aulas 27 e 28 (1)

Direito Civil VIIDireito das famílias

Professor: Geraldo Júnior dos [email protected]

Direito Civil VIIAulas 27 e 28

Conteúdo:Regime matrimonial de bens

Competência/HabilidadeAvaliar os aspectos gerais relativos aos regimes

matrimoniais, identificando seus elementos comuns

Direito de FamíliaRegime matrimonial de bens

Aspectos gerais

•Regulamenta as relações patrimoniais entre os cônjuges em relação ao domínio e a administração dos bens trazidos ao casamento ou adquiridos na sua constância.•Para que produza efeitos, é necessário que o pacto antenupcial seja válido e que ocorra a celebração do casamento.•O regime poderá ser alterado quando houver autorização judicial, motivos relevantes e ressalva de direito de terceiros (art. 1.639, §2º).


Regime legal dispositivo

•O regime legal é o da comunhão parcial de bens.•Irá vigorar quando não houver convenção entre os cônjuges ou quando ela for nula ou ineficaz (1.640 CCB);•Não sendo apresentado o pacto antenupcial, o oficial irá reduzir a termo a opção pelo regime legal.•No regime legal, o patrimônio é dividido em três massas: o particular de cada cônjuge e os bens comuns.


Regime legal obrigatório

•Aplica-se às hipóteses em que os contraentes não podem escolher livremente o regime de bens (art. 1.641 do CCB/02).•No regime de separação legal, comunicam-se os bens adquiridos na constância do casamento (Súmula 377 STF).•A separação será absoluta somente quando o regime for convencionado em pacto antenupcial.


Dispensam a manifestação conjunta dos cônjuges:

•Atos necessários ao desempenho de sua profissão ou trabalho.•A gestão ordinária dos bens que não integram a comunhão parcial ou universal.•Liberação de bens móveis ou imóveis, comuns ou particulares de gravames e ônus ou reivindicá-los.•Ajuizamento de ação para que seja declarada a extinção de atos que exigem a autorização do outro cônjuge.•Ajuizamento de ação contra a transferência de bens praticadas pelo outro cônjuge à pessoa com quem mantenha concubinato.•Praticar atos com base no princípio da legalidade (5º, II da CF/88)


Presumem autorizadas pelo outro cônjuge:

•A realização de negócios jurídicos relativos à vida doméstica.•Obtenção de empréstimo para cobrir despesas de economia doméstica.Estas obrigações possuem natureza solidária (art. 275 do CCB/02).O patrimônio comum responderá por dívidas contraídas por um dos cônjuges nas hipóteses previstas nos artigos 1.644, 1.659 IV e 1.664 do CCB/02.Em caso de avais ou fianças, caberá ao credor o ônus da prova de que houve proveito para o casal.


Atos proibidos ao cônjuge sem autorização do outro:

•Alienar ou gravar de ônus reais de bens imóveis.•Ajuizar ou responder ações judiciais que envolvam bens imóveis comuns ou particulares dos cônjuges.•Prestar fiança ou aval.•Doar bens comuns ou os que possam integrar a futura meação.As vedações aplicam-se ao regime da comunhão parcial, universal e participação final de aquestos.Os cônjuges poderão celebrar contrato de compra e venda entre si (art. 499 do CCB/02).É válida a doação do pai ao filho em virtude do casamento ou estabelecimento de negócio próprio.


Pacto antenupcial:

•Trata-se de negócio jurídico bilateral onde os cônjuges estruturam regime de bens distinto do regime legal.•Sua validade requer capacidade nupcial, objeto lícito e manifestação de vontade íntegra. •Vigora a partir do casamento.•Não poderá conter cláusulas estranhas à sua finalidade.•Será nulo se violar disposição legal congente.•Deverá ser registrado no RI para produzir efeitos perante terceiros.


Direito intertemporal:

•Não há no ordenamento jurídico brasileiro direito adquirido a instituto jurídico.•Entretanto, o artigo 2.039 do CCB/02 dispõe que se aplica as regras do CC/1916 aos casamentos celebrados em sua vigência.•As regras do CC/1916 destoam do CCB/02 em relação aos bens de uso pessoal, disposição de bens particulares, instrumentos, de profissão, salários, vencimentos, etc.•Para que sejam aplicadas as regras do CCB/02 ao casamento realizado sob a vigência do código anterior, necessita da alteração do regime.

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