aulas 1, 2, 3. relação de emprego. empregado. empregador. fea

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Prof. Ronaldo Lima dos Santos

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direito do trabalho

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Page 1: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Prof. Ronaldo Lima dos Santos

Page 2: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

RELAÇÃO DE TRABALHO

E

RELAÇÃO DE EMPREGO

Page 3: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Relação de trabalho: compreende de todo contrato de atividade pelo qual uma pessoa se obriga a uma prestação de trabalho em favor de outra mediante contraprestação ou à título gratuito Da Locação de Serviços locatio operis locacio operarum

Relações de trabalho Prestação de serviços autônomos Contrato de transporte Representação comercial autônoma – Lei n. 4.886/95 Trabalho eventual Trabalho avulso – Lei n. 8.630/93 Trabalho voluntário – Lei n. 6.908/98 Trabalho religioso Relação de emprego

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Relação de emprego: Consiste na relação jurídico-contratual pela qual uma parte (emprego) presta serviços a outrem (empregador), em caráter pessoal, subordinado, oneroso, não eventual e com alteridade. Mario de La Cueva: Contrato realidade

Configuração objetiva da relação de emprego

Princípio da realidade

Page 5: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

PESSOALIDADE

ONEROSIDADE

NÃO EVENTUALIDADE

SUBORDINAÇÃO

ALTERIDADE

Page 6: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Contrato de trabalho é intuitu personae em relação ao empregado

pessoa física;

prestação de serviços diretamente pelo empregado

impossibilidade de substituição por outrem

sem consentimento do empregador

eventos pontuais

Page 7: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

NÃO-EVENTUALIDADE

contrato é de trato-sucessivo trabalho constante

trabalho contínuo

animus de integração do empregado à empresa

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO

Correntes sobre a não-eventualidade

Temporal

Dos fins

Da fixação a uma única fonte de trabalho

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impossibilidade de trabalho gratuito;

pagamento de salários,

sinalagma do contrato de trabalho (global e não pontual)

Não confundir ausência de onerosidade querida pelo empregado (religioso, voluntário) com moral salarial do empregador.

Page 12: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

sujeição do empregado ao “poder” de direção do

empregador; “Subordinação é uma situação jurídica em que se encontra

o empregador, decorrente da limitação contratual da autonomia da sua vontade, para o fim de transferir ao empregador o poder de direção sobre a atividade que desempenhará.”

Sujeição a diretivas constantes e analíticas sobre o modo e

tempo em que deverá ser executada a prestação (AMB) Não técnica, não econômica, não hierárquica

Page 13: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Trabalho por conta e lucro de outrem A assunção dos riscos da atividade

econômica é do empregador (art. 2º, caput, da CLT)

Impossibilidade de transferência dos riscos da atividade econômica para os empregados

Page 14: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

TRABALHADOR AUTÔNOMO

Page 15: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

O trabalhador autônomo é a pessoa física que

presta serviços habitualmente por conta própria

a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os

riscos de sua atividade econômica.

Page 16: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Trabalhador autônomo

x

Trabalhador eventual

Page 17: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Não é um elemento da relação de emprego Pode auxiliar para a compreensão de uma dada

controvérsia Consiste na intenção de prestar serviços na

condição de empregado (pessoal, subordinado, não-eventual, oneroso e com alteridade)

Não possui o condão de afastar o vínculo de emprego? adesão a falsas cooperativas pejotização fraude por meio de socialização do emprego contrato realidade

Page 18: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Mesmos requisitos da relação de emprego

Conceito. CLT. “Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”

Pessoalidade: art. 2º, caput, da CLT

Alteridade: art. 2º, caput, da CLT

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Espécies: Empregado doméstico (Lei nº 5.859/72) Empregado em domicílio (art. 6º da CLT) Empregado aprendiz (art. 428, CLT, Lei n.

11.180/2005) Trabalhador temporário (Lei nº 6.019/74) Empregado rural (Lei n. 5.889/73) Distinção de outras figuras: Trabalhador avulso (Lei nº 12.023/2009) Trabalho portuário avulso (Lei n. 12.815/2013) Trabalhador eventual (bóia-fria, chapa, diarista) Estagiário (Lei n. 11.788/2008) Cooperado (§ único, art. 442 CLT, Lei n.

12.690/2012)

Page 20: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Empresa de trabalho temporário

Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos

Page 21: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Empresa

tomadora de

serviços

Trabalhador

temporário

Empresa de

trabalho

temporário

Page 22: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Regras:

somente contratação em meio urbano;

função da empresa de trabalho temporário;

Trabalho temporário x terceirização

requisitos da empresa de trabalho temporário;

tipo de contrato; prazo de contratação;

responsabilidade.

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Direitos:

salário equitativo;

anotação na CTPS;

13º proporcional;

férias proporcionais;

FGTS;

jornada de 8hs diárias;

adicional de horas extras;

adicional noturno;

proteção previdenciária;

seguro contra acidente de trabalho.

Page 24: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

TRABALHADOR AVULSO

Page 25: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

O trabalhador avulso é a pessoa física que

presta serviço sem vínculo empregatício, de

natureza urbana ou rural, a diversas pessoas,

sendo sindicalizado ou não, com intermediação

obrigatória do sindicato da categoria profissional

ou do órgão gestor de mão de obra.

Page 26: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Relação jurídica triangular ou trilateral

Tomador

Sindicato

ou

O.G.M.O.

Trabalhador

Page 27: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Trabalhador

avulso

portuário

Page 28: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Trabalhador avulso

não-portuário

Page 29: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Conceito: Empregador é a pessoa física ou jurídica, ou qualquer ente público ou privado, proprietária ou não, com personalidade jurídica ou não, que, conjunta ou individualmente, admite a prestação de serviços por pessoa física, em caráter pessoal, subordinado, oneroso e não eventual, dirigindo-a e assumindo os riscos da atividade econômica. (RLS)

Art. 2º da CLT: “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.” Extraído do conceito de empregado. Empregador é todo aquele que possui empregado. Fenômeno de imputação da norma jurídica.

Page 30: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Poder (direito) de direção Fundamento legal: Art. 2º, CLT Empregador é aquele que

dirige a prestação pessoal dos serviços. Fundamento econômico: empresário – organização dos fatores de

produção

Page 31: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Poder de organização

Poder de regulamentação Regulamento de empresa Regras gerais Normas disciplinares, de comportamento etc.

Poder de fiscalização (controle) controle da prestação de serviços; controle de horário; revistas; monitoramento; uso de uniformes etc.

Poder disciplinar Art. 474 da CLT Art. 482 da CLT

Jus variandi Art. 456, parágrafo único, da CLT

Page 32: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Subordinação subjetiva

x

Subordinação objetiva

Subordinação estrutural

Subordinação reticular

Poder residual de controle

Page 33: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Conceito Artigo 2º, § 2º da CLT

Artigo 3º, § 2º, da Lei nº 5.889/73 (Trabalhador rural)

Requisitos uma ou mais empresas (empregadores);

Exercentes de atividade econômica;

personalidades jurídicas próprias;

direção, controle ou administração recíproca (ingerência)

relação de coordenação (aceita pela doutrina) – Rural L. 5889/73 – art. 3º. § 2º

grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica;

Grupos de fato ou de direito

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Solidariedade ativa = empregador único

Solidariedade passiva = devedor único

Súmula 129: “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.”

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Previsão legal: artigos 10 e 448 da CLT

Lato sensu: qualquer mudança na propriedade da empresa. Art. 10 da CLT

Stricto sensu: designa todo acontecimento em virtude do qual uma empresa (atividade econômica) é total ou parcialmente absorvida por outra Art. 448 da CLT compra e venda; sucessão hereditária; arrendamento, incorporação, fusão, cisão Transmissão de créditos Assunção de dívidas trabalhistas entre alienante e adquirente

Princípios aplicáveis: Impessoalidade da figura do empregador (despersonalização) Princípio da continuidade da relação de emprego. Princípio da intangibilidade dos contratos.

Page 36: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Requisitos Transferência de uma unidade econômico-jurídica. parte significativa do estabelecimento ou empresa.

Mudança da estrutura jurídica da empresa.

Continuidade da atividade empresarial. Concreta ou potencial

Independentemente da continuidade dos contratos de trabalho ( OJ 261- TST -Sucessão de bancos).

Conseqüência: sucessor responde por todo o passivo trabalhista do

empregado ainda que referente a período anterior à sucessão que o contrato de trabalho tenha se extinguido anteriormente a ela

Aplica-se ao empregadoR rural – MGD compatibilidade com a Lei n. 5.889/73

Page 37: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Cláusula de não responsabilização

Ineficácia perante a ordem jurídico-trabalhista

Artigos 9º, 10 e 448 da CLT.

Contrato entre sucedido e sucessor garante apenas o direito de regresso.

Sucedido responde apenas no caso de fraude (art. 942 da CLT).

Page 38: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

ESPÉCIES

Incorporação: operação pela qual uma ou mais empresas são absorvidas por outra (s), que lhes sucede em todos os direitos e obrigações (art. 1116 CCB)

Transformação: operação pela qual uma sociedade passa de uma espécie para

outra (art. 1113 CCB)

Fusão: operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma sociedade nova, que as sucede em direitos e obrigações. CCB. “Art. 1119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem,

para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.”

Cisão: operação pela qual uma empresa transfere parte ou a totalidade de seu patrimônio para outra já existente, ou construída para essa finalidade.

Sucessor responde pelo passivo trabalhista.

Page 39: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Denominações: terceirização, marchandage, subcontratação, interposição de empresas.

“Consiste no processo de transferência de parte das atividades da empresa para empresas especializadas, com vistas à otimização do processo produtivo ou de serviços, com a concentração em suas atividades principais, com vistas ao atendimento das exigências atuais de maior produtividade, competividade e desenvolvimento tecnológico.”

(Maurício Godinho Delgado)

Limites/licitude: Súmula 331 do TST

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Terceirização lícita: trabalho temporário da Lei 6.019/74;

atividades de vigilância;

atividades que envolvam conservação e limpeza;

serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador de serviços.

Ausência de pessoalidade e subordinação diretas com o tomador dos serviços

Consequência jurídica Responsabilidade subsidiária do tomador de

serviços

Page 41: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

Terceirização ilícita Em atividades-fim;

Em atividades-meio: pessoalidade e subordinação direta com o tomador dos serviços;

Consequências jurídicas: Responsabilidade solidária

Vínculo direto com o tomador dos serviços

Serviço Público - não se forma o vínculo direto, mas subsiste a responsabilidade subsidiária do ente público pelo créditos do empregado.

Page 42: Aulas 1, 2, 3. Relação de Emprego. Empregado. Empregador. FEA

AMB: “A subempreitada é uma modalidade de contrato pelo qual o empreiteiro principal, não considerando conveniente executar todas as obras ou serviços que lhe foram confiados, os transfere a outrem (pessoa física ou jurídica) chamado subempreiteiro, que se encarrega de executa-los com seus próprios elementos, inclusive com trabalhadores.” (Amauri Mascaro Nascimento) Art. 455 CLT. Responsabilidade solidária AMB. Responsabilidade subsidária Acionamento direto do empreiteiro principal, se quiser Dono da obra (OJ 191 SDI-I) não tem responsabilidade,

salvo se for empresa construtora ou incorporadora