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AUDIÊNCIA
TRABALHISTA
Aula 01: Fase postulatória
AUDIÊNCIA TRABALHISTA 1
Índice Aula 1: Fase postulatória ............................................................................................................... 2
Introdução ................................................................................................................................. 2
Conteúdo ................................................................................................................................... 3
Dissídio individual e dissídio coletivo .................................................................................. 3
A fase postulatória do processo ............................................................................................. 3
Espécies ................................................................................................................................. 3
Registros das reclamações ..................................................................................................... 4
Requisitos .............................................................................................................................. 4
Valor da causa ....................................................................................................................... 5
Custas do processo ................................................................................................................ 5
O pedido ................................................................................................................................ 6
Outras definições de petição inicial....................................................................................... 7
Audiência .............................................................................................................................. 9
Audiência de conciliação .................................................................................................... 10
Depoimento das partes ........................................................................................................ 11
Sentença .............................................................................................................................. 12
Limites e elementos da sentença ......................................................................................... 12
Ata de audiência e coisa julgada ......................................................................................... 13
Prática dos tribunais ............................................................................................................ 14
Referências .............................................................................................................................. 14
Exercícios de fixação .............................................................................................................. 14
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 17
Aula 1 ...................................................................................................................................... 17
Exercícios de fixação .......................................................................................................... 17
AUDIÊNCIA TRABALHISTA 2
Audiência trabalhista
Apostila
Aula 1: Fase postulatória
Introdução
Olá, Pessoal! Sejam bem- vindos! Hoje é nossa primeira aula e vamos iniciar o
estudo sobre Audiência Trabalhista com uma abordagem ampla acerca da
teoria e da pratica concernente ao Instituto apresentando, um conceito para a
disciplina, assim como seus fundamentos, natureza jurídica e princípios. A
seguir, trataremos da Fase postulatória e sequência de atos da audiência.
Objetivo:
1. Conhecer a fase postulatória: petição inicial, requisitos, custas. Ritos.
Audiência de conciliação, instrução e julgamento, sequência de atos da
audiência. Prática dos tribunais.
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Conteúdo
Dissídio individual e dissídio coletivo
Dissídio Individual: Em termos de organização judiciária e de competência,
de um modo geral, o Processo do Trabalho se divide em dissídio individual,
quando as partes envolvidas no conflito são identificadas pelo empregado e
empregador, mormente de reclamante e reclamada, seguindo a tradição de ser
uma reclamação trabalhista, evitando requerente e requerido, suscitante ou
suscitado, e de forma suplementar, utilizando autor e réu.
Dissídio Coletivo: E em dissídio coletivo quando as partes são as entidades
sindicais ou outras Instituições como Ministério Público do Trabalho.
Neste estudo trataremos do dissídio individual do trabalho, veja a
seguir.
A fase postulatória do processo
Vamos iniciar com a petição inicial: a prestação jurisdicional depende de
provocação do interessado, princípio da inércia, mas o processo se desenvolve
por impulso oficial.
É o instrumento pelo qual o autor exerce o seu direito ao acesso a justiça.
A petição inicial é a peça inaugural do processo, sendo também denominada
de “peça exordial”, “peça vestibular”, “peça de ingresso”. Na justiça do trabalho
a denominação jurídica da petição inicial é reclamação trabalhista.
Princípios: da inércia/dispositivo ou da demanda – artigo 2º (primeira parte),
do NCPC C/C artigo 319 do NCPC e 769 da CLT.
Espécies
Espécies (art. 840, §§1º e 2º, CLT)
A reclamação poderá ser escrita ou verbal:
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1.Verbal (arts. 786 e 731 CLT)
2.Escrita (art. 787 CLT)
Designação do juiz do direito ocorre quando em uma localidade não tem vara
do trabalho (§1º).
Registros das reclamações
Para a distribuição, da petição inicial, a CLT estabelece procedimento nos
seguintes dispositivos legais: (art. 837, CLT), (art. 838 c/c 783 e 788, CLT).
(art. 783, CLT). As reclamações serão registradas em livro próprio (art. 784,
CLT , art. 785, CLT).
Todavia, a partir de setembro de 2009, foi implantado o Processo Eletrônico
(Pje), pelo Conselho Nacional de Justiça. A Justiça do Trabalho aderiu por meio
de convênio firmado com o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e
com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os quais firmaram, por sua vez,
convênios com todos os tribunais regionais do trabalho.
A reclamação trabalhista poderá ser proposta pelos empregados e
empregadores pessoalmente (jus postulandi), pelos sindicatos, pelo MPT. (Art.
839, CLT), em situações excepcionais, como por exemplo, para menores não
representados.
Requisitos
Requisitos (art. 840 CLT c/c art. 319 do NCPC): devem ser atendidos os
requisitos da justiça do trabalho e do CPC, pois o CPC tem mais requisitos do
que os citados no art. 840, tal como a informação acerca da audiência de
mediação, o que entende-se integralmente aplicável ao processo do trabalho,
tendo em vista o princípio conciliatório.
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Por certo, o art. 840 CLT não prevê a citação do reclamado, pois é automática,
feita pelo cartório. O juiz tem conhecimento do processo no dia da audiência.
Também não há o protesto por produção de provas porque as provas serão
produzidas em audiência.
Observação, igualmente, o NCPC, ao contrário do Código Adjetivo de 1973, não
prevê mais o pedido de citação como um dos requisitos da petição inicial, mas
isso não indica a sua desnecessidade, na medida em que este pedido ainda é
um requisito que decorre da compreensão dos artigos 246 e seguintes do
NCPC.
Valor da causa
E o valor da causa?
O valor é fundamental para a determinação de alçada: a lei 5.584/70 criou
novo procedimento, criticado doutrinariamente, mas mantido pelos tribunais, o
procedimento de alçada. Então o valor da causa vai se relacionar com os ritos:
Rito Sumário: a lei 5.584/70 criou o procedimento de alçada. Nesse rito, só
cabe recurso por violação à Constituição, e é aplicado se o valor da causa for
de até dois salários mínimos. A lei permitiu que, se a parte não indicasse o
valor, o juiz fizesse essa fixação.
Rito Sumaríssimo: lei 9.957/00 (arts. 852-A ao 852-I da CLT). O valor da
causa não exceda a 40 salários mínimos. Não traz a informação de que o juiz
deve dar o valor da causa. Portanto, passou a ser necessário. Para alguns
doutrinadores, atualmente, só existe o rito sumaríssimo e ordinário na seara
justrabalhista, especialmente pela não utilização do procedimento de alçada.
Rito Ordinário – rito inicial da CLT.
Custas do processo
E as custas do processo?
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De acordo com o art. 789, §1º, as custas serão pagas pelo vencido, após o
trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e
comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal, quando o reclamante
distribui a reclamação, não paga custas, para não inviabilizar o acesso à justiça,
mas se ele não for declarado beneficiário da gratuidade de justiça, terá que
pagar sim. Por isso que a juntada da declaração de pobreza, conforme Súmula
463 do TST se faz necessária.
De acordo com o art. 832, §2º
O art. 832, §2º, CLT preceitua que as custas devem sempre ser determinadas
na sentença, no cômputo de 2% sobre o valor da condenação (art. 789, CLT) ,
que é meramente estimativo, declarado pelo juiz.
Quem paga as custas processuais?
Quem paga as custas processuais? A jurisprudência trabalhista entende
que, se o empregado ganhar um pedido, o empregador deve pagar as
custas, pois o art. 789 §1º não trata da procedência parcial, logo o
fundamento aplicado é a hipossuficiência do empregado. Se a parte que tem
interesse em recorrer, se reclamante, pelo indeferimento total do pedido, desde
que não beneficiário da gratuidade processual, ou o Reclamado pela
procedência em parte, devem pagar as respectivas custas processuais, no prazo
do recurso.
O pedido
O Pedido:
O pedido é o objeto da ação, é um resumo do que o autor pretende receber. É
o próprio mérito, é o bem da vida deduzido em juízo. Aplica-se o CPC de modo
supletivo, pela omissão da CLT.
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A interpretação dos pedidos considerará o conjunto da postulação e
observará o princípio da boa fé (art. 322, parágrafo segundo, CPC), mas os
pedidos podem ser implícitos, sendo deferidos pelo juiz de ofício, como os juros
legais (art. 322, parágrafo primeiro, CPC), verbas de sucumbência, inclusive os
honorários advocatícios e a correção monetária.
O pedido deve ser certo e determinado (arts. 322 e 324, CPC).
Classificação dos pedidos:
1 - Simples ou cumulados: simples é o que contém uma única postulação.
Cumulado é a cumulação de pedidos numa mesma ação;
2 - Principal e acessório: segue-se a mesma regra das obrigações principais e
acessórias;
3 - Alternativos: pode ser cumprido de mais de uma forma (Art. 325, CPC);
4 - Sucessivos: o primeiro pedido é prejudicial em relação ao segundo (Art.
289, CPC e art. 496, CLT);
5 - Líquidos e ilíquidos;
6 - Pedidos cominatórios: refere-se às obrigações de fazer ou de não fazer (art.
287, CPC).
No procedimento sumaríssimo, o pedido há de ser necessariamente líquido
(852-B, CLT). Sob pena de extinção sem resolução do mérito (§1º, 852-B,CLT).
Outras definições de petição inicial
Conheça mais informações sobre a Petição Inicial:
A petição inicial apócrifa:
É tida como inexistente no processo do trabalho. Juiz, verificando a ausência de
assinatura, deve determinar a intimação da parte para que corrija a inicial,
no prazo determinado, atualmente pelo modelo eletrônico, revela-se impossível,
mas caso ainda haja alguma Vara do Trabalho sem o PJE, poderá ocorrer.
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Valor da causa:
Apesar de haver controvérsia a respeito do valor da causa, parte da doutrina
entende que é obrigatório apenas para as causas sujeitas ao
procedimento sumaríssimo (art. 852-A e 852-B), nos outros procedimentos,
se não indicado o valor da causa o juiz deve, de ofício, fixá-lo (p. ex.:
art. 2º, Lei 5584/70).
Da citação:
Nomenclatura: a doutrina chama de notificação citatória. Se necessário alterar
a petição inicial por emenda ou aditamento, deve ser procedido tal ato antes da
citação (art. 329, inciso I, NCPC c\c art. 769, CLT). No processo trabalhista, a
citação é feita pelo Diretor de Secretaria (art. 841, CLT). Citação automática,
independentemente de requerimento.
Na seara trabalhista, a citação se aperfeiçoa com o comparecimento das partes
em audiência, oportunidade em que o réu apresentará sua defesa. Por isso, o
entendimento é que o requerimento do Reclamante para alteração da inicial
seja deferida pelo magistrado até a hora da audiência, isto é, antes da leitura
ou entrega da contestação ao advogado do autor, por ausência na Justiça do
Trabalho de momento específico de saneamento do processo.
De todo modo, a audiência será adiada para que o Réu tenha oportunidade de
impugnar os novos fatos alegados pelo autor, mas isso se ocorrer modificação
substancial em sua defesa, a fim de respeitar o princípio da ampla defesa e do
contraditório, mas sempre resguardando a celeridade e economia processual.
Espécies:
1. Citação postal: art. 841, §1º CLT, art. 774, § único CLT, súmula 16 TST.
Se não ocorrer, a citação será feita por edital.
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2. Citação por edital: art. 841, §1º CLT.
3. Citação por oficial de justiça: art. 880, §2º CLT:
a. Para o início da execução;
b. Fora do alcance do serviço postal: apesar de não prevista em lei, os juízes
em muitos casos autorizam a citação por oficial de justiça quando encontra-se
dificuldades na citação postal (quando se observa que criam obstáculos, se for
difícil de encontrar a pessoa).
Audiência
Agora falaremos de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento.
O que vem a ser Audiência?
Audiência é o ato determinado pelo juiz para conhecer, instruir e julgar
dissídio individual de sua competência. É um ato concentrador. A audiência
de instrução e julgamento pauta pela celeridade processual e oralidade dos
atos.
No processo do trabalho, as audiências dos órgãos da Justiça do
Trabalho são públicas e realizadas na sede do juízo ou Tribunal, em dias
úteis, entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo
matéria urgente. Em casos excepcionais, poderá ser designado outro local para
as audiências, desde que se faça tal comunicado com antecedência de 24
horas.
A publicidade dos atos processuais estão assegurados no art. 93, IX,
ressalvados os casos excepcionais legalmente previstos. Nos moldes do art. 849
da CLT, a audiência trabalhista é única, mas não impede a sua subdivisão, no
caso de força maior.
Dessa forma, a audiência trabalhista é um ato complexo do processo, cujo
objetivo maior é o comparecimento das partes para que se
reconciliem, mediante concessões mútuas. Mas, não sendo possível a
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conciliação, inicia-se a instrução do processo, com a produção de provas
documentais e pericias interrogatório das partes e testemunhas.
Audiência de conciliação
E o que vem a ser audiência de conciliação?
Audiência de conciliação (art. 846,§§ 1° e 2§, da CLT): É destinada apenas
à tentativa de conciliação. Impondo ao juiz que promova a tentativa de
conciliação no início e final da instrução do processo, inclusive em qualquer fase
processual. O termo lavrado valerá como decisão irrecorrível. (Súmula
259,TST).
Vale lembrar que o princípio da conciliação é inerente ao Processo do Trabalho.
Assim, o juiz deverá proceder à tentativa de conciliação do conflito no
início e ao final da audiência, sob pena de nulidade dos atos
praticados em audiência. (art. 831, CLT).
E se não houver acordo?
Caso não haja acordo, há a apresentação da defesa.
Apresentação da defesa (art. 847 CLT) - Não havendo acordo, o reclamado
terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação,
quando esta não for dispensada por ambas as partes (art. 799,CLT). Na
contestação compete ao réu alegar, toda a matéria defesa, expondo as razões
de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as
provas que pretende produzir (art. 336, NCPC).
Deve ser assinada por advogado com procuração nos autos. Na contestação,
deve constar toda a matéria de defesa (princípio da eventualidade ou da
concentração). Aplica-se no processo do trabalho o art. 336, do NCPC, pois o
réu manifesta-se precisamente sobre todos os fatos narrados na petição inicial,
(ônus da impugnação especificada dos fatos ou não admissão da defesa por
negativa geral), presumindo-se verdadeiros aqueles que não forem
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impugnados, mas esta veracidade dos fatos pode ser afastada por prova em
sentido contrário existente nos autos (juris tantum).
Depoimento das partes
O procedimento probatório comporta diversas fases (arts. 846, 847 e 848 da
CLT). Assim, encerrada a audiência de conciliação, com a apresentação da
resposta do réu, terá início a instrução, que é a fase destinada à produção da
prova dos fatos controversos. Não há necessidade do juiz do trabalho fixar os
pontos controvertidos logo de início, ficando a critério. Portanto, terminada a
defesa, inicia-se a instrução do processo, podendo o juiz, de ofício, interrogar
as partes. O interrogatório é uma faculdade do juiz às partes, cabe requerer o
depoimento pessoal da outra. (art. 880, CLT – art. 385 do NCPC).
Depoimento de testemunhas (arts. 820/821 CLT), peritos e assistentes
técnicos, se necessário (art. 848, §2º CLT).
Alegações finais (art. 85 e 851, ambos da CLT): Terminada a instrução,
poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez)
minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta
de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Pelo princípio
da oralidade, não é obrigatório consignar em ata o debate trazido nessa fase
pelas partes, por se tratar de uma faculdade.
Tentativa final de conciliação (art. 850 CLT): No caso do rito sumaríssimo,
a proposta conciliatória será realizada na forma do art. 852-E da CLT.
Alegações finais (art. 85 e 851, ambos da CLT): Terminada a instrução,
poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez)
minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta
de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Pelo princípio
da oralidade, não é obrigatório consignar em ata o debate trazido nessa fase
pelas partes, por se tratar de uma faculdade.
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Tentativa final de conciliação (art. 850 CLT): No caso do rito sumaríssimo,
a proposta conciliatória será realizada na forma do art. 852-E da CLT.
Sentença
Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos
(art. 203 NCPC). A Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com
fundamento nos arts. 485 e 487, ambos do NCPC, põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução. O conceito legal, ora
exposto, é aplicável subsidiariamente no Processo do Trabalho.
Veja como as sentenças são classificadas, segundo o entendimento trinário:
Sentença declaratória
É aquela que se encerra em uma declaração de existência ou inexistência de
uma relação jurídica, ocorre em processos em que se requer vínculo de
emprego. E como tal imprescritível.
Sentença constitutiva
Tem como efeito criar, modificar ou extinguir a relação, alterando uma
determinada situação jurídica, comum em pedidos que envolvam rescisão
indireta ou um pedido de dano moral.
Sentença condenatória
Assim, a sentença condenatória impõe ao réu uma condenação de dar, de fazer
ou de não fazer, conforme o objeto da pretensão, via de regra, a maior parte
dos processos trabalhistas pleiteiam uma condenações em dinheiro em verbas
trabalhistas.
Limites e elementos da sentença
Limites da sentença: é defeso ao juiz, ressalvados alguns casos especiais,
decidir acima, fora ou aquém dos limites da lide, ou seja, do pedido. Daí falar-
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se em proibição de julgamentos ultra petita, extra petita ou citra petita. (arts.
141 e 140 NCPC c/c 769, CLT). Deve-se observar as exceções legais.
Relatório:
Sentença sem relatório: nula de pleno direito (832, CLT c/c 489, I, NCPC). O
procedimento sumaríssimo dispensa o relatório (852-I).
Fundamentação:
São as razões de decidir do juiz - Art. 93, IX, CRFB/88, e artigo 489, II, NCPC.
Dispositivo:
É a conclusão, ou seja, a parte final da sentença, a qual transita em julgado.
(art. 489, III, NCPC.).
Intimação da sentença: art. 852, CLT - partes serão intimadas da sentença
na própria audiência. (art. 841, §1º, CLT.), podendo ser pela aplicação da
Súmula 197 do TST, em que a data designada na ata, será a data que as partes
tomarão ciência do teor da decisão, ou, por Diário Eletrônico, em que as partes
aguardarão até que a sentença esteja prolatada e serão intimados deste ato..
Ata de audiência e coisa julgada
Ata de audiência: deve ser juntada em 48 horas. Se não for observado o
prazo para juntada, as partes serão novamente intimadas da sentença.
Súmula 30, TST: INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003: Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas,
contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para
recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença.
Coisa julgada: a doutrina a define como a qualidade conferida à sentença
judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e
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indiscutível. O fundamento da coisa julgada reside na segurança nas relações
jurídicas e pacificação dos conflitos.
Prática dos tribunais
Prática dos Tribunais:
1. Audiência inicial (conciliação): se não tiver acordo, junta a defesa, intima as
partes e marca nova data (fases 1 e 2);
2. Prosseguimento ou instrução – fases 3 a 6;
3. Sentença.
Tire suas dúvidas no Fórum e participe do debate proposto.
Referências
JUNIOR, José Cairo. Curso de direito processual do trabalho. 8ª ed. Bahia:
Juspodivm.
PINTO, José Augusto Rodrigues. Processo de conhecimento. 5. ed. São
Paulo: Editora LTR.
Exercícios de fixação
Questão 1
Considere as assertivas abaixo a respeito do termo lavrado na audiência de
conciliação.
I. É decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social.
II. Deverá sempre indicar a natureza jurídica das parcelas, inclusive o limite de
responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição
previdenciária, se for o caso.
III. Passa a ser título executivo judicial.
É correto o que se afirma em:
a) I, II e III
b) I, apenas
c) III, apenas
d) II, apenas
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e) I e II, apenas
Questão 2
Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa Beta
Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da rescisão.
Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA (conciliação,
instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da ação. Ocorre que
Hércules sofreu acidente na véspera da audiência, ficando hospitalizado e,
portanto, impossibilitado de se locomover até a Vara do Trabalho. Com base
nas normas previstas em lei trabalhista, nessa situação:
a) O advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência,
inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos
processuais.
b) O reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por
outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato
Profissional.
c) O processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá
ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de
saúde.
d) A lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de
empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz
adiar a audiência ou arquivar o processo.
e) A esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão
representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive
prestar depoimento pelo reclamante.
Questão 3
Sobre audiência Trabalhista marque a resposta incorreta, à luz da legislação e
da jurisprudência em vigor:
a) As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e
realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente
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fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5
(cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
b) O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar
retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.
c) Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso
desse prazo constitui ônus da prova do destinatário.
d) Existe previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da
parte à audiência.
e) O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à
audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de
sua publicação.
Questão 4
Em relação a petição inicial trabalhistas, é correto afirmar:
a) O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos
arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de
15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que
deve ser corrigido ou completado.
b) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação,
desde que conste do pedido inicial ou na condenação.
c) A decisão não homologada judicialmente - em que o empregado dá
plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto
da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto
contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova
reclamação trabalhista.
d) Considera-se inepta a petição inicial quando da narração dos fatos
decorrer logicamente a conclusão.
e) A reclamação trabalhista apresentada pessoalmente pelo empregado não
precisa ser redigida a termo pelo escrivão ou chefe de Secretaria.
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Questão 5
Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João,
proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou
advogado na véspera da data designada para a realização da audiência, em
que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu João de
que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da contratação.
Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado:
a) Não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário
da respectiva reclamação trabalhista.
b) Poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir
sua defesa.
c) Poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para aduzir
sua defesa.
d) Não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal,
independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória.
e) Poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir
sua defesa.
Chaves de resposta
Aula 1
Exercícios de fixação
Questão 1 - A
Justificativa: O Art. 831, parágrafo único da CLT dispõe que a decisão será
proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. E, no caso
de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo
para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. A
Justiça do Trabalho passou a ter competência para executar contribuições
previdenciárias decorrentes das sentenças que proferir (art. 195, I, a, e II -
Emenda Constitucional n. 20/98, art. 114, inciso VIII da CRFB\88 pela EC n.
45/2004), motivo pelo qual se tornou necessário definir no termo de acordo a
natureza das parcelas envolvidas, como salarial ou indenizatória, bem como a
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responsabilidade das partes pelos recolhimentos das parcelas que integram o
salário contribuição, devendo ser intimada a União. (arts 832, §§ 3° ao 7°, da
CLT), que valerá como título executivo judicial. (art. 876, parágrafo único)
Questão 2 - B
Justificativa: Preceitua o art. 843, § 2°,da CLT que na audiência deverão estar
presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento
de seus representantes, salvo nos casos de litisconsórcio ativo, denominada de
reclamações plúrimas ou ações de cumprimento cujo objeto é o cumprimento
de sentença normativa, quando os trabalhadores poderão ser representados
pelo Sindicato de sua categoria profissional . No caso de doença ou qualquer
outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao
empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Questão 3 - D
Justificativa: Com fulcro na Súmula 197 do TST inexiste previsão em lei
autorizando as partes a comparecem além do horário marcado para a
audiência, a legislação trabalhista cuidou da questão ao determinar que o não
comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da
reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de
confissão quanto à matéria de fato.E, se ocorrer motivo relevante, poderá o
presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.(art. 844,
parágrafo único, da CLT).
Questão 4 - A
Justificativa: A pergunta retrata o texto literal contido na Súmula 263 do TST.
Vale mencionar que a petição inicial trabalhista deve preencher os requisitos do
art.319 e 320 do CPC/2015, por força do art. 769, da CLT, pela informalidade
preceituada no art. 840 da CLT sobre a matéria e, em especial, a existência de
AUDIÊNCIA TRABALHISTA 19
omissão normativa acerca do tema na legislação trabalhista. O art. 330 trata de
indeferimento da inicial.
Questão 5 - B
Justificativa: Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir
sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por
ambas as partes (art. 847, da, CLT).