aulas avaliacao capes (1)

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Texto base: Sguissard, V. Que lugar ocupa a qualidade nas recentes políticas de educação superior?SP: Cortez, 2009. Por que avaliar a Educação Superior? O que se avalia? Como se avalia? Quais as conseqüências dos processos de avaliação na formação profissional? Quem avalia?

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Texto base: Sguissard, V. Que lugar ocupa a qualidade nas recentes políticas de educação superior?SP: Cortez, 2009.

Por que avaliar a Educação Superior?

O que se avalia?

Como se avalia?

Quais as conseqüências dos processos de avaliação na formação profissional?

Quem avalia?

Quais os aspectos positivos e problemáticos da avaliação da Educação Superior?

Como se relacionam avaliação e qualidade da educação?

Cenários:b) Abertura política.

a) Desaceleração do mercado interno.

d) Mundialização da economia.

a) Diminuição das taxas de emprego e consumo.

c)Empresas estrangeiras mais competitivas.

e)Flexibilidade de organização e gestão do trabalho. f) Novos padrões

tecnológicos.

e)Modelo norte-americano x oriental.

g) Cultura da qualidade.

ISOs e QT

Decorrências educacionais:

Globalizaçãoeducacional e a internacionalização do conhecimento.

Diminuir asassimetrias sociais.

Exigências de qualidadee inovação.

Conhecimento como capitalEconômico. Função dos Estados

assegurar a qualidade eos controles regulatórios.

Distribuição e uso adequado dos recursosPúblicos.

Expansão segundo critérios estabelecidos por políticasinstitucionais e do sistema.

Necessidade de dar fé pública, de orientar o mercado consumidor dos serviços educacionais.

Aumento do aparaton o r m a t i v o.

• Neste contexto, quais os objetivos básicos de um sistema de avaliação?

Avaliação quantitativa classificatória

Quanti-qualiavaliação institucional e análise

Estado avaliador=

Regulação controle

Dificuldades de financiamento público, teoria do capital humano (BM), ES como bem privado, ciência-tecnologia = mercadoria-chave da acumulação do capital (SGUISSARD, 2009, p.263).

Diferenciação das IEs

IEs atreladas ao Estado

• As avaliações somativas, os mecanismos de controle, regulação e fiscalização e a prestação de contas têm tido presença muito mais forte que as avaliações formativas, participativas, voltadas aos processos, às diversidades identitárias e à complexidade das instituições.(INEP, 2009, p. 24).

MODALIDADESDA

AVALIAÇÃO

DIAGNÓSTICA FORMATIVA CUMULATIVA

Reconstruir conceitos

Habilidadesatitudes

Auxilia a auto-Aprendizagem

reguladora

Terminal eglobal

Identificarindividualizar

PreventivaInformativa

corretiva

Finalidades

Características

j

Avaliação e qualidade, quais as relações?

1. Em que contexto de reestruturação produtiva, da mundialização do capital, do redesenho do poder econômico-político global e da ressemantização ideológica está ele ocorrendo?

2. Que relação existe entre qualidade e indicadores ou índices?

3. Como se apresenta a questão da qualidade na legislação e nos projetos de reforma educacional?

Qualidade:

Instituições de educação superior, segundo natureza administrativa e organização acadêmica:

Ampliação no período 2000/ 2008

Natureza administrativa Total Geral - 2000 Total Geral - 2008

Públicas 176 236

federais 61 93

estaduais 61 82

municipais 54 61

Privadas 1004 2016

Particulares 698 1576

Sem fins lucrativos 306 437

Total geral 1180 2252

Pontos estratégicos da avaliação da Ed. Superior no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002):

• Avaliação institucional, com base em diretrizes curriculares;

• Avaliação do desempenho dos professores, estratégia de produtividade que vincula gratificação com desempenho;

• Avaliação das habilidades e competências dos estudantes, mediante a realização de Exame

Nacional de Cursos.

• A Lei n. 9 131/95 (Brasil, 1995), que estabeleceu o ENC, em seu artigo 3 dizia que o MEC procederia a “avaliações periódicas das instituições e dos cursos de ensino superior, fazendo uso de procedimentos e critérios abrangentes, dos diversos fatores que determinam a qualidade e a eficiência das atividades de ensino, pesquisa e extensão”.

Os ENC passaram então a ser obrigatórios para os estudantes do último ano de todos os cursos superiores de graduação. Os resultados criariam uma espécie de ranking institucional.

• De que maneira os sistemas de avaliação interferem na autonomia das instituições?

LDB, nº 9394/96 

Rápida expansão do sistema da educação superior.

Verificar a qualidade do ensino superior oferecido no país.

Aumento permanente da sua eficácia institucional.

Aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais.

EficáciaEficiência

Qualidade

Otimização

Produtividade

Especialização

Padronização

Operacional

Como fazer?

Satisfação

Nível tático

Comunidade externa

O que fazer?

Histórico:

• 1983/84 - Programa de Avaliação da Reforma Universitária – PARU

• 1985 - Comissão de Notáveis

• 1986 - Grupo Executivo da Reforma da Educação Superior – GERES

• 1993 - Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – PAIUB (SESu/MEC)

• 1996/03 - Exame Nacional de Cursos – ENC

• Avaliação das Condições de Oferta – ACO Avaliação das Condições de Ensino – ACE

• 2004 - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES

• Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE

A concepção de avaliação...

• “(...) a avaliação externa, realizada segundo uma concepção formativa (...) deve considerar a condição diagnóstica e reflexiva, identificando aspectos, procedimentos e processos que podem e/ou devem ser aperfeiçoados na instituição, assim como seus pontos de excelência acadêmica (BRASIL, 2006,p.11).

PAIUB

Prestar contas à sociedade

Garantir a qualidadeda ação

Conhecer comose relacionam

asatividades-meio

Repensar objetivos

eresultados

Ferramenta deplanejamento e

gestãouniversitária

Concepção de educação como um bem público

OBJETIVOS:

PAIUB

Diagnóstico Avaliação

internaAvaliação

externaReavaliação

interna

Dados Quantitativos Sobre o curso

Auto-avaliaçãoDo curso

Comunidade acadêmica

De outras IES e entidades

A partir dos resultados

Etapas

Críticas ao ENC:

Reduz a avaliação a uma única prova geral.

Exame centrado nas diretrizes curriculares comuns.

Desconsidera as características regionais e as particularidades das IES.

Reforço a homogeneidade e massificação dos currículos.

Fundamenta-se numa concepção de educação tecnocrática e fragmentada.

• No Paiub a preocupação estava com a globalidade institucional, com o processo e com a missão da instituição na sociedade;

• No ENC a ênfase recaia sobre os resultados, com a produtividade, a eficiência, com o controle do desempenho frente a um padrão estabelecido e com a prestação de contas. Foco no curso, na dimensão do ensino, função classificatória, com vistas a construir bases para uma possível fiscalização, regulação e controle, por parte do Estado, baseada na lógica de que a qualidade de um curso é igual à qualidade de seus alunos.

Entrada no sistema Permanência no sistema

Legislação

SESu

CNE

Avaliação

autorização

Avaliação

Para

acreditação Até 3 anos

Credenciamento da IES

e

reconhecimento do curso

Avaliação

periódica

Instituições

Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior

(Sinaes/04) EstudantesCursos

Coordenação e supervisão: Operacionalização:

Comissão Nacional de Avaliação Inep

da Educação Superior (Conaes)

senso e cadastros

Avaliação dos cursos

Avaliação externa

Enade

Auto-avaliação

INSTRUMENTOS

Habilidades

e

Competências

Indicador de Diferença Enade Conceito

Entre os Desempenhos

Observado e Esperado (IDD) 

Autorização

Reconhecimento

Renovação

SINAES

InstituiçãoDesempenho

dos estudantes

Auto-avaliação ENADEAvaliação externa

CPAComissões

(MEC ou CEE)

Cursos de graduação

CPCIGC

Âmbitos da avaliação

processos de avaliação

realizada pela

Conceituação dos termos:

• a. Dimensões: são agrupamentos de características referentes aos aspectos de uma instituição sobre os quais se emite juízo de valor, permitindo expressar traços da realidade local.

• b. Áreas: é o conjunto de características comuns usadas para agrupar os indicadores.

• c. Indicadores: representam algum aspecto ou característica da realidade que se pretende observar, analisar, avaliar.

• d. Critérios: são os padrões que servem de base para comparação, julgamento ou apreciação de um indicador (os níveis serão construídos após testagem do instrumento

Dimensões da avaliação externa:

1. Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional;

2. Perspectiva científica e pedagógica formadora: políticas, normas e estímulos para o ensino, a pesquisa e a extensão;

3. Responsabilidade social da IES;

4. Comunicação com a sociedade;

5. Políticas de pessoal, carreira, aperfeiçoamento e condições de trabalho;

6. Organização e gestão da instituição;

7. Infra-estrutura física e recursos de apoio;

8. Planejamento e avaliação;

9. Políticas de atendimento aos estudantes;

10. Sustentabilidade financeira;

Avaliação dos

cursos

Credenciamento Reconhecimento Renovação

Organização Didático-

pedagógica

Corpo docente e Técnico-

administrativo

Instalaçõesfísicas

Segunda metade do curso

A cada 3 anosBase no CPC

Banco Nacional de Avaliadores (BASis)

Dimensões

Perfilprofissional

Competências profissionais

Identificaçãodos conhecimentos

Habilidades eatitudes

Organização curricular

Critérios e procedimentos

de avaliação

Planos de curso,de ensino, de

aula...

PPP

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS

EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEPPORTARIA Nº 2, DE 5 JANEIRO DE DE 2009

Instrumento de Avaliação para Reconhecimento de Curso de Graduação, Bacharelado e Licenciatura

EXTRATO QUADRO DOS PESOS DAS DIMENSÕES

DIMENSÃO INDICADORES PESOS

1 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 40

2 CORPO DOCENTE 35

3 INSTALAÇÕES FÍSICAS 25

• Nº Dimensão/Indicador• 1 Dimensão 1: Organização Didático-pedagógica

• 1.1 Implementação das políticas institucionais constantes do PDI, no âmbito do curso

• 1.2 Auto-avaliação do curso• 1.3 Atuação do coordenador do curso• 1.4 Objetivos do curso• 1.5 Perfil do Egresso• 1.6 Número de Vagas• 1.7 Conteúdos Curriculares• 1.8 Metodologia• 1.9 Atendimento ao discente• 1.10 Estímulo a atividades acadêmicas• 1 . 11 Estágio supervisionado e prática profissional• 1.12 Atividades Complementares

• Nº Dimensão/Indicador• 2 Dimensão 2: Corpo Docente

• 2.1 Composição do NDE• 2.2 Titulação e formação acadêmica do NDE• 2.3 Regime de trabalho do NDE• 2.4 Titulação e formação do coordenador de curso• 2.5 Regime de trabalho do coordenador do curso• 2.6 Composição e Funcionamento do colegiado de curso ou

equivalente• 2.7 Titulação do corpo docente• 2.8 Regime de trabalho do corpo docente• 2.9 Tempo de experiência de magistério superior ou experiência do

corpo docente• 2.10 Número de vagas anuais autorizadas por docente equivalente

em tempo integral• 2 . 11 Alunos por turma em disciplina teórica• 2.12 Número médio de disciplinas por docente• 2.13 Pesquisa e Produção científica

• Nº Dimensão/Indicador• 3 Dimensão 3: Instalações físicas

• 3.1. Sala de professores e sala de reuniões• 3.2 Gabinete de trabalho para professores• 3.3 Salas de aula• 3.4 Acesso dos alunos a equipamentos de informática• 3.5 Registros acadêmicos• 3.6 Livros da bibliografia básica• 3.7 Livros da Bibliografia complementar• 3.8 Periódicos especializados, indexados e correntes• 3.9 Laboratórios especializados• 3.10 Infra-estrutura e serviços dos laboratórios

especializados

CPCConceito

Preliminar docurso

Desempenhodos estudantes

Infra-estrutura recursos Corpo docente

didáticos pedagógicosENADE

Prova

Questionários

IDDIndicador de diferença

de desempenhos

Divergências:

• Noção empresarial: Qualidade identificada como eficiência e produtividade;

• Noção acadêmico-crítica: o quanto se produz ≠ o que se produz.

• (p.273)

Avaliação dos programas de Pós-graduação:

• Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

CAPES

Avaliação Produção científica

FormaçãoCooperação

científica

Mestrado Doutorado Acesso Divulgação

Qualis

Nacionais Internacionais

Linhas de ação

Stricto sensu bolsas

Coleta e avaliação dos dados do PPG:

• Programas; • Disciplinas;• Cursos; • Turmas;• Cadastros; • Trabalhos de

Conclusão;

• Proposta do Programa;

• Produção Intelectual.• Linhas de Pesquisa; • Fluxo Discente• Projetos;

Proposta do Programa

• Objetivos;• Integração com a

Graduação;• Infraestrutura;• Atividades

Complementares;• Trabalhos em

Preparação;

• Intercâmbios Institucionais;

• Auto-Avaliação;• Ensino a Distância;• Produções mais

Relevantes;• Solidariedade,

Nucleação e Visibilidade

Projeto de Lei n° 4.212/04

“A qualidade e a relevância da educação superior,(...) devem ter em conta uma nova ordem de consciência sobre a formação que busque articular-se com o mundo do trabalho para compreender as funções requeridas dos profissionais pelas economias contemporâneas (...)”.

“Essa visão tem como imperativo a adoção de mecanismos inovadores de gestão e de reorganização das instituições de educação superior, cujo foco é a promoção do ensino de massa diferenciado”.

“A oferta dos serviços educacionais é maior do que nunca e a qualidade, antes atestada apenas pelas avaliações oficiais, passa a ser uma exigência da sociedade”.

“Considera, portanto, que o Ministério da Educação deve reservar espaço a seus representantes no processo deelaboração de políticas e fixação dos padrões de qualidade”.