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SOCIOLOGIA E FILOSOFIA Professores: Danilo Valentim Madelon Felix

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SOCIOLOGIA E FILOSOFIA

Professores:Danilo ValentimMadelon Felix

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Filosofia

Temas:

Filosofia Moderna:

Ciência e o racionalismo

Empirismo e o iluminismo

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Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo.

Período histórico: Idade Moderna (século XV a XVIII).

Transformações que podemos destacar: A passagem do feudalismo para o capitalismo A formação dos Estados Nacionais O movimento da Reforma Religiosa O Desenvolvimento da ciência natural A invenção da imprensa

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Nas artes, nas ciências e na filosofia surgiram novas idéias, concepções e valores.

Um exemplo: a tendência social antropocêntrica

O desenvolvimento do racionalismo e de uma filosofia laica (não religiosa)

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2. Renascimento: revalorização do homem e da natureza

2.1 O Renascimento inspirou-se no humanismo, movimento de intelectuais que defendiam o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do homem e de seus atributos como: a razão e a liberdade.

“ Que obra prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Que capacidade infinita! Como é preciso e bem-feito em forma e movimento! Um anjo na ação ! Um deus no entendimento, paradigma dos animais, maravilha do mundo.”

SHAKESPEARE, W. Hamlet, p.51

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2.2 O pensador moderno buscava não somente conhecer a realidade, mas exercer controle sobre ela. Ele queria descobrir as leis que regem os fenômenos naturais. O objetivo era prever para prover.

2.3. Ética, educação e política

O pensador moderno, afirmava não ser possível estabelecer os mesmos preceitos para todos os homens, sendo necessário que cada um construa uma sabedoria e uma consciência moral de acordo com as suas possibilidades e disposições individuais, mas tendo como regra geral para alcançar a sabedoria “ o dizer sim à vida”.

Na educação, por exemplo, recomendava que todos os conteúdos fossem submetidos à reflexão do aluno. Nada devia ser imposto ao estudante por simples autoridade da tradição.

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3. Razão e experiência: bases do conhecimento seguro

Na mitologia grega:• Caos – aquilo que não tem forma e representa o vazio

desordenado, obscuro e infinito. E foi o caos que criou o mundo, todos os deuses e o homem. Ora, um mundo criado pelo caos era, necessariamente, um mundo imperfeito, imprevisível, misterioso.

Pré-socráticos:• Cosmo – dentro desse conceito, o universo passou a ser

encarado como algo ordenado, harmônico, previsível, capaz de ser compreendido racionalmente pelo homem.

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• As conquistas e realizações renascentistas deixaram a maioria das pessoas desorientadas e desconfiadas. O mundo racionalmente ordenado da Antiguidade foi questionado e, aos poucos, dissolvido.

• Houve a partir desse momento a destruição do cosmo e, consequentemente, o desaparecimento, na ciência, de todas as considerações baseadas nessa noção;

• O que os fundadores da ciência moderna, entre os quais Galileu, tinham de fazer não era criticar e combater certas teorias erradas, para corrigi-las ou substituí-las por outras melhores. Tinham de fazer algo inteiramente diverso. Tinham de destruir um mundo e substituí-lo por outro. Tinham de reformar a estrutura de nossa própria inteligência, reformular novamente e rever seus conceitos, encarar o ser de uma nova maneira, elaborar um novo conceito do conhecimento, um novo conceito da ciência.

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• Isso explica por que a descoberta de coisas e de leis, que hoje parecem tão simples e tão fáceis que são ensinadas às crianças – leis do movimento, lei da queda dos corpos – exigiu um esforço tão prolongado, tão árduo, muitas vezes vão, de alguns dos maiores gênios da humanidade, como Galileu e Descartes.

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Filosofia Moderna: Empirismo e Iluminismo

• As estruturas do pensamento passaram a ser investigadas pelos principais filósofos do século XVII e XVIII, que formularam diversas epistemologias ou teorias do conhecimento. As duas principais vertentes dessa investigação foram:

• A empirista;• A racionalista

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• A empirista: defendia a tese de que, em última análise, a origem fundamental do conhecimento está na experiência sensível.

• A racionalista: defendia a tese de que, além do conhecimento pela experiência sensível, há principalmente o conhecimento pela razão. O racionalismo realça a importância do conhecimento pela razão, isto é, enfatiza a existência de idéias fundadoras do conhecimento.

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Iluminismo: a razão em busca de liberdade

• A expansão capitalista dos séculos XVII e XVIII foi acompanhada pela crescente ascensão social da burguesia e sua tomada de consciência como classe social.

• Paralelamente, o racionalismo imperava na Europa, transmitindo a confiança de que a razão era o principal instrumento do homem para enfrentar os desafios da vida e equacionar os problemas que o rodeavam.

• O desenvolvimento da Revolução Industrial e o sucesso da ciência em campos como a química, a física e a matemática inspiravam filósofos de todas as partes. Foi assim que surgiu um novo mito: a idéia de progresso.

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Burguesia e Iluminismo

• Segundo o filósofo e sociólogo Lucien Goldmann, os valores fundamentais defendidos pelos iluministas (igualdade, tolerância, liberdade e propriedade privada) poderiam ser relacionados com a atividade comercial. Em outras palavras, esses pensadores teriam sido ideólogos da burguesia.

• O programa do Iluminismo era o de livrar o mundo do feitiço. Sua pretensão, a de dissolver os mitos e anular a ilusão, por meio do saber.

• A técnica é a essência desse saber. Seu objetivo não são os conceitos ou imagens nem a felicidade da contemplação, mas o método, a exploração do trabalho dos outros, o capital. O que os homens querem aprender da é como aplicá-la para exercer completo domínio sobre ela e sobre os homens. Fora disso, nada conta. Poder e conhecimento são sinônimos.

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Filme:Código da Vinci

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Sociologia

Temas:

• Ideologia e cultura

• Mudança e transformação social

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1. os significados de cultura

Felix Guattari, pensador francês (1930-1992) interessado nesse tema, reuniu os diferentes significados de “cultura” em três grupos, por ele designados cultura-valor, cultura-alma coletiva e cultura-mercadoria.

Cultura-valor é o sentido mais antigo e aparece claramente na idéia de “cultivar espírito”. É o que permite estabelecer a diferença entre quem tem cultura e quem não tem ou determinar se o indivíduo pertence a um meio culto ou inculto.

Cultura-alma coletiva, é sinônimo de “civilização”. Cultura negra, cultura chinesa, cultura marginal, etc.

Cultura-mercadoria, corresponde à “cultura de massa”. Nessa concepção, cultura compreende bens ou equipamentos – como os centros culturais, os cinemas, as bibliotecas e as pessoas que trabalham nesses estabelecimentos – filmes, discos e livros.

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2. O Etnocentrismo:

• Em outras palavras, cada grupo ou sociedade considera-se superior e olha com desprezo e desdém os outros, tidos como estranhos ou estrangeiros. Para designar essa tendência, o sociólogo estadunidense William G. Summer (1840-1910) criou em 1906 o termo etnocentrismo. Exemplos: na Antiguidade os romanos chamavam de “bárbaros” aqueles que não eram da sua cultura; no Renascimento, após os contatos com culturas diversas propiciados pela expansão marítima, os europeus passaram a chamar os povos americanos de “selvagens”, etc.

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3- No mundo globalizado em que vivemos é possível afirmar que haja uma cultura “pura” ? Até que ponto chegou o processo de mundialização da cultura?

• Em seu livro Culturas híbridas, o pensador argentino Nestor García Canclini analisa essas questões, ele declara que, até o século XIX, as relações culturais ocorriam entre os grupos próximos, familiares e vizinhos, com poucos contatos externos. Os padrões culturais resultavam de tradições transmitidas oralmente e por meio de livros, quando alguém os tinha em casa, porque bibliotecas públicas ou mesmo escolares eram raras. Os valores nacionais eram quase uma abstração, pois praticamente não havia a consciência de uma escala tão ampla

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• Já no século XIX e início do século XX, cresceu a possibilidade de trocas culturais, pois houve um grande desenvolvimento dos meios de transporte, do sistema de correios, da telefonia, do rádio e do cinema. O mundo não era mais apenas o local em que um grupo vivia. A cultura nacional passou a ter determinada constituição e os valores e bens culturais de vários povos ou países cruzaram-se, com a conseqüente ampliação das influências recíprocas.

• No decorrer do século XX, com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o cinema, a televisão e a Internet tornaram-se instrumentos de trocas culturais intensas, e os contatos individuais e sociais passaram a ter não um mas múltiplos pontos de origem.

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4- Cultura Popular e Erudita:

• ( Apresentação de duas músicas, uma clássica e outra popular)

• A separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes. A cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas – escultura e pintura -, o teatro e a literatura de cunho universal.

• A chamada cultura popular encontra expressão nos mitos e contos, danças, música – de sertaneja a cabocla -, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura; corresponde, enfim, à manifestação genuína de um povo. Inclui também expressões urbanas recentes, como os grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais oriundos do interior ou das grandes cidades, a palavra folclore ( do inglês folklore, junção de folk, “povo”, e lore “saber”) significa “discurso do povo” , “sabedoria do povo” ou “conhecimento do povo”.

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• Pensador brasileiro Alfredo Bosi: a palavra cultura vem do latim e designa “ o ato de cultivar a terra”, “ de cuidar do que se planta”, cultura está sim vinculada ao ato de trabalhar, a determinada ação, seja a de ensinar uma criança, seja de cuidar de um plantio. Para escrever um romance, é preciso trabalhar uma narrativa; para fazer uma toalha de renda, uma música, uma mesa de madeira ou uma peça de mármore, é necessário trabalhar, para Bosi isso é cultura.

• Para Bosi, a cultura é alguma coisa que se faz, e não apenas um produto que se adquire. É por isso que não tem sentido comparar cultura popular com cultura erudita.

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A ideologia, suas origens e perspectivas

• O conceito de ideologia é um produto essencialmente moderno, pois antes da Idade Moderna as explicações da realidade eram dadas pelos mitos ou pelo pensamento religioso.

• Marx desenvolveu a concepção de que a ideologia é a inversão da realidade, no sentido de reflexo, como na câmera fotográfica, em que a imagem aparece “invertida”. Contrapondo-se a muitos autores que acreditavam que as idéias transformavam e definiam a realidade, assim para Marx, as ideologias não são meras ilusões e aparências – e muito menos o fundamento da história -, mas são uma realidade objetiva e atuante.

• Émile Durkheim, ao discutir a questão da objetividade científica em seu livro As regras do método sociólogo (1895), afirma que, para ser o mais preciso possível, o cientista deve deixar de lado todas as pré-noções, a noções vulgares, as idéias antigas e pré-científicas e as idéias subjetivas. São idéias que ele entende por ideologia, ou seja, o contrário de ciência.

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• A expressão da ideologia na sociedade capitalista pressupõe a elaboração de um discurso homogêneo, pretensamente universal, que, buscando identificar a realidade social com o que as classes dominantes pensam sobre ela, oculta as contradições existentes e silencia outros discursos e representações contrárias. Outra manifestação ideológica na sociedade capitalista é a idéia de que vivemos em uma comunidade sem muitos conflitos e contradições. Essas concepções passam a visão de que há uma comunidade de interesses e propósitos partilhados por todos os que vivem num país ou num espaço específico.

• Talvez a maior de todas as expressões ideológicas que encontramos em nosso cotidiano seja a idéia de que o conhecimento cientifico é verdade inquestionável.

• Ora, nada está mais distante do conhecimento científico do que a idéia de verdade absoluta e a pretensão de explicar todas as coisas.

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Dominação e controle

• Ao analisar a cultura e a ideologia, vários autores procuram demonstrar que não se podem utilizar esses dois conceitos separadamente. Para Gramsci, uma classe se torna hegemônica quando, além do poder coercitivo e policial, utiliza a persuasão, o consenso, que é desenvolvido mediante um sistema de idéias muito bem elaborado por intelectuais a serviço do poder, para convencer a maioria das pessoas, até as das classes dominadas. Por esse processo, cria-se uma “cultura dominante efetiva”, que deve penetrar no senso comum de um povo, com o objetivo de demonstrar que a forma como aquele que domina vê o mundo é a única possível.

• A ideologia não é o lugar da ilusão e da mistificação, mas o espaço da dominação, que não se estabelece somente com o uso legítimo da força pelo Estado, mas também pela direção moral e intelectual da sociedade como um todo, utilizando os elementos culturais de cada povo.

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• O sociólogo francês Pierre Bourdieu desenvolveu o conceito de violência simbólica para identificar formas culturais que impõem e fazem que aceitemos como normal, como verdade que sempre existiu e não pode ser questionada, um conjunto de regras não escritas nem ditas. Dessa idéia nasce o que Bourdieu define como naturalização da historia, condição em que os fatos sociais, independentemente de ser bons ou ruins, passam por naturais e tornam-se uma “verdade” para todos. Um exemplo evidente é a dominação masculina, a violência simbólica ocorre de modo claro no processo educacional. Quando entramos na escola, em seus diversos níveis, devemos obedecer sempre a um conjunto de regras e absorver um conjunto de saberes predeterminados, aceitos como o que se deve ensinar. Essas regras e esses saberes não são questionados e normalmente não se pergunta quem os definiu.

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• Adorno e Horkheimer apontaram a possibilidade de homogeneização das pessoas, grupos e classes sociais; esse processo atingiria todas as classes, que seriam seduzidas pela indústria cultural, pois esta coloca a felicidade imediatamente nas mãos dos consumidores mediante a compra de alguma mercadoria ou produto cultural. Nos mais diversos filmes de ação, somos tranqüilizados com a promessa de que o vilão terá um castigo merecido.

• Por meio da sedução e do convencimento, a indústria cultural vendem produtos que devem agradar ao público, não para fazê-lo pensar com informações novas que o perturbem, mas para propiciar-lhe uma fuga da realidade.

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Está tudo dominado?

• Que a ideologia dominante está presente me todos os produtos da indústria cultural é evidente, mas não se pode dizer que exista uma manipulação cultural integral e avassaladora, pois isso significa declarar que os indivíduos não pensam e apenas absorvem e reproduzem automaticamente o que recebem. É verdade que muitos indivíduos tendem a reproduzir o que vêem na televisão ou lêem nas revistas semanais de informação, mas a maioria seleciona o que recebe, filtra reelabora a informação; além disso, nem todos recebem as mesmas informações.

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O universo da Internet

• A Internet originou-se de um projeto militar dos Estados Unidos, na década de 1960. Naquele período, questionava-se como as autoridades estadunidenses poderiam comunicar-se caso houvesse uma guerra nuclear. Se isso acontecesse, toda a rede de comunicações poderia ser destruída e haveria necessidade de um sistema de comunicação sem controle central, baseado numa rede em que a informação circularia sem uma autoridade única.

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• Assim nasceu um sistema no qual as informações são geradas em muitos pontos e não ficam e não ficam armazenadas num único lugar, mas em todos os pontos de contato possíveis. Estes, por sua vez, podem gerar informações independentes, de tal modo que, se fossem destruídos um ou mais pontos, os outros continuariam retendo e gerando informações independentes. Posteriormente, esse modelo foi utilizado para colocar em contato pesquisadores de diferentes universidades e acabou se expandindo até atingir a maioria dos lugares.

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Exemplos:

Diálogo

Música