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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Prof. Renato José Dornellas Sobrinho Aula 01 1

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av da aprendizagem

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Page 1: Aula_01

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Prof. Renato José Dornellas Sobrinho

Aula 01 1

Page 2: Aula_01

AULA 01

Avaliação:

alguns apontamentos

iniciais

Page 3: Aula_01

OBJETIVOS:

Refletir criticamente sobre as

práticas avaliativas em nosso

cotidiano.

Entender o processo

histórico da avaliação.

Analisar criticamente a

história da avaliação na

sociedade moderna.

Aula 01 3

Page 4: Aula_01

Constantemente estamos diante de situações

concretas que nos fazem avaliar um comportamento,

uma ideia, uma obra de arte, uma comida, uma música,

um transporte e etc.

Em outras palavras, podemos perceber que a avaliação

é constante, diária, mas nem sempre reflexiva, ou seja,

não refletimos sobre o conteúdo e a forma da

avaliação, bem como, quando e para que se avalia.

Aula 01 4

Page 5: Aula_01

Quais são os critérios que constituem

uma avaliação?

Os critérios determinam os resultados

da avaliação?

Qual a finalidade da avaliação?

Aula 01 5

Page 6: Aula_01

Contudo, se pensarmos no processo

de ensino e aprendizagem, podemos

colocar outras questões que nos

permitirão identificar de imediato que a

avaliação se torna mais complexa, pois

as práticas avaliativas vão decorrer da

construção de uma visão específica

sobre o pensar e o fazer humano, ou

seja, de toda uma fundamentação

baseada nos princípios do

conhecimento científico e tecnológico

desenvolvidos a partir do século XVII.

Aula 01 6

Page 7: Aula_01

Aula 01 7

Qual o conteúdo e a forma da

política de avaliação na

sociedade moderna e

capitalista?

Quais as finalidades de tal

política?

As Instituições de Ensino tem

autonomia para definirem seus

critérios de avaliação?

A avaliação do processo de

ensino e aprendizagem sofre

influências das avaliações

externas aplicadas pelo Estado?

Page 8: Aula_01

Aula 01 8

Qual o grau de autonomia

do corpo docente diante de

tal problemática?

Os profissionais da

educação tem uma

formação que lhes

permitam lidar com tais

questões?

Como pensar a formação

integral e emancipatória

diante de uma sociedade

altamente reguladora e

controladora?

Page 9: Aula_01

Aula 01 9

A tese que sustenta este momento

a nossa aula é a seguinte: somos

avaliados na vida familiar,

profissional, acadêmica e etc.,

como também, avaliamos

constantemente pessoas, objetos,

lugares, pensamentos, ideias,

propagandas e etc.

Portanto, somos sujeito e objeto

da avaliação, ou seja, somos

avaliadores e avaliados em nosso

cotidiano e, na maioria das vezes,

não nos percebemos como tais.

Page 10: Aula_01

Aula 01 10

Prova

Escrita

Prova

de Aula

Titulação e

Publicações

Experiência

Docente

Total de

Pontos

1º Heloisa 94,0 90,00 42,00 80,00 306,00

2º Fernando 97,0 91,00 35,00 75,00 298,00

3º Maria 10,00 10,00 54,00 25,00 279,00

4º Cristina 80,00 90,00 16,00 85,00 271,00

5º Robson 70,00 75,00 65,00 60,00 270,00

A faculdade de Educação, de uma Instituição de Ensino

Superior, publicou o seguinte resultado classificatório do

concurso à vaga de professor assistente do

departamento de Fundamentos da Educação:

Page 11: Aula_01

Aula 01 11

CONTUDO, SE MUDARMOS OS CRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃO DO CONCURSO TEREMOS OUTROS

RESULTADOS.

Prova

Escrita

Prova de

Aula

Total de

Pontos

1º Maria 10,00 10,00 200,00

2º Fernando 97,00 91,00 188,00

3º Heloisa 94,00 90,00 184,00

4º Cristina 80,00 90,00 170,00

5º Robson 70,00 75,00 145,00

Page 12: Aula_01

Aula 01 12

Page 13: Aula_01

Aula 01 13

Em vários momentos no curso de Pedagogia, procuramos

enfatizar que o homem é um ser de necessidade, ou seja,

necessita produzir a sua própria existência, tendo em vista que

a natureza não oferece gratuitamente as condições materiais

que garantam a mesma. Assim sendo, é do conflito do ser

humano com a natureza que ocorre a produção de um novo

fenômeno: o trabalho e, com ele, podemos dizer que surgem e

se desenvolvem práticas avaliativas acerca do próprio pensar

e fazer humano.

Page 14: Aula_01

Aula 01 14

Na pré-história a prática da avaliação ocorria em

algumas tribos onde os jovens só poderiam ser

considerados adultos após passarem por algumas

provas referentes aos usos e costumes daquela

cultura.

Na China e na Grécia, como também, no Império

Romano, foram desenvolvidos critérios para

selecionar trabalhadores para desempenharem

determinadas funções na sociedade.

Na Idade Média, principalmente com o surgimento

das Universidades, era comum a prática de exercícios

orais como forma de avaliação, pois uma das

preocupações era a formação de professores.

Page 15: Aula_01

Aula 01 15

Na Idade Moderna, ocorreram mudanças

significativas no modo de produção e de organização

social que acabaram afetando o campo educacional

e, consequentemente, as práticas avaliativas.

Estamos nos referindo ao desenvolvimento do

conhecimento científico e tecnológico e sua aplicação

no mundo do trabalho e da produção.

Neste contexto, a educação aparece como elemento

central para a formação do cidadão do novo modelo

de sociedade. Para tanto, o mesmo dever ter o

domínio do conhecimento sistematizado, pois tal

sociedade estará pautada nos princípios do Contrato

Social entre o Estado e a Sociedade Civil.

Page 16: Aula_01

Aula 01 16

Sendo assim, o conteúdo e a forma das práticas avaliativas

serão determinados pela racionalidade da ciência moderna.

PEDAGOGIA BASE TEÓRICA MODELO

AVALIATIVO

TRADICIONAL Objetivismo (influências do

empirismo inglês)

Quantitativo

NOVA Subjetivismo Qualitativo

TECNICISTA Objetivismo (pragmatismo

e neopragmatismo)

Quantitativo

CRÍTICAS E

PROGRESSISTA

Dialética Diagnóstica e

emancipatória

Page 17: Aula_01

Aula 01 17

Horace Mann introduziu o sistema de exames

escritos nas escolas americanas como forma de

substituir a prática ordinária dos exames orais.

Francis Galton fundou o Laboratório de Testes

em Londres com a finalidade de pesquisar

sobre as diferenças individuais, o que acabou

favorecendo a utilização de medidas

padronizadas e tratamento estatísticos para os

dados da avaliação.

Page 18: Aula_01

Aula 01 18

•Alfredo Binet e Theopfile Simom organizaram

uma série de perguntas para diagnosticar

debilidade mental nas crianças das escolas de

Paris e assim organizaram uma escala da idade

mental. Em outras palavras, Binet criou um

instrumento de medida, aperfeiçoado por Galton

na Inglaterra e nos Estados Unidos, para dar

origem ao quociente intelectual (Q.I).

Joseph Mayer Rice insistiu na necessidade de

adotar medidas mais objetivas tanto para o ensino

quanto para a avaliação da aprendizagem.

•Os teóricos do século XIX que se propuseram a

enfrentar a problemática da avaliação são

conhecidos como teóricos pertencentes à “geração

da mensuração”.

Page 19: Aula_01

Aula 01 19

Durante a Primeira Guerra Mundial, os Estados

Unidos necessitavam tomar decisões sobre

quais indivíduos deveriam fazer parte das forças

armadas.

O processo de seleção adotado permitiu que a

avaliação fosse entendida apenas como medida,

pois só a partir dela poderia tomar decisões

sensatas.

Diante desta questão houve um empenho

mundial em torno da tecnologia aplicada à

medida. A partir disso, se destacam os estudos

desenvolvidos por Tyler.

Page 20: Aula_01

Aula 01 20

Tyler é considerado o pai da avaliação

da aprendizagem.

Apesar da compreensão de que a

função do avaliador ser técnica por

estar voltada a descrever padrões e

critérios, Tyler propõe o modelo de

avaliação por objetivos, pois afirmava

que a avaliação consistia numa

constante comparação dos resultados

da aprendizagem dos alunos com os

objetivos previamente determinados na

programação do ensino.

Page 21: Aula_01

Aula 01 21

Bloom, Hasting e Madaus – são considerados autores da

terceira geração. Esta surgiu em decorrência das limitações

das gerações anteriores, e acreditavam que as situações do

ensino quando organizadas sistematicamente e previamente

produziriam as mudanças comportamentais esperadas

naqueles que aprendiam.

Para Bloom, a avaliação é compreendida como coleta de

dados a fim de verificar se de fato certas mudanças ocorre no

aprendiz, bem como verificar a quantidade ou grau de

mudança ocorrido em cada aluno.

Page 22: Aula_01

Aula 01 22

Defende-se um novo conceito de avaliação em que a

característica principal é a negociação, o equilíbrio é buscado

entre as pessoas de valores diferentes, ou seja, procura-se

respeitar as divergências de que quanto maior a participação

das questões avaliativas, dos métodos, e da interpretação

dos resultados, maior é o nível de negociação.

Desta forma, a avaliação é vista como um processo interativo,

negociado, fundamentado num paradigma crítico e

transformador. Trata-se de uma abordagem que vai além da

ciência por captar os aspectos humanos, políticos, sociais,

culturais e éticos que envolvem o processo de ensino e

aprendizagem.