panorama bíblico aulas 1 a 12

PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO

EVANGELHO DE MATEUS

AULA 1: Síntese das sete dispensações

Introdução

O Novo Testamento faz uma possível alusão a uma divisão em três partes do Antigo Testamento,

quando Jesus disse: “[...] era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés,

nos Profetas e nos Salmos" (Lucas 24.44).

Portanto, o Novo Testamento, é o complemento dos escritos revelados pelo Espírito no Antigo

Testamento.

Síntese das sete dispensações


Gráfico ilustrativo: período de transição entre a dispensação da Lei e a dispensação da Graça


AULA 2: Visão geral do Evangelho de Mateus

Autor: Mateus (Levi)

Propósito: Inspirar os cristãos ao serviço de promover o reino de Deus.

Data: 60-70 d. C.

Verdades fundamentais:

Jesus cumpriu as Escrituras do A.T.;

Jesus é o Rei prometido (o Messias);

Com sua vinda, Jesus inaugurou o reino de Deus na Terra;

Os cristãos, durante a dispensação da graça, devem propagar o reino a todas as nações.

Genealogia e nascimento de Jesus Cristo

I. Genealogia de Jesus Cristo – Mateus 1.1; 2; 16

Verso 1: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.”

Verso 2: “Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; [...]”

Verso 16: “E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.

II. O nascimento de Jesus Cristo – Mateus 1.18-25

Mateus 1.20: “Enquanto [José] ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do

Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do

Espírito Santo”.

Jesus: gerado pelo Espírito

Adão x Cristo


“O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.” (1 Coríntios 15.47).

“Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o

homem celestial, tais também os celestiais.” (1 Coríntios 15.48).


AULA 3: O início da vida e do ministério de Jesus

Mateus 2

A visita dos magos;

Preocupação de Herodes (o grande);

A fuga para o Egito;

Herodes manda matar todos os meninos de dois anos para baixo;

Morte de Herodes (4 a.C.);

Arquelau reina sobre a Judéia (4 a.C. – 6 d.C.);

José e Maria retornam com Jesus do Egito para a região da Galiléia e foi habitar em Nazaré.

Linhagem adâmica x linhagem de Cristo

Mateus 3

A pregação de João Batista;

Batismo para o arrependimento. Apontava para a vinda do Messias;

O Batismo de Jesus.

Mateus 4

1. A tentação de Jesus:

1.1 - Necessidade física de alimento: “[...]manda que estas pedras se transformem em pães.”

1.2 - Interpretação errada das Escrituras: “[...] Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, [...]”.

1.3 - Poder e prestígio na terra: “[...]Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”

Chamado dos discípulos

Pedro, André, Tiago e João. Jesus prega por toda a Galiléia e cura muitos enfermos.


AULA 4: O sermão do monte

Mateus 5

O sermão do monte. As bem-aventuranças:

Os humildes de espírito;

os que choram;

os mansos;

os que têm fome e sede de justiça;

os misericordiosos;

os limpos de coração;

os pacificadores;

os perseguidos por causa da justiça;

Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo,

disserem todo mal contra vós.

Mateus 6

Deus x mamom

Áreas de influência de mamom:

Setores da sociedade


Hierarquia das Necessidades de Maslow

Estresse

Em 1992, a Organização Mundial de Saúde, a OMS, chamou o Estresse de "a doença do século 20"

(SOUZA et al., 2002). Atualmente, o estresse afeta mais de 90% da população mundial e é considerado uma

epidemia global que não mostra sua verdadeira fisionomia.

Sintomas do estresse:

Agressividade anormal;

Boca e gargantas secas;

Escassez da capacidade de concentração;

Sensação de enfraquecimento ou de tontura;

Sensação de fadiga e tristeza;

Sensação de medo e temor sem causa justificada;


Tremores e tics nervosos;

Insônia;

Aumento do suor;

Mãos frias e suadas;

Dores de cabeça;

Nas mulheres, desajustes hormonais e, portanto, distúrbios menstruais;

Dores nas costas, cervicais e pescoço devido à tensão suportada;

Falta de apetite ou ansiedade por comer, auto-estima baixa.

Conselhos da Palavra para vencer o estresse

Reveja seus conceitos;

Olhai as aves do céu;

Olhai os lírios do campo;

Considere: “[...]se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno,

quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? [...] vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;

[...]” (Mateus 6.30;32)

“[...]buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão

acrescentadas.” (Mateus 6. 33).

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de

todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam

conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de

Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”

(Filipenses 4.4-7)


AULA 5: Como Devemos Seguir a Jesus Cristo

Texto Base: Mateus 8:18 a 22 e Lucas 9: 57 62

OBJETIVO

Refletirmos nas palavras de Jesus Cristo, para obtermos entendimento daquilo que Ele espera de

nós, quando somos chamados a seguí-lo.

INTRODUÇÃO

No texto citado, vemos três casos que desejam seguir a Jesus Cristo, sendo 2 pessoa voluntárias e 1

pessoa chamada por Ele. Jesus coloca os três casos à prova e podemos constatar pelas respostas Dele, que

Ele vê o coração das pessoas, penetrando nas intenções, coisa que nós não podemos ver.

DESENVOLVIMENTO

1. O 1º HOMEM – VOLUNTÁRIO

Jesus viu no coração daquele homem preocupação com a segurança material e com o conforto;

provavelmente o homem estava fascinado com Jesus, seus ensinos, milagres e suas palavras. Isso atrai muita

gente, mas é superficial, não é tudo o que o Senhor quer e espera de nós. Em Mateus , capítulo 13, versículo

22, temos a narração da parábola do semeador que retrata bem esta situação, ou seja, “ e o que foi

semeado entre espinhos é o que houve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas

sufocam a palavra e fica infrutífera”.

Havia coisas do mundo no coração daquele homem que o impediu de dizer um sim totalmente.

Temos que entender que os maiores obstáculos na nossa vida cristã, não são os que se apresentam pelo

caminho, mas sim, os que estão em nosso coração. A bíblia relata personagens que tomaram decisões

importantíssimas quando colocados à prova. Podemos citar aqui dois exemplos:

1º) O de Daniel, quando foi desafiado a comer os manjares do rei e a se prostrar diante da imagem

de Nabucodonosor. Ele simplesmente disse que comeria as verduras que estava habituado e não se curvou

diante do interdito do rei, glorificando em tudo ao Pai. Deus o honrou por isso, preservando sua vida e

possibilitando um testemunho vivo do verdadeiro Deus , não somente ao rei mas a todo povo, nação e

língua, glorificando ao único Deus e Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.

2º) O segundo caso que podemos mencionar é o de Abraão, quando Deus diz a ele para que deixe

sua casa e sua parentela e Abraão foi obediente de imediato.


2. O 2º HOMEM - CHAMADO

Neste caso, houve um chamado de Jesus para este homem, quando ele diz: “Segue-me”; porém a

resposta foi protelatória, quando na verdade Jesus Cristo esperava uma resposta de imediato, assim como

fez Abraão. Podemos dizer que protelar as coisas de Deus, quando estamos cientes daquilo que é para

fazermos, é uma maneira muito educada de dizer NÃO àquilo que Deus espera de nós. Há coisas em nossa

vida cristã que o Senhor nos desafia a renunciar para que cada vez mais cresçamos na graça e no

conhecimento Dele. Veja, por exemplo, o que nos diz os seguintes textos :

Lucas 18: 29 e 30: E Ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenho deixado casa,

ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus e não haja de receber muito mais neste mundo

e, na idade vindoura, a vida eterna.

Filipenses 3:8 : “ E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do

conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero

como esterco, para que possa ganhar a Cristo “.

3. O 3º HOMEM – VOLUNTÁRIO

Pelo texto podemos constatar que a atitude deste terceiro homem, voluntário, demonstrou

indecisão, hesitação e vacilação, porque ele queria voltar a ver o que lhe dava prazer neste mundo. A vida

cristã, isto é, seguir a Jesus Cristo, envolve decisões, coragem, porque o evangelho é AUTONEGAÇÃO. Querer

ver coisas do nosso passado quando ainda não conhecíamos à Jesus Cristo, não agrada ao Senhor. O próprio

evangelho diz em Lucas 9:62 = “ E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto

para o Reino de Deus”. A vida com Cristo é uma nova vida, passamos a ser nova criatura, as coisas velhas

devem ser deixadas para trás. Situação deste tipo foi vivida pela mulher de Ló, quando o Senhor disse para

que ela não olhasse para trás, porque Sodoma e Gomorra estava sendo destruída. Ela não obedeceu à

Palavra do Senhor, e, ao olhar, foi transformada em uma estátua de sal.

CONCLUSÃO

Quanto mais renúncias das coisas do mundo, mais vou me parecendo com Cristo;

Jesus vai nos colocar à prova com relação ao desprendimento de tudo aquilo que ainda estamos

muito ligados;

O Reino de Deus é um reino que deve ser buscado em primeiro lugar (Mateus 6:33);


É um reino tomado por esforço (Mateus 11:12 e Atos 14:22);

Não é um reino só de palavras, mas de poder (1 Coríntios 4:20). Isto é, não é só de falar, mas de

agir.

O que tem sido para você seguir a Jesus Cristo ?

MINISTRAÇÃO

Ore pela classe, pedindo que o Espírito Santo de Deus convença a cada um que estiver presente,

daquilo que o Senhor quer que nós deixemos em nossa vida cristã, para que o Seu nome seja cada vez mais

glorificado, através de um testemunho vivo de nossa parte.

Ore para que haja coragem de cada um em renunciar o que precisa ser renunciado.

Que Deus abençoe.


AULA 6: A Primeira Multiplicação dos Pães

Texto Base: Mateus 14: 13 a 21; Marcos 6:30 a 44; Lucas 9:10 a 17 e João 6:1a 14

OBJETIVO

Refletirmos sobre alguns princípios bíblicos contidos neste texto, para a edificação espiritual de

nossas vidas, e, consequentemente, aplicá-los em nosso viver cristão diário.

INTRODUÇÃO

É um dos milagres da natureza feitos por Jesus. É o único milagre relatado nos 4 evangelhos. Faz

alusão à ceia : tomou, deu graças, partiu e distribuiu. Estaremos esta passagem bíblica para refletirmos sobre

princípios e ensinos bíblicos sobre o Deus PROVEDOR, mais especificamente na área financeira.

DESENVOLVIMENTO

1. Jesus Gosta das Coisas Em Ordem

Jesus fez o povo se assentar em grupos de 50 e 100 pessoas, colocando ordem na multidão,

conforme está relatado em Marcos 6:40.

Precisamos colocar as nossas finanças em ordem, aplicando diligentemente os ensinos e princípios

de Deus.

Estabelecermos um orçamento que agrade a Deus, isto é, gastarmos menos do que ganhamos, além

de outras providências que falaremos à frente.

Um orçamento financeiro mal elaborado, gera consequências muito grandes na pessoa, na família,

no casamento, e, principalmente, nos tira a motivação e o ânimo de nos aproximarmos mais do Senhor.

(aspecto espiritual)

Estatisticamente está comprovado que 70% dos casamentos desfeitos (separações), decorrem da

influência gerada pelos problemas financeiros nos relacionamentos.

Precisamos aprender a viver o dia a dia de nossas vidas, mantendo as nossas contas em dia. Eliminar

todo e qualquer atraso. Iniciar um planejamento para isso. Ler os versículos que estão em Provérbios 3:28 e

10:4.


2. Mudar Outros Comportamentos e Atitudes

Não comprar em excesso

Não comprar pela emoção

Não comprar sem pesquisar

Não ser consumista (comprar sem ter necessidade)

Não ter pressa (Provérbios 19:2 e 20:25)

Não desperdiçar (Jesus mostrou que não era esbanjador – 12 cestos)

Se casado, os cônjuges devem resolver esses problemas com compromisso

Muitos não recebem porque olham para o sistema do mundo(compreensão baixa)

Ainda somos escravos de alguns comportamentos e atitudes mundanos.

3. Cuidados e Promessas do Senhor Para Nós

O milagre da multiplicação dos pães mostra os cuidados o Senhor para com os 5.000 famintos

Está escrito que Deus supre, em Cristo Jesus, todas as nossas necessidades (Filipenses 4:19). Ele não

está dizendo quando irá suprir, mas está prometendo que suprirá. É necessário obediência aos seus

mandamentos e Ele realizará o que nos promete.

A grande maioria de seu povo tem seus recursos financeiros limitados, portanto temos que aplicar a

sabedoria os ensinos do Senhor para podermos manter um orçamento equilibrado.

No tempo da fome, conserva-nos a vida (Salmo 33: 18-19)

Nada falta aos que o temem.......aos que buscam, bem nenhum lhes faltará (Salmo 34: 9 e 10 –

Salmo 84:11)

Deus ama a prosperidade do seu servo (Salmo 35: 27 e 28 – Salmo 122:6)

Na sua casa há prosperidade e riqueza (Salmo 112:3)

Temos que permanecer firmes confiando nos princípios e promessas do Senhor para nós.

Importante entendermos nessa multiplicação de pães e peixes, que Jesus deu início ao milagre com

aquilo que tinha em mãos, ou seja, 5 pães e 2 peixinhos.

Da mesma maneira vemos o relato da multiplicação do azeite da viúva e da farinha do bolo,

realizados por Eliseu.

CONCLUSÃO

A palavra de Deus diz que “TUDO É POSSíVEL AO QUE CRÊ”. Muitos crentes estão sofrendo, e muito,

por questões financeiras, em razão de não entenderem os princípios de Deus para as finanças. Cremos que


se o irmão ou irmã, buscar a presença de Deus e decidir reorganizar (por em ordem) as finanças, aplicando os

ensinos do Senhor, certamente com o decorrer do tempo estará liberto das garras de Satanás (Mamom) e

terá uma vida pessoal , conjugar e familiar muito melhor.

MINISTRAÇÃO

Ore pedindo a Deus que desperte em cada aluno o desejo de conhecer e viver cada vez mais os

ensinos do Senhor nessa área, bem como para que o Espírito Santo levante àqueles que possam estar

abatidos por essa razão, fazendo-os enxergar a vitória em Cristo Jesus.


AULA 7: O princípio da confiança em Deus

Deus quer suprir em Cristo Jesus todas as nossas necessidades. A Bíblia está repleta de exemplos de

pessoas que confiaram em Deus, entregando-Lhe mesmo que fossem pequenas quantidades materiais e

viram a multiplicação proporcionada pelo Senhor.

Deus, em Cristo Jesus, supre nossas necessidades

Em Filipenses 4.19 Paulo afirma que Deus suprirá, em Cristo Jesus, cada uma das nossas

necessidades. Ele não está dizendo quando, mas diz que suprirá.

Cuidados de Deus – Promessas

No tempo da fome, conserva-nos a vida (Salmo 33: 18-19);

Nada falta aos que o teme (...) aos que buscam, bem nenhum lhes faltará (Salmo 34: 9 e 10 –

Salmo 84:11);

Deus ama a prosperidade do seu servo (Salmo 35: 27 e 28 – Salmo 122:6);

Na sua casa há prosperidade e riqueza (Salmo 112:3).

O processo de multiplicação efetuada por Deus

Leitura do texto: Marcos 8.14-21

1ª Multiplicação: 5 pães => 12 cestos

2ª Multiplicação: 7 pães => 7 cestos

3ª Multiplicação: 1 pão => Zero

Vale ressaltar que a 3ª multiplicação não ocorreu porque os discípulos retiveram o único pão que

tinham nas mãos.

Outros exemplos de multiplicação e suprimento de recursos:

Viúva de Sarepta (1 Reis 17)

Mulher rica (Sunamita) – (2 Reis 4; 8)


Conclusão

Sofremos porque não confiamos, por isso retemos e não entregamos Àquele que pode multiplicar

nossos recursos.


Aula 8: A Bênção do Dar

Texto Base: 2 Coríntios 9: 6 a 11

OBJETIVO

Conforme pudemos tratar nas duas aulas anteriores, sobre os ensinos e princípios de Deus para uma

vida financeira abençoada, trataremos nesta aula sobre a importância do DAR; Outro princípio

importantíssimo para a nossa vida e que não tem sido considerado, como deveria, em nosso viver cristão

diário.

INTRODUÇÃO

Estudamos na aula anterior que o 3º milagre da multiplicação dos pães e peixes não pode acontecer,

porque os discípulos não entregaram o pão que estava em seu poder. É exatamente esse aspecto que

queremos abordar na lição de hoje. O dar conforme está escrito em Atos 20:35: “...Mais bem aventurada

coisa é dar do que receber”.

DESENVOLVIMENTO

Entendendo os Princípios – I

Existem dois reinos: O Natural e o Espiritual e ambos são regidos por leis;

A Constituição rege todas as leis em nosso país.

A palavra de Deus rege o mundo espiritual (bençãos,maldições, anjos, demônios,etc....)

Os princípios de Deus operam em bases diferentes dos princípios naturais.

Quando temos uma necessidade, seguramos ainda mais o que temos (reino natural).

No reino espiritual, Deus nos ensina a abrir mão do que temos, para que se possa ter mais.

Os princípios de Deus operam de uma forma diferente das que normalmente aprendemos e

seguimos.

Entendendo os Princípios – II

Em outras palavras significa dizer que: o que você der acaba voltando para si mesmo (Provérbios 11:

24 e 25).

Dar : estabelece a aliança com Deus

Dar : libera o poder de Deus a nosso favor


Dar : permite ao Senhor repreender o devorador de nossas finanças.

Dai e dar-se-vos-á (Lucas 6:38)

A palavra dar no grego significa: alguém te dará

À medida que damos, vamos aumentando a nossa sementeira. (Ler 2 Reis 4).

ILUSTRAÇÃO: O próprio Deus agiu assim, dando Seu Filho Unigênito para morrer. Quando

ressuscitou gerou milhões de frutos. (João 12:24).

Transformar o nosso entendimento. Deus não faz acepção de pessoas, isto é: não abençoa mais um

do que outro.

Deus tem prazer em nos dar às coisas.

Qual é a diferença? É o plantar sementes. Investir no reino espiritual (Eclesiastes 11: 1 – 6).

Outros Princípios e Ensinamentos

Estarmos mais conscientes da semente do que da necessidade.

Não devemos buscar dádivas, mas sim o doador (Mateus 6:33)

PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM OFERTAS :

- Sistematicamente: 1 Coríntios 16:2

- Individualmente: 1 Coríntios 16:2

- Proporcionalmente: 1 Coríntios 16:2 e 2 Coríntios 8:12

- Voluntariamente: 2 Coríntios 8:3 e 9:1 e 2

- Generosamente: 2Coríntios 8: 2,3,7; 9:6-11

- Alegremente: 2 Coríntios 9:7

- Consagradamente: 2 Coríntios 8:5

- Continuamente: 2 Coríntios 8: 10,11

- Humildemente: Mateus 6:24

CONCLUSÃO

Vimos claramente pelo estudo apresentado, que o desejo de Deus é nos abençoar e Ele não faz

nenhuma acepção de pessoas, portanto poderemos ou não receber mais do Senhor, mas dependerá da

maneira como agirmos em nossa vida cristã, no que diz respeito ao DAR. É sempre muito importante lembrar

que o terceiro milagre não aconteceu porque o único pão que estava nas mãos dos apóstolos não foi

entregue à Jesus Cristo para a multiplicação.


MINISTRAÇÃO

Orar e profetizar sobre as finanças de cada aluno da classe pedir ao Espírito Santo que traga

quebrantamento ao coração de todos os participantes da aula.


AULA 9: Um relacionamento significativo com o Senhor

Texto Base: João 6: 60 a 71

OBJETIVO

Conhecer a Deus e a Jesus Cristo, através de um relacionamento significativo. Mediante este

relacionamento, de amor, Ele revela Sua vontade e nos leva a conhecê-lo. Quanto mais próximos de Seu

Filho Amado, mais experiências teremos do Seu operar em nossas vidas.

INTRODUÇÃO

Jesus havia feito milagres: multiplicação dos pães e andou sobre as águas;

Jesus havia falado da sua verdadeira missão;

Os milagres atraíram muitos que queriam os pães e os peixes (João 6:26);

Outros esperavam uma nova ordem política em Israel;

Quando Jesus falou sua verdadeira missão, eles perderam o interesse;

Uma geração que queria a benção, mas não o caminho da benção;

Apenas com um sermão (conversa clara) muitos o deixaram repentinamente e facilmente;

Essa atitude caracteriza um relacionamento de superficialidade.

DESENVOLVIMENTO

1 – Toda a Nossa Vida Cristã é Por Fé

Salvação (Efésios 2:8)..............................sois salvos mediante a fé

Justificados (Romanos 5:1)......................justificados, pois, mediante a fé

Graça (Romanos 5:2)...............................obtivemos acesso à graça, por fé

Andar (2 Coríntios 5:7)............................andamos por fé, e não por vista

Viver (Romanos 1:17)

(Gálatas 3:11)..................................o justo vive por fé

(Hebreus 10:38)

Fazer (Romanos 14:23)............................tudo o que não é feito por fé é pecado

Não estamos falando de fé natural, baseada nos cinco sentidos. Essa fé todo mundo tem (a fé de

Tomé - João 20:24-29). Estamos falando de Fé sobrenatural - Fé de Abraão.


2 - Entendendo Melhor o Que é Fé

Todos os que nasceram de novo têm fé (Romanos 12:3)

A Fé não deve ser baseada em sentimentos, mas na Palavra de Deus;

A Fé não é cega, ela tem fundamentos (Hebreus 11:1)

Há diferentes níveis de fé:

pequena fé (Lucas 12:28 )

tamanha fé ( Mateus 8:5 )

cheios de fé( Efésios 1:15)

A fé deve ser falada (profetizada) - 2 Coríntios 4:13 – Romanos 10:9 e 10 – Marcos 11: 22-24

A fé requer ação: Tiago 1: 22 a 25

Não é a fé que muda as coisas, mas Deus quem muda as circunstâncias e fatores.

Devemos combater a dúvida, pois ela vem de Satanás

aporeo: estar sem direção

distazo: estar em 2 caminhos

meteorizo: estar vacilante

A dúvida gera incredulidade. A incredulidade nos afasta do Deus vivo (Hebreus 3:12)

03 - Entendendo o Discurso de Jesus – Versículos 60 e 61

Duro este discurso: não é duro de entender, duro de aceitar, de viver e de seguir

Amar o inimigo, viver por fé, perdoar 70 x 7, dividir os bens, suportar o outro, dar dízimos, dar

ofertas; etc...

Isto escandaliza?

- te perturba, te contraria, desce quadrado, provoca tropeços;

Características da Pessoa Superficial

Não tem raízes........................................................Marcos 4: 16 e 17

Não tem alicerces...................................................Lucas 6:49

Não tem convicções................................................Efésios 4:14

Não tem amor profundo.........................................Ezequiel 33: 31-32

Sua razão de viver está fora de Cristo. Tem mais satisfação nas coisas do mundo. Não se opõe ao

evangelho, mas também não apoia. É complacente, conhece a verdade, mas convive com os erros (Romanos

1:32). Não tem propósitos para com Deus. É acomodado e ausente quanto à santificação de sua vida

(Jeremias 15: 19 e 20).


A igreja é apenas algo que está no mundo (se der eu vou, se não der...).

Insegurança na vida pessoal

CONCLUSÃO

Jesus não foi acomodado pelo sono, pela preguiça e pelo cansaço

Não foi despreocupado com a vontade do Pai para conosco

Não foi alheio e descompromissado

Não foi superficial e nem indiferente

Não deixou de nos amar e de nos servir

Ele cumpriu cabalmente o Seu ministério

MINISTRAÇÃO

Oremos para que o Espírito Santo de Deus nos dê cada vez mais entendimento pleno de Sua obra em

nós, para que busquemos, mais e mais, um relacionamento significativo com o Senhor. Lembremos que

quanto maior a nossa intimidade e santidade para com as coisas do Senhor, maior será a operação dos dons

espirituais em nossa vida, e experimentaremos um crescimento saudável não só em cada um de nós, mas na

igreja como um todo.


Informações Complementares dos Quatro Evangelhos

O Período Intertestamentário

Principais mudanças no NT comparadas ao AT

Políticas e Culturais

Geográficas

Religiosas

Idioma Escrito

Mudanças Políticas e Culturais

O Período Persa, 430-332 a.C

Livro de Malaquias termina por volta de 430 a.C

O Período Grego, 331-167

Alexandre – O Grande

Helenismo

Divisão do Império em 4 partes

Um século de Independência (o período macabeu, 167a.C – 63 a.C)

Antíoco IV Epifânio

Matatias e seus filhos (Judas, Simão, João e Eleazar)

O Período Romano (63 a.C – 636 d.C início da era dos “Herodes”

Mudanças Geográficas

A Palestina

Dividida em três regiões ou províncias: Galiléia, Samaria, Judéia

Diáspora ou Dispersão

Refere-se aos judeus que residiam fora da

Palestina, sem deixar a fé religiosa (formação de pequenas colônias)


Mudanças Religiosas

Partidos Religiosos

Os Fariseus

Mediante a ameaça do helenismo, tinham a responsabilidade de determinar como a Lei deveria ser

aplicada às condições mais recentes, e se necessário, devia ser interpretada (função dos mestres da lei e

escribas).

Aceitavam a Torá (Lei) e a tradição (maneira de aplicar a Lei, conforme os ensinos dos mestres da Lei

em tempos anteriores)

Saduceus

Era um partido composto por sacerdotes ricos e seus amigos da aristocracia.

Eram conservadores quanto à religião e aceitavam apenas os cinco livros de Moisés. Não aceitavam

os Profetas e nem os Escritos.

Não criam na ressurreição (Mt 22:23-33).

Exerciam o domínio político – apoiavam alguns aspectos do helenismo.


Quando a Palestina se tornou parte do Império Romano, para manter seu status quo e não perder a

liderança, eles colaboraram com os romanos.

Zelotes

Partido nacionalista que se opunha violentamente à ocupação romana. Um dos discípulos de Jesus,

Simão era zelote (Lc 6:15)

Herodianos

Apoiava a dinastia herodiana, de modo indireto, o domínio romano. Uniram-se aos fariseus em

oposição a Jesus. (Mt. 22:16; Mc 3:6; Mc 12:13)

Funcionários Religiosos

Mestres da Lei (escribas)

Classe especial de pessoas que copiavam documentos e registravam informações.

Eram secretários governamentais e copistas que produziam exemplares manuscritos das Escrituras.

Com o passar do tempo, tornaram-se cada vez mais influentes e passaram a assumir posições de

liderança no governo.

Os sacerdotes

Descendentes de Arão, irmão de Moisés, da tribo de Levi.

Dividiam-se em grupos para servir no templo.

A maioria morava fora de Jerusalém (Ex. Zacarias Lc 1:8-9). Os que moravam em Jerusalém serviam

no templo em tempo integral e eram considerados mais importantes.

O Sumo Sacerdote

Descendente direto de Arão. Cargo hereditário. Durante o século de governo amoneu (macabeu) o

sumo sacerdote acumulou as funções de líder religioso e político.

Durante o período romano, o sumo sacerdote era nomeado de modo semelhante aos demais oficiais

do governo.

Sacerdotes Principais

Constituíam um grupo bem definido, embora não fique totalmente claro quem eram os sacerdotes

principais.

Provavelmente tenham sido sacerdotes do passado e do presente, ou membros de família de

sacerdotes (At 4:6), ou podem estar inclusos os sacerdotes que trabalhavam no templo em período integral.

Rabis

“Rabi”[heb., rabbî] significa “meu mestre”, “meu senhor”. Empregado como termo geral de respeito.

Exemplos: João Batista, Jesus.

Explicação de João (Jo 1:38; 20:16)


Advertência de Jesus contra os escribas que queriam ser chamados de “rabis” (Mt 23:2-12)

O Sinédrio

Concílio de anciãos, principais sacerdotes e mestres da lei, e era presidido pelo sumo sacerdote.

Durante o reinado romano, o governo interno da Palestina esteve em grande parte nas mãos do

Sinédrio e tinha autoridade reconhecida até mesmo na Diáspora.

É provável que após a morte de Herodes, o grande, o Sinédrio tenha limitado a sua atuação à Judéia,

não podendo alcançar Jesus que estava na Galiléia.

Instituições Religiosas

Templo

O Tabernáculo de Moisés

O Templo de Salomão

Reconstrução durante o cativeiro Persa (Zorobabel, Ageu, Zacarias, Malaquias, Esdras

Neemias).

Reforma durante o governo de Herodes, o grande.

Destruição em 70 d.C.

As sinagogas

“Inventada” no exílio babilônico, a sinagoga passou a ser o local formal, onde um grupo de judeus se

reunia para ler e estudar as escrituras, visto que o templo de Jerusalém tinha sido destruído.

Encontramos no NT, sinagogas em todo o Império romano, principalmente na Palestina.

Não havia oferecimento de sacrifícios. O enfoque principal recaía sobre a pregação. Qualquer

homem podia ser convidado para pregar. (Ex: Jesus Lc 4:16-30; Paulo At 13:15). O culto cristão (e o

muçulmano) segue o padrão adotado na sinagoga.

Idiomas e Escritos da Época do NT

Idiomas

Aramaico

Substituiu o hebraico como idioma comum na Palestina, depois do exílio na Babilônia. É correlata ao

hebraico, mas diferente para não ser entendida pelos judeus em geral no tempo do AT.

Hebraico

Passou a ser a língua religiosa, em virtude do VT estar em hebraico. Embora muitas pessoas

conseguissem ler e escrever, o hebraico não era mais a língua cotidiana.

Latim


Apesar de ser o idioma de Roma e de todos os documentos oficiais do império, não era falado

comumente em todas as partes do Império.

Grego

Língua auxiliar de comunicação que mantinha o vínculo dentro do Império Romano.

Escritos

A Septuaginta

Tradução do AT do hebraico para o grego.

Foi feita durante o reinado grego – solicitado por Ptolomeu Filadelfo e foi feita por 72 judeus

linguistas e peritos.

Os Targuns

Traduções dos livros do AT hebraico para o aramaico. Eram originalmente traduções orais, paráfrases

e interpretações que tiveram origem no cativeiro babilônico, quando a língua comum deixou de ser o

hebraico e passou a ser o aramaico.


Gênesis

Êxodo

Levítico

Números

Deuteronômio

Lei

(5)

Josué

Juízes

Rute

1 Samuel

2 Samuel

1 Reis

2 Reis

1 Crônicas

2 Crônicas

Esdras

Neemias

Ester

Históricos

(12)

Jó

Salmos

Provérbios

Eclesiastes

Cantares de Salomão

Poéticos

(5)

Isaías

Jeremias

Lamentações de Jeremias

Ezequiel

Daniel

Profetas Maiores

(5)

Oséias

Joel

Amós

Obadias

Jonas

Miquéias

Naum

Habacuque

Sofonias

Ageu

Zacarias

Malaquias

Profetas Menores

(12)

Antigo Testamento

(39)

Mateus

Marcos

Lucas

João

Os Evangelhos

(4)

Atos

Livro Histórico

(1))

Romanos

1 Coríntios

2 Coríntios

Gálatas

Efésios

Filipenses

Colossenses

1 Tessalonicenses

2 Tessalonicenses

Cartas a Igrejas

(9)

1 Timóteo

2 Timóteo

Tito

Filemon

Cartas a Pessoas

(4)

Cartas de Paulo

(13)

Hebreus

Tiago

1 Pedro

2 Pedro

1 João

2 João

3 João

Judas

Cartas Gerais

(8)

Apocalipse

Livro Profético

(1)

Novo Testamento

(27)


Os Evangelhos

Relatos de como a a promessa de Deus concernente à vinda de um novo Rei se realizou;

Relato do nascimento de Jesus - Filho de Deus;

Relatos da vida de Jesus e como tinha prazer em ajudar as pessoas e ensiná-las a respeito do Pai;

Relatam como Jesus cumpriu as profecias.

Livro Histórico

A morte de Jesus teria sido o fim da história e o fim da promessa, mas foi apenas o começo;

Ele ressuscitou dentre os mortos e mandou seus discípulos anunciarem as Boas Novas em todo

mundo;

Relata como as pessoas ouviam as Boas Novas e criam;

Esses cristãos começaram a espalhar essas Boas Novas através do mundo inteiro.

NOVO TESTAMENTO

O que é o EVANGELHO?

Inicialmente, como eram transmitidas as “BOAS NOVAS”?

Será que mais pessoas tentaram escrever as “BOAS NOVAS”? (Lc 1:1-4)

Por quê os QUATRO EVANGELHOS?

Os Evangelhos

COMPARAÇÕES:

PENTATEUCO EVANGELHOS

HISTÓRICOS ATOS

POÉTICOS CARTAS/EPÍSTOLAS

PROFÉTICO APOCALIPSE


JESUS NOS QUATRO EVANGELHOS - MATEUS - REI

- Mateus apresenta Jesus como Rei. Escrito especialmente para os judeus,

Ele é o Filho de Davi.

- Queria provar que Jesus era o Messias. Sua genealogia real é dada no cap.1

- A estratégia era pegar os textos do VT e mostrar o cumprimento das Escrituras

- No Sermão da Montanha (cap. 5-7) temos o manifesto Rei, que nele fixa as leis do seu reino

- Sl 72; Is 9:6-7, 32:1; Jr 23:5

Evangelho de Mateus

Escrito por Mateus, também chamado de Levi.

Profissão: Cobrador de Impostos

Estava acostumado a manter registros

Ênfase: Jesus é o Messias predito pelos profetas

O termo “Reino” ou “Reino de Deus” aparece 43 vezes – Conhecido como “O Evangelho do Reino”

JESUS NOS QUATRO EVANGELHOS – MARCOS - SERVO

- Jesus é descrito por Marcos como Servo.

- Escrito para os romanos - não contém a genealogia (os homens não se interessam pela genealogia

de um servo)

- Apresenta mais milagres do que os outros evangelhos. Os romanos mostravam pouco interesse em

palavras, mas interessavam-se muitos em ações.

- Em 6 capítulos mostra 18 milagres

- Is 42:1-7; 52:13-15; 53

- Também chamado de João Marcos

Ênfase: O poder sobrenatural de Jesus, demonstrando sua divindade através dos milagres. Registra

primordialmente os feitos de Jesus, e não as palavras dele.

Era filho de Maria, que abria as portas de sua casa em Jerusalém para os discípulos de Jesus (At

12:12)

Era primo de Barnabé (Cl 4:10

Provavelmente era levita (At 4:36)

Pensa-se ser o jovem que fugiu nu na noite em que Jesus foi preso (Mc 14:51-52)


Em 44 dC Acompanhou Paulo e Barnabé a Antioquia (At 12:25) e partiu com eles para a sua primeira

viagem missionária, mas os deixou (At 13:13)

Em 50 d.C foi o “motivo” de separação de Paulo e Barnabé, quando da 2a. Viagem missionária (At

15:36-39). Marcos acompanhou Barnabé até Chipre

Em 62 dC aparece em Roma com Paulo (Cl 4:10; Fm 24). Aproximadamente 5 anos mais tarde, Paulo

pede para que Marcos se encontre com ele (2 Tm 4:11)

Pode ter sido um convertido de Pedro (1 Pe 5:13)

JESUS NOS QUATRO EVANGELHOS – LUCAS - HOMEM

- Lucas apresenta Jesus como o Varão Perfeito.

- Os gregos amavam o belo, a poesia e a cultura, Lucas fala do nascimento, a infância de Jesus e dos

cânticos inspirados que se relacionam com a vida de Cristo.

- A genealogia de Jesus vai até Adão, o primeiro homem, em vez de ir só até Abraão (vai de trás para

frente)

- Como Varão Perfeito, Ele é visto muitas vezes em oração e com anjos a seu serviço

- Gn 3:15; 22:18 ; Is 7:14-16; 9:6

- Ênfase: a humanidade de Jesus

- É mencionado apenas 3 vezes no NT:

- Cl 4:14 – “O Médico Amado”

- Fl 24 – Cooperador de Paulo

- 2 Tm 4:11 –

- Era companheiro de Marcos

- O evangelho e o livro de atos for a endereçado a mesma pessoa: Teófilo

- Theófilo: provavelmente um alto oficial romano, devido ao título “excelentíssimo”. Provavelmente

tenha sido um dos convertidos de Lucas em Filipos e Antioquia.

- É provável que tenha custeado as despesas de publicação dos dois livros de Lucas e mandado

confeccionar cópias para muitas igrejas.

JESUS NOS QUATRO EVANGELHOS – JOÃO - DEUS

- João apresenta Jesus como o Filho de Deus.

- Escrito para todos os que crêem, tem como objetivo conduzir homens a Cristo (Jo 20:31).

- Escreveu para TODOS OS HOMENS a fim de que creiam que Jesus é o Cristo


- Todo o Evangelho ilustra e demonstra a Sua relação divina e está repleto de declarações

extraordinárias que atestam o caráter divino e a missão de Jesus

- Is 9:6 ; 40:3-5 ; 47:4 ; Jr 23:6.

- Ênfase: A divindade de Jesus

- Só se identifica no final do livro (Jo 21:20-24), onde se declara “o discípulo a quem Jesus amava”

- Era filho de Zebedeu (Mt 4:21)

- Era empresário do ramo de pesca (um dos cinco sócios) e tinha muitos funcionários (Mc 1:16-20)

Os Doze Discípulos

- Mt 10.2-4; Mc 3.16-19; Lc 6.12-19; At 1.3

- O principal objetivo da vinda de Jesus

- O preparo dos doze (Mt 10:1-42)

- O propósito do treinamento na visão de Jesus e dos discípulos

De Discípulos à Apóstolos

- Discípulo: do latim discipulu

1. Aquele que recebe ensino de alguém

2. Aquele que aprende

3. Aquele que aprende ou estuda qualquer disciplina; aluno

4. Aquele que segue as ideias ou doutrina de outrem

- Apóstolo: do grego apostolos “enviado”, do latim apostolu

1. Cada um dos doze discípulos de Jesus

2. Aquele que evangeliza

3. Propagador de qualquer ideia ou doutrina

- Jesus levou um ano e meio para completar a escolha dos doze;

- Eram pessoas comuns: pelo menos 4 eram pescadores, 1 coletor de impostos, 1 zelote e os demais

a ocupação era desconhecida;

- Círculo íntimo: Pedro, João e Tiago

VISÃO PANORÂMICA DA VIDA DE JESUS

Nascimento e juventude de Jesus

Preparação para o Ministério


Ministério inicial na Judéia

Ministério na Galiléia

Ministério posterior na Judéia

Ministério na Peréia

A última semana

Aparecimento após a ressurreição


ATOS

AULA 10: A Igreja Missionária

TEXTO BASE: ATOS 1:8 - “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-

me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.

OBJETIVO

Por ter recebido a virtude do Espírito Santo, o objetivo desta aula é o de lembrar o crente a respeito

da ordem que o Senhor Jesus lhe deu: ser sua testemunha tanto em Jerusalém (dentro de casa) como em

toda a Judeia (parentes) e Samaria (inimigos) e até aos confins da terra (os que não conhecemos).

INTRODUÇÃO

a) Apresentação do livro de Atos:

Autor: Lucas, “o médico amado” (Cl 4:14) e “cooperador” (Fm 24).

Propósito: “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando as coisas que Jesus começou a fazer e a

ensinar” At 1:1. Com este versículo, Lucas remete o início da obra de Cristo para aquilo que relatou em seu

evangelho. Contudo, seu objetivo em Atos é mostrar que ele continua a fazer e a ensinar agora, por meio de

seu Espírito, na instrumentalidade dos seus missionários.

Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras do judaísmo para o mundo gentio,

apesar da oposição e da perseguição, revelando a missão do Espírito Santo na vida e no papel da igreja.

Mais do que mera continuidade entre a obra de Cristo e do Espírito, a referência de Lucas ao fato de

Jesus ter ressuscitado é acentuar a verdade: ELE ESTÁ VIVO!. A morte não pôde detê-lo e, por isso, continua

na ativa. E mais: Ele voltará! Aleluia!

b) Fatos históricos e curiosidades relacionadas ao livro:

Mais ou menos 30 anos de história em 28 capítulos e 1007 versículos;

Escrito aproximadamente entre 60 e 63 d.C;

Ênfase: Pedro, João, Estêvão, Filipe, Cornélio, Barnabé, Silas, Paulo; Mais citados: Pedro e Paulo.

Lucas descreve, em Atos, a propagação do evangelho, partindo de Jerusalém até Roma;

Mencionou 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo e 95 pessoas, sendo uma variedade de

membros e funcionários de governos, com seus devidos títulos;


O pronome “nós” (cerca de 100 vezes), empregado por Lucas através de Atos (16:10-17; 20:5 a

21:18; 27:1 a 28:16), aponta-o como estando presente nas viagens de Paulo;

DESENVOLVIMENTO

1. A GRANDE MISSÃO: SER-ME-EIS TESTEMUNHAS

a) Mt 28:18-20 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito

Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos

os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

Jesus afirmou ser possuidor de total autoridade, nos céus e na terra. É com base nessa autoridade

que a igreja avança, em seu nome.

Antes, o poder era de satanás. Adão entregou esse sistema a satanás. Agora, Cristo é quem tem a

autoridade. Ele nos transportou, nos livrou, nos deu vida. E, agora, ele nos dá a ordem: IDE. Transmitam essa

revelação. Estão padecendo porque estão vivendo numa mentira ensinada por aquele que já foi derrotado. O

inimigo quer passar o padrão dele. As pessoas procuram a paz do mundo, sendo que o mundo jaz no

maligno. Vocês vão e passem o meu padrão. Esse dá alegria!.

b) Mc 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

IDE aos discípulos. E quem são eles? Jo 8:31-32 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós

permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a

verdade vos libertará.

Então, o discípulo, quando obedece à ordem para ir, é também um missionário.

E Deus pôs em nós a palavra de reconciliação

2 Co 5:20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.

Embaixador: representante de uma nação. Assim, somos representantes do Reino de Deus.

c) 1 Jo 3:8b Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

E vamos nessa missão. Somos discípulos, missionários e embaixadores, para anunciar que Deus não

se modernizou, pois ele é o mesmo ontem, hoje e será eternamente! Hb 13:8

2. A SEARA ESTÁ PREPARADA

Rm 8:19 Toda a criação aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus.


O que o mundo precisa não é apenas de filhos obedientes que cuidem do nosso Planeta, mas

também de filhos que se manifestem em santidade nessa geração tão corrompida. Filhos que não se

envergonham do Evangelho da Graça e que testemunham os feitos de Jesus. Ao constatar que hoje o mundo

grita, podemos ver o cumprimento da palavra quando diz que a criação espera, com ardente expectativa, a

manifestação dos filhos de Deus.

Eles não assumem isso, mas esperam sim. Na verdade, eles se decepcionam quando observam um

escândalo. Acabam ficando sem esperança, pois estão debaixo de um jugo de escravidão que lhe foi imposta.

Resta-nos sermos a luz que o Senhor disse que somos, para que, pelas nossas obras, glorifiquem o

Pai que está nos céus (Mt 5:16).

CONCLUSÃO

Deus almeja que seus filhos manifestem Sua glória e façam diferença em todos os lugares. Não

precisamos ocupar cargos importantes ou funções de destaque para influenciar pessoas positivamente. O

Evangelho não é uma religião morta, ''mas é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê'' (Rm 1:

16). Precisamos fazer diferença com o Evangelho vivo em nós. As nossas atitudes pautadas pela Palavra de

Deus farão com que os outros se sintam atraídos por Jesus.

Jo 17:21 Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam

um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

MINISTRAÇÃO

Oremos para que o Espírito Santo nos encha das revelações de que somos representantes de Cristo

até os confins da terra, devendo exalar o seu bom perfume no campo, na cidade, no trânsito, no trabalho e

em todos os lugares, mas, principalmente, na nossa casa, pois quem é nova criatura vive num novo tempo:

tempo de gozo, de paz e de amizade com Deus. Tempos de refrigério (At 3:19) pela sua presença santa.

Deus seja louvado!


AULA 11: Arrependimento

TEXTO BASE: ATOS 2:37-38 - “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram

a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada

um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito

Santo”.

OBJETIVO

Compreender que o arrependimento proclamado na bíblia é uma mensagem de salvação que

convida o povo a uma mudança radical e profunda em suas concepções, com sinais práticos de que essa

mudança tenha acontecido.

INTRODUÇÃO

Desde que o pecado entrou no mundo, toda a criação geme oprimida debaixo de um jugo de

escravidão que lhe foi imposta. A vaidade e a cobiça estabelecem uma condição opressora de vida, onde as

pessoas valem pelo que fazem ou têm, e não pelo que são. Um império de medo, onde temem a morte, a

exposição, o dano, a perda e o prejuízo. Pessoas obcecadas pela satisfação de suas necessidades. Amantes de

si mesmas. Independentes de Deus. Inimigas do Senhor.

A reconciliação acontece no novo nascimento, quando, pela pregação da Palavra, o Espírito Santo

convence a pessoa da sua situação de pecadora, havendo, assim, o arrependimento dos seus pecados,

levando-a a crer na obra de Jesus em sua vida. Na regeneração há a transformação na vida do crente,

quando este se torna um filho de Deus e uma nova criatura, onde, por ação do Espírito Santo, não deve mais

se conformar com este mundo, sendo criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4:24).

No arrependimento (gr. Metonoeo: mudança de mentalidade), passa-se a ter a mente de Cristo.

DESENVOLVIMENTO

1. AS PRIMEIRAS CONVERSÕES

Quando o Evangelho do Reino de Deus chega até nós, revelando a pessoa de Jesus Cristo como

Senhor, mostrando a obra dele por nós na cruz e nos despertando para a nossa real condição de pecado, isso

gera em nós um confronto; uma consciência de que é preciso mudança.

“Eu creio Senhor!”. Mas agora, o que devo fazer?

Foi exatamente isso que aconteceu com a multidão em Atos 2:37 após as palavras de Pedro.


Pedro fala sobre Jesus; A vida Dele e sua obra; Seus milagres, prodígios e sinais; Sua morte na cruz;

Sua ressurreição e exaltação; Perdão; Termina proclamando que Jesus é o Senhor.

Isso gerou fé no coração das pessoas, que perguntaram:

O que faremos? Pedro disse: Arrependam-se!

Em Mt 3:1-8 João Batista prega a necessidade do arrependimento.

Mas que arrependimento? De quê se arrepender? Para quê? Se eu me arrependo, o que devo fazer?

Será que me arrependi mesmo?

Endireitem as suas veredas. João preparou o caminho, para anunciar ao homem que ele tinha que se

preparar para a chegada do reino.

Em seguida Jesus anunciou: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

O que anunciavam: que tinham que ser submissos a esse Reino.

João pregava a palavra. E a pregação era cheia de unção e de autoridade, pois o povo ia ter com ele

(v.8), confessando os seus pecados(v.6). Ouviam a palavra, acreditavam nela, mudavam a sua maneira de

ver, e confessavam o que tinham feito, contrário à vontade do Senhor, pois eram independentes de Deus.

Assim, para haver o arrependimento bíblico, tem que haver a pregação, pois a fé vem por ouvir a

palavra de Deus. Rm 10:17.

Deus vai imputar fé. O povo será levado a acreditar na pregação.

O segredo da vitória está em ouvir o Espírito Santo. Temos que ser sensíveis a sua voz. Ele revela as

escrituras.

2. BENEFÍCIOS DO ARREPENDIMENTO

2.a) Perdão

At 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e

venham, assim, os tempos de refrigério pela presença do Senhor.

Sl 32 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Confessei-te o

meu pecado e a minha maldade não encobri.

Pv 28:13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa

alcançará misericórdia.

1 Jo 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos

purificar de toda injustiça.


2.b) Resultados práticos

Quando há a transformação pela submissão a Deus, isso gera um desejo enorme de nunca mais

desagradar ao Senhor. Temor.

Mudamos a nossa mentalidade quanto ao amor de Deus, mudando, assim, os nossos atos.

É uma troca de uma atitude de independência para uma atitude de dependência. De atitude de

rebelião (faço o que eu quero) para a atitude de submissão (sou Dele).

1 Jo 1:9 Não amemos de palavras. Não é simplesmente confessar o pecado; tem-se que estar

arrependido dele.

Aí, o arrependimento motivado pelo amor a Deus e fruto de uma profunda consciência do pecado, é

que nos leva a produzir frutos dignos desse arrependimento.

3. O ARREPENDIMENTO É DADO POR DEUS

At 5:31 Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e

remissão dos pecados.

At 11:18 Deu Deus o arrependimento para a vida.

Rm 2:4 diz que a bondade de Deus nos leva ao arrependimento.

4. ARREPENDERAM-SE E CONFESSARAM:

Moisés: Sou pesado de língua.

Jeremias: Não passo de uma criança.

Isaías: Sou homem de lábios impuros.

Filho pródigo: pequei contra o céu e perante ti.

Irmãos de José: Erramos.

Jó: Me arrependo na cinza e no pó.

Davi: Contra ti pequei e fiz o que a teus olhos é mal. Sl 51.

Paulo: Envergonho-me.

Zaqueu: Devolvo tudo.

Ladrão: Ao lado de Jesus, na cruz, um arrependido outro não, sendo que Deus deu o arrependimento

para os dois. Um quis: Errei. O outro não.

5. DISSERAM: ARREPENDAM-SE!

Mt. 3: João Batista, a todo aquele povo, incluindo os fariseus. De suas convicções erradas;

Mt 4:17 Jesus a todos, pois é chegado o Reino dos céus. Dependa do Rei;


Jo 8 Jesus à mulher adúltera. Vá e não peques mais.

Jo 4 Jesus à mulher samaritana. Volte para o seu marido.

At 2:38 Pedro aos judeus e aos que viviam em Jerusalém. De seus pecados;

At 8:22 Pedro ao mágico corrupto;

At 17:30 Paulo, aos gentios: Mas Deus, não tendo em conta os tempos de ignorância, anuncia agora

a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam.

At 26:18-20 Paulo ao rei Agripa: Arrependa-se rei e se submeta ao Rei dos reis;

Rm 12:1-2 Paulo aos crentes, para que as suas mentes sejam alinhadas à mente de Cristo;

Ap 2:5 Jesus aos crentes de Éfeso por terem deixado de lado a sua maior motivação, que era o amor;

Ap 2:16 Jesus aos crentes de Pérgamo, por serem apenas religiosos;

Ap 2:21 À igreja de Tiatira por tolerarem Jezabel – dizia-se lá: Isso não tem problema;

Ap 3:3 Aos crentes de Sardes, por dizerem que vivem, mas que, na verdade, estavam mortos;

Ap 3:19 A todos quantos ele ama ele diz: Sê, pois, zeloso e arrepende-te.

CONCLUSÃO

A comunhão com Deus se recupera com o arrependimento. Por isso, a simples confissão de pecado

não é suficiente. Tem que haver também uma radical mudança de pensar em relação a Deus e o pecado; um

total propósito do coração de converter-se de uma vida desregrada para um novo andar em justiça.

MINISTRAÇÃO:

Oremos para que o Espírito Santo nos encha das revelações daquilo que temos que nos arrepender

para que, assim, tenhamos comunhão total com o Senhor.

Deus seja louvado!


AULA 12: A Igreja e os Diáconos

TEXTO BASE: ATOS 6:3-4

“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de

sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no

ministério da palavra”.

OBJETIVO

Neste estudo vamos considerar juntos alguns aspectos importantes sobre os diáconos, com o intuito

de que os irmãos se sintam incentivados a um maior envolvimento neste ministério precioso, que é o de

servir.

INTRODUÇÃO

O crescimento rápido da igreja nos primeiros séculos acarretava um rápido aumento do número de

pessoas. Mais pessoas significavam maiores necessidades e novos ministérios para atendê-las. Os novos

programas aumentavam os problemas administrativos e logísticos que ameaçavam consumir todo o tempo

dos apóstolos. Em vez de negligenciar a disciplina espiritual da oração e do ensino da palavra de Deus, os

apóstolos comissionaram um grupo de homens para atender as necessidades urgentes do corpo da igreja.

DESENVOLVIMENTO

1. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1.a) Definição de Diácono

Diácono é alguém que usa seus dons espirituais para fazer os serviços que Deus designou para que

ele faça, na vida diária da igreja ou nas reuniões, no ministério da Palavra ou na pregação do Evangelho, em

serviços materiais ou em serviços espirituais.

A palavra “diácono” foi traduzida da palavra grega diakonos.

Ocorre 31 vezes no Novo Testamento. Na maioria das ocorrências é traduzida por servo (Mt 22:13,

23:11; Jo 12:26, etc.) e ministro (Rm. 13:4, 15:8; 1 Co 3:5, etc.).

Ex: Servo: Entre os seus irmãos, o maior é, na verdade um diakonos (servo) dos demais (Mt 23:11).

Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu diakonos (servo) (Jo 12:26).


Ministro: O governo civil é chamado de diakonos (ministro) de Deus (Rm 13:4). Cristo é chamado de

diakonos (ministro) em relação ao seu povo (Rm 15:8; Gl 2:17).

O Verbo em suas várias formas (diakoneo e diakonia) é usado mais vezes e traduzido como ministrar

ou servir.

Diaconisa – Rm 16:1 Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve (diakonos) na igreja que

está em Cencréia.

1.b) Padrão dos Diáconos

A Igreja Batista Ágape tem o seu corpo diaconal para atender às suas necessidades específicas em

diversas áreas, apenas para uma maior organização ministerial, não significando, assim, à luz da palavra, que

os outros membros também não tenham que estar disponíveis para o serviço do Reino.

O alto padrão exigido para servir (At 6:3) não deve ser motivo de desânimo. Não devemos pensar

que nunca chegaremos a cumprir as exigências para servir e, portanto, não podemos ser diáconos. Muito

pelo contrário, devemos lembrar que Deus sempre pede o que temos condições de fazer. Além disso,

devemos nos conscientizar de que somos imitadores de Cristo. Este padrão dará condições para o servo ser o

exemplo dos fieis “na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” (1 Tm 4:12).

2. ESTÊVÃO

2.a) O Diácono

Escolhido como um dos sete primeiros diáconos, o Espírito Santo deu a Estêvão poder para realizar

“prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8) e lhe deu grande sabedoria para pregar o evangelho de tal

maneira, que seus oponentes não podiam contestar os seus argumentos (v.10), o que provocou a ira dos que

eram da sinagoga, acusando-o de blasfemar contra a lei.

Dessa forma, o discurso de Estêvão seria a sua defesa das acusações dos judeus. Ele sabia que já

estava sentenciado antes mesmo do julgamento. O cenário estava armado. Testemunhas haviam sido

subornadas para deporem contra ele. Sabendo que as acusações eram falsas, de nada valia, nessa

circunstância, procurar se defender. Aproveitou para apresentar a defesa em forma de pregação da Palavra

de Deus (At 7).

Assim, os judeus foram confrontados em suas ações apenas religiosas e apelaram para a violência.

Eles não puderam contestar a mensagem de Estêvão. Anteriormente, os membros da sinagoga viram que o

rosto dele brilhava como o de um anjo. Nem assim conseguiram ver nisso a manifestação divina, pois eram,

realmente, "homens de dura cerviz". Era hora de cada um refletir sobre a mensagem e refutá-la, se pudesse,

ou reconhecer o erro e se converter. Salomão disse que quem rejeita a disciplina é um bruto (Pv 12.1).


2.b) O Mártir e a sua Oração

Momentos antes de ser apedrejado (At 7:55-56), Estêvão teve uma visão. Ele contemplou Jesus em

pé, junto de Deus. Os evangelhos narram que Cristo assentou-se à direita do Pai. O primeiro mártir da Igreja

vê "o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus". Isso mostra que Jesus ficou em pé, para

receber o seu servo.

Há muitos paralelos entre a morte de Estêvão (vv. 59 e 60) e a morte de Jesus. Em ambos os casos,

falsas testemunhas foram apresentadas e a acusação era de blasfêmia. Ambos fazem uma oração. Cristo

roga ao Pai. O primeiro mártir do Cristianismo ao Filho. Na oração de Jesus, um dos mal-feitores se

arrependeu, convertendo-se a Cristo. Na morte de Estêvão, com certeza, Saulo ouviu essa petição. A súplica

do primeiro mártir do Cristianismo, diretamente ao Senhor Jesus, é uma prova irrefutável da deidade

absoluta do Filho. "Tendo dito isto, adormeceu" (v. 60). Foi para os braços de seu Senhor, sendo fiel até a

morte (Ap 2.11).

2.c) A Contribuição da Morte de Estêvão

A morte de Estêvão fez com que muitas pessoas se convertessem ao Evangelho, inclusive diversos

daqueles judeus religiosos, pois observaram a convicção com que o primeiro mártir do Cristianismo entregou

sua vida a Jesus. Essa morte foi como uma boa semente plantada em uma excelente terra. O próprio

apóstolo Paulo foi influenciado por esse martírio, pois, como uma das testemunhas, consentiu com aquele

apedrejamento (At 8:1) e jamais se esqueceu daquele jovem tão convicto de sua salvação.

A igreja ficou chocada, atordoada até, com a morte de Estêvão e a violenta oposição que se seguiu.

Mas nós, olhando para aquela época, podemos compreender como a providência de Deus usou o

testemunho de Estêvão em atos e palavras, na vida e na morte, para promover a missão da igreja, pois a

“grande perseguição” fez com que os discípulos se espalhassem pelas regiões da Judeia e Samaria (8:1).

Começava, assim, a expansão do Evangelho (At 8:1-40). Aleluia!

3. OS SERVIÇOS A DEUS E AS SUAS RECOMPENSAS

3.a) As Obras e a Caminhada no Processo de Santificação

As obras não nos levam à santidade (porque quem nos santifica é o Espírito Santo de Deus), mas a

santidade nos leva a fazermos obras para Deus.

A inércia na casa do Senhor deve ser um indicador de alerta. Muitos dos cristãos que não estão

envolvidos com os trabalhos da igreja não apresentam grande crescimento espiritual e a razão é bem

explicada por Jesus Cristo, quando diz: “A Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar


a Sua obra” - (Jo 4:34). Jesus se alimentava das obras. Sabemos muito bem que não era porque ele

precisasse ainda crescer em santidade, mas porque ele sentia fome em fazer aquilo que a ele estava

ordenado.

A santidade provoca em nós um desejo de estarmos em comunhão constante com o Senhor e

fazendo-lhe a vontade; e a vontade de Deus é que lhe obedeçamos e façamos a sua obra.

Alguns cristãos não querem envolver-se na obra, ou porque passaram por alguma experiência

negativa, ou porque não querem assumir mais um compromisso em sua vida. Não têm consciência do que

estão deixando de receber.

Deus tem uma obra para cada um de nós e tal ensinamento adiciona promessas de poder no Espírito

Santo. Disse Jesus: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que

eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para o meu Pai” (Jo 14:12).

3.b) A Recompensa por Fazer a Obra

As obras têm recompensas. “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e

então dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16:27).

Jesus Cristo deixou muitas ordenanças, tais como: “fazei discípulos”, “pregai o evangelho”, “curai

enfermos”, “libertai os cativos”, e muitas outras. Tais ordenanças são para todos os nascidos de novo.

Pessoas que tiveram uma experiência desagradável, ao invés de desistirem de fazer a obra de Deus

deveriam se fortalecer mediante o conhecimento adquirido e recomeçar amadurecidos pelas experiências

vividas. Esse espírito de desistência não provém do Senhor.

Para aqueles que não querem um compromisso a mais porque estão muito atarefados, a Palavra de

Deus também tem muitos conselhos. O nosso trabalho secular é mais abençoado quando reservamos uma

parte do nosso tempo para a obra de Deus. O salmista diz que sem o Senhor, o nosso trabalho é vão. “Se o

SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão

vigia a sentinela” (Sl 127:1) - Outro ensinamento na Palavra de Deus é que devemos deixar a nossa carga

maior para Jesus cuidar e então a nossa tarefa ficará mais leve. “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de

Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas, porque o Meu

jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mt 11: 29-30).

A obra para Deus é o trabalho mais compensador que existe porque Deus é justo e não fica devendo

nada a ninguém. “Cada um se fartará do fruto da sua boca, e da obra das suas mãos o homem receberá a

recompensa” (Prov. 12:14). Aqueles que trabalham para o Senhor ajuntam tesouros no céu. “Não ajunteis

tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas


ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem

roubam” (Mt 6:19-20).

A sua recompensa não será somente no céu. Deus o recompensará também com bênçãos de saúde,

de paz, de vida em abundância, de prosperidade e também guardará o seu tesouro no céu. O inimigo das

nossas almas tem enganado muitos crentes para ficarem fora dessa promessa!

Outra maneira de ele nos roubar as bênçãos provenientes da obra que fazemos para o Senhor é

através da busca pelo reconhecimento de homens. Alguns crentes têm ficado desapontados quando não

recebem um reconhecimento público pelos seus feitos. É fato conhecido que as obras de alguns ministérios

se destacam mais que a de outros; isso pode ter um valor diferente para algumas pessoas, mas, para Deus, a

diferença está na dimensão do amor com que foi feita a obra.

Jesus Cristo é bem claro quando nos ensina o valor de se fazer a obra em secreto. É quando o cristão

faz para Deus, sem se importar se a obra está sendo vista pelos homens. “Guardai-vos de fazer a vossa

esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está

nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas

sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu

galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua

esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. E,

quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas

das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu,

quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai,

que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mt 6:1-6).

A Bíblia menciona uma diversidade de boas obras, como dar esmolas, orar, pregar o evangelho,

curar, libertar cativos, etc., mas todas juntas formam uma única obra. Jesus disse “A Minha comida é fazer a

vontade Daquele que Me enviou, e realizar a Sua obra” (Jo 4:34). Não disse “as obras”, mas “a obra”.

Portanto, a soma de todas boas obras resulta num único projeto bem delineado e coordenado pelo Senhor.

Por esta razão, uma boa obra não deve ser a nossa própria obra, mas a obra escolhida por Deus. É Deus

quem nos coloca-nos diversos lugares para fazermos a obra. É dessa forma que teremos, não somente o

poder de Deus em operação através da nossa instrumentalidade, mas a própria presença do Espírito Santo

atuando conosco durante a obra.

Portanto, devemos examinar o nosso coração para sabermos pela qualidade da obra que temos

realizado como está o nosso relacionamento com Deus e até quanto temos crescido espiritualmente na

nossa caminhada em direção à santidade plena e estatura de Cristo.


“Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança

na fé que há em Cristo Jesus.” 1. Tm 3:13

CONCLUSÃO

Servir deve ser o desejo de todo cristão. Fomos salvos pela graça de Deus, sem nada pagar por isso.

Mas não significa que, agora, uma vez salvos, não iremos fazer nada. Cada cristão deve procurar, com

insistência, entender quais os dons espirituais que Deus lhe deu e em que esfera de serviço Deus quer que

ele trabalhe. Cada cristão foi salvo para ser um diácono a serviço do Reino.

MINISTRAÇÃO

Oremos para que o Espírito Santo nos encha da sua capacitação para melhorarmos a nossa atuação

na igreja, visando ao agrado e à aprovação de Deus. Dediquemo-nos mais para sermos um canal de bênçãos

ao próximo.

panorama bíblico aulas 1 a 12

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