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Sistema de Classificação da Capacidade de Uso das Terras Prof. Elvio Giasson Prof. Elvio Giasson

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Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a disciplina de Avaliação de Terras do Curso de Agronomia da UFRGS

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Page 1: Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a disciplina de Avaliação de Terras do Curso de Agronomia da UFRGS

Sistema de Classificação da

Capacidade de Uso das Terras

Prof. Elvio GiassonProf. Elvio Giasson

Page 2: Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a disciplina de Avaliação de Terras do Curso de Agronomia da UFRGS

•O primeiro sistema de classificação da capacidade de uso das terras foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Serviço Nacional de Conservação do Solo (NRCS-USDA).

•O método foi usado como base para muitos outros sistemas de avaliação de terras e tem sido muito utilizado em todo o mundo.

•Sua origem é a década de 1930 e foi desenvolvido para uma condição socioeconômica comum em típicas fazendas familiares da parte central dos Estados Unidos, onde a conservação do solo e a prevenção da degradação das terras eram críticos.

•Neste texto, o método de classificação da capacidade de uso das terras refere-se ao método desenvolvido pelo NRCS-USDA (Klingebiel e Montgomery, 1961), embora deva ser reconhecido que o termo “capacidade de uso” é usado em diversos sistemas de classificação de terras.

Sistema de Classificação da Capacidade de Uso das Terras

Page 3: Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a disciplina de Avaliação de Terras do Curso de Agronomia da UFRGS

•A classificação da capacidade de uso das terras é um sistema de agrupamento das terras baseado principalmente na sua capacidade de produzir cultivos e pastagens sem degradadas as terras por um longo período de tempo.

•Este sistema tem o propósito de ajudar a decidir qual a combinação de uso agrícola das terras e medidas de controle à erosão que permitam o aproveitamento mais intensivo das terras de forma sustentável.

•O sistema agrupa as glebas em um pequeno número de categorias ou classes hierarquicamente ordenadas, de acordo com os valores limites de um número de propriedades do solo e do local.

•É um grupamento qualitativo de tipos de terras sem considerar a localização ou as características econômicas da terra.

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•O sistema classifica as terras segundo uma seqüência de usos ordenados de forma descendente de nível de intensidade de movimentação do solo e necessidade de práticas conservacionistas.

•À medida que a classe de capacidade de uso decresce, o número de usos possíveis também decresce.

•A terra na menor classe de capacidade pode ser utilizada apenas para recreação ou preservação ambiental.

•A terra é classificada com base em suas limitações permanentes.

•Isto implica na comparação de certas características de cada gleba com os valores críticos de cada classe de capacidade de uso.

•Caso uma única limitação seja suficientemente grave para rebaixar a terra a uma classe inferior, esta será a classificação final, não importando quão favoráveis sejam as outras características (Dent &Young, 1981; McRae & Burnham, 1981).

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•A classificação da capacidade de uso é uma classificação interpretativa baseada na combinação dos efeitos do clima e características permanentes do solo sobre os riscos de degradas os solos, limitação ao uso e capacidade de produção , e requerimentos de manejo do solo.

•A declividade, a textura, a profundidade do solo, os efeitos de erosões anteriores, a permeabilidade, a capacidade de reter umidade, o tipo de argila e outras características similares são consideradas qualidades permanentes do solo.

As diversas suposições consideradas pelo sistema que são listadas a seguir (Klingebiel e Montgomeri, 1961):

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•Os solos dentro de uma capacidade de uso são similares somente em relação ao grau de limitações ao uso agrícola ou riscos de serem degradados quando usados;

•Uma relação favorável entre o que se gasta e o que se produz é um dos critérios comuns usados para classificar um solo numa classe de uso;

•Pressupõe-se um nível moderadamente alto de manejo;

•As classes de capacidade de uso I a IV se distinguem uma da outra pela soma de graus de limitação ou riscos, que afeta os requerimentos de manejo. Assim, diferenças de necessidade de manejo podem ser maiores entre solos na mesma classe do que solos de outra classe que apresentam a mesma limitação;

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•Não são consideradas limitações permanentes o excesso ou falta de água, a presença de pedras, a presença de sais solúveis ou sódio ou o perigo de inundações, desde que seja possível a eliminação destas limitações;

•Os solos onde melhorias são possíveis são avaliados com suas condições após a implementação das melhorias;

•A classificação da capacidade de uso é dinâmica e pode ser alterada com a aquisição de novas informações;

• O sistema não considera distâncias de mercado, os tipos de estradas ou rodovias, o tamanho e a forma da área, a localização das áreas, as habilidades ou outras características dos produtores rurais;

•Áreas que devem ser colhidas a mão não podem ser classificadas nas classes I a IV;

•Os solos adequados para cultivos também são adequados para pastagens, reflorestamento e preservação da flora e da fauna;

•Para classificar em unidades, classes e subclasses de capacidade de uso, deve-se dispor de informações oriundas de experimentação científica.

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O sistema de capacidade de uso possui quatro níveis categóricos:

a) Grupos de Capacidade de Uso

b) Classes de Capacidade de Uso

c) Subclasses de Capacidade de Uso

d) Unidades de Capacidade de Uso

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a) Grupos de Capacidade de Uso

Expressam o potencial de utilização agrícola, sendo estabelecidos com base na intensidade de uso das terras. A intensidade de uso é definida pela maior ou menor mobilização imposta ao solo, expondo-o a certos riscos de erosão e/ou perda da produtividade, decorrentes de distúrbios no solo, ou na redução da cobertura vegetal.

GRUPO A: Terras próprias para culturas (anuais e perenes) e outros usos. Abrange quatro classes de capacidade de uso (I, II, III e IV);

GRUPO B: Terras impróprias para culturas, mas adaptáveis para pastagens, silvicultura e refúgio da vida silvestre (V,VI e VII);

GRUPO C: Terras impróprias para a exploração agrícola econômica, podendo servir apenas para recreação, abrigo da vida silvestre e outros usos não agrícola (VIII).

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b) Classes de Capacidade de Uso das TerrasAs classes de capacidade de uso são baseadas nas alternativas

de uso e no grau das limitações. Terras comportando as mesmas alternativas de uso e apresentando limitações semelhantes, são incluídas na mesma classe. (I à VIII)

A - Terras próprias para culturas, pastagens e florestas.

Classe I: Terras aparentemente sem problemas de conservação (verde claro). •Inclui as terras altamente produtivas, praticamente planas, fáceis de

serem trabalhadas, sem erosão aparente, sem pedras e bem drenadas. •Não exigem práticas especiais de melhoramento ou proteção. •São recomendadas apenas: - rotação de culturas, adubação de manutenção e tratos culturais normais.

Classe II: Terras com problemas simples de conservação (amarelo).•Inclui as terras produtivas, com declives suaves, facilmente trabalháveis, erosão ligeira, podendo apresentar pedras ocasionais (menos de 1% da área). •Exigem práticas simples de conservação, tais como: - plantio em nível; culturas em faixas; uso de fertilizantes e corretivos.

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Classe III: Terras com problemas complexos de conservação (vermelho) •Inclui as terras com produtividade pelo menos razoável, podendo apresentar declive e erosão moderados, ser planas e mal drenadas, apresentar pedras e sulcos de erosão ou estar temporariamente encharcadas.•Exigem práticas intensivas tais como: terraceamento; cordões de contorno; remoção de pedras; drenagem artificial; irrigação; adubação e calagem; mesmo em pastagem é importante a construção de sulcos em nível.

Classe IV: Terras com sérios problemas de conservação (azul).•Inclui as terras pouco produtivas, com declives fortes, erosão acentuada, solos rasos ou com bastante pedras. •Cultivados ocasionalmente ou em extensão limitada, sendo melhor aproveitadas para culturas perenes ou pastagens, com práticas intensivas de melhoramentos ou proteção.

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B) Terras impróprias para culturas, mas próprias para pastagens e florestas:

Classe V: Terras próprias para pastagens, florestas e silvicultura, sem restrições especiais de uso. (verde escuro).•Inclui as terras de boa produtividade, planas e não sujeitas à erosão, mas não se prestam para a agricultura por serem excessivamente úmidas ou sujeitas a inundações freqüentes ou por serem muito pedregosas.

Classe VI: Terras próprias para pastagens e florestas, com restrições de uso. (alaranjado).•Inclui as terras de baixa produtividade, ou então com alta produtividade, mas com outros problemas, tais como pedregosas, muito inclinadas ou severamente erodidas. •Embora impróprias para o cultivo, essas terras podem sustentar uma vegetação permanente, como pastagens e florestas com restrições moderadas de uso. •As restrições referentes as pastagens são: ajuste do número de animais; divisão dos pastos; rotação do pastoreio; adubação das pastagens fracas e práticas mecânicas para o controle de erosão.

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Classe VII: Terras de pastagens ou florestas com severas restrições de uso (marron).•Inclui as terras de produtividade variável, mas em geral muito íngremes, severamente erodidas ou muito pedregosas. •Exigem grandes cuidados quando utilizadas para pasto ou floresta. •A maior parte dessas terras são indicadas para florestas.

C - Terras impróprias para vegetação economicamente produtivas.

Classe VIII: Terras impróprias para culturas, pastagens ou exploração florestal, podendo servir apenas para abrigo da fauna silvestre ou recreação. (roxo).•Inclui as terras excessivamente íngremes ou pedregosas, estéreis ou completamente arruinadas pela erosão. •Incluem-se nesta classe:

- os brejos e pântanos, cuja recuperação não é econômica;- áreas que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação

(voçorocas, escavações, afloramentos de rochas, etc.).•Algumas terras da classe VIII, podem ser usadas para abrigo da fauna silvestre (caça e pesca) e outros como lugares de recreação.

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A - Terras cultiváveisA - Terras cultiváveisClasse IClasse I - ...sem problemas especiais de conservação; - ...sem problemas especiais de conservação;Classe IIClasse II - ...problemas simples de conservação; - ...problemas simples de conservação;Classe IIIClasse III - ...problemas complexos de conservação; - ...problemas complexos de conservação;Classe IVClasse IV - ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, - ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação.com sérios problemas de conservação.

B – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumas B – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumas culturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ou culturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ou reflorestamentoreflorestamentoClasse VClasse V - ... sem necessidades especiais de conservação (sem - ... sem necessidades especiais de conservação (sem problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-encharcamento);encharcamento);Classe VIClasse VI - ...com problemas especiais de conservação; - ...com problemas especiais de conservação;Classe VIIClasse VII - ...com problemas complexos de conservação. - ...com problemas complexos de conservação.

C – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para C – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para preservação permanentepreservação permanenteClasse VIIIClasse VIII

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C) Subclasses de Capacidade de UsoAs subclasses de capacidade de uso são definidas em função da

natureza da limitação mais forte.

As limitações que caracterizam as subclasses são:e - erosão ou risco de erosão.a ou (w) - excesso de água (ou deficiência de oxigênio).s - limitações devidas ao solo.c - limitações climáticas (principalmente precipitação).

•As subclasses de capacidade de uso são identificadas por letras minúsculas, indicadoras do tipo de limitação mais forte, as quais são acrescentadas aos algarismos romanos que representam as classes de capacidade de uso.

•Quando ocorrem duas espécies de limitação em graus semelhantes, são ambas indicadas separadas por uma vírgula.

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d) Unidades de Capacidade de Uso

São baseadas nas condições específicas que influenciam o uso e/ou manejo das terras, podendo ser identificados por algarismos arábicos acrescentados aos símbolos da subclasse, separados por um hífen.A unidade de capacidade de uso torna mais explícita a natureza da limitação, facilitando a definição de práticas de manejo e conservação.Exemplo: Um solo pertencente à subclasse IIIs, ou seja sua maior limitação é devido ao solo, mas não indica realmente qual é essa limitação, pois pode ser problema de: pouca profundidade, ou apresentar muitas pedras, ou salinidade etc.Com o emprego da unidade, teríamos, por exemplo: III s-1 (indicando que a limitação é por problema de profundidade do solo); ou III s-3 (indicando que a limitação é devido à pedregosidade).

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e(exceto V)

a

c

s

01. declive acentuado02. declive longo03. mudança textural abrupta04. erosão laminar05. erosão em sulcos06. erosão em voçorocas07. erosão eólica08. depósitos de erosão09. permeabilidade baixa10. horizonte A arenoso

01. pouca profundidade02. textura arenosa em todo perfil03. pedregosidade04. argilas expandidas05. baixa saturação por bases06. toxicidade de alumínio07. baixa capacidade de troca08. acidos sulfatados ou sulfetos09. alta saturacão com sódio10. excesso de sais solúveis11. excesso de sais solúveis

01. lençol freático elevado02. risco de inundação03. subsidência em solos orgânicos04. deficiência de oxigênio no solo

05. neve

I

II

III

VI

V

IV

VII

VIII

01. seca prolongada02. geada03. ventos frios04. granizo

GRUPOS CLASSES UNIDADES DE USOSUBCLASSES

Esquema de classes, subclasses e unidades de capacidade de uso.

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O agrupamento dos solos em classes e subclasses de capacidade de uso está baseado na avaliação do seguinte:

•habilidade do solo em responder ao uso e manejo, evidenciado pelo teor de matéria orgânica, % de saturação de bases, classe textural, tipo de material de origem, capacidade de água disponível, resposta a adubações e outras características do solo;

•textura e estrutura do solo na profundidade que influi o ambiente das raízes e o movimento de ar e água;

•suscetibilidade à erosão, evidenciada pela classe taxonômica do solo e declividade;

•excesso superficial de água periódica ou contínua causada pela baixa permeabilidade do solo ou a presença de lençol freático superficial ou por inundação;

•profundidade do solo ou presença de camadas que inibam a formação de raízes;

•presença de sais tóxicos ao crescimento das plantas;

•obstáculos físicos, tais como rochas e outros;

•clima, temperatura e umidade efetiva.

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Existem dois processos que podem ser usados para o enquadramento das terras em classes, o método paramétrico e o método sintético (Young, 1976, citado em Lepsch et al. 1991).

•Quando se usa o método sintético, analisa-se como um todo o conjunto de informações sobre as limitações da terra ao uso e determina-se a classe de capacidade de uso por comparação com a situação ideal e avaliando-se a necessidade de práticas conservacionistas e a possibilidade de uso.

•No método paramétrico utilizam-se pesos ou parâmetros quantitativos ou qualitativos para o enquadramento em classes de capacidade de uso.

•Por exemplo, determinando-se qual o grau de limitação ou qual o valor medido de uma característica que é o máximo admissível para que a terra seja enquadrada numa determinada classe.

•Este processo baseia-se em tabelas ou chaves, que embora requeiram um processo subjetivo de elaboração, servem para permitir a uniformização e possibilidade de repetição do processo de classificação das terras.

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ClaseCaracterística I II III IV V VI VIIRegime de umidade e temperatura do solo

Udico e mésico ou mais quente

Údico intermediário para ustico

ustico Ústico intemediário para ustico

- Ústico intemediário para tórrico

torrico

Umidade do solo: condutividade após drenagem (cm/h)

>2 >2 0,125-2,0 <0,125 - - -

Efeito do sal nos cultivos

- ligeira moderada Séria em terras cultivadas

- Séria em terras cultivadas

Satisfatório crescimento virtualmente impossível

Concentração de sal (%)

Condutividade do extrato saturado (umho/cm)

- 4-8 8-10 10-15 - 10-15 >15

Perda de solo estimada para cultivo morro abaixo, 9% declive e 22,1m de comprimento (ton/há)

0-8 8-31 31-78 78-144 - 144-222 >222

Profundidade do solo (cm)

>90 50-90 25-50 <25

Critérios sugeridos para a alocação de terras no Sistema de Classificação da Capacidade de Uso no Texas e Oklahoma (Adaptada de McRae e Burnham (1981).

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LIMITAÇÀO SIMBOLO CLASSES DE LIMITAÇÀO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO

I II III IV V VI VII VIIIA O -3 % X

CLASSES B 3 -6% XC 6 -12% X

DE D 12 -20% XE 20 -40% X

DECLIVE F 40 - 70% XG 70 -100% X

FERTILI 1 MUITO ALTA XDADE 2 ALTA X

3 MÉDIA XAPARENTE 4 BAIXA X

5 MUITO BAIXA X1 MAIS DO QUE 200CM X

PROFUND. 2 100 - X3 50 - X

EFETIVA 4 25 - X5 MENOS QUE X

DRENAGEM 1 EXCESSIVA X2 BOA X

INTERNA 3 MODERADA X4 POBRE X5 IMPEDIDA X

DEFLÚVIO 1 MUITO RÁPIDO X2 RÁPIDO X

SUPERFICIALLLL 3 MODERADO X

4 LENTO X5 MUITO LENTO X1 SEM PEDRAS X2 MENOR OU = A 1% X

PEDREGO- 3 1 - 10% X4 10 - 30% X

SIDADE 5 30 - 50% X6 MAIS DE 50% X

RISCO DE 1 OCASIONAIS X2 FREQUENTES X

INUNDAÇÃO 3 MUITO FREQUENTES X0 NÃO APARENTE X

EROSÃO 1 LIGEIRA X2 MODERADA X

LAMINAR 3 SEVERA X4 MUITO SEVERA X5 EXTREMA/TE SEVERA X

EROSÃO 7 OCASIONAIS XEM SULCOS 8 FREQUENTES XSUPERFIC. 9 MUITO FREQUENTES XEROSÃO 7 OCASIONAIS X

EM SULCOS 8 FREQUENTES XRASOS 9 MUITO FREQUENTES X

EROSÃO 7 OCASIONAIS XEM SULCOS 8 FREQUENTES XPROFUNDOS 9 MUITO FREQUENTES X EROSÃO EM 7V OCASIONAL X VOÇOROCA 8V FREQUENTE X

9V MUITO FREQUENTE X

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CLASSES DE LIMITAÇÃO

FATOR DESCRIÇÃO QUANTIFICAÇÃO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO

I II III IV V VI VII VIII

Profundidade efetiva Muito profundo +200 cm x x x x x x x xProfundo 100m a 200 cm x x x x x x x x

Moderadamente profundo 50 a 10 cm x x x x x x x

Raso 25 a 50 cm x x x x xMuito raso < 25 cm x x x

Drenagem interna Excessiva x x x x x x xBoa x x x x x x x x

Moderada x x x x x x xPobre x x x x x x

Muito pobre x x x xDeclividade Levemente ondulado 0 a 3% x x x x x x x x

Pouco ondulado 3 a 5% x x x x x xOndulado 5 a 12% x x x x x

Acidentado 12 a 20% x x x xMuito acidentado 20 a 40% x x xExcessivamente

acidentado>40% x x

Erosão laminar Não aparente >25 cm x x x x x x x xLigeira 25 a 15 cm x x x x x x x

Moderada 15 a 5 cm x x x x xSevera (horizonte B

exposto)- x x x

Muito severa (B muito erodido)

- x x

Extremamente severa (afloramento do C)

- x

Em sulcos em função da freqüência de aparecimento

Ocasionais < 30 sulcos x x x x x x

Freqüentes 30 sulcos x x x x xMuito frequentes 75% da área x x x x

Em sulcos em função da profundidade

SuperficiaisPodem ser cruzados e

desfeitos x x x x x

RasosPodem ser cruzados mas não desfeitos por preparo

normalx x x x

ProfundosNão podem ser cruzados

por máquinas x x

Fatores determinantes das classes de capacidade de uso (Adaptado de Estado do RS, 1983)

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Vantagens do uso do sistema (McRae e Burnham, 1981):

•o sistema apresenta uma divisão em um pequeno número de categorias, tornando-o de fácil entendimento;

•o sistema é qualitativo, o que é uma forma realística de proceder no atual estado do conhecimento;

•o sistema é versátil, pois a natureza e a severidade das limitações consideradas podem ser modificadas para adequar-se a condições locais;

•o sistema pode ser aplicado facilmente por especialista, sendo também facilmente aplicável por pessoas menos experientes quando usa-se o método paramétrico;

•é apresentada uma classificação com fins genéricos que mostra claramente quais são as terras capazes de sustentar o crescimento de plantas;

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•ajuda a encorajar a conservação do solo, pois evidencia os efeitos adversos do mal uso dos solos;

•reflete a aptidão atual da terra num nível de manejo, mas pode também ser projetado para níveis de manejo mais altos;

•a hierarquia do sistema (classes, subclasses e unidades) permite que o sistema seja aplicado no nível mais apropriado;

•é uma forma útil de relacionar informações ambientais, de solo e tecnológicas para produção agrícola;

•os resultados da classificação podem ser facilmente demonstrados em mapas;

•é muito utilizado, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento;

•os resultados são razoáveis e aceitáveis, usualmente concordando com a opinião local.

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Como desvantagens do uso do sistema, pode-se citar (McRae e Burnham, 1981):

•o sistema é subjetivo, principalmente quando usado o método sintético, onde simplesmente a opinião do avaliador é considerada. Entretanto, ao menos a subjetividade é óbvia, e não obscurecida através de fórmulas matemáticas;

•as interações entre diferentes fatores limitantes são difíceis de serem consideradas;

•a divisão em poucas categorias é um pouco grosseira;

•a ordenação dos potenciais tipos de uso pode dar a impressão errada de verdadeiro valor da terra para uso. Por exemplo, terras das classes V e VI podem ser ideais para o uso muito valorizado com arroz irrigado;

•não há indicação de aptidão da terra para um cultivo específico;

•o sistema não considera fatores sócio-econômicos, não indicando o valor monetário relativo da terra ou sua lucratividade, importante para planejadores;

•é um sistema negativo, enfatizando mais as limitações do que o potencial positivo das terras;

•pode ser difícil de determinar a capacidade de uso das terras quando há falta de informações sobre os solos.