aulas de lab. de transformadores
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Faculdade Patos de Minas
Departamento de Engenharia Eltrica
Roteiro para Laboratorio de:
Transform
adore
s
Aulas Praticas e Ensaios
Prof.: Thiago Vieira da Silva
27 deagostode2013
Primeira Edio
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Sumario
Sumario ii
1 Ensaio para Determinacao da Rigidez Dieletrica do Oleo Isolante 31.1 Coleta da amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.2 Preparacao do ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.3 Realizacao do Ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2 Verificacao da Corrente a Vazio e da Corrente Transitoria (INRUSH) 82.1 Componentes do Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.2 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.3 Esquema de Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.4 Obtencao da Corrente a Vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente a Vazio . . . . . . . . 102.5 Obtencao da Corrente Transitoria (INRUSH). . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente Transitoria . . . . . . 102.6 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 Ensaio em Vazio de um Transformador Trifasico 123.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123.2 Esquema de Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.3 Levantamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4 Ensaio em Curto-Circuito de um Transformador Trifasico 174.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174.2 Esquema de Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
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SUMARIO iii
4.3 Levantamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184.3.1 Efetuando Ensaio com Corrente Reduzida . . . . . . . . . . . . . . 19
4.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214.6 Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5 Ensaio para a Determinacao do Rendimento e Regulacao do Transforma-
dor 225.1 Rendimento do Transformador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.1.1 Rendimento em Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235.2 Regulacao de Tensao em Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245.3 Preparacao do Ensaio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.3.1 Execucao do Ensaio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.5 Conclusoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6 Determinacao da Polaridade e Defasamento Angular de Transformadores
Trifasicos 286.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286.2 Determinacao da Polaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296.3 Determinacao do Defasamento Angular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.3.1 Defasamento Angular: Comparacao das Tensoes . . . . . . . . . . . 30
6.3.2 Defasamento Angular: Metodo do Golpe Indutivo . . . . . . . . . . 326.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336.5 Conclusoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7 Operacao em Paralelo de Transformadores 347.1 Preparacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347.2 Ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357.3 Paralelismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377.4 Questoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 387.5 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
FPM - Ensaio em Transformadores 27 de Agosto de 2013
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Apresentacao
Ao corpo discente
A disciplina TRANSFORMADORES, obrigatoria no currculo do curso de Engenharia
Eletrica da Universidade Federal de Uberlandia, e uma disciplina e carater especfico e parte
de um conjunto de disciplinas que compoem juntamente com Conversao de Energia, Ma-
quinas Eletricas, Maquinas Sncronas e Projeto de Maquinas, o leque de disciplinas basicas
para a formacao de um profissional competente, com enfase em Sistemas de Potencia.
As aulas de Laboratorio ficam reservadas as discussoes de aspecto pratico dos transfor-
madores tais como: ensaios de rotina, de tipo e cuidados especficos desde a manutencao
de transformadores de distribuicao.Serao enfocados ate os cuidados especiais com sofisticados transformadores hoje utili-
zados nas mais modernas instalacoes em Extra-Alta Tensao.
O nosso intuito e fornecer a voce, nosso estudante, uma ferramenta para aprimorar a
sua capacidade de crtica construtiva, sua iniciativa e sua criatividade, virtudes sem as
quais nao existe o profissional de qualidade em Engenharia Eletrica.
E nosso desejo que trabalhando em conjunto de forma cooperativa nesta disciplina, pos-
samos todos aprender muito e estimular a criacao de um profissional competente, desen-
volvendo um curso de qualidade e construindo uma Universidade que prima pela seriedade
e pelo trabalho.
Uberlandia, 10 de agosto de 2010
prof.: Adalton Lima de Aguiar
prof.: Jose Roberto Camacho
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Roteiro para Elaboracao de RelatoriosDurante as aulas de laboratorio, realizaremos uma serie de procedimentos e ensaios em
transformadores de potencia.
Nos captulos seguintes encontram-se os procedimentos, materiais e ferramentas para
os ensaios. Cabera ao professor discursar a respeito do referido ensaio e do manuseio das
ferramentas. Ao aluno, cabera realizar o ensaio conforme os procedimentos zelando de
sua seguranca e dos demais colegas afim de evitar acidentes, bem como zelar para com osmateriais e ferramentas disponveis para a realizacao do ensaio. Cabe tambem ao aluno a
confeccao de um relatorio completo referente a aula.
Ao fazer os relatorios o aluno deve proceder como se estivesse fazendo um relatorio
para seu chefe na empresa em que trabalha. Logo, e de se supor que os mesmos dever ao
ter coerencia, aparencia, capricho, e o mais importante, devem estar corretos.
Cada relatorio devera conter obrigatoriamente estes tens nesta sequencia:
0. Capa (cabecalho, numero e nome do ensaio, nome do aluno, matrcula, data);
1. Ttulo;
2. Objetivos; (0,1 pontos)
3. Introducao Teorica; (0,4 pontos)
4. Preparacao:
(a) Materiais e ferramentas; (0,1 pontos)
(b) Montagem; (0,1 pontos)
5. Analise de Seguranca; (0,1 pontos)
6. Calculos e analise dos Resultados; (0,2 pontos)
7. Questoes; (0,8 pontos)
8. Conclusao. (no mnimo 10 linhas) (0,2 pontos)
9. Referencias Bibliograficas.
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Laboratorio: Aula1Ensaio para Determinacao da Rigidez
Dieletrica do Oleo Isolante
Uma das principais funcoes do oleo em transformadores esta relacionada com a sua
rigidez dieletrica1.
Para a execucao deste ensaio sao necessarios:
Analisador portatil de rigidez dieletrica;
Amostras do oleo isolante do transformador;
1.1 Coleta da amostra
Alguns cuidados devem ser tomados para a coleta da amostra do oleo a ser testado,
afim de evitar a contaminacao do mesmo, e sao definidos pela Norma Brasileira intitulada:
NBR-7037 Recebimento, Instalacao e Manutencao de Transformadores, a saber:
1. Usar um recipiente de vidro transparente com capacidade de aproximadamente 1
litro, que deve ser previamente lavado com alcool e benzina.
2. Esse recipiente deve ser seco e em seguida enxaguado com o proprio oleo a ser testado.
3. Recomenda-se que a rolha do mesmo seja de vidro esmerilhado e que apos a lavagem
com alcool e benzina, seja levada a estufa para secagem de 100oC.
4. De preferencia, deve-se mergulhar a rolha em parafina.
1Capacidade de isolamento
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1.2 Preparacao do ensaio 4
5. Os demais recipientes (copos, funis, tubos e depositos) se possvel, devem ser de vidro
e devem ser submetidos ao mesmo processo de limpeza e secagem.
6. Limpar cuidadosamente a valvula de drenagem evitando o uso de panos e estopas.
7. Abrir a valvula de drenagem existente no fundo do tanque do transformador, dei-
xando escorrer aproximadamente 12
litro pela mesma antes de coletar a amostra. Isto
permitira a limpeza do sistema de drenagem propriamente dito.
8. Encher devidamente o recipiente com oleo, sem usar jato forte, para evitar a formacao
de espumas e bolhas.
9. Nao deve ser permitida tambem, a entrada de qualquer impureza.
10. Se o ensaio nao puder ser feito no proprio local, a amostra devera ser guardada em
vidro especialmente preparado, evitando o maximo possvel o contato com o ar.
11. Antes do ensaio o oleo deve ser suavemente agitado, afim de que o conteudo seja
homogeneizado.
12. A coleta do oleo nao devera ser efetuada quando a temperatura ambiente for supe-
rior a do oleo, para evitar-se a absorcao de umidade pelo oleo, ja que esta tende a
condensar-se em superfcie mais fria, nem tampouco com o ar ambiente agitado ouempoeirado.
13. Nao colocar o dedo no receptaculo e nem deixar cair nele suor, respingos ou corpos
estranhos.
1.2 Preparacao do ensaio
Atentando aos cuidados para a coleta da amostra citados na secao 1, o procedimento
para a realizacao do ensaio vem a seguir:
A tensao maxima do ensaio depende do equipamento. Seu valor mnimo deve ser de35 kV.
O analisador deve possuir dispositivos de seguranca adequados.
Retirar a cuba de prova do analisador portatil e lava-la, juntamente com os eletrodos,com uma parte do oleo de amostra. Neste momento verifique se o espacamento entre
as placas e o tabelado pelas normas (0,1 polegada).
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1.3 Realizacao do Ensaio 5
Encher a cuba de oleo, ate cerca de 1 cm acima dos eletrodos. Evitar que o oleoborbulhe.
Dar uma movimentacao branda de vaivem no oleo da cuba, para facilitar a sada deeventuais bolhas de ar.
Colocar a cuba de volta no analisador e deixa-la repousar por aproximadamente3 minutos, para que ela fique isenta de bolhas e iguale sua temperatura a do ambiente.
Nao colocar o dedo no receptaculo e nem deixar cair nele suor, respingos ou corposestranhos.
Apos estas providencias, o ensaio estara pronto para ser realizado. Abaixar a tampa de seguranca, sem o que o ensaio nao podera ser feito.
1.3 Realizacao do Ensaio
Verificar se a tensao de suprimento coincide com a indicada na placa do analisador.
Ligar a tomada do analisador, girando o potenciometro (reostato), para a posicao m-
nima. Podera existir uma lampada piloto que devera estar acesa indicando que o circuito
esta pronto para operacao.Girar o potenciometro, caso o analisador seja manual, na direcao aumentar, de maneira
a obter uma variacao gradual da tensao de ensaio, da ordem de 3 kV/segundo.
Alguns analisadores possuem dispositivo automatico que efetuam esta operacao sem
intervencao do operador.
Observar no voltmetro, a tensao de interrupcao quando houver o arco e, consequen-
temente, ocorrer abertura do disjuntor eletrico instantaneo automatico. Este devera ser o
valor anotado para o ensaio.
Se houver um miliampermetro, anotar a corrente de fuga atraves do dieletrico.
Voltar o reostato para a posicao mnima e aguardar 3 minutos para a repeticao do
ensaio.
Repetir o ensaio 5 vezes, anotando as respectivas leituras.
Esvaziar a cuba, lava-la com oleo e enche-la com nova porcao da mesma amostra e
repetir as operacoes.
Preencher a tabela abaixo com as 15 leituras aguardando 3 minutos entre cada medicao:
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1.3 Realizacao do Ensaio 6
Leitura Porcao 1 Porcao 2 Porcao 3 Media
1a
2a
3a
4a
5a
Media
A media geral (ultima coluna a direita) sera a rigidez dieletrica do oleo ensaiado. Este
valor deve ser comparado com os da tabela a seguir para sua classificacao. Esta tabela e
somente uma indicacao da qualidade do oleo, algumas empresas consideram o oleo aceitavel
somente com rigidez dieletrica acima de 35 kV/0,1 pol.
Rigidez Dieletrica Situacao do Oleo
(kV/0,1 pol) Isolante
Acime de 35 Excelente
de 30 a 35 Muito Bom
de 25 a 30 Bom
de 20 a 25 Satisfatorio
de 15 a 20 Duvidoso, recomendado a filtragem
abaixo de 15 Regeitado, indispensavel a filtragem
Apos o ensaio com o oleo, esvaziar a cuba e, usando o ar como dieletrico entre as placas,medir a rigidez dieletrica do mesmo e comparar o resultado obtido com o do oleo ensaiado.
Rigidez Dieletrica
Oleo Ensaiado Ar
(kV /0, 1pol) (kV /0, 1pol)
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1.4 Questoes 7
1.4 Questoes
1. Comparar o oleo das amostrar e o ar, quanto a sua capacidade de isolamento eletrico.
2. O ar poderia substituir o oleo nos tanques dos transformadores? Por que isto nao e
feito nos transformadores de medio e grande porte?
3. Justificar as grandes divergencias entre os diversos valores de rigidez dieletrica para
uma mesma amostra, caso existam.
4. Efetuar o diagnostico do oleo com base nos resultados finais.
5. Explique a razao da observancia de intervalo de tempo entre as diversas medidas de
rigidez dieletrica do oleo.
6. O que ocorreria se a distancia entre os eletrodos fosse reduzida pela metade? Os
valores assim medidos, poderiam ser usados para analise do oleo sob a luz da teoria
vista?
7. A rigidez dieletrica do oleo isolante e afetada pela ocorrencia de uma fasca no mesmo?
No instante da fasca, qual e o valor da rigidez? O que acontece com ela apos a
extincao da fasca? Em que condicoes isso nao ocorre?
8. Qual a forma dos eletrodos recomendada pelas normas? Haveria diferenca dos valores
obtidos se os eletrodos fossem pontiagudos? Por que?
9. Quais as vantagens e desvantagens do Askarel em relacao aos oleos minerais?
10. Explicar o princpio e a aplicacao do Rele Buchholz.
1.5 Conclusao
Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio para a deter-
minacao da rigidez dieletrica do oleo executado em laboratorio e sobre a importancia dos
parametros obtidos durante o teste.
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Laboratorio: Aula2Verificacao da Corrente a Vazio e daCorrente Transitoria (INRUSH)
A corrente a vazio e um parametro importante, pois define a energia consumida pelo
transformador quando opera sem carga e ainda fornece a energia necessaria para a magne-
tizacao do seu circuito magnetico. A forma de onda da corrente em vazio tambem indica
o nvel de saturacao do nucleo magnetico do transformador.
Ja a corrente transitoria (de INRUSH) pode ser qualificada como um fator na qualidade
de fabricacao de um determinado transformador. A corrente transitoria pode inviabilizar
a aplicacao de um determinado esquema de protecao do circuito eletrico ao qual pertenceo transformador.
2.1 Componentes do Transformador
As principais partes componentes de um transformador de distribuicao tpicos sao:
tanque com aletas de refrigeracao;
oleo isolante e refrigerante (oleo mineral); as buchas de alta e baixa tensao;
nucleo magnetico;
taps das bobinas do transformador (manual ou automatico);
os enrolamentos de alta e baixa tensao;
papel isolante envolvendo os condutores (bobinas) e as cabecas das bobinas.
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2.2 Preparacao 9
2.2 Preparacao
Sera utilizado um transformador monofasico, para a visualizacao da forma de onda dacorrente em vazio do transformador.
Prepare portanto o seguinte material:
1 transformador monofasico;
1 varivolt monofasico;
1 osciloscopio com memoria;
1 reostato;
1 chave on-off.
2.3 Esquema de Montagem
Varivolt 1 Transformador 1
H2
H1
X2
X1
Osciloscpio
Resistor
Figura 2.1: Montagem para obtencao da Corrente a Vazio
Neste estagio nao se preocupe com valores medidos, mas sim em entender o porque das
formas de onda obtidas.
Execute a montagem da aula de laboratorio seguindo o esquema da figura 2.1. De
acordo com o esquema o transformador devera estar operando em vazio.
Observe que na figura2.1temos um resistor em serie com o circuito, e as ponteiras do
osciloscopio medindo seus terminais. Devemos proceder desta forma pois sabemos que as
ponteiras comuns dos osciloscopios medem tensao, logo para conseguirmos uma forma de
onda de corrente proporcional a tensao (lei de Ohm), devemos medir os terminais de um
resistor.
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2.4 Obtencao da Corrente a Vazio 10
2.4 Obtencao da Corrente a Vazio
Sabemos que as ponteiras de medicao de osciloscopios comuns medem tensao, logo, paraobtencao da corrente, devemos fazer uso da lei de ohm (V =R i). Com as ponteiras doosciloscopio medindo a diferenca de potencial nos terminais do resistor, veremos na tela do
osciloscopio uma forma de onda identica1 a forma de onda de corrente.
2.4.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente a Vazio
Aumente gradualmente a tensao a partir de zero no varivolt e observe a forma de onda
registrada no osciloscopio.
1. O que se pode observar na forma de onda para as tensoes de excitacao mais baixas?
E para as mais altas? Em que situacao a onda e mais distorcida?
2. Desenhe as formas de onda observadas, para uma excitacao mais baixa e mais alta,
respectivamente. O que representa esta onda de tensao observada no osciloscopio?
2.5 Obtencao da Corrente Transitoria (INRUSH)
Desligue a alimentacao do circuito do transformador (chave em OFF), com o varivoltem um valor que forneca uma corrente em vazio razoavel.
Prepare o recurso de gravacao e memoria do osciloscopio para que possamos obter a
corrente transitoria.
Ligue a chave on-off e verifique a forma de onda capturada pelo osciloscopio no momento
em que o circuito foi ligado. Esta corrente e denominada Corrente Transitoria (INRUSH),
pois ocorre somente no momento de chaveamento do circuito.
2.5.1 Questoes Referentes a Obtencao da Corrente Transitoria
1. O que pode se observar a respeito da corrente transitoria no instante em que o
transformador foi ligado em vazio?
2. O que pode se observar a respeito da corrente transit oria alguns ciclos apos seu
chaveamento?
1Podemos dizer que a forma de onda de corrente que passa por um resistor e identica a forma de onda
de tensao desde que consideremos o resistor como sendo puramente resistivo.
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Laboratorio: Aula3Ensaio em Vazio de um TransformadorTrifasico
Em um ensaio em vazio1, como o proprio nome diz, o transformador e ensaiado sem
carga.
Os objetivos do teste em vazio do transformador trif asico sao:
Determinar as perdas no nucleo por histerese e Foulcault (perdas no ferro);
Determinar a corrente em vazio Io;
Determinar a relacao de transformacao de placa (K) e a relacao do numero de espiras(Kn);
Determinar os parametros do ramo magnetizante.
3.1 Preparacao
Prepare portanto o seguinte material:
1 transformador trifasico; 3 ampermetros com escalas apropriadas;
1 voltmetro com escala apropriada;
2 wattmetros de escalas apropriadas;
1 varivolt trifasico.1Nao confunda este ensaio com o experimento da aula2. Nesta aula3,realizaremos um ensaio em vazio
do transformador, e na aula 2, foram realizadas apenas medicoes e oscilografias.
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3.2 Esquema de Montagem 13
3.2 Esquema de Montagem
Varivolt 3
A
B
C
NTransformador 3
X3
X2
H3
H2
X1 H1Amp
Amp
Amp
Volt
Watt
A
V
Watt
A
V
Figura 3.1: Montagem para obtencao do Ensaio em Vazio
Lembre-se que a notacaoH1,H2 e H3 refere-se aos terminais da alta tensao e queX1,
X2 e X3 referem-se aos terminais da baixa tensao. Veja que os terminais H1, H2 e H3
estao em vazio (sem carga) neste ensaio.
3.3 Levantamento de Dados
Sera utilizado para a realizacao do teste em vazio, um transformador trifasico com as
seguintes caractersticas:
Potencia Nominal Tensao Tensao Frequencia Ligacao Ligacao
(Pn) (AT) (BT) (Hz) (AT) (BT)
Neste estagio os valores medidos sao muito importantes, todo cuidado deve ser to-
mado durante a leitura de tensoes, correntes e potencias. Execute a montagem da aula de
laboratorio seguindo o esquema da figura3.1.
De acordo com o esquema, o transformador trifasico devera estar operando todo o
tempo em vazio.
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3.4 Questoes 14
Aplicando tensao nominal ao enrolamento de baixa tensao, efetuar as medicoes abaixo:
V n I01 I02 I03 W01 W02
(V) (A) (A) (A) (W) (W)
Sabemos que W0=W02+W01, mas fique atento ao valor lido nos wattmetros e conserve
o sinal positivo ou negativo medido.
A fim de determinar a relacao de transformacao do transformador sob teste, aplicar
uma tensao reduzida ao enrolamento de alta tensao, anotando os valores:
VAT VBT
(V) (V)
3.4 Questoes
1. Com os dados de VAT e VBT, determine os valores de K:
KPlaca Kn KEnsaiado
(Fornecido na Placa)
Kn = N1N2
KEnsaiado=
VATVBT
2. Com os valores obtidos na secao3.3, calcule a corrente de magnetizacao I0 (na linha
e na fase), a potencia perdida a vazio por fase e a tensao de alimentacao na fase,
obedecendo a conexao do enrolamento de baixa tensao.
I0Linha=I01+I02+I03
3 W0Fase=
W03
I0Linha I0Fase W0Fase VFase
(A) (A) (W) (V)
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3.4 Questoes 15
3. Calcular os parametros do ramo magnetizante, por fase, para as representacoes serie
e paralela do circuito equivalente, o fator de potencia a vazio e as correntesI0p eI0q.
W0Fase=VFase I0Fase cos(0)
I0p=W0Fase
VFase I2
0Fase=I2
0p+I2
0q
Para circuito equivalente serie:
Rms=W0Fase
I20Fase
Zm= VFaseI0Fase
Zm2 =Rm2s+ Xm2s
Para circuito equivalente paralelo:
Zm= VFaseI0Fase
Rmp=W0Fase
I20p
Xmp=VFase
I0q
cos(0) I0p I0q Zm Rms Xms Rmp Xmp
(A) (A) () () () () ()
4. Determinar a porcentagem da corrente de magnetizacao em relacao a corrente nomi-
nal do transformador:
Corrente Nominal do T ransformador InLinha= W n3 V nLinha
InLinha InFase I0Fase I0% de InFase
(A) (A) (A) (%)
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3.5 Conclusao 16
5. Por que uma das correntes obtidas pelos ampermetros nao apresenta o mesmo valor
das outras duas?
6. Por que o ensaio em vazio deve ser realizado alimentando-se o enrolamento de baixa
tensao?
7. Justificar a diferenca entre os tres valores de K (Kn,KPlaca, KEnsaiado) e definir cada
um deles.
8. Com base nos dados do teste em vazio e na sua capacidade de julgar os resultados
o que e melhor para o sistema de energia eletrica equipado com muitos transfor-
madors: transformadors operando sempre com muita folga (superdimensionados) ou
transformadores operando no limite de sua capacidade? Explique.
9. Desenhe o circuito equivalente do transformador (ramo serie e ramo paralelo), consi-
derando somente a parte magnetica. Inserir nos desenhos os valores calculados.
3.5 Conclusao
Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio em vazio, e sobre
as importancias deste ensaio.
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Laboratorio: Aula4Ensaio em Curto-Circuito de umTransformador Trifasico
Em um ensaio em curto-circuito, o transformador e submetido a curto-circuito trifasico,
e aumenta-se a tensao gradativamente ate atingir a corrente nominal. Logo, este ensaio
simula transformador com carga maxima.
Os objetivos do ensaio em curto-circuito do transformador trifasico sao:
Determinar as perdas no cobre (nos condutores que compoem as bobinas).
Determinar a impedancia, resistencia e reatancia percentuais. Determinar a queda de tensao interna.
4.1 Preparacao
Prepare portanto o seguinte material:
1 transformador trifasico;
3 ampermetros com escalas apropriadas;
1 voltmetro com escala apropriada;
2 wattmetros de escalas apropriadas;
1 varivolt trifasico.
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4.2 Esquema de Montagem 18
4.2 Esquema de Montagem
Varivolt 3
A
B
C
NTransformador 3
H3
H2
X3
X2
H1 X1Amp
Amp
Amp
Volt
Watt
A
V
Watt
A
V
Figura 4.1: Montagem para obtencao do Ensaio em Curto-Circuito
Lembre-se que a notacaoH1,H2 e H3 refere-se aos terminais da alta tensao e queX1,
X2 e X3 referem-se aos terminais da baixa tensao. Veja que os terminaisX1, X2 e X3
estao em curto-circuito neste ensaio.
4.3 Levantamento de Dados
Sera utilizado para a realizacao do teste em curto-circuito, um transformador trifasico
com as seguintes caractersticas:
Potencia Nominal Corrente Nominal Tensao Tensao Frequencia Ligacao Ligacao
(Pn) (In) (AT) (BT) (Hz) (AT) (BT)
Neste estagio os valores medidos sao muito importantes, todo cuidado deve ser to-
mado durante a leitura de tensoes, correntes e potencias. Execute a montagem da aula de
laboratorio seguindo o esquema da figura4.1.
Apos calculada a corrente nominal do transformador, aumente a tensao gradativamente,
e anote tensao e corrente ate atingir a corrente nominal.
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4.3 Levantamento de Dados 19
Vcc Icc1 Icc2 Icc3
(V) (A) (A) (A)
4.3.1 Efetuando Ensaio com Corrente Reduzida
Caso nao seja possvel fazer circular pelos enrolamentos do transformador, a sua corrente
nominal obtenha os valores abaixo, para um valor reduzido de corrente:
In Icc W cc1 W cc2 W cc
(A) (A) (W) (W) (W)
Efetue as devidas correcoes e obtenha os valores nominais da tensao e da potencia de
curto-circuito:
Icc V cc V ccn W ccn
(A) (V) (V) (W)
In= P n
3 V n
V ccn=V cc In
Icc W ccn=
In2
Icc2 W cc
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4.4 Questoes 20
4.4 Questoes
1. Construa a curva caracterstica de curto-circuito V cc= f(Icc).
2. Faca um comentario sobre a curva obtida. Qual a sua aplicacao no ensaio em curto-
circuito?
3. Calcule a porcentagem da tensao primaria de curto-circuito, relativamente a tensao
primaria nominal:
V n V cc V cc% de V n
(V) (V)
4. Calcule o valor da impedancia Z, da resistencia R e da reatancia X percentuais,
efetuando as devidas correcoes para 75oC.
R X Z R75oC Z75oC
(%) (%) (%) (%) (%)
R% =W cc
W n 100% Z% = V cc
V n 100%
X% =
Z%2 R%2
R75oC=R
1
+ 75oC1
+ amb
1
cobre= 234, 5
5. Determine para o transformador ensaiado, as perdas adicionais e as perdas nos enro-
lamentos.
W0 Wad= 20% de W0 W ccn Wenrolamento
(W) (W) (W) (W)
6. Compare as perdas nos enrolamentos com as a vazio e tire suas conclusoes sobre o
transformador sob teste.
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4.5 Conclusao 21
7. Enumere as vantagens e desvantagens de um transformador que tenha um valor muito
alto de V1cc.
8. Segundo a ABNT, quais sao os valores normais de V1cc
9. Analisar a diferenca dos resultados desprezando-se ou nao as perdas adicionais.
10. Durante o ensaio em curto, o que acontece com a inducao no nucleo do transformador?
Por que?
4.5 Conclusao
Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio em curto-circuito
de um transformador trifasico executado em laboratorio e sobre a importancia dos para-
metros obtidos durante o teste.
4.6 Anexo
Figura 4.2: Propriedades dos Materiais
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Laboratorio: Aula5Ensaio para a Determinacao doRendimento e Regulacao doTransformador
5.1 Rendimento do Transformador
Por definicao, Rendimento e a relacao entre a potencia de sada P2 e a potencia de
entradaP1, normalmente expressa em porcentagem, como mostra a equacao5.1.
% = P2P1
100% (5.1)
O calculo do rendimento pode ser feito usando-se as medidas das duas potencias. Entre-
tanto, nos transformadores, os valores dos rendimentos, sao muito altos, fazendo com que
os valores medidos sejam muito proximos e sua diferenca supera frequentemente a classe
de precisao dos instrumentos de medida. Nestes casos, e comum utilizar-se um processo
indireto.
O rendimento depende obviamente, dos valores da carga e do seu fator de potencia.
O rendimento fornecido pelo fabricante, segundo a ABNT, deve ser referente a sua carga
nominal com fator de potencia unitario.
A equacao5.2permite o calculo do rendimento pelo processo indireto.
% = V2 I2 cos()
V2 I2 cos() +R2 I22 +P0+Pad 100% (5.2)
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5.1 Rendimento do Transformador 23
Onde:
V2 I2 cos() e a potencia P2 de sada; R2 I2 corresponde as perdas em curto-circuito;
P0 corresponde as perdas em vazio;
Pad sao perdas adicionais diversas alem das citadas, que correspondem a apro-ximadamente 20% de P0, logo: P0+Pad= 1, 2 P0.
Nesta aula, usaremos o processo direto para a medicao do rendimento, utilizando como
cargas tres resistores.
5.1.1 Rendimento em Energia
As empresas de energia eletrica calculam o rendimento em energia diario dos transfor-
madores, consideram o rendimento emnintervalos de tempo de potencia aproximadamente
constante (no intervalo de tempo n), sendo que h e medido em horas (rendimento diario)
para cada intervalo.
A expressao para o rendimento diario em energia sera dada pela equacao5.3.
% =
nV2 I2 cos() h
nV2 I2 cos() h+
nR2 I22 h+ 1, 2 P0 24
100% (5.3)
Sendo:
E2h=n
V2 I2 cos() h Energia de sada no intervalo de tempo n;
Ecc =
n
R2 I22
h
Energia do ensaio em curto-circuito (Pcc) para o intervalo
de tempon;
P0 perdas em vazio, que ocorrem durante as 24 horas do dia.
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5.2 Regulacao de Tensao em Transformadores 24
5.2 Regulacao de Tensao em Transformadores
A Regulacao de Tensao e a variacao da tensao na sada do transformador quando acarga nominal e retirada. Ela indica portanto, a capacidade do transformador de manter
tensao estavel com a variacao da carga desde vazio ate plena carga. Normalmente, seu
valor e fornecido em porcentagem da tensao nominal de sada.
Reg% =E2 V2
V2 100[%] (5.4)
Sendo que:
Reg%
Regulacao percentual;
E2 tensao a vazio;
V2 tensao com carga nominal.
Da teoria vista em sala, sabe-se que a regulacao depende tambem do valor da carga
(corrente) e do tipo de carga (indutivo ou capacitivo) e do valor do seu fator de potencia.
A regulacao fornecida pelos fabricantes refere-se as condicoes nominais de carga com
fator de potencia unitario.
Devemos saber que a melhor regulacao deve ser proxima de zero. Quanto maior a
regulacao, pior e a variacao de tensao no secundario do transformador, e esta variacao nao
pode ser grande.
5.3 Preparacao do Ensaio
Sera necessario para este ensaio os seguintes equipamentos:
1 Transformador Trifasico;
2 Voltmetros;
6 Ampermetros;
4 Wattmetros;
1 Varivolt Trifasico;
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5.3 Preparacao do Ensaio 25
3 Reostatos;
Fios e cabos para as ligacoes.Registrar os dados de placa do transformador a ser ensaiado e calcular as correntes nominais
do mesmo. Efetuar a montagem conforme diagrama 5.1.
Varivolt 3
A
B
C
NTransformador 3
H3
H2
X3
X2
H1 X1Amp
Amp
Amp
Volt
Watt
A
V
Watt
A
V
Amp
Amp
Amp
Volt
Watt
A
V
Watt
A
V
Reostato
Reostato
Reostato
Figura 5.1: Esquema de ligacao para ensaio de Rendimento e Regulacao
5.3.1 Execucao do Ensaio
1. Colocar uma carga variavel no secundario do transformador e alimenta-lo com tensao
nominal no primario.
2. Registrar a tensao no secundario com carga zero.
3. Variar a carga com fator de potencia constante, com valores de I2 medidos de 0,5 em
0,5 Ampere, ate atingir a corrente nominal I2n.
4. Para cada valor deI2lido, registrar as diversas leituras dos instrumentos, preenchendo
a tabela5.1.
5. Calcular o Rendimento e a Regulacao para cada valor de I2.
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5.4 Questoes 26
Tabela 5.1: Tabela a ser preenchida e calculada para obtencao do Rendimento e Regulacao
do transformador
I2 V2 W3 W4 P2 I1 V1 W1 W2 P1 Reg% %
5.4 Questoes
1. Com os dados obtidos no ensaio(tabela5.1), tracar para o transformador em questao
a curva do rendimento em funcao da carga (% xI2 ou % xfc).
2. Analise o grafico da questao anterior em relacao a carga, verificando o comportamento
do transformador em vazio, a meia carga e com carga maxima.
3. Se voce fosse o engenheiro responsavel, qual o regime de carga voce recomendaria
para este transformador trabalhar a maior parte do dia?
4. Classificar o transformador pela curva obtida (forca ou distribuicao).
5. Desenhe uma curva de carga diaria hipotetica de um transformador. Faca a analise de
rendimento com base nesta curva e na expressao para o rendimento diario em energia
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5.5 Conclusoes 27
fornecida pelo transformador. (Nao se esqueca que o carregamento do transformador
se altera ao longo de um dia de funcionamento e que as perdas a vazio sao constantes).
6. Utilizando a mesma montagem, determinar os valores deR2,X2eZ2do transforma-
dor em uso.
7. Utilize os valores deR2, X2 eZ2, para o calculo da regulacao pelos metodos: grafico
(Desenhe o diagrama de Kapp do transformador) e analtico (Calcule a regulacao:
Reg% = Z% fc cos(i c)). Lembre-se que o fator de potencia para cargasresistivas e unitario.
5.5 Conclusoes
Escreva em no mnimo 10 linhas as suas conclusoes sobre o ensaio para a determinacao
do Rendimento e da Regulacao de um transformador trifasico.
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Laboratorio: Aula6Determinacao da Polaridade eDefasamento Angular de TransformadoresTrifasicos
A polaridade de um transformador esta relacionada ao sentido de enrolamento das
bobinas, e esta pode ser aditiva ou subtrativa.
Ja o defasamento angular esta relacionado ao tipo de ligacao trifasica do transformador
que pode ser , You Z.
6.1 Preparacao
Registrar os dados de placa do transformador a ser ensaiado.
Material necessario:
1 fonte CC;
2 voltmetros CA;
2 voltmetros CC;
1 ampermetro CC de ponteiro central;
1 varivolt trifasico;
1 transformador trifasico;
1 chave liga-desliga.
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6.2 Determinacao da Polaridade 29
6.2 Determinacao da Polaridade
Determinar pelo metodo do golpe indutivo, a polaridade de cada coluna do transfor-mador, usando a montagem da figura 6.1.
H1 X1
H0 X0
CH
Fonte CC Volt Volt
Figura 6.1: Montagem para determinacao da Polaridade
Realizar a ligacao sucessivamente para cada uma das fases. Ao ligar, se V1 defletir
positivamente, observar a deflexao de V2 ao desligar:
Se V2 defletir negativamente, a polaridade e subtrativa.
Se V2 defletir positivamente, a polaridade e aditiva.
Polaridade Encontrada
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6.3 Determinacao do Defasamento Angular 30
6.3 Determinacao do Defasamento Angular
6.3.1 Defasamento Angular: Comparacao das Tensoes
Efetue a ligacao mostrada na figura6.2.
Varivolt 3
A
B
C
N
Volt
Transformador 3H3
H2
X3
X2
H1 X1
100V
Figura 6.2: Esquema de ligacao para determinacao de Defasamento Angular
Fechar um curto entre H1eX1e alimentar o lado de VT Scom tensao trifasica reduzida.
Medir as tensoes especificadas na tabela6.1para a determinacao do defasamento angular
do transformador pelo metodo da comparacao das tensoes.
Tabela 6.1: Medicoes para o Metodo da Comparacao das Tensoes
VT S
[V]
VH1H3
[V]
VH3X2
[V]
VH2X2
[V]
VH3X3
[V]
VH2X3
[V]
Com os dados da tabela 6.1em maos, consulte a tabela6.2afim de obter o angulo do
defasamento angular. Observe que nao e possvel a determinacao do tipo de ligacao do
transformador, pois varios tipos de ligacao possuem o mesmo angulo de defasamento.
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Tabela 6.2: Obtencao do angulo de defasamento
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6.3 Determinacao do Defasamento Angular 32
6.3.2 Defasamento Angular: Metodo do Golpe Indutivo
Determinar o defasamento pelo metodo do golpe indutivo efetuando as ligacoes e efe-tuando as medicoes conforme a figura6.3.
CH
Fonte CC
Amp
Transformador 3
H3
H2
X3
X2
H1 X1
CH
Fonte CC
Amp
Transformador 3
H3
H2
X3
X2
H1 X1
CH
Fonte CC
Amp
Transformador 3
H3
H2
X3
X2
H1 X1
Figura 6.3: Determinacao de Defasamento Angular pelo metodo do Golpe Indutivo
Ligar uma fonte de CC atraves de uma chave a TS, positivo em H1 e negativo emH2.
Ligar um ampermetro em tres posicoes, aos terminais da TI, da seguinte forma:
1a posicao - X1X2 - positivo do instrumento em X1.
2a posicao - X1X3 - positivo do instrumento em X1.
3a posicao - X2X3 - positivo do instrumento em X2.
Fechar o interruptor na TS, fazendo desta forma, H1 positivo e H2 negativo e verificarpara as tres posicoes, a polaridade dos terminais X1-X2, X1-X3 e X2-X3, completando
a tabela6.3.
Verificar se a polaridade das fases A, B e C esta corretamente ligada aos terminaisH1, H2 e H3 nesta ordem respectivamente. Caso alguma destas polaridades estiverem
ligadas invertidas nos terminais, a verificacao do defasamento angular atraves da
tabela6.4sera impossvel.
Atraves dos dados obtidos na tabela 6.3 podemos compara-los com a tabela 6.4afim
de obter o defasamento angular pelo metodo do golpe indutivo.
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6.4 Questoes 33
Tabela 6.3: Anote as polaridades encontradas
X1 X2 X1 X3 X2 X3
Tabela 6.4: Tabela para verificacao do Defasamento Angular pelo Golpe Indutivo
X1 X2 X1 X3 X2 X3 Defasamento
+ - + - - + 0o
+ - 0 0 - + 30o
- + - + + - 180o
- + 0 0 + - 210o
6.4 Questoes
1. Apos a montagem da figura 6.2, e com os dados da tabela 6.1em maos, consulte a
tabela6.2e obtenha o angulo do defasamento angular pelo metodo da comparacao
das tensoes.
2. Apos a montagem da figura 6.3, e com os dados da tabela 6.3em maos, consulte a
tabela6.4e obtenha o angulo do defasamento angular pelo metodo do golpe indutivo.
3. Por que o ensaio da determinacao do defasamento angular nao permite conhecer o
tipo de ligacao das TS e TI do transformador?
4. Como o ensaio para determinacao do defasamento angular nao permite conhecer o
tipo de ligacao, ha alguma forma de saber qual o tipo de ligacao do transformador?
5. Por que e importante conhecer o defasamento angular do transformador?
6.5 Conclusoes
Escreva em um mnimo de 10 linhas as suas conclusoes sobre a importancia do ensaio
para determinacao do defasamento angular de transformadores trifasicos.
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Laboratorio: Aula7Operacao em Paralelo deTransformadores
Para que transformadores possam ser conectados em paralelo, eles devem satisfazer as
seguintes condicoes:
possuir a mesma relacao de transformacao;
possuir o mesmo grupo de defasamento angular;
apresentar a mesma impedancia percentual;
apresentar mesma relacao entre resistencia e reatancia equivalentes.
Portanto, antes de se executar a ligacao em paralelo dos transformadores, estas condi-
coes devem ser verificadas atraves de testes.
7.1 Preparacao
Prepare portanto os seguintes materiais:
2 voltmetros CA;
2 wattmetros CA;
3 ampermetros CA;
1 varivolt trifasico;
2 transformadores trifasicos;
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7.2 Ensaios 35
7.2 Ensaios
Para a verificacao das condicoes de paralelismo, proceda como se segue:
1. Verifique se os transformadores possuem a mesma relacao de transformacao medindo
as tensoes no primario e secundario e preencha a tabela7.1.
Tabela 7.1: Verifique a relacao de transformacao
V1 V2 Kn
[V] [V] Kn= V1
V2
2. Verifique se os transformadores possuem a mesma impedancia percentual realizando
os ensaios do captulo 4 na pagina17e preencha a tabela7.2.
Tabela 7.2: Verifique a impedancia percentual
///// T ransformador 1 T ransformador 2
Potencia
V1
V2
Vcc
Pcc
Z%
R%
X%
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7.2 Ensaios 36
3. Verifique se os transformadores possuem a mesma relacao entre resistencia e reatancia
equivalentes utilizando os dados obtidos no tem anterior, e preencha a tabela 7.3.
Tabela 7.3: Verifique a relacao entre resistencia e reatancia equivalentes
///////////////// R%X%
R%
X%
Transformador 1
Transformador 2
4. Verifique se os transformadores possuem o mesmo defasamento angular realizando osensaios do captulo 6 na pagina28, e preencha a tabela 7.4. Para tanto, sugere-se
o metodo da comparacao das tensoes. Para isso, pode-se aproveitar a montagem do
circuito do ensaio em curto-circuito, bastando apenas retirar o curto do secundario,
ligar H1 e X1 e medir as tensoes da tabela7.4 e compara-las, conforme tabela6.2 da
pagina31.
Tabela 7.4: Medicoes para o Metodo da Comparacao das Tensoes
Transformador 1 Transformador 2V1
[V]
VH1H3
[V]
VH3X2
[V]
VH2X2
[V]
VH3X3
[V]VH2X3
[V]
Defasamento
Angular
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7.3 Paralelismo 37
7.3 Paralelismo
De posse dos dados dos ensaios, concluir se ha condicoes de ligacao em paralelo dostransformadores.
Se for possvel, apos liga-los conforme a figura 7.1, verifique as condicoes de opera-
cao, fazendo medidas das correntes de circulacao nas conexoes secundarias e da tensao
secundaria correspondente.
Varivolt 3
A
B
C
N
Volt
Transformador 3
H3H2
X3X2
H1
X1 X0
Transformador 3
H3H2
X3X2
H1
X1 X0
Volt
Amp
Carga
Figura 7.1: Ensaio de Transformadores em Paralelo
Uma vez os transformadores ligados em paralelo meca a corrente circulante entre os
dois transformadores com os neutros interligados e com os neutros no secundario isolados
e anote seus valores na tabela7.5.
Tabela 7.5: Verificacao da Corrente circulante
Neutros Interligados
Neutros Isolados
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7.4 Questoes 38
7.4 Questoes
1. Sabemos que uma das condicoes de se ligar transformadores em paralelo e que elespossuam a mesma impedancia interna. Explique por que.
2. Por que e necessario conhecer o defasamento angular dos transformadores para liga-
los em paralelo?
3. Sabemos que transformadores com potencias diferentes podem ser ligados em para-
lelo, mas um engenheiro sabio nao projeta sistemas desta forma. Explique o que pode
ocorrer ao se ligar em paralelo transformadores com potencias diferentes.
4. Voce ja observou que os transformadores de distribuicao estao ligados em paraleloapenas no primario? Por que e recomendado que os transformadores de distribuicao
nao sejam ligados em paralelo tambem no secundario?
5. Muitas vezes opta-se por varios transformadores em paralelo ao inves de somente um
transformador com potencia suficiente para atender a carga. Voce como engenheiro
da empresa ou concessionaria de energia, como justificaria tal procedimento? Quais
as vantagens e desvantagens de se tomar esta decisao?
6. Considerando a corrente circulante com neutro interligado e com neutro isolado, em
qual das duas situacoes a corrente circulante e menor? Por que?
7. Qual e a situacao real de operacao em paralelo? Com os neutros interligados ou
isolados? Por que?
8. A operacao satisfatoria do circuito em paralelo composto pelos transformadores e
concluda apos analise das leituras da corrente circulanteIcirce da tensao secundaria
V2. Na situacao ideal, a corrente Icircdeve ser nula e a tensaoV2deve ser exatamente
igual a nominal secundaria dos dois transformadores. Justifique o por que.
9. Demonstre que no caso do paralelismo entre os transformadores T1 e T2, a relacao
mostrada na equacao7.1 e verdadeira.
ST1%
ST2%=
ZT2%
ZT1% (7.1)
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7.5 Conclusao 39
7.5 Conclusao
Escreva em um mnimo de dez linhas suas conclusoes sobre a importancia de um estudodetalhado dos transformadores quando a sua conexao em paralelo.