aula2 - elasticidade - introdução à economia - ufabc - prof guilherme lima

1

AULA 2: ELASTICIDADE E SUAS

APLICAÇÕES

( T Ó PIC O S D E M IC R O E C O N O MIA )

I N T R O D U Ç ÃO À E C O N O MIA

2

EQUILÍBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA

PA

QA

P*

Q*

O

D

E

MERCADOS COMPETITIVOS: O PREÇO DO BEM SE AJUSTA PARA

CONDUZIR A QUANTIDADE OFERTADA E DEMANDADA AO

EQUILÍBRIO.

I N T R O D U Ç Ã O À E C O N O M I A

3

APLICAÇÕES → CONCEITO DE “ELASTICIDADE”

DEF. ELASTICIDADE É UMA MEDIDA DA RESPOSTA DOS

CONSUMIDORES OU DOS VENDEDORES ÀS MUDANÇAS NAS

CONDIÇÕES DO MERCADO.

TIPOS DE ELASTICIDADES:

• ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA: ∆PA → ∆ QDA

• ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA : ∆Y → ∆ QDA

• ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA: ∆PB → ∆ QDA

• ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA: ∆PA → ∆ QOA

• ELASTICIDADE-PREÇO DOS INSUMOS DA OFERTA: ∆PI → ∆ QOA

• “ELASTICIDADE-TÉCNICA DA OFERTA”: ∆TA → ∆ QOA


4

REFLETE O COMPORTAMENTO DOS COMPRADORES FRENTE

ÀS VARIAÇÕES NOS PREÇOS DOS PRODUTOS.

ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

( )

, ,...( , , ,...) ( )D D

A A B C A AQ f Y P P Q f P

EX: DADO UMA VARIAÇÃO DE 10% NO PREÇO DA CARNE,

QUAL SERÁ A VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DEMANDADA DE

CARNE?

LEI DA DEMANDA ELASTICIDADE “NEGATIVA”


5


2. DISPONIBILIDADE DE BENS SUBSTITUTOS

DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA:

• MUITOS SUBSTITUTOS PRÓXIMOS → ↑EP-D EX: MANTEIGA

• POUCOS SUBSTITUTOS PRÓXIMOS → ↓EP-D EX: CIMENTO


1. NECESSIDADE OU IMPORTÂNCIA DO BEM

• BENS NECESSÁRIOS → ↓EP-D EX: REMÉDIOS, ENERGIA ELÉTRICA,...

• BENS SUPÉRFLUOS → ↑EP-D EX: JÓIAS, FILMES NO PAPER VIEW,...

6


3. HORIZONTE DE TEMPO

• QUANTO MAIOR O HORIZONTE DE TEMPO ENVOLVIDO → ↑EP-D

• QUANTO MENOR O HORIZONTE DE TEMPO ENVOLVIDO → ↓EP-D


7


CÁLCULO DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ()

O VALOR DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA É DADO

PELA RAZÃO ENTRE A VARIAÇÃO PERCENTUAL NA

QUANTIDADE DEMANDADA DO BEM EM RELAÇÃO À VARIAÇÃO

PERCENTUAL NO PREÇO DO BEM:

,2 ,1 ,1

,2 ,1 ,1

( ) /(%)

(%) ( ) /

D D DDA A AA

PD

A A A A

Q Q QQ

P P P P

PA

QD

D

PA,2

Q1D

PA,1

Q2D

(1)

(2)


8

EX 1: SE O PREÇO DA GASOLINA SUBIR DE R$2.30 PARA R$2.50

E SUA QUANTIDADE DEMANDADA CAIR DE 200L PARA 190L POR

CONSUMIDOR, QUAL A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA?

2 1 1

2 1 1

(%) ( ) /

(%) ( ) /

D D D D

G

G

Q Q Q Q

P P P P

EX 2: SE O PREÇO DA AÇÃO DA VALE DO RIO DOCE SUBIR 10% E

SUA QUANTIDADE DEMANDADA SUBIR 15%, QUAL A

ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA?

(%) 0.151.5

(%) 0.10

DQ

P


(190 200) / 2000.575

(2.50 2.30) / 2.30

9

PROBLEMA NO CÁLCULO DA ELASTICIDADE:

A ELASTICIDADE MEDIDA DO PONTO “A” EM RELAÇÃO AO PONTO

“B” DA CURVA DE DEMANDA É DIFERE DA ELASTICIDADE CALCULADA

DO PONTO “B” EM RELAÇÃO AO “A”.

Ponto A Preço = R$ 4 Qde = 120

Ponto B Preço = R$ 6 Qde = 80

80 120

0.33120 0.66 ou 0.666 4 0.50

4

D D

B A

D

AAB

B A

A

Q Q

Q

P P

P

120 80

0.5080 1.52 ou 1.524 6 0.33

6

D D

A B

D

BBA

A B

B

Q Q

Q

P P

P


10

2 1 2 112

2 1 2 1

( ) / [( ) / 2]

( ) / [( ) / 2]

D D D DQ Q Q Q

P P P P

SOLUÇÃO: CALCULAR EM RELAÇÃO AOS PONTOS MÉDIOS:

1 2 1 221

1 2 1 2

( ) / [( ) / 2]

( ) / [( ) / 2]

D D D DQ Q Q Q

P P P P


11

( ) (80 120) 40

[( ) / 2] [(80 120) / 2] 100 1.00 ou 1.00( ) (6 4) 2

[(6 4) / 2] 5[( ) / 2]

D D

B A

D D

B AAB

B A

B A

Q Q

Q Q

P P

P P

( ) (120 80) 40

[( ) / 2] [(80 120) / 2] 100 1.00 ou 1.00( ) (4 6) 2

[(6 4) / 2] 5[( ) / 2]

D D

A B

D D

B AAB

A B

B A

Q Q

Q Q

P P

P P

Ponto A Preço = R$ 4 Qde = 120

Ponto B Preço = R$ 6 Qde = 80


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RELAÇÃO ENTRE A ELASTICIDADE COM A INCLINAÇÃO DA

CURVA DE DEMANDA

P

QD

P1

Q0D

D

P0

CURVA DE DEMANDA COM ELASTICIDADE UNITÁRIA ( = 1)

Q1D

1. Um aumento

nos preços

2. Causa uma queda na

mesma proporção na

quantidade demandada


13


CURVA DE DEMANDA

P

QD

P1

Q0D

D

P0

CURVA DE DEMANDA ELÁSTICA ( > 1)

Q1D

1. Um pequeno

aumento nos

preços

2. Causa uma grande

queda na quantidade

demandada


14


CURVA DE DEMANDA

P

QD

DP0

CURVA DE DEMANDA PERFEITAMENTE

ELÁSTICA ( )

1. Qualquer

Preço acima de

P0

2. A demanda será = 0

P1

P2

1. Qualquer

Preço abaixo de

P0

2. A demanda será

infinita

1. Ao Preço P0 , os

consumidores comprarão

qualquer quantidade


15


CURVA DE DEMANDA

P

QD

P1

Q0D

D

P0

CURVA DE DEMANDA INELÁSTICA ( < 1)

Q1D

1. Um grande

aumento nos

preços

2. Causa uma pequena

queda na quantidade

demandada


16


CURVA DE DEMANDA

P

QD

P1

Q0D

D

P0

CURVA DE DEMANDA PERFEITAMENTE

INELÁSTICA ( = 0)

1. Qualquer

aumento nos

preços

2. Não afeta a

quantidade demandada


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RELAÇÃO ENTRE A ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL

P

QDQD

D

P

RT = P .Q

Receita Total é a quantia total

paga pelos compradores e

recebida pelos vendedores

QUESTÃO: O QUE OCORRE COM A RT A MEDIDA QUE AUMENTAMOS

(DIMINUÍMOS) OS PREÇOS?

UM EMPRESÁRIO QUE QUER AUMENTAR A SUA RT DEVE AUMENTAR

OU REDUZIR OS PREÇOS?


18

RESPOSTA: DEPENDE DA INCLINAÇÃO DA DEMANDA

P

QD

D

P1

P0

Q0DQ1

D

P1Q1D > P0Q0

D

RT1 > RT0

P

QD

D

P1

P0

Q0DQ1

D

P1Q1D < P0Q0

D

RT1 < RT0


19

QUESTÃO: A ELASTICIDADE É SEMPRE CONSTANTE EM UMA

MESMA CURVA DE DEMANDA?

P

QD

D

a

b

c

RESPOSTA: NÃO, A ELASTICIDADE PODE VARIAR NOS

DIFERENTES SEGMENTOS DA CURVA DE DEMANDA.


20

Elástica

( > 1)

Inelástica

( < 1)


21

OUTRAS ELASTICIDADES DA DEMANDA

ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA:

(%)

(%)

D

ARD

A

Q

R

0RD

0RD

“BENS NORMAIS”

“BENS INFERIORES”

ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA:

(%)

(%)

D

APxD

B

Q

P

0PxD

0PxD

“BENS SUBSTITUTOS”

“BENS COMPLEMENTARES”


22

REFLETE O COMPORTAMENTO DOS VENDEDORES,

PORTANTO, DEPENDE DA ESTRUTURA PRODUTIVA DO

MERCADO.

MEDE QUANTO A QUANTIDADE OFERTADA RESPONDE A

MUDANÇAS NO PREÇO.

ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA

( )

, , ,...( , , , ,...) ( )O O

A K L A B C A AQ f P T P P Q f P

(%)

(%)

O

APO

A

Q

P


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1. FLEXIBILIDADE DA ESTRUTURA PRODUTIVA

DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA:

• MUITO FLEXÍVEL → ↑EP-O

• POUCOS FLEXÍVEL → ↓EP-O

• EX 1: BIJOUTERIAS

• EX 2: TERRENOS NA PRAIA

ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA

2. HORIZONTE DE TEMPO

• QUANTO MAIOR O HORIZONTE DE TEMPO ENVOLVIDO → ↑EP-O

• QUANTO MENOR O HORIZONTE DE TEMPO ENVOLVIDO → ↓EP-O


24


CURVA DE OFERTA

P

QO

P1

Q0O

O

P0

CURVA DE OFERTA

ELÁSTICA ( > 1)

Q1O

P

QO

OP0

CURVA DE OFERTA PERFEITAMENTE

ELÁSTICA ( )

QO = 0

QO =


25


CURVA DE OFERTA

P

QO

P1

Q0O

O

P0

CURVA DE OFERTA

INELÁSTICA ( < 1 )

Q1O

P

QO

O

P0

CURVA DE OFERTA PERFEITAMENTE

INELÁSTICA ( =0 )

Q0O

P1


26

CASO MAIS “VEROSSÍMIL”: INDÚSTRIA CUJAS FÁBRICAS

APRESENTAM PRODUÇÃO LIMITADA

P

QO

P2

Q0O

O

P0

Q1O

P1

P3

Q2O Q3

O

Oferta Elástica

Oferta Inelástica


27

ESTUDO DE CASO 1:

P

QO

P1

Q0O

O0

P0

Q1O

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA AGRICULTURA PODEM SER MÁS

NOTÍCIAS PARA OS AGRICULTORES?

AGRÔNOMOS DESCOBREM UMA NOVO TRIGO HÍBRIDO MAIS PRODUTIVO.

O QUE OCORRE COM OS GANHOS DOS AGRICULTORES?

O11. O TRIGO É UM BEM NECESSÁRIO?

2. QUAL O EFEITO DA INOVAÇÃO?

3. O QUE OCORRE COM A RT DOS

AGRICULTORES?

4. QUAL O EFEITO PARA A SOCIEDADE?


28

ESTUDO DE CASO 2:

POR QUE A OPEP NÃO CONSEGUIU MANTER ELEVADO OS PREÇOS DO

PETRÓLEO?

OPEP RESTRINGIU A OFERTA DE PETRÓLEO NAS DEC. 70 E 80.

AO LONGO DA DEC. 80 OS PREÇOS DESPENCARAM.

1. O PETRÓLEO É UM BEM NECESSÁRIO?

2. QUAL O EFEITO DO CHOQUE?

3. O QUE OCORRE COM A RT DOS MEMBROS DA OPEP NO CP?

4. O QUE OCORRE COM A RT DOS MEMBROS DA OPEP NO LP?


29

ESTUDO DE CASO 2:

P

QO

P1

Q0O

O0

P0

Q1O

CURTO PRAZO

O1 P

QO

P1O0

P0

O1

LONGO PRAZO

Q0OQ1

O

D


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