laboratorio de Transformadores 3aed. 10 de agosto de 2010

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    1.3 Realizacao do Ensaio 5

    Encher a cuba de oleo, ate cerca de 1 cm acima dos eletrodos. Evitar que o oleoborbulhe.

    Dar uma movimentacao branda de vaivem no oleo da cuba, para facilitar a sada deeventuais bolhas de ar.

    Colocar a cuba de volta no analisador e deixa-la repousar por aproximadamente3 minutos, para que ela fique isenta de bolhas e iguale sua temperatura a do ambiente.

    Nao colocar o dedo no receptaculo e nem deixar cair nele suor, respingos ou corposestranhos.

    Apos estas providencias, o ensaio estara pronto para ser realizado. Abaixar a tampa de seguranca, sem o que o ensaio nao podera ser feito.

    1.3 Realizacao do Ensaio

    Verificar se a tensao de suprimento coincide com a indicada na placa do analisador.

    Ligar a tomada do analisador, girando o potenciometro (reostato), para a posicao m-

    nima. Podera existir uma lampada piloto que devera estar acesa indicando que o circuito

    esta pronto para operacao.Girar o potenciometro, caso o analisador seja manual, na direcao aumentar, de maneira

    a obter uma variacao gradual da tensao de ensaio, da ordem de 3 kV/segundo.

    Alguns analisadores possuem dispositivo automatico que efetuam esta operacao sem

    intervencao do operador.

    Observar no voltmetro, a tensao de interrupcao quando houver o arco e, consequen-

    temente, ocorrer abertura do disjuntor eletrico instantaneo automatico. Este devera ser o

    valor anotado para o ensaio.

    Se houver um miliampermetro, anotar a corrente de fuga atraves do dieletrico.

    Voltar o reostato para a posicao mnima e aguardar 3 minutos para a repeticao do

    ensaio.

    Repetir o ensaio 5 vezes, anotando as respectivas leituras.

    Esvaziar a cuba, lava-la com oleo e enche-la com nova porcao da mesma amostra e

    repetir as operacoes.

    Preencher a tabela abaixo com as 15 leituras aguardando 3 minutos entre cada medicao:

    UFU-Laboratorio de Transformadores 3aed. 10 de agosto de 2010

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    1.3 Realizacao do Ensaio 6

    Leitura Porcao 1 Porcao 2 Porcao 3 Media

    1a

    2a

    3a

    4a

    5a

    Media

    A media geral (ultima coluna a direita) sera a rigidez dieletrica do oleo ensaiado. Este

    valor deve ser comparado com os da tabela a seguir para sua classificacao. Esta tabela e

    somente uma indicacao da qualidade do oleo, algumas empresas consideram o oleo aceitavel

    somente com rigidez dieletrica acima de 35 kV/0,1 pol.

    Rigidez Dieletrica Situacao do Oleo

    (kV/0,1 pol) Isolante

    Acime de 35 Excelente

    de 30 a 35 Muito Bom

    de 25 a 30 Bom

    de 20 a 25 Satisfatorio

    de 15 a 20 Duvidoso, recomendado a filtragem

    abaixo de 15 Regeitado, indispensavel a filtragem

    Apos o ensaio com o oleo, esvaziar a cuba e, usando o ar como dieletrico entre as placas,medir a rigidez dieletrica do mesmo e comparar o resultado obtido com o do oleo ensaiado.

    Rigidez Dieletrica

    Oleo Ensaiado Ar

    (kV /0, 1pol) (kV /0, 1pol)

    UFU-Laboratorio de Transformadores 3aed. 10 de agosto de 2010

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    1.4 Questoes 7

    1.4 Questoes

    1. Comparar o oleo das amostrar e o ar, quanto a sua capacidade de isolamento eletrico.

    2. O ar poderia substituir o oleo nos tanques dos transformadores? Por que isto nao e

    feito nos transformadores de medio e grande porte?

    3. Justificar as grandes divergencias entre os diversos valores de rigidez dieletrica para

    uma mesma amostra, caso existam.

    4. Efetuar o diagnostico do oleo com base nos resultados finais.

    5. Explique a razao da observancia de intervalo de tempo entre as diversas medidas de

    rigidez dieletrica do oleo.

    6. O que ocorreria se a distancia entre os eletrodos fosse reduzida pela metade? Os

    valores assim medidos, poderiam ser usados para analise do oleo sob a luz da teoria

    vista?

    7. A rigidez dieletrica do oleo isolante e afetada pela ocorrencia de uma fasca no mesmo?

    No instante da fasca, qual e o valor da rigidez? O que acontece com ela apos a

    extincao da fasca? Em que condicoes isso nao ocorre?

    8. Qual a forma dos eletrodos recomendada pelas normas? Haveria diferenca dos valores

    obtidos se os eletrodos fossem pontiagudos? Por que?

    9. Quais as vantagens e desvantagens do Askarel em relacao aos oleos minerais?

    10. Explicar o princpio e a aplicacao do Rele Buchholz.

    1.5 Conclusao

    Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio para a deter-

    minacao da rigidez dieletrica do oleo executado em laboratorio e sobre a importancia dos

    parametros obtidos durante o teste.

    UFU-Laboratorio de Transformadores 3aed. 10 de agosto de 2010

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    Laboratorio: Aula2Verificacao da Corrente a Vazio e daCorrente Transitoria (INRUSH)

    A corrente a vazio e um parametro importante, pois define a energia consumida pelo

    transformador quando opera sem carga e ainda fornece a energia necessaria para a magne-

    tizacao do seu circuito magnetico. A forma de onda da corrente em vazio tambem indica

    o nvel de saturacao do nucleo magnetico do transformador.

    Ja a corrente transitoria (de INRUSH) pode ser qualificada como um fator na qualidade

    de fabricacao de um determinado transformador. A corrente transitoria pode inviabilizar

    a aplicacao de um determinado esquema de protecao do circuito eletrico ao qual pertenceo transformador.

    2.1 Componentes do Transformador

    As principais partes componentes de um transformador de distribuicao tpicos sao:

    tanque com aletas de refrigeracao;

    oleo isolante e refrigerante (oleo mineral); as buchas de alta e baixa tensao;

    nucleo magnetico;

    taps das bobinas do transformador (manual ou automatico);

    os enrolamentos de alta e baixa tensao;

    papel isolante envolvendo os condutores (bobinas) e as cabecas das bobinas.

    8

  • 7/24/2019 Aulas de Lab. de Transformadores

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    2.2 Preparacao 9

    2.2 Preparacao

    Sera utilizado um transformador monofasico, para a visualizacao da forma de onda dacorrente em vazio do transformador.

    Prepare portanto o seguinte material:

    1 transformador monofasico;

    1 varivolt monofasico;

    1 osciloscopio com memoria;

    1 reostato;

    1 chave on-off.

    2.3 Esquema de Montagem

    Varivolt 1 Transformador 1

    H2

    H1

    X2

    X1

    Osciloscpio

    Resistor

    Figura 2.1: Montagem para obtencao da Corrente a Vazio

    Neste estagio nao se preocupe com valores medidos, mas sim em entender o porque das

    formas de onda obtidas.

    Execute a montagem da aula de laboratorio seguindo o esquema da figura 2.1. De

    acordo com o esquema o transformador devera estar operando em vazio.

    Observe que na figura2.1temos um resistor em serie com o circuito, e as ponteiras do

    osciloscopio medindo seus terminais. Devemos proceder desta forma pois sabemos que as

    ponteiras comuns dos osciloscopios medem tensao, logo para conseguirmos uma forma de

    onda de corrente proporcional a tensao (lei de Ohm), devemos medir os terminais de um

    resistor.

    UFU-Laboratorio de Transformadores 3aed. 10 de agosto de 2010

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    2.4 Obtencao da Corrente a Vazio 10

    2.4 Obtencao da Corrente a Vazio

    Sabemos que as ponteiras de medicao de osciloscopios comuns medem tensao, logo, paraobtencao da corrente, devemos fazer uso da lei de ohm (V =R i). Com as ponteiras doosciloscopio medindo a diferenca de potencial nos terminais do resistor, veremos na tela do

    osciloscopio uma forma de onda identica1 a forma de onda de corrente.

    2.4.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente a Vazio

    Aumente gradualmente a tensao a partir de zero no varivolt e observe a forma de onda

    registrada no osciloscopio.

    1. O que se pode observar na forma de onda para as tensoes de excitacao mais baixas?

    E para as mais altas? Em que situacao a onda e mais distorcida?

    2. Desenhe as formas de onda observadas, para uma excitacao mais baixa e mais alta,

    respectivamente. O que representa esta onda de tensao observada no osciloscopio?

    2.5 Obtencao da Corrente Transitoria (INRUSH)

    Desligue a alimentacao do circuito do transformador (chave em OFF), com o varivoltem um valor que forneca uma corrente em vazio razoavel.

    Prepare o recurso de gravacao e memoria do osciloscopio para que possamos obter a

    corrente transitoria.

    Ligue a chave on-off e verifique a forma de onda capturada pelo osciloscopio no momento

    em que o circuito foi ligado. Esta corrente e denominada Corrente Transitoria (INRUSH),

    pois ocorre somente no momento de chaveamento do circuito.

    2.5.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente Transitoria

    1. O que pode se observar a respeito da corrente transitoria no instante em que o

    transformador foi ligado em vazio?

    2. O que pode se observar a respeito da corrente transit oria alguns ciclos apos seu

    chaveamento?

    1Podemos dizer que a forma de onda de corrente que passa por um resistor e identica a forma de onda

    de tensao desde que consideremos o resistor como sendo puramente resistivo.

    UFU-Laboratorio de Transformadores 3aed. 10 de agosto de 2010

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  • 7/24/2019 Aulas de Lab. de Transformadores

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    Laboratorio: Aula3Ensaio em Vazio de um TransformadorTrifasico

    Em um ensaio em vazio1, como o proprio nome diz, o transformador e ensaiado sem

    carga.

    Os objetivos do teste em vazio do transformador trif asico sao:

    Determinar as perdas no nucleo por histerese e Foulcault (perdas no ferro);

    Determinar a corrente em vazio Io;

    Determinar a relacao de transformacao de placa (K) e a relacao do numero de espiras(Kn);

    Determinar os parametros do ramo magnetizante.

    3.1 Preparacao

    Prepare portanto o seguinte material:

    1 transformador trifasico; 3 ampermetros com escalas apropriadas;

    1 voltmetro com escala apropriada;

    2 wattmetros de escalas apropriadas;

    1 varivolt trifasico.1Nao confunda este ensaio com o experimento da aula2. Nesta aula3,realizaremos um ensaio em vazio

    do transformador, e na aula 2, foram realizadas apenas medicoes e oscilografias.

    12

  • 7/24/2019 Aulas de Lab. de Transformadores

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    3.2 Esquema de Montagem 13

    3.2 Esquema de Montagem

    Varivolt 3

    A

    B

    C

    NTransformador 3

    X3

    X2

    H3

    H2

    X1 H1Amp

    Amp

    Amp

    Volt

    Watt

    A

    V

    Watt

    A

    V

    Figura 3.1: Montagem para obtencao do Ensaio em Vazio

    Lembre-se que a notacaoH1,H2 e H3 refere-se aos terminais da alta tensao e queX1,

    X2 e X3 referem-se aos terminais da baixa tensao. Veja que os terminais H1, H2 e H3

    estao em vazio (sem carga) neste ensaio.

    3.3 Levantamento de Dados

    Sera utilizado para a realizacao do teste em vazio, um transformador trifasico com as

    seguintes caractersticas:

    Potencia Nominal Tensao Tensao Frequencia Ligacao Ligacao

    (Pn) (AT) (BT) (Hz) (AT) (BT)

    Neste estagio os valores medidos sao muito importantes, todo cuidado deve ser to-

    mado durante a leitura de tensoes, correntes e potencias. Execute a montagem da aula de

    laboratorio seguindo o esquema da figura3.1.

    De acordo com o esquema, o transformador trifasico devera estar operando todo o

    tempo em vazio.

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    17/42

    3.4 Questoes 14

    Aplicando tensao nominal ao enrolamento de baixa tensao, efetuar as medicoes abaixo:

    V n I01 I02 I03 W01 W02

    (V) (A) (A) (A) (W) (W)

    Sabemos que W0=W02+W01, mas fique atento ao valor lido nos wattmetros e conserve

    o sinal positivo ou negativo medido.

    A fim de determinar a relacao de transformacao do transformador sob teste, aplicar

    uma tensao reduzida ao enrolamento de alta tensao, anotando os valores:

    VAT VBT

    (V) (V)

    3.4 Questoes

    1. Com os dados de VAT e VBT, determine os valores de K:

    KPlaca Kn KEnsaiado

    (Fornecido na Placa)

    Kn = N1N2

    KEnsaiado=

    VATVBT

    2. Com os valores obtidos na secao3.3, calcule a corrente de magnetizacao I0 (na linha

    e na fase), a potencia perdida a vazio por fase e a tensao de alimentacao na fase,

    obedecendo a conexao do enrolamento de baixa tensao.

    I0Linha=I01+I02+I03

    3 W0Fase=

    W03

    I0Linha I0Fase W0Fase VFase

    (A) (A) (W) (V)

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    18/42

    3.4 Questoes 15

    3. Calcular os parametros do ramo magnetizante, por fase, para as representacoes serie

    e paralela do circuito equivalente, o fator de potencia a vazio e as correntesI0p eI0q.

    W0Fase=VFase I0Fase cos(0)

    I0p=W0Fase

    VFase I2

    0Fase=I2

    0p+I2

    0q

    Para circuito equivalente serie:

    Rms=W0Fase

    I20Fase

    Zm= VFaseI0Fase

    Zm2 =Rm2s+ Xm2s

    Para circuito equivalente paralelo:

    Zm= VFaseI0Fase

    Rmp=W0Fase

    I20p

    Xmp=VFase

    I0q

    cos(0) I0p I0q Zm Rms Xms Rmp Xmp

    (A) (A) () () () () ()

    4. Determinar a porcentagem da corrente de magnetizacao em relacao a corrente nomi-

    nal do transformador:

    Corrente Nominal do T ransformador InLinha= W n3 V nLinha

    InLinha InFase I0Fase I0% de InFase

    (A) (A) (A) (%)

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    19/42

    3.5 Conclusao 16

    5. Por que uma das correntes obtidas pelos ampermetros nao apresenta o mesmo valor

    das outras duas?

    6. Por que o ensaio em vazio deve ser realizado alimentando-se o enrolamento de baixa

    tensao?

    7. Justificar a diferenca entre os tres valores de K (Kn,KPlaca, KEnsaiado) e definir cada

    um deles.

    8. Com base nos dados do teste em vazio e na sua capacidade de julgar os resultados

    o que e melhor para o sistema de energia eletrica equipado com muitos transfor-

    madors: transformadors operando sempre com muita folga (superdimensionados) ou

    transformadores operando no limite de sua capacidade? Explique.

    9. Desenhe o circuito equivalente do transformador (ramo serie e ramo paralelo), consi-

    derando somente a parte magnetica. Inserir nos desenhos os valores calculados.

    3.5 Conclusao

    Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio em vazio, e sobre

    as importancias deste ensaio.

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    Laboratorio: Aula4Ensaio em Curto-Circuito de umTransformador Trifasico

    Em um ensaio em curto-circuito, o transformador e submetido a curto-circuito trifasico,

    e aumenta-se a tensao gradativamente ate atingir a corrente nominal. Logo, este ensaio

    simula transformador com carga maxima.

    Os objetivos do ensaio em curto-circuito do transformador trifasico sao:

    Determinar as perdas no cobre (nos condutores que compoem as bobinas).

    Determinar a impedancia, resistencia e reatancia percentuais. Determinar a queda de tensao interna.

    4.1 Preparacao

    Prepare portanto o seguinte material:

    1 transformador trifasico;

    3 ampermetros com escalas apropriadas;

    1 voltmetro com escala apropriada;

    2 wattmetros de escalas apropriadas;

    1 varivolt trifasico.

    17

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    21/42

    4.2 Esquema de Montagem 18

    4.2 Esquema de Montagem

    Varivolt 3

    A

    B

    C

    NTransformador 3

    H3

    H2

    X3

    X2

    H1 X1Amp

    Amp

    Amp

    Volt

    Watt

    A

    V

    Watt

    A

    V

    Figura 4.1: Montagem para obtencao do Ensaio em Curto-Circuito

    Lembre-se que a notacaoH1,H2 e H3 refere-se aos terminais da alta tensao e queX1,

    X2 e X3 referem-se aos terminais da baixa tensao. Veja que os terminaisX1, X2 e X3

    estao em curto-circuito neste ensaio.

    4.3 Levantamento de Dados

    Sera utilizado para a realizacao do teste em curto-circuito, um transformador trifasico

    com as seguintes caractersticas:

    Potencia Nominal Corrente Nominal Tensao Tensao Frequencia Ligacao Ligacao

    (Pn) (In) (AT) (BT) (Hz) (AT) (BT)

    Neste estagio os valores medidos sao muito importantes, todo cuidado deve ser to-

    mado durante a leitura de tensoes, correntes e potencias. Execute a montagem da aula de

    laboratorio seguindo o esquema da figura4.1.

    Apos calculada a corrente nominal do transformador, aumente a tensao gradativamente,

    e anote tensao e corrente ate atingir a corrente nominal.

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    4.3 Levantamento de Dados 19

    Vcc Icc1 Icc2 Icc3

    (V) (A) (A) (A)

    4.3.1 Efetuando Ensaio com Corrente Reduzida

    Caso nao seja possvel fazer circular pelos enrolamentos do transformador, a sua corrente

    nominal obtenha os valores abaixo, para um valor reduzido de corrente:

    In Icc W cc1 W cc2 W cc

    (A) (A) (W) (W) (W)

    Efetue as devidas correcoes e obtenha os valores nominais da tensao e da potencia de

    curto-circuito:

    Icc V cc V ccn W ccn

    (A) (V) (V) (W)

    In= P n

    3 V n

    V ccn=V cc In

    Icc W ccn=

    In2

    Icc2 W cc

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    23/42

    4.4 Questoes 20

    4.4 Questoes

    1. Construa a curva caracterstica de curto-circuito V cc= f(Icc).

    2. Faca um comentario sobre a curva obtida. Qual a sua aplicacao no ensaio em curto-

    circuito?

    3. Calcule a porcentagem da tensao primaria de curto-circuito, relativamente a tensao

    primaria nominal:

    V n V cc V cc% de V n

    (V) (V)

    4. Calcule o valor da impedancia Z, da resistencia R e da reatancia X percentuais,

    efetuando as devidas correcoes para 75oC.

    R X Z R75oC Z75oC

    (%) (%) (%) (%) (%)

    R% =W cc

    W n 100% Z% = V cc

    V n 100%

    X% =

    Z%2 R%2

    R75oC=R

    1

    + 75oC1

    + amb

    1

    cobre= 234, 5

    5. Determine para o transformador ensaiado, as perdas adicionais e as perdas nos enro-

    lamentos.

    W0 Wad= 20% de W0 W ccn Wenrolamento

    (W) (W) (W) (W)

    6. Compare as perdas nos enrolamentos com as a vazio e tire suas conclusoes sobre o

    transformador sob teste.

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    4.5 Conclusao 21

    7. Enumere as vantagens e desvantagens de um transformador que tenha um valor muito

    alto de V1cc.

    8. Segundo a ABNT, quais sao os valores normais de V1cc

    9. Analisar a diferenca dos resultados desprezando-se ou nao as perdas adicionais.

    10. Durante o ensaio em curto, o que acontece com a inducao no nucleo do transformador?

    Por que?

    4.5 Conclusao

    Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio em curto-circuito

    de um transformador trifasico executado em laboratorio e sobre a importancia dos para-

    metros obtidos durante o teste.

    4.6 Anexo

    Figura 4.2: Propriedades dos Materiais

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    Laboratorio: Aula5Ensaio para a Determinacao doRendimento e Regulacao doTransformador

    5.1 Rendimento do Transformador

    Por definicao, Rendimento e a relacao entre a potencia de sada P2 e a potencia de

    entradaP1, normalmente expressa em porcentagem, como mostra a equacao5.1.

    % = P2P1

    100% (5.1)

    O calculo do rendimento pode ser feito usando-se as medidas das duas potencias. Entre-

    tanto, nos transformadores, os valores dos rendimentos, sao muito altos, fazendo com que

    os valores medidos sejam muito proximos e sua diferenca supera frequentemente a classe

    de precisao dos instrumentos de medida. Nestes casos, e comum utilizar-se um processo

    indireto.

    O rendimento depende obviamente, dos valores da carga e do seu fator de potencia.

    O rendimento fornecido pelo fabricante, segundo a ABNT, deve ser referente a sua carga

    nominal com fator de potencia unitario.

    A equacao5.2permite o calculo do rendimento pelo processo indireto.

    % = V2 I2 cos()

    V2 I2 cos() +R2 I22 +P0+Pad 100% (5.2)

    22

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    5.1 Rendimento do Transformador 23

    Onde:

    V2 I2 cos() e a potencia P2 de sada; R2 I2 corresponde as perdas em curto-circuito;

    P0 corresponde as perdas em vazio;

    Pad sao perdas adicionais diversas alem das citadas, que correspondem a apro-ximadamente 20% de P0, logo: P0+Pad= 1, 2 P0.

    Nesta aula, usaremos o processo direto para a medicao do rendimento, utilizando como

    cargas tres resistores.

    5.1.1 Rendimento em Energia

    As empresas de energia eletrica calculam o rendimento em energia diario dos transfor-

    madores, consideram o rendimento emnintervalos de tempo de potencia aproximadamente

    constante (no intervalo de tempo n), sendo que h e medido em horas (rendimento diario)

    para cada intervalo.

    A expressao para o rendimento diario em energia sera dada pela equacao5.3.

    % =

    nV2 I2 cos() h

    nV2 I2 cos() h+

    nR2 I22 h+ 1, 2 P0 24

    100% (5.3)

    Sendo:

    E2h=n

    V2 I2 cos() h Energia de sada no intervalo de tempo n;

    Ecc =

    n

    R2 I22

    h

    Energia do ensaio em curto-circuito (Pcc) para o intervalo

    de tempon;

    P0 perdas em vazio, que ocorrem durante as 24 horas do dia.

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    5.2 Regulacao de Tensao em Transformadores 24

    5.2 Regulacao de Tensao em Transformadores

    A Regulacao de Tensao e a variacao da tensao na sada do transformador quando acarga nominal e retirada. Ela indica portanto, a capacidade do transformador de manter

    tensao estavel com a variacao da carga desde vazio ate plena carga. Normalmente, seu

    valor e fornecido em porcentagem da tensao nominal de sada.

    Reg% =E2 V2

    V2 100[%] (5.4)

    Sendo que:

    Reg%

    Regulacao percentual;

    E2 tensao a vazio;

    V2 tensao com carga nominal.

    Da teoria vista em sala, sabe-se que a regulacao depende tambem do valor da carga

    (corrente) e do tipo de carga (indutivo ou capacitivo) e do valor do seu fator de potencia.

    A regulacao fornecida pelos fabricantes refere-se as condicoes nominais de carga com

    fator de potencia unitario.

    Devemos saber que a melhor regulacao deve ser proxima de zero. Quanto maior a

    regulacao, pior e a variacao de tensao no secundario do transformador, e esta variacao nao

    pode ser grande.

    5.3 Preparacao do Ensaio

    Sera necessario para este ensaio os seguintes equipamentos:

    1 Transformador Trifasico;

    2 Voltmetros;

    6 Ampermetros;

    4 Wattmetros;

    1 Varivolt Trifasico;

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    5.3 Preparacao do Ensaio 25

    3 Reostatos;

    Fios e cabos para as ligacoes.Registrar os dados de placa do transformador a ser ensaiado e calcular as correntes nominais

    do mesmo. Efetuar a montagem conforme diagrama 5.1.

    Varivolt 3

    A

    B

    C

    NTransformador 3

    H3

    H2

    X3

    X2

    H1 X1Amp

    Amp

    Amp

    Volt

    Watt

    A

    V

    Watt

    A

    V

    Amp

    Amp

    Amp

    Volt

    Watt

    A

    V

    Watt

    A

    V

    Reostato

    Reostato

    Reostato

    Figura 5.1: Esquema de ligacao para ensaio de Rendimento e Regulacao

    5.3.1 Execucao do Ensaio

    1. Colocar uma carga variavel no secundario do transformador e alimenta-lo com tensao

    nominal no primario.

    2. Registrar a tensao no secundario com carga zero.

    3. Variar a carga com fator de potencia constante, com valores de I2 medidos de 0,5 em

    0,5 Ampere, ate atingir a corrente nominal I2n.

    4. Para cada valor deI2lido, registrar as diversas leituras dos instrumentos, preenchendo

    a tabela5.1.

    5. Calcular o Rendimento e a Regulacao para cada valor de I2.

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    5.4 Questoes 26

    Tabela 5.1: Tabela a ser preenchida e calculada para obtencao do Rendimento e Regulacao

    do transformador

    I2 V2 W3 W4 P2 I1 V1 W1 W2 P1 Reg% %

    5.4 Questoes

    1. Com os dados obtidos no ensaio(tabela5.1), tracar para o transformador em questao

    a curva do rendimento em funcao da carga (% xI2 ou % xfc).

    2. Analise o grafico da questao anterior em relacao a carga, verificando o comportamento

    do transformador em vazio, a meia carga e com carga maxima.

    3. Se voce fosse o engenheiro responsavel, qual o regime de carga voce recomendaria

    para este transformador trabalhar a maior parte do dia?

    4. Classificar o transformador pela curva obtida (forca ou distribuicao).

    5. Desenhe uma curva de carga diaria hipotetica de um transformador. Faca a analise de

    rendimento com base nesta curva e na expressao para o rendimento diario em energia

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    5.5 Conclusoes 27

    fornecida pelo transformador. (Nao se esqueca que o carregamento do transformador

    se altera ao longo de um dia de funcionamento e que as perdas a vazio sao constantes).

    6. Utilizando a mesma montagem, determinar os valores deR2,X2eZ2do transforma-

    dor em uso.

    7. Utilize os valores deR2, X2 eZ2, para o calculo da regulacao pelos metodos: grafico

    (Desenhe o diagrama de Kapp do transformador) e analtico (Calcule a regulacao:

    Reg% = Z% fc cos(i c)). Lembre-se que o fator de potencia para cargasresistivas e unitario.

    5.5 Conclusoes

    Escreva em no mnimo 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio para a determinacao

    do Rendimento e da Regulacao de um transformador trifasico.

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    Laboratorio: Aula6Determinacao da Polaridade eDefasamento Angular de TransformadoresTrifasicos

    A polaridade de um transformador esta relacionada ao sentido de enrolamento das

    bobinas, e esta pode ser aditiva ou subtrativa.

    Ja o defasamento angular esta relacionado ao tipo de ligacao trifasica do transformador

    que pode ser , You Z.

    6.1 Preparacao

    Registrar os dados de placa do transformador a ser ensaiado.

    Material necessario:

    1 fonte CC;

    2 voltmetros CA;

    2 voltmetros CC;

    1 ampermetro CC de ponteiro central;

    1 varivolt trifasico;

    1 transformador trifasico;

    1 chave liga-desliga.

    28

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    32/42

    6.2 Determinacao da Polaridade 29

    6.2 Determinacao da Polaridade

    Determinar pelo metodo do golpe indutivo, a polaridade de cada coluna do transfor-mador, usando a montagem da figura 6.1.

    H1 X1

    H0 X0

    CH

    Fonte CC Volt Volt

    Figura 6.1: Montagem para determinacao da Polaridade

    Realizar a ligacao sucessivamente para cada uma das fases. Ao ligar, se V1 defletir

    positivamente, observar a deflexao de V2 ao desligar:

    Se V2 defletir negativamente, a polaridade e subtrativa.

    Se V2 defletir positivamente, a polaridade e aditiva.

    Polaridade Encontrada

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    6.3 Determinacao do Defasamento Angular 30

    6.3 Determinacao do Defasamento Angular

    6.3.1 Defasamento Angular: Comparacao das Tensoes

    Efetue a ligacao mostrada na figura6.2.

    Varivolt 3

    A

    B

    C

    N

    Volt

    Transformador 3H3

    H2

    X3

    X2

    H1 X1

    100V

    Figura 6.2: Esquema de ligacao para determinacao de Defasamento Angular

    Fechar um curto entre H1eX1e alimentar o lado de VT Scom tensao trifasica reduzida.

    Medir as tensoes especificadas na tabela6.1para a determinacao do defasamento angular

    do transformador pelo metodo da comparacao das tensoes.

    Tabela 6.1: Medicoes para o Metodo da Comparacao das Tensoes

    VT S

    [V]

    VH1H3

    [V]

    VH3X2

    [V]

    VH2X2

    [V]

    VH3X3

    [V]

    VH2X3

    [V]

    Com os dados da tabela 6.1em maos, consulte a tabela6.2afim de obter o angulo do

    defasamento angular. Observe que nao e possvel a determinacao do tipo de ligacao do

    transformador, pois varios tipos de ligacao possuem o mesmo angulo de defasamento.

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    Tabela 6.2: Obtencao do angulo de defasamento

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    6.3 Determinacao do Defasamento Angular 32

    6.3.2 Defasamento Angular: Metodo do Golpe Indutivo

    Determinar o defasamento pelo metodo do golpe indutivo efetuando as ligacoes e efe-tuando as medicoes conforme a figura6.3.

    CH

    Fonte CC

    Amp

    Transformador 3

    H3

    H2

    X3

    X2

    H1 X1

    CH

    Fonte CC

    Amp

    Transformador 3

    H3

    H2

    X3

    X2

    H1 X1

    CH

    Fonte CC

    Amp

    Transformador 3

    H3

    H2

    X3

    X2

    H1 X1

    Figura 6.3: Determinacao de Defasamento Angular pelo metodo do Golpe Indutivo

    Ligar uma fonte de CC atraves de uma chave a TS, positivo em H1 e negativo emH2.

    Ligar um ampermetro em tres posicoes, aos terminais da TI, da seguinte forma:

    1a posicao - X1X2 - positivo do instrumento em X1.

    2a posicao - X1X3 - positivo do instrumento em X1.

    3a posicao - X2X3 - positivo do instrumento em X2.

    Fechar o interruptor na TS, fazendo desta forma, H1 positivo e H2 negativo e verificarpara as tres posicoes, a polaridade dos terminais X1-X2, X1-X3 e X2-X3, completando

    a tabela6.3.

    Verificar se a polaridade das fases A, B e C esta corretamente ligada aos terminaisH1, H2 e H3 nesta ordem respectivamente. Caso alguma destas polaridades estiverem

    ligadas invertidas nos terminais, a verificacao do defasamento angular atraves da

    tabela6.4sera impossvel.

    Atraves dos dados obtidos na tabela 6.3 podemos compara-los com a tabela 6.4afim

    de obter o defasamento angular pelo metodo do golpe indutivo.

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    36/42

    6.4 Questoes 33

    Tabela 6.3: Anote as polaridades encontradas

    X1 X2 X1 X3 X2 X3

    Tabela 6.4: Tabela para verificacao do Defasamento Angular pelo Golpe Indutivo

    X1 X2 X1 X3 X2 X3 Defasamento

    + - + - - + 0o

    + - 0 0 - + 30o

    - + - + + - 180o

    - + 0 0 + - 210o

    6.4 Questoes

    1. Apos a montagem da figura 6.2, e com os dados da tabela 6.1em maos, consulte a

    tabela6.2e obtenha o angulo do defasamento angular pelo metodo da comparacao

    das tensoes.

    2. Apos a montagem da figura 6.3, e com os dados da tabela 6.3em maos, consulte a

    tabela6.4e obtenha o angulo do defasamento angular pelo metodo do golpe indutivo.

    3. Por que o ensaio da determinacao do defasamento angular nao permite conhecer o

    tipo de ligacao das TS e TI do transformador?

    4. Como o ensaio para determinacao do defasamento angular nao permite conhecer o

    tipo de ligacao, ha alguma forma de saber qual o tipo de ligacao do transformador?

    5. Por que e importante conhecer o defasamento angular do transformador?

    6.5 Conclusoes

    Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre a importancia do ensaio

    para determinacao do defasamento angular de transformadores trifasicos.

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    Laboratorio: Aula7Operacao em Paralelo deTransformadores

    Para que transformadores possam ser conectados em paralelo, eles devem satisfazer as

    seguintes condicoes:

    possuir a mesma relacao de transformacao;

    possuir o mesmo grupo de defasamento angular;

    apresentar a mesma impedancia percentual;

    apresentar mesma relacao entre resistencia e reatancia equivalentes.

    Portanto, antes de se executar a ligacao em paralelo dos transformadores, estas condi-

    coes devem ser verificadas atraves de testes.

    7.1 Preparacao

    Prepare portanto os seguintes materiais:

    2 voltmetros CA;

    2 wattmetros CA;

    3 ampermetros CA;

    1 varivolt trifasico;

    2 transformadores trifasicos;

    34

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    7.2 Ensaios 35

    7.2 Ensaios

    Para a verificacao das condicoes de paralelismo, proceda como se segue:

    1. Verifique se os transformadores possuem a mesma relacao de transformacao medindo

    as tensoes no primario e secundario e preencha a tabela7.1.

    Tabela 7.1: Verifique a relacao de transformacao

    V1 V2 Kn

    [V] [V] Kn= V1

    V2

    2. Verifique se os transformadores possuem a mesma impedancia percentual realizando

    os ensaios do captulo 4 na pagina17e preencha a tabela7.2.

    Tabela 7.2: Verifique a impedancia percentual

    ///// T ransformador 1 T ransformador 2

    Potencia

    V1

    V2

    Vcc

    Pcc

    Z%

    R%

    X%

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    7.2 Ensaios 36

    3. Verifique se os transformadores possuem a mesma relacao entre resistencia e reatancia

    equivalentes utilizando os dados obtidos no tem anterior, e preencha a tabela 7.3.

    Tabela 7.3: Verifique a relacao entre resistencia e reatancia equivalentes

    ///////////////// R%X%

    R%

    X%

    Transformador 1

    Transformador 2

    4. Verifique se os transformadores possuem o mesmo defasamento angular realizando osensaios do captulo 6 na pagina28, e preencha a tabela 7.4. Para tanto, sugere-se

    o metodo da comparacao das tensoes. Para isso, pode-se aproveitar a montagem do

    circuito do ensaio em curto-circuito, bastando apenas retirar o curto do secundario,

    ligar H1 e X1 e medir as tensoes da tabela7.4 e compara-las, conforme tabela6.2 da

    pagina31.

    Tabela 7.4: Medicoes para o Metodo da Comparacao das Tensoes

    Transformador 1 Transformador 2V1

    [V]

    VH1H3

    [V]

    VH3X2

    [V]

    VH2X2

    [V]

    VH3X3

    [V]VH2X3

    [V]

    Defasamento

    Angular

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    7.3 Paralelismo 37

    7.3 Paralelismo

    De posse dos dados dos ensaios, concluir se ha condicoes de ligacao em paralelo dostransformadores.

    Se for possvel, apos liga-los conforme a figura 7.1, verifique as condicoes de opera-

    cao, fazendo medidas das correntes de circulacao nas conexoes secundarias e da tensao

    secundaria correspondente.

    Varivolt 3

    A

    B

    C

    N

    Volt

    Transformador 3

    H3H2

    X3X2

    H1

    X1 X0

    Transformador 3

    H3H2

    X3X2

    H1

    X1 X0

    Volt

    Amp

    Carga

    Figura 7.1: Ensaio de Transformadores em Paralelo

    Uma vez os transformadores ligados em paralelo meca a corrente circulante entre os

    dois transformadores com os neutros interligados e com os neutros no secundario isolados

    e anote seus valores na tabela7.5.

    Tabela 7.5: Verificacao da Corrente circulante

    Neutros Interligados

    Neutros Isolados

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    7.4 Questoes 38

    7.4 Questoes

    1. Sabemos que uma das condicoes de se ligar transformadores em paralelo e que elespossuam a mesma impedancia interna. Explique por que.

    2. Por que e necessario conhecer o defasamento angular dos transformadores para liga-

    los em paralelo?

    3. Sabemos que transformadores com potencias diferentes podem ser ligados em para-

    lelo, mas um engenheiro sabio nao projeta sistemas desta forma. Explique o que pode

    ocorrer ao se ligar em paralelo transformadores com potencias diferentes.

    4. Voce ja observou que os transformadores de distribuicao estao ligados em paraleloapenas no primario? Por que e recomendado que os transformadores de distribuicao

    nao sejam ligados em paralelo tambem no secundario?

    5. Muitas vezes opta-se por varios transformadores em paralelo ao inves de somente um

    transformador com potencia suficiente para atender a carga. Voce como engenheiro

    da empresa ou concessionaria de energia, como justificaria tal procedimento? Quais

    as vantagens e desvantagens de se tomar esta decisao?

    6. Considerando a corrente circulante com neutro interligado e com neutro isolado, em

    qual das duas situacoes a corrente circulante e menor? Por que?

    7. Qual e a situacao real de operacao em paralelo? Com os neutros interligados ou

    isolados? Por que?

    8. A operacao satisfatoria do circuito em paralelo composto pelos transformadores e

    concluda apos analise das leituras da corrente circulanteIcirce da tensao secundaria

    V2. Na situacao ideal, a corrente Icircdeve ser nula e a tensaoV2deve ser exatamente

    igual a nominal secundaria dos dois transformadores. Justifique o por que.

    9. Demonstre que no caso do paralelismo entre os transformadores T1 e T2, a relacao

    mostrada na equacao7.1 e verdadeira.

    ST1%

    ST2%=

    ZT2%

    ZT1% (7.1)

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    7.5 Conclusao 39

    7.5 Conclusao

    Escreva em um mnimo de dez linhas suas conclusoes sobre a importancia de um estudodetalhado dos transformadores quando a sua conexao em paralelo.