aulas 12 a 14

57
24/11/2015 1 unipacs.com.br CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES Disciplina: Tecnologia da Construção AULA 12 unipacs.com.br Renovável, o bambu também existe em abundância, pois é produzido o ano todo. A construção com esta planta é rápida, versátil, flexível e resistente. O bambu também confere um aspecto único à moradia. CONSTRUÇÕES RÚSTICAS ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

Upload: alexandra-mueller-barbosa

Post on 23-Jan-2018

736 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aulas 12 a 14

24/11/2015

1

unipacs.com.br

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES

Disciplina: Tecnologia da Construção

AULA 12

unipacs.com.br

Renovável, o bambu também existe em abundância, pois é produzido o ano todo. A construção com esta planta é rápida, versátil, flexível e resistente. O bambu também confere um aspecto único à moradia.

CONSTRUÇÕES RÚSTICAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

Page 2: Aulas 12 a 14

24/11/2015

2

unipacs.com.br

A madeira é milenarmente utilizada para a construção de edificações. Pela sua facilidade em ser manuseada com ferramentas simples, e com pesos menores que as pedras, tornaram-se alternativas viáveis principalmente quando se necessita de construções rápidas ou de valor estético.

CONSTRUÇÕES RÚSTICAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

unipacs.com.br

Alvenaria, pelo dicionário da língua portuguesa, é a arte ou ofício de

pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais, cerâmica,

blocos de concreto, ligadas ou não por argamassa; cola, armadura e graute

(que preenchem os furos da alvenaria estrutural).

A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementos

construtivos (paredes, muros, abóbadas, sapatas, etc.) e pode ter função

estrutural ou simplesmente de vedação.

ALVENARIAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

Page 3: Aulas 12 a 14

24/11/2015

3

unipacs.com.br

Quando a alvenaria é empregada na construção para resistir cargas, ela é

chamada Alvenaria resistente, pois além do seu peso próprio, ela suporta

cargas (peso das lajes, telhados, pavimento. superior, etc.)

Quando a alvenaria não é dimensionada para resistir cargas verticais além

de seu peso próprio é denominada Alvenaria de vedação.

ALVENARIAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

unipacs.com.br

As paredes utilizadas como elemento de vedação devem possuir características técnicas que são:

• Resistência mecânica • Isolamento térmico e acústico • Resistência ao fogo • Estanqueidade • Durabilidade

ALVENARIAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

Page 4: Aulas 12 a 14

24/11/2015

4

unipacs.com.br

As alvenarias de pedras naturais são raramente executadas, em função da falta de mão-de-obra especializada, como também, pelas distâncias entre os locais de sua extração e de sua utilização.

ALVENARIAS RÚSTICAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

unipacs.com.br

Adobe - O adobe também é um composto muito antigo.

ALVENARIAS RÚSTICAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

No Brasil, as construções em adobe podem ser facilmente encontradas no Norte e Nordeste.

Feito de terra crua, água e palha - e, às vezes, fibras naturais moldadas artesanalmente -, o adobe tem baixo custo, suporta altas temperaturas, além de ser isolante térmico, muito indicado para locais quentes.

Page 5: Aulas 12 a 14

24/11/2015

5

unipacs.com.br

ARCOS DE PEDRA

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

Manifestado pela primeira vez através do sistema Viga-Pilar, o desejo do ser humano de estabelecer vãos livres, seja para a estética de seus templos ou simplesmente para vencer obstáculos, encontrou nos arcos comportamentos estruturais vantajosos que fizeram com que se tornassem um sistema estrutural encontrado em construções das mais variadas épocas.

unipacs.com.br

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

ARCOS DE PEDRA

Page 6: Aulas 12 a 14

24/11/2015

6

unipacs.com.br

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

ARCOS DE PEDRA

unipacs.com.br

SUPERADOBE - A técnica superadobe ganhou notoriedade nos anos 80 quando a Agência Aeroespacial Norte Americana (NASA), promoveu um simpósio (Lunar Bases and Space Activies of the 21º Century) reunindo arquitetos e engenheiros para discutir a viabilidade de se construir na Lua. Criado por Nader Khalili, arquiteto iraniano radicado nos Estados Unidos, o superadobe surpreendeu por evitar que grandes quantidades de material tivessem que ser levados ao espaço. Segundo Khalili o superadobe é o resultado de uma pesquisa de 23 anos na busca por uma forma mais simples de construir, que seja ao mesmo tempo fácil e necessite de menos tempo e menos dinheiro.

ALVENARIAS RÚSTICAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

Page 8: Aulas 12 a 14

24/11/2015

8

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Page 9: Aulas 12 a 14

24/11/2015

9

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Page 10: Aulas 12 a 14

24/11/2015

10

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Page 11: Aulas 12 a 14

24/11/2015

11

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Page 12: Aulas 12 a 14

24/11/2015

12

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Page 13: Aulas 12 a 14

24/11/2015

13

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Page 14: Aulas 12 a 14

24/11/2015

14

unipacs.com.br

unipacs.com.br

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES

Disciplina: Tecnologia da Construção

AULA 13

Page 15: Aulas 12 a 14

24/11/2015

15

unipacs.com.br

As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais

utilizadas, mas existem investimentos crescentes no desenvolvimento de

tecnologias para industrialização de sistemas construtivos aplicando

materiais diversos.

ALVENARIAS

ALVENARIAS - INTRODUÇÃO

unipacs.com.br

Page 16: Aulas 12 a 14

24/11/2015

16

unipacs.com.br

Utilizada para revestir paredes, muros e tetos, os quais, geralmente, recebem acabamentos como pintura, revestimentos cerâmicos, laminados, etc. Camadas: -Chapisco -Emboço -Reboco -Camada única -Revestimento monocamada decorativo

Chapisco: Camada de preparo da base, aplicada de forma contínua ou descontínua, com finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento.

GRUPO 1

unipacs.com.br

Reboco: Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo (por exemplo, pintura) ou que se constitua no acabamento final. Camada Única: Revestimento de um único tipo de argamassa aplicado à base, sobre o qual é aplicada uma camada decorativa, como, por exemplo, a pintura; também chamado popularmente de “massa única” ou “reboco paulista” é atualmente a alternativa mais empregada no Brasil.

Emboço: Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo (por exemplo, cerâmica).

GRUPO 1

Page 17: Aulas 12 a 14

24/11/2015

17

unipacs.com.br

Revestimento decorativo monocamada (ou monocapa) – RDM:. Trata-se de um revestimento aplicado em uma única camada, que faz, simultaneamente, a função de regularização e decorativa, muito utilizado na Europa; A argamassa de RDM é um produto industrializado, ainda não normatizado no Brasil, com composição variável de acordo com o fabricante, contendo geralmente: cimento branco, cal hidratada, agregados de várias naturezas, pigmentos inorgânicos, fungicidas, além de vários aditivos (plastificante, retentor de água, incorporador de ar, etc.).

unipacs.com.br

Principais funções de um revestimento de argamassa de parede: Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo, no caso dos

revestimentos externos; Integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com diversas

funções, tais como: isolamento térmico (~30%), Isolamento acústico (~50%), estanqueidade à água (~70 a 100%), Segurança ao fogo e resistência ao desgaste e abalos superficiais;

Propriedades essenciais ao bom desempenho das argamassas de revestimento: Trabalhabilidade, especialmente consistência, plasticidade e adesão inicial; Baixa retração Aderência; Baixa permeabilidade à água; Resistência mecânica, principalmente a superficial; Capacidade de absorver deformações.

GRUPO 1

Page 18: Aulas 12 a 14

24/11/2015

18

unipacs.com.br

Argamassa de contrapiso Utilizada para regularizar a superfície do piso antes de receber o acabamento. Principais requisitos / propriedades: Aderência; Resistência mecânica.

GRUPO 1

unipacs.com.br

Argamassa colante Utilizada para “colar” a peça cerâmica ao substrato, além de absorver deformações naturais a que o sistema de revestimento cerâmico estiver sujeito. Principais requisitos / propriedades: Trabalhabilidade (retenção de água, tempo em

aberto, deslizamento e adesão inicial); Aderência; Capacidade de absorver deformações (flexibilidade)

– principalmente para fachadas.

Page 19: Aulas 12 a 14

24/11/2015

19

unipacs.com.br

Argamassa de rejuntamento Utilizada para vedar as juntas entre as peças cerâmicas, permitir a substituição das mesmas se necessário, ajustar os defeitos de alinhamento e absorver pequenas deformações do sistema. Principais requisitos / propriedades: Trabalhabilidade (consistência, plasticidade

e adesão inicial); Baixa retração; Aderência; Capacidade de absorver deformações

(flexibilidade) –principalmente para fachadas.

unipacs.com.br

Micro concreto É utilizado basicamente para reparos, em peças de pouca espessura, ou densamente armadas. Também conhecido como concreto de pedrisco, é elaborado com agregados de pequena dimensão (até 9,5mm). Independentemente do nome, os processos de dosagem e aplicação destes materiais, devem obedecer aos mesmos padrões de qualidade dos demais concretos. Grout É um micro concreto composto por cimento, areia, quartzo, água e aditivos

especiais, tem como principal característica uma elevada resistência mecânica. Chegam a atingir resistências superiores a 25 MPa em 24 horas e a passar dos 50 MPa aos 28 dias.

Ele se caracteriza por ser auto adensável, permitindo sua aplicação no preenchimento de vazios e juntas de alvenaria estrutural. Outros pontos fortes de sua utilização estão na recuperação de estruturas, na fixação de equipamentos, no reparo de pisos, entre outros.

GRUPO 1

Page 20: Aulas 12 a 14

24/11/2015

20

unipacs.com.br

Trabalhabilidade e aspectos reológicos

É a propriedade das argamassas no estado fresco que determina a facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas, aplicadas, consolidadas e acabadas, em condição homogênea. Resultante da conjunção de diversas propriedades: Consistência; Plasticidade; Retenção de água e de consistência; Coesão; Exsudação; Adesão inicial.

GRUPO 1

unipacs.com.br

Consistência É a maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob ação de cargas. Plasticidade É a propriedade pela qual a argamassa tende a conservar-se deformada após a retirada das tensões de deformação. Retenção de água e de consistência É a capacidade de a argamassa fresca manter sua trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam a perda de água, seja por evaporação seja pela absorção de água da base.

GRUPO 1

Page 21: Aulas 12 a 14

24/11/2015

21

unipacs.com.br

Coesão Refere-se às forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas da argamassa e as ligações químicas da pasta aglomerante. Exsudação É a tendência de separação da água (pasta) da argamassa, de modo que a água sobe e os agregados descem pelo efeito da gravidade. Argamassas de consistência fluida apresentam maior tendência à exsudação. Adesão inicial União inicial da argamassa no estado fresco ao substrato. Também chamada de “pegajosidade”.

GRUPO 1

unipacs.com.br

Page 22: Aulas 12 a 14

24/11/2015

22

unipacs.com.br

TIJOLOS / BLOCOS CERÂMICOS Características: Tijolos maciços: podem ser extrudados ou prensados. Blocos vazados: são extrudados - 2, 4, 6, 8, 21 furos. Resistência à compressão: entre 1 e 10 MPa (mínima: 2,5 MPa). Peso de até 131 kg/m2. Detêm 90% do mercado brasileiro de blocos. Blocos com dimensões modulares e submodulares; blocos com formatos diversos

(tipo canaleta e para instalações elétricas e hidráulicas).

GRUPO 2

unipacs.com.br

TIJOLOS / BLOCOS CERÂMICOS Normas: NBR 7170/1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria. NBR 6460/1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da resistência à

compressão. NBR 8041/1983 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Forma e dimensões. ATUALMENTE: produto industrializado, de formato paralelepipedal. Tijolos maciços: podem ser extrudados ou prensados. Peso: 2 a 3 Kg.

GRUPO 2

Page 23: Aulas 12 a 14

24/11/2015

23

unipacs.com.br

Tijolo cerâmico: Laminado (à vista). Utilizado para alvenaria aparente. Massa mais homogênea e compacta. Mais caro. Não recomendado para receber revestimentos, ou, usar chapisco. 2,3,4,6,10,21 furos. Menor peso. Tijolo / blocos cerâmico - Desvantagens: 1. Pequena resistência à compressão não devendo ser aplicado em paredes

estruturais; 2. Faces externas não apresentam a porosidade necessária para fixação do

revestimento, devendo receber antes uma demão de chapiscado de argamassa de cimento e areia (1:4);

3. São necessários tijolos maciços para eventuais encunhamentos nas faces inferiores de vigas e lajes;

4. Os rasgos para embutir os encanamentos de água, eletricidade e tacos são grandes devido à fragilidade desse tipo de tijolo.

GRUPO 2

unipacs.com.br

Tijolo / blocos cerâmico Portantes: São blocos usados na construção de paredes portantes. Devem ter furos dispostos na direção vertical. Esta afirmativa se deve à diferença no mecanismo de ruptura de ambos, que no caso dos furos verticais formam indícios da situação de colapso, enquanto que no caso de furos horizontais o colapso é brusco e frágil, não sendo adequado seu uso como material estrutural.

GRUPO 2

Page 24: Aulas 12 a 14

24/11/2015

24

unipacs.com.br

unipacs.com.br

Outros tipos de blocos

GRUPO 2

Page 25: Aulas 12 a 14

24/11/2015

25

unipacs.com.br

Propriedades mecânicas blocos cerâmicos A resistência à compressão mínima dos blocos na área bruta deve atender aos valores indicados na tabela 3 da NBR 7171 “ Bloco Cerâmico para Alvenaria” que classifica os blocos em tipo A, B, C, D e F:

GRUPO 2

unipacs.com.br

BLOCOS DE CONCRETO Peças retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água. São blocos vazados, no sentido da altura, com maior resistência compressão . Em relação ao acabamento os blocos de concreto podem ser para revestimento (mais rústico) ou aparentes. Suas dimensões mais usuais são: 20 x 20 x 40 cm, 10 x 20 x 40 cm. Usado em alvenaria estrutural armada. Características Resistência mínima à compressão de 2,5 MPa para blocos de vedação. Isolamento acústico: deve variar de 40 dB para blocos de 9 cm de espessura sem revestimento a 46 dB para blocos de 14 cm de espessura com revestimento. Peso de até 156 kg/m². Normas NBR 7173/1982 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural. NBR 6136/1994 – Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural.

GRUPO 2

Page 26: Aulas 12 a 14

24/11/2015

26

unipacs.com.br

Produção Mistura de cimento, areia, pedrisco e água. Fabricado com agregado normal ou leve. Cura úmida a vapor durante tempo padronizado. Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem excessiva na

parede e sua conseqüente fissuração. Vantagens 1. Demandam menor tempo de assentamento e revestimento, economizando mão

de obra; 2. Consomem menos quantidade de argamassa de assentamento; 3. Apresentam melhor acabamento e são mais uniformes.

Desvantagens 1. Não permitem corte; 2. Dificuldade no encunhamento nas faces inferiores das vigas e lajes; 3. Os desenhos dos blocos aparecem nas alvenarias externas em dias de chuva,

mesmo depois de revestidos, devidos a diferença de absorção de umidade entre os blocos e a argamassa de assentamento;

GRUPO 2

unipacs.com.br

Problemas mais comuns

Devidos, principalmente, à retração por secagem. Falta de esquadro. Fragilidade. Variações dimensionais. Falta de planicidade da superfície.

Famílias

GRUPO 2

Page 27: Aulas 12 a 14

24/11/2015

27

unipacs.com.br

BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADOS

Fabricados a partir de uma mistura de cimento, cal, areia e pó de alumínio, autoclavado, permitindo a formação de um produto de elevada porosidade, leve, resistente e estável. O produto é apresentado em blocos ou painéis, com dimensões e espessuras variadas.

Características 1. Peso 60% menor que os blocos cerâmicos: estruturas mais esbeltas e menor

consumo de aço e menor carga nas fundações. 2. Maior dimensão dos blocos (até 40x60x19cm) levam a maior produtividade. 3. Regularidade de dimensões: possibilitam fina camada de revestimento Isolante

térmico e acústico; alta resistência ao fogo (incombustível). 4. Pode ser cortado com serrote de dentes largos; pode ser furado, lixado e pregado

com ferramentas comuns. 5. Exigem cuidados maiores no manuseio e armazenagem.

GRUPO 2

unipacs.com.br

BLOCOS SÍLICO-CALCÁRIOS (REFRATÁRIOS) Método patenteado em 1880 na Alemanha: “Método de produção de pedra artificial de areia”. 70% dos blocos comercializados na Alemanha são sílico-calcários. Produção atual em diversos países da Europa, Rússia, Canadá, México e EUA. No Brasil são produzidos desde 1976 pela Prensil, para alvenaria estrutural. Exigem rigoroso controle da cura para evitar retração por secagem excessiva e conseqüente fissuração. Normas: Não há normalização brasileira para blocos sílico-calcários. Norma alemã: DIN-106.

GRUPO 2

Page 28: Aulas 12 a 14

24/11/2015

28

unipacs.com.br

Produção Mistura de cal virgem, areia fina quartzosa e água. Prensagem em moldes (alta pressão). Desmolde. Colocação em autoclaves e cura sob alta pressão de vapor por várias horas (16 atm, 200ºC, 5 horas): forma-se hidrossilicato de cálcio (C-SH).

Características Material bem compactado: resistência à compressão varia entre 4,5 e 15 MPa. Alta precisão nas dimensões. Arestas bem definidas. Textura suave, pouca rugosidade, alta absorção de água. Peso de até 132 kg/m². Coloração variada por meio de adição de pigmentos.

GRUPO 2

unipacs.com.br

TIJOLOS DE VIDRO

Características: Peças ocas, estanques, preenchidas com ar rarefeito. Bom isolamento térmico e acústico. Várias colorações. Normas: NBR 14899-1/2002 - Blocos de vidro para a construção civil – Parte 1: Definições, requisitos e métodos de ensaio.

Produção: Fundição de duas partes de vidro a altas temperaturas. O resfriamento do vidro fundido faz a pressão interna do ar reduzir.

Page 29: Aulas 12 a 14

24/11/2015

29

unipacs.com.br

Alvenaria Portante ou Estrutural A alvenaria portante ou estrutural teve sua origem na pré-história, sendo um dos sistemas construtivos mais antigos. São denominadas Portantes as alvenarias destinadas a absorver as cargas das lajes, coberturas, caixas d’água, fazendo o papel das vigas e pilares. As alvenarias portantes por serem responsáveis por suportar a carga gerada na estrutura devem ser dimensionadas com o intuito de absorve-la, e para tanto utiliza-se as NBR’s 10837 e NBR 8798, observando que a espessura mínima não deva ser inferior 14,00 cm e a resistência à compressão mínima fbk³ de 4,5 Mpa. As alvenarias estruturais possuem uma série de vantagens a serem consideradas como: Diminuição do tempo de construção. Economia no custo total da Obra podendo reduzir em até 20%. Menor gasto com revestimentos. Técnica executiva simplificada. Facilidade de integração com outros sistemas.

GRUPO 3

unipacs.com.br

GRUPO 3

Page 30: Aulas 12 a 14

24/11/2015

30

unipacs.com.br

As alvenarias estruturais estão classificadas em: • Alvenaria estrutural não armada • Alvenaria estrutural parcialmente armada • Alvenaria estrutural armada

GRUPO 3

unipacs.com.br

Alvenaria estrutural não armada São construídas com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, e que contem armadura sem função estrutural e sim apenas para amarração. Alvenaria estrutural parcialmente armada São alvenarias construídas com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, onde as armaduras além da função de amarração, fazem a função estrutural de alguns elementos, os blocos vazados são preenchidos com graute para resistir a esforços, sendo as paredes restantes consideradas não armadas. Alvenaria estrutural armada São alvenarias construídas com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, onde as armaduras além da função de amarração, fazem a função estrutural. Neste tipo de alvenaria algumas cavidades dos blocos vazados recebem além da armadura um preenchimento com graute para absorver os esforços gerados pela construção.

GRUPO 3

Page 31: Aulas 12 a 14

24/11/2015

31

unipacs.com.br

NBR 8798 Esta norma determina as exigências necessárias a serem cumpridas na construção de alvenarias de estrutural de blocos vazados de concreto. Determina ainda, quais outras normas devem ser observadas no momento da construção. NBR 10837 Esta norma fixa as condições exigidas nos projetos e execuções de obras em alvenaria estrutural, não armada, parcialmente armada ou armada, exclusivamente de blocos vazados de concreto, conforme NBR 6136. NBR 6136 Esta norma estabelece as condições necessárias para aceitação de blocos vazados de concreto simples confeccionados com cimentos Portland, água e agregados minerais, com ou sem a inclusão de outros materiais, destinados a execução de alvenaria estrutural.

GRUPO 3

unipacs.com.br

Quanto a posição dos blocos as alvenarias estão divididas em: Alvenaria de tijolo de cutelo Utilizado em paredes de divisórias de fraca espessura ou em construções de caráter provisório, divisões fundos de armários embutidos, box de banheiro entre outros. São reforçadas de 2m em 2m por prumos de madeira ou ferro. Alvenaria de meio tijolo O tijolo é assentado de modo que a largura corresponda a espessura da parede, são normalmente utilizados em paredes de vedação divisões internas e servem de suporte para carga, acima de 4 m de comprimento são necessários pilares como reforço. Alvenaria de um tijolo O tijolo é assentado de modo que o seu maior comprimento determina a espessura da parede. Normalmente são utilizados como paredes externas, pois apresentam maior impermeabilidade e resistência, contudo apresentam menor rendimento elevando o custo.

GRUPO 3

Page 32: Aulas 12 a 14

24/11/2015

32

unipacs.com.br

Alvenaria de um tijolo e meio As paredes possuem 35cm, os tijolos podem ser dispostos de várias formas, sendo que as fiadas impares correspondem a uma fila de tijolos a uma vez e as fiadas pares, a meia vez.

Alvenaria de dois tijolos Neste caso a espessura da parede é múltipla da largura de tijolos.

Alvenaria oca Uma parede dupla são simplesmente duas fileiras de tijolos à meia vez, unidas por ganchos metálicos que as unem uma à outra. São espaçadas com cerca de 6 a 9 centímetros e o seu espaço interior é revestido de um material isolante. A sua resistência é igual à das paredes a meio tijolo. São usada cada vez mais na construção das casas, já que oferecem um elevado grau de isolamento térmico e acústico e são as mais eficazes na prevenção de umidades.

GRUPO 3

unipacs.com.br

Alvenaria de blocos de cerâmicos Os blocos cerâmicos são comumente utilizados em alvenarias de vedação, embora existam blocos cerâmicos para alvenaria estrutural. As alvenarias tradicionais de concreto armado utilizam os blocos cerâmicos no fechamento dos vãos e compartimentação de ambientes.

Alvenaria de blocos de maciço O tijolo maciço é um tipo de bloco feito de barro comum, desprovido de furos, moldado com arestas retilíneas. É considerado um tijolo rústico, primitivo e produz alvenarias muito resistentes. Bastante utilizados em construções de tijolo aparente e em construções onde se faz necessário blocos mais resistentes.

GRUPO 3

Page 33: Aulas 12 a 14

24/11/2015

33

unipacs.com.br

Alvenaria de blocos de concreto celular Fabricados tendo como material de base areia, cimento e cal. Os blocos de concreto celular são utilizados em todos os tipos de alvenaria, apresentam características resistência ao fogo, isolante térmico e acústico.

Alvenaria com pedra Alvenaria com pedra é um tipo de alvenaria rudimentar que podem ser assentadas com argamassa ou simplesmente encaixadas. Para garantir a estabilidade quando construído com pedra seca, se faz necessário uma espessura considerável, é um tipo de alvenaria bastante utilizado em muros de arrimo devido sua alta capacidade de permeabilização.

GRUPO 3

unipacs.com.br

Quanto aos componentes de ligação Alvenaria de junta seca São aquela unidas sem a utilização de argamassa, foi bastante utilizada no passado na construção de muros de pedra. Também é possível encontrar paredes de blocos cerâmicos assentados sem a utilização de argamassa, porem estudos comprovam que a resistência a compressão fica comprometida causando microfissuras na estrutura interna dos blocos comprometendo sua capacidade de absorção de carga. Alvenaria de junta preenchida As alvenarias de junta preenchidas são mais comuns de serem encontradas, são aquelas as quais utiliza-se argamassa na união dos blocos, sua espessura varia de 1cm a 1,5cm, espessuras maiores podem comprometer a resistência da alvenaria.

GRUPO 3

Page 34: Aulas 12 a 14

24/11/2015

34

unipacs.com.br

Quanto a proteção Alvenaria aparente São aquelas desprovidas de revestimento, são bastante utilizadas para ornar ambientes. Alvenaria revestida As alvenarias externas são revestidas como forma de proteção, vedação ou até mesmo como ornamentação das construções.

GRUPO 3

unipacs.com.br

Page 35: Aulas 12 a 14

24/11/2015

35

unipacs.com.br

VERIFICAÇÕES PRELIMINARES

Estrutura (geometria, desempeno e alinhamentos);

Eventual reparação pontual da estrutura (aguardar 3 dias após reparação);

Limpeza e nivelamento dos pavimentos;

Ferros de espera na estrutura para ligação das alvenarias (eventualmente) ;

Assegurar fornecimento de material no piso.

Instalação dos escantilhões Todos os escantilhões existentes no mercado são similares. O que os diferencia é basicamente a facilidade na fixação e a maneira de ajuste das referências das fiadas .

GRUPO 4

unipacs.com.br

ETAPAS DE EXECUÇÃO

1. Marcação e 1ª fiada;

2. Marcação em altura e nivelamento;

3. Elevação da parede;

4. Fecho superior da parede (encunhamento).

ASPECTOS GERAIS

Molhagem prévia de tijolos a assentar

(evita absorção de água de amassadura),

utilizando pincel de pedreiro sobre face e

topo em contato com a argamassa.

Page 36: Aulas 12 a 14

24/11/2015

36

unipacs.com.br

unipacs.com.br

GRUPO 4

Execução de Alvenaria: elevação das paredes A execução das alvenarias de blocos cerâmicos, após os procedimentos iniciais de locação de eixos, prumos e vãos, requer observar procedimentos que garantirão sua qualidade. 1. Elevação das paredes Para fazer a execução de alvenarias, conforme ela vai sendo levantada, deve ser feita a verificação do alinhamento vertical, através do prumo, e do alinhamento horizontal, através do escantilhão*, de preferência a cada 3 ou 4 fiadas em toda a extensão da parede. O assentamento é feito até a altura aproximada de 1,5m, quando ocorre a montagem de andaime para alcançar as fiadas superiores. Entre cada bloco ou tijolo deve haver juntas verticais e horizontais de 10 a 15mm preenchidas com argamassa. Dimensões menores para as juntas fazem com que a alvenaria absorva pouco as deformações as quais está submetida, e valores maiores fazem com que a parede tenha perda de resistência, além de gerar desperdício de argamassa.

Page 37: Aulas 12 a 14

24/11/2015

37

unipacs.com.br

TÉCNICA DE EXECUÇÃO – 1ª FIADA:

Marcação com “bate-linhas” no pavimento conforme projeto de execução;

Aplicação de uma camada de argamassa e da 1ª fiada, implantando as seções

angulosas e de extremidade (incluindo aberturas);

Completar alinhamentos retos;

Verificação de ortogonalidade com esquadro.

GRUPO 4

unipacs.com.br

Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das paredes e do nível das fiadas

Page 38: Aulas 12 a 14

24/11/2015

38

unipacs.com.br

2. Encontro entre paredes e estrutura Aqui se ilustra uma maneira bastante usada para fazer a amarração entre a alvenaria e os pilares: utilização de telas soldadas aparafusadas no pilar. Esta amarração é fixada entre fiadas na argamassa de assentamento e se faz a cada duas fiadas, aproximadamente. Além disso, pode-se observar um reforço na aderência entre alvenarias e as partes de concreto, pois estas recebem uma demão do chamado “chapisco rolado”, constituído de uma mistura seca em pó a base de cimento, polímero, agregados minerais e aditivos, comprada pronta em sacos e misturado com água no canteiro de obras. Na aplicação, utiliza-se um rolo de lã, para criar textura. 3. Encontro das paredes com as tubulações elétricas Nos pontos onde a alvenaria encontra as tubulações, por onde passarão fiações elétricas, esses canos são cortados o mais perto possível da viga para se conseguir executar as últimas fiadas.

GRUPO 4

unipacs.com.br

4. Fixação entre alvenarias e pilares com o emprego de tela metálica galvanizada Ligações mais fortes podem ser obtidas com armações de espera introduzidas na armadura do pilar (ferros dobrados, faceando a fôrma internamente), ou com “ferros-cabelo” posteriormente colados em furos executados com brocas de vídea φ 8mm (colagem com resina epóxi);

Nos casos correntes recomenda-se introduzir um ferro de φ 6mm a cada 40 ou 50 cm, com transpasse em torno de 50cm para o interior da alvenaria e com penetração no pilar de 6 a 8 cm. Canaletas assentadas na posição dos “ferros-cabelo”, posteriormente preenchidas com graute, produzem ligações ainda mais fortes e absorvem diferenças no posicionamento das armações em relação às fiadas. A ligação pode ainda ser executada com gancho / estribo de dois ramos.

GRUPO 4

Page 39: Aulas 12 a 14

24/11/2015

39

unipacs.com.br

unipacs.com.br

5. Encontro das paredes com estruturas metálicas As ancoragens podem ser executadas com insertos de aço soldados nos pilares e chumbados nas juntas horizontais de assentamento, seguindo-se os mesmos preceitos estabelecidos nas alíneas anteriores (bitolas, espaçamentos, transpasses, emprego de meio-blocos, canaletas, telas de reforço no revestimento, etc.).

GRUPO 4

Page 40: Aulas 12 a 14

24/11/2015

40

unipacs.com.br

Vergas e Contravergas São elementos estruturais presentes na alvenaria que funcionam como pequenas vigas para a distribuição de cargas e tensões em vãos como portas e janelas. As vergas ficam na parte de cima de toda porta, janela ou qualquer outra abertura e a contra verga fica na parte de baixo de Janelas ou outro tipo de abertura que demande um peitoril. Tanto as vergas quanto as contravergas devem ter um comprimento maior que a abertura e serem apoiadas dos dois lados na alvenaria, de no mínimo 30 cm de cada lado do apoio, assim distribuindo corretamente as cargas. Tanto as vergas quanto as contra vergas podem ser feitas de uma peça pré-moldada de concreto ou de blocos canaletas que funcionam como forma para esses elementos da alvenaria.

GRUPO 5

unipacs.com.br

GRUPO 5

Page 41: Aulas 12 a 14

24/11/2015

41

unipacs.com.br

Tais elementos podem ser pré-moldados ou moldados no local, com o uso de vigas ou blocos canaleta.

GRUPO 5

unipacs.com.br

Verga Para portas e janelas, a verga exige uma escora de madeira com a mesma altura do vão apoiada na contraverga ou no piso. Por isso, é preciso esperar que o concreto endureça e ganhe resistência. Daí, com a colher de pedreiro, aplique a argamassa sobre o escoramento, coloque os blocos tipo canaleta e repita o processo da contraverga. O tempo de cura é de até dez dias e deve ser informado pelo projetista.

GRUPO 5

Page 42: Aulas 12 a 14

24/11/2015

42

unipacs.com.br

Contraverga Apenas para vãos de janela. 1. Assente os blocos, conferindo o alinhamento com a régua e fazendo os ajustes

necessários. 2. Aplique concreto no interior do bloco até atingir 3,0 cm de altura e disponha dois

vergalhões de aço com 6 mm de diâmetro cada, com distância de 1,5 cm entre eles.

3. O comprimento deles deve ser, pelo menos, 40% maior do que o vão.

4. Os 20% adicionais, de cada lado, ficarão apoiados na alvenaria, consolidando o conjunto.

5. Preencha com concreto até que falte 4,0 cm para completar a canaleta.

6. Coloque outros dois vergalhões com as mesmas características e complete com concreto.

GRUPO 5

unipacs.com.br

Coxim Coxim é um reforço, uma ajuda para segurar a carga que vem das lajes para cima da alvenaria, ela ajuda na redução da pressão do concreto sobre a alvenaria. Onde as vigas se apoiam na alvenaria, dependendo da reação transmitida e consequente tensão desenvolvida, podemos ter a necessidade de aumentar esta área de apoio. • Vigas e parede de alvenaria na mesma

direção. Calculamos o comprimento de apoio como nas vergas.

• Viga perpendicular a parede de apoio.

GRUPO 5

Page 43: Aulas 12 a 14

24/11/2015

43

unipacs.com.br

Coxim

Aumentamos a área de apoio através de COXINS, que são elementos auxiliares e que devem ter no mínimo a altura da viga que apoia e comprimento calculado em função da reação da mesma. Este comprimento deve ser suficiente para não criar na alvenaria tensões normais maiores do que as admitidas. Além disto, para que a distribuição de tensões na parede seja uniforme, é necessário garantir a rigidez do coxim. O coxim se comporta como um prolongamento lateral da viga e podemos considerá-lo como uma peça com dois balanços, sujeita a Momento Fletor e Esforço Cortante. O coxim deve ter seu comprimento igual a no mínimo o dobro da altura da viga.

GRUPO 5

unipacs.com.br

Encunhamento E um feito que é usado para finalizar uma parede de alvenaria para evitar trincas. Tipos de Encunhamento: Encunhamento com tijolos inteiros ou metades. Encunhamento com argamassa expansiva.

GRUPO 5

Page 44: Aulas 12 a 14

24/11/2015

44

unipacs.com.br

Encunhamento com tijolos ou metades

Quando a alvenaria estiver sendo usada apenas para vedação, ou seja, enchimento de vãos nas estruturas de concreto armado, são necessárias providências especiais para evitar que a alvenaria trinque junto à viga que fica imediatamente acima. A execução da parede deverá ser suspensa a uma distância de cerca de 20 cm do respaldo, para só depois de 1 ou 2 dias terminar a parede fazendo o que se chama de “encunhamento”. Este é feito com tijolos inclinados ou cortados em diagonal. Deve-se tomar o cuidado de usar inclinações diferentes nas duas seções ou partes do painel.

GRUPO 5

unipacs.com.br

Encunhamento com argamassa expansiva. O encontro entre a alvenaria de vedação e a estrutura de concreto do pavimento superior é uma região onde podem ocorrer fissuras. Isso acontece, pois a estrutura pode transmitir os esforços aos quais está submetida para a alvenaria e também, pela retração da argamassa quando esta seca. Para prevenir as fissuras, é necessário empregar materiais e técnicas que possam absorver estes esforços e maximizar a aderência entre estas partes da construção. O encunhamento com argamassa expansiva é uma destas soluções e deve ser utilizado quando a estrutura é pouco deformável. Para sua execução, a alvenaria deve ter sido concluída há no mínimo 14 dias, e a superfície deve estar totalmente limpa, sem qualquer tipo de pó, óleo, eflorescências ou outros materiais que prejudiquem a aderência.

GRUPO 5

Page 45: Aulas 12 a 14

24/11/2015

45

unipacs.com.br

Encunhamento com argamassa expansiva. O encunhamento deve ser realizado de cima para baixo, com intervalo mínimo de 24 horas entre os pavimentos, de maneira a dar tempo para a estrutura se deformar. A argamassa expansiva é uma mistura seca comprada pronta em sacos de 50kgs. No canteiro de obras é adicionada água, em quantidade definida pelo fabricante (em média 7 litros), sendo trabalhada em betoneira, em argamasseira ou manualmente, por alguns minutos. A folga deixada entre a alvenaria e a estrutura – de 2 a 3 cm – é preenchida em cada um dos lados com uma colher de pedreiro. O excesso é retirado com a própria colher. Para melhorar a aderência entre a argamassa expansiva e as partes de concreto da edificação, costuma-se usar o chamado “chapisco rolado”, constituído de uma mistura seca em pó a base de cimento, polímero, agregados minerais e aditivos, comprada pronta em sacos e misturado com água no canteiro de obras. Na aplicação, utiliza-se um rolo de lã, para criar textura.

GRUPO 5

unipacs.com.br

GRUPO 5

Page 46: Aulas 12 a 14

24/11/2015

46

unipacs.com.br

O que é respaldo na alvenaria?

A fiada de respaldo têm a função de fazer a ligação entre as paredes e as lajes, distribuindo esforços e conferindo ao sistema aumento de rigidez. A ligação que faz entre as paredes e as lajes pode ser considerada como travamento dos painéis de parede e, consequentemente, reduzindo sua esbeltez, tornando mais econômico o dimensionamento.

Quando lajes de concreto armado estão apoiadas diretamente na alvenaria, o respaldo da alvenaria deve ser arrematado com uma cinta a fim de evitar “aberturas” nos cantos e esmagamento dos tijolos do respaldo. Em geral, a cinta consiste de uma viga de concreto armado, com a mesma espessura da parede e altura variável. A altura da cinta, sua armação e o traço do concreto vão depender da carga atuante sobre a parede. Nas alvenarias com alturas superiores a 3 m, deverão ser previstas cintas de amarração intermediárias, dimensionadas, sobretudo, para absorver a ação de cargas laterais. Acima de 5m de altura, as paredes deverão ser dimensionadas como alvenaria estrutural. Cargas concentradas, como vigas, não deverão apoiar-se diretamente na alvenaria, mas sim através de coxins de concreto armado.

GRUPO 5

unipacs.com.br

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES

Disciplina: Tecnologia da Construção

AULA 14

Page 47: Aulas 12 a 14

24/11/2015

47

unipacs.com.br

As lajes pré-moldadas substituem com vantagens as lajes tradicionais in loco. Elas proporcionam rapidez na execução e menor consumo de material,

principalmente em formas e escoramentos. São estruturas que suportam com segurança as sobrecargas normais de uma

residência e edificações de pequeno porte, como comércios e escritórios. Podem vencer vãos de até 5m e o comprimento de cada vigota varia,

normalmente de 10 em 10 cm. É bom estar ciente de que essas lajes, para piso de uso industrial devem ser

calculadas por especialistas.

CONCEITO GERAL

LAJES PRÉ-MOLDADAS

unipacs.com.br

Para lajes pré-moldadas de uso corrente pode-se admitir as seguintes sobrecargas:

Laje para forro residencial: 50 kgf/m² Laje de piso residencial: 150 kgf/m² a 200 kgf/m²

Essa estrutura é constituída basicamente de vigotas de concreto com forma

de T invertido espaçadas entre si uniformemente, com a colocação de tavelas ou lajotas de cerâmica ou EPS (poliestireno expandido) entre as vigotas.

Finalmente, essa montagem recebe uma capa de concreto com a finalidade

de solidificar o conjunto a qual, dependendo do vão e do uso, pode ser reforçada com uma ferragem superior.

UTILIZAÇÃO MAIS COMUM

LAJES PRÉ-MOLDADAS

Page 48: Aulas 12 a 14

24/11/2015

48

unipacs.com.br

Vigota Tavelas Malha de aço Concreto

ELEMENTOS QUE COMPÕE UMA LAJE-PRÉMOLDADA

LAJES PRÉ-MOLDADAS

*

unipacs.com.br

Vigota treliçada EPS Malha de aço/aço principal Concreto

ELEMENTOS QUE COMPÕE UMA LAJE-PRÉMOLDADA

LAJES PRÉ-MOLDADAS

Page 49: Aulas 12 a 14

24/11/2015

49

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

MONTAGEM

a) No respaldo da alvenaria deve haver uma cinta de amarração devidamente

nivelada na altura da laje com a finalidade não só de estruturar a alvenaria, mas

de melhor distribuir os carregamentos oriundos da laje a ser executada;

Page 50: Aulas 12 a 14

24/11/2015

50

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

MONTAGEM

a) Pelo lado externo da alvenaria deve ser fixada uma tábua, normalmente de 30 cm

de largura, para servir como forma ao concreto da capa da laje. Esse

procedimento pode ser substituído pelo assentamento de canaletas de cerâmica

do tipo J que realizam duas funções simultaneamente: servir como cinta de

amarração e como forma para a capa de concreto.

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

MONTAGEM

c) A distribuição das vigotas deve seguir o esquema de montagem do fabricante ou

do calculista;

d) Nada impede que se comece a montagem da tavela apoiada sobre a alvenaria

paralela ao sentido das vigotas. Deixar uma pequena folga entre a tavela e a vigota

para melhor trabalhabilidade, uma vez que as lajotas sofrem variações em suas

dimensões;

Page 51: Aulas 12 a 14

24/11/2015

51

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

MONTAGEM

e) Os escoramentos devem ser considerados no projeto da laje. Geralmente é

possível adotar um escoramento espaçado de no máximo 1,20m em cada linha de

escora no sentido transversal ao sentido das vigotas. No escoramento prever uma

contraflecha para a futura acomodação da laje, conforme a orientação do

fabricante ou calculista. Recomenda-se um prazo de 21 dias para a retirada dos

escoramentos e de 28 dias para as lajes em balanço. O material utilizado pode ser

de madeira ou escoramentos metálicos;

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

MONTAGEM 1

Page 52: Aulas 12 a 14

24/11/2015

52

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO

Uma armadura de distribuição é usada no sentido transversal às vigotas a cada 40cm

– Ø 5mm – e a cada 1m no sentido longitudinal.

Para lajes que recebem a função de suportar pisos, uma ferragem apropriada deve ser

colocada de acordo com as recomendações do projetista.

Essa armadura tem a função de melhor distribuir os esforços e sobrecargas, como

também evitar as fissuras na capa de concreto.

Nada impede que se utilize malha de ferragem produzida industrialmente. Elas tem a

vantagem de melhor produtividade.

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

Page 53: Aulas 12 a 14

24/11/2015

53

unipacs.com.br Fonte: http://www.isoferes.com.br/

unipacs.com.br

Fonte: http://www.isoplast.ind.br

Page 54: Aulas 12 a 14

24/11/2015

54

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

INSTALAÇÕES EMBUTIDAS

Muitas vezes na laje pré-moldada são posicionados conduítes, caixas de passagem e

tubulações. Nestes casos é primordial que os profissionais dessas áreas

acompanhem o processo de execução da laje para que não ocorram problemas

futuros.

Os mais comuns são:

Caixa de passagem que foi mal posicionada, provocando o escorrimento de

concreto em seu interior; Conduítes mal fixados nas caixas de passagem, provocando seu entupimento com

concreto Pela atividade de concretagem, principalmente pelo pisoteamento, pode acorrer:

Amassamento dos conduítes; Deslocamento das caixas de passagem; Deslocamentos dos tubos de passagem dos encanamentos.

unipacs.com.br

Page 55: Aulas 12 a 14

24/11/2015

55

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS)

O EPS está cada vez mais comum na construção

civil, principalmente na execução das lajes.

Algumas vantagens:

Diminuição do peso próprio da estrutura, refletindo

diretamente em seus custos;

Redução da mão de obra;

Baixa absorção de água;

Melhor Isolamento térmico e acústico;

Alta imunidade a fungos e bactérias;

Não há perdas por quebras;

Diminuição em formas e escoramentos;

Flexibilidade de medidas;

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS)

Alguns cuidados, no entanto, devem ser observados:

Possui alta sensibilidade a produtos que contém solventes;

Libera gases tóxicos quando exposto ao fogo.

Nunca se deve despejar a massa de concretagem num só lugar, nem mesmo sobre tábua ou

madeirite, o que certamente causaria danos às lajotas de EPS, vigas treliçadas e escoramento.

Page 56: Aulas 12 a 14

24/11/2015

56

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

CUIDADOS COM A LAJE PRÉ-MOLDADA (CONCRETAGEM E CURA)

Colocar tábuas sobre a laje para a movimentação dos trabalhadores;

Não pisar nas tavelas;

Molhar abundantemente a laje antes da concretagem;

Assegurar que os tubos de passagem estão bem fixados e no local adequado, conforme o

projeto, bem como os conduítes e caixas de passagem;

Verificar, durante a concretagem, as condições do escoramento;

Não sobrecarregar com concreto um único local da laje durante a concretagem, pois pode

ocasionar o rompimento das tavelas;

Atenção especial no encontro de laje com vigas e pilares. O excesso de armadura pode

provocar falas de concretagem;

O concreto deve receber procedimentos de cura por pelo menos sete dias. Um

procedimento interessante é utilizar aspersor de água (o mesmo usado para regar grama);

Se a laje não for receber cobertura, deve providenciar impermeabilização adequada e não

se esquecer de executar escoamento para as águas pluviais com inclinação mínima de 1%.

unipacs.com.br

LAJES PRÉ-MOLDADAS

EXERCÍCIO

Calcule o consumo de material para a concretagem de uma laje unidirecional de 4,50m x

8,00m, que será executada em tavelas de EPS.

Dados:

Mesa: capa de concreto de 4cm

Aço: 5mm c/ 15cm

Argamassa polimérica: Reboco de 1,5 cm e Contrapiso de 2cm;

Tavela de EPS: H12/40/120 (intereixo: 49cm, dente: 1,5cm)

Vigotas: treliçada pré-moldada: base: 12cm, base concretada 3cm; altura total: 12 cm

49 cm

6 cm 6 cm 37cm

12

4

16

Page 57: Aulas 12 a 14

24/11/2015

57

unipacs.com.br

NOTAS: 1- Os valores dos inter-eixos levam em conta vigotas com 13cm de largura, na face superior do concreto. 2- Consumo de concreto médio considerando-se a presença das nervuras transversais nos sistemas construtivos uni e bidirecionais. 3- Estes resultados são decorrentes de lajes nervuradas de concreto armado, com taxa de armadura igual a 80 Kgs/m³, incluindo as armações treliçadas soldadas por eletrofusão. Estes valores são representativos, pois variam em cada situação de projeto (carregamento, geometria, contorno, etc). 4- O consumo de tavelas em EPS indicado na tabela acima, não leva em consideração a presença de nervuras de travamento. Fonte: http://www.polysul.com.br/