aula seminário de redação-revisão ufrgs...modelo 1 o português é uma língua global, uma vez...
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PROVA DE REDAÇÃO
EscoladaLinguaPortuguesa carlosluzardo
51 99955.75024AULA
Seminár io de Redação-Revisão Ufrgs
Observe a figura abaixo.
A Língua Portuguesa é [ ... ] objecto das nossas preocupações; começo por citar a frase de um escritor moçambicano - Mia Couto - que usa a língua portuguesa como o veículo transmissor da sua cultura e da sua criatividade. A frase é simples, mas de um grande alcance univer-sal - “o mar foi ontem o que o idioma pode ser hoje, falta vencer alguns Adamastores”. Parafraseava o autor uma forte e bela imagem literária, criada por Luís de Camões, querendo significar as grandes dificuldades que as naus portuguesas enfrentaram na descoberta desse mar que “naufrágios e perdições de toda a sorte” causavam a quem se aventurava na sua conquista. A figura do Adamastor chegou até aos nossos dias como o símbolo mítico e utópico dos obstáculos que é preciso vencer quando desejamos algo de muito importante. [ ... ]
A expansão, a adaptação e o enriquecimento que a Língua Portuguesa foi sofrendo ao longo do tempo valorizaram-na e tornaram-na veiculadora de múltiplas culturas. Sendo, além disso, língua comum de uma grande comunidade de países dispersos pelos quatro continen-tes, a língua portuguesa poderá reforçar a cooperação entre os povos e assumir um papel preponderante no diálogo entre as nações. Isso implica um conjunto de desafios que é tarefa de todos nós assumirmos através de adopção e execução de políticas, estratégias e acções verdadeiramente mobilizadoras.
Adaptado de: BOAL, Maria Eduarda. Os Adamastores da Língua Portuguesa Disponível em: <http://observatorio-Ip.sapo.pt/pt/f/questoes-de-Iingua>. Acesso em: 21 novo 2011
Este texto revela que a “última flor do Lácio” criou raízes e gerou frutos; ao cruzar mares atravessar fronteiras, acabou por constituir uma comu-nidade que compartilha a mesma herança linguística, mas não a mesma identidade. Cada uma dessas comunidades construiu suas memórias com base na história que edificou. Ademais, em alguns desses territórios, a língua portuguesa também acabo por se renovar, por apresentar uma feição singular, pois objeto de criação dos falantes de cada comunidade lusófona. Nessa perspectiva, o nosso idioma é, antes de tudo, uma entidade social que como tal, se movimenta através do tempo e adquire novas configurações, edificando sua história. Assim é certo que os países lusófonos, em alguma medida, revelam determinada identidade no cenário econômico mundial, mas, ao mesmo tempo, é da manifestação particular dessa língua em cada pai lusófono que a noção de pertencimento a uma Nação se constrói tanto em territórios da Europa, quanto da África, da Ásia e da América.
Considerando - que é por intermédio do nosso idioma que nossa identidade enquanto Nação se configura, - que essa identidade se revela na percepção da língua portuguesa como herança, como memória e como criação e - que cada um desses aspectos pode ser observado não só dentro de nós próprios como no âmbil coletivo, nacional e global, – escolha um ou mais desses três aspectos que você julgue importantes acerca da língua portuguesa; – determine como e por que eles representam, para essa língua, algum tipo de “Adamastor”; e – redija uma redação, de caráter dissertativo, justificando sua escolha e defendendo seu ponto de vista.
Instruções: 1. Crie um título para seu texto e escreva-o na linha destinada a este fim. 2. Redija uma redação com extensão mínima de 30 linhas, excluído o título - aquém disso, seu texto não será avaliado -, e máxima de 50 linhas, considerando-se
letra de tamanho regular. 3. As redações que apresentarem segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas. 4. Lápis poderá ser usado apenas no rascunho; ao passar sua redação para a folha definitiva, faça com letra legível e utilize caneta.
Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12426>. Acesso em: 21 novo 2011.
Os dados da figura mostram que a língua portuguesa no mundo está em evidência; assim, as comunidades dos países lusófonos, em especial o Brasil, vêm se destacando no cenário econômico mundial, como se observa na linha ascendente do gráfico na figura.
À medida que aumenta o número de pessoas que falam a língua portuguesa no mundo, especialistas em língua e literatura portuguesas lançam instigantes reflexões acerca do nosso idioma em fóruns de discussão. Com base nessa informação, leia o texto a seguir.
MODELO 1O Português é uma língua global, uma vez que é falada em todos os continentes e por mais de 200 milhões de
pessoas. Esse idioma milenário está em evidência devido à ascensão econômica do Brasil no cenário mundial. Contudo,ainda há “Adamastores” que dificultam a expansão e consolidação do Português.
Um desses empecilhos está relacionado ao acesso à língua que, no Brasil, só foi generalizado nas ultimas décadasde 1900. Até o século XIX, 90% dos brasileiros não sabiam ler nem escrever , e essa situação só se alterou na década de 80,quando o número de alfabetizados superou o de analfabetos. Esse “Adamastor” foi, portanto, parcialmente conquistadocom o acesso a educação, que ocorreu a partir do século passado. Essa inclusão educacional aconteceu com adisponibilização de escolas públicas para a população. Logo, a melhora desse aspecto é essencial, já que ele é umimpedimento para a expansão do idioma, porquanto demonstra a falta de conhecimento dos próprios falantes sobre oPortuguês.
Entretanto, ainda há impedimentos que afetam a dispersão da língua que precisam ser solucionados. Mesmo que opovo tenha acesso ao ensino do idioma, isso não significa que ele seja de qualidade. Um dos principais problemas atuais doBrasil é a precariedade da formação educacional. O país tem pequenos índices de leitura -1,8 livros por habitante por ano -,além das dificuldades que os habitantes têm para acessar conteúdos devido ao custo alto tanto da internet quanto daspublicações literárias. Isso contribui para a carência de análise crítica, de educação e de instrução da população. Dessaforma, embora saibam ler e escrever, os brasileiros ainda apresentam uma característica que representa um “Adamastor ”para o idioma: o analfabetismo funcional, falta de habilidade para interpretar e redigir textos mais complexos. Essadebilidade contribui para a estagnação da língua, já que revela a falta de conhecimento acerca do Português ainda presenteno povo brasileiro.
Nessa perspectiva, são nítidos os “Adamastores” que prejudicam a expansão desse idioma. Afinal, para que umalíngua seja mais falada e conhecida é preciso, primeiramente, que seus falantes tenham acesso e conhecimento sobre ela , eé exatamente a carência desses aspectos as mazelas que o passado e o presente brasileiro trouxeram para o Português.
MODELO 2A língua portuguesa tem, cada vez mais, adquirido relevância no cenário internacional. Devido a esse contexto, a preservação
da língua como parte da nossa memória cultural, assim como a percepção da mesma como forma de identidade, para a nossanação hoje, caracterizam-se como uns dos Adamastores a serem vencidos, a respeito da nossa língua materna.A língua portuguesa tem se difundido com enorme expressão, caracterizando-se como a quinta língua mais falada do mundo e
a terceira mais falada em sites de relacionamentos, portanto percebe-se que tem ganhado prestígio em cenário internacional,sendo, portanto, uma parte fundamental da nossa cultura história. Um dos maiores Adamastores, ou seja, um dos obstáculosque a nossa nação deve vencer, caracteriza-se pela perda da identidade histórica e cultural da língua. Atualmente, a realidadevivida pelo Brasil é a de completo descaso com a educação, logo parte importante da nossa história linguística perde-setambém. O desprezo pela língua portuguesa culta faz-se como um grande e irreparável dano a nossa civilização e às futuras,pois, perdendo as características típicas do nosso idioma, descaracterizamos também o momento histórico que a criou.O legado da língua portuguesa traz consigo uma bagagem histórica, capaz de nos fazer compreender períodos característicos danossa literatura, assim como determinadas épocas. Não estudar o idioma, em suas mais diversas estâncias, faz com que umaparte da nossa identidade nacional se perca e que, por exemplo, livros da grande literatura sejam abandonados. Logo, acarência na educação poderá acarretar carência de identificação da língua portuguesa como parte integrante da culturanacional. O modo de falar de um determinado povo marca para sempre a história deste. Por isso, a preservação da história dalíngua necessita ser feita. A fim de que isso aconteça, o Adamastor a ser vencido é justamente o que se relaciona com ointeresse da população no interesse pelo seu idioma. A fim de que isso aconteça, o Estado deve prover à educação os subsídiosnecessários, para que aulas suficientemente qualificadas sejam dadas aos nossos alunos, fazendo-os capazes de ter criticidadehistórica e cultural, através da melhor compreensão do idioma.Integrar um país é mais que meramente residir nele, pois fazemos parte de uma cultura e temos uma bagagem história. Umadas formas para que esse processo aconteça é através da melhor compreensão do seu idioma materno. Para tanto, éimprescindível que haja não só uma educação de qualidade, como também uma população capaz de interessar-se ecompreender a importância que isso representa para a história de uma nação.
Uma língua para o mundo
Nas prioridades políticas do Ministério dos Negócios Estrangeiros incluem-se a promoção de um ensino de qualidade paraaqueles que querem manter na língua portuguesa a vinculação à sua pátria e, ao mesmo tempo, a sua inserção numa vidaquotidiana cada vez mais globalizada, mas também a valorização e expansão de uma língua, a portuguesa, que à escala globalconta já com mais de 260 milhões de falantes, que, em 2050, serão previsivelmente mais de 350 milhões.Estas prioridades exigem compreensão e vontade para vencer alguns dos novos desafios. O primeiro deles está relacionadocom a necessidade de trabalharmos numa transição gradual do ensino enquanto língua de herança para uma oferta integradado português nas estruturas educativas dos países de acolhimento.O segundo está relacionado com a última grande vaga migratória de 2011 a 2014. O INE contabilizou 485 128 saídas doterritório nacional neste período. Muitos destes cidadãos ficam fora por apenas alguns meses ou anos. Nestes anos, as saídasinferiores a um ano somaram 285 814. Estas famílias procuram manter a ligação dos seus filhos com a língua materna. Noentanto, a atual oferta de cursos de português enquanto língua de herança não integra o perfil linguístico das crianças ejovens destas famílias, que apresentam um desenvolvimento linguístico análogo ao dos seus colegas em Portugal.O terceiro tem que ver com a nossa capacidade para nos mobilizarmos enquanto comunidade, tendo em vista afirmar oensino da língua portuguesa como um esteio da presença de Portugal no mundo. Objetivo que exige estabilidade,previsibilidade, conhecimento e confiança da parte de todos.Apesar das dificuldades, há factos positivos a ocorrer e que ilustram o reconhecimento internacional do carácter estratégicoda língua portuguesa. Atentemos nalguns exemplos.Em primeiro lugar, em França. A declaração conjunta dos ministros da Educação de França e de Portugal, no seguimento dotrabalho conjunto dos ministros dos Negócios Estrangeiros. Pretende-se a substituição dos cursos ELCO (Língua e Cultura deOrigem) pelos cursos EILE (Ensino Internacional de Línguas Estrangeiras), com início neste ano letivo. Esta decisão consolida o
português como língua viva no sistema educativo francês, numa oferta que antes de mais contempla as comunidadesportuguesas e lusodescendentes e, sobretudo, cria garantias de continuidade no primeiro ciclo do ensino básico (premierdegré). Este ensino é assegurado por docentes colocados pelo Estado português e o acordo tem dois significados muitoclaros: primeiro, traduz o reconhecimento por parte do Estado francês da importância estratégica da língua portuguesa e, emsegundo lugar, garante a continuidade na oferta do português nos segundo e terceiro ciclos do básico (second degré). Poroutro lado, o anúncio de mais dois horários de língua portuguesa para o 2.º e 3.º ciclos e que abrirá as portas a mais 400alunos. Este ano letivo teremos em França um aumento do número de alunos superior a 1200.Em segundo lugar, na Alemanha. Aqui, os progressos ocorrem a três níveis. Ao nível do reconhecimento dos cursos deportuguês nas atividades extracurriculares obrigatórias; na procura da garantia do português como língua de exame deacesso ao ensino superior e como língua estrangeira a partir do 8.º ano de escolaridade e, por último, a contratação por partedas autoridades alemãs de dois professores de português que anteriormente pertenciam ao Camões, IP, tendo em vistaaumentar o número de cursos.Em terceiro lugar, no Luxemburgo. A abertura da Escola Internacional de Differdange e a criação de uma secção de línguaportuguesa e o trabalho da Comissão Conjunta de Avaliação dos Cursos Integrados para garantir a certificação dasaprendizagens EPE no âmbito do período extracurricular (periscolaire), constituem avanços importantes.Em quarto lugar, a aprovação por parte das autoridades britânicas da primeira escola bilingue anglo-portuguesa., comoresultado de um esforço estruturado da Embaixada de Portugal em Londres, do Camões I.P. e da coordenação de ensino.Mas trabalhamos, ainda, outras dimensões, nomeadamente, no projeto da plataforma do Ensino de Português LínguaMaterna que visa responder às necessidades das crianças e jovens em idade escolar que acompanham os pais em saídastemporárias do país e no reforço da formação e qualificação dos professores.A estas iniciativas soma-se um conjunto alargado de atividades nos cinco continentes, nuns casos de reforço da intervençãoque, de há muito, e bem, vem fazendo o Camões I.P., noutros de inovação, que conjugadamente concorrem para o objetivomaior de divulgação e valorização do português.
Num mundo em que cresceu o interesse pela língua portuguesa, em resultado, designadamente, da dinâmica de paísescomo Angola, Brasil ou Moçambique, quisemos convocar e otimizar os recursos disponíveis, apostando em:Criar conteúdos suportados nas novas tecnologias, oferecendo cursos de formação contínua de professores, de portuguêscomo língua estrangeira, e para fins específicos (negócios, jornalismo, hotelaria, jurídico);Ampliar o sistema de certificação, que valida o conhecimento da língua;Expandir o reconhecimento da aprendizagem do português como disciplina que também habilita no acesso ao ensinosuperior, com especial destaque nos Estados Unidos;Alargar a rede de centros de língua no Chile, Vietname, Ucrânia, ainda em 2016, e Congo, Senegal e Tanzânia, empreparação.Criar mais cátedras e núcleos científicos, que proximamente poderão atingir a meia centena literalmente nos quatro cantosdo planeta;Assegurar maior presença em organizações internacionais (UA, CEDAO, CDAA, BAD, UNON), sobretudo em África, paraefeitos de tradução e interpretação;Abrir, em 2016, seis novos leitorados;Conferir importância maior à educação em português no quadro da cooperação para o desenvolvimento, traduzida, porexemplo, na abertura de escolas portuguesas em Cabo Verde e S. Tomé, este ano, no esforço acrescido, em Timor-Leste, naformação de professores na preparação de cursos de português destinados às forças militares, aos agentes da justiça e àcomunicação social, ou na quase duplicação, no ano letivo 2016--2017, de bolsas para estudantes dos PALOP e Timor-Leste;Este elenco não esgota o contributo de Portugal para a difusão da língua portuguesa, sendo dele apenas indicativo. Nãoinclui tão-pouco quanto por esse mundo se vai fazendo, em resultado de uma procura crescente e que queremos conhecermelhor para melhor racionalizar recursos e multiplicar resultados.Teresa Ribeiro é secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Luís Carneiro é secretário de Estado dasComunidades Portuguesas
No que deu o desprestígio do professor
Com uma das mais importantes matérias sobre as raízes da crise da educação básica no Brasil, o repórter Fábio Takahashiantecipou na Folha de ontem as conclusões desalentadoras de um estudo sobre o preparo do professorado.Apenas 1 em cada 4 dos melhores alunos do ensino médio escolhem o magistério como carreira, informa a reportagem,citando a pesquisa. É exatamente o contrário do que acontece na Coréia do Sul, cujas escolas estão entre as melhores domundo. Ali, só os 5% mais bem avaliados num exame nacional podem ser professores. Na Finlândia, outro exemplo desistema educacional bem sucedido, o candidato a professor deve estar entre os 10% com as notas mais altas.O desprestígio social da profissão no Brasil é a causa primeira do desinteresse dos melhores estudantes em cursar pedagogia.Isso conta mais até do que salário e condições de trabalho para afugentar do magistério a elite dos que terminam o ensinomédio – embora bons salários e boas condições de trabalho contribuam para a imagem de uma atividade.Os educadores sabem disso. O grande público, não necessariamente.”Como a profissão é desprestigiada”, diz com franqueza o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores emEducação, Roberto Leão, “a maioria daqueles que escolhem trabalhar como professor o faz porque o curso superior na área émais fácil de entrar, barato e rápido”.A maioria também vem de famílias com baixa renda.A matéria menciona um levantamento da Fundação Carlos Chagas segundo o qual 73% dos 2.700 participantes de cursos deformação de professores no país afirmam que seus amigos entendem que a carreira não vale a pena.Isso resume “a impressão que a sociedade tem do professor”, observa a coordenadora do levantamento, Clarilza Prado.E a impressão é de que tem fundamento o ditado “quem sabe faz, quem não sabe ensina”.A mídia decerto não tem poderes para mudar essa impressão, mas bem que poderia mostrar, desde logo, que adesvalorização social do magistério não aconteceu por acontecer. A imprensa deu de ombros e a sociedade – leia-se: a classemédia – não chiou quando os salários do professorado da rede estatal começaram a cair em termos reais, ao mesmo tempo
em que a escola pública se massificava, a partir dos anos 1970.Como a própria Folha registra, nas palavras do professor Dermeval Saviani, da Unicamp, “a opção dos governos foi atendermais gente com praticamente os mesmos recursos. Por isso, os salários foram reduzidos e o prestígio dos professor diminuiumuito. O docente virou um simples funcionário público.”A imprensa vive martelando, com razão, que sem um grande salto no ensino básico o Brasil continuará a se desenvolveraquém do seu potencial. No entanto, quando noticia o mau desempenho da maioria dos alunos nos exames nacionais deavaliação, deixa em segundo plano, ou nem mesmo menciona, uma das causas básicas do fracasso disseminado – adesvalorização social do magistério, que afugenta da profissão muitos daqueles que, de outro modo, fariam a diferença nassalas de aula.
02/12/2018 No que deu o desprestígio do professor | Observatório da Imprensa
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No que deu o desprestígio do professorPor Luiz Weis em 10/06/2008 | 0 comentários
Com uma das mais importantes matérias sobre as raízes da crise da educação básica no Brasil, orepórter Fábio Takahashi antecipou na Folha de ontem as conclusões desalentadoras de umestudo sobre o preparo do professorado.
Apenas 1 em cada 4 dos melhores alunos do ensino médio escolhem o magistério como carreira,informa a reportagem, citando a pesquisa. É exatamente o contrário do que acontece na Coréiado Sul, cujas escolas estão entre as melhores do mundo. Ali, só os 5% mais bem avaliados numexame nacional podem ser professores. Na Finlândia, outro exemplo de sistema educacional bemsucedido, o candidato a professor deve estar entre os 10% com as notas mais altas.
O desprestígio social da pro�ssão no Brasil é a causa primeira do desinteresse dos melhoresestudantes em cursar pedagogia. Isso conta mais até do que salário e condições de trabalho paraafugentar do magistério a elite dos que terminam o ensino médio – embora bons salários e boascondições de trabalho contribuam para a imagem de uma atividade.
Os educadores sabem disso. O grande público, não necessariamente.
”Como a pro�ssão é desprestigiada”, diz com franqueza o presidente da Confederação Nacionaldos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, “a maioria daqueles que escolhem trabalharcomo professor o faz porque o curso superior na área é mais fácil de entrar, barato e rápido”.
A maioria também vem de famílias com baixa renda.
A matéria menciona um levantamento da Fundação Carlos Chagas segundo o qual 73% dos 2.700participantes de cursos de formação de professores no país a�rmam que seus amigos entendemque a carreira não vale a pena.
Isso resume “a impressão que a sociedade tem do professor”, observa a coordenadora dolevantamento, Clarilza Prado.
E a impressão é de que tem fundamento o ditado “quem sabe faz, quem não sabe ensina”.
A mídia decerto não tem poderes para mudar essa impressão, mas bem que poderia mostrar,desde logo, que a desvalorização social do magistério não aconteceu por acontecer. A imprensadeu de ombros e a sociedade – leia-se: a classe média – não chiou quando os salários doprofessorado da rede estatal começaram a cair em termos reais, ao mesmo tempo em que aescola pública se massi�cava, a partir dos anos 1970.
Como a própria Folha registra, nas palavras do professor Dermeval Saviani, da Unicamp, “a opçãodos governos foi atender mais gente com praticamente os mesmos recursos. Por isso, os saláriosforam reduzidos e o prestígio dos professor diminuiu muito. O docente virou um simplesfuncionário público.”
A imprensa vive martelando, com razão, que sem um grande salto no ensino básico o Brasilcontinuará a se desenvolver aquém do seu potencial. No entanto, quando noticia o maudesempenho da maioria dos alunos nos exames nacionais de avaliação, deixa em segundo plano,ou nem mesmo menciona, uma das causas básicas do fracasso disseminado – a desvalorizaçãosocial do magistério, que afugenta da pro�ssão muitos daqueles que, de outro modo, fariam adiferença nas salas de aula.
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Teresa Ribeiro e JoséLuís Carneiro05 Outubro 2016 — 00:00
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as prioridades políticas do Ministério dos NegóciosEstrangeiros incluem-se a promoção de um ensino de
qualidade para aqueles que querem manter na línguaportuguesa a vinculação à sua pátria e, ao mesmo tempo, asua inserção numa vida quotidiana cada vez maisglobalizada, mas também a valorização e expansão de umalíngua, a portuguesa, que à escala global conta já com maisde 260 milhões de falantes, que, em 2050, serãoprevisivelmente mais de 350 milhões.
Estas prioridades exigem compreensão e vontade paravencer alguns dos novos desa�os. O primeiro deles estárelacionado com a necessidade de trabalharmos numatransição gradual do ensino enquanto língua de herança parauma oferta integrada do português nas estruturas educativasdos países de acolhimento.
O segundo está relacionado com a última grande vagamigratória de 2011 a 2014. O INE contabilizou 485 128 saídasdo território nacional neste período. Muitos destes cidadãos�cam fora por apenas alguns meses ou anos. Nestes anos, assaídas inferiores a um ano somaram 285 814. Estas famíliasprocuram manter a ligação dos seus �lhos com a línguamaterna. No entanto, a atual oferta de cursos de portuguêsenquanto língua de herança não integra o per�l linguísticodas crianças e jovens destas famílias, que apresentam umdesenvolvimento linguístico análogo ao dos seus colegas emPortugal.
O terceiro tem que ver com a nossa capacidade para nosmobilizarmos enquanto comunidade, tendo em vista a�rmaro ensino da língua portuguesa como um esteio da presença
Opinião
Teresa ribeiro
José Luís Carneiro
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02/12/2018 Uma língua para o mundo
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de Portugal no mundo. Objetivo que exige estabilidade,previsibilidade, conhecimento e con�ança da parte de todos.
Apesar das di�culdades, há factos positivos a ocorrer e queilustram o reconhecimento internacional do carácterestratégico da língua portuguesa. Atentemos nalgunsexemplos.
Em primeiro lugar, em França. A declaração conjunta dosministros da Educação de França e de Portugal, noseguimento do trabalho conjunto dos ministros dosNegócios Estrangeiros. Pretende-se a substituição doscursos ELCO (Língua e Cultura de Origem) pelos cursos EILE(Ensino Internacional de Línguas Estrangeiras), com inícioneste ano letivo. Esta decisão consolida o português comolíngua viva no sistema educativo francês, numa oferta queantes de mais contempla as comunidades portuguesas elusodescendentes e, sobretudo, cria garantias decontinuidade no primeiro ciclo do ensino básico (premierdegré). Este ensino é assegurado por docentes colocados peloEstado português e o acordo tem dois signi�cados muitoclaros: primeiro, traduz o reconhecimento por parte doEstado francês da importância estratégica da línguaportuguesa e, em segundo lugar, garante a continuidade naoferta do português nos segundo e terceiro ciclos do básico(second degré). Por outro lado, o anúncio de mais doishorários de língua portuguesa para o 2.º e 3.º ciclos e queabrirá as portas a mais 400 alunos. Este ano letivo teremosem França um aumento do número de alunos superior a1200.
Em segundo lugar, na Alemanha. Aqui, os progressosocorrem a três níveis. Ao nível do reconhecimento dos cursosde português nas atividades extracurriculares obrigatórias;na procura da garantia do português como língua de examede acesso ao ensino superior e como língua estrangeira apartir do 8.º ano de escolaridade e, por último, a contrataçãopor parte das autoridades alemãs de dois professores deportuguês que anteriormente pertenciam ao Camões, IP,tendo em vista aumentar o número de cursos.
Em terceiro lugar, no Luxemburgo. A abertura da EscolaInternacional de Di�erdange e a criação de uma secção delíngua portuguesa e o trabalho da Comissão Conjunta deAvaliação dos Cursos Integrados para garantir a certi�caçãodas aprendizagens EPE no âmbito do período extracurricular(periscolaire), constituem avanços importantes.
Em quarto lugar, a aprovação por parte das autoridadesbritânicas da primeira escola bilingue anglo-portuguesa.,como resultado de um esforço estruturado da Embaixada de
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Portugal em Londres, do Camões I.P. e da coordenação deensino.
Mas trabalhamos, ainda, outras dimensões, nomeadamente,no projeto da plataforma do Ensino de Português LínguaMaterna que visa responder às necessidades das crianças ejovens em idade escolar que acompanham os pais em saídastemporárias do país e no reforço da formação e quali�caçãodos professores.
A estas iniciativas soma-se um conjunto alargado deatividades nos cinco continentes, nuns casos de reforço daintervenção que, de há muito, e bem, vem fazendo o CamõesI.P., noutros de inovação, que conjugadamente concorrempara o objetivo maior de divulgação e valorização doportuguês.
Num mundo em que cresceu o interesse pela línguaportuguesa, em resultado, designadamente, da dinâmica depaíses como Angola, Brasil ou Moçambique, quisemosconvocar e otimizar os recursos disponíveis, apostando em:
Criar conteúdos suportados nas novas tecnologias,oferecendo cursos de formação contínua de professores, deportuguês como língua estrangeira, e para �ns especí�cos(negócios, jornalismo, hotelaria, jurídico);
Ampliar o sistema de certi�cação, que valida o conhecimentoda língua;
Expandir o reconhecimento da aprendizagem do portuguêscomo disciplina que também habilita no acesso ao ensinosuperior, com especial destaque nos Estados Unidos;
Alargar a rede de centros de língua no Chile, Vietname,Ucrânia, ainda em 2016, e Congo, Senegal e Tanzânia, empreparação.
Criar mais cátedras e núcleos cientí�cos, que proximamentepoderão atingir a meia centena literalmente nos quatrocantos do planeta;
Assegurar maior presença em organizações internacionais(UA, CEDAO, CDAA, BAD, UNON), sobretudo em África, paraefeitos de tradução e interpretação;
Abrir, em 2016, seis novos leitorados;
Conferir importância maior à educação em português noquadro da cooperação para o desenvolvimento, traduzida,por exemplo, na abertura de escolas portuguesas em CaboVerde e S. Tomé, este ano, no esforço acrescido, em Timor-Leste, na formação de professores na preparação de cursos
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de português destinados às forças militares, aos agentes dajustiça e à comunicação social, ou na quase duplicação, noano letivo 2016--2017, de bolsas para estudantes dos PALOPe Timor-Leste;
Este elenco não esgota o contributo de Portugal para adifusão da língua portuguesa, sendo dele apenas indicativo.Não inclui tão-pouco quanto por esse mundo se vai fazendo,em resultado de uma procura crescente e que queremosconhecer melhor para melhor racionalizar recursos emultiplicar resultados.
Teresa Ribeiro é secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros eCooperação, José Luís Carneiro é secretário de Estado dasComunidades Portuguesas
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